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Nações Unidas Instituto Latinoamericano y del Caribe de Planificaciós Económica y Social – ILPES Comisión Económica para América Latina y el Caribe CEPAL RELATÓRIO FINAL Brasil Aprofundamento do diagnóstico do país quanto ao cumprimento dos compromissos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, incorporando o tema das disparidades territoriais e das políticas sociais específicas e da composição institucional.

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Nações  Unidas  Instituto  Latinoamericano  y  del  Caribe  de  Planificaciós  Económica  y  Social  –  ILPES  Comisión  Económica  para  América  Latina  y  el  Caribe  -­‐  CEPAL                          

RELATÓRIO  FINAL  

 

Brasil    Aprofundamento  do  diagnóstico  do  país  quanto  ao  cumprimento  dos  compromissos  dos  Objetivos  de  Desenvolvimento  do  Milênio,  incorporando  o  tema  das  disparidades  territoriais  e  das  políticas  sociais  específicas  e  da  composição  institucional.  

 

 

 

 

 

   

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Typewriter
Estudo realizado no âmbito do Projecto "Reforço da capacidade dos governos locais na América Latina para abordar questões críticas decorrentes dos Objectivos de Desenvolvimento do Milênio acordados internacionalmente" e financiado pela Conta do Desenvolvimento.
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Nações  Unidas  Instituto  Latinoamericano  y  del  Caribe  de  Planificaciós  Económica  y  Social  –  ILPES  Comisión  Económica  para  América  Latina  y  el  Caribe  -­‐  CEPAL  

Consultora:  Giselle  Megumi  Martino  Tanaka  Colaboração  técnica:  Camila  Saraiva    junho,  2011    

 

 

Sumário  

 1. Apresentação  

2. Análise  Crítica  da  Metodologia  

3. Diagnóstico  Nacional  

4. Principais  Iniciativas  Governamentais  por  ODM  

5. RIDE  Petrolina/Juazeiro  

6. Indicadores  ODM  para  Municípios  da  RIDE  

 

ANEXOS:  

ANEXO  I  –  Transferências  Federais  para  os  municípios  da  RIDE,  2005  

ANEXO  II  –  Transferências  Federais  para  os  municípios  da  RIDE,  2010  

ANEXO  III  –  Lei  Complementar  113,  de  2001,  de  criação  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro  

ANEXO  IV  –  Decreto  4.366,  de  2002,  de  regulamentação  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro  

Anexo  V  –  Relatório  de  Informações  Sociais  do  Bolsa  Família  e  do  Cadastro  Único  

Anexo  VI  –  Dados  e  indicadores  por  município,  CONDEPE,  Governo  do  Estado  de  

Pernambuco  

Anexo  VII  –  Rede  de  Contatos  

Anexo  VIII  –  Fontes  de  Informações  relacionadas  aos  ODM  no  Brasil  

 

     

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1.  Apresentação  

Este   relatório   tem   como   objetivo   apresentar   um   aprofundamento   do   diagnóstico  nacional   para   o   Brasil,   para   o   cumprimento   dos   compromissos   dos   Objetivos   de  Desenvolvimento   do  Milênio   –  ODM,   incorporando  o   tema  das   disparidades   territoriais,   das  políticas  sociais  específicas  (nacionais  e  subnacionais),  e  da  composição  institucional.  

Para   o   estudo   de   caso   do   Brasil,   a   Região   Integrada   de   Desenvolvimento   Pólo  Petrolina/PE   e   Juazeiro/BA   –   RIDE   Petrolina-­‐Juazeiro   foi   selecionada   para   a   análise   em  profundidade  dos   indicadores  e  desafios  para  cumprimento  dos  ODM.  A  RIDE  está   localizada  na  região  do  semiárido  do  nordeste  brasileiro,  região  marcada  por  concentração  de  pobreza  e  carências.  Apresenta  também  fatores  favoráveis,  por  fazer  parte  do  Projeto  de  Revitalização  da  Bacia  do  Rio  São  Francisco,  e  estar  em  localização  estratégica  para  articulação  de  projetos  de  caráter  regional.  

Durante  o  período  de  desenvolvimento  deste  relatório,   foram  realizadas  as  seguintes  atividades:  

• Mapeamento  dos  agentes   institucionais  no  âmbito  do  Governo  Federal  do  Brasil  que  atuam  diretamente  com  os  ODM;  

• Identificação   de   fontes   de   dados   dos   indicadores   nacionais,   para   a   elaboração   do  Diagnóstico  da  situação  dos  ODM  para  o  país;  

• Elaboração   do   diagnóstico   nacional,   apontando   as   metas   e   indicadores   nacionais,   e  situação  atual  de  cumprimento,  com  base  no  Relatório  Nacional  de  Acompanhamento  (IPEA,  2010);  

• Levantamento  e  indicação  das  políticas  públicas  do  Governo  Federal  para  cada  ODM;  • Levantamento  de  dados  quando  à   implementação  das  políticas  públicas  do  Governo  

Federal  nos  municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro;  • Levantamento  de  dados  e  indicadores  existentes  para  o  nível  municipal,  relacionados  

ao  cumprimento  dos  ODM;  • Levantamento  e   tratamento  de  dados  de   transferências  de   recursos   federais  para  os  

municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro;  • Elaboração   de   diagnóstico   da   RIDE   Petrolina-­‐Juazeiro   quanto   ao   cumprimento   dos  

Objetivos  de  Desenvolvimento  do  Milênio  e  síntese  dos  resultados  dos  programas  do  Governo  Federal  na  região;  

• Levantamento   de   rede   de   contatos   institucionais   do   Governo   Federal,   relacionados  aos  ODM;  

• Realização  de  contatos  com  órgão  do  Governo  Federal  para  consultas  específicas  sobre  dados  disponíveis  para  os  ODM  e  para  os  municípios  da  RIDE  Petrolina  Juazeiro;  

• Levantamento  de  contatos  no  nível  estadual  e  municipal.  

O   relatório   está   organizado   nos   tópicos   previstos   no   Termo   de   Referência.   Em   cada  capítulo   estão   apresentados   em   mais   detalhes   as   atividades   realizadas   e   especificidades  quando  aos  dados  apresentados.  

 

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2.  Análise  Crítica  da  Metodologia  

A  “Metodologia  para  o  diagnóstico  de  Cumprimento  dos  Compromissos  dos  Objetivos  de   Desenvolvimento   do   Milênio   no   Nível   Municipal”   foi   utilizada   como   referência   para  desenvolvimento  do  trabalho.  

As  hipóteses  apresentadas  na  metodologia   se   confirmam  para  o   caso  do  Brasil,   bem  como   as   restrições   e   potencialidades.   Existem,   porém,   particularidades   dado   o   contexto   de  envolvimento   do   governo   brasileiro   com   os   compromissos   dos   ODM,   e   da   estrutura  institucional  para  o  desenvolvimento  de  políticas  públicas  sociais,  apresentadas  a  seguir.  

1.  Risco  de  Adesão  meramente  formal  aos  ODM  

Para   o   Brasil,   essa   restrição   não   se   aplica,   uma   vez   que   o  Governo   Federal   inclusive  instituiu  e  garantiu  o  funcionamento,  desde  2003,  do  Grupo  Técnico  de  Acompanhamento  dos  ODM,   ligado   diretamente   à   Presidência   da   República.   As   metas   dos   ODM   estão   em  consonância  com  as  prioridades  de  governo  desde  2003,  e  foram  reafirmadas  na  última  eleição  para  o  Governo  Federal,  principalmente  no  que  diz  respeito  ao  combate  à  pobreza  e  miséria,  conforme  apresentado  nos  diagnósticos  relacionados  ao  ODM  -­‐  1.  

2.  Indicadores  dos  ODM  e  Disparidades  Regionais  

Os   indicadores   propostos   para   acompanhamento   dos   ODM   são   realmente   bastante  genéricos  como  aponta  a  metodologia,  para  abarcar   realidades  bastante  distintas  em  todo  o  mundo,  e  enfrentar  desafios  cruciais  para  a  ampliação  dos  direitos  humanos  e  da  qualidade  de  vida.  

No   caso   brasileiro,   houve   avanço   no   sentido   de   incorporar   um   conjunto   de  indicadores,  disponíveis  e  utilizados  para  políticas  sociais  (Censo  da  Educação,  DataSUS,  IDF  do  Bolsa   Família,   por   exemplo),   que   permitem   uma   leitura  mais   apurada   das   realidades   locais.  Grande   parte   desses   indicadores   já   é   trabalhada   no   nível   do   município,   com   enfoques  específicos  para  o  acompanhamento  e  avaliação  das  políticas  do  governo  federal.  

Por   outro   lado,   verifica-­‐se   a   existência   de   um   grande   número   de   indicadores,  extremamente   detalhados   pois   foram   estabelecidos   com   finalidades   mais   específicas,   que  dificultam  a  análise  dos  avanços  do  objetivo  como  um  todo.  Uma  análise  mais  apurada  poderia  levar   à   eleição   de   poucos   indicadores   sintéticos,   que   permitissem   uma   apropriação   mais  imediata   dos   alcances   obtidos.   Este   ponto   fica   mais   claro   se   observarmos   os   indicadores  nacionais   para   os   objetivos   como   o   1   “Acabar   com   a   fome   e   a   miséria”   e   o   7   “Garantir   a  sustentabilidade  ambiental”.  

Para   a   análise   das   disparidades   territoriais,   verifica-­‐se   um   avanço   no   sentido   de  incorporar  nos  relatórios  de  acompanhamento  nacional,  recortes  por  grande  região  do  país  e  por   localidade   –   urbana   e   rural.  O   Relatório  Nacional   de  Acompanhamento   dos  ODM   (IPEA,  2010)   aponta   a   necessidade   de   enfrentamento   das   desigualdades   regionais,   de   cor/raça   e  gênero.   O   Brasil   vem   demonstrando   que   não   terá   dificuldades   para   cumprimento   da  maior  parte  das  metas  estabelecidas.  Assim,  já  está  colocado  como  principal  desafio  não  o  alcance  às  metas,  mas  o  combate  às  desigualdades.  

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Para  o  Brasil,   sob  o  aspecto  territorial,   já   representa  um  grande  avanço,  visto  que  as  áreas  com  indicadores  mais  negativos  coincidem  com  duas  grandes  regiões  do  país  –  Norte  e  Nordeste,   e   ainda   mais   concentradas   nas   áreas   rurais.   Porém,   considerando   o   arranjo  institucional   federativo,   que   confere   aos   municípios   grandes   atribuições   na   garantia   dos  direitos  sociais  básicos,  a  análise  na  escala  municipal  se  mostra  fundamental.  

Há,   no   entanto,   uma   dificuldade   concreta   na   produção   dos   indicadores   e   análises  comparativas.   Os   ODM   são   acompanhados   anualmente   no   Brasil   principalmente   através   da  Pesquisa   Nacional   por   Amostra   de   Domicílios   –   PNAD,   que   dá   conta   da   maior   parte   dos  indicadores  dos  ODM.  A  PNAD,  no  entanto,  não  permite  a  desagregação  dos  dados  para  o  nível  municipal.   Os   dados   da   PNAD   chegam   ao   nível   do   estado,   e   permite   a   diferenciação   da  população  urbana  e  rural.  

As   políticas   setoriais   já   alcançam   o   acompanhamento   no   nível   municipal,  principalmente   em   função   do   papel   do   município   na   implementação   de   políticas   que   são  estabelecidas   em   nível   federal.   São   os   municípios   responsáveis   pelo   cadastramento   das  famílias   em   situação   de   vulnerabilidade,   pela   garantia   dos   serviços   básicos   de   assistência  social,   saúde   e   educação,   por   exemplo   (como   será   visto   adiante,   na   apresentação   dos  programas   do   Governo   Federal   por   ODM,   para   a   RIDE   Petrolina-­‐Juazeiro).   Mas   a   forma   de  acompanhamento,  os  dados  e  indicadores  produzidos  e  os  sistemas  de  informação  existentes,  foram  desenhados,   naturalmente,   para  o   acompanhamento  das  políticas   em  questão  e  nem  sempre  coincidem  com  os  indicadores  dos  ODM.  

Apesar   do   reconhecimento   da   necessidade   de   enfrentamento   das   desigualdades  territoriais,   há   limitações   nas   políticas   públicas   para   efetivamente   fortalecer   governos  municipais   para   tal.   As   políticas   e   programas   para   o   desenvolvimento   regional   ainda  apresentam  muitas   limitações.   Conforme   os   indicadores   de   renda   demonstram   para   o   nível  nacional,  há  um  impacto  significativo  dos  programas  de  transferência  de  renda  na  redução  da  pobreza,  porém  a  redução  das  desigualdades  em  todos  os  aspectos  é  ainda  limitada.  

3.  ODM  e  políticas  públicas  

Conforme  apresentado  diagnóstico  nacional  e  nos  programas  do  Governo  Federal  para  o   cumprimento   dos   ODM,   a   Constituição   Federal   do   Brasil,   de   1988,   confere   aos   direitos  sociais   o   status   de   direito   constitucional   e   de   responsabilidade   compartilhada   entre   os   três  níveis  de  governo.  Nesse  sentido,  o  Estado  brasileiro  tem  se  consolidado  no  sentido  de  garantir  um  aparato  institucional  direcionado  para  a  construção  de  políticas  sociais  que  comprometam  os  três  níveis  de  governo.  

As  políticas  sociais  para  os  municípios  pobres  hoje  já  contam  predominantemente  com  recursos  do  governo  federal,  e  verifica-­‐se  nos  últimos  anos  um  grande  avanço  na  simplificação  dos   mecanismos   para   a   realização   das   transferências,   para   a   realização   de   convênios,  transferências  entre  fundos  públicos,  e  inclusive  transferências  diretas  mediante  comprovação  de  demanda  (Sistema  Único  da  Assistência  Social  /  Programa  Bolsa  Família,  programas  para  a  Educação  Básica,  Sistema  Único  de  Saúde,  principalmente).  

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É   característica   das   políticas   sociais   do   governo   federal   a   descentralização  administrativa,   e   a   forma   predominante   é   de   transferência   de   recursos   federais   mediante  condicionantes   locais   (demanda   social,   institucionalização  do  poder  público,   entre  outras).   É  um  grande  desafio  a  capacitação  dos  governos   locais  para  receber  e  aplicar  corretamente  os  recursos  recebidos.  

Assim,  no  caso  brasileiro,  foi  dado  destaque  às  políticas  públicas  do  Governo  Federal,  destacando  seu  alcance  nos  municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro.  

 4.  ODM  e  políticas  locais  

A   leitura   da   realidade   social   por  meios   dos   ODM   para   a   identificação   de   avanços   e  demandas  para  as  políticas  sociais  é  bastante  rica  e  positiva  no  sentido  de  apontar  principais  desafios.  Os  objetivos  dão  conta  de  temáticas  estruturantes  para  enfrentamento  da  pobreza  e  desigualdades.  Apontam  especificidades  do  território  em  questão,  frente  ao  quadro  nacional.  

A  limitação  é  que  deve  ser  complementado  por  um  diagnóstico  nacional  que  dê  conta  de   demonstrar   as   relações   de   causalidade  que   levaram  à   situação  de  maior   precariedade,   e  aponte   potencialidades   e   formas   de   enfrentamento   dos   problemas   sociais,   considerando   os  recursos   existentes.   O   enfrentamento   de   problemas   estruturais,   em   geral,   passa   por   uma  escala  maior  do  que  a  municipal  –  regional,  e  em  muitos  casos,  nacional.  

Para   a   RIDE   Petrolina-­‐Juazeiro,   já   se   verifica   um   avanço   no   sentido   da   RIDE   ser  composta   não   somente   pelos   dois   municípios   pólo   –   Petrolina   e   Juazeiro,   mas   municípios  adjacentes   com   influência   direta,   que   caracterizam-­‐se   por   maiores   graus   de   pobreza   e  vulnerabilidade   social.   O   Governo   Federal   também   tem   atuado   na   região   considerando   a  escala  regional,  em  função  de  grandes  projetos  em  andamento  e  previstos  de  escala  nacional  (ver  mais  detalhes  no  diagnóstico  da  RIDE).  Como  importante  exemplo,  temos  o  Programa  de  Revitalização   da   Bacia   Hidrográfica   do   Rio   São   Francisco   (apresentado   nos   programas  relacionados  ao  ODM-­‐7).  

 5.  Rede  de  Agentes  

No   Brasil   foram   identificados   agentes   que   atuam   diretamente   com   os   ODM,   porém  com  perspectivas  distintas:  

o Monitoramento  de  políticas  sociais  do  Governo  Federal;  o Acompanhamento  da  Agenda  Internacional;  o Disseminação  de  Informações  em  áreas  setoriais  específicas;  o Acompanhamento  dos  avanços  nos  municípios.  

Outra   característica   é   a   fragmentação   setorial   dos   agentes   em   sua   atuação   sobre   o  território.  A  relação  se  dá  principalmente  no  sentido  vertical   (Governo  Federal  para  Governo  Municipal)  por  eixo  setorial,  e  não  de  forma  horizontal,  a  partir  dos  problemas  locais.  

Nesse  contexto,  a  iniciativa  de  agregar  o  olhar  sobre  o  território,  cruzando  a  leitura  dos  problemas  sociais  a  partir  dos  8  objetivos  do  milênio  representa  certamente  um  avanço.  

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6.  Fontes  de  informação  e  indicadores  selecionados  

O  Brasil   definiu  um   conjunto  de  metas  mais   condizentes   com  a   realidade  nacional   e  prioridades   de   governo   para   as   políticas   sociais,   e   elencou   um   conjunto   de   indicadores  relacionados  à  políticas  públicas  existentes  e  dados  disponíveis  no  país.  Por  outro  lado,  alguns  indicadores   comuns   a   todos   os   países   signatários   dos   ODM,   não   se   aplicam,   ou   são   pouco  explicativos  da  realidade  nacional  para  o  objetivo  que  se  deseja  alcançar.  

O   universo   de   indicadores   foi,   portanto,   bastante   ampliado,   porém,  mesmo   para   os  indicadores  nacionais,  nem  sempre  há  a  disponibilidade  dos  dados  para  o  nível  municipal.    

Assim,   foi   realizado  um  amplo   levantamento.  Para  o  quadro  nacional,  o  Relatório  de  Acompanhamento   dos   ODM,   produzido   pelo   Grupo   Técnico   para   acompanhamento   dos  Objetivos  de  Desenvolvimento  do  Milênio,  da  Presidência  da  República,   sob  coordenação  do  Instituto  de  Pesquisa  Econômica  Aplicada  -­‐  Ipea  e  Secretaria  de  Planejamento  e  Investimento  Estratégicos  -­‐  SPI/MP  (IPEA,  2010),  já  traz  um  relatório  nacional  bastante  completo.  Optamos  por   reunir   os   dados   mais   significativos   para   o   conjunto   dos   indicadores   nacionais,  reproduzindo  tabelas  e  gráficos  mais  significativos.  

Para  o  quadro  dos  municípios,   foi   realizado   levantamento  no  Portal  ODM,  que  reúne  dados   dos   indicadores   internacionais   para   todos   os   municípios   (www.portalodm.com.br),  complementados   sempre   que   possível   a   partir   de   levantamento   nos   órgãos   do   Governo  Federal.  

Por  se   tratar  de  um  universo  extremamente  amplo  e  diverso,  principalmente  em  um  contexto  de  grande  atuação  do  Governo  Federal  nas  dimensões  dos  ODM,  há  uma  dificuldade  de   realização,   no   contexto   restrito   desta   pesquisa,   de   análise   e   seleção   de   indicadores  específicos.   Apresentamos   portanto   o   conjunto   de   indicadores   que   foi   possível   levantar   no  período  da  pesquisa,  visando  disponibilizar  informações  para  análises  mais  apuradas.  

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3.  Diagnóstico  Nacional  

O   Brasil   realiza   o   acompanhamento   dos   avanços   para   o   alcance   dos   Objetivos   de  Desenvolvimento   do   Milênio   –   ODM   através   do  Grupo   Técnico   para   acompanhamento   dos  Objetivos  de  Desenvolvimento  do  Milênio,  vinculado  diretamente  à  Presidência  da  República,  e  com   coordenação   técnica   do   Instituto   de   Pesquisa   Econômica   Aplicada   –   IPEA.   O   Grupo   foi  constituído  em  outubro  de  2003,  e  produziu  relatórios  de  acompanhamento  em  2004,  2005,  2007  e  2010,  apresentando  a  evolução  dos  indicadores  desde  o  ano  “0”,  de  1990.  

A   produção  dos   relatórios   de   acompanhamento   envolve   a   articulação   da   Câmara   de  Políticas  Sociais  do  Governo  Federal1,  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística  –  IBGE,  17  ministérios  setoriais  e  das  diversas  agências  do  sistema  nas  Nações  Unidas.  

Em   2005   o   Grupo   Técnico   apresentou   a   incorporação   de   60   novos   indicadores  nacionais   e   estabeleceu   para   si   metas   mais   ambiciosas,   compatíveis   com   as   prioridades   de  governo.   O   Grupo   acompanha   também,   desde   2007,   as   principais   iniciativas   do   Governo  Federal  que  tiveram  impacto  no  alcance  dos  ODM.  

O   relatório   de   2010   destaca   a   necessidade   de   enfrentamento   da   redução   das  desigualdades  entre  regiões,  de  gênero  e  etnorraciais.  Os  dados  são  apresentados,  sempre  que  possível,  destacando  esses  recortes.  

O  acompanhamento  dos  ODM  para  o  nível  nacional   se  dá  principalmente  através  da  Pesquisa   Nacional   por   Amostra   de   Domicílios   -­‐   PNAD,   de   periodicidade   anual,   mas   que   em  função  da  amostra  coletada,  não  permite  a  medição  de  indicadores  para  o  nível  municipal.  

O  IBGE  já  divulgou  os  resultados  preliminares  do  Censo  Demográfico  de  2010,  porém  a  divulgação  completa,  que  permitirá  a  construção  dos  indicadores  dos  ODM  está  prevista  para  setembro   de   2011.   A   PNAD   já   revela   que   a   década   de   2000   foi   de   grandes   avanços,   mas  somente  o  Censo  poderá  revelar  com  mais  precisão  o  quanto  os  avanços  refletem  na  redução  de  desigualdades  territoriais.  

Com  relação  à  atuação  do  Brasil  frente  aos  ODM,  destaca-­‐se  a  liderança  internacional  no  combate  à  fome  e  à  miséria.  

Desde  2003,   período  destacado  nos   relatórios   para   a   análise   das   políticas   públicas   e  que  abrange  os  dois  últimos  mandatos  presidenciais  de  Luiz   Inácio  Lula  da  Silva,  verifica-­‐se  a  estruturação  e   fortalecimento  das  políticas  públicas  e  programas  sociais  dirigidos  aos  grupos  mais   vulneráveis   e   áreas   de   maior   concentração   de   pobreza.   Tais   políticas   e   programas,  portanto,   em   consonância   com   os   ODM,   apresentam   foco   na   redução   da   pobreza   e  desigualdades,  e  garantia  de  direitos  aos  cidadãos,  visando  a  equidade  social.  

Cabe  já  destacar  o  Programa  Bolsa  Família,  maior  programa  de  transferência  de  renda  do   mundo,   que   articula   iniciativas   setoriais   da   educação,   saúde,   combate   à   fome,  

                                                                                                                         1 Instituída  em  1996,  ligada  à  Casa  Civil  da  Presidência  da  República,  visa  assegurar  as  condições  necessárias  para  a  execução  dos  programas  sociais,  financeiras  e  institucionais,  bem  como  acompanhar,  avaliar  e  propor  revisões.

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desenvolvimento  social,  entre  outros.  O  programa  focaliza  os  grupos  sociais  mais  pobres  e  em  2010  atingiu  12,4  milhões  de  famílias.  

Outros   fatores   que   se   destacam,   para   o   cumprimento   dos   ODM,   são   a   retomada  econômica,   ampliação   dos   investimentos   públicos   (principalmente   através   do   Programa   de  Aceleração  do  Crescimento  –  PAC,   iniciado  em   janeiro  de  2007)   e   consequente  aumento  do  emprego.  

Desigualdades  territoriais  no  Brasil  

O   Brasil   é   um   país   de   dimensão   continental,   com   8.514.876,60   km2,   distribuído   em  território  heterogêneo  tanto  nos  aspectos  ambientais,  quanto  de  características  de  ocupação  e  concentração   populacional.   São   27   Unidades   da   Federação   –   UF,   com   5.565   municípios,  totalizando  aproximadamente  6,7  milhões  de  domicílios.  (IBGE,  2010)  

A   estrutura   econômica   colonial   concentrou   a   urbanização   ao   longo   do   litoral.    Lentamente,  e  acompanhando  o  processo  de  integração  do  mercado  nacional,  este  quadro  foi  se  modificando,   não   apenas   pela   interiorização   da   urbanização,   como  pela   intensificação   da  complexidade  da  rede  urbana.  

Figura  01:  Taxa  de  Urbanização  no  Brasil  

  1970   2000  

 

As  regiões  Sul  e  Sudeste  ao   longo  do  século  XX  concentraram  riqueza,  caracterizadas  por  maiores  taxas  de  industrialização  e  urbanização.  Destacam-­‐se  as  metrópoles  São  Paulo,  Rio  de   Janeiro   e   Porto   Alegre.   Nas   últimas   décadas   do   século,   observa-­‐se   uma   tendência   à  desconcentração,  mas  ainda  contida  na  região  Centro-­‐Sul  (Sul,  Sudeste  e  sul  de  Minas  Gerais).  (DINIZ,  2002)  

A   retomada   do   crescimento   da   econômia   agroexportador,   nas   últimas   décadas,  impulsionou   novas   dinâmicas   econômicas,   levando   população   e   atividades   econômicas   para  áreas  antes  pouco  povoadas  do  território,  nas  fronteiras  agrícolas  das  regiões  centro-­‐oeste  e  norte,  porém  sem  uma  política   regional  que  estruture  a  urbanização.  As   fronteiras  pioneiras  do  país  ainda  carecem  de  cidades,  como  pontos  de  apoio  para  a  exploração  das  oportunidades  apresentadas   pelo   “novo”   território.   Altos   níveis   de   desigualdades   sociais   e   pobreza   se  

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mantém  nestas  áreas  onde  as  atividades  econômicas  vem  a   reforçar  padrões   tradicionais  de  concentração  de  renda  e  desigualdades.  (Tipologia  das  Cidades  Brasileiras,  2005)  

Especialmente  nas  regiões  mais  dinâmicas,  evidencia-­‐se  a  constituição  de  um  conjunto  expressivo   de   cidades   médias   que   têm   propiciado   focos   de   difusão   de   inovações   para  territórios   distantes   das   áreas   urbanas   históricas,   reduzindo   a   dependência   pelas   grandes  metrópoles   e   a   primazia   antes   nitidamente   verificada.   A   carência   de   infraestrutura   urbana  limita  maior  integração  de  novas  economias.  

Parcelas   consideráveis   do   território   permanecem,   até   os   dias   de   hoje,   ainda   mal  atendidas   pela   urbanização,   seja   pela   falta   de   cidades,   seja   pela   precária   condição   desta  urbanização.   Áreas   estagnadas   permanecem   persistentemente   à   margem   dos   novos  dinamismos,   incapazes  de   realizar  as  potencialidades  existentes,  o  que  se  expressa  na  perda  de  população  urbana  de  pequenas  e  médias  cidades.  (Tipologia  das  Cidades  Brasileiras,  2005)  

Para  o  próximo  relatório  esse  contexto  será  apresentado  com  maior  destaque  para  a  RIDE  Pólo  Petrolina  e  Juazeiro.  

Estrutura  federativa  e  políticas  sociais  

A  heterogeneidade  socioeconômica  dos  municípios  se  estende  ao  acesso  aos  recursos  federais   e   à   arrecadação   fiscal.   Esse   contexto   se   acentua   após   a   promulgação,   em  1988,   da  atual   Constituição   Brasileira,   a   qual  marca   a   transição   do   país   de   um   regime   ditatorial   para  uma  democracia,  caracterizada  pela  descentralização  fiscal.  

Ao   mesmo   tempo   em   que   governadores   (autoridades   estaduais)   e   prefeitos  (autoridades  municipais)  passaram  a  ser  eleitos  pelo  voto  popular  direto   também  aumentou  seu  poder  de  controle  e  gestão  sobre  recursos  fiscais  -­‐  uma  vez  que  se  ampliou  a  parcela  dos  tributos  federais  que  é  automaticamente  transferida  aos  governos  subnacionais  -­‐,  assim  como  passaram  a  ter  autoridade  tributária  sobre  impostos  de  significativa  importância.  Em  suma,  no  Brasil  pós-­‐1988,  a  autoridade  política  de  cada  nível  de  governo  é  soberana  e  independente  das  demais.   Diferentemente   de   outros   países,   os   municípios   brasileiros   foram   declarados   entes  federativos   autônomos,   o   que   implica   que   um   prefeito   é   autoridade   soberana   em   sua  circunscrição  (Arretche,  1999).  

Torna-­‐se,   portanto,   interessante   a   análise   das   transferências   federais   por   tipo   de  Programa  e/ou  Ação  uma  vez  que  como  afirma  Arretche  (1999):  

“a   adesão   dos   governos   locais   à   transferência   de   atribuições   depende   diretamente   de   um  cálculo   no   qual   são   considerados,   de   um   lado,   os   custos   e   benefícios   fiscais   e   políticos   derivados   da  decisão   de   assumir   a   gestão   de   uma   dada   política   e,   de   outro,   os   próprios   recursos   fiscais   e  administrativos  com  os  quais  cada  administração  conta  para  desempenhar  tal  tarefa  .”  

Outra   característica   da   Constituição   Federal   de   1988,   é   que   no   Brasil   a   garantia   dos  direitos  sociais  é  um  direito  constitucional,  de  responsabilidade  compartilhada  entre  todos  os  níveis   de   governo.   Deste   modo,   o   Governo   Federal   têm   respondido   com   políticas   sociais  estruturadas,   de   alcance   nacional   e   com   capilaridade   para   atingir   todos   os   municípios  brasileiros.  

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No   âmbito   das   políticas   que   mais   nos   interessam   –   combate   à   fome   e   miséria,  assistência   social,   saúde   e   educação   –   sistemas   compostos   por   órgãos   federais,   estaduais,  municipais,   e   entes   da   sociedade,   que   atuam   de   forma   pactuada   e   coordenada,   buscam  garantir  que  os  recursos  cheguem  aos  cidadãos.  

Desde  2007  foi  também  regulamentado  o  Cadastro  Único  para  Programas  Sociais,  que  reúne   dados   de   renda   e   condicionantes   para   pagamento   dos   benefícios.   Os   dados   são  registrados  e  atualizados  pelas  prefeituras,   sob  coordenação  do  governo   federal.  O  Cadastro  Único  identifica  bolsões  de  pobreza  e  permite  avaliar  os  resultados  da  política.  

 

Os  dados  apresentados  neste  capítulo  são  a  síntese,  destacando  os  indicadores  e  avanços  obtidos  para  o  alcance  das  metas,  do  Relatório  Nacional  de  Acompanhamento  de  2010  (IPEA,  2010)  

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Objetivo  01  -­‐  Acabar  com  a  Fome  e  a  Miséria  

1A.  Reduzir  pela  metade,  entre  1990  e  2015,  a  proporção  da  população  com  renda  inferior  a  um  dólar  PPC  por  dia.  

1.1  Proporção  da  população  que  ganha  menos  de  1  dólar  PPC  por  dia.  1.2  Índice  de  hiato  de  pobreza  (incidência  x  grau  de  pobreza).  1.3  Participação  dos  20%  mais  pobres  da  população  na  renda  ou  no  consumo  nacional.  

1A-­‐BR.  Reduzir  a  um  quarto,  entre  1990  e  2015,  a  proporção  da  população  com  renda  inferior  a  1  dólar  PPC  por  dia.  

a.  Participação  dos  20%  mais  pobres  e  dos  20%  mais  ricos  na  renda  nacional  b.  Distribuição  das  pessoas  entre  os  10%  mais  pobres  e  o  1%  mais  rico,  por  cor/raça  c.  Evolução  do  coeficiente  de  Gini  no  Brasil  d.  Taxa  de  crescimento  médio  anual  dos  rendimentos,  por  décimo  da  distribuição  de  renda  e.  Evolução  da  pobreza  extrema  no  Brasil  por  cor/raça  f.  Evolução  da  pobreza  extrema  segundo  área  de  residência  g.  Evolução  da  pobreza  extrema  por  Regiões  h.  Desnutrição  protéico-­‐calórica  em  crianças  com  menos  de  1  ano  e  entre  1  e  2  anos  de  idade,  nas  áreas  cobertas  pela  Estratégia  Saúde  da  Família  

i.  Taxa  de  internação  de  crianças  com  menos  de  1  ano  de  idade  por  desnutrição  nas  Regiões  do  Brasil    

1B.  Alcançar  o  emprego  pleno  e  produtivo  e  o  trabalho  decente  para  todos,  incluindo  mulheres  e  jovens  

1.4  Taxa  de  crescimento  do  PIB  por  pessoa  empregada  1.5  Razão  entre  emprego  e  população  dos  dois  sexos  1.6  Porcentagem  de  pessoas  empregadas  com  renda  inferior  a  1  dólar  por  dia  (dólar  PPC)  1.7  Porcentagem  de  trabalhadores  por  conta  própria  e  que  contribuem  para  a  previdência  social,  em  relação  ao  emprego  total  

1C.  Reduzir  pela  metade,  entre  1990  e  2015,  a  proporção  da  população  que  sofre  de  fome.  

1.8  Prevalência  de  crianças  (com  menos  de  5  anos)  abaixo  do  peso.  Fontes:  UNICEF  e  OMS  1.9  Proporção  da  população  que  não  atinge  o  nível  mínimo  de  crescimento  dietético  de  calorias.  

1C-­‐BR.  Erradicar  a  fome  entre  1990  e  2015  

a.  Disponibilidade  de  kcal  para  consumo  da  população  b.  Prevalência  de  crianças  (com  menos  de  2  anos  de  idade)  abaixo  do  peso,  por  Regiões  c.  Prevalência  de  adultos  (20  anos  ou  mais  de  idade)  abaixo  do  peso  d.  Prevalência  de  adultos  com  sobrepeso  ou  obesidade  

Verde:  Indicadores  estabelecidos  para  o  Brasil  a  partir  de  2005.  Amarelo:  Indicadores  selecionados  pela  Metodologia  ILPES/CEPAL.    

1A  -­‐  Reduzir  pela  metade,  entre  1990  e  2015,  a  proporção  da  população  com  renda  inferior  a  um  dólar  PPC  por  dia;  

1A-­‐BR.  Reduzir  a  um  quarto,  entre  1990  e  2015,  a  proporção  da  população  com  renda  inferior  a  1  dólar  PPC  por  dia.  

1.1  Proporção  da  população  que  ganha  menos  de  1  dólar  PPC  por  dia  

Tabela  01:  Porcentagem  da  população  sobrevivendo  com  menos  de  US$  PPC  1,25  por  dia  –  Brasil,  1990-­‐2008  

1990   1991   1992   1993   1994   1995   1996   1997   1998   1999  25,6   -­‐   20,8   19,6   -­‐   16,4   16,8   17,0   15,4   14,9  

 

2000   2001   2002   2003   2004   2005   2006   2007   2008  -­‐   14,0   11,3   12,0   9,7   8,1   6,7   6,1   4,8  

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  IBGE,  PNAD  Linha  da  Pobreza  de  US$  PPC  1,25/dia  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  

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Fatores  PPC:  Nações  Unidades,  Divisão  de  Estatísticas  (Banco  Mundial,  ICP,  2005);  Inflação  média  anual  do  Brasil  e  dos  EUA:  Fundo  Monetário  Internacional,  World  Economic  Outlook,  2009.  

Brasil   já   alcançou   a   meta   internacional   e   a   meta   nacional   de   redução   do   nível   de  incidência   da   pobreza   extrema   à  metade   e   à   um  quarto   (1A   e   1A-­‐BR)   –  meta   alcançada   em  2007  e  superada  em  2008.  

Se   esse   ritmo  de   redução  da   pobreza   extrema   se  manter,   estima-­‐se   sua   erradicação  entre   2013/14.   O   novo   governo   eleito   assumiu   o   compromisso   de   erradicação   da   pobreza  extrema  no  atual  mandato  (2011-­‐2014).  

1.2  Índice  de  hiato  de  pobreza  (incidência  x  grau  de  pobreza)  

Tabela  02:  Hiato  médio  normalizado  de  pobreza  extrema  em  porcentagem  1990   1991   1992   1993   1994   1995   1996   1997   1998   1999  11,0   -­‐   9,2   8,6   -­‐   6,8   7,4   7,2   6,5   6,2  

 

2000   2001   2002   2003   2004   2005   2006   2007   2008  -­‐   6,0   4,9   5,1   4,1   3,5   2,9   3,0   2,3  

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  IBGE,  PNAD  Linha  da  Pobreza  de  US$  PPC  1,25/dia  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  Fatores  PPC:  Nações  Unidades,  Divisão  de  Estatísticas  (Banco  Mundial,  ICP,  2005);  Inflação  média  anual  do  Brasil  e  dos  EUA:  Fundo  Monetário  Internacional,  World  Economic  Outlook,  2009.  

Em   2008,   o   hiato   médio   normalizado   é   de   praticamente   um   quinto   de   1990,  reforçando  que  a  redução  da  pobreza  é  consistente,  considerando  o  crescimento  populacional  no  período.  

1.3  Participação  dos  20%  mais  pobres  da  população  na  renda  ou  no  consumo  nacional  

a.  Participação  dos  20%  mais  pobres  e  dos  20%  mais  ricos  na  renda  nacional  

Tabela  03:  Porcentagem  da  renda  nacional  detida  pelos  20%  mais  pobres  –  Brasil,  1990/2008  1990   1991   1992   1993   1994   1995   1996   1997   1998   1999  2,2   -­‐   2,4   2,3   -­‐   2,3   2,2   2,2   2,3   2,4  

 

2000   2001   2002   2003   2004   2005   2006   2007   2008  -­‐   2,3   2,5   2,6   2,8   2,9   3,0   2,9   3,1  

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  IBGE,  PNAD  /  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  

Por  esse  indicador  é  possível  verificar  que  apesar  da  participação  dos  mais  pobres  na  renda   nacional   ter   avançado   de   2,2%   para   3,1%,   a   redução   da   pobreza   no   Brasil   deve-­‐se  principalmente  aos  aumentos  reais  da  renda  do  que  da  redução  das  desigualdades.  Demonstra  que  há  espaço  para  combate  à  pobreza  via  redução  de  desigualdades.  

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Gráfico  01:  Porcentagem  da  renda  nacional  detida  por  estratos  de  renda  –  Brasil,  1990-­‐2008

 

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  IBGE,  PNAD  /  Exclusive  a  pop.  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  

Houve   no   período   de   1990   a   2008   uma   redução   da   renda   dos  mais   ricos,  mas   esta  migrou   principalmente   para   estratos   de   renda   media,   e   não   para   os   mais   pobres,   o   que  confirma  que  a  redução  da  pobreza  esteve  mais  relacionada  ao  crescimento  econômico  do  que  à  redução  de  desigualdades.  

c.  Evolução  do  coeficiente  de  Gini  no  Brasil  

Tabela  04:  Coeficiente  de  Gini  –  Brasil,  1990-­‐2008  1990   1991   1992   1993   1994   1995   1996   1997   1998   1999  0,612   -­‐   0,580   0,602   -­‐   0,599   0,600   0,600   0,598   0,592  

 

2000   2001   2002   2003   2004   2005   2006   2007   2008  -­‐   0,594   0,587   0,581   0,569   0,566   0,560   0,553   0,544  

Fonte:  IPEA,  2010.  Dados:  IBGE,  PNAD  /  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.    

e.  Evolução  da  pobreza  extrema  no  Brasil  por  cor/raça  

A  identificação  da  cor/raça  no  Brasil  para  o  IBGE  é  definida  a  partir  da  autodeclaração.  As  pessoas  que  se  declaram  brancas,  pretas  ou  pardas  somam  99%  da  população.  As  principais  desigualdades  observadas  são  entre  a  população  branca  e  a  preta  e  parda.    

Tabela  05:  Porcentagem  da  população  sobrevivendo  com  menos  do  que  US$  PPC  1,25  por  dia  segundo  a  cor  -­‐  Brasil,  1990/2008  

  1990   1991   1992   1993   1994   1995   1996   1997   1998   1999  Preta  /  Parda   37,1   -­‐   30,6   30,0   -­‐   25,1   25,5   26,0   23,5   22,8  

Branca   16,5   -­‐   12,7   11,1   -­‐   9,2   9,9   9,6   8,6   8,4    

  2000   2001   2002   2003   2004   2005   2006   2007   2008  Preta  /  Parda  

-­‐   20,9   16,8   17,9   14,3   11,6   9,7   8,5   6,6  

Branca   -­‐   8,0   6,4   6,6   5,5   4,6   3,8   3,6   2,8  Fonte:  IPEA,  2010.  Dados:  IBGE,  PNAD  /  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  

A   redução   da   pobreza   foi   semelhante   nos   dois   grupos,   e   a   diferença   foi   apenas  ligeiramente  reduzida.    

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1B.  Alcançar  o  emprego  pleno  e  produtivo  e  o  trabalho  decente  para  todos,  incluindo  mulheres  e  jovens  

1.4  Taxa  de  crescimento  do  PIB  por  pessoa  empregada  

Tabela  06:  População  residente,  população  economicamente  ativa  (PEA),  produto  interno  bruto  (PIB)  e  fator  de  conversão  para  paridade  do  poder  de  compra  (PPC),  1990-­‐2009  

Ano  População  residente  (1)  x  1000  

População  economicamente  ativa  (PEA)(2)  x  

1000  

Pessoas  Ocupadas(2)  x  1000  

Produto  interno  bruto  (PIB)  em  milhões  

R$  correntes   R$  de  2009  

Em  dólares  correntes  como  

paridade  de  poder  de  

compra  (PPC)    

Fator  de  conversão  para  paridade  do  poder  de  

compra  (PPC)  

1990   146.593   64.500   …   11,5   1.875.172,10   782.969,10   0,00001475  

1991   149.094   …   …   60,3   1.894.486,40   817.958,60   0,000073703  

1992   151.547   72.439   67.677   641   1.884.188,40   833.679,70   0,000768831  

1993   153.986   73.549   68.953   14.097,10   1.976.980,20   892.610,90   0,015793123  

1994   156.431   …   …   349.204,70   2.092.690,30   960.176,40   0,363688055  

1995   158.875   77.116   72.377   705.640,90   2.181.081,20   1.022.859,10   0,689871027  

1996   161.323   76.225   70.902   843.964,00   2.227.985,40   1.064.291,30   0,792982136  

1997   163.780   78.693   72.500   939.146,00   2.303.193,60   1.118.139,10   0,839918782  

1998   166.252   80.592   73.328   979.277,00   2.304.005,40   1.130.564,40   0,866184209  

1999   168.754   83.264   75.205   1.065.000,00   2.309.856,70   1.150.422,60   0,92574677  

2000   171.280   …   …   1.179.482,00   2.409.321,50   1.222.801,30   0,964573722  

2001   173.822   85.227   77.252   1.302.136,00   2.440.958,80   1.266.910,40   1,027804332  

2002   176.391   88.248   80.158   1.477.822,00   2.505.841,80   1.321.718,00   1,11810692  

2003   178.985   90.168   81.386   1.699.948,00   2.534.574,30   1.365.721,60   1,2447251  

2004   181.586   92.627   84.384   1.941.498,00   2.679.356,60   1.484.659,30   1,307706053  

2005   184.184   95.927   86.999   2.147.239,00   2.764.015,50   1.582.642,40   1,356743033  

2006   186.771   97.300   89.111   2.369.484,00   2.873.388,50   1.698.753,50   1,394836825  

2007   189.335   98.605   90.564   2.661.344,00   3.048.418,40   1.863.990,80   1,42776672  

2008   191.870   100.555   93.374   3.031.864,00   3.205.793,20   2.020.572,90   1,500497238  

2009   194.370   102.533   93.990   3.185.125,40   3.185.125,40   2.044.206,50   1,558123103  Fonte:  Ministério  da  Ciência  e  Tecnologia,  2011.  Fonte  de  dados:  para  população  residente:  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística  (IBGE);    para  população  economicamente  ativa  e  ocupada:  Pequisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios  -­‐  PNAD  (microdados)  do  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística  (IBGE);    para  o  produto  interno  bruto  em  Reais:  Boletim  do  Banco  central;  e    para  o  fator  de  conversão  PPC:  World  Bank.  Elaboração:  Coordenação-­‐Geral  de  Indicadores  -­‐  Ascav  -­‐  Sexec  -­‐Ministério  da  Ciência  e  Tecnologia.  Notas:  1)  estimativas  populacionais  com  data  de  referencia  em  01  de  julho  dos  respectivos  anos;    2)  de  1990  a  2003,  exclusive  a  população  rural  de  Rondônia,  Acre,  Amazonas,  Roraima,  Pará  e  Amapá;    em  1991,  1994  e  2000  não  foi  realizada  a  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios  (PNAD).    

Entre   2003   e   2009   verifica-­‐se   uma   elevação   bastante   significativa   da   população  economicamente   ativa   ocupada,   de   67,7   para   93,9.   Diversos   fatores   contribuiram   para   este  cenário,  dentre  eles  destacam-­‐se  a  estabilidade  macroeconômica,  o  crescimento  econômico  e  ampliação  e  fortalecimento  do  mercado  interno.  Verifica-­‐se  uma  tendência  crescente,  mesmo  em  anos  de  crise  econômica  internacional,  como  2002/2003  e  2009.    

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1C.  Reduzir  pela  metade,  entre  1990  e  2015,  a  proporção  da  população  que  sofre  de  fome  

1C-­‐BR.  Erradicar  a  fome  entre  1990  e  2015  

1.8.  Prevalência  de  crianças  (com  menos  de  5  anos)  abaixo  do  peso  

Tabela  07:  Porcentagem  de  crianças  de  zero  a  quatro  anos  com  peso  abaixo  do  esperado  para  a  idade  –  Brasil,  1990-­‐2008  

1996   2006  4,2   1,8  

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  IBGE,  PNAD  /  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  da  Região  Norte.  Ministério  da  Saúde.  Pesquisa  Nacional  de  Demografia  e  Saúde  da  Criança  e  da  Mulher  –  PNDS  2006:  dimensões  do  processo  reprodutivo  e  da  saúde  da  criança/  Ministério  da  Saúde,  Centro  Brasileiro  de  Análise  e  Planejamento.  –  Brasília:  Ministério  da  Saúde,  2009.  p.226.  Referência:  Curvas  de  crescimento  de  crianças  saudáveis  e  bem  alimentadas,  OMS,  2006.  

Verifica-­‐se   a   redução   para  menos   da  metade,   embora   esse   indicador   não   apresente  meta.  O  Brasil  está  também  abaixo  da  população  de  referencia,  que  é  de  2,3%.  

h.  Desnutrição  protéico-­‐calórica  em  crianças  com  menos  de  1  ano  e  entre  1  e  2  anos  de  idade,  nas  áreas  cobertas  pela  Estratégia  Saúde  da  Família  

Tabela  08:  Porcentagem  de  crianças  de  zero  a  quatro  anos  com  peso  abaixo  do  esperado  para  a  idade*  –  Brasil,  1990-­‐2008     1999   2000   2001   2002   2003   2004   2005   2006   2007   2008  0-­‐11  meses   10,0   8,1   7,0   6,1   4,8   3,6   2,9   2,2   1,8   1,5  12-­‐23  meses   19,2   16,1   14,5   12,9   10,0   7,6   6,0   4,7   3,7   2,9  

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  Ministério  da  Saúde,  Secretaria  de  Atenção  à  Saúde,  Sistema  de  Informações  da  Atenção  Básica.  *Somente  para  crianças  atendidas  pela  Estratégia  Saúde  da  Família  

Considerando   a  meta   de   redução   da   fome   pela  metade,   por   este   indicador,   o   Brasil  supera  em  muito  a  meta   internacional.   Inclusive  o  Brasil  está  próximo  de  atingir   sua  própria  meta,  de  erradicar  a  desnutrição  na  infância.  

O  alcance  das  metas  para  o  Objetivo  de  Desenvolvimento  do  Milênio  1  para  o  Brasil  já  foi   atingido.   O   país   estabeleceu  metas  mais   rigorosas   considerando   todos   os   indicadores,   e  neste   ano   de   2011   assumiu   também   o   compromisso   de   erradicação   da  miséria   no   país   até  2015,  com  o  lançamento  do  “Programa  Brasil  Sem  Miséria”.  

O   Relatório   de   Acompanhamento   dos   Objetivos   de   Desenvolvimento   do   Milênio   –  2010  (IPEA,  2010)  destaca  como  principais  fatores  para  alcance  das  metas:  

-­‐ Estabilidade  Macroeconomica  dos  últimos  8  anos;  -­‐ Sistema  de  proteção  social  estabelecido  pela  Constituição  de  1988  -­‐ Programas  de  transferência  de  renda,  que  foram  unificados  e  expandidos  a  partir  de  

2003/2004,  associado  a  condicionalidades  para  obtenção  do  benefício  nas  áreas  de  assistência  social,  saúde  e  educação;  

-­‐ Valorização  real  do  salario  mínimo,  e  consequente  expansão  do  mercado  interno.  Estudos   recentes   do   IPEA   demonstram   que   o   crescimento   econômico   do   Brasil  

favoreceu  os  mais  pobres,  promovendo  a  efetiva  redução  das  desigualdades.  A  partir  de  uma  simulação   considerando   a   manutenção   da   renda   média,   e   posteriormente,   considerando   a  manutenção  do  grau  de  desigualdade,  verifica-­‐se  que  o  crescimento  é  que  teve  maior  impacto  na  redução  da  pobreza.    

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Objetivo  02  -­‐  Atingir  o  Ensino  Básico  Universal  

2A.Garantir  que,  até  2015,  todas  as  crianças,  de  ambos  os  sexos,  terminem  um  ciclo  completo  de  ensino  básico.  

2.1  (6)  Taxa  líquida  de  matrícula  no  ensino  primário.  2.2  (7)  Proporção  dos  alunos  que  iniciam  o  1º  ano  e  atingem  o  5º.  2.3  (8)  Taxa  de  alfabetização  na  faixa  etária  de  15  a  24  anos.  

2A-­‐BR.  Garantir  que,  até  2015,  as  crianças  de  todas  as  regiões  do  país,  independentemente  de  cor/raça  e  sexo,  concluam  o  ensino  fundamental.  

a.  Taxa  de  frequência  escolar  líquida  das  pessoas  de  7  a  17  anos,  por  grupos  de  idade  e  nível  de  ensino,  segundo  sexo  e  cor/raça  –  Brasil  e  grandes  regiões  b.  Taxa  de  frequência  líquida  das  pessoas  de  7  a  17  anos  de  idade,  segundo  os  quintis  de  rendimento  familiar  mensal  per  capita  c.  Proporção  de  pessoas  de  11  e  12  anos  que  tenham  concluído  a  4a  série  do  ensino  fundamental  e  pessoas  de  18  anos  que  concluíram  este  nível  de  ensino  d.  Índice  de  adequação  idade-­‐anos  de  escolaridade,  da  população  de  9  a  16  anos,  por  regiões  geográficas  e.  Resultado  do  SAEB  em  língua  portuguesa  na  4ª  série  do  ensino  fundamental,  por  redes  de  ensino,  em  escolas  urbanas  f.  Resultados  do  SAEB  em  matemática  na  3ª  série  do  ensino  fundamental,  por  redes  de  ensino,  em  escolas  urbanas  g.  Taxa  de  alfabetização  das  pessoas  de  15  a  24  anos  de  idade,  segundo  sexo,  cor/raça  e  situação  do  domicílio  –  Brasil  e  Grandes  Regiões  

Verde:  Indicadores  estabelecidos  para  o  Brasil  a  partir  de  2005.  Amarelo:  Indicadores  selecionados  pela  Metodologia  ILPES/CEPAL.  

Para  o  Brasil,  o  ensino  fundamental  corresponde  à  escolarização  obrigatória,  e  mesmo  sendo  atribuição  dos  governos   locais   (municipal  e  estadual),  o  Governo  Federal  desempenha  função  supletiva,  complementando  recursos  para  a  redução  de  desigualdades.  

2A.Garantir  que,  até  2015,  todas  as  crianças,  de  ambos  os  sexos,  terminem  um  ciclo  completo  de  ensino  básico  

2A-­‐BR.  Garantir  que,  até  2015,  as  crianças  de  todas  as  regiões  do  país,  independentemente  de  cor/raça  e  sexo,  concluam  o  ensino  fundamental  

2.1  Taxa  líquida  de  matrícula  no  ensino  primário  

O   ensino   primário   no   Brasil   corresponde   ao   ensino   fundamental,   com   idade   de  referencia   de   7   a   14   anos   de   idade.   Os   indicadores   nacionais   já   incluem   características   de  regionalização,  diferenciação  por  sexo  e  cor/raça,  visando  destacar  as  desigualdades  regionais,  conforme  tabela  a  seguir:  

a.  Taxa  de  frequência  escolar  líquida  das  pessoas  de  7  a  14  anos,  por  grupos  de  idade  e  nível  de  ensino,  segundo  sexo  e  cor/raça  –  Brasil  e  grandes  regiões  

Tabela  09:  Taxa  de  escolarização  líquida  nas  faixas  etárias  de  4  a  14  e  de  15  a  17  anos,  segundo  sexo,  cor/raça  e  localização,  Brasil  e  Regiões,  1992,  2005  e  2008  

Características  selecionadas  

Fundamental:  7  a  14  anos   Médio:  15  a  17  anos  1992   2005   2008   1992   2005   2008  

Brasil   81,4   94,4   94,9   18,2   45,3   50,4  

Região

 

Norte   82,5   93,1   93,6   11,7   30,7   39,7  

Nordeste   69,7   92,4   94,3   9,5   30,1   36,4  

Sudeste   88,0   95,8   95,7   24,3   57,4   61,9  Sul   86,9   95,9   95,2   23,1   53,6   56,4  

Centro-­‐Oeste   85,9   94,7   94,5   17,5   45,9   51,8  

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Sexo   Masculino   79,9   94,1   94,9   15,1   40,6   44,4  

Feminino   82,7   94,7   94,9   21,3   50,1   56,8  

Cor/

Raça   Branca   87,5   95,4   95,4   27,1   56,6   61,0  

Preta  /  Parda   75,3   93,6   94,7   9,2   35,6   42,2  Local.   Rural   66,5   92,3   94,3   5,3   24,7   33,3  

Urbana   86,2   95,0   95,1   22,3   50,4   54,3  Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  IBGE,  PNAD  /  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  da  Região  Norte.  

Verifica-­‐se  no  período  uma  significativa  redução  das  desigualdades  quanto  ao  acesso  à  educação,   em   todos  os   níveis   e   segundo  as   características   consideradas,   chegando   todos   ao  patamar  mínimo  de  94%  para  o  ensino  fundamental,  e  com  diferença  máxima  de  2,1  pontos  percentuais  (contra  18  para  1992).  

Com  relação  ao  ensino  médio,  verifica-­‐se  também  um  grande  avanço  no  período  para  todas   as   situações,   mas   ainda   há   uma   manutenção   das   desigualdades,   principalmente  regionais   para   o   Norte   e   Nordeste,   e   população   rural,   e   a   distância   ainda  muito   acentuada  entre  população  branca  e  preta/parda.  

b.  Taxa  de  frequência  líquida  das  pessoas  de  7  a  14  anos  de  idade,  segundo  os  quintis  de  rendimento  familiar  mensal  per  capita  

Tabela  10:  Taxa  de  escolarização  líquida  na  faixa  etária  de  7  a  14  anos,  segundo  os  quintos  de  rendimentos  domiciliar  per  capita,  Brasil,  2005  e  2008.  

  2005   2008  1o  Quinto   91,4   94,1  2o  Quinto   93,9   94,7  3o  Quinto   95,0   95,5  4o  Quinto   95,2   95,7  5o  Quinto   96,5   95,9        

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  IBGE,  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios,  PNAD;  elaborado  por  Inep/DTDIE.  

Gráficos  2  e  3:  Taxa  de  escolarização  líquida  na  faixa  etária  de  7  a  14  anos  e  de  15  a  17  anos,  segundo  os  quintos  de  rendimento  domiciliar  per  capita,  Brasil,  2005  e  2008  

Faixa  etária  de  7  a  14  anos   Faixa  etária  de  15  a  17  anos  

   Fonte:  IPEA,  2010.  IBGE,  PNAD,  elaborado  pelo  Inep/DTDIE  

Verifica-­‐se   a   tendência   à   equiparação,   com   maiores   avanços   nos   quintis   de   menor  renda   para   o   ensino   fundamental   (7   a   14   anos).   No   ensino   médio,   apesar   de   avanços  ligeiramente  superiores  nos  estratos  baixos  e  médios,  a  disparidade  entre  as   faixas  de  renda  ainda  é  extremamente  alta.  

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c.  Proporção  de  pessoas  de  11  e  12  anos  que  tenham  concluído  a  4a  série  do  ensino  fundamental  e  pessoas  de  18  anos  que  concluíram  este  nível  de  ensino  

Tabela  11:  Proporção  de  pessoas  de  11  e  12  anos  que  tenham  concluído  a  4a  série  do  ensino  fundamental,  e  pessoas  de  18  anos  que  tenham  concluído  a  8a  série  do  ensino  fundamental,  Brasil,  1992,  2005  e  2008  

  1992   2005   2008  11  anos   29,0   56,7   50,9  12  anos   42,2   75,2   72,3  18  anos   34,0   68,4   75,2  

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  IBGE,  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios,  PNAD;  elaborado  por  Inep/DTDIE.  

Verifica-­‐se   grande  aumento  na  escolaridade  em   todas  as   faixas,  porém  um   recuo  no  último  período,  o  que  demonstra  que  ainda  é  um  grande  desafio  o  aumento  da  escolaridade,  e  na  relação  adequação-­‐idade.  

d.  Índice  de  adequação  idade-­‐anos  de  escolaridade,  da  população  de  9  a  16  anos,  por  regiões  geográficas  

Tabela  12:  Índice  de  Adequação  Idade-­‐Anos  de  Escolaridade  da  população  de  9  a  16  anos  de  idade,  Brasil  e  regiões,  2008  

  2008  Brasil   0,71  Norte   0,61  Nordeste   0,60  Sudeste   0,78  Sul   0,82  Centro-­‐Oeste   0,76  

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  IBGE,  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios,  PNAD;  elaborado  por  Inep/DTDIE.  

Tabela  13:  Índice  de  Distorção  Idade-­‐Série  no  ensino  fundamental  e  no  ensino  médio,  Brasil  e  regiões,  2008  

  Distorção  idade-­‐série  no  ensino  fundamental  -­‐  2010  

Distorção  idade-­‐série  no  ensino  médio  -­‐  2010  

Brasil   23,6   34,5  

Norte   34,8   50,0  

Nordeste   32,7   46,6  

Sudeste   15,5   26,2  

Sul   17,8   24,6  

Centro-­‐Oeste   21,3   33,2  Fonte:  Inep,  DTDIE,  2011  

As   regiões   Norte   e   Nordeste   apresentam   ainda   as   maiores   defasagens   série-­‐idade,  estando   entre   9   e   10   pontos   percentuais   abaixo   da   média   nacional.   No   ensino   médio   a  distorção  é  ainda  maior.  

   

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2.3  Taxa  de  alfabetização  na  faixa  etária  de  15  a  24  anos  de  idade  

g.  Taxa  de  alfabetização  das  pessoas  de  15  a  24  anos  de  idade,  segundo  sexo,  cor/raça  e  situação  do  domicílio  –  Brasil  e  Grandes  Regiões  

Tabela  14:  Taxa  de  alfabetização  das  pessoas  de  15  a  24  anos  de  idade,  segundo  sexo,  cor/raça  e  localização,  Brasil  e  regiões,  1992,  2005  e  2008  

Características  selecionadas  

Fundamental:  7  a  14  anos  1992   2005   2008  

Brasil   91,3   97,2   97,8  Re

gião

 

Norte   94,0   96,8   97,5  

Nordeste   80,0   93,7   95,7  

Sudeste   96,5   98,9   99,0  

Sul   96,8   98,8   99,0  

Centro-­‐Oeste   95,4   98,7   98,8  

Sexo   Masculino   89,2   96,2   97,2  

Feminino   93,5   98,1   98,5  

Cor/

Raça   Branca   95,6   98,4   98,7  

Preta  /  Parda   86,8   96,0   97,3  

Local.   Rural   94,8   92,6   94,6  

Urbana   78,8   98,1   98,5  Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  IBGE,  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios,  PNAD;  elaborado  por  Inep/DTDIE.  

Verifica-­‐se   a   tendência   à   equiparação,   com   fortes   reduções   nas   desigualdades,  principalmente   de   sexo   e   cor/raça.   Destaca-­‐se   ainda   a   desigualdade   regional,   com   a   Região  Nordeste,   e   as   áreas   rurais   do   país   estando   ainda   com   desafagens   em   torno   de   3   pontos  percentuais.  

 

   

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Objetivo  03  –  Promover  a  igualdade  entre  os  sexos  e  autonomia  das  mulheres  

3A.  Eliminar  a  disparidade  entre  os  sexos  no  ensino  primário  e  secundário,  se  possível  até  2005,  e  em  todos  os  níveis  de  ensino,  a  mais  tardar  até  2015.  

3.1  Razão  meninas/meninos  no  ensino  básico,  médio  e  superior.  3.2  Razão  entre  mulheres  e  homens  alfabetizados  na  faixa  etária  de  14  a  24  anos  3.3  Porcentagem  de  mulheres  assalariadas  no  setor  não-­‐agrícola.  3.4  Proporção  de  mulheres  exercendo  mandatos  no  parlamento  nacional.  a.  Proporção  de  mulheres  ocupadas  no  setor  agrícola  sem  rendimento,  por  grandes  regiões  b.  taxa  de  defasagem  escolar  entre  os  estudantes  de  7  a  17  anos  de  idade,  por  sexo  e  cor/raça  c.  Taxa  de  participação  por  sexo  e  cor/  raça  d.  Distribuição  da  população  ocupada  por  sexo  e  cor/raça,  segundo  a  posição  na  ocupação  e.  Proporção  de  trabalhadoras  domésticas  com  carteira  de  trabalho  assinada,  por  cor/raça  f.  Proporção  da  população  ocupada  que  contribui  para  a  Previdência  Social,  por  sexo  e  cor/raça  g.  Relação  entre  o  rendimento-­‐hora  da  população  ocupada,  por  sexo,  cor/  raça  e  anos  de  estudo  h.  Proporção  de  mulheres  eleitas  senadoras  e  deputadas  federais  em  relação  ao  total  de  eleitos  i.  Distribuição  dos  cargos  de  DAS,  segundo  sexo  j.  Número  de  Delegacias  Especializadas  de  Atendimento  à  Mulher  k.  Número  de  ocorrências  de  delitos  por  DEAM  l.  Mulheres  eleitas  para  a  Câmara  dos  Deputados  e  assembleias  legislativas,  por  grandes  regiões  

Verde:  Indicadores  estabelecidos  para  o  Brasil  a  partir  de  2005.  Amarelo:  Indicadores  selecionados  pela  Metodologia  ILPES/CEPAL.    

3A.  Eliminar  a  disparidade  entre  os  sexos  no  ensino  primário  e  secundário,  se  possível  até  2005,  e  em  todos  os  níveis  de  ensino,  a  mais  tardar  até  2015  

3.1  Razão  meninas/meninos  no  ensino  básico,  médio  e  superior  

Para  o  Brasil,  esse   indicador  não  é  efetivo  para  medir  desigualdades  de  gênero  sob  o  ponto  de  vista  da  promoção  da  autonomia  das  mulheres,  pois  estas  apresentam  situação  mais  favorável  que  os  homens.  

Tabela  15:  Razão  entre  as  taxas  de  frequência  à  escola  de  mulheres  e  homens  de  7  a  24  anos,  segundo  grupos  de  idade  (%)  –  Brasil  e  regiões,  1998*-­‐2008  

Brasil  e  regiões  7  a  14  anos   15  a  17  anos   18  a  24  anos  1998   2008   1998   2008   1998   2008  

Brasil   100,6   100,4   101,2   101,6   102,2   110,7  Norte   100,6   99,7   99,2   98,1   109,0   103,1  Nordeste   101,7   100,2   100,7   102,2   101,9   111,7  Sudeste   99,7   100,5   101,0   101,5   97,2   110,0  Sul   100,3   100,4   101,1   104,0   112,6   118,1  Centro-­‐Oeste   101,3   101,2   103,4   100,1   108,4   107,8  

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  Ministério  da  Saúde,  Secretaria  de  Atenção  à  Saúde.  Tabela  16:  Razão  entre  as  taxas  de  frequência  à  escola  de  mulheres  e  homens  de  7  a  24  anos,  segundo  grupos  de  idade  (%)  –  Brasil  e  regiões,  1998*-­‐2008  

 Ensino  fundamental   Ensino  médio   Ensino  superior  1998   2008   1998   2008   1998   2008  

Brasil   94,3   93,8   129,0   119,1   128,8   133,2  Fonte:  IPEA,  2010.  Dados:  IBGE,  PNAD  /  Exclusive  a  pop.  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  

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Os   dados   revelam,   conforme   aponta   o   IPEA,   que   no   ensino   fundamental   há   mais  meninos  do  que  meninas,  porém,  a  cada  etapa,  a  proporção  de  meninas  é  maior,  chegando  a  30%   a   mais   no   ensino   superior.   Assim,   o   relatório   aponta   que   o   gargalo   para   ascender   na  escolarização  é  maior   para  os  meninos.  O  que   se   verifica   é   que   as   desigualdades  de   gênero  para   as  mulheres   se   faz   presente   para  mulheres   negras,  moradoras   de   áreas   rurais,   e  mais  velhas:  

“As  negras  frequentam  menos  as  escolas,  apresentam  menores  médias  de  anos  de  estudo  e  maior  defasagem  escolar.  As  mulheres  com  60  anos  ou  mais  de  idade  ainda  apresentam  altas  taxas  de  analfabetismo,  assim  como  as  residentes  nas  áreas  rurais.”  (IPEA,  2010)  

3.2  Razão  entre  mulheres  e  homens  alfabetizados  na  faixa  etária  de  14  a  24  anos    

Tabela  17:  Razão  entre  a  taxa  de  alfabetização  de  mulheres  e  de  homens  de  15  a  24  anos  de  idade  (%)  –  Brasil  e  regiões,  1992*,  1998*  e  2008  

  1992   1998   2008  Brasil   104,7   103,5   101,4  Norte   102,1   102,2   101,8  Nordeste   116,1   110,9   103,0  Sudeste   101,1   100,7   100,5  Sul   100,2   100,0   100,6  Centro-­‐Oeste   102,1   101,1   101,1  

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  IBGE,  PNAD  /  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  

A   taxa   de   alfabetização   para   homens   e   mulheres   vem   se   equiparando,   as  desigualdades  de  gênero  no  Brasil  são  mais  marcadas  no  momento  de  inserção  no  mercado  de  trabalho,   onde   as   mulheres   ocupam   em   geral   espaços   menos   valorizados   social   e  economicamente,  refletindo  uma  realidade  já  verificada  nos  cursos  superiores:  

Gráfico  4:  Distribuição  porcentual  de  matrículas  por  sexo  em  cursos  superiores  selecionados  –  Brasil,  2007  

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  MEC/Inep.  Censo  da  Educação  Superior;  elaborado  por  Ipea/Disoc.  

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3.3  Porcentagem  de  mulheres  assalariadas  no  setor  não-­‐agrícola  

Tabela  18:  Distribuição  da  população  de  15  anos  ou  mais  ocupada,  por  sexo  e  posição  na  ocupação,  Brasil,  2008  

  Homem   Mulher  Empregado  com  carteira   39,1   29,5  Empregado  sem  carteira   19,7   13,7  Militar  e  Funcionário  Público  Estatutário   5,3   9,4  Trabalhador  Doméstico   0,8   15,8  Conta  Própria   23,8   16,0  Empregador   5,7   2,9  Trabalho  não  remunerado   2,8   6,3  Trabalho  na  produção  para  o  próprio  consumo  e  na  construção  para  o  próprio  uso   2,9   6,3  

Fonte:  IPEA,  2010.  Dados:  IBGE,  PNAD  /  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  

Gráfico  5:  Porcentagem  da  população  ocupada  de  15  anos  ou  mais,  em  ocupações  consideradas  precárias,  por  sexo  –  Brasil,  1998  e  2008  

 Fonte:  IPEA,  2010.  Dados:  IBGE,  PNAD  /  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  

Em   2008,   somente   3%   das   mulheres   ocupadas   no   setor   não-­‐agrícola   não   tinham  rendimentos,   porém   esse   dado   inclui   uma   distorção,   visto   que   as   mulheres   que   realizam  trabalhos  domésticos  são  consideradas  como  inativas  nas  estatísticas  oficiais.  

No   mercado   de   trabalho   as   mulheres   em   geral   ocupam   posições   de   menor  remuneração,   e   de  maior   precarização.   Ainda   verifica-­‐se   a   presença  maior   das  mulheres   no  trabalho  doméstico,  sem  remuneração,  e  não  reconhecida  como  atividade  econômica,  o  que  dificulta  seu  ingresso  no  mercado  de  trabalho.  Em  2008  as  mulheres  dedicavam-­‐se  em  média  a  25,1  horas  semanais  aos  afazeres  domésticos,  contra  10  horas  dos  homens.  

3.3  Proporção  de  mulheres  exercendo  mandatos  no  parlamento  nacional  

Tabela  19:  Senadores  e  Deputados  Federais  em  exercício  –  Brasil  e  regiões,  2009     Senadores   Senadoras   %  Senadoras   Deputados   Deputadas   %  Deputadas  Brasil   81   10   12,35   489   44   9,00  Norte   21   3   14,29   64   13   20,31  Nordeste   27   3   11,11   142   8   5,63  Sudeste   12   0   0,00   172   16   9,30  Sul   9   1   11,11   71   4   5,63  Centro-­‐Oeste   12   3   25,00   40   3   7,50  Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  de  dados:  Senado  Federal  e  Câmara  dos  Deputados  

A  participação  das  mulheres  ainda  é  muito  inferior  a  dos  homens  nos  cargos  de  poder,  sendo  este  um  grande  desafio  para  a  equidade  de  gênero  no  Brasil.  

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Objetivo  04  –  Reduzir  a  mortalidade  na  infância  

 4A.  Reduzir  em  dois  terços,  entre  1990  e  2015,  a  mortalidade  de  crianças  menores  de  5  anos.  

4.1  Taxa  de  mortalidade  de  crianças  menores  de  5  anos.  4.2.  Taxa  de  mortalidade  infantil  4.3.  Proporção  de  crianças  de  até  um  ano  vacinadas  contra  o  sarampo  

  a.  Mortalidade  proporcional  entre  menores  de  um  ano,  segundo  grupos  de  causas,  Brasil  e  grandes  regiões  b.  Distribuição  percentual  dos  óbitos  infantis  por  grupos  de  idade  (0  a  6  dias;  7  a  27  dias;  28  a  364  dias),  por  causas  selecionadas,  por  grandes  regiões  e  por  cor/raça  

Verde:  Indicadores  estabelecidos  para  o  Brasil  a  partir  de  2005.    

4A.  Reduzir  em  dois  terços,  entre  1990  e  2015,  a  mortalidade  de  crianças  menores  de  5  anos.  

4.1  Taxa  de  mortalidade  de  crianças  menores  de  5  anos  (ou  taxa  de  mortalidade  na  infância)  

Desde   1990,   ano-­‐base   para   comparação   do   avanço   dos   ODM,   até   2008,   a   redução  nacional  média  foi  de  58%,  ano  em  que  a  taxa  foi  de  22,8  óbitos  por  mil  NV.  Essa  redução  se  deu  de  maneira  diferenciada  entre  as  regiões,  sendo:  62%  na  região  Nordeste,  57%  na  região  Sul,  55%  na  região  Sudeste  e  53%  nas  regiões  Norte  e  Centro-­‐Oeste  (IPEA,  2010).  

Na  meta  definida  para  este  ODM,  a  taxa  de  mortalidade  na  infância  deve  ser  reduzida  para  17,9  óbitos  por  mil  NV  até  2015.  Estima-­‐se  que,  se  persistir  a  tendência  de  redução  atual,  o  Brasil  atingirá  a  meta  antes  do  prazo.    

Gráfico  06  –  Evolução  da  taxa  de  mortalidade  na  infância  (por  mil  nascidos  vivos).  Brasil  e  regiões,  1990/2008*  e  projeção  até  2015  (Brasil)  

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  CGIAE/DASIS/SVS/MS;  IBGE.  Nota:  *Os  dados  de  2008  são  preliminares.          

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Tabela  20.  Taxa  de  da  mortalidade  na  infância  e  redução  anual  percentual  média.  Brasil  e  regiões,  1990  a  2008*  

 

País  /  região       1990   2000   2008*  Redução  anual  (%)  

1990  -­‐  2000  Redução  anual  (%)  2000  -­‐  2008  

Redução  anual  (%)  1990  -­‐  

2008    Brasil         53,7   32,0   22,8   5,0   4,1   4,6    Norte         52,9   33,4   25,1   4,5   3,5   4,1    Nordeste         87,3   48,8   32,8   5,6   4,8   5,3  Sudeste       36,6   22,1   16,5   4,9   3,6   4,3    Sul         35,2   19,9   15,0   5,5   3,5   4,6    Centro-­‐oeste         41,0   25,1   19,1   4,8   3,4   4,2  

Fonte:  http://portal.saude.gov.br  Fonte  dos  dados:  CGIAE/DASIS/SVS/MS;  IBGE.    Nota:  *Os  dados  de  2008  são  preliminares.    4.1  Taxa  de  mortalidade  infantil  

Em  2008,  a  taxa  de  mortalidade  infantil  (óbitos  de  menores  de  1  ano  de  idade  por  mil  nascidos  vivos)  no  Brasil  foi  de  19,0  óbitos  por  mil  NV.  De  1990  a  2008,  foi  registrada  redução  de  60%.  O  maior  declínio  foi  na  região  Nordeste  (65%),  seguida  pela  Sudeste  (57%),  Sul  (55%),  Norte   (54%)   e   Centro-­‐Oeste   (54%).   A   região   Nordeste,   não   obstante   tenha   apresentado   o  maior   percentual   de   redução,   ainda   é   a   região   que   apresenta   a  maior   taxa   de  mortalidade  infantil.    Gráfico  07  –  Evolução  da  taxa  de  mortalidade  infantil  (por  mil  nascidos  vivos).  Brasil  e  regiões,  

1990/2008*  e  projeção  até  2015  (Brasil)    

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  CGIAE/DASIS/SVS/MS;  IBGE.  Nota:  *Os  dados  de  2008  são  preliminares.    

   

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Tabela  21.  Taxa  de  da  mortalidade  na  infância  e  redução  anual  percentual  média.  Brasil  e  regiões,  1990  a  2008*  

 

País  /  região       1990   2000   2008*  Redução  anual  (%)  

1990  -­‐  2000  Redução  anual  (%)  2000  -­‐  2008  

Redução  anual  (%)  1990  -­‐  

2008    Brasil         47,1   27,4   19,0   5,3   4,5   4,9    Norte         45,9   28,6   21,1   4,6   3,7   4,2    Nordeste         75,8   41,6   26,7   5,8   5,4   5,6  Sudeste       32,6   19,2   14,1   5,2   3,8   4,5    Sul         28,3   17,0   12,8   4,9   3,5   4,3  Centro-­‐oeste       34,3   20,9   15,8   4,8   3,4   4,2  

Fonte:  http://portal.saude.gov.br  Fonte  dos  dados:  CGIAE/DASIS/SVS/MS;  IBGE.    Nota:  *Os  dados  de  2008  são  preliminares.    4.3.  Proporção  de  crianças  de  até  um  ano  vacinadas  contra  o  sarampo  

É   indubitável   que   a   vacinação   é   uma   ação   que   vem   contribuindo   para   a   redução   da  mortalidade   infantil.   A   cobertura   vacinal   contra   sarampo   entre   crianças   aumentou  significativamente,  de  78,1%,  em  1980,  para  mais  de  95%  em  2000  e  99,5%  em  2008.  Como  reflexo  desses  bons  resultados,  os  últimos  óbitos  por  sarampo  foram  registrados  em  1997  e  os  últimos  casos  autóctones  da  doença,  em  2000.  (IPEA,  2010)    Gráfico  08.  Número  de  casos  autóctones  de  sarampo  e  cobertura  vacinal  contra  sarampo  entre  

crianças  de  um  ano  de  idade*.  Brasil,  1980-­‐2008.    

   Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  COVER/CGPNI/SVS/SMS.  *    A  partir  de  2003,  a  vacina  monovalente  contra  sarampo  foi  substituída  pela  Tríplice  Viral  (SCR  –  sarampo,  caxumba  e  rubéola)  em  crianças  de  1  ano.          

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a.  Mortalidade  proporcional  entre  menores  de  um  ano,  segundo  grupos  de  causas,  Brasil  e  grandes  regiões  

Gráfico  09:  Mortalidade  proporcional,  porcentagem  dos  óbitos  infantis  segundo  grupos  de  causas.  Brasil,  1990/2008  (1)  

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  CGIAE/DASIS/SVS/MS.  (1)  Os  dados  de  2008  são  preliminares.    b.  Distribuição  percentual  dos  óbitos  infantis  por  grupos  de  idade  (0  a  6  dias;  7  a  27  dias;  28  a  364  dias),  por  causas  selecionadas,  por  grandes  regiões  e  por  cor/raça  

Gráfico  10:  Taxa  de  mortalidade  infantil  (por  nascidos  vivos)  segundo  componentes  (1).  Brasil,  1990/2008  (2)  

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  CGIAE/DASIS/SVS/MS;  IBGE  (1)  Neonatal  precoce  (0  a  6  dias  de  vida);  neonatal  tardio  (7  a  27  dias  de  vida);  pós  neonatal  (28  a  364  dias  de  vida)  (2)  Os  dados  de  2008  são  preliminares.  

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Gráfico  11:  Mortalidade  proporcional,  porcentagem  de  menores  de  um  ano,  segundo  raça/  cor  (1)  e  grupos  de  causas.  Brasil,  2008  (2)  

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  CGIAE/DASIS/SVS/MS  (1)  De  todos  os  óbitos  notificados  em  menores  de  um  ano,  12,8%  não  possuem  informação  sobre  a  raça/cor.  (2)  Os  dados  de  2008  são  preliminares.    

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Objetivo  05  –  Melhorar  a  saúde  materna  5A.  Reduzir  em  três  quartos,  entre  1990  e  2015,  a  taxa  de  mortalidade  materna.  

5.1  Razão  de  mortalidade  materna.  5.2  Proporção  de  partos  assistidos  por  profissional  de  saúde  qualificado.  

5B.  Alcançar,  até  2015,  o  acesso  universal  à  saúde  reprodutiva.  

5.3  Porcentagem  de  mulheres  de  15  a  49  anos  que  usam  métodos  contraceptivos  5.4  Taxa  de  nascimentos  entre  adolescentes  5.5  Cobertura  de  atendimento  pré-­‐natal  (pelo  menos  uma  visitas)  5.6  Cobertura  de  atendimento  pré-­‐natal  (pelo  menos  quatro  visitas)  

5B-­‐BR.  Promover,  na  Rede  do  Sistema  Único  de  Saúde  (SUS),  cobertura  universal  por  ações  de  saúde  sexual  e  reprodutiva  até  2015.      5C-­‐BR.  Até  2015,  ter  detido  o  crescimento  da  mortalidade  por  câncer  de  mama  e  de  colo  de  útero,  invertendo  a  tendência  atual.  

a.  Proporção  de  óbitos  maternos  segundo  grupo  de  causas  b.  Proporção  de  cobertura  por  consultas  de  pré-­‐natal    c.  Número  de  internações  por  aborto  no  SUS,  por  grandes  regiões  d.  Taxa  de  mortalidade  de  mulheres  de  30  a  69  anos,  segundo  alguns  tipos  selecionados  de  neoplasias  e.  Taxa  de  mortalidade  de  mulheres  de  30  a  69  anos  por  causas  selecionadas  

Verde:  Indicadores  estabelecidos  para  o  Brasil  a  partir  de  2005.    

5A  -­‐  Reduzir  em  três  quartos,  entre  1990  e  2015,  a  taxa  de  mortalidade  materna  

5.1  Razão  de  mortalidade  materna  

A  razão  de  mortalidade  materna  estima  a  frequência  de  óbitos  femininos  ocorridos  até  42   dias   após   o   término   da   gravidez,   atribuídos   a   causas   ligadas   à   gravidez,   ao   parto   e   ao  puerpério,  em  relação  ao  total  de  nascidos  vivos  (NV).  O  número  de  NV  é  adotado  como  uma  aproximação  do  total  de  mulheres  grávidas.  

No  Brasil,   foi   registrada   redução  na  mortalidade  materna,  desde  1990.  A  melhora  na  investigação   dos   óbitos   de   mulheres   em   idade   fértil   (10   a   49   anos   de   idade),   que   permite  maior  registro  dos  óbitos  maternos,  possivelmente  contribuiu  para  a  estabilidade  da  razão  de  mortalidade  materna  observada  nos  últimos  anos  da  série   (IPEA,  2010).  Para  o  cumprimento  desta  meta  o  Brasil  deve  chegar  a  uma  razão  igual  ou  inferior  a  35  óbitos  por  100  mil  NV  até  2015.  

     

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Gráfico  12.  Razão  de  mortalidade  materna  (por  100  mil  nascidos  vivos)  ajustada  (1).  Brasil,  1990/2007  e  projeção  até  2015  

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  DASIS/SVS/MS.  (1)  A  razão  mortalidade  materna  foi  ajustada  com  uma  função  polinomial  grau  6  com  R²=0,947.    

5.2  Proporção  de  partos  assistidos  por  profissional  de  saúde  qualificado  

Os   dados   da   Pesquisa   Nacional   de   Demografia   e   Saúde   indicam   que,   entre   1996   e  2006,  o  porcentual  de  partos  hospitalares  passou  de  96%  para  98%,  com  variações  regionais  (92%  na  região  Norte  e  99,5%  na  região  Sudeste).  Do  total  de  partos,  76%  foram  realizados  por  meio   do   SUS.   A   grande   maioria   foi   assistida   por   profissionais   formalmente   qualificados   –  médico,  89%,  ou  enfermeira,  em  8,3%  dos  casos  (IPEA,  2010).  

 

5B  -­‐  Alcançar,  até  2015,  o  acesso  universal  à  saúde  reprodutiva.  

Tabela  22:  Indicadores  de  Saúde  Reprodutiva,  Brasil  1986/2006  

Indicador   1986   2006  5.3  Porcentagem  de  mulheres  de  15  a  49  anos  que  usam  métodos  contraceptivos  (1)  

55   68  

5.4  Taxa  de  nascimentos  entre  adolescentes  (2,3)   86   83  5.5  Cobertura  de  atendimento  pré-­‐natal  (pelo  menos  uma  visitas)   86   99  5.6  Cobertura  de  atendimento  pré-­‐natal  (pelo  menos  quatro  visitas)   76   90  Fonte:  IPEA,  2010.  

 (1)  Algum  método  contraceptivo  (modernos  e  tradicionais).  (2)  Taxa  específica  de  fecundidade  por  idade  (em  1996,  de  cada  1000  mulheres  de  15-­‐19  anos  de  idade,  86  tiveram  filhos;  essa  taxa  refere-­‐se  ao  período  de  0-­‐3  anos  anterior  à  pesquisa).  (3)  A  taxa  específica  de  fecundidade  por  idade  em  2006  também  se  refere  ao  período  de  0-­‐3  anos  anterior  à  pesquisa.        

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5B-­‐BR-­‐  Promover,  na  Rede  do  Sistema  Único  de  Saúde  (SUS),  cobertura  universal  por  ações  de  saúde  sexual  e  reprodutiva  até  2015.  

5C-­‐BR-­‐  Até  2015,  ter  detido  o  crescimento  da  mortalidade  por  câncer  de  mama  e  de  colo  de  útero,  invertendo  a  tendência  atual  

a.  Proporção  de  óbitos  maternos  segundo  grupo  de  causas  

Gráfico  13:  Razão  de  mortalidade  materna  por  causas  específicas  de  morte  materna  (por  100  mil  nascidos  vivos).  Brasil,  1990,  2000  e  2007  

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  SIM  –  CGIAE/DASIS/SVS/MS.  

No  período  de   1990   a   2007,   houve   redução  em   todas   as   principais   causas   de  morte  materna.   Os   óbitos   maternos   por   hipertensão   foram   reduzidos   em   62,8%;   por   hemorragia,  58,4%;   por   infecções   puerperais,   46,8%;   por   aborto,   79,5%   e   por   doenças   do   aparelho  circulatório  complicadas  pela  gravidez,  parto  e  puerpério,  50,7%.  Mas  é  ainda  preocupante  a  proporção   de   jovens   que   morrem   por   causas   obstétricas.   Segundo   dados   da   Secretaria   de  Vigilância  em  Saúde,  entre  1990  e  2007  a  mortalidade  materna  na  adolescência   (de  10  a  19  anos)  variou  entre  13%  a  16%  do  total  de  óbitos  maternos  (IPEA,  2010).  

 b.  Proporção  de  cobertura  por  consultas  de  pré-­‐natal  

No   período   de   1996   a   2007,   a   porcentagem   de   mulheres   grávidas   que   não   tinham  realizado  nenhuma  consulta  de  pré-­‐natal  apresentou  uma  queda  considerável,  de  6,3%  para  1,9%,  segundo  o  Sinasc2.  No  mesmo  período,  o  porcentual  de  mulheres  grávidas  que  tiveram  pelo  menos   quatro   consultas   aumentou,   de  menos   de   60%   para   89%.   Em   2006,   segundo   a  PNDS,  a  primeira  consulta  de  pré-­‐natal  ocorreu  no  primeiro  trimestre  em  83%  das  gestações.  Essa  proporção  foi  menor  na  região  Norte  (74%)  e  maior  na  região  Sul  (87%).  

A   despeito   da  melhora   na   cobertura   e   da   existência   de   lei   e   normas   reguladoras     a  assistência  ao  pré-­‐natal  ainda  precisa  universalizar  a  prática  de  definição  prévia  de  local  para  atendimento   hospitalar   ao   parto,   de   encaminhamento   e   vinculação   à   maternidade   onde   a  gestante  receberá  assistência  no  âmbito  do  SUS  (IPEA,  2010).  

                                                                                                                         2 Sistema de Informações de Nascidos Vivos. DATASUS/ Ministério da Saúde.

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 c.  Número  de  internações  por  aborto  no  SUS,  por  grandes  regiões  

Entre  1992  e  2005,  embora   tenha  havido  queda  no  número   total  de   internações  por  abortamento  no  SUS,  as  regiões  Norte  e  Centro-­‐Oeste  registraram  aumento.  

 

Gráfico  14:  Número  de  internações  no  SUS  por  abortamento,  por  grandes  regiões.  Brasil,  1992/2005.  

 

Fonte:  Ministério  da  Saúde.  Sistema  de  Informações  Hospitalares  do  SUS  (SIH/SUS).  

 

d.  Taxa  de  mortalidade  de  mulheres  de  30  a  69  anos,  segundo  alguns  tipos  selecionados  de  neoplasias  

O   câncer   de  mama   é   o   segundo   tipo   de   câncer  mais   freqüente   no  mundo   e   o  mais  comum  entre  as  mulheres,  respondendo  por  22%  dos  casos  novos  nesse  grupo.  No  Brasil,  são  esperados   49.400   novos   casos   em   2010,   com  risco   estimado   de  49   casos   a   cada   100   mil  mulheres.  Embora  seja  considerado  um  câncer  de  bom  prognóstico,  trata-­‐se  da  maior  causa  de  morte   entre   as  mulheres   brasileiras,   principalmente   na   faixa   entre   40   e   69   anos,   com  mais  de  11  mil  mortes/ano  (2007).   Isso  porque  na  maioria  dos  casos  a  doença  é  diagnosticada  em  estádios  avançados.  

     

0

40000

80000

120000

160000

1992 21122 137300 140593 28459 17482

2005 25290 87911 96586 22751 17909

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-OesteNo.

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Gráfico  15:  Taxa  de  mortalidade  por  câncer  de  mama  e  de  colo  de  útero  entre  mulheres  de  30  a  69  anos  (por  100  mil  mulheres).  Brasil,  1990,  2000  e  2007.  

 

   

                                   Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  SIM  –  CGIAE/DASIS/  SVS/MS  

 

No  período  de  1990  a  2007,  a  taxa  de  mortalidade  por  câncer  de  mama  elevou-­‐se  de  17,4  para  19,0  por  100  mil  mulheres  de  30  a  69  anos,  o  que  representa  um  aumento  de  9,2%,  enquanto  a  taxa  de  mortalidade  por  câncer  de  útero  manteve-­‐se  estável,  entre  8,7  e  8,5  óbitos  por  100  mil  mulheres  na  mesma  faixa  etária  

   

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Objetivo  06  –  Combater  o  HIV  

6A.  Até  2015,  ter  detido  a  propagação  do  HIV/Aids  e  começado  a  inverter  a  tendência  atual.  

6.1  Taxa  de  prevalência  do  HIV/Aids  entre  as  mulheres  grávidas  com  idades  de  15  a  24  anos  6.2  Taxa  de  utilização  de  anticoncepcionais  6.2  A    Uso  de  preservativo  na  última  relação  sexual  de  risco    6.2  B  Porcentagem  da  população  de  15  a  24  anos  com  conhecimento  correto  de  HIV/Aids    6.3  Número  de  crianças  tornadas  órfãs  pela  Aids  a.  Taxa  de  incidência  de  Aids,  segundo  região  de  residência  por  ano  de  diagnóstico  b.  Prevalência  da  infecção  pelo  HIV  entre  a  população  de  15  a  49  anos,  por  sexo  c.  Coeficiente  de  mortalidade  por  Aids  segundo  residência    

6B.  Alcançar,  até  2010,  o  acesso  universal  ao  tratamento  de  HIV/Aids  para  todas  as  pessoas  que  necessitem.  

6.4  Proporção  de  portadores  de  HIV  com  infecção  avançada  que  têm  acesso  a  medicamentos  antirretrovirais  

6C.  Até  2015,  ter  detido  a  incidência  da  malária  e  de  outras  doenças  importantes  e  começado  a  inverter  a  tendência  atual.  

6.5  Taxas  de  prevalência  e  de  mortalidade  ligadas  à  malária.  6.6  Proporção  da  população  das  zonas  de  risco  que  utiliza  meios  de  proteção  e  de  tratamento  eficazes  contra  a  malária  6.7  Taxas  de  prevalência  e  de  mortalidade  ligadas  à  tuberculose.    6.8  Proporção  de  casos  de  tuberculose  detectados  e  curados  no  âmbito  de  tratamentos  de  curta  duração  sob  vigilância  direta.  

6C-­‐BR.  Até  2015,  ter  reduzido  a  incidência  da  malária  e  da  tuberculose.  

d.  Número  de  casos  de  malária  na  Amazônia  Legal  e.  Incidência  e  taxa  de  incidência  de  tuberculose  (de  todas  as  formas,  pulmonar  e  pulmonar  bacilífera),  por  ano  de  notificação  

6D-­‐BR.  Reduzir  em  10%,  entre  2008  e  2011,  e  em  7,8%,  entre  2011  e  2015,  o  coeficiente  de  detecção  de  casos  novos  de  hanseníase  em  menores  de  15  anos  

f.  Coeficiente  de  prevalência  de  hanseníase  (utiliza  indicador  de  coeficiente  de  detecção  de  casos  novos  de  hanseníase  em  menores  de  15  anos).  

6E-­‐BR.  Reduzir  em  13%,  entre  2008  e  2015,  o  coeficiente  de  casos  novos  da  doença  com  grau  2  de  incapacidade  física  

g.  Coeficiente  de  casos  novos  de  hanseníase  com  grau  2  de  incapacidade  

Verde:  Indicadores  estabelecidos  para  o  Brasil  a  partir  de  2005,  com  exceção  das  metas  para  hanseníase  estabelecidas  em  2007  e  2009.    

6A.  Até  2015,  ter  detido  a  propagação  do  HIV/Aids  e  começado  a  inverter  a  tendência  atual  

a.  Taxa  de  incidência  de  Aids,  segundo  região  de  residência  por  ano  de  diagnóstico  

Em   relação   à   taxa   de   incidência   por   região   do   País,   observa-­‐se,   a   partir   de   2002,  decréscimo  na  Sudeste,  estabilização  na  Centro-­‐Oeste  e  crescimento  nas  demais  regiões  (IPEA,  2010).  

   

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Gráfico  16.  Taxa  de  incidência  de  Aids  (1)  (por  100  mil  habitantes),  segundo  região  de  residência  e  ano  de  diagnóstico.  Brasil  e  regiões  (2),  1997/2007  

 

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  MS/SVS/Departamento  de  DST/AIDS  e  Hepatites  Vitais.  População:  MS/SE/DATASUS  em  WWW.datasus.gov.br,  acessado  em  20/10/2009.  (1)  Casos  notificados  no  Sistema  de  Informação  de  Agravos  de  Notificação  (SINAN)  e  registrados  no  Sistema  de  Controle  de  Exames  Laboratoriais/Sistema  de  Controle  Logístico  de  Medicamentos  (SISCEL/SICLOM)  até  30/06/2009  e  SIM  de  2000  a  2008.  (2)  Dados  preliminares  para  os  últimos  cinco  anos.    

b.  Prevalência  da  infecção  pelo  HIV  entre  a  população  de  15  a  49  anos,  por  sexo  

Estima-­‐se  que  630  mil  pessoas  vivam  com  HIV/AIDS  no  País.  A  taxa  de  prevalência  da  infecção  na  população  geral,  de  15  a  49  anos,  é  de  0,61%,  sendo  0,41%  entre  as  mulheres  e  0,82%  entre  os  homens,  mantendo-­‐se  estável  desde  2000  (IPEA,  2010).  

c.  Coeficiente  de  mortalidade  por  Aids  segundo  residência  

A  universalização  do  acesso  gratuito  à  terapia  antirretroviral  (TARV)  na  rede  pública  de  saúde,  implantada  pelo  Governo  Federal  em  1996,  levou  ao  aumento  na  sobrevida,  à  melhoria  na   qualidade   de   vida   dos   pacientes   com   HIV/AIDS   e   a   uma   grande   redução   no   número   de  hospitalizações,  que  diminuiu  em  82%  no  período  de  1997  a  2007.  Na  última  década,   foram  registrados,  em  média,  11  mil  óbitos  por  ano.  O  coeficiente  de  mortalidade  está  estabilizado  em   cerca   de   6,0   óbitos   por   100   mil   habitantes.   A   análise   por   região   de   monstra   que   o  coeficiente   de   mortalidade   diminuiu   na   Sudeste,   apresentou   tendência   de   estabilização   na  Centro-­‐Oeste  e  aumentou  nas  regiões  Sul,  Norte  e  Nordeste.  

Este   aumento   da   mortalidade   pode   ser   explicado   por   um   diagnóstico   ainda   tardio,  sobretudo  nas  regiões  Nordeste  e  Norte,  e  diferenças  no  padrão  da  epidemia,  particularmente  na  região  Sul.  

 

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Gráfico  17.  Coeficiente  de  mortalidade  por  AIDS  (por  100  mil  habitantes)  padronizado  por  idade(1)  -­‐  Brasil  e  regiões,  1996/2008(2)  

 

Fonte  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  Sistema  de  Informações  sobre  Mortalidade  –  SIM  (1)  Utilização  do  método  direto  usando  como  base  a  população  brasileira.  População:  MS/SE/DATASUS  em  <www.datasus.gov.br>,  acessado  em  20/10/2009.  (2)  Os  dados  de  2008  são  preliminares.  

 

6C  –  Até  2015,  ter  detido  a  incidência  da  malária  e  de  outras  doenças  importantes  e  começado  a  inverter  a  tendência  atual.  

6.5  Taxas  de  prevalência  e  de  mortalidade  ligadas  à  tuberculose.  

Gráfico  18.  Coeficiente  de  mortalidade  por  tuberculose  (por  100  mil  habitantes).  Brasil  e  regiões,  1990/2008(1)  

   Fonte:  SIM/DASIS/SVS/MS.  (1)  Dados  de  2008  sujeitos  à  revisão.      

   

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6.7  Taxas  de  prevalência  e  de  mortalidade  ligadas  à  malária  

A  Amazônia  Legal  concentra  99,8%  dos  casos  de  malária  no  País.  A  mortalidade  caiu  de  1,10  óbitos   por   100  mil   habitantes   para   0,23,   o   que   representa   uma   diminuição   de   75,8%   (IPEA,  2010).    

Gráfico  19.  Taxa  de  mortalidade  por  malária  (por  100  mil  habitantes).  Amazônia  brasileira,  2000/2008.  

 

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  Sismal/Sivep-­‐malária/SVS/MS.  

 

6B-­‐BR  -­‐  Até  2015,  ter  reduzido  a  incidência  da  malária  e  da  tuberculose.  

d.  Número  de  casos  de  malária  na  Amazônia  Legal  

Em   2008,   foram   notificados   314.735   casos   na   Amazônia   Legal.   Os   picos   de   transmissão   da  doença,  registrado  nos  anos  de  1999  e  2000  e  entre  2003  e  2005,    estão,  em  geral,  associados  ao  processo  de  colonização  na  região  quando  aumenta  a  exposição  de  boa  parte  da  população,  envolvida   em   atividades   de   extrativismo   e   exploração   de   recursos   das   florestas   à   infecção  (IPEA,  2010).        

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Gráfico  20.  Número  de  casos  de  malária.  Amazônia  Brasileira,  1990/2008.  

   Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  Sismal/Sivep-­‐malária/SVS/MS.  

e.  Incidência  e  taxa  de  incidência  de  tuberculose  (de  todas  as  formas,  pulmonar  e  pulmonar  bacilífera),  por  ano  de  notificação  

Tabela  23.  Número  de  casos  novos,  porcentagem  de  casos  pulmonares  e  bacilíferos  em  relação  ao  total  de  casos  e  taxa  de  incidência  de  tuberculose  (por  100  mil  habitantes),  segundo  a  

forma  da  doença  -­‐  Brasil,  2000/2008  Ano   Nº  de  Casos   Proporção   Taxa  de  Incidência  (por  100mil  hab)  

Casos  novos  

Casos  novos  

pulmonares  

Casos  novos  

pulmonares  baciliferos  

Pulmonares  /Total  

Bacilíferos  /  Total  

Casos  novos  

Casos  novos  

pulmonares  

Casos  novos  

pulmonares  baciliferos  

2000   69.887   60.293   37.495   83,3   53,7   41,2   35,5   22,1  2001   73.791   63.330   39.450   85,8   53,4   42,8   36,7   22,8  2002   77.490   66.249   41.410   85,4   53,4   44,3   37,9   23,7  2003   78.603   67.207   42.040   85,5   53,4   44,4   38,0   23,7  2004   77.694   66.425   41.467   85,5   53,3   43,8   37,0   23,1  2005   76.480   65.687   41.744   85,8   54,5   41,5   35,6   22,6  2006   72.598   62.311   40.485   85,8   55,7   38,8   33,6   21,6  2007   72.117   61.803   39.046   85,7   54,1   38,0   32,6   20,6  2008   70.646   60.490   37.818   85,6   53,5   37,2   31,9   19,9  

Fonte:  SINAN-­‐TB/  SVS/  MS.    

Meta  6D-­‐BR.  Reduzir  em  10%,  entre  2008  e  2011,  e  em  7,8%,  entre  2011  e  2015,  o  coeficiente  de  detecção  de  casos  novos  de  hanseníase  em  menores  de  15  anos  

f.  Coeficiente  de  prevalência  de  hanseníase  (utiliza  indicador  de  coeficiente  de  detecção  de  casos  novos  de  hanseníase  em  menores  de  15  anos)  

Durante  o  período  de  1994  a  2008,  a  evolução  dos  coeficientes  de  detecção  de  casos  novos   em  menores   de   15   anos   demonstra   que   o   País   apresentou   endemicidade  muito   alta,  conforme  parâmetros  estabelecidos  pelo  Ministério  da  Saúde3.  

                                                                                                                         3  (a)  Baixo  menos  de  0,50  casos  por  100.000  habitantes;  (b)  Médio  0,50  a  2,49  casos  por  100.000  habitantes;  (c)  Alto  2,50  a  4,99  casos  por  100.000  habitantes;  (d)  Muito  alto  5,00  a  9,99  casos  por  100.000  habitantes;  (e)  Hiperendêmico  10,00  ou  mais  casos  por  100.000  habitantes.  

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Gráfico  21.  Coeficiente  de  detecção  de  casos  novos  de  hanseníase  em  menores  de  15  anos  (por  100  mil  habitantes)  -­‐  Brasil  e  regiões,  1994/2008

 

Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  Sinan/SVS/MS.    

6E-­‐BR.  Reduzir  em  13%,  entre  2008  e  2015,  o  coeficiente  de  casos  novos  da  doença  com  grau  2  de  incapacidade  física  

g.  Coeficiente  de  casos  novos  de  hanseníase  com  grau  2  de  incapacidade  

A   OMS   recomenda   a   diminuição   desse   coeficiente   em   35%   entre   2010   e   2015.   Contudo,  considerando  a  complexidade  para  se  obter  esse  impacto  na  população  e  a  tendência  do  País,  foi  proposta  uma  meta  de  redução  de  13%  para  o  período.  O  coeficiente  de  casos  novos  com  grau   2   de   incapacidade4,   em   2002,   foi   de   1,45   casos   por   100  mil   habitantes,   enquanto,   em  2008,   foi  de  1,37  casos  por  100  mil  habitantes,  demonstrando  estabilidade  no  período   IPEA,  2010).  A  análise  do  coeficiente  de  casos  novos   com  grau  2  de   incapacidade,   segundo   região,   indica  que   Norte,   Centro-­‐Oeste   e   Nordeste   apresentaram   os   valores   mais   elevados,   superiores   à  média  nacional,  no  período  de  2000  a  2008        

                                                                                                                         4  Grau  2  de   incapacidade   física  é  uma  medida  que   indica  a   existência  de  perda  da   sensibilidade  protetora  e  deformidades  visíveis  em  consequência  de  lesão  neural  e/ou  cegueira.

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Gráfico  22.  Coeficiente  de  casos  novos  de  hanseníase  com  grau  2  de  incapacidade  (por  100  mil  habitantes).  Brasil  e  regiões,  2000/2008.  

   Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  Sinan/SVS/MS.    

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Objetivo  07  –  Garantir  a  sustentabilidade  ambiental  7A.  Integrar  os  princípios  do  desenvolvimento  sustentável  nas  políticas  e  programas  nacionais  e  reverter  a  perda  de  recursos  ambientais.  

7.1  Proporção  de  áreas  terrestres  cobertas  por  florestas.  

7.2  Fração  da  área  protegida  para  manter  a  diversidade  biológica  sobre  a  superfície  total  7.3  Uso  de  energia  (equivalente  a  quilos  de  petróleo)  por  US$  1,00  PPC  do  PIB  7.4  Emissões  per  capita  de  CO2  em  2002  e  de  outros  gases  de  efeito  estufa  e  consumo  de  substâncias  eliminadoras  de  ozônio  7.5  Proporção  da  população  que  utiliza  combustíveis  sólidos  a.  Área  original  e  área  de  remanescentes  florestais  da  Mata  Atlântica  em  1990  e  1995  b.  Taxa  média  de  desmatamento  da  Amazônia,  em  1977-­‐1988  e  de  1988  a  2004  c.  Número  e  área  total  de  Unidades  de  Conservação  federais,  2002  a  2005  d.  Distribuição  da  área  total  de  Unidades  de  Conservação  federais  em  categorias  de  manejo,  2005  e.  Número,  tipos  e  áreas  de  Unidades  de  Conservação  municipais,  em  2002  

f.  População  indígena  no  Brasil  

g.  Número  total  de  terras  indígenas,  Brasil,  2005  h.  Número  total  de  terras  indígenas  e  área  daquelas  que  têm  situação  fundiária  regularizada  ou  em  fase  de  finalização,  Brasil  

i.  Oferta  interna  de  energia  no  Brasil,  em  2003  j.  Intensidade  no  uso  de  energia  no  setor  agropecuário,  em  1995  e  2003  

k.  Intensidade  no  uso  de  energia  na  indústria,  em  1995  e  2003  l.  Intensidade  no  uso  de  energia  no  setor  de  transportes,  em  1995  e  2003  m.Intensidade  no  uso  de  energia  no  setor  de  serviços,  em  1995  e  2003  

n.  Emissões  de  CO2  por  dólar  de  PIB,  em  2002  

o.  Emissões  de  CO2  por  oferta  interna  de  energia,  em  2002  p.  Emissões  de  CO2  ,  metano,  óxido  nitroso,  óxidos  de  nitrogênio  e  monóxido  de  carbono,  1990  e  1994  q.  Consumo  de  CFC,  PCA,  brometo  de  metila,  halons,  CTC,  HCFC,  1992  e  2003  

7B.  Reduzir  pela  metade,  até  2015,  a  proporção  da  população  sem  acesso  permanente  e  sustentável  a  água  potável  e  esgotamento  sanitário  

7.6  Proporção  da  população  (urbana  e  rural)  com  acesso  a  uma  fonte  de  água  tratada  ,  para  o  acesso  a  água  por  rede  geral,  poço  ou  nascente  ou  outro  tipo  7.7  Proporção  da  população  com  acesso  a  melhores  condições  de  esgotamento  sanitário  -­‐  urbano  e  rural  para  esgoto  por  rede  geral,  fossa  séptica,  fossa  rudimentar  e  outros  tipos  r.  Percentual  de  moradores  em  domicílios  particulares  permanentes  com  abastecimento  de  água  adequado,  em  áreas  urbanas  e  rurais  s.  Percentual  de  moradores  em  domicílios  particulares  permanentes  urbanos  com  acesso  simultâneo  a  água  canalizada  interna  de  rede  geral  e  esgoto  de  rede  geral  ou  fossa  séptica  

7C.  Até  2020,  ter  alcançado  uma  melhora  significativa  na  vida  de  pelo  menos  100  milhões  de  habitantes  de  assentamentos  precários  

7.8  Proporção  de  domicílios  com  posse  segura  da  moradia  

t.  Domicílios  em  aglomerados  subnormais,  por  grandes  regiões  u.  Déficit  habitacional  quantitativo  por  faixa  de  renda  e  situação  do  domicílio  

v.  Números  de  domicílios  em  assentamentos  informais  

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w.  Número  de  favelas,  cortiços,  loteamentos  irregulares  e  loteamentos  clandestinos  x.  Indicador  de  satisfação  da  população  com  a  condição  de  moradia  por  grandes  regiões  y.  Percentual  de  famílias  por  existência  de  problemas  no  domicílio  z.  Percentual  de  domicílios  particulares  permanentes  urbanos  com  condições  de  moradia  adequadas,  segundo  grandes  regiões  e  cor/raça  dos  chefes  de  domicílio  

Amarelo:  Indicadores  selecionados  pela  Metodologia  ILPES/CEPAL.  Verde:  Indicadores  estabelecidos  para  o  Brasil      7A  -­‐  Integrar  os  princípios  do  desenvolvimento  sustentável  nas  políticas  e  programas  nacionais  e  reverter  a  perda  de  recursos  ambientais.  

b.  Taxa  média  de  desmatamento  da  Amazônia,  em  1977-­‐1988  e  de  1988  a  2004  

Os  dados  do  Instituto  Nacional  de  Pesquisas  Espaciais  (INPE)  mostram  que  o  auge  do  desflorestamento  na   região  ocorreu  entre  1994  e  1995,   com  a  destruição  de  mais  de  29  mil  km2   de   florestas.   Após   um   breve   arrefecimento,   em   1996   e   1997,   a   derrubada   teve   uma  tendência  ascendente  até  2004  (27,7  mil  km2),  caindo  significativamente  nos  anos  seguintes.  A  diminuição  da  área  desflorestada  anualmente  pode  ser  atribuída,  em  grande  medida,  às  ações  empreendidas   pelo   Governo   brasileiro   no   âmbito   do   Plano   de   Ação   para   a   Prevenção   e   o  Controle  do  Desmatamento  na  Amazônia  Legal  –  PPCDAM  –  desde  2004,  que  passou  por  uma  revisão  e  teve  sua  segunda  fase  elaborada  para  o  período  2009–2011.  (IPEA,  2010)  

 Gráfico  23.  Desmatamento  da  Amazônia  Legal  Brasileira  (em  milhares  de  km²/ano).  Brasil,  

1998/2009    

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:INPE  (Instituto  de  Pesquisas  Espaciais)/:  elaboração  IPEA.  (1)  Média  entre  1977  e  1988.  (2)  Média  entre  1933  e  1994.  (3)  Taxa  Estimada.        

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c.  Número  e  área  total  de  Unidades  de  Conservação  federais,  2002  a  2005  

Considerando  apenas  unidades  de  conservação   federais  e  estaduais  que   fazem  parte  do  SNUC  (Sistema  Nacional  de  Unidades  de  Conservação),  chegamos  ao  fim  de  2009  com  923  unidades  (304  federais  e  619  estaduais),  que  ocupam  uma  área  aproximada  de  1,5  milhões  de  km2.   Essa   proteção   corresponde   a   17,3%   da   área   continental   nacional   e   1,5%   das   águas  jurisdicionais  brasileiras.  De  2002  a  2009  houve  um  crescimento  de  69%  em   termos  da  área  total  sob  proteção  (IPEA,  2010).  

 Gráfico  24.  Unidades  de  conservação  federais  e  estaduais  (1).  Brasil*,  2002/2009  

 *  Exclusive  RPPN  (Reserva  Particular  do  Patrimônio  Natural).  Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  DAP/SBF/Ministério  do  Meio  Ambiente.  (1)  Estimativa  baseada  em  informações  de  órgãos  estaduais.    g.  Número  total  de  terras  indígenas,  Brasil,  2005  

h.  Número  total  de  terras  indígenas  e  área  daquelas  que  têm  situação  fundiária  regularizada  ou  em  fase  de  finalização,  Brasil  

A  FUNAI  (Fundação  Nacional  do  Índio)  estima  que  existam  no  território  brasileiro  cerca  de   220   povos   indígenas,   falando   180   línguas.   Existem   hoje   no   País   488   terras   indígenas  oficialmente  reconhecidas,  em  diferentes  situações  jurídicas,  ocupando  cerca  de  1,05  milhões  de   km2,   o   que   representa   aproximadamente   12,4%   do   território   continental   brasileiro.   A  maior  parte  dessas  terras  está  localizada  nos  biomas  da  Amazônia  e  do  Cerrado.  Há  ainda  123  terras  indígenas  em  estudo,  cuja  extensão  ainda  não  é  conhecida  (IPEA,  2010).    i.  Oferta  interna  de  energia  no  Brasil,  em  2003  

A   intensidade   energética   da   economia   brasileira   apresentou   tendência   descendente  desde  os  anos  1970,  com  ligeiras  flutuações.  

Quanto   maior   a   participação   de   fontes   renováveis,   menor   é   a   quantidade   de   CO2  gerada  por  atividades  consumidoras  de  energia.  No  Brasil,  cerca  de  45%  da  oferta   interna  de  energia   advém   de   fontes   renováveis,   como   hidrelétricas   e   biomassa,   bem   acima   da   média  mundial  (13%)  e  dos  países  ricos  (7%).  Os  efeitos  dessa  diferença  podem  ser  vistos  nos  índices  

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de   emissões   de   CO2   resultantes   da   queima   de   combustíveis   fósseis:   o   Brasil   emite,  anualmente,  1,88  toneladas  de  CO2  por  habitante,  menos  da  metade  da  média  global  (4,38).  

Contudo,   a   relação   entre   as   emissões   de   dióxido   de   carbono   e   a   oferta   interna   de  energia   cresceu   nos   anos   1990,   devido   à   redução   da   participação   das   fontes   renováveis   na  nossa  matriz  energética  –  que,  em  dez  anos,  caiu  de  49,1%  para  41%.  A  partir  de  2000,  as  taxas  de  emissão  por  oferta  interna  de  energia  têm  caído,  devido,  sobretudo,  ao  aumento  do  uso  da  biomassa  e  à  substituição  do  óleo  combustível  por  gás  natural.  

Outro   fato   que   tem   contribuído   para   o   aumento   da   eficiência   energética   é   a  substituição  gradativa  da   lenha  e  do  carvão  vegetal  pelo  gás   liquefeito  de  petróleo   (GLP)  no  preparo  de  alimentos  (IPEA,  2010).  

Gráfico  25.  Oferta  interna  e  consumo  final  de  energia  por  unidade  de  PIB  (tep  –  tonelada  equivalente  de  petróleo/mil  US$)  –  Brasil,  1970/2008  

 

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  MME,  Balanço  Energético  Nacional,  2009.          

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Gráfico  26.  Emissões  totais  de  CO2  (em  milhões  de  toneladas)  e  emissões  de  CO2  por  tonelada  equivalente  de  petróleo  (tep)  de  oferta  interna  de  energia  (OIE)  derivadas  da  queima  de  

combustíveis  –  Brasil,  1990/2008    

 Fonte:  MME,  Balanço  Energético  Nacional,  2009.    n.  Emissões  de  CO2  por  dólar  de  PIB,  em  2002  

o.  Emissões  de  CO2  por  oferta  interna  de  energia,  em  2002  

p.  Emissões  de  CO2  ,  metano,  óxido  nitroso,  óxidos  de  nitrogênio  e  monóxido  de  carbono,  1990  e  1994  

A   contribuição   brasileira   nas   emissões   de   CO2   advém   principalmente   do  desflorestamento.   Em   2005,   as   emissões   provocadas   por   mudança   no   uso   da   terra   e   de  florestas   responderam   por   76,3%   do   dióxido   de   carbono   lançado   pelo   Brasil   na   atmosfera,  enquanto   a   queima   de   combustíveis   fósseis   e   emissões   fugitivas   do   setor   energia  representaram  22%.  A  quantidade  de  CO2  produzida  pelos  brasileiros  nesse  ano  chegou  a  1,57  bilhões   de   toneladas,   69%   a   mais   do   que   o   registrado   em   1990.   Esse   aumento   pode   ser  atribuído  ao  acréscimo  de  71%  nas  emissões  relativas  às  transformações  de  energia  e  de  70%  nas  emissões  causadas  pela  mudança  no  uso  da  terra  e  florestas,  além  de  um  aumento  de  31%  nas   emissões   no   setor   de   processos   industriais.   Todavia,   o   crescimento   da   população   e   da  economia  brasileira  justifica  boa  parte  deste  aumento,  tendo  o  indicador  emissões  de  CO2  per  capita   aumentado   33,7%,   enquanto   o   indicador   emissões   por   unidade   de   PIB   se   manteve  estável,  apresentando  leve  queda  da  ordem  de  2,7%,  comparados  os  anos  1990  e  2005  (IPEA,  2010).      q.  Consumo  de  CFC,  PCA,  brometo  de  metila,  halons,  CTC,  HCFC,  1992  e  2003  

O   Brasil   reduziu   significativamente   o   consumo   de   CFCs:   de   10.000   toneladas   PDO  (Potencial   de  Destruição  da  Camada  de  Ozônio),   em  1995,  para   cerca  de  290   toneladas,   em  2008.    

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Gráfico  27.  Consumo  nacional  de  substâncias  que  destroem  a  camada  de  ozônio  (em  milhares  de  toneladas  PDO)  –  Brasil,  1992/2008  

 Fonte  MMA.  Dados  originais  do  IBAMA  em  toneladas  métricas,  convertidos  em  toneladas  PDO  pelo  Secretariado  do  PNUMA.    7B  -­‐  Reduzir  pela  metade,  até  2015,  a  proporção  da  população  sem  acesso  permanente  e  sustentável  a  água  potável  e  esgotamento  sanitário  

7.6  Proporção  da  população  (urbana  e  rural)  com  acesso  a  uma  fonte  de  água  tratada  ,  para  o  acesso  a  água  por  rede  geral,  poço  ou  nascente  ou  outro  tipo  

O   porcentual   da   população   urbana   com   abastecimento   de   água   com   canalização  interna  proveniente   de   rede   geral   passou   de   82,3%,   em   1992,   para   91,6%,   em   2008.  Nesse  sentido,  nas  áreas  urbanas  o  Brasil  já  teria  alcançado  a  meta  referente  à  água  potável  no  ano  de  2007,   considerando-­‐se  o   conjunto  do  País.  Contudo,  quando  desagregamos  os  dados  por  unidades  da  federação  e  para  a  zona  rural,  vemos  que  ainda  há  muito  espaço  para  a  melhoria  dos   indicadores   e   o   alcance   dessa  meta   ainda   não   é   uma   realidade   considerando   todos   os  recortes   geográficos   e   socioeconômicos,   com   as   desigualdades   regionais   e   socioeconômicas  permanecendo  ainda  em  patamares  elevados.  

Na  zona  rural,  a  água  utilizada  pelas   famílias  ainda  provém  principalmente  de  poços,  nascentes  ou  de  outro  tipo  de  fonte.  

     

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Tabela  24.  Porcentual  de  moradores  em  domicílios  particulares  permanentes  com  abastecimento  de  água,  por  tipo  de  abastecimento  e  situação  do  domicílio  -­‐  Brasil*,  

1992/2008  

 *  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  Fonte:  IBGE,  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios,  PNAD.  

 7.7  Proporção  da  população  com  acesso  a  melhores  condições  de  esgotamento  sanitário  -­‐  urbano  e  rural  para  esgoto  por  rede  geral,  fossa  séptica,  fossa  rudimentar  e  outros  tipos  

A   cobertura   dos   serviços   de   esgotamento   sanitário   no   Brasil,   embora   tenha  aumentado  gradualmente  ao  longo  da  ultima  década  e  meia,  ainda  é  bem  inferior  ao  acesso  à  água   potável.   Nas   áreas   urbanas,   a   cobertura   da   coleta   de   esgotamento   sanitário   por   rede  geral  ou  fossa  séptica  aumentou  mais  de  14%  desde  1992  e  já  alcançava  80,5%  da  população  em   2008.   Na   escala   regional,   os   maiores   déficits   de   serviços   de   esgoto   ocorrem   no   Norte,  Centro-­‐  Oeste  e  Nordeste.  

Nas  áreas  rurais,  o  porcentual  de  cobertura  por  rede  geral  de  esgotos  ou  fossa  séptica  ligada   ou   não   à   rede   geral   subiu   de   10,3%,   em   1992,   para   23,1%,   em   2008.   Entretanto,   a  maioria   da   população   do   campo   ainda   possui   condições   inadequadas   no   que   se   refere   ao  esgotamento  sanitário:  46,6%  da  população  é  atendida  por  fossas  rudimentares,  5,6%  por  vala,  3,1%  da  população  lança  os  seus  esgotos  diretamente  nos  rios,  lagos  ou  mar,  0,6%  adota  outro  tipo  de  solução  não  adequada  e  21%  não  possui  nenhum  tipo  de  esgotamento  sanitário.  

     

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Tabela  25.  Porcentual  de  moradores  em  domicílios  particulares  permanentes  por  tipo  de  esgotamento  sanitário  e  situação  dos  domicílios  -­‐  Brasil*,  1992/2008  

 *  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  Fonte:  IBGE,  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios,  PNAD.    7C  -­‐  Até  2020,  ter  alcançado  uma  melhora  significativa  na  vida  de  pelo  menos  100  milhões  de  habitantes  de  assentamentos  precários  

 

w.  Número  de  favelas,  cortiços,  loteamentos  irregulares  e  loteamentos  clandestinos  

Embora   a   presença   de   assentamentos   humanos   precários   –   favelas,   cortiços,  loteamentos   irregulares  e/ou  clandestinos  –  ocorra  em  cidades  de  todos  os  tamanhos,  é  nos  municípios   mais   populosos   que   esses   problemas   ocorrem   de   maneira   mais   recorrente.   De  acordo   com   os   dados   da   última   pesquisa   Básica   de   Informações   Municipais,   entre   os  municípios  com  mais  de  500  mil  habitantes  97,3%  registram  a  ocorrência  de  favelas,  86,5%  de  cortiços  ou  casas  de  cômodos  e  94,6%  possuem  loteamentos  irregulares  ou  clandestinos.  

As  estimativas  oficiais   (MCidades/CEM,  2007)  davam  conta  da  existência  de  cerca  de  12,4   milhões   de   pessoas   moradoras   em   1,6   milhões   de   domicílios   localizados   em  assentamentos   precários   no   ano   2000,   sobretudo   nas   regiões   Sudeste   e   Nordeste   e   nas  cidades  de  maior  porte.  As  regiões  metropolitanas  de  São  Paulo  e  Rio  de  Janeiro  concentram  o  maior   número   absoluto   desses   moradores,   com   2,6   milhões   e   2,2   milhões   de   pessoas,  respectivamente.   O   número   de   moradores   em   assentamentos   precários   na   região  metropolitana  de  Belém  também  é  bastante  expressivo  e  supera  os  900  mil  habitantes  (IPEA,  2010).  

     

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Gráfico  28.  Porcentual  de  municípios  com  favelas,  mocambos  ou  assemelhados,  cortiços,  casa  de  cômodos  ou  assemelhados,  loteamentos  irregulares  e/ou  clandestinos,  segundo  as  classes  

de  tamanho  da  população  dos  municípios.  Brasil,  2008.    

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  IBGE,  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios,  PNAD.  

 O   indicador   proposto   pelo   Programa   das   Nações   Unidas   para   os   Assentamentos  

Humanos   (UN-­‐Habitat)  para  o  monitoramento  da  meta   relativa  à  melhoria  das   condições  de  vida  dos  moradores  de  assentamentos  precários  é  medido  por  uma  proxy   representada  pela  porcentagem   da   população   urbana   com   condições   de   moradia   inadequadas,   isto   é,   pela  parcela   da   população   urbana   morando   em   domicílios   com   pelo   menos   uma   das   seguintes  características:   ausência   de   acesso   a   uma   fonte   de   água   potável;   ausência   de   serviços   de  esgotamento   sanitário   adequado;   adensamento   excessivo;   instabilidade   estrutural   e  insegurança  da  posse  da  moradia  (IPEA,  2010).  

A   observação   desse   indicador   indique   que   houve,   na   última   década,   melhora   das  condições   de  moradia   em   todo   o   Brasil.   A   região   norte   continua   sendo   a   que   apresenta   as  piores  condições,  seguida  pela  região  nordeste,  não  obstante  esta  última  ter  sido  a  região  que  apresentou   o  maior   percentual   de  melhora   no   Brasil,   23,2   pontos   percentuais   superando   a  média  brasileira  que  foi  de  15  pontos  percentuais.  

     

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Tabela  26.  Porcentual  de  moradores  em  domicílios  particulares  permanentes  urbanos  com  condições  de  moradia  adequadas.  Brasil*  e  regiões,  1992/2008.  

 *  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  IBGE,  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios,  PNAD.    

Em   termos  populacionais,   é   justamente  na   região  nordeste  que   se  encontra  o  maior  percentual  de  pessoas  em  condições  inadequadas  de  moradia,  seguida  pela  região  sudeste,  a  mais  populosa  do  país,  como  indica  o  gráfico  abaixo.    Gráfico  29.  Moradores  em  domicílios  particulares  permanentes  com  condições  inadequadas  de  

moradia  (em  milhões  de  pessoas).  Brasil  e  regiões,  2008.  

 Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  IBGE,  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios,  PNAD.    

z.  Percentual  de  domicílios  particulares  permanentes  urbanos  com  condições  de  moradia  adequadas,  segundo  grandes  regiões  e  cor/raça  dos  chefes  de  domicílio  

A   comparação   dos   níveis   de   adequação   habitacional   da   população   branca   e   da  população  preta  e  parda  revela  uma  queda  de  quase  11%  nas  desigualdades  raciais  entre  1992  

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e   2008,   embora   as   distâncias   entre   esses   dois   grupos   ainda   permaneçam   num   patamar  bastante   elevado.   Em   2008,   o   porcentual   da   população   branca   com   condições   de   moradia  adequadas  era  de  quase  74%,  ao  passo  que  o  mesmo  indicador  para  a  população  preta  e  parda  era  de  pouco  mais  de  57%,  uma  diferença  de  cerca  de  17%  (IPEA,  2010).    Gráfico  30.  Porcentagem  da  população  urbana  com  condições  adequadas  de  moradia,  segundo  

cor/raça  dos  chefes  de  domicílio  -­‐  Brasil*,  1992/2008  

 *  Exclusive  a  população  rural  dos  Estados  de  RO,  AC,  AM,  RR,  PA  e  AP.  Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  IBGE,  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios,  PNAD.  

     

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4.  Principais  Iniciativas  Governamentais  por  ODM  

Listagem  das  principais  iniciativas,  programas  e  ações  governamentais  por  ODM:  

 

Principais  Iniciativas  da  Agenda  Social:  Ampliação  de  benefícios  e  serviços  socioassistenciais  Promoção  do  desenvolvimento  sustentável  nas  áreas  rurais  Geração  de  oportunidades  às  famílias  pobres  Principais  Programas  e  Ações  do  Governo  Federal  1  -­‐  ACESSO  À  ALIMENTAÇÃO  a.  Programa  Bolsa  Família  –  PBF  b.  Programa  Nacional  de  Alimentação  Escolar  –  PNAE  c.  Distribuição  de  Cestas  de  Alimentos  para  Grupos  Populacionais  Específicos  d.  Promoção  de  Hábitos  de  Vida  e  de  Alimentação  Saudáveis  e.  Rede  de  Equipamentos  Públicos  e  Serviços  de  Alimentação  e  Nutrição  –  Redesan  f.  Programa  de  Alimentação  do  Trabalhador  –  PAT  g.  Sistema  Nacional  de  Segurança  Alimentar  e  Nutricional  –  Sisan  h.  Sistema  de  Vigilância  Alimentar  e  Nutricional  –  Sisvan  i.  Promoção  de  Aleitamento  Materno  e  de  Práticas  Alimentares  Adequadas  na  Infância  j.  Programas  Nacionais  de  Suplementação  de  Vitamina  A  e  Ferro  2  •  DESENVOLVIMENTO  AGRÁRIO  a.  Programa  Territórios  da  Cidadania  –  PTC  b.  Programa  Nacional  de  Fortalecimento  da  Agricultura  Familiar  –  Pronaf  c.  Programa  de  Aquisição  de  Alimentos  da  Agricultura  Familiar  –  PAA  3  •  GERAÇÃO  DE  TRABALHO  E  RENDA  a.  Política  de  Valorização  do  Salário  Mínimo  b.  Investimentos  do  Fundo  de  Amparo  ao  Trabalhador  para  Geração  de  Emprego  e  Renda  c.  Programa  Nacional  de  Economia  Solidária  em  Desenvolvimento  d.  Inclusão  Bancária  e  Microcrédito  e.  Plano  Nacional  de  Qualificação  –  PNQ  f.  Programa  de  Mobilização  da  Indústria  Nacional  de  Petróleo  e  Gás  Natural  –  Prominp  4  •  CRIANÇA,  ADOLESCENTE  E  JOVEM  a.  Agenda  Social  Criança  e  Adolescente  b.  Programa  de  Erradicação  do  Trabalho  Infantil  –  PETI  c.  Programa  Nacional  de  Inclusão  de  Jovens  –  ProJovem  d.  Aprendizagem  Profissional  e.  Programa  Nacional  de  Enfrentamento  da  Violência  Sexual  Contra  Crianças  e  Adolescentes  f.  Programa  de  Proteção  a  Crianças  e  Adolescentes  Ameaçados  de  Morte  –  PPCAAM  g.  ProSinase  h.  Programa  Saúde  na  Escola  –  PSE  5  •  IDOSOS  E  PESSOAS  COM  DE  DEFICIÊNCIA  a.  Benefício  de  Prestação  Continuada  e  Renda  Mensal  Vitalícia  b.  Programa  Social  de  Inclusão  das  Pessoas  com  Deficiência  c.  Programa  BPC  na  Escola  d.  Compromisso  pelo  Envelhecimento  Ativo  e  Saudável  6  •  CIDADANIA  E  INCLUSÃO  SOCIAL  a.  Previdência  Social  b.  Consolidação  do  Sistema  Único  de  Assistência  Social  –  SUAS  c.  Programa  de  Promoção  do  Registro  Civil  de  Nascimento  d.  Programa  de  Erradicação  do  Trabalho  Escravo  e.  Plano  Nacional  de  Trabalho  Decente  f.  Programa  Mais  Cultura  g.  Ações  de  Promoção  da  Igualdade  Racial  h.  Programa  Brasil  Quilombola  i.  Programa  Nacional  de  Segurança  Pública  com  Cidadania  –  Pronasci  j.  Política  Nacional  de  Saúde  Bucal  –  Brasil  Sorridente  7  •  OS  RECURSOS  PETROLÍFEROS  DO  PRÉ-­‐SAL  NA  REDUÇÃO  DAS  DESIGUALDADES  SOCIAIS  DO  PAÍS  

 

Principais  Iniciativas  da  Agenda  Social:  Universalização  do  ensino  Qualificação  da  educação  Principais  Programas  e  Ações  do  Governo  Federal  1  –  PLANO  DE  DESENVOLVIMENTO  DA  EDUCAÇÃO  -­‐  PDE  a.  Plano  de  Metas  Compromisso  Todos  pela  Educação  b.  Plano  de  Ações  Articuladas  –  PAR  

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c.  Plano  de  Desenvolvimento  da  Escola  –  PDE-­‐Escola  2  –  ORÇAMENTO  E  FINANCIAMENTO  DA  EDUCAÇÃO  3  –  AVALIAÇÃO  E  RESPONSABILIZAÇÃO  a.  Índice  de  Desenvolvimento  da  Educação  Básica  –  IDEB  b.  Prova  Brasil  c.  Provinha  Brasil  4  –  APOIO  AO  ALUNO  E  À  ESCOLA  a.  Obrigatoriedade  do  Ensino  dos  4  aos  17  Anos  b.  Acompanhamento  da  Frequência  Escolar  de  Crianças  e  Adolescentes  em  Situação  de  Vulnerabilidade  (Condicionalidade  em  Educação  do  Programa  Bolsa  Família)  c.  Programa  do  Livro  d.  Programa  Transporte  Escolar  e.  Programa  Dinheiro  Direto  na  Escola  –  PDDE  f.  Programa  Proinfância  g.  Programa  Mais  Educação  h.  Programa  Nacional  de  Tecnologia  Educacional  –  Proinfo  i.  Salas  de  Recursos  Multifuncionais  5  –  ALFABETIZAÇÃO  DE  JOVENS  E  ADULTOS  6  –  FORMAÇÃO  DE  PROFESSORES  E  VALORIZAÇÃO  DOS  PROFISSIONAIS  DA  EDUCAÇÃO  BÁSICA  

 

Principais  Iniciativas  da  Agenda  Social:  Consolidação  do  Plano  Nacional  de  Políticas  para  as  Mulheres  Principais  Programas  e  Ações  do  Governo  Federal  a.  II  Plano  Nacional  de  Políticas  para  as  Mulheres  –  PNPM  b.  Pacto  Nacional  pelo  Enfrentamento  à  Violência  contra  as  Mulheres  c.  Central  de  Atendimento  à  Mulher  –  Ligue  180  d.  Programa  Gênero  e  Diversidade  na  Escola  e.  Programa  Mulher  e  Ciência  f.  Programa  Pró-­‐Equidade  de  Gênero  g.  Programa  Trabalho  e  Empreendedorismo  das  Mulheres  h.  Programa  Trabalho,  Artesanato,  Turismo  e  Autonomia  das  Mulheres  i.  Programa  Mulheres  Construindo  a  Autonomia  j.  Programa  Organização  Produtiva  de  Mulheres  Rurais  k.  Incentivo  à  Formalização  do  Emprego  Doméstico  l.  Ampliação  da  Licença-­‐Maternidade  m.  Campanha  Mais  Mulheres  no  Poder  n.  Revisão  da  Legislação  Eleitoral  o.  Observatório  Brasil  da  Igualdade  de  Gênero  p.  Comitê  Técnico  de  Estudos  de  Gênero  e  Uso  do  Tempo  q.  Programa  Nacional  de  Documentação  da  Trabalhadora  Rural  –  PNDTR  r.  Programa  Nacional  de  Fortalecimento  da  Agricultura  Familiar  –  Pronaf  Mulher  s.  Assistência  Técnica  e  Extensão  Rural  para  Trabalhadoras  Rurais  t.  Medidas  de  Enfrentamento  ao  Tráfico  de  Pessoas  

 

Principais  Iniciativas  da  Agenda  Social:  Universalização  do  atendimento  qualificado  Interiorização  dos  programas  de  saúde  Expansão  dos  programas  de  prevenção  e  controle  de  doenças  Principais  Programas  e  Ações  do  Governo  Federal  a.  Estratégia  Saúde  da  Família  –  ESF  b.  Políticas  e  Ações  Voltadas  para  a  Atenção  à  Saúde  da  Criança  c.  Vigilância  da  Mortalidade  Infantil  e  Fetal  d.  Programa  Nacional  de  Imunizações  -­‐  PNI  e.  Compromisso  para  Acelerar  a  Redução  das  Desigualdades  na  Região  Nordeste  e  na  Amazônia  Legal  –  Pacto  pela  Redução  da  Mortalidade  Infantil  

 

Principais  Iniciativas  da  Agenda  Social:  Universalização  do  atendimento  qualificado  Interiorização  dos  programas  de  saúde  Expansão  dos  programas  de  prevenção  e  controle  de  doenças  Principais  Programas  e  Ações  do  Governo  Federal  a  .  Política  Nacional  de  Atenção  Integral  à  Saúde  da  Mulher  -­‐  PNAISM  b  .  Pacto  Nacional  pela  Redução  da  Mortalidade  Materna  e  Neonatal  c  .  Política  Nacional  de  Direitos  Sexuais  e  Reprodutivos  d.  Compromisso  para  Acelerar  a  Redução  das  Desigualdades  na  Região  Nordeste  e  na  Amazônia  Legal  –  Pacto  pela  Redução  da  Mortalidade  Infantil  e.  Serviço  de  Atendimento  Móvel  de  Urgência  –  SAMU  

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Principais  Iniciativas  da  Agenda  Social:  Universalização  do  atendimento  qualificado  Interiorização  dos  programas  de  saúde  Expansão  dos  programas  de  prevenção  e  controle  de  doenças  Principais  Programas  e  Ações  do  Governo  Federal  a.  Programa  Nacional  DST,  Aids  e  Hepatites  Virais  b.  Programa  Nacional  de  Controle  da  Malária  –  PNCM  c.  Programa  Nacional  de  Controle  da  Tuberculose  –  PNCT  d.  Programa  Nacional  de  Controle  da  Hanseníase  –  PNCH  

 

Principais  Iniciativas  da  Agenda  Social:  Ampliação  dos  programas  de  conservação  e  recuperação  dos  biomas  •  Combate  aos  desmatamentos  •  Revitalização  de  bacias  hidrográficas  em  situação  de  vulnerabilidade  e  degradação  ambiental  •  Desenvolvimento  de  fontes  alternativas  de  energia  •  Expansão  dos  sistemas  de  esgotamento  sanitário  Principais  Programas  e  Ações  do  Governo  Federal  1  .  RECURSOS  AMBIENTAIS  a.  Programa  de  Conservação  e  Uso  Sustentável  da  Biodiversidade  e  dos  Recursos  Genéticos  b.  Programa  de  Conservação  e  Recuperação  dos  Biomas  Brasileiros  c.  Programa  de  Prevenção  e  Combate  aos  Desmatamentos,  Queimadas  e  Incêndios  Florestais  –  Florescer  d.  Programa  Nacional  de  Florestas  –  PNF  e.  Programa  Comunidades  Tradicionais  f.  Programa  Probacias  –  Conservação  de  Bacias  Hidrográficas  g.  Programa  de  Revitalização  de  Bacias  Hidrográficas  em  Situação  de  Vulnerabilidade  e  de  Degradação  Ambiental  h.  Programa  de  Ação  Nacional  de  Combate  à  Desertificação  e  Mitigação  dos  Efeitos  da  Seca  –  Pan  Brasil  i.  Programa  Nacional  de  Controle  da  Qualidade  do  Ar  –  Pronar  e  Programa  de  Controle  da  Poluição  do  Ar  por  Veículos  Automotores  –  Proconve  j.  Programa  Brasileiro  de  Eliminação  da  Produção  e  do  Consumo  das  Substâncias  que  Destroem  a  Camada  de  Ozônio  –  PBCO  k.  Plano  Nacional  sobre  Mudança  do  Clima  –  PNMC  l.  Programa  de  Educação  Ambiental  para  Sociedades  Sustentáveis  m.  Programa  Nacional  de  Capacitação  de  Gestores  Ambientais  –  PNC  n.  Programa  de  Conservação,  Manejo  e  Uso  Sustentável  da  Agrobiodiversidade  o.  Programa  Recursos  Pesqueiros  Sustentáveis  p.  Tarifa  Social  de  Energia  Elétrica  q.  Programa  Luz  para  Todos  r.  Programa  Nacional  de  Produção  e  Uso  do  Biodiesel  –  PNPB  s.  Fontes  Alternativas  de  Energia  t.  Eficiência  Energética  2  .  AGUA  POTÁVEL  E  ESGOTAMENTO  SANITÁRIO  a.  Programa  Saneamento  para  Todo  b.  Programa  Saneamento  Rural  c.  Construção  de  Cisternas  d.  Programa  Serviços  Urbanos  de  Água  e  Esgoto  e.  Programa  Drenagem  Urbana  Sustentável  f.  Programa  Resíduos  Sólidos  Urbanos  3  –  ASSENTAMENTOS  PRECÁRIOS  a  .  Financiamento  à  auto-­‐gestão  b  .  Programa  de  Arrendamento  Residencial  –  PAR  c  .  Programas  Carta  de  Crédito  Associativo  e  Carta  de  Crédito  Individual  d  .Programa  Habitação  de  Interesse  Social  e  .  Programa  de  Urbanização,  Regularização  e  Integração  de  Assentamentos  Precários  f.  Programa  Minha  Casa  Minha  Vida  –  PMCMV  g  .  Programa  Papel  Passado  

 

Principais  Iniciativas  da  Agenda  Social:  Participação  ativa  do  Brasil  na  promoção  da  paz,  no  combate  às  desigualdades  e  nos  debates  sobre  segurança  alimentar  global  e  desenvolvimento  sustentável  

Fonte:  IPEA,  2010  

Na  próxima  seção  serão  descritos  os  programas  e  ações,  existentes  no  âmbito  federal,  relacionados  ao  cumprimento  dos  ODMs,  assim  como  o  impacto  daqueles  existentes  na  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro,   isto  é,  quando  possível,  a   identificação  do  público-­‐alvo  e   investimentos   já  

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realizados.   Essa   análise   será   baseada   principalmente   nas   transferências   do   Governo   Federal  para  os  municípios  da  RIDE  nos  anos  de  2005  e  2010.  (VER  ANEXOS  I  e  II  –  Transferências  de  Recursos  Orçamentários  do  Governo  Federal  para  os  Municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro)  

Algumas   iniciativas  específicas  para  a   região  onde  se   insere  a  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro  como   o   “Programa   de   Revitalização   da   Bacia   Hidrográfica   do   Rio   São   Francisco   (PRSF)”  também  foram  incluídas  na  análise.  

 

   

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5.  RIDE  Petrolina/Juazeiro  

A   área   selecionada   para   a   análise   aprofundada   com   relação   às   dificuldades   para   o  avanço   no   cumprimento   das   metas   dos   ODM   são   os   integrantes   da   Região   Integrada   de  Desenvolvimento  Pólo  Petrolina/PE  e  Juazeiro/BA  –  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro.  

As  RIDEs  são   regiões  metropolitanas  brasileiras  que  possuem  municípios  em  mais  de  uma   unidade   federativa,   no   caso   Pernambuco   e   Bahia.   São   criadas   a   partir   de   legislação  específica.   A   criação   da   RIDE   visa   estabelecer   mecanismos   de   gestão   integrada   para   o  desenvolvimento  da  região.  Junto  com  sua  criação,  é  constituído  o  Conselho  Administrativo  da  RIDE   –   COARIDE,   com   objetivo   de   promover   o   desenvolvimento   e   reduzir   as   desigualdades  regionais,  promover  a  realização  de  planos  regionais  de  desenvolvimento,  coordenar  projetos  e   programas   comuns   aos   municípios,   promover   a   instalação   de   serviços   e   infra-­‐estrutura  integrada,  dentre  outros.  

A  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro  foi  criada  pela  Lei  Complementar  113/2001  e  regulamentada  pelo   Decreto   4.366/2002   (ver   anexos   III   e   IV).   O   COARIDE   é   presidido   pelo   Ministério   da  Integração  Nacional  e  composto  por  representantes  dos  seguintes  órgãos  de  governo:  

• Casa  Civil  da  Presidência  da  República  • Ministério  do  Planejamento,  Orçamento  e  Gestão  • Fazenda  • Agência  de  Desenvolvimento  do  Nordeste  –  ADENE  • Governo  dos  Estados  de  Pernambuco  e  Bahia  • Governo  dos  Municípios  que  compõem  a  RIDE  

Ainda  que   a   RIDE   tenha   sido   criada   no   ano  de   2001,   apenas   a   partir   de   2004   foram  firmados   convênios   específicos   entre   a   União,   por   intermédio   da   Secretaria   de   Programas  Regionais   do   Ministério   da   Integração,   e   os   estados   de   Pernambuco   e   Bahia,   além   dos  municípios  integrantes.  Em  sua  maioria,  esses  convênios  tiveram  como  objetivo  a  estruturação  do  Arranjo  Produtivo  do  Turismo,  que,  no  Vale  do  São  Francisco,  está  associado  à  enologia,  e  ao   turismo   tecnológico,   apoiado   pelo   Serviço   Brasileiro   de   Apoio   às   Micro   e   Pequenas  Empresas  –  SEBRAE  (AZEVEDO  &  ALVES,  2010  apud  Brasil,  2010).    

Verifica-­‐se  que  o  fato  de  o  COARIDE  ter  sua  composição  majoritariamente  pertencente  ao  executivo  federal  e  de  ter  sido  compulsoriamente  criado  por  lei,  dificulta  o  reconhecimento  e  a  apropriação  da  RIDE  pelos  diferentes  segmentos  da  sociedade  local.  Destaca-­‐se  a  própria  limitação  da  participação  de  apenas  um  dos  oito  prefeitos  na  composição  do  Conselho  .  Assim,  com   vistas   a   ampliar   o   nível   da   participação   local   nas   ações   e   decisões,   foi   designado   um  articulador   regional   e   instituído   no   âmbito   do   COARIDE   um   Grupo   Temático   –   o   GT   RIDE,  representado   pelo  Governo   Federal,   estados   de   Pernambuco   e   da   Bahia,   os  municípios   que  compõem   a   RIDE,   a   sociedade   civil   (instituições   de   ensino   e   pesquisa,   associações   de  municípios,  entidades  privadas)  e  de  grupos  empresariais  da  região.  Esse  GT  tem  a  missão  de  formular  planos,  projetos,   identificação  de  demandas  e  priorização  de  ações.  Suas  propostas  são  apresentadas  ao  COARIDE  por  intermédio  da  Secretaria  Executiva  do  Conselho  (AZEVEDO  &  ALVES,  2010  apud  Brasil,  2010).  

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Figura  02:  Localização  da  RIDE  Petrolina  -­‐  Juazeiroe  Densidade  Demográfica  2007  

 

 

 Fonte:  Contagem  Populacional,  IBGE,  2007  

O   Decreto   de   regulamentação   da   RIDE   institui   também   o   Programa   Especial   de  Desenvolvimento  do  Pólo  Petrolina  e  Juazeiro.  Assim,  de  acordo  com  Azevedo  &  Alves  (2010  apud  Brasil,   2010),   a   região   deveria   ser   alvo   da   atenção   do   Poder   Público   e   deveria   ter,   no  âmbito  federal,  prioridade  no  recebimento  de  investimentos  que  estivessem  de  acordo  com  os  interesses  acordados  entre  os  entes.  Para   viabilizar  esses   investimentos,   afirmam  as  autoras  que   lei   de   criação   da   RIDE   previu   fontes   de   financiamento   de   natureza   orçamentária  destinadas  pela  União,  estados  e  municípios  abrangidos  e  destinadas  por  operações  de  crédito  externas  e  internas.  Porém,  diante  do  panorama  de  escassez  de  recursos  e  rigidez  em  que  se  encontra  o  orçamento   federal,   bem  como  da   incipiente   incorporação  da   lógica   territorial   na  alocação   dos   recursos   públicos,   as   rubricas   ministeriais   vinculadas   à   RIDE   são   pontuais,  esparsas  desvinculadas  de  um  plano  maior  de  desenvolvimento  integrado.  

Com  relação  às  organizações  da  sociedade  civil,  à  exceção  da  Associação  Integrada  do  Turismo  na  RIDE  (Assitur),  não  há  organizações  da  sociedade  civil  que  atuem  exclusivamente  como   representação   da   região   vista   como   uma   unidade   política.   Há   especialmente   a  construção   de   uma   consciência   sobre   o   semiárido   vista   em   conjunto,   com   esforços   da  população   que   se   une   em   torno   da   “Articulação   do   Semiárido   -­‐   ASA”.   Dentre   as   iniciativas  postas  em  prática  pela  ASA  cabe  destacar  as  estruturadas  em  torno  do  Programa  de  Formação  e  Mobilização   Social   para   a   Convivência   com   o   Semiárido:   Um  Milhão   de   Cisternas   Rurais   -­‐  P1MC.   (Plano   de   Ação   Ação   Integrada   e   Sustentável   para   a   RIDE   Petrolina-­‐Juazeiro;   Brasil,  2010)  

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O  “Plano  de  Ação  Integrada  e  Sustentável  para  a  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro”,  que  deve  ser  base  para  o  programa  de  desenvolvimento  da  região,  foi  concluído  em  março  de  2010.  O  Plano  de  Ação  foi  elaborado  por  consultoria  contratada  da  empresa  Terragraph,  sob  coordenação  do  COARIDE,  e  com  participação  do  GT  RIDE.  No  Relatório  Final  do  Plano  consta  um  Diagnóstico  Situacional  Participativo,   realizado  a  partir  de  oficinas  envolvendo  o  GT  RIDE,   representantes  de   órgão   e   entidades   de   governo   e   da   sociedade   civil   dos   municípios   da   RIDE.   A   partir   do  diagnóstico,   o   plano   apresenta   Linhas   Estratégicas   de   Intervenção   no   Território,   visando   o  desenvolvimento  microregional:  geração  sustentável  de  emprego  e  renda,  para  o  bem-­‐estar  da  população   e   redução   das   desigualdades,   vinculado   à   preocupação   com   o   equilíbrio   sócio-­‐ambiental.   O   Plano   contém   também   propostas   para   a   gestão   institucional   da   RIDE,   voltado  para  viabilização  de  sua  implementação.  

A  RIDE  na  rede  urbana  brasileira  

Os   municípios   de   Petrolina   e   Juazeiro   constituem   uma   aglomeração   urbana   não-­‐metropolitana,  segundo  estudo  das  Redes  Urbanas  Regionais  (IPEA  /  IBGE  /  UNICAMP,  2002).  Estudo  do  Ministério  das  Cidades  de  2005  igualmente  não  considera  o  conjunto  de  municípios  da  RIDE  como  uma  aglomeração  urbana  de  caráter  metropolitano.  Classificado  como  Centro  Sub-­‐Regional   1   (ver   Figura   03),   a   aglomeração   Petrolina-­‐Juazeiro   capitaneia   o   subsistema  urbano  do  semiárido  caracterizado  pela  agricultura  irrigada,  seguido  do  município  de  Floresta,  PE,  centro  de  segunda  importância.  

Figura  03:  Rede  Urbana  do  Nordeste  Brasileiro,  1998  

 Fonte:  IPEA/IBGE/UNICAMP,  2002.  Produção  Cláudio  Egler.  Base  de  dados:  IBGE.  

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No   subsistema   urbano   do   semiárido,   a   região   polarizada   por   Petrolina   e   Juazeiro   é  caracterizada   pela   agricultura   irrigada   na   margem   do   Rio   São   Francisco.   É   uma   região   de  intenso   dinamismo   econômico,   baseado   principalmente   na   produção   e   processamento   de  frutas  para  exportação.  (IPEA/IBGE/UNICAMP,  2002)  

O   dinamismo   do   agronegócio   na   RIDE   é   decorrente   de   grandes   investimentos   em  infraestrutura,   realizados  principalmente   a   partir   da  década  de  1960.  A  partir   dessa  década,  com  a  criação  da  Superintendência  de  Desenvolvimento  do  Nordeste  –  SUDENE,  a  região  passa  a   ser   objeto   de   planejamento   e   de   inúmeros   projetos   de   desenvolvimento   do   país.   A  agricultura  irrigada  é  introduzida  na  década  de  1970,  e  tem  como  grande  impulso  a  construção  da   barragem   de   Sobradinho   (1973-­‐79).   (Os   dados   e   mapas   apresentados   no   restante   desta  seção   foram   extraídos   do   “Plano   de   Ação   Integrada   e   Sustentável   para   a   RIDE   Petrolina-­‐Juazeiro”,  Brasil,  2010)  

Outro  fator  fundamental  é  a  infraestrutura  de  transportes.  Desde  a  década  de  1950,  o  Governo  Federal  vem   investindo  na   região  visando  a   interiorização  da  ocupação.  Resultaram  importantes  rodovias  que  cruzando  os  municípios  de  Juazeiro  e  Petrolina:  

-­‐ Ponte  Presidente  Dutra,  inaugurada  em  1954  faz  a  ligação  entre  Juazeiro  e  Petrolina;  -­‐ BR  235:  ligação  entre  os  estados  de  Sergipe,  Piauí,  Maranhão,  Tocantins  e  Pará;  -­‐ BR  407:  ligação  entre  Bahia,  Pernambuco  e  Piauí;  -­‐ BR-­‐232  e  BR-­‐122  conectam  a  região  à  Recife,  capital  do  estado  e  porto  marítimo  para  

expotação  da  produção.  

Figura  04:  Rodovias  e  Densidade  de  População  

 Fonte:  PNOT,  2006.  In  Plano  de  Ação  da  RIDE,  2010  

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Figura  05:  Principais  eixos  viários  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro  

 

Fonte:  SIG  Terragraph.  In  Plano  de  Ação  da  RIDE,  Brasil,  2010.  

A   região   conta   ainda   com   a   rede   ferroviária,   hidroviária   (Rio   São   Francisco)   e   mais  recentemente  aeroviários  (aeroporto  de  Petrolina  inaugurado  em  2004).  

A  RIDE  apresenta  ainda  vantagens  para  a  produção  agrícola  no  contexto  do  semiárido  nordestino,   tais   como   a   existência   de   terra  plana   e   solos   adequados,   dependendo   de  ajustes   químicos,   mas   com   potencial;  disponibilidade   de   água   boa,   mas  dependência   de   sistemas   de   distribuição,  mão-­‐de-­‐obra   abundante,   porém   demanda  por   capacitação  para  a  agricultura   irrigada;  e  condições  climáticas  favoráveis.  

A   economia   produtiva   baseada   na  agroindustria  com  a   irrigação  em  larga  escala  se  consolida  e  se  amplia  nas  décadas  de  1980  e  1990,  ancorada  por  incentivos  financeiros  e  fiscais,   linhas   de   crédito   para   o   setor  produtivo,   principalmente   do   Fundo   de  Investimentos  do  Nordeste.  A  RIDE  consolida-­‐se  como  um  pólo  de  fruticultura  e  oleicultura  

Figura  06  

 Fonte:  PNOT,  2006.  In  Plano  de  Ação  da  RIDE,  Brasil,  2010.  

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irrigada,   com   potencial   para   diversificação   em   larga   escala;   produtor   de   grãos;   pólo  agropecuário;  pólo  agroindustrial  processador  de  frutos  e  produtos  pecuários.  

A   ampliação   da   produção   relaciona-­‐se   diretamente   ligada   a   investimentos   em  irrigação.   Assim,   a   RIDE   pode   ser   classificada   como   cluster,   ou   aglomerado   produtivo  localizado.  

Gráfico  31:

 Fonte:  Cadastro  Nacional  de  Empresas,  2007.  In  Plano  de  Ação  da  RIDE,  Brasil,  2010.    

O   agronegócio,   no   entanto,   co-­‐existe   com   culturas   de   subsistência.   Pequenos  proprietários  e  agricultores  familiares  são  mais  vulneráveis  à  crises  econômicas,  momentos  em  que   aumenta   a   concentração   de   terras   para   grandes   empresas   do   agronegócio.   Mas   são  também  relevantes  as  experiências  de  organização  de  pequenos  produtores  em  cooperativas,  fortalecendo  a   capacidade  de  negociação  dos  produrores,   principalmente  nos   segmentos  da  uva  e  da  manga.    

 

   

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Tabela  27:  Valor  médio  da  produção  entre  2001  e  2005  (em  R$)  dos  perímetros   irrigados  em  produção  

 Fonte:  CODEVASF,  In  Plano  de  Ação  da  RIDE,  Brasil,  2010.  

Plano   de   Ação   Integrada   e   Sustentável   para   a   RIDE   Petrolina-­‐Juazeiro   aponta   as  seguintes  demandas  para  o  crescimento  econômico  da  região:  

-­‐ Maior   investimentos   na   cadeia   produtiva,   para   adicionar   valor   à   produção,  principalmente  da  pecuária;  

-­‐ Ampliação  das  áreas  irrigadas;  -­‐ Elaboração  de  plano  de  ações  integradas  para  o  Turismo;  -­‐ Investimentos  em  infraestrutura  urbana.  -­‐ Qualificação  da  mão-­‐de-­‐obra  para   impulsionar  o  processo  de  verticalização  da  cadeia  

produtiva.  

A  RIDE   também  passa  a   se  apresentar   como  um  pólo   sub-­‐regional,   e   atrativo  para  a  população,   considerando   as   atividades   ligadas   à   moradia,   lazer,   serviços.   As   áreas   urbanas  passaram  a  ser  atrativas  para  a  população  expulsa  do  campo  com  a  ampliação  do  agronegócio  dos  próprios  municípios  da  RIDE,  e  mesmo  das  regiões  pobres  do  semiárido  nordestino.  Como  consequência,  houve  um  crescimento  urbano  marcado  pelo  desemprego  e  baixa  remuneração  da  força  de  trabalho.  

O  modelo  de  desenvolvimento  pautados  na  construção  de  estruturas  para  a  produção  de   energia   e   aproveitamento   da   água   por   meio   de   sistemas   de   irrigação   fomentaram   uma  configuração   que   estrutura   hoje   o   agronegócio   e   consolidam   uma   economia   cada   vez  mais  fundamentada  na  ocupação  de  novas  áreas  e   com  amplo  uso  da   tecnologia.  Mas   se  por  um  lado   possibilitaram   o   desenvolvimento   econômico   e   urbano   da   região,   por   outro   deixaram  alguns  passivos.  

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A  ocupação  desordenada  nas  margens  de  rios,  o  despejo  de  resíduos  sólidos  e  esgoto  in  natura  e  o  desmatamento  de  matas  ciliares  comprometem  os  recursos  hídricos  que  já  são  escassos  no  semiárido.  Outros  problemas  como  pesca  predatória,  desmatamento,  queimadas  e  usos  inadequados  de  agrotóxicos  também  são  preocupantes  na  Região.    

A   gradual   retirada   da   vegetação   ciliar   favorece   o   aparecimento   de   erosões   nas  margens  dos   rios,   tendo  por   consequência  o  assoreamento,  de   seus   leitos  e   inviabilizando  a  navegação   em   vários   trechos   de   seu   percurso.   Além   disso,   no   longo   prazo   se   prevê   uma  possível  redução  da  capacidade  de  geração  de  energia  pelas  hidrelétricas  devido  à  diminuição  do  volume  de  água  acumulado  nas  barragens.  

Em   Juazeiro,   Curaçá   e   Petrolina,   a   regularização   da   vazão   do   Rio   São   Francisco   não  deixou  mais  acontecerem  as  cheias  e  vazantes  naturais  que  permitiam  a  agricultura  à  beira  rio.  Em  consequência,    os  ribeirinhos  desta  parte  do  Rio,  exceto  nos  projetos  de   irrigação,   foram  muito   prejudicados   e   não   são   considerados   nos   debates   coletivos,   nem   pelas   ações  reparatórias   da   CHESF   Além   disso,   com   objetivo   de   facilitar   o   processo   de   irrigação   e  aproveitamento  da  umidade  natural  do  solo,  é  muito  comum  o  desenvolvimento  de  atividades  de   agricultura  próximo  aos   cursos  dos   rios,   lagos   e  barragens.   Essa  prática,   conhecida   como  plantio  de  vazante,  bastante  difundida  na   região  de   Juazeiro,  no  Baixo  Salitre  e  na  borda  do  Lago  de  Sobradinho,  devasta  a  mata  ciliar  do   leito  do  rio  e   facilita  a  poluição  das  águas  pelo  uso  de  agrotóxicos  e  fertilizantes  que  são  carreados  para  os  corpos  hídricos  mais  próximos,  em  épocas  de  chuva  e  através  do  subsolo  pela  águas  de  irrigação.  

 Finanças  municipais  e  transferências  federais  nos  municípios  da  RIDE  

É  visível  a  repartição  dos  municípios  de  forma  bastante  desigual  quando  comparamos  o   universo   dos   municípios   da   RIDE   entre   eles   mesmos.   Juazeiro   e   Petrolina   possuem   os  percentuais  de  investimento  mais  significativos  com  35%  e  34%  respectivamente.    

No  entanto  devemos  observar  que  o  maior  percentual  desses  investimentos  é  oriundo  do  Fundo  de  Participação  dos  Municípios  que  é  uma  transferência  assegurada  na  Constituição  Federal  no  seu  Artigo  159  que  garante  uma  composição  de  22,5%  da  arrecadação  do  Imposto  de   Renda   e   do   Imposto   sobre   Produtos   Industrializados.   A   distribuição   dos   recursos   aos  Municípios   é   feita   de   acordo   o   número   de   habitantes.   São   fixadas   faixas   populacionais,  cabendo  a  cada  uma  delas  um  coeficiente  individual.  O  mínimo  é  de  0,6  para  Municípios  com  até  10.188  habitantes,  e,  o  máximo  é  4,0  para  aqueles  acima  156  mil.  Os  critérios  atualmente  utilizados  para  o  cálculo  dos  coeficientes  de  participação  dos  Municípios  estão  baseados  na  Lei  n.º  5.172/66  (Código  Tributário  Nacional)  e  no  Decreto-­‐Lei  N.º  1.881/81.  

Para   as   cidades   de   Juazeiro   e   Petrolina   os   recursos   do   FPM   garantem   uma   parcela  aproximada  anualmente  de  20%  das  suas  receitas  quando  comparadas  e  nos  casos  das  demais  sedes  temos  um  percentual  aproximada  de  25%  quando  comparadas  as  receitas  municipais.    

Percebemos  que  os  investimentos  públicos  federais  em  geral  crescem  a  cada  ano  para  todos   os   municípios.   Os   dados  mais   surpreendentes   se   dão   no   sentido   de   que   os   repasses  federais  alcançam  impressionantes  80  a  85%  do  valor  das  receitas  geradas  pelos  municípios.  

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Essencialmente   os   recursos   citados   chegam   para   apoiar   ações,   em   grande   maioria,  sociais,   destacando-­‐se   em   especial   o   Bolsa-­‐Família   (Assistência   Social),   os   recursos   para   a  Educação  (tais  como  FUNDEB  e  do  FUNDEF  dentro  da  categoria  de  Encargos  Especiais)  e  para  a  área   de   Saúde.   Os   dois   últimos   absorvem   cada   um,   cerca   de   1/3   do  montante   total.   Neste  sentido   o   comportamento   é   similar   para   todas   as   cidades   da   RIDE,   o   que   revela   a   extrema  sensibilidade  dos  dois  segmentos  e  que  merece  total  e  ampla  atenção.    

A  diferenciação  do  direcionamento  desses  recursos  se  dá  no  sentido  de  apoiar  obras  de  infraestrutura  de  recursos  hídricos,  no  que  tange  o  abastecimento  de  água  e  esgotamento  sanitário,   mas   isso   ocorre   apenas   em   três   cidades:   Juazeiro,   Petrolina   e   Lagoa   Grande.   A  necessidade  é  perceptível  quando  avaliamos  a  Dimensão  Urbanística  que  apontou  a  já  latente  demanda  de  obras  de  apoio  por  conta  dos  avanços  urbanos  formados  pelo  excedente  humano  que   chegam   a   essas   cidades.   Como   já   citado,   muitas   começam   a   ter   comprometidas   suas  infraestruturas  existentes.  

A  aplicação  de  recursos  nas  áreas  de  saúde,  educação  e  assistência  social   recebem  a  maior  parte  dos  recursos  e  este  segmento  tem  aumentado  ano  a  ano  em  todos  os  municípios  da   RIDE,   porém   com   a   manutenção   ou   a   diminuição   incipiente   dos   números   relativos   à  pobreza  ou  mesmo  ao  combate  de  determinadas  doenças.    

O  que  observamos  é  que  os   investimentos  aplicados  em  políticas  governamentais  de  assistência   são  muito   superiores   àqueles   que   tendem  a   fortalecer   o   segmento   produtivo   da  região   que,   com  o  manejo   correto   das   receitas   geradas,   pode   influenciar   na   diminuição   dos  índices  de  pobreza  e  orientar  os  municípios  da  RIDE  para  um  regime  autônomo  de  gestão.  

Os  recursos   locais  não  se  dedicaram  a  adensar  a   infraestrutura  de  transportes,  a  não  ser  os  investimentos  no  aeroporto  de  Petrolina  até  o  ano  de  20  Os  dados  e  investimentos  em  Educação  denotam  uma  distribuição  menos  concentradora  e  que  gera  resultados  positivos  e  o  mesmo  deve  ser  aplicado  na  Saúde  e  Assistência  Social,  bem  como  na  criação  de  condições  de  permanência  da  população  nessas  sedes  menores,  com  qualificação  de  técnicos  e  inserção  de  processos   produtivos   que   justifiquem   a   aplicação   de  mais   investimentos   nesses  municípios,  descentralizando   a   polarização   destes.   No   entanto,   não   há   uma   rede   regular   de   vôos   de  passageiros  para  a  RIDE.  

Embora  os  dados  estejam  indicando  aqui  a  necessidade  de  despolarização  da  aplicação  de  recursos  nos  municípios  da  RIDE,  temos  a  ciência  de  que  alguns  municípios  não  absorvem  mais   recursos   federais   por   não   atenderem   plenamente   aos   requisitos   para   conseguir   a  aprovação  de  repasses  ministeriais.  Foi  feito  junto  ao  Ministério  da  Integração  o  levantamento  de   algumas   causas.   Por   conta   de   administrações   consecutivas,   existe   muitas   vezes   a   não  observância  de  débitos  deixados  por  governos  anteriores  que  terminam  por  criar  dificuldades  na   resolução  de  dívidas  que   influenciam  na  aprovação  de   repasses.  As  duas  maiores  cidades  possuem   já   uma   tradição   no   atendimento   dessas   demandas   e   poderiam   compartilhar   de  métodos  administrativos  para  tal  finalidade.  

 

   

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Indicadores  gerais  de  caracterização  da  RIDE    Tabela  28  –  Evolução  Populacional  dos  Municípios  da  RIDE  Petrolina  Juazeiro,  2000-­‐2010.  

UF   Município  Código  IBGE  

Área  (km2)  

População  1991  

População  2000  

População  2010  

População  2005**  

Densidade  demográfica  

(hab/km²)  2010  

PE  

Petrolina   261110   4.558   175.406   218.538   294.081   256.310   64,5  

Orocó   260980   555   10.731   10.825   13.176   12.001   23,7  

Lagoa  Grande*   260875   1.852   -­‐-­‐   19.137   22.719   20.928   12,3  

Santa  Maria  da  Boa  Vista   261260   3.001   42.006   36.914   39.473   38.194   13,2  

BA  

Juazeiro   291840   6.501   128.767   174.567   197.984   186.276   30,5  

Casa  Nova   290720   9.647   46.838   55.730   64.944   60.337   6,7  

Sobradinho   293077   1.239   21.208   21.325   21.988   21.657   17,7  

Curaça   290990   6.079   24.895   28.841   32.165   30.503   5,3  

Total  RIDE   -­‐-­‐   33.432   449.851   565.877   686.530   626.204   20,5  *Lagoa  Grande,  emancipou-­‐se  no  dia  16  de  junho  de  1995  do  município  de  Santa  Maria  da  Boa    Vista.   **Dados   obtidos   por   interpolação   para   fins   comparativos,   quando   necessário,   das   transferências  governamentais  per  capita  em  2005  e  2010.  Fonte:  IBGE,  Censos  Demográficos.  

Tabela  29  –  Dados  Gerais  dos  Municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro  

UF   Município  Total  de  domicílios  particulares  2010  

População  Urbana  2010  

População  Rural  2010  

%  Pop  Urbana  

%Pop  Rural  

PE  

Petrolina   91.224   219.309   74.772   74,6   25,4  

Orocó   4.243   4.614   8.562   35,0   65,0  

Lagoa  Grande   7.420   10.369   12.350   45,6   54,4  

Santa  Maria  da  Boa  Vista   12.250   14.861   24.612   37,6   62,4  

BA  

Juazeiro   63.992   160.786   37.198   81,2   18,8  

Casa  Nova   20.571   37.555   27.389   57,8   42,2  

Sobradinho   8.014   19.999   1.989   91,0   9,0  

Curaça   10.906   13.720   18.445   42,7   57,3  

        218.620   481.213   205.317   70,1   29,9  Fonte:  IBGE,  Censos  Demográficos.  

Tabela  30  –  Produto  Interno  Bruto  –  PIB  Municipal  e  PIB  per  capita  2008  nos  municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro  

UF   Município  

PIB  Municipal  2008  (mil  reais)  

PIB  per  capita  Municipal  

2008  

PE  

Petrolina   2.375.492   8.601  Orocó   87.644   6.275  Lagoa  Grande   179.556   8.117  Santa  Maria  da  Boa  Vista   279.786   6.770  

BA  

Juazeiro   1.451.444   6.108  Casa  Nova   273.562   4.161  Sobradinho   407.359   18.535  Curaça   122.529   3.611  

Total  RIDE   5.177.372   7.263  Fonte:   IBGE,   em   parceria   com   os   Órgãos   Estaduais   de   Estatística,   Secretarias   Estaduais   de   Governo   e  Superintendência  da  Zona  Franca  de  Manaus  -­‐  SUFRAMA.    

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Figura  07.  Índice  de  Desenvolvimento  Familiar  por  Município.  Brasil,  2008.  

   

 Fonte:  Ministério  do  Desenvolvimento  Social  -­‐  MDS/  2008      

 

   RIDE  PETROLINA-­‐JUAZEIRO    PE  Petrolina:  0.54  Lagoa  Grande:  0.55  Santa  Maria  da  Boa  Vista:  0.52  Orocó:  0.53    BA  Casa  Nova:  0.49  Sobradinho:  0.52  Juazeiro:  0.52  Curaçá:  0.52  

   

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6.  Indicadores  ODM  para  Municípios  da  RIDE  

Apresentamos   por   ODM   os   indicadores   disponíveis   para   o   nível   municipal   para   os  municípios   Integrantes   da   RIDE   Petrolina-­‐Juazeiro.   Após   os   dados   segue   uma   breve   análise  comparativa,  considerando  os  indicadores  nacionais  e  as  desigualdades  internas  à  RIDE.  

A   principal   fonte   utilizada   pelo   Governo   Federal   do   Brasil   para   monitoramento   das  metas  dos  Objetivos  de  Desenvolvimento  do  Milênio  -­‐  ODM  é  a  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios  –  PNAD.  Por  ser  uma  pesquisa  amostral,  não  permite  a  aferição  de  indicadores  para  o  nível  municipal.  Deste  modo,  a  principal  fonte  de  dados  é  ainda  o  Censo  Demográfico  de   2000.   O   IBGE   já   divulgou   resultados   preliminares   do   Censo  Demográfico   de   2010,   o   que  permitiu  atualizar  dados  gerais  dos  municípios  da  RIDE.  Porém,  os  dados  divulgados  ainda  não  incluem   aqueles   necessários   para   a   construção   dos   indicadores   sociais   para  monitoramento  dos  ODM.  

Foram  levantados  dados  junto  a  outros  órgãos  que  produzem  indicadores  e  estatísticas  oficiais,   principalmente   nas   áreas   de   desenvolvimento   social,   educação   e   saúde,   visando  apresentar  um  quadro  mais  recente  do  cumprimento  dos  ODM  na  RIDE.  Por  se  tratar  de  um  grande   volume   de   dados   e   indicadores,   e   considerando   o   período   restrito   para   o  desenvolvimento  deste  trabalho,  deu-­‐se  a  ênfase  no  levantamento  dos  indicadores  básicos,  e  não  para  indicadores  mais  específicos  definidos  nas  metas  nacionais.  

Os  programas  listados  no  capítulo  4  são  apresentados  brevemente  incluindo:  

-­‐ Descrição:  apresentação  dos  objetivos  e  ações  previstas  no  programa  -­‐ Gestão  /  Marco  Legal:  órgão  responsável,  arranjo  institucional  para  implementação  

do  programa  e  principais  instrumentos  normativos;  -­‐ Alcance   Nacional:   Resultados   obtidos   do   programa   em   âmbito   nacional,   sempre  

que  disponível;  -­‐ Alcance  na  RIDE:  Dados  relativos  à   implementação  dos  programas  nos  municípios,  

com  ênfase  às   transferências  de   recursos  do  Governo  Federal  para  os  municípios.  Para   programas   que   não   implicam   na   transferência   de   recursos,   sempre   que  disponível   foram   incluídos   dados   específicos   de   atendimento   e   resultados   já  mensurados.   Observa-­‐se   que   parte   dos   programas   apresentados   são   de   alcance  nacional,   e  no  período  de  desenvolvimento  deste   trabalho,  não   foi  possível  obter  balanços  específicos  para  o  nível  municipal.  

Foi   dada   ênfase   à   apresentação   dos   programas   de   iniciativa   do   Governo   Federal,  considerando  que  o  arranjo  federativo  no  Brasil  e  as  competências  e  atribuições  estabelecidas  na  Constituição  Federal  Brasileira  (1988),  conferem  grande  peso  ao  Governo  Federal  no  que  se  refere  à  garantia  de  direitos  sociais  básicos.  Mesmo  nos  casos  em  que  há  maior  participação  dos   governos  municipais   e   estaduais,   é   competência   do   Governo   Federal   suprir   deficiências  locais   para   sua   garantia.   Hoje,   a  maior   parte   dos   programas   nas   áreas   de   educação,   saúde,  assistência  social,  saneamento  ambiental  e  habitação  social  para  municípios  de  baixa  renda  é  garantida   através   de   transferências   de   recursos   orçamentários   do   Governo   Federal   para   os  municípios,  como  será  visto  adiante.  

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Programas  de   combate   à  miséria   e  pobreza,   e  de   geração  de  emprego  e   renda  para  combater   a   pobreza   rural   de   grande   alcance   e   que   já   vem   demonstrando   resultados  importantes   no   Brasil   são   programas   do   Governo   Federal,   acessados   diretamente   pelas  famílias,  com  apoio  da  gestão  municipal.  Estes  estão  também  apresentados  principalmente  no  ODM  1.  

Nos   anexos   foram   incluídos   quadros   com   indicadores   relativos   aos   principais  programas  de   combate   à  miséria   e   pobreza,   e   de  promoção  do  desenvolvimento   social,   por  município.   Os   dados   estão   disponíveis   no   portal   do  Ministério   do   Desenvolvimento   Social   e  Combate  à  Fome  (www.mds.gov.br)  e  foram  organizados  para  os  municípios  da  RIDE.  Ao  longo  deste  capítulo,  os  dados  estão  apresentados  parcialmente  nos  resultados  dos  programas  a  que  se  referem  diretamente.  No  anexo,  estão  agrupados  por  município,  para  permitir  uma  leitura  transversal.  

O  material  referente  aos  programas  federais,  incluindo  resultados  para  o  Brasil  e  para  os   municípios   da   RIDE,   foi   levantado   diretamente   junto   aos   órgãos   responsáveis   pelo  programa,   e,   quando   não   encontrados   diretamente   na   fonte,   foram   complementado   com  informações  gerais  e  dados  do  alcance  nacional  disponíveis  no  “Relatório  de  Acompanhamento  dos  Objetivos  de  Desenvolvimento  do  Milênio  –  2010;  Principais  Iniciativas  do  Governo  Federal”  (IPEA,  2010).  Os  dados  de  transferências  de  recursos  do  Governo  Federal  para  os  municípios,  por   programa,   foram   obtidos   no   portal   da   transparência,   do   Governo   Federal  (www.portaldatransparencia.gov.br).  

Figura  08:  Distância  para  o  Cumprimento  dos  ODM  –  Municípios  do  Brasil,  2000  

 Fonte:  Ilpes/Cepal,  2010  

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Cumprimento  dos  Objetivos  de  Desenvolvimento  do  Milênio  na  RIDE  

Em   uma   visão   geral,   podemos   destacar   a   relativa   heterogeneidade   para   o  cumprimento  dos  ODM.  Em  Pernambuco,  apenas  Petrolina  caracteriza-­‐se  como  um  município  de  cumprimento  médio,   já   Lagoa  Grande,  Santa  Maria  da  Boa  Vista  e  Orocó  caracterizam-­‐se  por  estar   longe  de  cumprir  as  metas  dos  ODMs.  Na  Bahia,  a  heterogeneidade  é  ainda  maior,  Juazeiro  e   Sobradinho   são  municípios  de   cumprimento  médio  enquanto  Curaçá  está   longe  e  Casa  Nova  muito  longe  de  cumprir  as  metas  dos  ODMs.  

A   seguir   apresentamos   em   detalhe   a   situação   de   cada   municípios   da   RIDE,   para   os  indicadores  disponíveis.  

   

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Objetivo  01  -­‐  Acabar  com  a  Fome  e  a  Miséria  

Meta  1A  –  Indicador  1.1  Proporção  da  população  que  ganha  menos  de  1  dólar  PPC  por  dia    

Tabela  31:  Distribuição  da  população  por  faixas  de  renda,  2000  

UF   Município  Abaixo  da  linha  de  indigência  

Entre  a  linha  da  indigência  e  pobreza  

Acima  da  linha  da  pobreza  

2000   2000   2000  PE   Petrolina   20,8   23,7   55,5  PE   Orocó   36,9   26,4   36,6  PE   Lagoa  Grande   36,2   28,6   35,1  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   36,9   27,2   35,9  BA   Juazeiro   22,4   26,6   50,9  BA   Casa  Nova   35,9   30,8   33,2  BA   Sobradinho   29,5   24,2   46,3  BA   Curaça   37,5   26,8   35,6  

Linha  da  pobreza  nacional  considerada  de  0,5  salário  mínimo.  Fonte:  Portal  ODM;  Fonte  de  dados:  Atlas  do  Desenvolvimento  Humano  do  Brasil  

Tabela  32:    Porcentagem  da  população  abaixo  da  linha  de  indigência,  por  UF  

Estados  Abaixo  da  linha  de  indigência  

1991   2009  Pernambuco   68,0   48,7  Bahia   72,0   47,9  

Linha  da  pobreza  nacional  considerada  de  0,5  salário  mínimo.  Fonte:  Portal  ODM;  Fonte  de  dados:  Atlas  do  Desenvolvimento  Humano  do  Brasil  

Os   dados   para   os   estados   de   Pernambuco   e   Bahia   estão   muito   acima   da   média  nacional.  Em  2001,  apenas  14%  da  população  brasileira  estava  abaixo  da   linha  de   indigência,  enquanto  que  para  os  dois  estados  chega  a  mais  de  47%.  

Se   considerarmos,   no   entanto,   a  meta   de   redução  pela  metade  da   população  pobre  (tendo  como  referência  a   linha  de   indigência,  pode-­‐se  verificar  que  apesar  da  pobreza  ainda  ser  significativa  nos  dois  estados,  a  meta  está  próxima  de  ser  atingida,  com  a  grande  redução  na  última  década,  e  aceleração  dos  programas  de  transferência  de  renda  nos  últimos  7  anos.  

Os  municípios   da   RIDE   concentram   população   pobre,  mas   em  menor   proporção.   Os  municípios   polarizadores   e   mais   urbanizados   de   Petrolina   e   Juazeiro   estão   em   melhores  condições,  e  os  municípios  menores,  com  maior  proporção  de  população  rural,  apresentam  os  principais   indicadores,   confirmando  o  diagnóstico  nacional  de  que  o  principal  desafio  para  o  Brasil  com  relação  ao  ODM  1  é  o  enfrentamento  da  pobreza  rural.  

Importante   mencionar   que   os   programas   do   Governo   Federal   consideram   essa  realidade  e  tem  como  principais  metas  dar  apoio  à  gestão   local  para  alcançar  as   famílias  em  situação   de   miséria   ainda   não   incluídas   no   Cadastro   Único   para   ter   acesso   aos   programas  sociais,  principalmente  de  transferência  de  renda.  

   

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Tabela  33:  Estimativa  de  famílias  pobres  para  o  Programa  Bolsa  Família,  2006  

 

 

Estimativa de famílias pobres - Perfil Bolsa Família 2006  

Estimativa  da  População  do  Município  em  2006  

Porcentagem  de  população  pobre  estimada  para  2006  

PE   Petrolina   29.427   260.004   44%  PE   Orocó   2.112   10.894   76%  PE   Lagoa  Grande   3.231   22.379   56%  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   5.662   44.053   50%  Pernambuco   980.645   8.502.603   45%  BA   Juazeiro   22.335   208.299   43%  BA   Casa  Nova   9.507   62.279   61%  BA   Sobradinho   2.406   21.411   45%  BA   Curaça   4.448   31.747   56%  Bahia   1.558.051   13.950.146   45%  

Notas: A estimativa de famílias pobres com perfil de atendimento para o Bolsa Família foi feita a partir da combinação da metodologia de Mapas de Pobreza do IBGE, elaborados a partir do Censo Demográfico 2000, da PNAD 2006 e de outros indicadores sócio-econômicos, levando em consideração a renda familiar per capita de R$ 140,00 e acrescida de estimativas de volatilidade de renda elaboradas pelo Ipea. Considerando pessoas por família, para famílias com rendimento de até ½ do salario mínimo, de 3,9 para Pernambuco, e 4,0 para Bahia, PNAD, 2006. Fonte:  Relatório  de  Informações  Sociais  do  Bolsa  Família  e  do  Cadastro  Único,  MDS,  2011    

Os   dados   do   Programa   Bolsa   Família   mostram   uma   realidade   um   pouco   mais  homogênea  na  proporção  de  população  pobre  entre  os  municípios  da  RIDE,  ao  considerar  uma  faixa  de  renda  maior  para  caracterização  da  pobreza.  Ainda  assim,  destaca-­‐se  a  situação  mais  crítica  nos  municípios  de  Lagoa  Grande  e  Oróco  (PE),  e  Curaça  e  Casa  Nova  (BA),  que  além  de  maiores  níveis  de  miséria,  possuem  60%  ou  mais  da  população  em  situação  de  pobreza.  

 

Meta  1A  –  Indicador  1.3  Participação  dos  20%  mais  pobres  da  população  na  renda  ou  no  consumo  nacional.  Indicador  Brasil  “a.”  -­‐  Participação  dos  20%  mais  pobres  e  dos  20%  mais  ricos  na  renda  nacional    

Tabela  34:  Percentual  da  renda  apropriada  pelos  20%  mais  pobres  e  20%  mais  ricos  da  população  

UF   Municípios  20%  mais  pobres   20%  mais  

ricos  1991   2000   2000  

PE   Petrolina   2,6   1,7   68,2  PE   Orocó   5,0   1,6   60,7  PE   Lagoa  Grande   4,2   2,0   64,0  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   4,4   1,2   66,1  BA   Juazeiro   3,5   2,1   66,9  BA   Casa  Nova   3,1   1,6   58,7  BA   Sobradinho   1,7   1,8   64,4  BA   Curaça   3,8   2,0   62,4  Fonte:  Portal  ODM;  IBGE  -­‐  Censo  Demográfico.  

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Todos   os   municípios   da   RIDE   apresentam   concentração   de   renda   acima   da   média  nacional.  Para  o  Brasil,  em  2001,  os  20%  mais  pobres  obtinham  2,3  %  da  renda  nacional.  Nesse  período  houve  ainda  uma  acentuação  da  desigualdade  para  todos  os  municípios.  

 Meta  1C  -­‐  Indicador  1.8  –  Prevalência  de  crianças  (com  menos  de  5  anos)  abaixo  do  peso    Tabela  35:  Percentual  de  crianças  menores  de  cinco  anos  com  baixo  peso  para  a  idade,  por  

unidade  federada  e  Brasil,  2008-­‐2010     2008   2009   2010  Pernambuco   5,2   4,4   4,2  Bahia   8,2   5,2   4,9  Brasil   4,7   4,8   4,6  Fonte:  Relatório  de  Gestão  da  Coordenação  de  Alimentação  e  Nutrição,  DAB/SAS/  Ministério  da  Saúde,  2010.  

 Meta  1C-­‐BR  –  Indicador  Brasil  b  –  Prevalência  de  crianças  (com  menos  de  2  anos)  abaixo  do  peso    

Tabela  36:  Proporção  de  crianças  menores  de  2  anos  desnutridas  UF   Município   1999   2005   2010  PE   Petrolina   10,8   6,7   1,0  PE   Orocó   13,1   3,6   0,9  PE   Lagoa  Grande   31,0   7,3   1,2  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   15,1   4,9   1,6  BA   Juazeiro   9,7   5,2   2,0  BA   Casa  Nova   19,4   3,5   1,6  BA   Sobradinho   13,5   6,7   1,5  BA   Curaça   25,1   4,8   1,2  Fonte:  Portal  ODM;  SIAB  /  DATASUS.  

A  meta  de   redução  da   fome  pela  metade,  por  estes  dois   indicadores  disponíveis,   foi  atingida  mesmo  nos  municípios  de  maior  concentração  de  pobreza.  Estes  indicadores  revelam  que  mesmo  em  regiões  de  maior  concentração  de  pobreza,  as  ações  de  segurança  alimentar,  principalmente  aquelas  voltadas  para  crianças,  tem  dado  resultado.  

 

Principais  Programas  e  Políticas  para  acabar  com  a  fome  e  a  miséria  

O   principal   programa   no   Brasil   para   a   redução   da   pobreza   é   o   Fome   Zero,   que   tem  como   principal   estratégia   o   Bolsa   Família.   O   programa   foi   criado   em   2003   com   objetivo   de  assegurar  o  direito  humano  à  alimentação  adequada  às  pessoas  com  dificuldades  de  acesso  à  alimentos,  promovendo  a   segurança  alimentar  e  nutricional  e   contribuindo  para  a   conquista  da  cidadania  pela  população  mais  vulnerável  à  fome.  O  programa  está  organizado  em  quatro  eixos:   (1)   Acesso   à   Alimentos;   (2)   Fortalecimento   da   Agricultura   Familiar;   (3)   Geração   de  Renda;  (4)  Articulação,  Mobilização  e  Controle  Social.  

A   principal   estratégia   do   programa   Fome   Zero   é   o   Bolsa   Família,   programa   de  transferência   de   renda   já   atinge   12   milhões   de   famílias   e   garante,   por   meio   de  

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condicionalidades  e  programas   complementares,  o  acesso  aos   serviços  básicos  de  educação,  saúde  e  assistência  social.  Os  programas  complementares  visam  também  fornecer  apoio  para  que  os  beneficiários  do  programa  superem  a  situação  de  vulnerabilidade.  

Dentre   os   avanços   nos   programas   de   combate   à   fome   e   pobreza   cabe   também  destacar   o   Cadastro   Único   para   Programas   Sociais.   Regulamentado   pelo   Decreto  nº6.135/2007  e  coordenado  pelo  Ministério  do  Desenvolvimento  Social  e  Combate  à  Fome  –  MDS,  é  um  instrumento  que  identifica  e  caracteriza  as  famílias  com  renda  mensal  de  até  meio  salario  mínimo  por  pessoa,  ou  de  até  três  salários  mínimos  no  total.  O  Cadastro  Único  reúne  informações   de   todo   o   núcleo   familiar,   características   dos   domicílios,   acesso   aos   serviços  públicos  essenciais  e  dados  de  cada  componente  da  família.  O  Cadastro  Único  é  requisito  para  inclusão   nos   programas   do   Governo   Federal,   e   pode   ser   acessado   também   por   estados   e  municípios,   para   formulação,   implementação   e   avaliação   de   políticas   públicas.  (http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/cadastrounico)  

Neste  ano  de  2011,  o  novo  governo  eleito  reafirmou  seu  compromisso  com  o  combate  à   pobreza,   lançando   o   Plano   Brasil   sem   Miséria.   O   Plano   tem   como   objetivo   erradicar   a  miséria   até   2015,   tendo   como   foco   famílias   com   renda   inferior   a   R$70,00   per   capita,   o   que  totaliza   16,2  milhões   de   pessoas   em   2010.   As   famílias   serão   atendidas   principalmente   com  serviços  já  existentes  e  o  principal  desafio  é  de  localizar,  cadastrar  e  incluir  as  famílias  na  rede  de   assistência   social.   A   ênfase   será   dada   à   realização   de   mutirões,   campanhas,   palestras,  atividades   socioeducativas,   visitas   domiciliares   e   cruzamentos   de   bases   cadastrais.   A  qualificação  dos  gestores  públicos  no  atendimento  à  população  extremamente  pobre  também  faz   parte   da   estratégia.   Serão   identificados   serviços   para   encaminhamento   das   famílias   e   a  necessidade  de  novas  ações.  

O  Plano  prevê   também  a   expansão  das   ações  de   inclusão  produtiva,   com  prioridade  para  a  articulação  dos  programas:  Sistema  Público  de  Trabalho,  Emprego  e  Renda;  Programa  Nacional   de  Acesso   à   Escola   Técnica   (PRONATEC);   Programa  Nacional   de   Inclusão   de   Jovens  (ProJovem);  obras  do  Programa  de  Aceleração  do  Crescimento  (PAC)  e  do  Minha  Casa,  Minha  Vida;  Rede  de  Equipamentos  de  Alimentos  e  Nutrição;  e  coleta  de  materiais  recicláveis.  

Na   RIDE,   verificamos   que   um   dos   principais   desafios   é   o   enfrentamento   à   pobreza  rural.  O  Plano  Brasil  sem  Miséria  prevê  a  expansão  em  4x  do  número  de  agricultores  familiares  atendidos  pelo  Programa  de  Aquisição  de  Alimentos  –  PAA.  

O  Plano  Brasil  sem  Miséria  foi  instituído  pelo  Decreto  nº  7.492,  junho  de  2011.  (www.brasilsemmiseria.gov.br)  

Programa  Bolsa  Família  Descrição:  Programa  de  transferência  direta  de  renda  com  condicionalidades  para  famílias  com  renda   de   até   R$140,00   –   pobreza   e   extrema   pobreza.   Benefícios   variam   de   R$32,00   a  R$242,00.  Benefício  Básico  (R$  70,  pagos  apenas  a  famílias  extremamente  pobres,  com  renda  per  capita  igual  ou  inferior  a  R$  70);  Benefício  Variável  (R$  32,  pagos  pela  existência  na  família  de   crianças   de   zero   a   15   anos   –   limitado   a   três   crianças   por   família);   Benefício   Variável  Vinculado  ao  Adolescente  (BVJ)  (R$  38,  pagos  pela  existência  na  família  de  jovens  entre  16  e  17  

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anos  –  limitado  a  dois  jovens  por  família);  e  Benefício  Variável  de  Caráter  Extraordinário  (BVCE)  (valor  calculado  caso  a  caso)  Possui   três  eixos  principais:   (1)   transferência  de   renda  para  o  alívio   imediato  da  pobreza;   (2)  condicionalidades   que   reforçam   o   acesso   a   direitos   sociais   básicos   nas   áreas   de   educação,  saúde   e   assistência   social;   e   (3)   programas   complementares   para   o   desenvolvimento   das  famílias,  visando  a  superação  da  situação  de  vulnerabilidade.  Gestão/Marco   Legal:   órgão   responsável:  Ministério   do  Desenvolvimento   Social   e   Combate   à  Fome   –   MDS.   Gestão   descentralizada.   Instituído   pela   Lei   10.836/04,   Regulamentado   pelo  Decreto  5.209/04.  Alcance   Nacional:   Atende   à   12,4   milhões   de   famílias.   Estudos   apontam   impacto   direto   na  redução   da   pobreza   extrema,   de   12%   em   2003   para   4,8%   em   2008.   Distribuição   Regional:  Nordeste:  50%;  Sudeste:  25%;  Norte:  10%;  Sul:  9%;  Centro-­‐Oeste:  6%.  O  Plano  Brasil  sem  Miséria  prevê  a  inclusão  de  mais  800  mil  famílias  no  programa  até  2013.  Alcance  na  RIDE:  Tabela  37:  Beneficiários  e  Transferências  de  Recursos  do  Governo  Federal  para  o  Programa  

Bolsa  Família,  2005  e  2010.     Número   de  

famílias  beneficiárias  do   Programa  Bolsa   Família  (2010)  

%   da  pop.  total   da  unidade  

%   da  pop.  pobre  estimada  (2006)  

006O-­‐Transferência  de   Renda   Direta-­‐mente   às   Famílias  em   Condição   de  Pobreza   e   Extrema  Pobreza  (2005)  

8442   -­‐   Transferência  de   Renda   Direta-­‐mente   às   Famílias  em   Condição   de  Pobreza   e   Extrema  Pobreza  (2010)  

Petrolina   30.355   10%   103%   13.529.546,00 20.224.341,00  Orocó   2.541   19%   120%   955.291,00 1.795.314,00  Lagoa  Grande   3.864   17%   120%   1.949.257,00 2.832.518,00  Santa  Maria  da  Boa  Vista  

6.791   17%   120%   3.579.112,00 5.210.547,00  

Pernambuco   1.099.120   12%   112%   -­‐   -­‐  Juazeiro   24.957   13%   112%   9.658.619,00 18.082.395,00  Casa  Nova   10.634   16%   112%   5.031.331,00 8.728.759,00  Sobradinho   2.702 12%   112%   1.659.360,00 2.256.603,00  Curaça   4.967   15%   112%   2.557.790,00 3.704.087,00  Bahia   1.661.888   12%   107%   -­‐   -­‐  Brasil   12.986.870   7%   100%   -­‐   -­‐  Fonte:  Relatório  de  Informações  Sociais  do  Bolsa  Família  e  do  Cadastro  Único,  MDS,  2011  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

 Em  todos  os  municípios  da  RIDE  o  programa  atinge  população  acima  da  condição  de  

pobreza,  visto  que  a  linha  de  corte  é  superior  à  dos  indicadores  dos  ODM.  O  principal  desafio  é  alcançar  a  população  em  condição  de  miséria,  ainda  não  integrante  do  Cadastro  Único  Federal.  Nesse   sentido,   o   recém   lançado   “Brasil   sem  Miséria”   apresenta   objetivos   coerentes   com   o  contexto  da  RIDE.      

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Tabela  38:  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2005  e  2010.     6524  -­‐  Serviços  de  Concessão,  

Manutenção,  Pagamento  e  Cessação  dos  Benefícios  de  Transferência  Direta  de  Renda  (2005)  

8446  -­‐  Serviço  de  Apoio  à  Gestão  Descentralizada  do  Programa  Bolsa  Família  (2010)  

Petrolina   45.175,20 539.229,50  Orocó   9.726,00 56.004,43  Lagoa  Grande   6.314,40 88.739,63  Santa  Maria  da  Boa  Vista   32.094,00 133.782,61  Juazeiro   29.556,00 439.325,00  Casa  Nova   10.977,60 226.045,52  Sobradinho   6.054,00 64.151,38  Curaça   4.808,40 112.503,68  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

 Página:  http://www.mds.gov.br/bolsafamilia  (maio  de  2011)    

A   transferência   de   recursos   relativos   ao   Programa   Bolsa   Família   está   diretamente  vinculada  à  demanda  atendida  no  município,  com  base  no  Cadastro  Único.    Sistema  Único  de  Assistência  Social  /  Proteção  Social  /  Benefício  de  Prestação  Continuada  para  idosos  e  pessoas  com  deficiência  Descrição:   A   Política  Nacional   de   Assistência   Social   é   realizada   por  meio   do   SUAS   –   Sistema  Único  de  Assistência  Social,  baseado  no  co-­‐financiamento  por  meio  de  orçamento  do  Governo  Federal,   Estados   e   Municípios.   O   Governo   Federal   repassa   recursos   por   meio   do   Fundo  Nacional  de  Assistência  Social,  que  deve   ser   complementado  por   recursos  próprios  por   cada  ente.  O  repasse  depende  da  apresentação  anual  de  Plano  de  Assistência  Social,  a  partir  do  qual  os  repasses  são  realizados  diretamente  todo  mês,  considerando  a  demanda  e  a  capacidade  de  gestão  do  município.  O   município   ou   estado   apresenta   a   demanda   para   a   Proteção   Social   e   BPC   (abaixo):   Inclui  ações  de  caráter  preventivo  em  apoio  à  famílias,  atendimento  à  situações  de  vulnerabilidade  e  violação   de   direitos   (por   exemplo,   trabalho   infantil,   abuso   sexual),   e   proteção   integral  (moradia,  alimentação  e  trabalho),  para  situações  em  que  o  vínculo  familiar  é  rompido.  Benefício   de   Prestação   Continuada   –   BPC:   garantido   pela   Constituição   Federal,   para   o  pagamento   de   um   salario   mínimo   à   pessoas   com   mais   de   65   anos   e   com   deficiência  incapacitante  para  a  vida  independente  e  para  o  trabalho,  para  famílias  com  renda  inferior  a  ¼  do  salário  mínimo.  Inclui  uma  Rede  de  Centros  de  Referência  da  Assistência  Social  ou  Casa  das  Famílias  –  CRAS:  localizados   em   áreas   de  maior   vulnerabilidade   social,   voltado   para   atendimento   social,   para  apoio  à  situações  de  risco,  devem  contar  com  equipe  básica  de  pelo  menos  2  psicólogos  e  2  assistentes  sociais.  Gestão/Marco  Legal:  A  Política  Nacional  de  Assistência  Social  é  coordenada  pelo  Ministério  do  Desenvolvimento   Social   e   Combate   à   Fome   -­‐  MDS,   e   é   realizada   de   forma   descentralizada,  tendo  Estados  e  Municípios  o  papel  de  coordenação  e  implementação  no  seu  nível  de  governo.  A  instância  normativa  central  é  o  Conselho  Nacional  de  Assistência  Social.  Alcance  Nacional  e  na  RIDE:      

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Tabela  39:  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2005  e  2010.     Serviços  de  

Proteção  Social  Básica  e  Especial  aos  Indivíduos  e  Famílias*  (2005)  

Serviços  de  Proteção  Social  Básica  e  Especial  aos  Indivíduos  e  Famílias**  (2010)  

2589  -­‐  Avaliação  e  Operacionalização  do  Benefício  de  Prestação  Continuada  da  Assistência  Social  e  Manutenção  da  Renda  Mensal  Vitalícia  (2010)  

Petrolina   753.365,00   2.338.800,45   7.975,00  Orocó   250.652,50   209.525,50   525,00  Lagoa  Grande   291.553,50   623.019,50   0  Santa  Maria  da  Boa  Vista  

615.921   713.403,40   300,00  

Juazeiro   712.971,25   1.933.611,15   4.375,00  Casa  Nova   0   77.600,00   0  Sobradinho   28.900   207.996,50   1.100,00  Curaça   151.030   433.056,25   1.425,00  

*Referente  aos  programas  PPA  nº  0886;  0887;  09JB;  2060;  2383;  2556;  2559;  2561;  4915.  **Referente  aos  programas  PPA  nº  2060,  20B8,  20EV,  2383,  2A60,  2A61,  2A65,  2A69,  8524,  8662  

 Tabela  40:  Número  de  Beneficiários  e  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE  

Petrolina-­‐Juazeiro,  2011.     BPC  Beneficiários  

Idosos  e  Pessoas  com  Deficiência  -­‐  PCD  

BPC  Idosos  e  PCD  Repasses  maio  de  2011  

BPC  Idosos  e  PCD  Repasses  acumulados  até  maio  de  2011  

Petrolina   5.338   2.905.178,77   14.367.769,91  Orocó   179   97.555,00   474.605,00  Lagoa  Grande   392   213.548,99   1.039.986,61  Santa  Maria  da  Boa  Vista   616   335.175,50   1.661.616,50  Pernambuco   261.701   142.244.875,15   704.661.799,52  Juazeiro   3.623   1.973.163,80   9.742.882,60  Casa  Nova   965   525.247,83   2.598.036,83  Sobradinho   304   165.135,75   818.322,25  Curaça   326   177.665,00   877.490,00  Bahia   351.264   191.149.187,23   945.167.007,31  Brasil   3.751.663   2.040.768.840,01   10.097.995.804,55  

 

  Número  de  CRAS   Famílias  Atendidas  Proteção  Social  Básica  

Proteção  Social  Básica  Repasse  abril  de  2011  

Proteção  Social  Básica  Repasse  acumulado  até  abril  de  2011  

Petrolina   7   23.981   101.637,75   342.485,25  Orocó   1   1.702   13.037,50   44.612,50  Lagoa  Grande   1   3.343   21.403,20   73.050,30  Santa  Maria  da  Boa  Vista  

1   4.173   16.026,67   56.569,18  

Pernambuco   294   792.894   3.645.040,68   13.099.109,22  Juazeiro   5   15.823   102.815,40   398.384,85  Casa  Nova   1   5.092   0   18.000,00  Sobradinho   1   2.276   16.393,50   58.036,50  Curaça   2   4.042   28.617,00   98.765,25  Bahia   577   1.292.966   6.432.647,44   23.514.322,51  Brasil   7.607   12.496.265   72.070.422,47   272.875.951,87    

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  Número  de  CREAS   Famílias  Proteção  Social  Especial  

Proteção  Social  Especial  Repasse  maio  de  2011  

Proteção  Social  Especial  Repasse  acumulado  até  maio  de  2011  

Petrolina   1   560   41.000,00   283.800,00  Orocó   0   0   18.500,00   82.000,00  Lagoa  Grande   1   90   23.500,00   109.500,00  Santa  Maria  da  Boa  Vista  

1   90   34.500,00   193.400,00  

Pernambuco   128   18.154     2.859.196,65   14.717.686,60  Juazeiro   1   390   41.000,00   228.800,00  Casa  Nova   1   90   1.000,00   30.000,00  Sobradinho   1   111   5.500,00   35.500,00  Curaça   1   2.692   10.000,00   65.000,00  Bahia   192   30.473   3.263.633,60   16.815.434,40  Brasil   2.155   435.712     26.060.470,75   167.662.199,00    

  Total  Repasse  abril  de  2011  

Total  Repasse  acumulado  até  abril  de  2011  

Petrolina   3.047.816,52   14.994.055,16  Orocó   129.092,50   601.217,50  Lagoa  Grande   258.452,19   1.222.536,91  Santa  Maria  da  Boa  Vista  

385.702,17   1.911.585,68  

Pernambuco*   148.749.112,48   732.478.595,34  Juazeiro   2.116.979,20   10.370.067,45  Casa  Nova   526.247,83   2.646.036,83  Sobradinho   187.029,25   911.858,75  Curaça   526.247,83   2.646.036,83  Bahia*   200.845.468,27   985.496.764,22  Brasil   2.138.899.733,23   10.538.533.955,42  

*  inclui  repasses  para  o  estado  e  os  municípios.  Fonte:  Ministério  do  Desenvolvimento  Social  e  Combate  à  Fome,  junho  de  2011.  (www.mds.gov.br  /  MDS  em  Números)  

 Os   repasses  do  BPC,   Proteção   Social   Básica   e   Proteção   Social   Especial   são   realizados  

com  base  na  demanda  apresentada  pelos  municípios  anualmente  através  de  Plano  de  Ação.  Contribui   para   a   ampliação   dos   repasses   a  maior   capacidade   de   gestão   do  município.   Após  aprovado  o  Plano  de  Ação,  os  repasses  são  realizados  diretamente  mês-­‐a-­‐mês,  no  âmbito  do  Sistema  Único  de  Assistência  Social.    Programa  Nacional  de  Alimentação  Escolar  Descrição:  Garantir  por  meio  da  transferência  de  recursos  financeiros,  a  alimentação  escolar,  atendendo  às  necessidades  nutricionais,  para   todos  os  alunos  da  educação  básica   -­‐educação  infantil,  ensino  fundamental,  ensino  médio  e  educação  de  jovens  e  adultos  -­‐  matriculados  em  escolas  públicas  e   filantrópicas.  Repasse  de  R$0,30  por  dia  por  aluno,  R$0,60  para  creches  e  escolas   indígenas  e  quilombolas,  R$0.90  para  escolas   com  ensino   integral  do  programa  Mais  Educação.  

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Gestão/Marco   Legal:   Coordenado   pelo   Ministério   da   Educação.   Repasse   de   recursos   direto  para  o  município,  com  base  em  dados  do  Censo  Escolar.  Direito  garantido  no  Art.  208,  incisos  IV  e  VII  da  Constituição  Federal.  Alcance   Nacional:   Atende   à   45,6   milhões   de   estudantes,   com   investimentos   previstos   de  R$3,1bilhões  para  2011.  30%  dos  recursos  são  destinados  à  compra  de  produtos  da  agricultura  familiar,  conforme  Lei  11.947/2009.  Alcance  na  RIDE:  Tabela  41:  Alunos  atendidos  pelo  programa  e  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  

da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro,  2005  e  2010.     Alunos  atendidos  da  

Rede  Municipal  (2011)  

0513  -­‐  Apoio  à  Alimentação  Escolar  na  Educação  Básica  (2005)  

8744  -­‐  Apoio  à  Alimentação  Escolar  na  Educação  Básica  (2010)  

Petrolina   39.266   908.506,80   2.399.400,00  Orocó   2.711   122.200,20   249.720,00  Lagoa  Grande   4.842   168.195,60   299.880,00  Santa  Maria  da  Boa  Vista   9.517   931.023,00   669.660,00  Juazeiro   34.397   908.506,80   2.613.426,00  Casa  Nova   15.296   122.200,20   738.522,00  Sobradinho   3.805   168.195,60   295.740,00  Curaça   8.054   931.023,00   517.104,00  Fonte:  http://www.fnde.gov.br/index.php/programas-­‐alimentacao-­‐escolar  (março  de  2011);  http://www.portaldatransparencia.gov.br    Distribuição  de  Cestas  de  Alimentos  para  Grupos  Populacionais  Específicos  Descrição:  Distribuição  de  cestas  de  alimentos  para   indígenas,  quilombolas,   comunidades  de  terreiros,  atingidos  por  barragens,  acampados  e  pescadores  artesanais.  As  cestas  distribuídas  são   compostas   por   oito   produtos   necessários   para   a   alimentação   básica   das   famílias:   arroz,  açúcar,  feijão,  farinha  de  mandioca,  macarrão,  óleo  de  soja,  leite  em  pó  e  flocos  de  milho.  Os  produtos   podem   ser   adquiridos   de   agricultores   familiares   participantes   do   Programa   de  Aquisição   de   Alimentos   (PAA),   outra   ação   do  MDS,   ou   no  mercado   convencional.   Programa  criado  em  2003.  Gestão/Marco  Legal:  O  MDS  repassa   recursos  para  a  Companhia  Nacional  de  Abastecimento  (Conab)  anualmente,  e  o   repasse  é   realizado  em  parceria  com  órgão   federais  que  trabalham  diretamente   com   as   populações.   A   seleção   das   famílias   é   anual.   O   acesso   à   alimentação   é  direito   assegurado   na   Lei   Orgânica   de   Segurança   Alimentar   e   Nutricional   –   LOSAN,   Lei  nº11.346/2006.  Alcance  Nacional:  Para  o  ano  de  2011  foram  repassados  R$62  milhões,  visando  1,5  milhão  de  cestas.  Atende  a  320  mil  beneficiários  regulares.  

Promoção  da  Alimentação  Saudável  -­‐  PAS  Descrição:  Tem  como  objetivo  apoiar  os  estados  e  municípios  no  desenvolvimento  de  ações  e  abordagens  para  a  promoção  da  saúde  e  a  prevenção  de  doenças  relacionadas  à  alimentação  e  nutrição,   tais   como   anemia,   hipovitaminose   A,   distúrbios   por   deficiência   de   iodo   (DDIs),  desnutrição,   obesidade,   diabetes,   hipertensão,   câncer,   entre   outras.   Promove   hábitos   e  práticas  alimentares  regionais  que  valorizem  a  produção  e  o  consumo  de  alimentos   locais  de  baixo   custo   e   elevado   valor   nutritivo,   bem   como   padrões   alimentares   mais   variados.  Acompanha   o   atendimento   às   condicionalidades   de   saúde   do   Programa   Bolsa   Família  

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relacionados  ao  crescimento  e  desenvolvimento  das  crianças  menores  de  7  anosea  realização  da  vigilância  nutricional.  Gestão/Marco   Legal:   Coordenado   pelo  Ministério   da   Saúde   /   Coordenação  Geral   da   Política  Nacional  de  Alimentação  e  Nutrição  em  conjunto  com  o  Ministério  do  Desenvolvimento  Social.  São  realizados  projetos  em  parceria  com  instituições  como  o  SESI  –  Serviço  Social  da  Indústria,  e  apoio  a  estados  e  municípios  por  meio  de  convênios.    Alcance  Nacional:  Entre  2007  e  2009  realizou  66  convênios  com  estados  e  municípios.  

 Rede  de  Equipamentos  Públicos  e  Serviços  de  Alimentação  e  Nutrição  -­‐  Redesan  Descrição:   Rede   de   Restaurantes   populares,   cozinhas   comunitárias   e   banco   de   alimentos,  prioritariamente   instalada   em   cidades  de  porte   grande  e  médio.  O  Governo   Federal   apoia   a  realização  das  instalações  físicas  e  a  gestão  é  de  responsabilidade  dos  estados  e  municípios.  Gestão/Marco   Legal:   órgão   responsável:  Ministério   do  Desenvolvimento   Social   e   Combate   à  Fome  –  MDS.  Alcance   Nacional:   Entre   2003   e   2008   foram   investidos   R$182   milhões,   e   em   2009   R$51,5  milhões.  Ao   todo   são  511  unidades  em   funcionamento  e  404  em   implantação.  Restaurantes  Populares:  74  unidades  em  65  municípios;  69  em  fase  de  implantação.  Cozinhas  comunitárias:  666  unidades  em  22  estados,  sendo  380  em  funcionamento;  mais  97  em  fase  de  contratação  (2010).Banco  de  Alimentos:  106  unidades  em  105  municípios  de  19  estados.  Alcance  na  RIDE:  

Tabela  42:  Equipamentos  da  Redesan,  acumulados  2004-­‐2011  Municípios   Banco  de  Alimentos   Restaurantes  Populares  /  Cozinhas  

Comunitárias*  Unidades  Conveniadas  

Unidades  em  func.  

Valor  Conveniado  

Unidades  Conveniadas  

Unidades  em  func.  

Valor  Conveniado  

Petrolina         1   1   755.565,25  Orocó         1   1   27.902,47  Lagoa  Grande  

      1   0   450.000,00  

Santa  Maria  da  Boa  Vista  

      2   1   65.000,00  

Juazeiro   1   1   50.140,00   1   1   801.505,06  Casa  Nova   -­‐   -­‐   -­‐   -­‐   -­‐   -­‐  Sobradinho              Curaça              

*Orocó,  Lagoa  Grande,  Santa  Maria  da  Boa  Vista  são  cozinhas  comunitárias.  Petrolina  e  Juazeiro  são  restaurantes  populares.Fonte:  www.mds.gov.br  

Considerando  o  alcance  ainda  pequeno  do  programa  nos  municípios  brasileiros,  pode-­‐se  verificar  que  a  RIDE  está  bem  atendida  pelo  Programa.  As  duas  principais  cidades  possuem  restaurantes  populares,  considerando  o  foco  do  programa  para  cidades  grandes  e  médias,  e  os  municípios  de  Pernambuco  estão  todos  atendidos  por  Cozinhas  comunitárias.  

Programa  Alimentação  do  Trabalhador  –  PAT  Descrição:  Tem  como  objetivo  melhorar  as  condições  nutricionais  dos  trabalhadores.  Permite  a  dedução  de  até  4%  do   imposto  de  renda  para  empresas  e  pessoas,  relativos  à  despesas  com  alimentação   dos   trabalhadores.   Prioriza   o   atendimento   aos   trabalhadores   de   baixa   renda  

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(abaixo  de  5s.m.).  Avaliação  do  programa  aponta  a  dificuldade  de  adesão  de  micro  e  pequenas  empresas,  bem  como  de  empregadores  rurais.  Gestão/Marco   Legal:   Instituído   pela   Lei   nº   6.321,   de   abril   de   1976   e   regulamentado   pelo  Decreto   nº   5,   de   janeiro   de   1991.  Estruturado   na   parceria   entre   Governo,   empresa   e  trabalhador,  tem  como  unidade  gestora  a  Secretaria  de  Inspeção  do  Trabalho  /  Departamento  de  Segurança  e  Saúde  no  Trabalho,  Ministério  do  Trabalho  e  Emprego.  Alcance  Nacional  e  nos  Estados  da  RIDE:  

Tabela  43:  Empresas  e  Trabalhadores  beneficiados  no  PAT,  2007     Empresas  

Beneficiárias  %   Trabalhadores  

Beneficiados  %  

Brasil   137.845   100%   10.060.144   100%  Pernambuco   3.198   2,32%   210.257   2,09%  Bahia   3.090   2,24%   315.989   3,14%  Página:  http://www.mte.gov.br/empregador/pat  

 Promoção  do  Aleitamento  Materno  e  de  Práticas  Alimentares  Adequadas  na  Infância  Descrição:   Ações   intersetoriais   voltadas   para   o   estímulo   ao   aleitamento   materno   para   a  prevenção  da  desnutrição  e  das  carências  de  micronutrientes.  Inclui  iniciativas  como  o  Hospital  Amigo   da   Criança,   implementação   de   Banco   de   Leite   Humano   e   a   formação   da   Rede  Amamenta  Brasil.  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Ministério  da  Saúde.    Programa  Nacional  de  Suplementação  de  Vitamina  A  e  Ferro  Descrição:  Busca  reduzir  e  erradicar  a  deficiência  nutricional  de  Vitamina  A  de  crianças  de  6  a  59  meses  de  idade  e  puéperas  (mulheres  no  pós-­‐parto  imediato,  antes  da  alta  hospitalar),  em  áreas   consideradas   de   risco:   Amazônia   Legal,  Nordeste,   Vale   do   Jequitinhonha   e  Mucuri   em  Minas  Gerais  e  Vale  do  Ribeira  em  São  Paulo.  Gestão/Marco   Legal:   Coordenação   do   Ministério   da   Saúde.   Realizado   em   parceria   com  Governos  Estaduais  e  FUNASA,  e  com  acompanhamento  pelos  municípios.    Programa  Territórios  da  Cidadania  Descrição:   Programa   com   foco   em   territórios   rurais  marcados   pela   pobreza   visa   estabelecer  uma   estratégia   de   desenvolvimento   territorial   sustentável.   Foram   definidos   120   territórios  rurais  para  atendimento   (até  2010),  a  partir  de   indicadores:  menor   IDH;  maior  concentração  de   agricultores   familiares   e   assentamentos   da   Reforma   Agrária;   maior   concentração   de  populações   quilombolas   e   indígenas;   maior   número   de   beneficiários   do   Programa   Bolsa  Família;   maior   número   de   municípios   com   baixo   dinamismo   econômico;   maior   organização  social;   pelo   menos   um   território   por   estado   da   federação.   A   unidade   territorial   é   a  microrregião,  conforme  estabelecido  pelo  IBGE  –  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística.  O  Governo  Federal  acompanha  as  ações  de  22  ministérios,   realizadas  nos  120   territórios.  Os  territórios  são  priorizados  na  agenda  social  do  governo  federal.  Gestão/Marco   Legal:   Coordenado   por   um   Comitê   Gestor   Nacional,   composto   por   19  Ministérios.   O   Comitê   é   coordenado   pela   Casa   Civil   da   Presidência   da   República.   Cada  território  possui  um  conselho,  com  participação  dos  três  níveis  de  governo  e  da  sociedade  civil,  que  define  um  plano  visando   integrar  ações  dos  governos   federal,  estaduais  e  municipais.  O  Programa  foi  instituído  pelo  Decreto  DSN  02,  de  25  de  fevereiro  de  2008.  

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Alcance  Nacional:  Em  2009  foram  investidos  R$24,6  bilhões  nos  120  territórios,  com  execução  financeira  superior  a  75%.  Para  2010  foram  previstos  R$27  bilhões.  Territórios  da  Cidadania  e  a  RIDE:  

O  Território  da  Cidadania  Sertão  do  São  Francisco  –  PE  inclui  os  municípios  da  RIDE,  e  outros   três:   Cabrobó,   Lagoa   Grande,   Orocó,   Petrolina,   Santa   Maria   da   Boa   Vista,   Afrânio   e  Dormentes.   Totalizam   403.174   habitantes,   dos   quais   78.474   vivem   na   área   rural,   o   que  corresponde   a   19,46%   do   total.   Possui   17.717   agricultores   familiares,   4.694   famílias  assentadas,   11   comunidades   quilombolas   e   2   terras   indígenas.   Seu   IDH  médio   é   0,72.   Para  2010  foram  previstas  58  ações  de  10  Ministérios,  totalizando  R$  221.936.677,91.Até  dezembro  de  2010  foram  executadas  53  ações,  representando  investimentos  de  R$231.046.617,38.  

O  Território  da  Cidadania  Sertão  do  São  Francisco  –  BA  inclui  os  municípios  da  RIDE,  e  outros   seis:   Campo   Alegre   de   Lourdes,   Canudos,   Casa   Nova,   Curaçá,   Juazeiro,   Pilão   Arcado,  Remanso,   Sento   Sé,   Sobradinho   e   Uauá.   Totalizam   520.782   habitantes,   dos   quais   148.122  vivem   na   área   rural,   o   que   corresponde   a   28,44%   do   total.   Possui   31.768   agricultores  familiares,  2.371  famílias  assentadas,  1  comunidades  quilombolas  e  1  terras  indígenas.  Seu  IDH  médio   é   0,64.   Para   2010   foram   previstas   64   ações   de   12   Ministérios,   totalizando   R$  220.812.431,29.Até   dezembro   de   2010   foram   executadas   60   ações,   representando  investimentos  de  R$211.142.062,18.  Os   investimentos   correspondem  as  programas  da  agenda   social   do  Governo  Federal   e  neste  relatório  estão  apresentados  de  forma  separada,  para  cada  programa,  sempre  que  disponível  destacando  o  valor  por  município.  Páginas:  PE:http://www.territoriosdacidadania.gov.br/dotlrn/clubs/territriosrurais/sertodosofranciscope/one-­‐community?page_num=0  BA:http://www.territoriosdacidadania.gov.br/dotlrn/clubs/territriosrurais/sertodosofranciscoba/one-­‐community?page_num=0    Programa  Nacional  de  Fortalecimento  da  Agricultura  Familiar  -­‐  Pronaf  Descrição:   Financiamento   a   projetos   individuais   ou   coletivos   para   a   geração   de   renda   para  agricultores   e   empreendedores   familiares   rurais,   e   assentados   da   reforma   agrária.   Possui   as  menores  taxas  de  juros  de  financiamentos  rurais  e  as  menores  taxas  de  inadimplência  entre  os  sistemas   de   crédito   do   país.   Podem   ser   financiados:   custeio   da   safra   ou   da   atividade  agroindustrial,   aquisição   de   máquinas,   equipamentos   ou   infraestrutura   de   produção,   e  serviços  necessários  à  produção.  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsavel:  Ministério  do  Desenvolvimento  Agrário   -­‐  MDA.  Para  acessar   o   crédito,   a   família   deve   obter   junto   ao   sindicato   rural   ou   Emater   a   Declaração   de  Aptidão  ao  Pronaf   –  DAP,   ou  para   assentados,   devem  buscar   a  Unidade   técnica   Estadual   do  Incra.  As  condições  de  crédito  e  montante  disponível  são  definidas  a  cada  ano  no  Plano  Safra  da  Agricultura  Familiar,  pelo  MDA.  Alcance  Nacional:  Os  produtores,  que  respondem  por  70%  dos  alimentos  que  chegam  à  mesa  dos   brasileiros   e   por   10%   do   Produto   Interno   Bruto   do   País   (PIB),   têm   à   disposição   R$   16  bilhões  (para  2011),  um  aumento  de  672%  em  relação  aos  R$  2,38  bilhões  aplicados  na  safra  2002/2003.   Do   total,   R$8,5bi   são   destinados   a   operações   de   investimentos   e   R$7,5bi   para  operações  de  custeio.  Alcance  na  RIDE:  

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O   Pronaf   Semiárido   teve   ampliação   do   limite   de   financiamento   em   2010   de   R$7mil   para  R$10mil.   Produtores   com   renda   bruta   de   até   R$220mil   anual   tem   aceso   à   investimento   e  custeio   de   culturas   alimentares   que   substituam   a   produção   de   fumo.   A   Linha   Pronaf   Mais  Alimentos  tem  limite  financiamento  de  R$130mil.  

Tabela  44:  Crédito  Pronaf  2010  por  Território  da  Cidadania  Território  da  Cidadania   Contratos  Firmados   Valores  Sertão  do  São  Francisco  –  PE  

1.926   R$11.621.965,14  

Sertão  do  São  Francisco  –  BA  

1.854   R$10.052.020,92  

Brasil   337.176   R$  2.298.929.225,30  Fonte:  www.territoriosdacidadania.gov.br  

 Programa  de  Aquisição  de  Alimentos  da  Agricultura  Familiar  –  PAA  Descrição:  Promove  a   inclusão  econômica  e   social  no   campo  por  meio  do   fortalecimento  da  agricultura  familiar,  através  da  Aquisição  de  alimentos  diretamente  de  agricultores  familiares  ou   de   suas   organizações   (cooperativas   e   associações),   dispensada   a   licitação,   desde   que   os  preços   sejam   compatíveis   com   os   praticados   nos  mercados   locais   e   regionais.   Os   alimentos  abastecem   a   rede   de   equipamentos   públicos   de   alimentação   e   nutrição   (Restaurantes  Populares,   Cozinhas   Comunitárias,   Bancos   de   Alimentos)   e   rede   socioassistencial.   Para   a  alimentação  escolar,   30%  dos   recursos   repassados  aos  municípios  pelo  FNDE  e  PNAE  devem  ser  destinados  à  compra  de  produtos  de  agricultores  familiares  e  empreendedores  familiares  rurais.  Por  ano,  os  agricultores  podem  vender  ao  programa  R$  4,5  mil.  Na  modalidade  leite,  os  produtores  podem  vender  R$  4  mil  por  semestre.  Gestão/Marco   Legal:   Instituído   pelo   artigo   19   da   Lei   10.696/2003,   é   desenvolvido   com  recursos   dos   Ministérios   do   Desenvolvimento   Social   e   Combate   à   Fome   (MDS)   e   do  Desenvolvimento   Agrário   (MDA).   Implementado   por   meio   de   parcerias   com   a   Companhia  Nacional   de   Abastecimento   (Conab),   governos   estaduais   e   municipais.   Para   participar   do  Programa,   o   agricultor   deve   ser   identificado   como   agricultor   familiar,   enquadrando-­‐se   no  Programa  Nacional  de  Fortalecimento  da  Agricultura  Familiar   (Pronaf).  A   identificação  é   feita  por  meio  de  uma  Declaração  de  Aptidão  ao  Pronaf  (Dap).  Alcance  Nacional:  Desde  2003,   o  PAA   já   investiu  mais   de  R$  3,5  bilhões  na   aquisição  de  3,1  milhões   de   toneladas   de   alimentos   de   cerca   de   160   mil   agricultores   por   ano.   Os   produtos  abastecem  anualmente  25  mil  entidades.  Para  2011,  o  orçamento  do  programa  é  de  R$  640  milhões.  Alcance  na  RIDE:  

Tabela  45:  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2010.     2798  -­‐  Aquisição  de  Alimentos  

Provenientes  da  Agricultura  Familiar  (2010)  

Petrolina   617.220,00  Orocó   225.809,93  Lagoa  Grande   225.809,93  Santa  Maria  da  Boa  Vista   -­‐  Juazeiro   -­‐  Casa  Nova   -­‐  Sobradinho   - Curaça   -­‐  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

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 Política  de  Valorização  do  Salário  Mínimo  Descrição:   Elevação   do   valor   nominal   do   salário   mínimo   acima   da   inflação   promovendo   a  recuperação  do  poder  de  compra.  O  salário  mínimo  passou  de  R$200,00  em  fins  de  2002  para  R$465,00   em   2009,   representando   um   crescimento   real   de   aproximadamente   63%.   A   nova  política  para  o   salário  mínimo  estabelece  que  entre  os  anos  de  2008  e  2011  os   reajustes  do  salário   mínimo   sejam   realizados   com   base   na   reposição   da   inflação,   acrescida   da   taxa   de  crescimento  real  do  PIB  de  dois  anos  antes.  Gestão:  Ministério  do  Trabalho  e  Emprego.  Alcance   Nacional:   Análise   da   PNAD   entre   2007   e   2008   verifica-­‐se   aumento   na   renda,  principalmente   dos   que   recebem   rendimentos   mais   baixos.   Em   um   cenário   econômico  recessivo,  houve  também  a  manutenção  do  consumo  interno  devido  ao  aumento  do  poder  de  compra  dos  trabalhadores.  Fonte:  IPEA,  2010.    Investimentos   do   Fundo   de   Amparo   ao   Trabalhador   -­‐   FAT   para   a   Geração   de   Emprego   e  Renda  Descrição:   Linhas   de   crédito   para   apoio   às   micro   e   pequenas   empresas   com   depósitos  especiais   do   FAT,   no   Programa   de   Geração   de   Emprego   e   Renda   –   Proger,   com   encargos  financeiros   mais   competitivos   que   o   mercado   bancário   privado.   Fomento   ao  empreendedorismo   visando   geração   de   emprego   e   renda   e   redução   das   desigualdades  regionais.  Gestão:  Ministério  do  Trabalho  e  Emprego.  Financiamento  operado  por  bancos  federais.  Alcance  Nacional:  Em  2008  foram  realizadas  1.756.287  operações,  totalizando  R$  13,6bilhões.  Fonte:  IPEA,  2010    Programa  Nacional  de  Economia  Solidária  em  Desenvolvimento  Descrição:   Atende   a   demandas   de   Empreendimentos   Econômicos   Solidários   –   EES  (organizações   permanentes   autogeridas   por   trabalhadores)   por   acesso   a   bens,   serviços  financeiros,  infraestrutura,  formação,  assistência  técnica,  entre  outros.  Gestão:  Ministério  do  Trabalho  e  Emprego.  Alcance  Nacional:  Desde  sua  criação  foram  cadastrados  21.859  EES,  com  uma  média  de  1.500  novos   por   ano   entre   2003   e   2008.   Foram   apoiados   50   projetos,   com   investimentos   de  R$5milhões,   representando   cerca   de   700   empreendimentos.   Foram   criados   44   Bancos  Comunitários   em   áreas   de   periferia   urbana,   comunidades   quilombolas   e   municípios   rurais.  Foram  qualificados  mais  de  20mil   trabalhadores,  e  dada  assistência   técnica  a   cerca  de  3.800  trabalhadores,  entre  outras  ações.  Fonte:  IPEA,  2010    Inclusão  Bancária  e  Microcrédito  Descrição:   Apoiar   o   acesso   das   famílias   de   baixa   renda   ao   sistema   bancário,   através   da  regulamentação   de   contas   correntes   simplificadas.   Disponibilizar   linhas   de   crédito   para  operações  de  microcrédito  produtivo  orientado:  Programa  Nacional  de  Microcrédito  Produtivo  Orientado  -­‐  PNMPO.  Gestão:  Ministério  do  Trabalho  e  Emprego.  PNMPO  criado  pela  Lei  nº11.110/2005.  Fonte:  IPEA,  2010  

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 Programa  Qualificação  Social  e  Profissional  de  Trabalhadores  para  o  Acesso  e  Manutenção  ao  Emprego,  Trabalho  e  Renda  em  Base  Setorial  (PlanSeQs)  Descrição:   Visa   promover   a   qualificação   do   trabalhador   nas   dimensões:   social   (cidadania,  fortalecimento   e   o   mundo   do   trabalho),   profissional   (fundamentos   técnico-­‐científicos   da  ocupação)  e  ocupacional   (atividades  específicas  à  ocupação).  Promove  a  realização  de  cursos  de   carga   horária   média   de   200h,   com   valor   máximo   de   R$4,36   por   aluno/hora,   incluindo  transporte   e   lanche   para   alunos.   Voltado   para   estados   e   municípios   com   mais   de   200mil  habitantes,  com  ações  para  setores  econômicos  específicos.  Gestão/Marco   Legal:   Os   planos   territoriais   de   qualificação   devem   ser   apresentados   por  estados,  municípios  ou  entidades  privadas  sem  fins  lucrativos.  O  curso  envolve  a  parceria  com  empregadores.   Realizados   com   recursos   do   Fundo   de   Amparo   do   Trabalhador   –   FAT,   e  aprovado  pelo  Conselho  Deliberativo  do  FAT.  Resolução  CODEFAT  575/2008.  Alcance  Nacional:  Qualificar  562.702  trabalhadores,  entre  2008  e  2011,  com  ações  específicas  nos  estados  de:  AC,  AP,  BA,  DF,  ES,  MA,  MG,  PA,  PI,  RO,  RJ,  RS,  SE,  SP,  TO.  Alcance  na  RIDE:    Prevista  a  qualificação  de  18.621  trabalhadores  no  estado  da  Bahia.  

Tabela  46:  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2010     4725  -­‐  Qualificação  Social  e  

Profissional  de  Trabalhadores  para  o  Acesso  e  Manutenção  ao  Emprego,  Trabalho  e  Renda  em  Base  Setorial  (PlanSeQs)  

Petrolina   -­‐  Orocó   -­‐  Lagoa  Grande   -­‐  Santa  Maria  da  Boa  Vista   -­‐  Juazeiro   66.162,00  Casa  Nova   -­‐  Sobradinho   - Curaça   -­‐  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

 http://portal.mte.gov.br/antd/qualificacao-­‐social-­‐e-­‐profissional-­‐de-­‐trabalhadores-­‐para-­‐o-­‐acesso-­‐e-­‐manutencao-­‐ao-­‐emprego-­‐trabalho-­‐e-­‐renda-­‐em-­‐base-­‐setorial-­‐planseqs.htm    Observatório  Nacional  dos  Direitos  da  Criança  e  do  Adolescente  Descrição:   Tem   como   objetivo   reunir   e   acompanhar   informações   e   indicadores   sobre   as  políticas   públicas   focadas   na   redução   da   violência   contra   crianças   e   adolescentes   no   Brasil.  Promove   redes   de   trabalho   e   de   bases   de   dados   para   o   monitoramento   das   atividades   da  Agenda  Social  da  área.  Marco   Legal   /   Gestão:   Coordenado   pela   Secretaria   de   Direitos   Humanos   da   Presidência   da  República  –  SDH/PR,  por  meio  da  Secretaria  Nacional  de  Promoção  dos  Direitos  da  Criança  e  Adolescente  –  SNPDCA  que,  junto  com  outros  14  Ministério  do  Governo  Federal  constituem  o  Comitê  Gestor  da  Agenda  Social  da  Criança  e  Adolescente.  Página:  http://www.obscriancaeadolescente.org.br        

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Agenda  Social  Criança  e  Adolescente  Descrição:   Política   estratégica   do   Governo   Federal   para   enfrentar   e   combater   a   violência  contra  crianças  e  adolescentes,  e  reduzir  a  vulnerabilidade.  Composta  por  4  grandes  projetos.  (1)  Bem-­‐me  quer:  proteção  e  atendimento  contra  a  violência  nas  regiões  metropolitanas;   (2)  Caminho   para   a   Casa:   apoio   sociofamiliar   para   acolhida   de   crianças   e   adolescentes,  reordenamento  de  abrigos  e  promoção  do  direito  de  convivência  familiar  e  comunitária;  (3)  Na  Medida  Certa:   implementação  do  Sistema  Nacional  de  Atendimento  Socioeducativo  –  Sinase,  qualificação   das   unidades   de   internação   e   ampliação   de   medidas   socioeducativas   em  meio  aberto;  (4)  Observatório  Nacional  dos  Direitos  da  Criança  e  Adolescente  –  exposto  acima.  Marco   Legal   /   Gestão:   Coordenado   pela   Secretaria   de   Direitos   Humanos   da   Presidência   da  República  –  SDH/PR,  por  meio  da  Secretaria  Nacional  de  Promoção  dos  Direitos  da  Criança  e  Adolescente   –   SNPDCA.   Baseia-­‐se   no   Decreto   nº   6.230,   out   de   2007,   que   estabelece   o  Compromisso  Nacional  pela  Redução  da  Violência  contra  a  Criança  e  o  Adolescente.  Alcance  Nacional:   Investimentos   estimados   em   R$2,9   bilhões   para   o   período   de   2008-­‐2011,  sendo   76,24%   no   programa   Bem-­‐me-­‐quer;   18,41%   para   o   Na   Medida   Certa;   4,61%   para   o  Caminho  para  Casa,   e  0,75%  para  o  Observatório.  Não  estão  disponíveis   as   informações  por  UF/Município,   mas   verifica-­‐se   que   a   maior   parte   dos   investimentos   está   concentrada   nas  Regiões  Metropolitanas.    Programa  de  Erradicação  do  Trabalho  Infantil  Descrição:  Visa  erradicar  o  trabalho  de  crianças  e  adolescentes  menores  de  16  anos  e  garantir  a   frequência   à   escola   e   atividades   sócio-­‐educativas.   A   família   passa   a   receber   uma  complementação  de  renda  que  varia  de  R$25,00,  até  R$68,00+R$22,00,  com  regras  específicas  considerando  a  renda  familiar  e  inserção  rural/urbana.  É  condição  para  receber  o  benefício  a  garantia  da  frequência  escolar  e   inclui  acompanhamento  e  orientação  às  famílias  através  dos  Centros   de   Referência   de   Assistência   Social.   Está   integrado   ao   Cadastro   Único   e   Programa  Bolsa  Família.  Marco   Legal   /   Gestão:   Lei   8.742/1993,   Portaria   MPAS   nº2.917/200   estabelece   normas   e  diretrizes   do   programa.   Ministério   do   Desenvolvimento   Social   e   Combate   à   Fome,   é  desenvolvido   em   parceria   com   os   diversos   setores   dos   governos   estaduais,  municipais   e   da  sociedade  civil.  O  mapeamento  do  trabalho  infantil  é  realizado  pelo  órgão  gestor  de  assistência  social  do  estado  ou  município,  com  participação  das  Delegacias  Regionais  do  Trabalho  -­‐  DRT  e  Ministério  Público.  Uma  Comissão  Estadual  avalia  e  valida  a  demanda.  Alcance  Nacional:  atende  mais  de  820  mil  crianças  em  mais  de  3,5mil  municípios.  Página:  http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/peti  ;  portaldatransparencia.gov.br    Programa  Nacional  de  Inclusão  de  Jovens  Descrição:   Promoção   de   reintegração   de   jovens   ao   processo   educacional,   qualificação  profissional   e   desenvolvimento   humano,   para   jovens   de   15   a   29   anos,   nas   modalidades  Projovem   Adolescente:   serviço   socioeducativo   com   prioridade   para   beneficiários   do   Bolsa  Família,   jovens   egressos   de   medidas   de   internação,   do   PETI,   ou   programas   de   combate   ao  abuso   e   violência   sexual;   Projovem   Urbano,   com   foco   nas   periferias   das   cidades   grandes   e  médias;  Projovem  Campo  –  Saberes  da  Terra:  bolsa  para  jovens  por  2  meses  para  capacitação  na  atividade  agrícola   local;  Projovem  Trabalhador,   visa  preparar  o   jovem  para  o  mercado  de  trabalho  por  meio  de  qualificação  profissional.  

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Gestão/Marco  Legal:  Criado  pela  Lei  nº11.692/2008.  Alcance  Nacional:  Projovem  Adolescente:  ofertou  em  2009  520mil  vagas,  em  3.147  municípios;  Projovem  Urbano:   Entre   2008   e   2009   foram   realizados   convênios   com   105  municípios   e   23  estados,  para  atendimento  de  cerca  de  340.000  alunos.  Projovem   Campo   –   Saberes   da   Terra:   29.374   vagas   em   2009   e   80mil   previstas   para   2010.  Prioridade  para  os  Territórios  da  Cidadania  e  municípios  com  baixo  IDH.  Projovem  Trabalhador:  na  submodalidade  Juventude  Cidadã  atendeu  355  mil  jovens.  Realizado  por  convênios.  Alcance  na  RIDE:  

Tabela  47:  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2005  e  2010     4786  -­‐  Capacitação  e  

Monitoramento  da  Juventude  Rural  (Projeto  Amanhã)  (2005)  

2A95  -­‐  Elevação  da  Escolaridade  e  Qualificação  Profissional  -­‐  ProJovem  Urbano  e  Campo  (2010)  

Petrolina   31.200,00   1.474.887,30  Orocó     -­‐  Lagoa  Grande     -­‐  Santa  Maria  da  Boa  Vista     -­‐  Juazeiro     698.873,70  Casa  Nova     -­‐  Sobradinho   - Curaça     -­‐  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br          

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Objetivo  02  -­‐  Atingir  o  Ensino  Básico  Universal  

Meta  2A  -­‐  Indicador  2.1  –  Taxa  líquida  de  matrícula  no  ensino  primário  Indicador  Brasil  a.  Taxa  de  frequência  escolar  líquida  das  pessoas  de  7  a  14  anos    

Tabela  48:  Taxa  de  frequência  do  ensino  fundamental  das  pessoas  de  7  a  14  anos       1991   2000  

PE   Petrolina   72   85  PE   Orocó   79   94  PE   Lagoa  Grande   78   91  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   70   88  Pernambuco  (2009)     93,2*  BA   Juazeiro   78   86  BA   Casa  Nova   27   87  BA   Sobradinho   75   91  BA   Curaça   52   86  Bahia  (2009)     93,8*  Fonte:  Portal  ODM;  Fonte  de  dados:  Ministério  da  Educação  –  INEP  /  IBGE  -­‐  Censo  Demográfico.  O  dado  para  os  municípios  só  está  disponível  para  os  anos  do  Censo  Demográfico  de  1991  e  2000.  Para  os  estados,  PNAD,  2009.  

A  evolução  de  frequência  escolar  foi  significativa  nos  10  anos  considerados.  Apesar  da  média   em   1991   para   os   municípios   da   RIDE   ser   bastante   variável,   e   estar   em   patamares  extremamente  baixos,  como  27%  para  Casa  Nova,  e  52%  para  Curaça,  o  avanço  na  década  foi  significativo,  permitindo  a   todos  os  municípios  aproximar-­‐se  da  evolução  verificada  em  nível  nacional.  A  média  para  o  Brasil  era  de  81,4%  em  1992,  e  chegou  a  94,9%  em  2008.  No  ritmo  de  avanço  verificado,  podemos  ver  que  a  meta  não  está  tão  distante  da  realidade  local.  

No   ensino   médio   os   níveis   ainda   estão   bastante   baixos,   apresentando-­‐se   como   um  desafio   para   o   avanço  da  política   educacional.   Em  2009,   temos  os   seguintes   índices   para   os  estados:  PE:  38,2%  BA:  36,1%.  

   

Meta  2A  -­‐  Indicador  Brasil  c  -­‐  Proporção  de  pessoas  de  18  anos  que  tenham  concluído  a  4a  série  do  ensino  fundamental    

Tabela  49:  Taxa  de  conclusão  do  ensino  fundamental  das  pessoas  de  15  a  17  anos  UF   Município   1991   2000  PE   Petrolina   17   30  PE   Orocó   5   13  PE   Lagoa  Grande   8   12  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   1   15  BA   Juazeiro   9   25  BA   Casa  Nova   3   8  BA   Sobradinho   13   26  BA   Curaça   3   6  

Fonte:  Portal  ODM;  Fonte  de  dados:  Ministério  da  Educação  –  INEP  /  IBGE  -­‐  Censo  Demográfico.  

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Apesar  da  frequência  escolar  estar  se  aproximando  da  média  nacional,  verifica-­‐se  uma  defasagem  na  região  como  um  todo  na  taxa  de  conclusão  do  ensino  fundamental.  Em  2000,  os  municípios  estão  ainda  abaixo  do  patamar  do  Brasil  para  1992  (34,0).  O  avanço  no  período  é  considerável,  considerando  o  baixíssimo  nível  em  1991,  mas  ainda  é  muito  preocupante.  

Meta  2A  -­‐  Indicador  Brasil  d  -­‐  Índice  de  adequação  idade-­‐anos  de  escolaridade  Tabela  50:  Distorção  idade-­‐série  no  ensino  fundamental  e  médio,  2010  

    Distorção  idade-­‐série  no  ensino  fundamental  -­‐  2010  

Distorção  idade-­‐série  no  ensino  médio  -­‐  2010  

PE   Petrolina   26,3   46,8  PE   Orocó   23,1   48,5  PE   Lagoa  Grande   29,3   58,0  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   35,9   58,7  Pernambuco   29,7   49,1  BA   Juazeiro   31,3   49,0  BA   Casa  Nova   45,3   53,5  BA   Sobradinho   27,0   31,3  BA   Curaça   39,2   54,0  Bahia   25,5   44,2  Fonte  de  dados:  Ministério  da  Educação  –  INEP,  http://portal.inep.gov.br/indicadores-­‐educacionais  

 Meta  2A  -­‐  Indicador  Brasil  “d.”  e  “e.”  

Tabela  51:  Índice  de  Desenvolvimento  da  Educação  Básica  (IDEB)       2007   2009  

    4a  série   8a  série   4a  série   8a  série  PE   Petrolina   3,5   3,9   3,1   3,6  PE   Orocó   2,5   3,2   3,2   3,3  PE   Lagoa  Grande   3,0   3,1   2,6   3,2  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   2,5   3,7   2,5   2,9  BA   Juazeiro   3,3   3,5   2,9   3,1  BA   Casa  Nova   2,4   2,7   2,4   2,5  BA   Sobradinho   3,1   3,0   3,3   3,2  BA   Curaça   2,8   3,0   2,7   2,7  Fonte:  Portal  ODM;  Fonte  de  dados:  Ministério  da  Educação  –  INEP  

O  IDEB  nacional,  em  2009,  foi  de  4,4  para  os  anos   iniciais  do  ensino  fundamental  em  escolas  públicas  e  de  3,7  para  os  anos  finais.  Nas  escolas  particulares,  as  notas  médias  foram,  respectivamente,   6,4   e   5,9   para   o   Brasil.   Na   RIDE,   os   índices   são   baixos   para   todos   os  municípios,  e  notamos  que  não  houve  evolução  significativa.  As  áreas  mais  urbanizadas  e  com  maior  PIB  apresentam  índices  um  pouco  melhores.  

Atingir  o  acesso  universal  ao  ensino  fundamental  é  uma  que  pelos  dados  observados  está  bastante  próxima.  O  desafio   colocado  é  garantir   a  maior  permanência  na  escola  para  o  ensino   médio,   e   ampliar   a   qualidade   da   educação.   Nesse   sentido,   tornam-­‐se   fundamentais  medidas  regionalizadas,  considerando  as  particularidades  de  cada  território.  

 

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Meta  2A  -­‐  Indicador  2.3  –  Taxa  de  alfabetização  na  faixa  etária  de  15  a  24  anos    

Tabela  52:  Taxa  de  alfabetização  na  faixa  etária  de  15  a  24  anos       1991   2000  

PE   Petrolina   84,5   91,9  PE   Orocó   65,3   83,1  PE   Lagoa  Grande   -­‐   84,7  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   67,4   86,7     76,2   87,6  BA   Juazeiro   81,4   89,8  BA   Casa  Nova   65,9   83,8  BA   Sobradinho   84,3   92,3  BA   Curaça   65,2   85,4  Bahia   75,8   90,1  Brasil   87,9   94,2  Fonte:  Portal  ODM;  Fonte  de  dados:  Ministério  da  Educação  –  INEP,  Censo  Demográfico,  2000.  Dados  de  1991  retirados  diretamente  do  site  do  Censo  Demográfico,  IBGE.  

A  taxa  de  alfabetização  está  em  patamares  ainda  bem  inferiores  ao  conjunto  do  Brasil.  Quando   observamos   os   indicadores   nacionais,   verificamos   que   a   região   nordeste   que  apresentava   os   índices   mais   baixos   em   1992   (NE:   80%;   Brasil:   91,3),   porém   há   um   avanço  notável  até  2005  (NE:  93,7;  Brasil:  97,2).  Na  RIDE,  a  maior  parte  dos  municípios  ainda  está  em  torno   do   patamar   de   85%   em   2000,   mas   considerando   o   cenário   de   1991,   verifica-­‐se   um  avanço  significativo.  

Importante  observar  que  na  década  de  2000  houve  um  grande  avanço  no  Brasil  como  um   todo,   e   a   região   nordeste   chegou   ao   índice   de   95,7.   Ainda   não   temos   os   dados   para   os  municípios,  mas  certamente  acompanharam  a  elevação.  

 

Principais  Programas  e  Políticas  para  atingir  o  ensino  básico  universal  

No  Brasil   o  Governo   Federal   é   responsável   pela   coordenação  da  política   nacional   de  educação,   articulando   os   diferentes   níveis   e   sistemas   e   exercendo   função   normativa,  redistributiva  e  supletiva  em  relação  às  demais  instâncias  educacionais.    

O   ensino   básico,   dos   7   aos   14   anos   é   obrigatório   no   Brasil   desde   1971.   A   partir   de  2009,  com  a  Emenda  Constitucional  nº59/2009,  passou  a  ser  obrigatório  dos  04  aos  17  anos,  abrangendo  toda  a  educação  básica  –  ensino  fundamental  e  médio.  

A  política  educacional  é  descentralizada,  conforme  estabelece  a  Constituição  Federal,  1988,   e  o  principal  marco   legal   da  educação  básica:   a   Lei   de  Diretrizes   e  Bases  da  Educação  Nacional   (LDB),   Lei   nº   9.394,   de   20   de   dezembro   de   1996   e   o   Plano   Nacional   de   Educação  (PNE),  Lei  nº  10.172/2001.  No  Governo  Federal,  a  Secretaria  de  Educação  Básica  é  responsável  por   zelar   pela   educação   infantil,   ensino   fundamental   e   ensino   médio,   com   base   na  Constituição  Federal,  que  defino  que:    

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“A  educação  básica  é  o  caminho  para  assegurar  a  todos  os  brasileiros  a  formação  comum  indispensável  para  o  exercício  da  cidadania  e  fornecer-­‐lhes  os  meios  para  progredir  no  trabalho  e  em  estudos  posteriores.”  

O   Governo   Municipal   tem   obrigação   de   oferecer   a   educação   infantil   e   ensino  fundamental  universal.  O  Governo  Estadual  tem  atribuição  prioritária  para  a  oferta  do  ensino  médio.  

As  principais  fontes  de  recursos  para  a  educação  no  Brasil  são  o  salario-­‐educação  e  o  orçamento  governamental  estabelecido  pela  “vinculação  orçamentária”.  O  salario-­‐educação  é  responsável  por  20%  dos   investimentos  e  consiste  na  contribuição  social  obrigatória  de  2,5%  da  folha  de  pagamento  para  todas  as  empresas.  A  Constituição  Federal  estabelece  a  vinculação  orçamentária  em  18%  para  a  União  e  25%  para  estados  e  municípios.  

Para  o  ensino  fundamental  é  importante  destacar  o  Fundeb.  Inicialmente  denominado  Fundo   de   Manutenção   e   Desenvolvimento   do   Ensino   Fundamental   e   de   Valorização   do  Magistério  -­‐  Fundef,  criado  em  1996,  é  composto  por   impostos  e  transferências  dos  estados,  distrito  federal  e  municípios  para  antender  o  ensino  fundamental.  Em  2006  foi  substituído  pelo  Fundo   de   Manutenção   e   Desenvolvimento   da   Educação   Básica   e   de   Valorização   dos  Profissionais  da  Educação  –  Fundeb,  através  da  Emenda  Constitucional  nº  53/2006,  ampliando  seu  escopo  para  attender  também  a  educação  infantil,  ensino  médio  e  educação  de  jovens  e  adultos.  A  vigência  do  Fundeb  é  até  o  ano  de  2020.  

São   apresentados   a   seguir   os   programas   do   Governo   Federal   voltados   para   o  fortalecimento   do   ensino   fundamental,   através   de   planejamento   integrado   com   estados   e  municípios,   e   realização   de   investimentos   diretos   nas   escolas.   Destaca-­‐se   que   desde   2007   o  Plano   de   Desenvolvimento   da   Educação   –   PDE   articula   as   ações   de   todas   as   esferas   de  governo,  com  sistema  de  acompanhamento  e  monitoramento  online  das  metas,  programas  e  ações.  

Fonte:  http://portal.mec.gov.br;  Constituição  Federal,  1988;  Lei  de  Diretrizes  e  Bases  da  Educação  Nacional  (LDB),  Lei  nº  9.394,  dezembro  de  1996.  

 

Plano  de  Desenvolvimento  da  Educação  (PDE)  /  Apoio  aos  Municípios  Descrição:   Após   o   lançamento   do   PDE,   em   2007,   todas   as   transferências   voluntárias   e  assistência   técnica   do   MEC   aos   municípios   dependem   da   elaboração   do   Plano   de   Ações  Articuladas  (PAR).  No  PAR  são  apresentadas  as  demandas  na  proposição  de  ações.    Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Ministério  da  Educação.  A  partir  da  aprovação  do  PAR  decorre   um   termo   de   cooperação   técnica,   e   convênios   para   a   transferência   de   recursos.  Através   do   Sistema   Integrado   de   Planejamento,   Orçamento   e   Finanças   do  MEC   –   Simec   os  gestores   realizam   o   acompanhamento   das   ações.   Para   programas   de   meredenda   escolar,  Fundeb  e  Programa  Dinheiro  Direto  na  Escola,  o  repasse  é  direto,  com  base  no  Censo  Escola.  Alcance  na  RIDE:      

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Tabela  53:  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2005  e  2010.     0081  -­‐  Apoio  à  

Ampliação  da  Oferta  de  Vagas  do  Ensino  Fundamental  a  Jovens  e  Adultos  (2005)  

0509  -­‐  Apoio  ao  Desenvolvimento  da  Educação  Básica  (2010)  

09CW  -­‐  Apoio  à  Reestruturação  da  Rede  Física  Pública  da  Educação  Básica  (2010)  

Petrolina   1.147.578,00   2.339.217,54   1.285.665,87  Orocó   87.975,00   465.893,01   –  Lagoa  Grande   111.933,30   455.751,45   –  Santa  Maria  da  Boa  Vista   574.875,00   1.633.373,28   –  Juazeiro   765.833,30   723.690,00   2.372.180,59  Casa  Nova   -­‐   –   –  Sobradinho   32.095,64   –   –  Curaça   -­‐   936.886,50   –  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

 Fundo  de  Manutenção  e  Desenvolvimento  da  Educação  Básica  e  de  Valorização  dos  Profissionais  da  Educação  (Fundeb)  Descrição:   Criado   em   2007   para   substituir   o   antigo   Fundef,   aumentou   em   cerca   de   10x   os  recursos  federais  para  a  educação.  Financia  todas  as  etapas  da  educação  básica,  e  programas  direcionados   a   jovens   e   adultos.   Promove   a   redistribuição   de   recursos   da   educação,  priorizando   regiões   onde   o   valor   investido   por   aluno   é   inferior   a   um   parâmetro   nacional  definido  anualmente.  O  recurso  é  repassado  considerado  o  número  de  alunos,  auferido  pelo  Censo  Escolar.  Gestão/Marco  Legal:  Criado  pela  emenda  constitucional  nº  53/2006.  A  emenda  Constitucional  nº59/2009  estabelece  a  Desvinculação  de  Receitas  da  União  –  DRU  sobre  os  recursos  federais  destinados  à  educação,  ampliando  o  orçamento  do  MEC  em  cerca  de  R$  9bi.  Alcance  na  RIDE:  Para  o  ano  de  2010,  foi  estimada  a  seguinte  receita  para  os  estados  da  Bahia  e  Pernambuco:  

Tabela  54:  Fundeb  -­‐  Receita  estimada  para  2010     Contribuição  do  

Estado  e  Municípios  Complementação  da  União  

Total  da  Receita  Estimada  

Bahia   3.980.510.571,0   1.766.679.700,7   5.747.190.271,7  Pernambuco   2.785.930.610,0   428.646.620,5   3.214.577.230,5  

Fonte:  http://www.fnde.gov.br/index.php/fundeb-­‐consultas  -­‐  Estimativa  em  12/2009  

No  ano  de  2010,  09   (nove)  Estados  da   federação   receberam  complementação  da  União:  AL,  AM,  BA,   CE,  MA,   PA,   PB,   PE,   PI,   totalizando  R$  6.861.110.170,3,   o   que   representa  8,26%  do  total  do  fundo.  

   

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Tabela  55:  Fundeb:  Coeficinete  de  Distribuição  de  receitas,  receita  estimada  para  2010  e  Transferências  do  Governo  Federal  para  os  municípios  da  RIDE,  2005  e  2010.  

  Coeficiente  de  Distribuição  de  Receitas  Fundeb  2010  

Estimativa  das  receitas  do  Fundeb  2010  por  esfera  de  governo  (R$)  

0047  -­‐  Fundo  de  Manutenção  e  Desenvolvimento  do  Ensino  Fundamental  e  de  Valorização  do  Magistério  –  FUNDEF  (2005)  

0C33  -­‐  Fundo  de  Manutenção  e  Desenvolvimento  da  Educação  Básica  e  de  Valorização  dos  Profissionais  da  Educação  –  FUNDEB  (2010)  

Petrolina   0,016372119863   52.643.567,90   7.172.618,00   25.035.165,31  Orocó   0,001645847572   5.292.124,00   1.010.311,39   2.515.135,90  Lagoa  Grande   0,002337575185   7.516.332,58   1.579.732,39   3.572.774,16  Santa  Maria  da  Boa  Vista  

0,004906981286   15.778.103,55  3.238.757,36  

7.502.091,13  

Pernambuco   1,000000000000   3.215.439.927,07   -­‐   -­‐  Juazeiro   0,008804798326   50.594.444,23   7.165.725,86   28.401.754,18  Casa  Nova   0,004245720880   24.396.911,81   4.110.327,47   13.680.975,27  Sobradinho   0,001107473294   6.363.802,30   854.023,73   3.571.877,86  Curaça   0,002379516384   13.673.261,39   2.216.411,56   7.677.973,26  Bahia   1,000000000000   5.746.235.445,42   -­‐   -­‐  Fonte:  http://www.fnde.gov.br/index.php/fundeb-­‐consultas  -­‐  Estimativa  em  04  de  2010,  Portaria  Interministerial  nº538-­‐A,  de  26/04/2010.Transferências  Federais:  http://www.portaldatransparencia.gov.br    Índice  de  Desenvolvimento  da  Educação  Básica  –  IDEB;  Prova  Brasil;  Provinha  Brasil  Descrição:   Criado   pelo   Inep   em   2007,   é   um   indicador   nacional   que   afere   a   qualidade   da  educação  considerando  o   fluxo  escolar  e  médias  de  desempenho  nas  avaliações.  A  partir  do  indicadore,   foram   traçadas   metas   de   desempenho   bianuais   para   cada   escola,   e   cada   rede  (pública,  privada),  até  2021.  São  bases  para  o  cálculo  do   indicador  o  Censo  Escolar,  e  médias  de  desempenho  nas  avaliações  do  Inep,  o  Sistema  de  Avaliação  da  Educação  Básica  -­‐  Saeb,  e  a  Prova  Brasil.  A  Prova  Brasil  é  uma  avaliação  aplicada  aos  alunos  no  primeiro  e  último  ano  do  ensino  fundamental,  de  língua  portuguesa  e  matemática.  A  Provinha  Brasil  tem  como  objetivo  avaliar   o   alcance   das   metas   de   alfabetização   das   crianças.   Aplicada   ao   2o   ano   do   ensino  fundamental,   tem   como   objetivo   avaliar   o   processo   de   alfabetização,   visando   interferir   no  processo  para  atingir  a  alfabetização  até  os  8  anos  de  idade.  Gestão/Marco  Legal:  Ministério  da  Educação  –  MEC.  Alcance  Nacional  /  Metas:  O  Brasil  estabeleceu  como  meta  atingir  o  patamar  educacional  que  hoje  tem  a  média  dos  países  da  Organização  e  Desenvolvimento  Econômico  –  OCDE:  6  pontos  na  primeira  fase  do  ensino  fundamental.  Em  2005  a  pontuação  foi  de  3,8;  e  em  2007  4,2  para  os  anos   iniciais  do  ensino   fundamental,   superando   todas  as  expectativas.  Para  2007,  amédia  foi  de  3,8  nos  anos  finais  do  ensino  fundamental,  e  3,5  no  ensino  médio.    Programa  Brasil  Alfabetizado  (PBA)  Descrição:   Alfabetização   de   jovens,   adultos   e   idosos,   atendimento   prioritário   para   1.928  municípios  com  taxa  de  analfabetismo  igual  ou  superior  a  25%,  sendo  90%  da  região  Nordeste,  e   as   capitais   e   grandes   cidades.   Profissionais,   preferencialmente   da   rede   pública,   recebem  bolsa  do  Ministério  da  Educação  para  se  tornar  alfabetizados  do  programa.  Indegra  o  Plano  de  Desenvolvimento  da  Educação.  

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Gestão/Marco   Legal:   A   Resolução   n°   06,   de   16   de   abril   de   2010   estabelece   orientações,  critérios   e   procedimentos   para   a   transferência   automática   dos   recursos   financeiros   para   o  exercício  de  2010,   aos  estados,   ao  Distrito   Federal   e   aos  municípios  e  para  o  pagamento  de  bolsas  no  âmbito  do  programa.    Alcance  Nacional:  Até  2008  alfabetizou  9,9  milhões  de  pessoas.  Através  do  Programa  Nacional  do  Livro  Didático  para  a  Alfabetização  de  Jovens  e  Adustos,  distribuiu  em  2008  1,7  milhão  de  livros.   Dados   de   2010:   1.385.088   alfabetizandos;   127.646   bolsistas;   119.609   turmas;   1.443  entidades/parcerias.  Alcance  na  RIDE:  

Tabela  56:Dados  para  Municípios,  Programa  Brasil  Alfabetizado,  2010     Meta  2010   Alfabetizandos   Bolsistas   Turmas   Entidades  /  

Parcerias  Petrolina   3.500   5.593   461   436   2  Orocó     365   33   30   1  Lagoa  Grande     379   43   41   2  Santa  Maria  da  Boa  Vista  

  2.504   290   267   2  

Juazeiro   3.000   6.917   677   699   2  Casa  Nova     876   95   80   2  Sobradinho     373   37   33   1  Curaça     959   97   88   1  Fonte:  http://brasilalfabetizado.fnde.gov.br    

Tabela  57:  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2005  e  2010.     0920  -­‐  Concessão  de  Bolsa  ao  

Alfabetizador  (2005)  8790  -­‐  Apoio  à  Alfabetização  e  à  Educação  de  Jovens  e  Adultos  (2010)  

Petrolina   249.342,00  

320.010,00  

Orocó   -­‐   -­‐  Lagoa  Grande   -­‐   -­‐  Santa  Maria  da  Boa  Vista   -­‐   174.470,00  Juazeiro   167.072,00 -­‐  Casa  Nova   -­‐   91.000,00  Sobradinho   - - Curaça   -­‐   -­‐  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

 Formação  de  Professores  e  Valorização  dos  Profissionais  da  Educação  Básica  Descrição:  O  Plano  Nacional  de  Formação  dos  Professores  da  Educação  Básica  oferece  vagas  em  universidades  e  institutos  federais,  estaduais  e  comunitárias,  nas  modalidades  presencial  e  a   distância,   para   professores   que   atuam   na   educação   básica   mas   ainda   não   possuem   a  formação  exigida  pela  Lei  de  Diretrizes  e  Bases  da  Educação  –  LDB,  de  1996.  Marco   Legal   /   Gestão:   O   plano   consolida   a   Política   Nacional   de   Formação   de   Professores,  instituída  pelo  Decreto  6755/2009,  que  prevê  um  regime  de  colaboração  entre  União,  estados  e   municípios,   para   a   elaboração   de   um   plano   estratégico   de   formação   inicial   para   os  professores  que  atuam  nas  escolas  públicas.  Os  professores   interessados  devem  se   inscrever  em  sistema  gerenciado  pelo  MEC:  Sistema  Freire.  

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Alcance   Nacional:   O   Censo   de   2007   estimou   que   cerca   de   700   mil   professores   demandam  formação  na  área  que  atua.  São  90  instituições  envolvidas.  Para  2009  foram  oferecidas  cerca  de  60  mil  vagas,  e  estavam  previstas  180mil  para  2010.  Alcance  na  RIDE:  

Tabela  58:  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2005  e  2010.     Transferências  Federais  para  o  

município  para  Formação  de  Professores  e  Profissionais  para  a  Educação  Especial  

Petrolina   -­‐  Orocó   -­‐  Lagoa  Grande   -­‐  Santa  Maria  da  Boa  Vista   -­‐  Juazeiro   R$181.130,40  Casa  Nova   -­‐  Sobradinho   - Curaça   -­‐  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

Acompanhamento   da   Frequência   Escolar   de   Crianças   e   Adolescentes   em   Situação   de  Vulnerabilidade  (Condicionalidade  em  Educação  do  Programa  Bolsa  Família)  Descrição:   Para   receber   o   benefício   do   Bolsa   Família   (exposto   no   ODM   1),   as   famílias   têm  como   condicionalidade   garantir   a   frequência   escolar   das   crianças   e   adolescentes   até   os   17  anos.  O  objetivo  é  combater  a  evasão  e  estimular  a  progressão  escolar  pelo  acompanhamento  individual.  Gestão:  O  acompanhamento  cabe  ao  Ministério  da  Educação,  em  parceira  com  os  municípios.  Alcance   Nacional:   Em   2010   o   acompanhamento   era   de   aproximadamente   15,5   milhões   de  alunos,  em  168  mil  escolas.    Programa  do  Livro  Descrição:  Distribuição  gratuita  de  livros  didáticos  e  paradidáticos,  incluindo  livros  para  alunos  com  necessidades  especiais,  em  toda  a  rede  pública  e  no  Programa  Brasil  Alfabetizado.  Gestão:  órgão  responsável:  Ministério  da  Educação.  Alcance   Nacional:   Em   2009   foram   adquiridos   103,5   milhões   de   livros   para   o   ensino  fundamental,  11,2  milhões  para  o  ensino  médio  e  2,8  milhões  para  alfabetização  de  jovens  e  adultos,   além   de   5,6  milhões   de   exemplares   de   revistas   e   periódicos.   Em   2010,   além   desse  atendimento,  serão  adquiridos  13  milhões  de  dicionários  da  língua  portuguesa.  Fonte:  IPEA,  2010    Programa  Nacional  de  Apoio  ao  Transporte  Escolar  –  PNATE  e  Caminho  da  Escola  Descrição:  Voltado  para  garantia  do  acesso  e  permanência  na  escola  de  alunos  da  educação  básica   que   vivem   na   área   rural.   Em   2009   foi   ampliado   para   atender   também   a   educação  infantil  e  ensino  médio.  O  Caminho  da  Escola  auxilia  a  estados  e  municípios  na  aquisição  de  veículos  para  o  transporte  escolar,  visando  a  ampliação  e  renovação  da  frota.  Gestão:  órgão  responsável:  Ministério  da  Educação.  PNATE:  Garante  assistência  financeira  em  caráter  suplementar  aos  estados  e  municípios;  instituído  pela  Lei  nº10.880/2004.  Caminho  da  Escola:  Linha  de  financiamento  do  BNDES,  e  possibilidade  de  convênio  com  o  FNDE.  

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Alcance   Nacional:   Em   2009   o   PNATE   atendeu   4,8   milhões   de   alunos,   com   valor   médio   de  R$88,13  a  R$125,72  por  aluno,  conforme  a  população  moradora  no  campo  e  a  posição  na  linha  da   pobreza.  O  Caminho  da   Escola   já   beneficiou   2.697  municípios   de   26   estados,   totalizando  5.721  veículos.  Fonte:  IPEA  Alcance  na  RIDE:  

Tabela  59:  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2005  e  2010     0969  -­‐  Apoio  ao  

Transporte  Escolar  no  Ensino  Fundamental  (2005)  

0969  -­‐  Apoio  ao  Transporte  Escolar  na  Educação  Básica  (2010)  

0E53  -­‐  Apoio  ao  Transporte  Escolar  para  a  Educação  Básica  -­‐  Caminho  da  Escola  (2010)  

Petrolina   380.320,00   1.444.733,78   –  Orocó   84.960,00   165.205,99   –  Lagoa  Grande   84.240,00   157.207,82   –  Santa  Maria  da  Boa  Vista   276.480,00   564.910,64   –  Juazeiro   471.280,00   1.125.867,84   528.808,50  Casa  Nova   49.831,10   657.682,24   –  Sobradinho   -­‐   8.782,10   –  Curaça   219.680,00   562.119,04   –  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

 Programa  Dinheiro  Direto  na  Escola  -­‐  PDDE  Descrição:   Assistência   financeira   em   caráter   suplementar,   às   escolas   de   educação   básica,  infantil  e  ensino  médio  da  rede  pública,  e  escolas  privadas  de  educação  especial  mantidas  por  entidades  sem  fins  lucrativos.  Para  a  melhora  da  infraestrutura  física  e  pedagógica.  Gestão:  órgão  responsável:  Ministério  da  Educação.  Repasse  realizado  diretamente  de  acordo  com  o  número  de  alunos  matriculados,  baseado  no  Censo  Escolar  do  ano  anterior.  Alcance  Nacional:  Atende  a  45,6  milhões  de  alunos,  em  164,1  mil  escolas,  totalizando  R$1,15  bilhão  de  investimentos.  Fonte:  IPEA,  2010  Alcance  na  RIDE:  

Tabela  60:  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2005  e  2010     0515  -­‐  Dinheiro  Direto  na  Escola  para  

o  Ensino  Fundamental  (2005)  0515  -­‐  Dinheiro  Direto  na  Escola  para  a  Educação  Básica  (2010)  

Petrolina   524.571,20   3.570.871,02  Orocó   42.092,20   224.599,00  Lagoa  Grande   59.856,60   252.037,50  Santa  Maria  da  Boa  Vista   127.323,40   462.366,00  Juazeiro   401.166,60   3.491.007,16  Casa  Nova   26.954,40   497.425,30  Sobradinho   44.357,20   228.875,40  Curaça   128.582,10   330.060,60  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

Programa  Proinfância  Descrição:  Ampliar  o  acesso  de  crianças  à  educação   infantil  pública,  gratuita  e  de  qualidade,  por  meio  de  recursos  para  a  construção  e  aquisição  de  equipamentos  e  mobiliário  pra  creches  e  pré-­‐escolas.  Gestão/Marco   Legal:   órgão   responsável:   Ministério   da   Educação.   Municípios   devem  apresentar  a  demanda  por  meio  do  Plano  de  Ações  Articuladas  -­‐  PAR.    Alcance  Nacional:  Até  outubro  de  2009  foram  firmados  convênios  para  1.103  unidades.  Fonte:  IPEA,  2010.  

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 Programa  Mais  Educação  Descrição:   Ampliar   o   tempo   de   permanência   do   aluno   na   escola,   promovendo   atividades  educacionais,  científicas,  culturais,  esportivas  e  de  lazer;  e  ampliar  os  espaços  utilizados  para  a  educação  escolar,  por  meio  da  articulação  com  os  equipamentos  públicos  e  comunitários.  Gestão:   órgão   responsável:  Ministério   da   Educação,   em   parceria   com  Ministério   da   Cultura,  Ministério  do  Desenvolvimento  Social  e  Combate  à  Fome  e  Ministério  do  Esporte.    Alcance  Nacional:  Em  2009  abrangeu  5  mil  escolas,  com  1,2  milhão  de  alunos  beneficiados.  A  meta  para  2010  foi  de  10  mil  escolas.  Fonte:  IPEA,  2010.    Programa  Nacional  de  Tecnologia  Educacional  –  Proinfo  e  Programa  Banda  Larga  na  Escola  Descrição:   Apoio   à   implantação   de   laboratórios   de   informática,   com   a   aquisição   de  computadores,  recursos  digitais  e  conteúdos  educacionais.  Conectar  a  escola  à  internet  Banda  Larga.  Gestão:  órgão  responsável:  Ministério  da  Educação.  O  MEC  fornece  os  equipamentos  e  como  contrapartida  estados  e  municípios  devem  garantir  infraestrutura  adequada,  suporte  técnico  e  manutenção,  e  capacitação  dos  educadores.  Alcance  Nacional:  Todas  as  escolas  públicas  urbanas  de  ensino  médio  já  possuem  laboratório  de  informática  e  conexão  à  internet.  Até  o  final  de  2010  o  objetivo  era  garantir  o  laboratório  e  conexão  em  todas  as  escolas  públicas  urbanas,  e  escolas  rurais  com  mais  de  50  alunos.  Fonte:  IPEA,  2010.    Salas  de  Recursos  Multifuncionais  Descrição:   Apoio   à   implantação   de   salas   multifuncionais,   com   materiais   pedagógicos   e   de  acessibilidade,   para  o   atendimento  educacional   especializado  –  para   alunos   com  deficiência,  transtornos   globais   do   desenvolvimento   e   altas   habilidades/superdotação   matriculados   nas  classes  comuns  do  ensino  regular  –  complementar  ou  suplementar  à  escolarização.  Gestão:  órgão  responsável:  Ministério  da  Educação.  Alcance  Nacional:  Entre  2005  e  2009  foram  adquiridas  15,5  mil  salas,  e  estavam  previstas  5mil  para  2010.  Fonte:  IPEA,  2010.    

 

 

   

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Objetivo  03  –  Promover  a  igualdade  entre  os  sexos  e  autonomia  das  mulheres  

Meta  3A  -­‐  Indicador  3.1  Razão  meninas/meninos  no  ensino  básico,  médio  e  superior    

Tabela  61:  Razão  meninas/meninos  no  ensino  fundamental  e  médio–  2006     Municípios   Razão  meninas/meninos  no  

ensino  fundamental  –  2006  Razão  meninas/meninos  no  

ensino  médio  –  2006  PE   Petrolina   96,0   131,0  PE   Orocó   101,0   134,0  PE   Lagoa  Grande   98,0   156,0  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   98,0   177,0  BA   Juazeiro   96,0   111,0  BA   Casa  Nova   93,0   99,0  BA   Sobradinho   92,0   125,0  BA   Curaça   90,0   132,0  

Fonte:  Portal  ODM;  Fonte  de  dados:  Ministério  da  Educação  –  INEP  

Verifica-­‐se   que,   semelhante   ao   quadro   nacional,   as  mulheres   já   estão   em   condições  bastante   equitativas   com   relação   ao   acesso   ao   ensino   fundamental.   Os   dados   demonstram  inclusive  que  há  uma  maior  permanência  na  escola  para  mulheres,  superando  a  participação  dos  homens  no  ensino  médio.  O  que  não  quer  dizer  que  esse  dado   tenha   rebatimento  para  outros   campos   da   vida   social.   Quando   observados   os   dados   relacionados   à   atividades  econômicas,  renda  e  participação  política  verifica-­‐se  maiores  desigualdades  de  gênero.  

Meta  3A  –  Indicador  3.2:  Razão  entre  mulheres  e  homens  alfabetizados  na  faixa  etária  de  15  a  24  anos  –  2000    Tabela  62:  Razão  entre  mulheres  e  homens  alfabetizados  na  faixa  etária  de  15  a  24  anos,  2000  

  Municípios   2000  PE   Petrolina   105,3  PE   Orocó   118,5  PE   Lagoa  Grande   111,7  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   109,6  BA   Juazeiro   106,1  BA   Casa  Nova   112,6  BA   Sobradinho   104,4  BA   Curaça   110,9  

Fonte:  Portal  ODM;  Fonte  de  dados:  Ministério  da  Educação  –  INEP  

As  mulheres  apresentam  maiores   taxas  de  alfabetização  para  todos  os  municípios  da  RIDE,   semelhante   ao   quadro   nacional.   O   desafio   da   alfabetização   está   pouco   relacionado   à  questão   de   gênero,   cabendo   mais   a   análise   do   indicador   de   alfabetização   no   objetivo   2:  “Atingir  o  Ensino  Básico  Universal”.  

   

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Meta  3A  –  Indicador  3.3:  Porcentagem  de  mulheres  assalariadas  no  setor  não-­‐agrícola.  

Tabela  63:  Percentual  da  participação  e  de  rendimentos  da  mulher  no  mercado  de  trabalho  formal,  no  setor  não-­‐agrícola,  2009  

 

 

Participação  da  mulher  no  Mercado  de  trabalho  Formal  

Percentual  de  rendimento  feminino  em  relação  ao  masculino  

Percentual  de  rendimento  feminino  em  relação  ao  masculino  com  nível  superior  

  Municípios   2009   2009   2009  PE   Petrolina   36,5   101,4   63,3  PE   Orocó   71,0   89,1   64,5  PE   Lagoa  Grande   45,9   114,0   100,0  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   58,5   101,6   54,1  BA   Juazeiro   40,1   91,0   51,6  BA   Casa  Nova   42,3   102,5   41,9  BA   Sobradinho   50,1   61,7   40,0  BA   Curaça   57,0   90,3   70,1  

Fonte:  Portal  ODM.  Fonte  de  Dados:  Ministério  do  Trabalho  e  Emprego,  RAIS,  2009.  

A   participação   das   mulheres   no   mercado   formal   ainda   é   bastante   inferior   ao   dos  homens.  Porém  interessante  observar  que  em  quatro  municípios  os  rendimentos  chegam  a  ser  maiores   do   que   dos   homens.   Há   uma   maior   equiparação   de   salários   entre   os   sexos   nos  trabalhos   que   exigem   menor   qualificação.   A   distância   é   muito   maior,   chegando   a   ser   40%  menor  para  mulheres  em  Sobradinho,  município  relativamente  de  alta  renda  na  região.  

Considerando  os  dados  de  educação  para  a  RIDE,  observa-­‐se  as  mulheres  permanecem  mais   tempo   na   escola,   e   tem  maior   índice   de   alfabetização.   No   entanto,   esse   dado   não   se  rebate   na   melhor   inserção   no   mercado   de   trabalho,   ou   na   remuneração,   reforçando   a  importância  de  políticas  públicas  afirmativas  nesse  sentido.  

 Meta  3A  –  Indicador  3.4:  Proporção  de  mulheres  exercendo  mandatos  no  parlamento  nacional  

Tabela  64:Proporção  de  assentos  ocupados  por  mulheres  na  Câmara  de  Vereadores     Municípios   2000   2004   2008  PE   Petrolina   4,8   15,4   42,9  PE   Orocó   18,2   33,3   0,0  PE   Lagoa  Grande   0,0   0,0   22,2  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   11,1   0,0   11,1  Pernambuco   11,9  BA   Juazeiro   10,5   33,3   23,1  BA   Casa  Nova   0,0   0,0   10,0  BA   Sobradinho   15,4   22,2   0,0  BA   Curaça   0,0   0,0   0,0  Bahia   12,5  

Fonte:  Portal  ODM.  Fonte  de  Dados:  Tribunal  Regional  Eleitoral  –  TRE  

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A  participação  política  das  mulheres  é  muito  pouco  expressiva.   Em  poucas   situações  supera   30%,   porém   representando   exceções   e   não   uma   efetiva   ampliação   da   participação  política  feminina.  

 

Principais  Programas  e  Políticas  para  a  promoção  da  igualdade  entre  os  sexos  e  autonomia  das  mulheres  

As   políticas   no   Brasil   para   a   igualdade   de   gênero   têm   hoje   no   Brasil   como   principal  referência   a   Secretaria   Especial   de   Políticas   para   as   Mulheres   da   Presidência   da   República,  criada  em  2003  com  o  objetivo  de:  

“desenvolver  ações  conjuntas  com  todos  os  Ministérios  e  Secretarias  Especiais,  tendo  como  desafio  a  incorporação  das  especificidades  das  mulheres  nas  políticas  públicas  e  o  estabelecimento  das  condições  necessárias  para  a  sua  plena  cidadania”.  Fonte:  http://www.sepm.gov.br  

A   Secretaria   é   atualmente   responsável   pela   coordenação   do   Conselho   Nacional   dos  Direitos   da   Mulher   (criado   em   1985   e   anteriormente   ligado   ao   Ministério   da   Justiça),   e  organização   das   Conferências   Nacionais   de   Políticas   para   as   Mulheres,   com   a   3a.   edição  programada  para  dezembro  de  2011.   Foi  decorrência  da  2a.  Conferência  Nacional  o   II   Plano  Nacional  de  Políticas  para  as  Mulheres,  onde  constam  ações  prioritárias  para  o  setor,  utilizada  como   referencia   para   a   SEPM,   e   para   o   Observatório   Brasil   da   Igualdade   de  Gênero.(apresentado  a  seguir),  no  monitoramento  das  políticas  públicas.  

Apresentamos  primeiramente  o   II  Plano  Nacional,  o  Observatório  e  o  Comitê  Técnico  de  Estudos  de  Gênero  e  Uso  do  Tempo;  em  seguida  programas  voltados  para  o  enfrentamento  da   violência   contra   a   mulher;   programas   relacionados   ao   fortalecimento   das   atividades  econômicas  para  mulheres;  e  na  sequencia  programas  voltados  para  a  educação  e  cultura.  

II  Plano  Nacional  de  Políticas  para  as  Mulheres  Descrição:   O   I   Plano   Nacional   de   Políticas   para   as   Mulheres,   2004,   reafirmou   o  comprometimento  dos  entes  governamentais  do  Brasil  com  a  incorporação  da  perspectiva  de  gênero  e  raça  nas  políticas  públicas.  Foi  estruturado  em  torno  de  quatro  áreas  estratégicas  (1)  autonomia,  igualdade  no  mundo  do  trabalho  e  cidadania;  (2)  educação  inclusiva  e  não  sexista;  (3)  saúde  das  mulheres,  direitos  sexuais  e  direitos  reprodutivos;  (4)  enfrentamento  à  violência  contra   as   mulheres.   O   II   Plano   é   resultado   daII   Conferência   Nacional   de   Políticas   para   as  Mulheres,  agosto  de  2007,  considerando  o  Plano  Plurianual  2008-­‐2011,  e  a  Agenda  Social  do  governo.   Coordenado   pela   Secretaria   Especial   de   Políticas   para   as   Mulheres,   contou   com  participação  de  18  órgãos  da  administração  pública  federal  (MEC,  MJ,  MS,  MCid,  MDA,  MDS,  MPOG,  MTE,  MME,  MinC,  MMA,   Seppir,   SEDH,   Casa   Civil,   Secretaria   Geral,   Secom,   Funai   e  Ipea),  representantes  governamentais  estaduais  e  municipais  de  políticas  para  as  mulheres,  e  o  Conselho  Nacional  dos  Direitos  da  Mulher.  Foram  estabelecidas  94  metas,  56  prioridades  e  388  ações  distribuídas  em  11  grandes  áreas  de  atuação.  Gestão/Marco   Legal:   Portaria   nº   62,   set.   de   2008,   estabelece   o   Comitê   de   Articulação   e  Monitoramento  do  PNPM,  com  representantes  do  Conselho  Nacional  dos  Direitos  da  Mulher,  do  poder  executivo  Estadual,  Municipal  e  mais  20  entes  do  governo  federal.  São  estabelecidas  pela  SEPM  em  conjunto  com  o  Comitê  prioridades  anuais,  monitoradas  por  meio  de  Sistema  

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de   Acompanhamento.   No   sistema   constam   informações   por   ação,   identificando   órgão  responsável,   valores   previstos,   execução   física   e   resultados   obtidos.   São   produzidos  anualmente  relatórios  de  acompanhamento,  já  disponíveis  online  os  de  2008  e  2009.  Páginas:  http://www.sigspm.spmulheres.gov.br/relatorios.php  http://www.observatoriodegenero.gov.br/eixo/politicas-­‐publicas/pnpm    Observatório  Brasil  de  Igualdade  de  Gênero  Descrição:  iniciativa  da  SPM/PR  em  articulação  com  instituições  que  trabalham  com  a  questão,  tem   como   objetivo   dar   visibilidade   e   fortalecer   ações   do   Estado   brasileiro   na   promoção   da  igualdade  de  gênero  e  dos  direitos  das  mulheres.  Surgiu  em  diálogo  com  a  CEPAL,  na  criação  do   observatório   de   gênero   para   América   Latina   e   Caribe.   Teve   início   em  março   de   2010.   O  monitoramento  é  realizado  em  cinco  grandes  eixos:  indicadores,  políticas  públicas,  legislação  e  Legislativo;  comunicação  e  mídia,  e  internacional.  Página  na  internet:  http://www.observatoriodegenero.gov.br    Comitê  Técnico  de  Estudos  de  Gênero  e  Uso  do  Tempo  Descrição:  Coordenado  pela  Secretaria  Especial  de  Política  para  as  Mulheres,  tem  por  objetivo  estimular   a   incorporação   da   perspectiva   de   gênero   na   produção   e   análise   das   estatísticas  oficiais  do  país.  No  ano  de  2009  teve  como  foco  a  realização  de  pesquisas  que  abordem  o  tema  da  violência  doméstica  contra  as  mulheres  e  as  desigualdades  de  gênero  no  uso  do  tempo  para  dedicação  à  profissão,  aos  cuidados  com  a  família  e  à  administração  do  lazer.  Marco  Legal/Gestão:  Criado  pela  Portaria  Interministerial  nº  60,  de  2008.  Página   na   internet:   http://www.observatoriodegenero.gov.br/eixo/indicadores/comite-­‐de-­‐genero-­‐e-­‐uso-­‐do-­‐tempo    Pacto  Nacional  pelo  Enfrentamento  à  Violência  Contra  a  Mulher  Descrição:   Lançado   em   agosto   de   2007   como   parte   da   Agenda   Social   do   Governo   Federal  consiste   em   acordo   federativo   entre   o   governo   federal,   os   governos   dos   estados   e   dos  municípios   brasileiros   para   o   planejamento   de   ações   que   visem   à   consolidação   da   Política  Nacional   de   Enfrentamento   à   Violência   contra   as  Mulheres   por  meio   da   implementação   de  políticas  públicas  integradas  em  todo  território  nacional,  organizadas  em  4  Eixos:  

Eixo   1   -­‐   Fortalecimento   dos   serviços   especializados   da   Rede   de   Atendimento   e  Implementação  da  Lei  Maria  da  Penha    Eixo   2   -­‐   Proteção   dos   Direitos   Sexuais   e   Reprodutivos   e   Implementação   do   Plano  Integrado  de  Enfrentamento  da  Feminização  da  AIDS  Eixo  3  -­‐  Combate  a  Exploração  Sexual  e  ao  Tráfico  de  Mulheres  Eixo  4  -­‐  Promoção  dos  Direitos  Humanos  das  Mulheres  em  Situação  de  Prisão  

Gestão:   A   articulação,   planejamento   e   monitoramento   é   realizada   pela   Câmara   Técnica  Federal,   coordenada   pela   SEPM.   Câmaras   Técnicas   Estaduais   e   Municipais   realizam   o  planejamento  e   acompanhamento  dos  projetos   e   convênios   realizados.   Repasse  de   recursos  via   convênio   para   Estados   e   Municípios,   para   utilização   em   projetos   (de   apoio   a   serviços,  campanha,  capacitação,  eventos  e  outros)  inscritos  nos  quatro  eixos  do  Pacto.  Alcance  Nacional:  Os   27   Estados   da   Federação   apresentaram  o  Projeto   Integral   Básico,   e   26  assinaram  o  pacto  (exceto  RS).  Entre  2007  e  2010  foram  repassados  para  Estados  e  Municípios  o  total  de  R$  90.495.887,26.  

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Alcance  na  RIDE:  Pernambuco:  aderiu  ao  Pacto  em:  02/9/2008.  Constituiu  Câmara  Técnica;  Apresentou  Projeto  Integral  Básico  e  Questionário  de  Monitoramento.  Municípios   Pólo:   Recife,   Vitória   de   Santo   Antão,   Caruaru,   Garanhuns,   Salgueiro,  Petrolina  Organismo   Estadual:   Secretaria   Especial   da   Mulher   do   Estado   de   Pernambuco/  Gabinete;  Representante:  Cristina  Maria  Buarque  Valor  SPM  repassado  de  2007  a  05/2010:  R$  7.364.978,54  Bahia:   aderiu   ao   Pacto   em:   30/6/2008.   Câmara   Técnica   em  processo   de   instituição;  Apresentou  Projeto  Integral  Básico  e  Questionário  de  Monitoramento.  Municípios   Pólo:   Irecê,   Bom   Jesus   da   Lapa,   Seabra,   Serrinha,   Valença,   Itapetinga,  Amargosa,   Juazeiro,   Barreiras,   Macaúbas,   Brumado,   Itaberaba,   Ipirá,   Jacobina,  Euclides   da   Cunha,   Feira   de   Santana,   Vitória   da   Conquista,   Cruz   das   Almas,   Jequié,  Santa  Maria  da  Vitória,  Paulo  Afonso,  Senhor  do  Bonfim  Organismo   Estadual:   Superintendência   de   Política   para   Mulheres/   Secretaria   de  Promoção  da  Igualdade;  Representante:  Valdecir  Pedreira  Nascimento  Valor  SPM  repassado  de  2007  a  05/2010:  R$  6.423.595,28  

 Rede  de  Enfrentamento  à  Violência  contra  a  Mulher  Descrição:   Articulação   de   um   conjunto   de   entidades   e   serviços   para   o   enfrentamento   à  violência   contra   as   mulheres,   visando   ao   desenvolvimento   de   estratégias   efetivas   de  prevenção;   e   de   políticas   que   garantam   o   empoderamento   das   mulheres   e   seus   direitos  humanos,   a   responsabilização   dos   agressores   e   a   assistência   qualificada   às   mulheres   em  situação  de  violência.  Gestão/Marco  Legal:  A  rede  de  enfretamento  é  composta  por:  agentes  governamentais  e  não-­‐governamentais   formuladores,   fiscalizadores   e   executores   de   políticas   voltadas   para   as  mulheres   (organismos   de   políticas   para   as   mulheres,   ONGs   feministas,   movimento   de  mulheres,  conselhos  dos  direitos  das  mulheres,  outros  conselhos  de  controle  social;  núcleos  de  enfretamento   ao   tráfico   de   mulheres,   etc.);   serviços/programas   voltados   para   a  responsabilização   dos   agressores;   universidades;   orgãos   federais,   estaduais   e   municipais  responsáveis   pela   garantia   de   direitos   (habitação,   educação,   trabalho,   seguridade   social,  cultura);   e   serviços   especializados   e   não-­‐especializados   de   atendimento   às   mulheres   em  situação   de   violência   (que   compõem   a   rede   de   atendimento   às   mulheres   em   situação   de  violência).No   site   da   SPM   constam   as   entidades   integrantes   da   Rede   de   Enfrentamento   por  estado  e  município.  Página:  Secretaria  de  Políticas  para  as  Mulheres:  http://www.sepm.gov.br    Central  de  Atendimento  à  Mulher  -­‐  Ligue  180  Descrição:   serviço   nacional   e   gratuito   ofertado   pela   SEPM   com   o   objetivo   de   receber  denúncias   ou   relatos   de   violência,   reclamações   sobre   os   serviços   da   rede   e   de   orientar   as  mulheres   sobre  seus  direitos  e   sobre  a   legislação  vigente,  encaminhando-­‐as  para  os   serviços  quando  necessário.  Constitui  uma  importante  porta  de  entrada  na  rede  de  atendimento  para  as   mulheres   em   situação   de   violência,   e   permite   o   levantamento   de   informações   que  subsidiam  o  desenho  da  política  de  enfrentamento  da  violência  e  para  o  monitoramento  dos  serviços  que  integram  a  rede  em  todo  o  país.  Alcance   nacional:   Entre   abril   de   2006   a   dezembro   de   2009,   o   serviço   registrou   923.878  atendimentos,   revelando   um   aumento   de   1.890%   entre   o   número   de   atendimentos   do  primeiro  ano  e  o  total  ao  final  de  2009.  Fatores  como  a  Lei  Maria  da  Penha,  o  Pacto  Nacional  pelo  Enfrentamento  à  Violência  Doméstica  e  Familiar  contra  a  Mulher,  melhorias  tecnológicas  e   capacitação   de   atendentes   contribuíram   para   esse   crescimento.   Dos   98.326   relatos   de  violência   registrados   entre   2006   e   2009,   os   agressores   são,   na   sua   maioria,   os   próprios  

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companheiros.  Do   total,   61,2%   foram  de  violência   física  e  27,5%  de  violência  psicológica.  As  denúncias   foram:   93%   feitas   pela   própria   vítima;   74%   das   vítimas   sofrem   crimes   de   lesão  corporal   leve   e   ameaça;   43%   dos   agressores   são   os   cônjuges   das   vítimas;   33%   das   vítimas  apresentam  tempo  de  relação  com  o  agressor  superior  a  10  anos;  70%  das  vítimas  sofrem  as  agressões  diariamente;  36%  das  vítimas  se  percebem  em  risco  de  morte    Alcance  Nacional  e  na  RIDE:  

Tabela  65:  Nº  de  atendimentos  por  unidade  da  federação,  2006-­‐2009     No  ABS   POP  FEMININA   ATEND/50.000  

MULHERES  Bahia   17.782   6.975.000   127,5  Pernambuco   8.052   4.330.000   93,0  Brasil   269.977   94.538.000   142,8  Fonte:  www.sepm.gov.br  

 Política  Nacional  de  Enfrentamento  do  Tráfico  de  Pessoas  Descrição:  A  política   foi   lançada  em  2006  e   inclui  a  assinatura  de  um  protocolo  de   intenções  com   o   International   Centre   for  Migration   Policy   Development   –   ICMPD,   e   a   organização   de  Rede  de  Enfrentamento  ao  Tráfico  de  Pessoas,   composta  por  Núcleos  de  Enfrentamento  em  parceria   com   governos   estaduais,   de   referência   para   o   enfrentamento   e   o   atendimento   às  vítimas.  Atualmente   são  8  núcleos  em   funcionamento,   incluindo  nas   capitais  dos  estados  da  Bahia  e  Pernambuco.  Marco  Legal  /  Gestão:  A  política  nacional  é  coordenada  pela  Secretaria  Nacional  de  Justiça  do  Ministério  da  Justiça,  da  Secretaria  de  Direitos  Humanos  (SDH)  e  da  Secretaria  de  Políticas  para  as  Mulheres  (SPM),  ambas  da  Presidência  da  República.  Foi  aprovada  no  Decreto  nº  5.948,  de  26   de   outubro   de   2006.   A   Portaria   nº   749,   de   2010,   do  MJ   cria   o   Grupo   de   Trabalho   para  coordenação  do  processo  de  elaboração  do  II  Plano  Nacional  de  Enfrentamento  ao  Tráfico  de  Pessoas.  Página:  http://portal.mj.gov.br    Programa  Nacional  de  Fortalecimento  da  Agricultura  Familiar  –  Pronaf  –  Mulher  e  Programa  de  Aquisição  de  Alimentos  Descrição:  Linha  de  crédito  de  investimento  específica  para  mulheres  no  âmbito  do  Programa  Pronaf   (apresentado   no   ODM   1),   para   atendimento   de   propostas   de   crédito   de   mulher  agricultora,   conforme   projeto   técnico   ou   proposta   simplificada.   Promove   também   a  capacitação  de  trabalhadoras  rurais,  gestoras  e  agentes  financeiros.  

Tabela  66:  Faixas  de  Crédito,  Pronaf  2010  Linhas  e  Grupos   Faixa  I   Faixa  II   Faixa  III  Pronaf  Mulher,  ECO  e  Agroecologia  

Até  R$10mil  Juros:  1%a.a.  

Mais  de  R$10mil  até  R$20mil  Juros:  2%a.a.  

Mais  de  R$20mil  até  50mil  Juros  4%a.a.  

Fonte:  Plano  Safra  Agricultura  Familiar  2010-­‐2011,  MDA,  2010.  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Ministério  do  Desenvolvimento  Agrário  (ver  Pronaf  no  ODM1)  Alcance  Nacional:  Hoje,  as  mulheres  constam  em  45%  dos  cadastros  da  agricultura  familiar  no  Brasil.  No  universo  de  beneficiários  do  PAA,  elas  são  28%  e  no  Pronaf,  25%.  A  linha  de  crédito  Pronaf  Mulher  celebrou  mais  de  35  mil  contratos  e  investiu  mais  de  R$  247  milhões.  Página:  http://portal.mda.gov.br/portal/saf/programas/pronaf  

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Programa   de   Organização   Produtiva   das   Mulheres   Rurais   –   POPMR   e   Rede   Assistência  Técnica  e  Extensão  Rural  (ATER)  para  as  Mulheres  Descrição:  Criado  em  2007  pelo  Ministério  do  Desenvolvimento  Agrário  –  MDA,  o  POPMR  tem  como   objetivo   fortalecer   processos   de   produção,   gestão   e   comercialização   baseados   nos  princípios  da  economia  solidária  e  feminista.  Promove  também  a  comercialização  de  produtos  das  mulheres  por  meio  de  Feiras  Territoriais,   regionais  e  estaduais  da  Economia  Feminista  e  Solidária  envolvendo  296  grupos  de  mulheres  com   investimento  superior  a  R$  2  milhões.  Na  Rede  ATER  são  realizadas  chamadas  públicas  específicas  para  mulheres.  As   políticas   desenvolvidas   pelo   MDA   também   ampliaram   os   direitos   das   mulheres   à   terra  através   da   titulação   conjunta   obrigatória,   que   estabelece   homens   e   mulheres   como  beneficiários  do  Programa  Nacional  de  Reforma  Agrária,   independente  de  sua  condição  civil.  Desde   2003,   mais   de   230   mil   mulheres   conquistaram   o   direito   a   terra   através   da   titulação  conjunta  obrigatória.  E  as  mulheres  chefes  de  família  se  constituíram  como  público  prioritário  na  seleção  de  beneficiárias  e  beneficiários  da  reforma  agrária.  A   meta   é   construir   uma   rede   nacional   de   mulheres   qualificadas   para   a   colaboração   no  fortalecimento  das  organizações  produtivas  de  agricultoras  familiares,  assentadas  na  reforma  agraria,   agroextrativistas,   pescadoras   artesanais,   aquicultoras   familiares,   indígenas   e  quilombolas.   A   maior   parte   reside   em   municípios   atendidos   pelo   Programa   Territórios   da  Cidadania.  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Ministério  do  Desenvolvimento  Agrário.  Alcance  Nacional:  O   Programa   já   beneficiou  mais   de   79  mil  mulheres   em   aproximadamente  500  municípios  de  todo  o  Brasil,  com  investimentos  equivalentes  a  R$  23  milhões.Através  da  ATER/Mulheres   já   foram   beneficiadas   mais   de   50   mil   mulheres   em   19   estados,   com  investimento  superior  a  R$  11  milhões.  Na  Rede  ATER,  em  2009  foram  viabilizados  41  projetos,  beneficiando  28mil  mulheres,  em  13  estados,  totalizando  investimento  de  R$4  milhões.  Alcance  na  RIDE:  

Tabela  67:  Projetos  de  Organização  Produtiva  para  Mulheres  Apoiados  em  2010  Território  da  Cidadania   Nº  de  Projetos  Sertão  do  São  Francisco  -­‐  PE   4  Sertão  do  São  Francisco  -­‐  BA   1  

Fonte:  www.territoriosdacidadania.gov.br    Programa  Nacional  de  Documentação  da  Trabalhadora  Rural  (PNDTR)  Descrição:  Promove  o  acesso  das  mulheres  que  vivem  no  meio  rural  a  políticas  públicas  como  o  Pronaf  e  o  Bolsa  Família  através  da  emissão  gratuita  de  documentação,  em  unidade  móvel,  com   entrega   imediata.   Carteira   de   Identidade,   Cadastro   de   Pessoa   Física   (CPF),   Carteira   de  Trabalho  e  Registro  de  Nascimento,  acesso  aos  direitos  trabalhistas  e  previdenciários.  Alcance  Nacional:  Desde   2004,  foram   realizados   2.917  mutirões   de   documentação   em  3.148  municípios  brasileiros,  com  a  emissão  de  mais  de  1,5  milhão  de  documentos  para  mais  de  729  mil  mulheres  do  meio  rural.  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Ministério  do  Desenvolvimento  Agrário.  Alcance  na  RIDE:      

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Tabela  68:  Mutirões  realizados  nos  Territórios  da  Cidadania  no  ano  de  2010  Território  da  Cidadania   Número  de  Mutirões  

realizados  Documentos  emitidos  

Município  

Sertão  do  São  Francisco  -­‐  PE   30   14.560   Dormentes  Sertão  do  São  Francisco  -­‐  BA   19   15.502   Juazeiro  Fonte:  http://www.territoriosdacidadania.gov.br  

Incentivo  à  formalização  do  Emprego  Doméstico  Descrição:   promulgação   de   leis   que   ampliam   os   direitos   trabalhistas   para   as   trabalhadoras  domésticas.   Incentiva   a   formalização   do   vínculo   empregatício,   permitindo   a   dedução   no  imposto  de  renda  patronal  da  paga  à  previdência  social.  Garante  o  direito  à   férias  e   feriados  remunerados,   e   proíbe   descontos   no   pagamento   de   recursos   de   necessidades   pessoais  utilizados  em  ambiente  de  trabalho.  Gestão/Marco  Legal:  Lei  nº11.324/2006.   Ampliação  da  Licença-­‐Maternidade  Descrição:   Institui  o  Programa  Empresa  Cidadã,  para  ampliação  da   licença-­‐maternidade  de  4  para  6  meses.  Já  adotado  no  governo  federal,  diversos  estados  e  municípios.  No  setor  privado  concede  incentivo  fiscal  para  os  dois  meses  extras.  Gestão/Marco  Legal:  Lei  nº11.770/2008.   Programa  Nacional  Trabalho  e  Empreendedorismo  da  Mulher  Descrição:   Tem   como   objetivo   estimular   o   empreendedorismo   feminino,   com   apoio   às  mulheres  na  criação  e  no  desenvolvimento  de  seus  próprios  negócios.  Visa  identificar  e  atuar  nos   espaços   de   oferta   de   ocupação   nos  mercados   formal   e   informal   de  mão-­‐de-­‐obra   local.  Voltado   para   mulheres   empreendedoras   que   possam   tanto   criar   novos   negócios   como  desenvolver   os   existentes   emulheres   pobres,   em   situação   de   vulnerabilidade   de   risco   social  por  renda.  Gestão/Marco  Legal:  iniciativa  da  SEPM,  em  parceria  com  os  Governos  Estaduais,  Governo  do  Distrito  Federal  e  Serviço  Brasileiro  de  Apoio  às  Micro  e  Pequenas  Empresas,  coordenada  pelo  Instituto  Brasileiro  de  Administração  Municipal  –  IBAM.  Alcance  Nacional:  Atualmente  atua  nos  estados  de  DF,  PA,  PE,  RJ,  SC.  Em  Pernambuco  atua  na  Região  Metropolina  de  Recife,  considerando  a  maior  taxa  de  urbanização,  violência  urbana  e  violência  contra  a  mulher.Até  2009  foram  atendidas  3.600  mulheres  nos  5  estados.  Página:  http://www.pntem.org.br    Programa  Mulheres  Construindo  Autonomia  na  Construção  Civil  Descrição:   O   Programa   Mulheres   Construindo   Autonomia   na   Construção   Civil   tem   como  objetivo   a   promoção   da   autonomia   econômica   e   financeira   das   mulheres   por   meio   da  assistência   técnica,   do   acesso   ao   crédito   e   ao   apoio   ao   empreendedorismo,   associativismo,  cooperativismo   e   comércio.   A   prioridade   é   o   atendimento   de  mulheres   pobres,   com   baixa-­‐renda,  pouca  escolaridade,  em  situação  de  risco  social  e  vulneráveis  à  violência  doméstica.  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Secretaria  Especial  para  as  Mulheres  -­‐  SEPM  Alcance   Nacional:   Foram   identificados   12   municípios   prioritários   para   atendimento   nos  estados  de:  RJ,  SP,  RS,  BA,  CE,  MT  e  AC.    

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Programa  Trabalho,  Artesanato,  Turismo  e  Autonomia  das  Mulheres  Descrição:  O  Programa  busca  o   fortalecimento  das  políticas  públicas  de   incentivo  ao  turismo  local,  por  meio  da  formulação  de  estratégias  para  o  setor  produtivo  artesanal  que  garantam  a  autonomia  econômica  e  o  papel  protagonista  de  mulheres  artesãs,  no  mercado  de  trabalho,  na  perspectiva  da   igualdade  de  gênero,  da   identidade  cultural   regional  e  da  preservação  sócio   -­‐  ambiental.O  Programa  tem  como  prioridade  atender  mulheres  rurais  e   indígenas,  com  baixa-­‐renda,  pouca  escolaridade,  em  situação  de  risco  social  e  vulneráveis  à  violência  doméstica.  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Secretaria  Especial  para  as  Mulheres  -­‐  SEPM  Alcance  Nacional:  Implementado  inicialmente  nos  estados  de  TO,  RJ,  BA,  RS,  MS.   Programa  Pró-­‐Equidade  de  Gênero  Descrição:  Tem  como  objetivo  promover  a  igualdade  de  oportunidades  e  de  tratamento  entre  homens   e   mulheres,   e   de   raça   em   empresas   e   organizações   públicas,   por   meio   do  desenvolvimento   de   novas   concepções   de   gestão   de   pessoas   e   cultura   organizacional.   As  instituições   apresentam   um   programa   de   12   meses,   e   recebem   o     Selo   Pró-­‐Equidade   de  Gênero  e  Raça  ao  realizar  70%  das  ações  pactuadas  com  desempenho  satisfatório.  Gestão/Marco   Legal:   órgão   responsável:   Secretaria   Especial   para   as   Mulheres   –   SEPM,   em  parceria  com  a  Organização  Internacional  do  Trabalho  –  OIT  e  o  Unifem  Alcance  Nacional:  Em  suas  primeira  edições  cadastrou  54  empresas,  sendo  34  premiadas.  Na  terceira  edição  teve  84  organizações  cadastradas  (premiação  ainda  não  realizada).    Programa  Gênero  e  Diversidade  na  Escola  /  Rede  Educação  para  a  diversidade  Descrição:  Destinado  a  capacitar  professores  de  5ª  a  8ª   série  do  ensino  público,  o  programa  auxilia,  a  distância  através  de  curso  de  formação  e  orientação  aos  professores,  o  atendimento  à  diversidade  em  sala  de  aula,  para  combater  atitudes  e  comportamentos  preconceituosos  em  relação  a  gênero,  raça  e  às  diversas  orientações  sexuais.  Gestão:   Seleção   de   instituições   e   cursos   por   meio   de   editais   públicos   da   Secretaria   de  Educação  Continuada,  Alfabetização  e  Diversidade  do  MEC.  Alcance   nacional:   O   Governo   já   capacitou   15   mil   profissionais,   firmou   convênios   com   20  universidades  federais  e  estaduais.  Página:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12322&Itemid=817    Programa  Mulher  e  Ciência  Descrição:   Tem   como   objetivo   estimular   a   produção   científica   e   a   reflexão   crítica   das  desigualdades   existentes   entre   homens   e   mulheres.   São   componentes   do   programa:   (1)  Prêmio   Construindo   a   Igualdade   de   Gênero,   realizado   anualmente   para   redações   do   ensino  médio  e  artigos  científicos  para  o  ensino  superior  e  pós-­‐graduação;   (2)  Edital  de  Pesquisa  do  CNPq  para  estudos  de  Gênero;   (3)  Realização  de  Encontro  Nacional  de  Núcleos  e  Grupos  de  Pesquisa  na  área  dos  estudos  de  gênero,  mulheres  e  feminismos.  Gestão/Marco  Legal:  parceria  entre  Secretaria  Especial  para  as  Mulheres,  Ministério  da  Ciência  e   Tecnologia,   Conselho   Nacional   de   Desenvolvimento   Científico   e   Tecnológico   –   CNPq,   e  Ministério  da  Educação.  

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Alcance  Nacional:  Prêmio:  entre  2007  e  2009  foram  inscritos  7.066  trabalhos,  com  aumento  de  148%  no  período;  O  Edital  já  aprovou  173  projetos  em  suas  2  edições,  distribuídos  em  todas  as  regiões  do  país;  Já  foram  realizados  2  encontros,  reunindo  cerca  de  150  núcleos  e  grupos.      

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Objetivo  04  –  Reduzir  a  mortalidade  na  infância  

 Meta  4A  –  Indicador  4.1:  Taxa  de  mortalidade  de  crianças  menores  de  5  anos  de  idade  a  cada  mil  nascidos  vivos.  

Tabela  69:  Taxa  de  mortalidade  de  crianças  menores  de  5  anos  de  idade  a  cada  mil  nascidos  vivos,  1998-­‐2008  

  Municípios   1998   2000   2002   2004   2006   2008  PE   Petrolina   24,0   36,0   32,3   33,0   29,2   23,9  PE   Orocó   61,3   42,7   35,3   29,6   29,5   7,4  PE   Lagoa  Grande   36,0   31,0   53,1   35,5   32,3   25,8  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   29,1   31,2   17,4   22,6   15,9   18,2  BA   Juazeiro   17,9   35,3   34,4   27,4   27,1   25,8  BA   Casa  Nova   -­‐-­‐   34,4   27,5   42,3   31,1   27,3  BA   Sobradinho   -­‐-­‐   32,8   17,34   33,6   24,2   28,1  BA   Curaça   12,2   29,2   17,4   22,4   27,8   25,5  

Fonte: Portal ODM. Fonte de Dados: Ministério da Saúde - DATASUS

Conforme   observado   no   diagnóstico   nacional   dos   ODM,   a   região   Nordeste   é   a   que  apresenta  as  maiores  taxas  nacionais.  Os  municípios  da  RIDE  e  geral  taxas  superiores  a  20,0  a  cada  mil  nascidos  vivos,  enquanto  a  meta  nacional   foi  estabelecida  em  17,9.  O  município  de  Santa  Maria  da  Boa  Vista  apresenta  a  menor  taxa  da  RIDE,  18,2  a  cada  mil  nascidos  vivos.  O  município   de   Orocó   apresentou   para   o   ano   de   2008   um   índice   muito   inferior   aos   anos  anteriores,  o  que  parece  indicar  certa  inconsistência  do  dado  para  esse  ano.  

Meta  4A  –  Indicador  4.3:  Proporção  de  crianças  menores  de  1  ano  com  a  vacinação  em  dia  

Tabela  70:  Proporção  de  crianças  menores  de  1  ano  com  a  vacinação  em  dia,  2000  e  2010     Municípios   2000   2010  PE   Petrolina   81,8   94,2  PE   Orocó   82,6   98,1  PE   Lagoa  Grande   82,6   99,2  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   48,6   94,5  BA   Juazeiro   41,2   92,8  BA   Casa  Nova   35,2   94,8  BA   Sobradinho   85,1   93,3  BA   Curaça   60,5   87,  9  Fonte: Portal ODM. Fonte dos dados: DATASUS/ Ministério da Saúde

A   cobertura   vacinal   no   Brasil   ampliou-­‐se   consideravelmente   na   última   década   e  observa-­‐se   uma  boa   cobertura,   em  2010,   entre   as   crianças  menores   de   1   ano   de   idade   nos  municípios   da   RIDE.   Destaca-­‐se   o   caso   de   Curaça,   como   o   único   município   da   RIDE   a   não  alcançar  90%  de  cobertura  dessa  população.  

Os  municípios  de  Santa  Maria  da  Boa  Vista,  Casa  Nova  e  Juazeiro  possuíam  cobertura  muito   ruim   em   2000   e   superaram   o   patamar   de   90%   das   crianças   menores   de   1   ano   com  vacinação  em  dia.    

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Principais  Programas  e  Políticas  para  reduzir  a  mortalidade  na  infância  

A  Constituição  Federal  de  1988  estabelece  que  é  dever  do  Estado  garantir  saúde  a  toda  a   população,   e   cria   o   Sistema   Único   da   Saúde   -­‐   SUS.   O   funcionamento   do   Sistema   é  estabelecido  na  Lei  Orgânica  da  Saúde,  de  1990.  

O  SUS  é  dos  maiores  sistemas  públicos  do  mundo  e  garante  acesso  integral,  universal  e  gratuito  para  toda  a  população.  O  Governo  Federal  é  o  principal  financiador  da  saúde  no  país  e  é   responsável   por   metade   dos   investimentos,   a   outra   metade   é   realizada   pelos   estados   e  municípios.   O   Governo   Federal   é   o   órgão   formulador   das   políticas   para   a   saúde,   mas   não  realiza   ações   diretamente.   É   também   atribuição   do   governo   federal   o   planejamento,  normatização,  avaliação  e  controle  do  SUS.  

A  gestão  dos  serviços  de  saúde,  desde  2006  com  a  assinatura  do  Pacto  pela  Saúde,    é  do  município,  podendo   ser   compartilhada   com  municípios  de   sua   região,  por  meio  de  pacto  envolvendo  municípios  e  o  governo  estadual.  

O  SUS  estabelece  que   todos  os  estados  e  municípios  devem  ter   conselhos  de   saúde,  composto  por   representantes  dos  usuários,   prestadores  de   serviços,   gestores   e  profissionais  da  área.  

O   SUS   é   composto   por   unidades   de   atenção   básica   –   postos   e   centros   de   saúde,  unidades  Saúde  da  Família,  entre  outros;  e  serviços  de  maior  complexidade  (hospitais  e  clínicas  especializadas).  Não  há  uma  hierarquia  pré-­‐estabelecida  entre  os  entes  federativos,  mas  estas  são  pactuadas  a  partir  de  Conselhos  e  Comissões  Tripartides.  

Os   recursos   federais   são   repassados   para   os  municípios   a   partir   de   cinco   blocos   de  financiamento,  facilitando  a  relação  com  o  município  no  atendimento  à  demanda:  1  –  Atenção  Básica;  2  –  Atenção  de  Média  e  Alta  Complexidade;  3  –  Vigilância  em  Saúde;  4  –  Assistência  Farmacêutica;  e  5  –  Gestão  do  SUS.  

Os   recursos   para   a   saúde   são   garantidos   pela   Constituição   Federal.   A   Emenda  Constitucional  nº29  estabelece  que  o   investimento  do  Governo  Federal  deve  ser   igual  ao  do  ano   anterior,   corrigido   pela   variação   nominal   do   Produto   Interno   Bruto   (PIB);   Os   estados  devem  garantir  12%  de  suas  receitas,  e  os  municípios  pelo  menos  15%.  

 Estratégia  Saúde  da  Família  –  ESF  Descrição:   Iniciado   em   1994,   apresentou   um   crescimento   expressivo   nos   últimos   anos.   A  velocidade   de   expansão   da   Saúde   da   Família   comprova   a   adesão   de   gestores   estaduais   e  municipais   aos   seus   princípios.   A   Saúde   da   Família   é   entendida   como   uma   estratégia   de  reorientação   do   modelo   assistencial,   operacionalizada   mediante   a   implantação   de   equipes  multiprofissionais   em   unidades   básicas   de   saúde.   Estas   equipes   são   responsáveis   pelo  acompanhamento   de   um   número   definido   de   famílias,   localizadas   em   uma   área   geográfica  delimitada.   As   equipes   atuam   com   ações   de   promoção   da   saúde,   prevenção,   recuperação,  reabilitação   de   doenças   e   agravos   mais   frequentes,   e   na   manutenção   da   saúde   desta  comunidade  (Fonte:  http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php#saudedafamilia).  

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O  Piso  de  Atenção  Básica   (PAB)  consiste  em  recursos   financeiros  destinados  a   investimentos  de  procedimentos  e  ações  de  assistência  básica,  tipicamente  municipal.  É  distribuído  um  valor  de  R$  10  a  R$  18  por  habitante  do  município.  As   ações   financiadas   com  esses   recursos   são:  consultas  médicas  em  especialidades  básicas;  atendimento  odontológico  básico;  atendimentos  básicos   por   outros   profissionais   de   nível   superior   e   nível   médio;   visita   e   atendimento  ambulatorial   e   domiciliar   do   Programa   de   Saúde   da   Família   (PSF);   vacinação;   atividades  educativas  a  grupos  da  comunidade;  assistência  pré-­‐natal  e  ao  parto  domiciliar;  atividades  de  planejamento   familiar;   pequenas   cirurgias;   atividades   dos   agentes   comunitários   de   saúde;  pronto  atendimento  em  unidade  básica  de  saúde  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Ministério  da  Saúde.  Transferência  de  recursos  para  estados  e  município.  Alcance  Nacional:  A  Estratégia  Saúde  da  Família  teve  um  aumento  de  cerca  de  10  milhões  no  que  se  refere  à  população  coberta  entre  2006  e  2009.  A  tabela  a  seguir  apresenta  os  números  do  Saúde  da  Família  em  2009:  

Tabela  71:  Unidades  e  Cobertura  da  Estratégia  Saúde  da  Família  

 

Nº  implantado   População   coberta  (milhar)  

População   coberta  (%)  

Agentes  comunitários  de  saúde  

234.767   115.426   61  

Equipes  de  saúde  da  família   30.298   96.141   51  

Equipes  de  saúde  bucal   18.892   91.352   48  Fonte:  IPEA,  2010.  Fonte  dos  dados:  Departamento  de  Atenção  Básica,  Ministério  da  Saúde.  

Alcance  na  RIDE:  Tabela  72.  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2005.  

 

0589   -­‐   Incentivo   Financeiro   a  Municípios  habilitados  à  Parte  Variável  do  Piso  de  Atenção  Básica  -­‐  PAB  para  a  Saúde  da  Família  

0442   -­‐   Incentivo   Financeiro   para   a  Expansão   e   a   Consolidação   da  Estratégia   de   Saúde   da   Família   nos  Municípios   com   População   Superior   a  100  mil  Habitantes  

Petrolina   3.424.276,00   29.400,00  Orocó   257.536,00   -­‐-­‐  Lagoa  Grande   491.080,00   -­‐-­‐  Santa  Maria   405.996,00   -­‐-­‐  Juazeiro   -­‐-­‐   -­‐-­‐  Casa  Nova   293.260,00   -­‐-­‐  Sobradinho   194.990,00   -­‐-­‐  Curaça   332.012,00   -­‐-­‐  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

Tabela  73.  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2010.  

 

20AD  -­‐  Piso  de  Atenção  Básica  Variável  -­‐  Saúde  da  Família    

8573   -­‐   Expansão   e   Consolidação   da  Estratégia  de  Saúde  da  Família    

Petrolina   9.148.755,00   83.938,00  Orocó   562.127,50   –  Lagoa  Grande   1.246.080,00   –  Santa  Maria   1.774.917,00   –  Juazeiro   9.814.985,00   –  

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Casa  Nova   1.621.731,00   –  Sobradinho   1.218.902,00   –  Curaça   1.219.376,00   –  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

É  possível  observar  que  as  transferências  praticamente  triplicaram  para  quase  todos  os  municípios   da   RIDE,   com   exceção   de   Orocó   que   teve   um   aumento   menor   no   volume   das  transferências,  certamente  por  não  ser  o  município  menos  populoso.  Os  recursos  do  ESF  tem  como   unidade   de   medida   o   quantitativo   de   equipes   de   saúde   da   família.   Porém,   não   foi  possível  obter  o  número  de  equipes  existente  por  município.  

A  expansão  e  Consolidação  da  ESF  visa  ampliar  o  acesso  aos  serviços  de  saúde  para  as  populações  dos  grandes  municípios,  por  meio  da  expansão  do  Programa  de  Saúde  da  Família  e  da  organização  dos  diferentes  níveis  de  complexidade  em  redes   integradas  de  atenção,  além  disso  promoções  de  monitoramento  e  avaliação  .  Tal  recurso  é  recebido  apenas  por  Petrolina,  município  de  maior  população  da  RIDE.  

Políticas  e  Ações  Voltadas  para  a  Atenção  à  Saúde  da  Criança  Gestão/  Marco  Legal:  Com  a  extinção  em  1999  do  Programa  de  Assistência  Integral  à  Saúde  da  Criança   (PAISC),   foi   criada   a   Área   Técnica   de   Saúde   da   Criança   e   Aleitamento   Materno   no  âmbito  organizacional  do  MS.  Descrição:   Os   objetivos   da   Área   Técnica   de   Saúde   da   Criança   e   Aleitamento   Materno   são:  Elaborar  as  diretrizes  políticas  e  técnicas  para  a  atenção  integral  à  saúde  da  criança  de  zero  a  nove   anos   e   apoiar   a   sua   implementação   nos   estados   e   municípios.   As   linhas   de   ação  prioritárias  são:  distribuição  da  caderneta  de  Saúde  da  Criança  a  todas  as  crianças  nascidas  no  território   nacional;   articulação   da   rede   de   unidades   neonatais   e   maternidades   públicas  secundárias   e   terciárias   localizadas   nos   estados   do   Norte   e   Nordeste;   estímulo   à  implementação   do   Método   Canguru   (humanização   da   assistência   neonatal   baseada   no  acolhimento   ao   bebê   e   sua   família);   capacitação   de   pediatras   em   reanimação   neonatal   e  formação   de   70   multiplicadores   em   atenção   integrada   às   doenças   prevalentes   na   infância  neonatal   e   no   Nordeste   e   Amazônia   Legal;   capacitação   de   tutores   estaduais   para  fortalecimento   da   Rede   Amamenta   Brasil;   capacitação   de   profissionais,   credenciamento   de  novos   avaliadores   e   cursos   de   sensibilização   para   gestores   de   hospitais   do   Nordeste   e  Amazônia   Legal   para   fomento   à   iniciativa   Hospital   Amigo   da   Criança;   manutenção   da   Rede  Brasileira  de  Bancos  de  Leite  Humano;  monitoramento  das  taxas  de  aleitamento  materno.  Alcance  na  RIDE:  De  certa  maneira,  os  municípios  da  RIDE  são  favorecidos  pelas  capacitações  e  articulação   da   rede   de   unidades   neonatais   e  maternidades   públicas   secundárias   e   terciárias  nos   estados  do  Norte   e  Nordeste.   Porém,  não   foi   possível   obter   números  desagregados  por  municípios   nas   linhas   de   ação   prioritárias   dessas   políticas.   Há   no   âmbito   do   Ministério   da  Saúde  a  ação  6176  que  tem  por  finalidade  a  “Implementação  de  Políticas  de  Atenção  à  Saúde  da  Criança  e  Aleitamento  Materno”,  porém,  para  os  períodos  analisados  neste  relatório,  não  foram  encontradas  transferências  dessa  ação  para  os  municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐  Juazeiro.    Vigilância  da  Mortalidade  Infantil  e  Fetal  Descrição:  A  portaria  estabelece  a  obrigatoriedade  da  vigilância  dos  óbitos  feita  pelos  estados  e   municípios   e   exige   maior   detalhamento   durante   a   investigação   das   mortes   de   bebês.   Os  

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objetivos   são   aprimorar   a   coleta   e   avaliação  das   informações  que   subsidiam  a   formulação  e  implementação   de   ações   de   saúde   pública   para   evitar   que   mulheres   percam   seus   filhos  durante  o  parto  ou  antes  que  completem  um  ano  de  vida.  Outra  novidade  é  o  estabelecimento  de  prazos  para  informar  o  óbito  infantil  ou  fetal,  realizar  a  investigação  e  informar  ao  Ministério  da  Saúde.  De  acordo  com  a  nova  portaria,  o  serviço  ou  profissional  de  saúde  deve   informar  o  óbito   infantil  ou  fetal  à  Secretaria  Municipal  de  Saúde  em  até  48  horas,  a  contar  da  data  da  ocorrência  da  morte.  De  acordo  com  a  portaria,  o  prazo  para  os  responsáveis  pela  vigilância  de  óbitos  ou  a  Secretaria  Municipal  de  Saúde  alimentar  o  módulo  de  investigação  de  mortes  infantil  e  fetal  do  Sistema  de  Informações  de  Mortalidade  (SIM)  é  de,  no  máximo,  7  dias.  Os  municípios  que  não  dispõem  de  infraestrutura  para  inserir  os  dados  no  SIM  devem  enviar  as  informações  para  a  Secretaria  de  Estado  da  Saúde,  que  tem  30  dias  para  registrar  o  óbito  no  SIM.  Gestão/  Marco   Legal:   órgão   responsável:  Ministério   da   Saúde.   Portaria   nº   72,   no   dia   11   de  janeiro  de  2010  amplia  a  investigação  de  óbitos  fetais  e  de  crianças  com  menos  de  um  ano  de  idade,  em  todas  as  unidades  públicas  e  privadas  vinculadas  ao  Sistema  Único  de  Saúde  (SUS).    Programa  Nacional  de  Imunizações  -­‐  PNI  Gestão/  Marco   Legal:   O   Programa   foi   formulado   em   1973,   a   partir   de   uma   proposta   básica  elaborada   por   técnicos   do   Departamento   Nacional   de   Profilaxia   e   Controle   de   Doenças  (Ministério   da   Saúde   e   da   Central   de   Medicamentos   CEME   -­‐   Presidência   da   República)   e  renomados  sanitaristas  e  infectologistas.    Descrição:   O   Programa   Nacional   de   Imunizações   (PNI)   visa   contribuir   para   o   controle   ou  erradicação   das   doenças   infecto-­‐contagiosas   e   imunopreviníveis,   tais   como   a   poliomielite  (paralisia   infantil),   sarampo,   difteria,   tétano,   coqueluche,   tuberculose   e   outras,   mediante   a  imunização  sistemática  da  população.    O  PNI  é  parte  integrante  do  Programa  da  Organização  Mundial  de  Saúde,  com  o  apoio  técnico,  operacional  e  financeiro  da  UNICEF  e  contribuições  do  Rotary  Internacional  e  do  Programa  das  Nações  Unidas  para  o  Desenvolvimento  (PNUD).    Essa   estratégia   permitiu,   também,   que     Brasil   não   registrasse   qualquer   caso   de   poliomielite  desde   junho   de   1989   e   recebesse   da   Organização   Mundial   de   Saúde   (OMS),   em   1994,   o  Certificado  de  Erradicação  da  Poliomielite.  

Tabela  74.  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE,  2005.  

 

0829   -­‐   Incentivo   Financeiro   aos   Estados,  Distrito  Federal  e  Municípios  certificados  para  a  Epidemiologia  e  Controle  de  Doenças   Recurso  por  habitante  

Petrolina   668.416,97   2,6        Orocó   23.988,24   1,1        Lagoa  Grande   45.516,38   1,2        Santa  Maria   88.309,84   7,4        Juazeiro   -­‐-­‐   -­‐-­‐  Casa  Nova   183.489,06   6,0        Sobradinho   45.607,86   0,8        Curaça   94.430,79   4,4        Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

   

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Tabela  75.  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro,  2010.  

 

20AL   -­‐   Incentivo   Financeiro   aos  Estados,   Distrito   Federal   e  Municípios   Certificados   para   a  Vigilância  em  Saúde    

Recurso   por  habitante   (atividade  20  AL)  

20BA   -­‐   Prevenção,  Preparação   e  Enfrentamento   para   a  Pandemia  de  Influenza    

Petrolina   1.101.432,04   3,7         79.606,06  Orocó   38.266,32   1,7         3.914,54  Lagoa  Grande   60.357,50   1,5         5.883,41  Santa  Maria   116.384,07   8,8         11.336,69  Juazeiro   932.355,00   4,7         62.150,33  Casa  Nova   260.788,08   8,1         16.295,09  Sobradinho   73.014,28   1,1         5.663,13  Curaça   126.066,41   5,7         8.465,22  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

A   atividade   20AL   faz   parte   do   Programa   1444   Vigilância,   Prevenção   e   Controle   de  Doenças  e  Agravos  e   tem  por  unidade  de  medida  a  população  coberta.  A  atividade  20BA  faz  parte   do   Programa   1470   Gestão   da   Política   Portuária   sob   responsabilidade   da   Secretaria  Especial  de  Portos  e  pode  ser   considerada  uma  atividade  extraordinária  diante  da  pandemia  que   ameaçou  o   país   naquele   ano.  Destacam-­‐se   os  municípios   de  Orocó   e   Lagoa  Grande   em  Pernambuco  e  Sobradinho  na  Bahia  por  apresentarem  recursos  relativamente  baixos  quando  comparados  aos  demais  municípios  da  RIDE,  sendo  que  Sobradinho,  em  2005,  recebia  menos  de  1  real  por  habitante,  valor  que  passou  a  1,1  em  2010.  

Os   municípios   de   Santa   Maria   da   Boa   Vista,   Casa   Nova   e   Juazeiro,   como   vimos,  possuíam  cobertura  muito  ruim  em  2000  e  superaram  o  patamar  de  90%  das  crianças  menores  de  1  ano  com  vacinação  em  dia,  em  2010.  Verifica-­‐se  que  os  dois  primeiros  municípios  foram  contemplados  com  as  maiores  transferências  GO  governo  federal  em  relação  aos  demais.    

Curaça  que  apresentou  a  pior  cobertura  em  2010  possui  um  volume  considerável  de  transferências   em   relação   aos   demais,   merecendo   maior   atenção   sobre   a   utilização   desses  recursos  no  âmbito  local.  

 Compromisso  para  Acelerar  a  Redução  das  Desigualdades  na  Região  Nordeste  e  na  Amazônia  Legal  –  Pacto  pela  Redução  da  Mortalidade  Infantil  Gestão/  Marco   Legal:   Em   2009,   foi   assumido   um   compromisso   para   acelerar   a   redução   das  desigualdades  na  região  Nordeste  e  na  Amazônia  Legal.  Um  dos  eixos  desse  compromisso  é  a  redução  da  mortalidade  infantil,  principalmente  do  componente  neonatal.  As  principais  causas  de  óbitos  infantis  evitáveis  estão  relacionadas  à  falta  de  atenção  adequada  ao  recém-­‐nascido  (31,5%),  à  gestação  (13,2%)  e  ao  parto  (10,8%).  Descrição:  As   linhas  de  ação  prioritárias,  as  quais  compõem  outras  estratégias  e  políticas  são  agrupadas  nos  seguintes  eixos:  Qualificação  da  atenção  ao  Pré-­‐Natal,  ao  Parto  e  ao  Recém-­‐Nascido  (Expansão  da  ESF,  implantação  do  Método  Canguru,  ampliação  de  leitos  de  unidades  de   terapia   intensiva   e   unidades   de   cuidados   intermediários   adequação   dos   hospitais   e  maternidades   aos   requisitos   do   parto   humanizado,   ampliação   do   SAMU   –   Serviço   de  Atendimento   Móvel   de   Urgência,   ampliação   da   rede   de   bancos   de   leite   humano   e  implantação  de  projeto-­‐piloto  de  qualificação  da  atenção  obstétrica  e  neonatal  e  da  atenção  

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ao   recém-­‐nascido  em  maternidades  do  Nordeste  e  da  Amazônia  Legal);  Educação  em  Saúde  (qualificação  de  profissionais);  Gestão  da  Informação  (aumento  da  cobertura  do  SIM  –  Sistema  de  Informações  sobre  Mortalidade  e  Sisnasc  –  Sistema  de  Informações  sobre  Nascidos  Vivos);  Vigilância   dos   Óbitos   Fetais,   Infantis   e   Maternos;   Fortalecimento   do   controle   Social,  Mobilização  Social  e  Comunicação  e  Produção  de  Conhecimento  e  Pesquisas.  Alcance  na  RIDE:  Tabela  76.  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro,  2010.  

 

8705  -­‐  Ampliação  das  Práticas  de  Gestão  Participativa,  de  Controle  Social  e  de  Educação  em  Saúde    

8761  -­‐  Serviço  de  Atendimento  Móvel  de  Urgência  -­‐  Samu  192    

Petrolina   38.440,17   1.061.500,00  Orocó   –   –  

Lagoa  Grande   –   –  

Santa  Maria   –   –  

Juazeiro   30.692,80   1.061.500,00  Casa  Nova   –   –  Sobradinho   –   –  Curaça   –   –  

Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

Apenas   Petrolina   e   Juazeiro,   os   dois  municípios   pólos   da   RIDE   recebem   recursos   em  ações  abrangidas  por  alguns  dos  eixos  do  Pacto  pela  Redução  da  Mortalidade  Infantil,  uma  vez  que  por  possuírem  instalações  de  maior  porte  e  serviços  mais  especializados  acabam  servindo  de  unidades  de  referência  de  atendimento  e  serviços  de  saúde  na  região.  Outras  ações,  como  aquelas  que  fazem  parte  da  Estratégia  Saúde  da  Família,  como  vimos  acima,  atendem  a  todos  os  municípios.  

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Objetivo  05  –  Melhorar  a  saúde  materna    Meta  5A  –  Reduzir  em  três  quartos,  entre  1990  e  2015,  a  taxa  de  mortalidade  materna  –Indicador  5.1:  Razão  de  mortalidade  materna  

Tabela  77:  Taxa  de  mortalidade  materna  (a  cada  100  mil  nascidos  vivos)     Municípios   2000   2002   2004   2006   2008  PE   Petrolina   105,8   90,7   59,4   37,2   131,8  PE   Orocó   355,9   392,2   0   369   0  PE   Lagoa  Grande   0   0   507,6   215,1   0  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   104,1   108,5   0   113,6   0  BA   Juazeiro   68,4   49,5   84,4   76,0   178,4  BA   Casa  Nova   90,5   76,5   79,8   0   255,8  BA   Sobradinho   385,4   217,9   0   242,1   0  BA   Curaça   0   0   0   0   0  Fonte:  Portal  ODM.  Dados:  Ministério  da  Saúde  /  DATASUS.  

A  média  nacional  da  Razão  de  mortalidade  materna  (por  100  mil  nascidos  vivos)  era  de  75   em   2007.   Dessa   maneira,   apenas   os   municípios   de   Juazeiro   e   Casa   Nova   é   que  apresentariam  taxas  próximas  à  média  nacional,  embora  as  taxas  para  o  ano  de  2008  tenham  sido   extremamente   altas,   evento   que   mereceria   uma   investigação   local.   Os   municípios   de  Orocó  e  Sobradinho  apresentaram  no  período  analisado  as  maiores  taxas.  

Meta  5B  -­‐  Alcançar,  até  2015,  o  acesso  universal  à  saúde  reprodutiva  Meta  5B-­‐BR  –  Promover,  na  Rede  do  Sistema  Único  de  Saúde  (SUS),  cobertura  universal  por  ações  de  saúde  sexual  e  reprodutiva  até  2015  –  Indicador  b:  Proporção  de  cobertura  por  consultas  pré-­‐natal    

Tabela  78:  Percentual  de  crianças  nascidas  vivas  por  número  de  consultas  pré-­‐natais     Municípios   nenhuma   7  ou  mais       2000   2009   2000   2009  PE   Petrolina   4,4   1,1   36,1   44,5  PE   Orocó   15,3   0,7   17,6   25,1  PE   Lagoa  Grande   7,8   1,2   31,8   46,9  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   5,2   0,9   39,6   52,9  BA   Juazeiro   3,4   1,7   28,0   40,9  BA   Casa  Nova   2,8   2,8   10,3   15,2  BA   Sobradinho   4,4   3,2   29,2   34,3  BA   Curaça   11,1   2,5   21,2   30,8  Fonte:  Portal  ODM.  Dados:  Ministério  da  Saúde  /  DATASUS.  

 Observa-­‐se   o   crescimento   do   percentual   de   crianças   vivas   com   7   ou  mais   consultas  

pré-­‐natais  entre  2000  e  2009.  Em  Santa  Maria  da  Boa  Vista  esse  percentual  ultrapassa  os  50%.  Porém  merece   atenção   os  Municípios   de  Orocó   e   Casa  Nova   por   apresentarem  os  menores  índices.   O  Município   de   Orocó   apresentou   boa   redução   do   percentual   de   crianças   nascidas  sem  nenhuma  consulta,  porém  Casa  Nova  manteve  o  mesmo  índice.  

 

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Meta  5C-­‐BR  –  Até  2015,  ter  detido  o  crescimento  da  mortalidade  por  câncer  de  mama  e  de  colo  de  útero,  invertendo  a  tendência  atual  

Indicador  d:  Taxa  de  mortalidade  de  mulheres  de  30  a  69  anos,  segundo  alguns  tipos  selecionados  de  neoplasias    

Tabela  79:  Coeficiente  de  mortalidade  por  neoplasia  maligna  da  mama  (por  100.000  mulheres)  UF   Municípios   2002   2003   2004   2005   2006   2007   2008  PE   Petrolina   5,9   3,3   10,5   8,5   12,0   13,2   9,2  PE   Orocó   0,0   0,0   0,0   18,4   0,0   0,0   0,0  PE   Lagoa  Grande   0,0   0,0   9,7   0,0   9,1   0,0   9,2  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   5,2   5,1   9,9   4,7   13,7   0,0   9,8  BA   Juazeiro   4,3   2,1   4,1   7,8   2,8   5,6   5,9  BA   Casa  Nova   3,5   0,0   3,4   6,7   0,0   0,0   0,0  BA   Sobradinho   0,0   0,0   9,2   9,2   9,2   27,8   9,1  BA   Curaça   0,0   6,8   0,0   0,0   25,8   6,4   6,0  

 

Tabela  80:  Coeficiente  de  mortalidade  por  neoplasia  maligna  do  colo  do  útero  (por  100.000  mulheres)  UF   Municípios   2002   2003   2004   2005   2006   2007   2008  PE   Petrolina   4,2   0,8   4,0   7,7   8,3   3,7   3,5  PE   Orocó   0,0   0,0   0,0   0,0   0,0   0,0   0,0  PE   Lagoa  Grande   10,1   9,9   9,7   0,0   9,1   0,0   0,0  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   5,2   0,0   4,9   4,7   9,2   0,0   0,0  BA   Juazeiro   7,5   5,2   1,0   1,9   4,7   6,5   6,7  BA   Casa  Nova   0,0   3,5   3,4   0,0   3,3   3,3   3,1  BA   Sobradinho   9,2   0,0   9,2   0,0   9,2   18,6   9,1  BA   Curaça   0,0   0,0   0,0   0,0   6,4   6,4   6,0  

 

Principais  Programas  e  Políticas  para  melhorar  a  saúde  materna  

A   ação   do   Governo   Federal   voltada   para   a   saúde   materna   está   incluida   na   Política  Nacional  de  Atenção  Integral  à  Saúde  da  Mulher  -­‐  PNAISM.  Desde  1983  o  Ministério  da  Saúde  tem  atuação  pioneira,  incorporando  o  ideário  feminista  de  atenção  à  saúde  integral,  e  inclusive  responsabilizando   o   estado   com   aspectos   da   saúde   reprodutiva.   A     proposta   desde   então  trabalhada  baseia-­‐se  na  relação  simétrica  entre  o  profissional  de  saúde  e  a  mulher,  visando  a  apropriação,  autonomia  e  maior  controle  sobre  a  saúde,  o  corpo  e  a  vida.  Propõe  uma  política  descentralizada,  hieraquizada,  e   regionalizada,  com  participação  social  e  visando  a  equidade.  Esse  foi  o  modelo  de  atuação  materno-­‐infantil.  

A  Política  Nacional  foi  lançada  em  2004  pelo  Ministério  da  Saúde,  considerando  a  nova  política   existente   e   o   Sistema   Único   de   Saúde   –   SUS.   Baseou-­‐se   nos   estudos   “Balanço   das  Ações  de  Saúde  da  Mulher  1998-­‐2002”,  “Estudo  da  Mortalidade  de  Mulheres  em  Idade  Fértil”,  “Avaliação  do  Programa  de  Humanização  do  Pré-­‐natal  e  Nascimento”,  “Avaliação  dos  Centros  de  Parto  Normal”  e  “Avaliação  da  Estratégia  de  Distribuição  de  Métodos  Anticoncepcionais”.  A  

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proposta  contou   também  com  contribuições  de  entidades   representativas  do  movimento  de  mulheres,  movimento   de  mulheres   negras   e   de   trabalhadoras   rurais;   sociedades   científicas;  pesquisadores   e   estudiosos   da   área;   organizações   não   governamentais;   gestores   do   SUS   e  agências  de  cooperação   internacional.  Em  seguida   foi   submetida  à  Comissão   Intersetorial  da  Mulher,   do  Conselho  Nacional   de   Saúde.   Em  2005   teve   início   a   implementação  do  Plano  de  Ação  da  Política.  

Os  programas  e  ações  relacionados  ao  Objetivo  5  são  integrantes  do  Plano  de  Ação  da  PNAISM,  e  são  acompanhadas  pelo  Observatório  Brasil  da  Igualdade  de  Gênero  (apresentado  no  ODM-­‐3).  

Página  Saúde  da  Mulher  no  Portal  do  Ministério  da  Saúde:  http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=152  Legislação  relacionada  à  Saúde  da  Mulher:  http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=33898    

Pacto  Nacional  pela  Redução  da  Mortalidade  Materna  e  Neonatal  Descrição:   Mobilização   de   gestores   e   da   sociedade   na   promoção   de   políticas   e   ações  integradas  que  promovam  a  melhoria  da  saúde  materna  e  infantil.  Desde  2005  dispõe  de  uma  Comissão  Nacional  de  Monitoramento  e  Avaliação,  que  atua  com  objetivo  de  alcançar  a  meta  de  redução  anula  de  5%.  O  Pacto  recebeu  o  prêmio  da  ONU  em  2006  “Modelo  de  Mobilização  e   Diálogo   Social   para   a   Promoção   dos   Objetivos   de   Desenvolvimento   do   Milênio”   pela  mobilização   social   alcançada.   Baseia-­‐se   no   fortalecimento  de   rede   assistencial   para   todas   as  fases   do   ciclo   de   vida   da   mulher,   no   âmbito   do   SUS.   São   desafios   prioritários   atuar   sobre:  complicações  por   aborto   ilegal,   a   violência   contra   a  mulher   e   a   feminização  da   epidemia  de  HIV/AIDS.  Gestão/  Marco   Legal:   Órgão   responsável:  Ministério   da   Saúde.   Termos   de   Cooperação   para  implementação  do  Pacto  foram  assinados  com  as  27  unidades  da  federação.    Política  Nacional  de  Direitos  Sexuais  e  Reprodutivos  Descrição:   Ampliação   da   oferta   de   métodos   anticoncepcionais   reversíveis,   chamados   não-­‐cirúrgicos,  aumento  do  acesso  à  esterilização  voluntária  e  a  introdução  da  reprodução  humana  assistida  no  SUS.  Distribuição  regular  para  estados  e  municípios  de  contraceptivos.  Distribuição  de   1,5  milhão  de   exemplares   da   cartilha   “Direitos   Sexuais,  Direitos   Reprodutivos   e  Métodos  Contraceptivos”  para  estados  e  municípios  e  realização  em  2009  do  primeiro  “Seminário  sobre  Direitos  Sexuais  e  Reprodutivos  da  Pessoa  com  Deficiência”.  Gestão/   Marco   Legal:   Resulta   de   mudanças   no   SUS   instituídas   pela   Portaria   nº426/2005.  Coordenação  do  Ministério  da  Saúde,  com  participação  de:  MEC,  MJ,  MDA,  MDS,  SPM,  SEPPIR,  SEDH.    Serviço  de  Atendimento  Móvel  de  Urgência  –  SAMU  Descrição:  A  Política  Nacional  de  Urgência  e  Emergência  está  baseada  em  rede  organizada  em  todo  o  país.  A  rede  é  composta  pelas  Unidades  Básicas  de  Saúde  e  Equipes  de  Saúde  da  Família  (atenção   primária).   No   nível   intermediário   está   o   SAMU,   integrado   às   Unidades   de   Pronto  Atendimento  –  UPA  24h.  O  atendimento  de  média  e  alta  complexidade  é  feito  nos  hospitais.  A  partir   da   ligação   para   o   telefone   192,   o   socorro   é   prestado   imediatamente   pelo   SAMU,   em  

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qualquer  lugar:  residências,  locais  de  trabalho  ou  vias  públicas.  A  ligação  é  gratuita  e  pode  ser  feita  de  qualquer  lugar  do  país.  O  serviço  é  garantido  em  todo  o  país  pelo  Ministério  da  Saúde,  em   parceria   com   estados   e   municípios.   O   estado   ou   município   apresenta   a   demanda   e  documentação  básica  e  passa  a  receber  repasses  mensais  para  manutenção  do  atendimento.  Gestão/  Marco  Legal:  Constituição  Federal,  Leis  8080/90  e  8142/90  -­‐  Portaria  GM/MS  1828  de  02/09/04,  2420  de  09/11/04,  1863  e  1864  de  29/09/03,  2072  de  30/10/03,  2048  de  05/11/02  e  2657  de  16/12/04.  Alcance   Nacional:   Atualmente,   o   SAMU/192   conta   com   157   centrais   de   regulação   que  organizam  o  atendimento  às  urgências  e  emergências  por  meio  de  aproximadamente  duas  mil  ambulâncias  que  circulam  em  todo  o  país.  O  Serviço  está  presente  em  1.461  municípios,  com  uma  cobertura  populacional  de  mais  de  110  milhões  de  brasileiros.  Alcance  na  RIDE:  Como  vimos,  no  item  relativo  às  políticas  e  programas  para  cumprimento  do  ODM   4,   a   ampliação   do   SAMU   é   uma   das   linhas   de   ação   presente   no   “Compromisso   para  Acelerar  a  Redução  das  Desigualdades  na  Região  Nordeste  e  na  Amazônia  Legal  –  Pacto  pela  Redução  da  Mortalidade  Infantil”,  sendo  que  apenas  Petrolina  e  Juazeiro  recebem  recursos.  Central  de  Regulação  SAMU  Juazeiro,  BA:  [email protected]  Central  de  Regulação  SAMU  Petrolina,  PE:  [email protected]    Programa  Nacional  de  Controle  do  Câncer  de  Colo  do  Útero  e  de  Mama  –  Viva  Mulher  Descrição:  Por  meio  de  ação  conjunta  do  Ministério  da  Saúde  com  os  26  estados  brasileiros,  além  do  Distrito  Federal,  são  oferecidos  serviços  de  prevenção  e  detecção  precoce  em  estágios  iniciais   da   doença,   assim   como   tratamento   e   reabilitação   em   todo   o   território  nacional.       Consiste   no   desenvolvimento   e   na   prática   de   estratégias   que   reduzam   a  mortalidade  e  as   repercussões   físicas,  psíquicas  e  sociais  dos  cânceres  do  colo  do  útero  e  de  mama.  Coordenado  pelo  INCA  e  desenvolvido  em  parceria  com  os  estados  da  União,  além  do  Distrito   Federal,   visa   reduzir   a  mortalidade   e   as   repercussões   físicas,   psíquicas   e   sociais   dos  câncer  do  colo  de  útero.    Gestão/  Marco  Legal:  Iniciado  em  1988  através  do  Programa  Viva  Mulher,  o  controle  do  câncer  do   colo   do   útero   no   Brasil   foi   afirmado   como   prioridade   na   Política   Nacional   de   Atenção  Oncológica  (Ministério  da  Saúde,  2005)  e  no  Pacto  pela  Saúde  (Brasil,  2006).    

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Objetivo  06  –  Combater  a  AIDS,  a  Malária  e  outras  doenças  

 Meta  6A.  Até  2015,  ter  detido  a  propagação  do  HIV/Aids  e  começado  a  inverter  a  tendência  atual  –  Indicador  c:  Coeficiente  de  mortalidade  por  Aids  segundo  residência  

Tabela  81:  Coeficiente  de  mortalidade  por  AIDS  (por  100.000  habitantes)     Municípios   2002   2003   2004   2005   2006   2007   2008  PE   Petrolina   4,3   2,1   2,9   2,0   1,9   3,0   6,2  PE   Orocó   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐  PE   Lagoa  Grande   -­‐-­‐   4,9   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   4,4   -­‐-­‐  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   2,3   -­‐-­‐   -­‐-­‐  BA   Juazeiro   4,3   3,7   1,6   2,5   1,4   3,3   5,0  BA   Casa  Nova   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   1,6   1,6   -­‐-­‐   3,0  BA   Sobradinho   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐  BA   Curaça   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   3,1   -­‐-­‐  Fonte:  Cadernos  de  Saúde/  Ministério  da  Saúde.  Fonte  dos  dados:  SIM.  Situação  da  base  de  dados  nacional  em  14/12/2009.  Nota:  Dados  de  2008  são  preliminares  

 Os   municípios   pólo   da   RIDE   são   os   que   apresentam   maiores   coeficientes   de  

mortalidade   por   AIDS.   Além   de   Petrolina   e   Juazeiro,   os  municípios   de   Lagoa   Grande,   Santa  Maria   da   Boa   Vista,   Curuçá   e   Casa   Nova   também   apresentaram   casos   de   mortalidade   no  período   entre   2002   e   2008.   No   entanto,   as   transferências   governamentais   no   âmbito   das  Ações   de   Prevenção   e  Qualificação  da  Atenção   em  HIV/AIDS   e   outras  Doenças   Sexualmente  Transmissíveis,  apresentadas  na  Tabela  82  abaixo,  abrangiam,  em  2005,  apenas  o  Município  de  Petrolina,  sendo  que  em  2010  passou  a  abranger  também  o  município  de  Juazeiro.  

Meta   6C.   Até   2015,   ter   detido   a   incidência   da   malária   e   de   outras   doenças   importantes   e  começado   a   inverter   a   tendência   atual   /   6D-­‐BR.   Reduzir   em   10%,   entre   2008   e   2011,   e   em  7,8%,  entre  2011  e  2015,  o  coeficiente  de  detecção  de  casos  novos  de  hanseníase  em  menores  de  15  anos  –  Indicador  d  e  f      

Tabela  82:  Número  de  casos  de  doenças  transmissíveis  por  mosquitos     Municípios   2001   2002   2003   2004   2005   2006   2007   2008   2009  

PE   Petrolina   422   316   503   23   293   375   159   720   120  PE   Lagoa  Grande   85   55   208   6   46   17   35   105   3  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   12   116   26   10   49   10   18   66   16  PE   Orocó   6   3   12   13   0   4   1   0   1  BA   Juazeiro   616   333   2544   399   412   65   427   3259   383  BA   Curaça   52   6   4   6   125   1   3   8   6  BA   Casa  Nova   11   39   9   11   15   5   271   99   11  BA   Sobradinho   116   13   10   4   13   6   7   23   15  Fonte:  Portal  ODM.  Fonte  dos  dados:  Ministério  da  Saúde/DATASUS.    

Algumas  doenças  são  transmitidas  por  insetos,  chamados  vetores,  como  espécies  que  transmitem  malária,  febre  amarela,  leishmaniose,  dengue,  dentre  outras  doenças.  

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No   município   de   Petrolina,   entre   2001   e   2009,   houve   2.931   casos   de   doenças  transmitidas   por  mosquitos,   dentre   os   quais   5   casos   confirmados   de  malária,   nenhum   caso  confirmado  de   febre  amarela,  117  casos  confirmados  de   leishmaniose,  2.809  notificações  de  dengue.  

No   município   de   Lagoa   Grande,   entre   2001   e   2009,   houve   564   casos   de   doenças  transmitidas   por   mosquitos,   dentre   os   quais   nenhum   caso   confirmado   de  malária,   nenhum  caso  confirmado  de  febre  amarela,  12  casos  confirmados  de  leishmaniose,  552  notificações  de  dengue.  

No  município   de   Santa  Maria   da   Boa   Vista,   entre   2001   e   2009,   houve   323   casos   de  doenças   transmitidas   por   mosquitos,   dentre   os   quais   nenhum   caso   confirmado   de  malária,  nenhum   caso   confirmado   de   febre   amarela,   31   casos   confirmados   de   leishmaniose,   292  notificações  de  dengue.  

No  município  de  Orocó,  entre  2001  e  2009,  houve  34  casos  de  doenças   transmitidas  por  mosquitos,  dentre  os  quais  14  casos  confirmados  de  malária,  nenhum  caso  confirmado  de  febre  amarela,  2  casos  confirmados  de  leishmaniose,  18  notificações  de  dengue.  

No   município   de   Juazeiro,   entre   2001   e   2009,   houve   8.438   casos   de   doenças  transmitidas   por  mosquitos,   dentre   os   quais   4   casos   confirmados   de  malária,   nenhum   caso  confirmado  de   febre  amarela,  197  casos  confirmados  de   leishmaniose,  8.237  notificações  de  dengue  

No  município  de  Curuça,  entre  2001  e  2009,  houve  211  casos  de  doenças  transmitidas  por  mosquitos,  dentre  os  quais  nenhum  caso  confirmado  de  malária,  nenhum  caso  confirmado  de  febre  amarela,  6  casos  confirmados  de  leishmaniose,  205  notificações  de  dengue.  

No   município   de   Casa   Nova,   entre   2001   e   2009,   houve   471   casos   de   doenças  transmitidas   por   mosquitos,   dentre   os   quais   1   caso   confirmado   de   malária,   nenhum   caso  confirmado   de   febre   amarela,   53   casos   confirmados   de   leishmaniose,   417   notificações   de  dengue.  

No   município   de   Sobradinho,   entre   2001   e   2009,   houve   207   casos   de   doenças  transmitidas   por   mosquitos,   dentre   os   quais   1   caso   confirmado   de   malária,   nenhum   caso  confirmado   de   febre   amarela,   35   casos   confirmados   de   leishmaniose,   171   notificações   de  dengue  

 

Principais  Programas  para  combater  a  AIDS,  a  Malária  e  outras  doenças  

Programa  Nacional  DST,  Aids  e  Hepatites  Virais  Descrição:   Por   meio   do   programa   são   formuladas   e   implementadas   políticas   públicas   para  redução   da   incidência   de   doenças   sexualmente   transmissíveis   –   DST,   HIV/Aids   e   hepatites  virais  bem  como  redução  da  vulnerabilidade  da  população  a  esses  agravos.  Considerando  que  o   Brasil   apresenta   uma   epidemia   de   Aids   concentrada   em   determinados   segmentos   da  população,  têm  sido  empreendidas  ações  prioritárias  para  a  população  de  homens  que  fazem  

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sexo   com   homens,   usuários   de   drogas   injetáveis   e   profissionais   do   sexo,   assim   como   ações  específicas  entre  jovens,  mulheres  e  pessoas  com  50  e  mais  anos  de  idade.  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Ministério  da  Saúde.  Alcance  na  RIDE:  Tabela  83.  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro,  2005  e  2010.  

 

0214   -­‐   Incentivo   Financeiro   a  Estados,   Distrito   Federal   e  Municípios   para   Ações   de  Prevenção   e   Qualificação   da  Atenção   em   HIV/AIDS   e   outras  Doenças   Sexualmente  Transmissíveis  (2005)  

20AC   -­‐   Incentivo   Financeiro   a  Estados,   Distrito   Federal   e  Municípios   para   Ações   de  Prevenção   e   Qualificação   da  Atenção   em   HIV/AIDS   e   outras  Doenças   Sexualmente  Transmissíveis  (2010)  

Petrolina   183.203,06   238.163,99  Orocó   -­‐-­‐  

 Lagoa  Grande   -­‐-­‐    Santa  Maria   -­‐-­‐    Juazeiro   -­‐-­‐   273.381,41  

Casa  Nova   -­‐-­‐   –  Sobradinho   -­‐-­‐   –  Curaça   -­‐-­‐   –  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br    Programa  Nacional  de  Controle  da  Malária  –  PNCM    Descrição:  O  PNCM  visa  a  redução  da  letalidade  e  gravidade  dos  casos  da  doença,  a  redução  de  sua  incidência,  a  eliminação  de  sua  transmissão  em  áreas  urbanas  e  a  manutenção  da  ausência  da  doença  em  locais  onde  a  transmissão   já   foi   interrompida.  Para  o  alcance  desses  objetivos  são  utilizadas  várias  estratégias,  dentre  as  quais  se  destacam  a  busca  do  diagnóstico  precoce  e  o   tratamento  oportuno  e  adequado  dos   casos   identificados,   além  de  medidas  específicas  de  controle  do  mosquito  transmissor.  A  articulação  com  a  atenção  primária,  através  da  ESF  e  pelos  agentes  comunitários,  é  de  suma  importância  para  expandir  o  acesso  ao  diagnóstico  e  tratamento  precoce  dos  casos  de  malária.  A  proposta  é  a  concentração  dos  recursos  disponíveis  nos  focos  e  localidades  onde  o  impacto  epidemiológico  seja  maior.  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Ministério  da  Saúde.  Alcance  na  RIDE:  O  número  de  casos  de  malária  não  é  alto  na  RIDE.  O  município  com  maior  número   de   casos,   entre   2001   e   2009,   foi   Orocó   com   14   casos.   Destaca-­‐se   que   esse   é   o  município  com  maior  percentual  de  população  rural  da  RIDE,  isto  é,  65%.  Além  disso,  Juazeiro  apresentou  4  casos  de  malária  no  mesmo  período  e  Casa  Nova  e  Sobradinho  apresentaram  um  caso  cada  para  o  mesmo  período    Programa  Nacional  de  Controle  da  Tuberculose  –  PNCT    Descrição:  O  PNCT   tem  como  principal  objetivo   reduzir   a  morbi-­‐mortalidade  da   tuberculose,  por   meio   de   ações   de   diagnóstico   precoce   e   tratamento   adequado   dos   casos.   As   ações   do  programa  são  descentralizadas  para  estados  e  municípios,  utilizando  prioritariamente  a  ESF,  o  que  acarreta  melhoria  na  busca  ativa  de  casos  e   identificação  precoce  de  possíveis  fontes  de  infecção.  Destaca-­‐se  o  resultado  do  estudo  de  resistência  aos  medicamentos  antituberculose,  

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coordenado   pelo   Ministério   da   Saúde,   que   apontou   uma   resistência   rimária   de   1,4%   aos  medicamentos,   uma   das   menores   observadas   em   paísescom   alta   carga   de   tuberculose.  Visando   prevenir   o   aumento   da   resistência   e   ampliar   a   adesão   ao   tratamento,   o  Ministério  mudou   o   esquema   terapêutico   para   a   doença,   introduzindo   o   medicamento   em   dose   fixa  combinada,   na   qual   todas   as   drogas   antituberculose   são   oferecidas   em   uma   única  apresentação  farmacêutica.  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Ministério  da  Saúde.  Alcance   Nacional:   O   número   de   casos   da   doença   melhorou,   passando   da   16ª   para   a   18ª  colocação.  A  meta  é  que  o  país  saia  da  relação  dos  22  países  com  mais  alta  carga  da  doença  até  2012.   Por   convenção  da  Organização  Mundial   de   Saúde,  os  países  que   reúnem  80%  dos  casos  de  tuberculose  no  mundo  são  os  países  de  alta  carga.    Programa  Nacional  de  Controle  da  Hanseníase  –  PNCH    Descrição:  O  objetivo  do  PNCH  é  diagnosticar,   tratar   todos  os  caos,  examinar  os  conviventes  domiciliares  e,  assim  reduzir  as  fontes  de  transmissão  da  doença  no  país,  desenvolvendo  ações  de  controle  de   forma  descentralizada  e  participativa.  As  estratégias  adotadas  pelo  programa  são  a  atuação  em  redes  de  atenção  integral  em  hanseníase  no  país;  dinamizar  e  potencializar  as   ações   nas   áreas   prioritárias;   promover   a   produção,   divulgação   e   apropriaçãodo  conhecimento  em  hanseníase  e  potencializar  o  PNCH.  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável:  Ministério  da  Saúde.  Alcance  Nacional:  Essas  iniciativas  resultaram  na  redução  de  5,3%  do  coeficiente  de  detecção  de  hanseníase  em  menores  de  15  anos,  passando  de  6,22  por  100.000  em  2006  para  5,89  por  100.000   em   2008.   Observou-­‐se,   em   2008,   o   alcance   de   81,2%   no   percentual   de   cura   de  hanseníase  nas  coortes,  e  a  ampliação  de  21%  no  número  de  unidades  de  saúde  com  pacientes  em  tratamento  de  hanseníase,  passando  de  7828  em  2007  para  9473  em  2009.  

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Objetivo  07  –  Garantir  a  sustentabilidade  ambiental  

Meta  7B  –  Reduzir  pela  metade,  até  2015,  a  proporção  da  população  sem  acesso  permanente  e  sustentável  a  água  potável  e  esgotamento  sanitário  –  Indicadores:  

7.6  Proporção  da  população  (urbana  e  rural)  com  acesso  a  uma  fonte  de  água  tratada  ,  para  o  acesso  a  água  por  rede  geral,  poço  ou  nascente  ou  outro  tipo  

7.7  Proporção  da  população  com  acesso  a  melhores  condições  de  esgotamento  sanitário  -­‐  urbano  e  rural  para  esgoto  por  rede  geral,  fossa  séptica,  fossa  rudimentar  e  outros  tipos  

r.  Percentual  de  moradores  em  domicílios  particulares  permanentes  com  abastecimento  de  água  adequado,  em  áreas  urbanas  e  rurais  

s.  Percentual  de  moradores  em  domicílios  particulares  permanentes  urbanos  com  acesso  simultâneo  a  água  canalizada  interna  de  rede  geral  e  esgoto  de  rede  geral  ou  fossa  séptica  

Tabela  84:  Percentual  de  moradores  urbanos  com  acesso  a  água  e  esgoto  sanitário  adequado¹,  1991-­‐2000  

   

Acesso  à  água   Esgoto  adequado  UF   Municípios   1991   2000   1991   2000  PE   Petrolina   79,5   88,5   59,6   87,0  PE   Orocó   88,7   86,0   7,6   76,4  PE   Lagoa  Grande*   -­‐-­‐   61,2   -­‐-­‐   10,3  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   73,7   82,4   0,1   50,2  BA   Juazeiro   79,5   85,5   20,6   76,2  BA   Casa  Nova   60,1   77,4   2,9   51,9  BA   Sobradinho   37,3   81,1   1,1   63,5  BA   Curaça   62,0   93,0   11,9   70,2  

Fonte:  Portal  ODM.  Fonte  dos  dados:  Censos  Demográficos,  1991  e  2000.  ¹  Rede  Geral  ou  Fossa  Séptica.  *Lagoa  Grande,  emancipou-­‐se  no  dia  16  de  junho  de  1995  do  município  de  Santa  Maria  da  Boa  Vista.    

O  Rio  São  Francisco  sem  dúvida  é  o  principal  recurso  hídrico  da  RIDE  e  um  dos  grandes  problemas   que   o   afetam   em   escala   emergencial   é   o   parco   atendimento   das   comunidades  ribeirinhas  e  das  áreas  urbanas,  que  não  são  atendidas  por  nenhum  serviço  de  abastecimento  de  água  ou  esgoto.  Nelas,  o   atendimento  de  água  é   feito  precariamente  principalmente  por  meio  das  cisternas  familiares  que  captam  água  de  chuva  utilizada  para  o  consumo  da  família.  Essas   cisternas   são   construídas   por   meio   de   iniciativas   municipais,   estaduais   e   do   governo  federal.  Mais  à  frente  serão  apresentados  os  dados  relativos  à  iniciativa  federal  de  construção  de  cisternas.  

O   acesso   à   água   melhorou   em   todos   os   municípios   da   RIDE,   à   exceção   de   Orocó,  porém  como  essa  informação  é  auto-­‐declarada,  assim  como  a  informação  relativa  à  coleta  de  esgoto,  é  notória  a  fragilidade  do  dado.  As  situações  de  pior  acesso  à  água  da  RIDE  estão  em  Lagoa  Grande,  61,2%,  e  Casa  Nova,  77,4%.    

Com  relação  à  coleta  adequada  de  esgoto  ,  observa-­‐se  que,  à  exceção  de  Petrolina,  os  municípios   da   RIDE   encontravam-­‐se   em   situações  muito   precárias   em   1991   e   apresentaram  

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significativa  melhora   nos   índices   em   2000.   Destaca-­‐se,   no   entanto,   o   caso   do  município   de  Lagoa   Grande,   ainda  muito   precário,   com   apenas   10%   dos  moradores   urbanos   com   esgoto  adequado.  Também  merecem  atenção  especial  os  municípios  de  Santa  Maria  da  Boa  Vista  e  Casa   Nova   por   concentrarem   ainda   cerca   de   50%   dos   moradores   urbanos   sem   esgoto  adequado.  

Meta   7C.   Até   2020,   ter   alcançado   uma   melhora   significativa   na   vida   de   pelo   menos   100  milhões   de   habitantes   de   assentamentos   precários   –   Indicador   7.8   Proporção   de   domicílios  com   posse   segura   da   moradia;   Indicador   t.   Domicílios   em   aglomerados   subnormais,   por  grandes  regiões  

 

Tabela  85:  Domicílios  em  aglomerados  subnormais  e  em  assentamentos  precários  

UF   Municípios  

Domicílios em Setores Subnormais  

Domicílios em Setores Precários  

Domicílios em Setores Subnormais + Setores Precários  

Total de Domicílios em todos os Tipos de Setores

% de Domicílios em Assentamentos Precários

PE   Petrolina   0   4896   4896   40286   12,15%  PE   Orocó*   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐  PE   Lagoa  Grande*   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐   -­‐-­‐  PE   Santa  Maria  da  Boa  Vista   0   853   853   3069   27,79%  BA   Juazeiro   0   2918   2918   32382   9,01%  BA   Casa  Nova   0   845   845   5992   14,10%  BA   Sobradinho   0   658   658   4494   14,64%  BA   Curaça   0   430   430   2559   16,80%  Fonte:  Ministério  das  Cidades,  2007.  *Os   municípios   de   Orocó   e   Lagoa   Grande   não   apresentaram   nenhum   setor   subnormal   no   Censo  Demográfico   2000,   pesquisa   utilizada   como   base   de   extrapolação   e   cálculo   dos   assentamentos  precários.    

Na   RIDE,   os   impactos   do   processo   de   urbanização   atingem   toda   a   região,   sendo  acirrados  nos  municípios  de  Petrolina  e  Juazeiro,  que  são  os  mais  populosos,  os  mais  densos  e,  por   isso   mesmo,   os   mais   vulneráveis.   Neles,   as   zonas   de   expansão   urbana   onde   são  implantados  novos  parcelamentos  se  desenvolvem  ao  longo  das  principais  rodovias,  como  são  a   BR   407   e   a   BR   128,   em   Petrolina,   e   em   Juazeiro,   a   BR   407   e   BA   210.   Com   a   ampliação  horizontal  da  malha  urbana,  proliferam-­‐se  assentamentos   informais,  muitas  vezes   irregulares  e,  da  mesma  forma,  ampliam-­‐se  as  demandas  por  infraestrutura  e  transporte  urbano.  

No   entanto,   os   dados   apresentados   na   tabela   acima   revelam   que   não   obstante   a  existência  de  uma  concentração  significativa  de  assentamentos  precários  em  Petrolina,  cerca  de  12%,   e   em   Juazeiro,   cerca  de  9%,   os   demais  municípios   da  RIDE  possuem   situação   ainda  mais  precária.    

Em   geral,   pode-­‐se   afirmar   que   os   municípios   da   RIDE   apresentam   em   média   uma  concentração   de   assentamentos   precários   próxima   à  média   encontrada   entre   os  municípios  analisados  no  trabalho  divulgado  pelo  Ministério  das  Cidades,  cerca  de  14%,  e  que  serviu  de  referência  para  a  distribuição  regional  de  recursos  do  PAC  em  2007.  Destaca-­‐se  o  município  de  

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Santa  Maria  da  Boa  Vista  com  a  mais  alta  concentração  de  assentamentos  precários  da  RIDE,  cerca  de  28%.  

Muito  embora  a  maior  parte  de  seus  municípios  esteja  provida  de  instrumentos  legais  e   normativos   de   planejamento,   controle   do   uso   e   ocupação   do   solo   urbano,   como:   planos  diretores,   leis   de   parcelamento   do   solo,   leis   de   zoneamento   ou   códigos   de   obras,   as  fragilidades  no   tocante  à  gestão  desses   instrumentos   faz  com  que  os  mesmos  sejam,  muitas  vezes,  descumpridos  ou  não  postos  em  prática  (Brasil,  2010).    

 

Principais  Programas  para  garantir  a  sustentabilidade  ambiental    RECURSOS  AMBIENTAIS  Programa  de  Conservação  e  Uso  Sustentável  da  Biodiversidade  e  dos  Recursos  Genéticos  Descrição:   Financiamento   a   projetos   que   visem:   a   conservação   e   o   manejo   sustentável   da  fauna  e  da  flora,  implementando  alternativas  de  conservação  da  biodiversidade  e  de  produção  sustentável;   a   conservação   e   utilização   sustentável   da   diversidade   biológica;   a   produção   e  disseminação  dos  conhecimentos  sobre  os  componentes  da  biodiversidade  e  sobre  as  espécies  ameaçadas  e  exóticas  invasoras;  a  elaboração  de  planos  de  manejo  e  ações  políticas  e  projetos  que   promovam   a   transversalidade   da   biodiversidade   em   políticas   públicas   setoriais   (Brasil,  2008).  Gestão/   Marco   Legal:   O   órgão   responsável   é   o   Ministério   do   Meio   Ambiente,   sendo   os  municípios  as  entidades  elegíveis.    Programa  de  Conservação  e  Recuperação  dos  Biomas  Brasileiros  Descrição:   Contribuir   para   a   sustentabilidade   dos   biomas   brasileiros,   respeitando   as   suas  especificidades,   por  meio   da   expansão   e   consolidação   do   Sistema   Nacional   de   Unidades   de  Conservação  e  Outras  Áreas  Protegidas,  bem  como  pela  definição  e  disseminação  de  políticas  e   práticas   de   conservação,   uso   sustentável   e   gestão   integrada   dos   biomas,   com   a   justa  repartição  dos  benefícios  decorrentes  (Brasil,  2008).  Gestão/  Marco  Legal:  O  órgão  responsável  é  o  Ministério  do  Meio  Ambiente,  sendo  entidades  elegíveis  as  instituições  públicas  ou  privadas  sem  fins  lucrativos.    Programa  Nacional  de  Florestas  Descrição:   Promover   a   sustentabilidade   do   setor   florestal,   contemplando   a   proteção   dos  ecossistemas,   a   recuperação   de   áreas   degradadas,   a   expansão   da   base   florestal   plantada,   o  manejo  sustentável  de  florestas  naturais  e  a  ampliação  da  participação  social  (Brasil,  2008).  Gestão/  Marco  Legal:  O  órgão  responsável  é  o  Ministério  do  Meio  Ambiente,  sendo  entidades  elegíveis  as  instituições  públicas  ou  privadas  sem  fins  lucrativos.    Programa  Comunidades  Tradicionais  Descrição:  Disponibilização  de  recursos  para  o  desenvolvimento  de  projetos  que:  promovam  o  aprimoramento   da   utilização   sustentável   dos   recursos   ambientais   pelas   comunidades  tradicionais;  promovam  a  criação  e  consolidação  de  mecanismos  de  gestão  compartilhada  do  uso  dos  recursos  ambientais,  por  meio  da  criação,  consolidação  e  fortalecimento  de  instâncias  

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relacionadas   às   comunidades   tradicionais;   promovam   a   articulação   e   o   fortalecimento   das  comunidades   tradicionais;   aprimorem,   elaborem   e   consolidem   políticas   com   vistas   a  conservação  dos  meios  de  vida  das  comunidades  tradicionais,  incluindo  Reservas  Extrativistas;  promovam  a  elaboração  e   implementação  de  planos  de  gestão/manejo  do  uso  dos   recursos  naturais   em   áreas   de   uso   de   comunidades   tradicionais;   promovam   o   desenvolvimento   e  aplicação   de   tecnologias   que   visem   a  melhoria   na   cadeia   produtiva   e   promovam   o   apoio   á  atividades   com   vista   a   diversificação   da   economia,   a   geração   de   emprego   e   renda   e   a  segurança  alimentar.  Gestão/  Marco   Legal:   O   órgão   responsável   é   o  Ministério   do  Meio   Ambiente,   Secretaria   de  Extrativismo   e   Desenvolvimento   Rural   Sustentável   (SEDR/DEX).   Apoio   a   Projetos   de  Desenvolvimento   Sustentável   de   Comunidades   Tradicionais   de   demanda   espontânea   e  induzida.    Programa  Probacias  –  Conservação  de  bacias  Hidrográficas  Descrição:   Promover   a   conservação   e   recuperação   de   nascentes   e  mananciais   hídricos,   com  articulação   institucional   por   bacia   ou   sub-­‐bacia   hidrográfica.   Recuperar   áreas   degradadas  visando  a  implementação  de  técnicas  de  manejo,  conservação  e  uso  sustentável  do  solo  e  dos  corpos  d'água  com  a  participação  da  sociedade  local,  com  vistas  ao  aumento  da  oferta  de  água  de  boa  qualidade  e  o  desenvolvimento  econômico  e  social  da  região  (Brasil,  2008).  Gestão/  Marco  Legal:  O  órgão  responsável  é  o  Ministério  do  Meio  Ambiente,  sendo  entidades  elegíveis  os  estados,  municípios,  Distrito  Federal  e  entidades  privadas  sem  fins  lucrativos.    Programa  de  Educação  Ambiental  para  Sociedades  Sustentáveis  Descrição:   Construir   valores   e   relações   sociais,   conhecimentos,   habilidades,   atitudes   e  competências   que   contribuam   para   a   participação   de   todos   na   edificação   de   sociedades  sustentáveis.  As  ações  integrantes  deste  Programa  possuem  objetivos  e  finalidades  específicas,  sendo   elas:   implantação   do   Sistema   Brasileiro   de   Informação   sobre   Educação   Ambiental;  gestão  compartilhada  da  educação  ambiental  e  publicidade  de  utilidade  pública;  formação  de  educadores   ambientais   e   produção   e   difusão   de   informação   ambiental   de   caráter   educativo  (Brasil,  2008).  Gestão/  Marco  Legal:  O  órgão  responsável  é  o  Ministério  do  Meio  Ambiente.  Cada  ação  possui  públicos   prioritários   específicos   que   abrangem   as   27   Unidades   Federativas,   municípios   e  instituições   que   atuem   no   campo   da   educação   ambiental,   mobilização   social   ou   possuam  capacidade   comprovada   de   atuação   na   área   ambiental   (à   exceção   de   escolas),   além   de  colegiados  e  comitês.    Programa  de  Conservação,  Manejo  e  Uso  Sustentável  da  Agrobiodiversidade  Descrição:   Assegurar   a   conservação   e   o   uso   sustentável   dos   componentes   da  agrobiodiversidade,   visando   a   segurança   alimentar,   a   geração   de   trabalho   e   renda   e   a  retribuição  por  serviços  ambientais  (Brasil,  2008).  Gestão/  Marco  Legal:  O  órgão  responsável  é  o  Ministério  do  Meio  Ambiente,  sendo  entidades  elegíveis  as  instituições  públicas  ou  privadas  sem  fins  lucrativos.        

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Programa  de  Recursos  Pesqueiros  Sustentáveis  Descrição:  Promover  o  uso  sustentável  dos  recursos  pesqueiros,  conciliando  os   interesses  da  exploração  comercial  com  a  necessidade  de  sua  conservação  (Brasil,  2008).  Gestão/  Marco  Legal:  O  órgão  responsável  é  o  Ministério  do  Meio  Ambiente,  sendo  entidades  elegíveis  as  instituições  públicas  ou  privadas  sem  fins  lucrativos.    Tarifa  Social  de  Energia  Elétrica  Descrição: Estabelece   que   para   ter   acesso   ao  desconto   na   conta  de  luz   é   necessário   que   a  família  esteja   inscrita  no  Cadastro  Único  para  Programas  Sociais  e  que  possua  renda   familiar  per   capita  de  até   meio   salário   mínimo.   O  desconto   varia   entre   10   e   65%  de  acordo   com   a  faixa  de  consumo.  As  famílias   inscritas  no  Cadastro  Único  com  renda  mensal  de  até  3  salários  mínimos,   mas   que   tenham   entre   seus   membros   pessoas   em   tratamento  de  saúde  que  necessitam   usar   continuamente   aparelhos   com   elevado   consumo  de  energia,   também  recebem   o  desconto.   Também   se   enquadram   no   perfil   as   famílias   que   recebem  o  Benefício  de  Prestação   Continuada   da   Assistência  Social  (BPC).  As   famílias   indígenas   e  quilombolas   inscritas   no   Cadastro   Único   e   que   tenham   renda   familiar   per   capita  menor   ou  igual  a  meio  salário  mínimo,  ou  que  possuam  entre  seus  moradores  beneficiário  do  BPC,  terão  direito a  desconto  de  100%   até   o   limite  de  consumo  de  50   kWh/mês.   A   lei   prevê   um   prazo  mínimo  de  180   dias,   a   contar   da   sua   publicação,   em   20  de  janeiro  de  2010,   para   a  inclusão  de  domicílios   no   benefício   da  Tarifa  Social  de  acordo   com   os   novos   critérios.   As  unidades  consumidoras  atualmente  beneficiárias  do  desconto  e  que  não  atendam  aos  critérios  da  Lei  deixarão  de  ter  direito  ao  benefício  em  um  prazo  máximo  de  24  meses.  Gestão/   Marco   Legal:   O   órgão   responsável   é   o   Ministério   do   Desenvolvimento   Social.     A  Tarifa  Social  de  Energia  Elétrica  foi  atualizada  pela  Lei  nº  12.212/10.  Fonte:  http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/cadastrounico/programas-­‐usuarios/acoes.    Programa  Luz  para  Todos  Descrição:   O   Governo   Federal   lançou   em   novembro   de   2003   o   desafio   de   acabar   com   a  exclusão  elétrica  no  país.  A  meta  era  levar  energia  elétrica  para  mais  de  10  milhões  de  pessoas  do  meio  rural  até  o  ano  de  2008.  Os  recursos  federais  são  provenientes  de  fundos  setoriais  de  energia  -­‐  a  Conta  de  Desenvolvimento  Energético  (CDE)  e  a  Reserva  Global  de  Reversão  (RGR).  O  objetivo  do  governo  é  utilizar  a  energia  como  vetor  de  desenvolvimento  social  e  econômico  destas   comunidades,   contribuindo  para   a   redução   da   pobreza   e   aumento   da   renda   familiar.  Durante   a   execução   do   Programa,   novas   famílias   sem   energia   elétrica   em   casa   foram  localizadas  e,  em  função  do  surgimento  de  um  grande  número  de  demandas,  o  Luz  para  Todos  foi   prorrogado   para   ser   concluído   no   ano   de   2010.   O   Programa   foi   novamente   prorrogado,  agora  para  ser  finalizado  em  2011,  para  possibilitar  que  as  obras  contratadas  até  outubro  de  2010  sejam  realizadas.  Gestão/   Marco   Legal:   O   Programa   é   coordenado   pelo   Ministério   de   Minas   e   Energia,  operacionalizado   pela   Eletrobrás   e   executada   pelas   concessionárias   de   energia   elétrica   e  cooperativas  de  eletrificação   rural.  Os   consumidores  que  ainda  não   têm  energia   elétrica   em  casa  devem  se  dirigir  à  distribuidora  local  para  fazer  seu  pedido  de  instalação.  Esta  solicitação  será  incluída  no  programa  de  obras  das  distribuidoras  e  atendida  de  acordo  com  as  prioridades  estabelecidas   no   manual   de   operacionalização   do   Programa   e   pelo   Comitê   Gestor   Estadual  (CGE).   Dessa   forma,   todos   os   projetos,   idéias,   avaliações   e   determinações   são   discutidos   e  

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definidos  por  esse  colegiado.  O  objetivo  é  fazer  com  que  o  Programa  atenda  de  forma  justa  as  demandas  do  beneficiário  final.    Programa  Nacional  de  Produção  e  Uso  do  Biodiesel  -­‐  PNPB  Descrição:   O   Programa   Nacional   de   Produção   e   Uso   de   Biodiesel   (PNPB)  é   um   programa  interministerial  do  Governo  Federal  que  objetiva  a  implementação  de  forma  sustentável,  tanto  técnica,   como   economicamente,   a   produção   e   uso   do   Biodiesel,   com   enfoque   na   inclusão  social  e  no  desenvolvimento  regional,  via  geração  de  emprego  e  renda  .  As  principais  diretrizes  do   PNPB   são:   implantar   um   programa   sustentável,   promovendo   inclusão   social   ;   garantir  preços  competitivos,  qualidade  e  suprimento;  produzir  o  biodiesel  a  partir  de  diferentes  fontes  oleaginosas  e  em  regiões  diversas.  Gestão/  Marco  Legal:  A  Lei  nº  11.097,  de  13  de  janeiro  de  2005,  estabelece  a  obrigatoriedade  da  adição  de  um  percentual  mínimo  de  biodiesel  ao  óleo  diesel  comercializado  ao  consumidor,  em   qualquer   parte   do   território   nacional.   Esse   percentual   obrigatório   será   de   5%   oito   anos  após  a  publicação  da  referida  lei,  havendo  um  percentual  obrigatório  intermediário  de  2%  três  anos  após  a  publicação  da  mesma.    Programa  de  Eficiência  Energética  Descrição:   Promover   a   utilização   racional   e   consciente   da   energia   elétrica   combatendo   o  desperdício  e  contribuindo  na  ampliação  da  consciência  da  sociedade  sobre  o  Uso  Racional  dos  Recursos  Energéticos,  subsidiando  o  desenvolvimento  econômico  e  social  da  área  em  que  os  projetos  estão  inseridos.O  contrato  de  concessão  firmado  pelas  empresas  concessionárias  do  serviço   público   de   distribuição   de   energia   elétrica   com   a   ANEEL   estabelece   obrigações   e  encargos  perante  o  poder  concedente.  Uma  dessas  obrigações  consiste  em  aplicar  anualmente  o  montante  de  no  mínimo  0,5  %  de  sua  receita  operacional  líquida,  em  ações  que  tenham  por  objetivo  o  combate  ao  desperdício  de  energia  elétrica.  Para  o  cumprimento  desta  obrigação  as  concessionárias   devem   apresentar   à   ANEEL   a   qualquer   tempo,   por   meio   de   arquivos  eletrônicos,   projetos   de   Eficiência   Energética   e   Combate   ao  Desperdício   de   Energia   Elétrica,  observadas  as  diretrizes  estabelecidas  para  a  sua  elaboração.    Gestão/  Marco  Legal:  As  diretrizes  para  elaboração  dos  Programas  são  aquelas  definidas  na  Lei  nº   9.991,   de   24   de   julho   de   2000,   bem   como   aquelas   contidas   nas   resoluções   da   ANEEL  específicas  para  eficiência  energética.    ÁGUA  POTÁVEL  E  ESGOTAMENTO  SANITÁRIO  Programa  Saneamento  para  Todos  Descrição:   O   Programa   Saneamento   para   Todos   –   Setor   Público   e   Privado   tem   por   objetivo  promover  a  melhoria  das  condições  de  saúde  e  da  qualidade  de  vida  da  população  por  meio  de  ações   integradas  e  articuladas  de  saneamento  básico  no  âmbito  urbano  com  outras  políticas  setoriais,   por   meio   de   empreendimentos   financiados   ao   setor   público   ou   privadoAs  modalidades   são:   Abastecimento   de   água;   Esgotamento   sanitário;   Saneamento   integrado;  Desenvolvimento  institucional;  Manejo  de  águas  pluviais;  Manejo  de  resíduos  sólidos;  Manejo  de  resíduos  da  construção  e  demolição;  Preservação  e  recuperação  de  mananciais  e  Estudos  e  projetos  (http://www.caixa.gov.br).  Gestão/  Marco  Legal:  O  órgão  responsável  é  o  Ministério  das  Cidades.  .  O  agente  financeiro  é  a  Caixa   Econômica   Federal.   Em   operações   com   o   setor   público,   o   valor   correspondente   à  

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contrapartida  mínima  é  de  5%  do  valor  do  investimento,  exceto  na  modalidade  Abastecimento  de  Água,  onde  a  contrapartida  mínima  é  de  10%.  Em  operações  com  o  setor  privado,  o  valor  correspondente  à  contrapartida  mínima  é  20%  do  Valor  do  Investimento.    Programa  Nacional  de  Saneamento  Rural  Descrição:  Integrante  do  Programa  de  Aceleração  do  Crescimento,  visa  atender  às  populações  rurais  mais  dispersas  e  as  localidades  com  até  2,5  mil  habitantes.  Serão  disponibilizados  R$  300  milhões,  para   investimentos  em  água  de  boa  qualidade,  esgotamento  sanitário,   inclusive  nas  escolas   rurais.   As   modalidades   são:   Assentamentos   da   Reforma   Agrária   (em   conjunto   com  MDA/Incra);    Reservas   Extrativistas   (em   conjunto   com   Ibama)   e   Saneamento   em   Escolas  Públicas  Rurais  (http://www.funasa.gov.br/internet/ProAceCresIV.asp).  Gestão/Marco  Legal:  órgão  responsável  é  o  Ministério  da  Saúde  e  pela  Fundação  Nacional  de  Saúde  (Funasa).    Construção  de  Cisternas  –  P1MC  Descrição:   O   objetivo   do   P1MC   é   beneficiar   cerca   de   5  milhões   de   pessoas   em   toda   região  semiárida,   com   água   potável   para   beber   e   cozinha,   através   das   cisternas   de   placas.   Cada  cisterna  tem  capacidade  de  armazenar  16  mil  litros  de  água.  Essa  água    é  captada  das  chuvas,  através  de  calhas   instaladas  nos   telhados.  A  cisterna  é  construída  por  pedreiros  das  próprias  localidades,   formados   e   capacitados   pelo   P1MC   e,   pelas   próprias   famílias,   que   executam   os  serviços  gerais  de  escavação,  aquisição  e   fornecimento  da  areia  e  da  água.  Os  pedreiros   são  remunerados  e  a  contribuição  das   famílias  nos   trabalhos  de  construção  se  caracteriza  com  a  contrapartida  no  processo.  Se  a  água  da  cisterna  for  utilizada  de  forma  edequada  (para  beber,  cozinhar  e  escovar  os  dentes)  dura,  aproximadamente,  oito  meses  Gestão/  Marco  Legal:  Desenvolvido  desde  2003  pela  Articulação  no  Semiárido  Brasileiro  (ASA),  um   fórum   de   organizações   da   sociedade   civil   criado   em   1999,   com   apoio   do  Ministério   do  Desenvolvimento  Social  e  Combate  à  Fome.  Alcance   Nacional:   Desde   2003,   o   governo   destinou   recursos   para   a   construção   de   340   mil  cisternas   na   região   do   semiárido.   No   caso   da   água   para   o   consumo,   a   proposta   é   construir  cisternas  para  750  mil  famílias  nos  próximos  dois  anos  e  meio  (http://www.asabrasil.org.br).  Alcance  na  RIDE:  A  tabela  abaixo  apresenta  o  número  de  cisternas  construídas  nos  municípios  da  RIDE.  

Tabela  86.  Unidades  construídas  de  Cisternas,  2004-­‐2011.  

 

Unidades  Construídas   REPASSE  MDS  ESTIMADO  (em  R$)  

Petrolina   170   272.000,00  Orocó   91   145.600,00  Lagoa  Grande   435   696.000,00  

Santa  Maria  da  Boa  Vista   331   529.600,00  

Juazeiro   718   1.148.800,00  

Casa  Nova   984   1.574.400,00  Sobradinho   106   169.600,00  Curaça   774   1.238.400,00  Fonte:  http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php  

 

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Programa  Serviços  Urbanos  de  Água  e  Esgoto  Descrição:   O   objetivo   é   ampliar   a   cobertura   e   melhorar   a   qualidade   dos   serviços   de  saneamento   ambiental   urbano   em   municípios   de   regiões   metropolitanas,   de   regiões  integradas   de   desenvolvimento   econômico,   municípios   com   mais   de   50   mil   habitantes   ou  integrantes  de  consórcios  públicos  com  mais  de  150  mil  habitantes.  As  modalidades  são:  Apoio  a   sistemas   de   abastecimento   de   água   em  municípios   de   regiões  metropolitanas,   de   regiões  integradas   de   desenvolvimento   econômico,   municípios   com   mais   de   50   mil   habitantes   ou  integrantes   de   consórcios   públicos   com   mais   de   150   mil   habitantes   e   Apoio   a   sistemas   de  esgotamento   sanitário   em   municípios   de   regiões   metropolitanas,   de   regiões   integradas   de  desenvolvimento   econômico,   Municípios   com   população   superior   a   50   mil   habitantes   ou  integrantes  de  consórcios  públicos  com  mais  de  150  mil  habitantes  (http://www.caixa.gov.br).  Gestão/  Marco   Legal:  o  órgão   responsável  é  o  Ministério  da  Cidades.  Pode  pleitear   recursos  financeiros  desse  programa,  o  chefe  do  Poder  Executivo  dos  Estados,  do  Distrito  Federal  e  dos  Municípios  ou  seu  representante  legal.  É  condição  para  a  seleção  da  proposta  que  os  governos  estaduais,   municipais   e   do   Distrito   Federal   encaminhem   consulta   prévia   ao   Ministério   das  Cidades,  exceto  aqueles  nominalmente  identificados  no  OGU.  Alcance  na  RIDE:  Tabela  87.  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro,  2010.  

 

006F  -­‐  Apoio  a  Sistemas  de  Esgotamento  Sanitário  em  Municípios  de  Regiões  Metropolitanas,  de  Regiões  Integradas  de  Desenvolvimento  Econômico,  Municípios  com  mais  de  50  mil  Habitantes  ou  Integrantes  de  Consórcios  Públicos  com  mais  de  150  mil  Habitantes    

1N08  -­‐  Apoio  a  Sistemas  de  Esgotamento  Sanitário  em  Municípios  de  Regiões  Metropolitanas,  de  Regiões  Integradas  de  Desenvolvimento  Econômico,  Municípios  com  mais  de  50  mil  Habitantes  ou  Integrantes  de  Consórcios  Públicos  com  mais  de  150  mil  Habitantes    

Petrolina   405.742,02   4.488.214,87  Orocó   –   –  Lagoa  Grande   –   –  

Santa  Maria  da  Boa  Vista   –   –  

Juazeiro   –   818.176,00  

Casa  Nova   –   –  Sobradinho   –   –  Curaça   –   –  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  Além   dessas   ações,   destaca-­‐se   que   iniciativas   de   melhoria   das   condições   de   saneamento  ambiental  pertencentes  à  pasta  da  Saúde.      

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Tabela  88.  Transferências  do  Governo  Federal.  Municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro,  2010.  

 

7652  -­‐  Implantação  de  Melhorias  Sanitárias  Domiciliares  para  

Prevenção  e  Controle  de  Agravos  

7654  -­‐  Implantação,  Ampliação  ou  Melhoria  de  Sistema  Público  de  Esgotamento  Sanitário  para  a  Prevenção  e  Controle  de  Agravos  em  Municípios  de  até  30.000  

Habitantes  

Petrolina   –   –  Orocó   90.000,00   100.000,00  

Lagoa  Grande   –    

Santa  Maria  da  Boa  Vista   –    Juazeiro   –    Casa  Nova   –    Sobradinho   –    Curaça   100.000,00    

Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br    Programa  Drenagem  Urbana  Sustentável  Descrição:  O  Drenagem  Urbana  Sustentável  é  um  programa  do  Governo  Federal  que  promove,  em   articulação   com   as   políticas   de   desenvolvimento   urbano   para   uso   e   ocupação   do   solo   e  gestão  das  respectivas  bacias  hidrográficas,  o  gerenciamento  sustentável  da  drenagem  urbana.  Além   disso,   viabiliza   ações   necessárias   à   implantação   ou   à   melhoria   de   sistemas   para  recuperação,   prevenção,   controle   ou   minimização   dos   impactos   provocados   por   enchentes  urbanas  e  ribeirinhas  (http://www.caixa.gov.br).    Gestão/   Marco   Legal:   Gerenciado   pelo   Ministério   das   Cidades   (Mcidades),   o   programa   é  operado   com   recursos   do   Orçamento   Geral   da   União   (OGU)   e   abrange   governos   federal,  estadual  e  municipal.  Os  percentuais  de  contrapartida  do  programa  são  os  mínimos  definidos  pelo  MCidades,  em  conformidade  com  a  Lei  de  Diretrizes  Orçamentárias  (LDO)  e  com  base  no  Índice  Desenvolvimento  Humano  Municipal  (IDH-­‐M).    Programa  Resíduos  Sólidos  Urbanos  Descrição:  O  programa  Resíduos  Sólidos  Urbanos  incentiva  estados  e  municípios  com  mais  de  50   mil   habitantes   ou   integrantes   de   região   metropolitana   e   de   Região   Integrada   de  Desenvolvimento  (RIDE)  a  redução,  reutilização  e  a  reciclagem  de  resíduos  sólidos  urbanos;  a  ampliação   da   cobertura   e   o   aumento   da   eficiência   e   da   eficácia   dos   serviços   de   limpeza  pública,   de   coleta,  de   tratamento  e  de  disposição   final;   e   a   inserção   social   de   catadores  por  meio  da  eliminação  de  lixões  e  do  trabalho  infantil  no  lixo  (http://www.caixa.gov.br).  A   Ação   Desenvolvimento   Institucional   para   a   Gestão   Integrada   de   Resíduos   Sólidos   é  resultado  de  uma  articulação  entre  o  Ministério  das  Cidades  e  o  Ministério  do  meio  Ambiente.    Gestão/  Marco  Legal:  A  gestão  do  programa  é  feita  pelo  Ministério  das  Cidades  (MCidades)  e  a  operação   ocorre   com   recursos   do   Orçamento   Geral   da   União   (OGU).   Os   recursos   são  depositados  em  conta  específica,  aberta  em  uma  agência  da  CAIXA,  exclusiva  para  movimentar  valores  relativos  à  execução  do  projeto.  Os  percentuais  de  contrapartida  do  programa  são  os  

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mínimos   definidos   pelo  MCidades,   em   conformidade   com   a   Lei   de   Diretrizes   Orçamentárias  (LDO).  Alcance  na  RIDE:  No  ano  de  2010,  o  município  de  Casa  Nova  recebeu  a  título  de  transferências  governamentais  R$226.272,72  (www.portaldatransparencia.gov.br)    ASSENTAMENTOS  PRECÁRIOS  Programa  de  Arrendamento  Residencial  –  PAR  Descrição:  O  Programa  de  Arrendamento  Residencial  (PAR)  tem  por  objetivo  propiciar  moradia  à  população  de  baixa  renda,  sob  a  forma  de  arrendamento  residencial  com  opção  de  compra.  O   PAR   é   uma   operação   de   aquisição   de   empreendimentos   novos,   a   serem   construídos,   em  construção   ou   a   recuperar/reformar.   As   unidades   habitacionais   dos   empreendimentos  adquiridos  se  destinam  à  oferta  de  moradias,   sob  a   forma  de  arrendamento   residencial   com  opção  de  compra,  às  pessoas  físicas  enquadradas  no  Programa.  São  diretrizes  do  programa  o  fomento  à  oferta  de  unidades  habitacionais  e  à  melhoria  das  condições  do  estoque  de  imóveis  existentes,   a   promoção   da   melhoria   da   qualidade   de   vida   das   famílias   beneficiadas,   a  intervenção   em   áreas   objeto   de   Planos   Diretores,   a   criação   de   novos   postos   de   trabalho  diretos   e   indiretos,   o   aproveitamento   de   imóveis   públicos   ociosos   em   áreas   de   interesse  habitacional   e   o   atendimento   aos   idosos   e   portadores   de   deficiência   física.O   PAR   é   uma  política   habitacional   diferenciada   do   Governo   Federal,   implementada   em   grandes   centros  urbanos   (capitais,   respectivas   Regiões   Metropolitanas   e   Municípios   com   população   urbana  com  mais  de  100  mil  habitantes).para  proporcionar  moradia  à  população  com  renda  familiar  até  R$  1.800,00.  Gestão/  Marco   legal:  o  órgão  responsável  é  o  Ministério  das  Cidades,  o  agente  operador  é  a  Caixa  Econômica  Federal.  Criado  pela  Lei  no  10.188,  de  12  de  fevereiro  de  2001.    Programas  Carta  de  Crédito  Associativo  e  Carta  de  Crédito  Individual  Descrição:   Objetiva   conceder   financiamentos   a   pessoas   físicas   para   fins   de   aquisição,  construção,  conclusão,  ampliação,  reforma  ou  melhoria  de  unidade  habitacional,  propiciando  ainda  a  aquisição  de  cesta  de  material  de  construção  ou  a  aquisição  de  lote  urbanizado.  Podem  acessar  os  financiamentos  pessoas  físicas  com  renda  familiar  mensal  bruta  máxima  de  acordo  com  os  parâmetros  a  seguir:  

 Há  ainda  as  Operações  Especiais  que  admitem  renda  familiar  mensal  superior  a  R$  3.900,00  e  até  R$  4.900,00  SOMENTE  PARA  CONSTRUÇÃO  OU  AQUISIÇÃO  DE  UNIDADE  NOVA.  

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Gestão/  Marco   legal:  o  órgão  responsável  é  o  Ministério  das  Cidades,  o  agente  operador  é  a  Caixa  Econômica  Federal.    O  Programa  Carta  de  Crédito  Associativo  Descrição:  objetiva  conceder  financiamentos  a  pessoas  físicas,  associadas  em  grupos  formados  por  condomínios,  sindicatos,  cooperativas,  associações,  Companhias  de  Habitação  (COHAB)  ou  empresas  do  setor  da  construção  civil.  O  programa  permite  a  produção  de  lote  urbanizado,  a  construção  de  unidade  habitacional  ou  a  aquisição  de  unidade  nova  produzida  no  âmbito  do  próprio   programa.   Existe   também  uma  modalidade  denominada   -­‐   Reabilitação  Urbana   -­‐   por  intermédio   da   qual   o   grupo   associativo   poderá   adquirir   unidades   usadas   e   executar   obras  voltadas  à  recuperação  e  ocupação  para  fins  habitacionais.  Podem  acessar  os  financiamentos  pessoas   físicas   com   renda   familiar   mensal   bruta   máxima   de   R$   3.900,00   para   obtenção   de  financiamentos   nas   modalidades   Aquisição,   Construção   de   Unidades   Habitacionais   e  Reabilitação  Urbana;  e  R$  1.500,00  para  obtenção  de  financiamentos  na  modalidade  Produção  de   Lotes  Urbanizados.   Há   ainda   as  Operações   Especiais   que   admitem   renda   familiar  mensal  superior   a   R$   3.900,00   e   até   R$   4.900,00.   Somente   poderão   ser   concedidos   financiamentos  com  recursos  do  FGTS  a  pretendentes,  pessoas  físicas,  que  não  detenham,  em  qualquer  parte  do   país,   outro   financiamento   nas   condições   do   SFH,   e   não   sejam  proprietários,   promitentes  compradores   ou   titulares   de   direito   de   aquisição   de   imóvel   residencial   no   atual   local   de  domicílio  nem  onde  pretendam  fixá-­‐lo  (http://www.cidades.gov.br/).  Gestão/  Marco   legal:  o  órgão  responsável  é  o  Ministério  das  Cidades,  o  agente  operador  é  a  Caixa  Econômica  Federal.    Programa  Habitação  de  Interesse  Social  Descrição:  Os  recursos  do  programa  são  do  Fundo  Nacional  de  Habitação  de   Interesse  Social  acrescidos   das   contrapartidas   obrigatórias   de   estados,   municípios   e   Distrito   Federal.   Os  recursos  do  FNHIS  são  do  Orçamento  Geral  da  União  -­‐  OGU.  A  área  de  intervenção  deverá  ser  ocupada  ter  no  mínimo  60%  (sessenta  por  cento)  de  famílias  com  renda  até  R$  1.050,00  (um  mil  e  cinqüenta  reais),  e,  ainda:  a)  ser  ocupada  há  mais  de  cinco  anos;  ou,  b)  estar   localizada  em  situação  que  configure   risco  ou   insalubridade,  ou   seja,  objeto  de   legislação  que  proíba  a  utilização   para   fins   habitacionais,   nestes   casos,   em   qualquer   período   de   ocupação  (http://www.cidades.gov.br/).  Gestão/  Marco   legal:  O  órgão  responsável  é  o  Ministério  das  Cidades,  o  agente  operador  é  a  Caixa  Econômica  Federal.  Como  utiliza  recursos  do  Fundo  Nacional  de  Habitação  de  Interesse  Social  (FNHIS),  está  sujeito  às  leis  e  decretos  que  o  regulamentam,  lei  11.124/05  e  Decreto  nº  5.796/06.    Programa  de  Urbanização,  Regularização  e  Integração  de  Assentamentos  Precários  Descrição:   A   ação   objetiva   apoiar   estados,   Distrito   Federal   e   municípios   nas   intervenções  necessárias   à   regularização   fundiária,   segurança,   salubridade   e   habitabilidade   de   população  localizada  em  área  inadequada  à  moradia  ou  em  situações  de  risco,  visando  a  sua  permanência  ou   realocação,   por   intermédio   da   execução   de   ações   integradas   de   habitação,   saneamento  ambiental  e  inclusão  social.  Os  recursos  do  programa  são  do  Fundo  Nacional  de  Habitação  de  Interesse   Social   acrescidos   das   contrapartidas   obrigatórias   de   estados,  municípios   e   Distrito  Federal.  A  área  de  intervenção  deverá  ser  ocupada  ter  no  mínimo  60%  (sessenta  por  cento)  de  

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famílias  com  renda  até  R$  1.050,00  (um  mil  e  cinqüenta  reais),  e,  ainda:  a)  ser  ocupada  há  mais  de  cinco  anos;  ou,  b)  estar  localizada  em  situação  que  configure  risco  ou  insalubridade,  ou  seja,  objeto  de  legislação  que  proíba  a  utilização  para  fins  habitacionais,  nestes  casos,  em  qualquer  período  de  ocupação  (http://www.cidades.gov.br/).  Gestão/  Marco   legal:  O  órgão  responsável  é  o  Ministério  das  Cidades,  o  agente  operador  é  a  Caixa  Econômica  Federal.  Como  utiliza  recursos  do  Fundo  Nacional  de  Habitação  de  Interesse  Social  (FNHIS),  está  sujeito  às  leis  e  decretos  que  o  regulamentam,  lei  11.124/05  e  Decreto  nº  5.796/06.    Minha  Casa  Minha  Vida    Descrição:  O  Minha  Casa  Minha  Vida  é  um  pacote  habitacional,   lançado  em  2009,  que  reúne  diferentes   programas:  Municípios   abaixo   de   50  mil   habitantes;   Municípios   acima   de   50  mil  habitantes   -­‐   Fundo   de   Arrendamento   Residencial   (FAR);   Programa   Habitacional   Popular  Entidades   (PHPE);   Programa   Nacional   de   Habitação   Urbana   (PNHU);   Programa   Nacional   de  Habitação   Rural   (PNHR).   Cada   programa   tem   de   atender   às   normativas   específicas   além   da  legislação  geral  do  Minha  Casa  Minha  Vida.  Quando   lançado,  em  2009,  o  objetivo  era   construir  1  milhão  de  moradias  para   famílias   com  renda  até  dez  salários  mínimos.  Em  resumo,  as  diretrizes  eram:  i)O  pacote  tem  o  valor  de  R$  34  bilhões,  sendo  R$  25,5  bilhões  serão  diretamente  da  União,  R$  7,5  bilhões  do  FGTS  e  R$  1  bilhão   do   BNDES   (Banco   Nacional   de   Desenvolvimento   Econômico   e   Social).   Quem   se  enquadrar  nas  regras  e  se  interessar  em  financiar  um  imóvel,  poderá  se  cadastrar;  ii)  O  fundo  garantidor  terá  R$  1  bilhão  do  governo  federal,  para  bancar  a  inadimplência  do  mutuário  em  caso  de  perda  de  emprego  durante  um  período  que   varia   entre  12  e  36  meses.   Para   isso,   a  pessoa   deve   ter   pagado   pelo  menos   seis   prestações   do   contrato;   iii)   Redução   de   custos   de  registro  de  imóveis  em  cartório.  Famílias  com  até  três  salários  mínimos  estão  isentas,  de  três  a  seis  salários  o  desconto  será  de  90%,  e  faixa  de  seis  a  dez  salários  terá  desconto  de  80%  O  Minha  Casa,  Minha  Vida  prevê  para  a  sua  segunda  fase  um  aumento  da  área  das  moradias  para  facilitar  a  acessibilidade  e  a  comodidade  do  morador  (casas  de  39,6m²  e  apartamento  de  45,5m²).  O  valor  médio  das  habitações,  que  antes  era  de  R$42  mil,  passa  a  ser  de  R$55.188,00.  Dentre   as   especificações   das   unidades   habitacionais   estão:   piso   cerâmico   em   todos   os  ambientes,  azulejo  em  todas  as  paredes  de  cozinha  e  banheiro,   todas  as  portas   com  0,8m  e  janelas  maiores   para  melhoria   das   condições   e   iluminação   e   ventilação,   além   de   aquecedor  solar  em  todas  as  casas.  Gestão/  Marco  legal:  O  órgão  responsável  é  o  Ministério  das  Cidades.  Criado  e  regulamentado  pela:  Lei  nº  11.977,  de  7  de  Julho  de  2009;  Medida  Provisória  nº  478,  de  29  de  dezembro  de  2009;  Medida  Provisória  nº  460,  de  30  de  março  de  2009;  Medida  Provisória  nº  459,  de  25  de  março  de  2009;  Decreto  nº  6.962,  de  17  de  setembro  de  2009;  Decreto  nº  6.819,  de  13  de  abril  de  2009.    Programa  Papel  Passado  Descrição:   A   população   de   baixa   renda   que   mora   em   favelas,   loteamentos   e   conjuntos  habitacionais   irregulares   é   a   beneficiária   final   do   programa   Papel   Passado.   Trata-­‐se   de   uma  ação  que  apóia  a  regularização  fundiária  sustentável.  A  intenção  é  que  estados,  municípios  e  o  Distrito   Federal   tenham   condições   de   implementar   nesses   locais   projetos   de   regularização  urbanística  ambiental  e  jurídico-­‐legal.  

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O   Papel   Passado   atua   segundo   uma   estratégia   que   visa   a   remoção   dos   obstáculos   para   a  regularização,  a  disponibilização  de  terras  públicas  federais  e  a  aplicação  direta  de  recursos  do  OGU.   Nestes   últimos   dois   anos,   foram   formadas   parcerias   para   a   plena   implementação   do  programa.  Um  exemplo  é  a  parceria  com  a  Associação  dos  Notários  e  Registradores  (Anoreg)  e  com  o  Instituto  de  Registro  Imobiliário  do  Brasil  (IRIB).  Foram  firmados  compromissos  comuns  no  sentido  de  garantir  a  gratuidade  do  primeiro  registro  e  a  simplificação  dos  procedimentos  cartorários.  O   Instituto  Nacional   de   Seguridade   Social   (INSS),   assim   como   a   Secretaria   de   Patrimônio   da  União  (SPU)  e  a  Rede  Ferroviária  Federal  (RFFSA)  também  se  tornaram  parceiros  do  programa  e  estão   viabilizando  a  destinação  de   imóveis  ociosos  a  programas  habitacionais  de   interesse  social   e   regularização   fundiária.  Além  disso,   existem  ações  na   SNPU  que   visam  minimizar   os  conflitos  envolvidos  com  o  acesso  a  terra  e  a  regularização  fundiária  e  ações  de  capacitação  de  técnicos   e   operadores   de   direito   para   que   o   processo   de   regularização   fundiária   e   seus  instrumentos  possam  ser  assegurados  nos  municípios.  Gestão/Marco  Legal:  Criado  e  gerenciado  pelo  Ministério  das  Cidades.  Alcance  Nacional:  Em  2004,  foram  contratados  pela  SNPU  R$  4,9  milhões  para  apoiar  ações  de  regularização  fundiária  em  126  assentamentos  de  49  municípios  em  17  estados.  As  ações  de  apoio  direto  a  regularização  fundiária,  através  de  destinação  de  recursos  do  OGU,  se  somam  às  ações  de  disponiblização  de  terras  públicas  federais,  às  ações  de  sensibilização,  mobilização  e  capacitação  de  técnicos,  gestores  e  operadores  do  direito,  resultando,  até  dezembro  de  2004,  no  início  de  processos  de  regularização  para  mais  de  314  mil  famílias  no  Brasil  com  o  apoio  do  Ministério  das  Cidades.  Além  dessas   famílias,  outras  15.904   famílias   já  haviam  recebido  seus  títulos  de  posse  (http://www.cidades.gov.br/).    

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Programa  de  Revitalização  da  Bacia  Hidrográfica  do  Rio  São  Francisco  -­‐  PRSF  

O   Programa   de   Revitalização   da   Bacia   Hidrográfica   do   Rio   São   Francisco   -­‐   PRSF   é  coordenado  pela   Secretaria-­‐   Executiva   do  Ministério   do  Meio  Ambiente,   em  parceria   com  o  Ministério   da   Integração   Nacional.   Com   prazo   de   execução   de   20   anos,   suas   ações   estão  inseridas  no  Programa  de  revitalização  de  bacias  hidrográficas  com  vulnerabilidade  ambiental  do   Plano   Plurianual   (PPA   2004/2007)   e   será   complementado   por   outras   ações   previstas   em  vários  programas  federais  do  PPA.  As  ações  de  revitalização  são  executadas  de  acordo  com  a  Política  Nacional  de  Meio  Ambiente  –  Lei  nº.  6.938/81,  Política  Nacional  de  Recursos  Hídricos  –  Lei  nº.  9.433/97  e  a  Política  Nacional  de  Saneamento  –  Lei  nº.  11.445/07.    

Divide-­‐se  em    5  linhas  de  ações,  em  conformidade  como  Plano  de  Atividades  e  Metas  2004-­‐2007  –  PAM:  

• Gestão  e  Monitoramento;    • Agenda  Socioambiental;    • Proteção  e  uso  sustentável  de  recursos  naturais;    • Qualidade  de  saneamento  ambiental  e    • Economias  Sustentáveis.    

No   período   de   2004-­‐2006,   o   Programa   executou   ações   cujo   montante   de   recursos  atingiu   R$   194.692.520,00,   constando   de   obras   de   revitalização   e   recuperação   do   rio   São  Francisco;   monitoramento   da   qualidade   da   água;   reflorestamento   de   nascentes,   margens   e  áreas  degradadas;  e  controle  de  processos  erosivos  para  conservação  de  água  e  do  solo,  nos  estados  de  Sergipe,  Alagoas,  Pernambuco,  Bahia,  Minas  Gerais.  

O  PRSF   terá   sua  continuidade  assegurados  com  recursos  do  Programa  de  Aceleração  do   Crescimento   –   PAC   (2007-­‐2010)   na   ordem   de   R$   1.274.700.000,00.   As   ações   previstas  consistem  em  obras  de  saneamento  básico  (resíduos  sólidos,  esgoto),  contenção  de  barrancos  e   de   controle   de   processos   erosivos,   melhoria   da   navegabilidade   e   recuperação   de   matas  ciliares.   As   ações   de   esgotamento   sanitário,   inicialmente,   envolverão   os   102   municípios   da  calha  do  rio  São  Francisco.  

Este   programa   representa   um   esforço   comum   de   articulação   e   integração   entre   os  vários   órgãos   de   governos   em   todas   as   esferas   e   da   sociedade   civil,   todos   imbuídos   do  propósito   único   que   é   promover   a   revitalização   da   bacia   e   o   desenvolvimento   em   base  sustentável   e   alcançar   a   governabilidade   desejada,   reconhecida   como   chave   para   a   gestão  mais  eqüitativa,  eficiente  e  sustentável  dos  recursos  naturais.    Ações  em  Andamento  1. Monitoramento  da  qualidade  da  água    

O  diagnósticos  da  situação  ambiental,  econômica  e  social,  bem  como  os  indicadores  de  qualidade  da  bacia  são  questões  estratégicas  para  o  Programa  de  Revitalização.  Entre  elas,  em  nível   global   à   bacia,   estão   o   cadastramento   dos   usuários   de   água,   o   monitoramento   da  qualidade   da   água   em   pontos   estratégicos   mediante   uma   rede   otimizada   de   estações  fluviométricas  e  de  qualidade  da  água,  e  o  macrozoneamento  ecológico-­‐econômico.  

O   cadastramento   dos   usuários   foi   concluída   na   região,   que   por   sua   vez   tem   como  objetivo   garantir   a   gestão   participativa   dos   recursos   hídricos,   porém   é   necessário   conhecer  e    organizar  os  usuários  de  água.    

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Outros   investimentos   destinam-­‐se   a   diagnósticos   ambientais   e   planos   diretores   de  sub-­‐bacias  hidrográficas,  como  é  o  caso  dos  Planos  Diretores  da  bacia  do  rio  Pará  (Nascentes  do   São   Francisco)   e   da   barragem   Bico   da   Pedra   (norte   de   Minas   Gerais),   e   o   caso   dos  diagnósticos  ambientais  das  bacias  dos  rios  Corrente  e  Paramirim,  no  estado  da  Bahia;  além  da  recuperação  do  vapor  São  Salvador-­‐barco  escola  

Os   esforços   de   articulação   institucional   que   buscam   o   cruzamento   e   o  compartilhamento   de   dados   entre   as   diversas   entidades   atuantes   na   bacia   por   certo   não  entram   no   cômputo   dos   investimentos   financeiros   ora   arrolados.   Entretanto,   tal  relacionamento   harmônico   tem   importância   primordial   não   apenas   para   a   compreensão   e  controle  dos  processos  ambientais  e  sociais  da  bacia,  mas  também  para  a  própria  otimização  do  planejamento  e  eficácia  das  ações.  Portanto,  tais  esforços  não  poderiam  deixar  de  constar  no  apanhado  das  ações  do  Programa  de  Revitalização  da  Bacia  Hidrográfica  do  São  Francisco  aqui  apresentados.      2. Reflorestamento  de  nascentes,  margens  e  áreas  degradadas    Foram   implantados   viveiros   de   referência   nas   sub-­‐bacias   para   produção   de   1,5  milhão/ano;  recuperação  ambiental  de  projetos  de  assentamentos  ;  plano  de  desenvolvimento  florestal  da  bacia;  Recuperação  da  Cobertura  Vegetal  de  Nascentes  BHSF  Os  projetos  de  reflorestamento  de  nascentes,  margens  na  região  do  Submédio  São  Francisco,  garantiram  na  Bacia  dos  rios  Pontal,  Brígida  e  Pajeú  em  Pernambuco  a  recuperação  de  cerca  de  370  ha.    Assim,   estudos   e   projetos   que   se   destinam   à   recuperação   de   áreas   já   degradadas   ou   que  tenham   caráter   preventivo   para   a   conservação   e   preservação   de   áreas   não   degradadas,  também   integram   a   lista   das   ações   do   Ministério   da   Integração   Nacional/CODEVASF,   em  parceria  com  diversas  instituições.    Podem  ser  citados  os  convênios  com  a  Universidade  Estadual  da  Bahia  e  Embrapa/Funder  para  a   recuperação   da   cobertura   vegetal   de   nascentes   da   região   do   Submédio   São   Francisco.  Projetos  de  reflorestamento  de  matas  ciliares  em  assentamentos  de  reforma  agrária,  ao  longo  de  toda  a  bacia,  o  Plano  de  Desenvolvimento  Florestal  da  Bacia,  para  Minas  Gerais  e  Bahia,  e  o  apoio   ao   Programa   Nacional   de   Florestas,   foram   alocados   na   recomposição   da   cobertura  vegetal,  aí  incluídas  parcelas  destinadas  à  constituição  de  viveiros  de  mudas  nativas  em  cinco  regiões  da  Bahia.  Estudos   de   Viabilidade   de   implantação   de   projetos   de   Mecanismo   de   Desenvolvimento  Limpo     e   Estudo   sobre   acesso   ao  Mercado   de   Carbono   -­‐   O   emergente  mercado   de   carbono  representa  um  dos  mais  disputados  contextos  no  qual  o  pagamento  por   serviços  ambientais  está  sendo  debatido.  A  oferta  de  projetos  de  carbono  no  setor  florestal  visam  reduzir  emissões  globais  de  gases  de  efeito  estufa,  mediante  a  troca  de  créditos,  negociadas  através  de  bolsa  de  valores.  Este   estudo   beneficiará   todos   os   empreendimentos   que   comprovadamente   conseguem  demonstrar   através   de   suas   práticas  metodológicas   diminuir   efeitos   de   gás   estufa.   Além   do  setor  florestal  poder  se  beneficiar,  os  projetos  na  área  de  tratamento  de  resíduos  sólidos  e  de  alternativa  de  energia   limpa,  como  de  matriz  eólica   (conforme  o  Parque  Eólico  no  Submédio  proposto  para  2006)  e  de  produção  de  biocombustíveis,  podem  se  beneficiar  destes  estudos.  Além   desses   projetos,   há   também   repasse   para   os   editais   do   Fundo   Nacional   do   Meio  Ambiente   que   se   destina   à   proteção   e   recuperação   de   nascentes   e   margens   degradadas.    

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As  obras  de  contenção  do  Dique  Cotinguiba/Pindoba,  em  Sergipe,  é  outra  importante  ação  em  curso  incidente  junto  às  margens  do  rio  na  região  do  Baixo  São  Francisco.  Tal  região  também  foi   contemplada   com   projetos   de   revitalização   de   pequenas   várzeas,   em   convênio   com   a  Secretaria  de  Meio  Ambiente  e  Recursos  Hídricos  de  Alagoas.    O   Projeto  Demonstrativo   de  Gestão   e   Recuperação   de  Áreas  Degradas   pela  Mineração,   que  mescla   os   temas   recuperação   de   áreas   degradadas,   conservação   do   solo   e   monitoramento  ambiental,  foram  alocados.      3. Obras  de  revitalização  e  recuperação  do  rio  São  Francisco  Os   municípios   beneficiados   com   as   obras   de   esgotamento   sanitário   estão   em   diferentes  pontos   ao   longo   da   calha   do   rio   ou   em   sub-­‐bacias   consideradas   críticas.    Foram   elaborados  projetos   executivos   e   implementadas   obras   de   esgotamento   sanitário   em   81  municípios   da  bacia.    De  2004-­‐2006  foram  contemplandos  municípios  como  Penedo  em  Alagoas,  Cabrobó,  Petrolina,  Salgueiro  e  Santa  Maria  da  Boa  Vista  em  Pernambuco,  Bom  Jesus  da  Lapa,  Juazeiro,  Canarana,  América  Dourada   e  Barro  Alto,   na  Bahia,   Pirapora,   Caeté   e  Bom  Despacho,   Iguatama,   Pains,  Bambuí  em  Minas  Gerais.  O   Conjunto   destas   ações   garantem   o   Saneamento   Ambiental   dos   afluentes   do   Rio   São  Francisco,   tais   como:   Sub-­‐bacia   do   Moxotó,   Sub-­‐bacia   do   Garça,   Brígida   em   Pernambuco   -­‐  Beneficiando  Diretamente  29  Municípios.  Cerca  de  350  mil  pessoas  diretamente  (considerando  a  média  de  12  mil  hab./mun)  e  cerca  de    500  mil  pessoas  indiretamente  (considerando  a  média  de  17  mil  hab./mun.)  Impactos   positivos:   redução   de   doenças   de   veiculação   através   da   água;   redução   de   carga  poluidora  em  corpos  d’água;  melhoria  hidroambiental.  Outras   ações   de   saneamento   ambiental,   relacionadas   ao   abastecimento   de   água,   ao  tratamento   e   destinação   de   resíduos   sólidos   (lixo),   à   macrodrenagem   urbana,   estão   sendo  viabilizadas   em   toda   a   região,   bem   como   a   construção   de   galpões   para   recolhimento   de  embalagens   de   agrotóxicos.   Para   ilustrar   que     para   atender   o   Plano   de   Conformidade  Ambiental  dos  Perímetros  Irrigados  na  região  do  Sub-­‐Médio  São  Francisco  em  uma  semana  de  campanha  em  2006,   foram   retirados  nove   caminhões   com  embalagens  de   agrotóxicos,   ação  inserido  no  Programa  de  Revitalização  da  bacia  do  São  Francisco.    4. Convivência  com  o  Semiárido  A   implantação   de   25   projetos   de   dessalinização   de   águas   em   Pernambuco   e   Bahia,   que  conduzirão   à   otimização  de   poços   subterrâneos   e   ao   fomento  de   sistemas   produtivos   locais  baseados   no   aproveitamento   dos   rejeitos   da   dessalinização   é   uma   das   ações   destinadas   à  convivência  com  o  Semiárido,  1.000.000  pessoas  beneficiadas.  Com   um   devido   destaque,   cabe   mencionar   o   financiamento   de   5   mil   cisternas   para   o  abastecimento   de   água   difuso   na   região   do   semiárido,   em   convênio   com   o   Ministério   do  Desenvolvimento   Social/CÁRITAS,   sendo   2.065.000   pessoas   beneficiadas   diretamente.   Obras  menores   de   recuperação   ou  manutenção   de   pequenos   barreiros   ou   aguadas,   destinados   ao  armazenamento   de   águas   pluviais   para   abastecimento   humano   e   dessedentação   animal   em  períodos  de  estiagem,  têm  sido  realizadas  em  vários  municípios  pernambucanos.  Na  Bahia,  o  município  de  Ibotirama  foi  contemplado  com  recursos  para  a  recuperação  da  barragem  Poço  do  Peixe.    

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A  implantação  da  adutora  Salitrinho,  para  fornecimento  de  água  aos  pequenos  agricultores  da  calha  do  rio  Salitre,  é  uma  ação  que  está  em  andamento.Adutoras  de  abastecimento  de  água  também   estão   em   vias   de   construção   para   o   Assentamento   de   Reforma  Agrária   de   Sítio   do  Mato,   na   Bahia,   e   para   a   comunidade   Chapada   do   Peba,   em   Santa  Maria   da   Boa   Vista   na  comunidade  Chapada  do  Peba-­‐PE,  alocando  cerca  de  R$143  mil.  Foram  investidos  recursos  na  recuperação   reservatórios  de   água  e   sistema  produção  nas  Bacias  dos  Rios  Pontal,   Brígida  e  Pajeú,  compreendendo  um  montante  de  R$  624.561,00    5. Recuperação  e  controle  de  processos  erosivos  As  ações  de  recuperação  e  controle  de  processos  erosivos  compreende  a  elaboração  de  plano  de   manejo   de   microbacias,   barraginhas;   recuperação   de   áreas   degradas   pela   mineração;  desassoreamento  de  rios,  lagos,  riachos;  barragens;  conformatação  do  leito  do  rio-­‐hidrovia  Um   exemplo   concreto   são   as   ações   de   desassoreamento   do   trecho   da   travessia   do   São  Francisco  próximo  à  sua  foz,  na  região  de  Neópolis/Penedo,  ao  custo  de  R$  425  mil,  e  ainda  as  obras   de   conformação   do   leito   do   rio   São   Francisco   no   trecho   navegável   entre   Pirapora   e  Juazeiro.   Os   estudos   de   viabilidade   e   usos   múltiplos   das   bacias   dos   rios   Urucuia,   Velhas   e  Paracatu,  Minas  Gerais,   já  produziram  um  vasto  acervo  de  dados   socioeconômicos,  do  meio  físico   e   biótico   daquelas   bacias,   estando   também  prevista   a   instalação   e   operação   de   redes  hidrológicas  de  monitoramento.    Ações   de   recuperação   ambiental   e   revitalização   dos   perímetros   irrigados   em  Minas   Gerais,  Bahia,  Sergipe,  Alagoas  e  Pernambuco  ao   longo  da  bacia  também  estão  sendo  desenvolvidas  desde  2004-­‐2006  foram  investidos  cerca  de  R$217,5  mil.  O   Programa   de   Zoneamento   Ecológico-­‐Ecônomico   possui   importante   papel   no   Programa   de  Revitalização   da   bacia   hidrográfica   do   São   Francisco   e   para   isto     o  Ministério   da   Integração  Nacional/CODEVASF   alocou   cerca   de   R$660   mil   para   implementação   deste   projeto.   O  documento   ZEE   da   bacia   foi   publicado   em   2005   em   parceria   com   o   Ministério   do   Meio  Ambiente,  além  de  diversos  outros  parceiros.      No   âmbito   específico   da   RIDE   Petrolina-­‐Juazeiro,   o   levantamento   das   transferências  governamentais  para  o  ano  de  2005  e  2010  indicou  a  existência  de  apenas  uma  ação  estrita  de  revitalização   e   recuperação   do   Rio   São   Francisco   no   ano   de   2005.   Ainda   assim,   apenas   o  Município  de  Petrolina  é  que  foi  contemplado  com  tais  recursos.    Tabela  89.  Tranferências  da  União  relativas  à  ação  “Obras  de  Revitalização  e  Recuperação  do  

Rio  São  Francisco”.  Municípios  da  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro,  2005.  

 Valor  em  R$  

Petrolina   4.000.000,00  

Orocó   –  Lagoa  Grande   –  Santa  Maria  da  Boa  Vista   –  Juazeiro   –  Casa  Nova   –  

Sobradinho   –  

Curaça   –  Fonte:  http://www.portaldatransparencia.gov.br  

   

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Documentos  Consultados  

Brasil.  Ministério  da  Integração  Nacional.  Plano  de  Ação  Integrada  e  Sustentável  para  a  RIDE  Petrolina-­‐Juazeiro:  relatório  final.  Brasília  /  DF:  Terragraph,  2010.  

IPEA.  Objetivos  de  Desenvolvimento  do  Milênio  –  Relatório  Nacional  de  Acompanhamento  –  Brasília:  Ipea,  2010.  

Brasil.  Presidência  da  República.  Catálogo  de  Programas  do  Governo  Federal  destinados  aos  Municípios.  Brasília:  MP,  2008.  Disponível  em:  http://www.portalfederativo.gov.br  

DINIZ,  Clélio  C.  “Repensando  a  questão  regional  brasileira:  tendências,  desafios  e  caminhos”.  in:  CASTRO,  Ana  Célia.  (Org.).  Desenvolvimento  em  debate:  painéis  do  desenvolvimento  brasileiro  II.  Rio  de  Janeiro:  Manaud/BNDES,  v.  3,  p.  239-­‐274,  2002.  

MINISTÉRIO  DAS  CIDADES.    Projeto:  BRA/o4/022.  Sistema  Nacional  de  Informações  das  Cidades:  Tipologia  das  Cidades  Brasileiras,  2005.    

ARRETCHE,  Marta  T.  S.  “Políticas  Sociais  no  Brasil:  Descentralização  em  um  Estado  Federativo”,  in:  Revista  Brasileira  de  Ciências  Sociais,  14(40),  1999.    

Ministério  das  Cidades/CEM.  Assentamentos  precários  no  Brasil  urbano.  Brasília/São  Paulo:  Ministério  das  Cidades/CEM,  2007.    

IPEA,  IBGE,  UNICAMP.  Caracterização  e  Tendências  da  Rede  Urbana  do  Brasil:  Configuração  Atual  e  Tendências  da  Rede  Urbana  (volume  1).  IPEA,  IBGE,  UNICAMP  /  Brasília,  2002.  

MINISTÉRIO  DA  SAÚDE.  Secretaria  de  Atenção  à  Saúde.  Relatório  de  Gestão  2010.  Brasília,  2011.