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tomas-sena
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PT8 Porto Editora
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Guia do Professor
7.1. Rui argumenta que Guanes no s no dividiria o tesouro caso o encon-trasse sozinho, como tambm que um dissipador e que est doente, pelo que gastar rapidamente e em vo a sua parte do tesouro; por outro lado, acres-centa ainda que o dinheiro necessrio para reconstruir os Paos de Medranhos e para que Rostabal viva condignamente a sua situao de irmo mais velho.
7.2. A argumentao de Rui bem-suce-dida, pois Rostabal fica determinado a matar Guanes, para no ter de repartir o tesouro com ele.
7.3.1. Rostabal lava ruidosamente a face e as barbas pois sente necessidade de se purificar pelo fratricdio cometido (em termos simblicos, a gua tem uma funo purificadora).
7.4.1. Ao contrrio de Rui, que se revela inumano e cruel ao matar o irmo, o ani-mal demonstra lealdade e piedade para com o dono.
8.1. Rui morre envenenado.
8.1.1. A analepse que o confirma Porque Guanes [] dono de todo o tesouro. (ll. 188-191).
9.1. A tranquilidade da Natureza e o cenrio idlico que serve de fundo ao conto contrastam com o comportamento e com o carcter rude, cruel e horrendo dos irmos. Este espao, caracterizado pelo renascimento primaveril da Natureza (relva nova de abril), seria propcio a um crescimento interior por parte dos pro-tagonistas. Todavia, o decurso da ao revela-nos que a beleza e harmonia natu-ral contrastam com a decadncia moral de Rui, Guanes e Rostabal.
Nota: O professor poder salientar que a ao decorre num domingo, dia marcado pela noo de sagrado, famlia e valores cristos como o perdo, a bondade e a solidariedade.
10.1. Constituem indcios trgicos a can-tiga popular entoada por Guanes, o repi-que dos sinos, o bando de corvos a gras-nar, as referncias cor vermelha (a pluma que vermelhejou)
11. Todos os irmos so ambiciosos, cal-culistas, materialistas e sanguinrios a prov-lo est o facto de cada um ser dire-tamente responsvel pela morte de um dos irmos. No entanto, Rui, o mais avi-sado, parece ter pior carcter que os irmos, na medida em que instiga Rosta-bal, mais ingnuo, a matar Guanes. Gua-nes tambm bastante traioeiro pois planeia matar os irmos com veneno; Ros-tabal, por seu turno, parece arrepender-se de matar Guanes (cf. forma como se lava na fonte aps o fratricdio, como se procu-rasse purificar-se pelo ato cometido).
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