21
2013.1 ENFERMAGEM CLÍNICO - CIRÚRGICA Profª Lígia Fabiana

2013 - Instituto Formação · Diagnostica – realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença (laparotomia exploradora, biopsia). Curativa – tem por

  • Upload
    dohanh

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

2013.1

ENFERMAGEM CLÍNICO - CIRÚRGICA

Profª Lígia Fabiana

2

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO CENTRO CIRÚRGICO

1- Cirurgia é o ramo da medicina que lida com enfermidade e condições que necessitam, de técnicas

operatórias.Quanto à finalidadea cirurgia pode ser:

Diagnostica – realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença (laparotomia

exploradora, biopsia).

Curativa – tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa de uma doença (apendicectomia).

Corretiva – finalidade de reconstituir, restabelecer a capacidade funcional perdida ou diminuída

(fissura palatina).

Paliativa – tem o objetivo de atenuar, aliviar ou corrigir provisoriamente a dor causada pela doença

(colostomia).

As cirurgias são divididas em três categorias quanto à necessidade de realização.

Emergência – deve ser realizada de imediato, com a finalidade de salvar a vida do paciente.

(hemorragia interna, amputação traumática).

Urgência – sua realização é necessária, aguardar de 24 a 48 horas. (colecistectomia).

Eletiva – sua realização pode aguardar ocasião mais propícia, mas com necessidade (cistos

superficiais, herniorrrafia).

2- CENTRO CIRÚRGICO: é um conjunto de áreas e instalações agrupadas dentro de um hospital, onde

permite a realização de atividades cirúrgicas nas melhores condições de segurança para o paciente

e de conforto para os médicos e equipe de enfermagem.

3- Finalidades

a. Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o cliente à unidade de origem, na melhor condição

possível de integridade;

b. Servir de campo de estágio para a formação e aprimoramento de recursos humanos;

c. Prover recursos humanos e materiais para que o ato seja realizado dentro de condições ideais e

assépticas;

d. Desenvolver pesquisas objetivando o desenvolvimento científico e tecnológico, em prol dos

clientes.

4- Localização – o centro cirúrgico deve localizar-se em área independente da circulação geral, livre

de ruídos, trânsitos de pessoas e materiais estranhos ao serviço; próximo à Clínica Cirúrgica, UTI e

Recuperação Pós-Anestésica.

5- Fatores – para se determinar o número de salas cirúrgicas em cada hospital, devemos considerar:

a. Tipo de cirurgia: eletiva ou urgência;

b. Duração da cirurgia;

c. Especialidade cirúrgica;

d. Horário de funcionamento;

e. Número de equipe cirúrgica;

f. Atividade de ensino.

6- Área – segundo o Ministério da Saúde, Construção e Instalações de Serviços de Saúde, o critério

estabelecido é de 01 sala de operação para cada 50 leitos gerais e 02 salas para cada 50 leitos

especializados.

7- Estrutura física – o Centro Cirúrgico realiza atividades através das seguintes estruturas:

3

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

a. Bloco Operatório – com salas de operação equipadas a depender da especialidade;

b. Recuperação Pós-Anestésica – com leitos equipados para atender aos clientes no pós-anestésico,

até a normalização dos sinais vitais;

c. Cento de Material Esterilizados– local onde são preparados e armazenados os matérias para

serem distribuídos a todas a unidades do hospital. O Centro de Material Esterilizado pode ser

anexo ao C.C. ou na sua própria área.

8- Recursos Humanos:

a. Enfermeira Coordenadora;

b. Enfermeira Assistencial;

c. Técnica de Enfermagem;

d. Auxiliar de Higienização;

e. Auxiliar Administrativo.

9- CONTROLE ASSÉPTICO

a. Área restrita – área de trânsito privativo, com limites definidos para a circulação de pessoal e

equipamentos, rotinas específicas para o controle e manutenção da assepsia. Compõe-se de:

lavabos, CRPA, sala de anatomia patológica, sala para acondicionamento de sangue e órgãos,

raios-X, corredor interno e sala de esterilização.

b. Área Semi-Restrita–área na qual é permitida a circulação de pessoal e de equipamentos de modo

a não interferis nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita. Compõe-se

de: expurgo, copa, salade estar, secretaria, sala de preparo de material.

c. Área Não-Restrita (Irrestrita) – área de livre circulação, em que não exige trânsito privativo.

Compõe-se de: vestuários e corredor de transferência de macas.

10- Elementos

a. Vestuários masculino e feminino – devem localizar-se na entrada do C.C., contendo armários e

banheiros com chuveiros. O acesso ao C.C. só é permitido depois de vestirem as roupas

privativas;

b. Corredor periférico;

c. Lavabos;

d. Secretaria e posto de enfermagem;

e. Copa;

f. Sala de material de limpeza;

g. Expurgo;

h. Sala de estar e repouso;

i. Sala para guarda de aparelhos e equipamentos;

j. Rouparia;

k. Sala de reserva de medicamentos;

l. Sala de anatomia patológica;

m. Sala de cirurgia;

n. Sala de Recuperação Pós-Anestésica. A SRPA pode situar-se no bloco cirúrgico ou anexo a este.

11- Sala de Operação

a. Área física: o tamanho da sala deve oferecer conforto e boa circulação para toda a equipe.

b. Forma: deve ser retangular (6m x 7m) ou oval, acompanhando a estrutura das mesas. A sala

cirúrgica deve ter isolamento acústico e térmico.

c. Paredes: devem ser revestidas com material lavável, resistente e de cor neutra, os cantos da

parede com o piso, do teto com a parede devem ser arredondados, a fim de facilitar a utilização

4

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

de aparelhos; devem permitir a instalação dos dispositivos de iluminação, em número

suficiente, para maior facilidade na utilização de aparelhos.

d. Piso: deve ser condutivo, não poroso, não absorvente, resistente a agentes químicos, sem fendas

ou fissuras, ter aspectos estéticos, realçar a sujeira, resistente ao choque e de fácil limpeza.

e. Portas: devem ser amplas a fim de facilitar a passagem das macas e equipamentos cirúrgicos.

Portas vaivém com visores, devendo manter-se fechadas, evitando ao máximo a movimentação

do ar.

f. Teto: deve ser de material resistente, lavável, não conter rachaduras e as interseções das paredes

arredondadas.

g. Janela: o uso de janelas está relacionado com a ventilação e iluminação, porém já estão sendo

substituídas por sistema de ar condicionado. Quando presentes devem estar localizadas de

modo a espalhar luminosidade em todo o ambiente, não permitindo a entrada de poeira e

insetos. Além de concorrer para a economia de energia elétrica,atua como germicida pela

penetração de raios ultravioleta.

h. Ventilação:o uso da ventilação artificial proporciona um ambiente confortável, permitindo a

renovação do ar, elimina odores e impurezas, temperatura em torno de 22ºC e umidade relativa

do ar de 55 a 60%.

i. Iluminação: o mais natural ajuda a compensar o esforço visual e não altera a coloração da pele e

mucosas do paciente. A iluminação artificial deve ser protegida contra interrupções bruscas e

queda de energia elétrica, adaptada a uma fonte geradora. Deve ser adequada a iluminação do

campo operatório, com ausência de sobras e reflexos.

j. Lavabos: devem estar localizados próximo às salas de operação com dispositivos para controle de

temperatura de água, podendo ser acionado com pé, cotovelo ou joelho.

12- Equipamentos – os equipamentos na sala de operação variam desde o mais simples ao mais

complexo, a depender do tipo de cirurgia. Os equipamentos devem ser de preferência de aço inox,

de fácil limpeza, ter durabilidade e proporcionar segurança para o paciente e equipe. Podem ser

classificados em fixos e móveis.

Fixos – são aqueles adaptados à estrutura da sala cirúrgica.

Negatoscópio;

Interruptores e tomadas elétricas de 110 e 220 volts;

Oxigênio, oxido nitroso e vácuo canalizados;

Foco central;

Ar condicionado.

Móveis – são aqueles que podem ser acrescidos ou deslocados. A sala de operação deve ter o

mobiliário necessário e indispensável, evitando infecção.

Mesa cirúrgica e acessórios;

Foco auxiliar;

Escadinha dois degraus e estrada;

Raio X portátil;

Bisturi elétrico e aspirador;

Carro de anestesia complexo e reanimação;

Aparelho de pressão e garrote;

Extensões;

Mesa auxiliar e de Mayo;

Mesa do instrumentador;

Suporte de soro e alças;

5

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Banco giratório;

Balde de lixo;

Aquecedor de soro;

Balde para roupa ou hamper.

A depender da especialidade cirúrgica poderão ser acrescidos outros equipamentos

imprescindíveis ao ato cirúrgico.

a. Material Estéril

Aventais ou Lap;

Campos simples ou duplos;

Impermeável;

Compressas grandes ou pequenas, gazes e ataduras;

Material para antissepsia;

Aventa vestido com abertura para gente;

Cuba rim, bacias, cúpulas grandes e pequenas;

Luvas de diferentes números;

Material de corte (tesouras e cabos de bisturi)

Sondas e drenos diversos;

Cabo de bisturi elétrico;

Cabo de borracha para aspirador;

Caixa de instrumental;

Fios de sutura;

Equipos de soro e sangue, seringas, agulhas, cateteres de punção venosa;

Material extra, específico a cada cirurgia;

Esparadrapo.

b. Soluções

Álcool a 70%, PVPI degermante e tópico;

Éter;

Soro fisiológico, glicosado, glicofisiológico, ringer lactato; adrenoplasma;

Pomadas;

Xylocaina spray e geleia;

Outras.

c. Medicamentos – Os medicamentos são necessários à assistência do paciente no transoperatório,

devendo ser solicitado na farmácia satélite (do C.C.). O carro de anestesia deve conter as seguintes

medicações:

Analgésicos;

Antipiréticos;

Corticosteroides;

Diuréticos;

Eletrólitos (NaCl, KCl. Bicarbonato de sódio);

Hipertensores;

Cardiotônicos;

Anticoagulantes;

Anestésicos;

Outros.

d. Impressos

Folha de gráfico do anestésico;

6

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Folha de relação de gastos;

Folha de controle de psicotrópicos;

Receituário;

Relatório de enfermagem;

Prescrição médica;

Ficha de notificação compulsória;

Atestado de óbito.

Equipe cirúrgica: Conjunto de profissionais e ocupacionais que, num processo dinâmico, prestam

assistência sistematizada e global ao paciente durante sua permanência no centro cirúrgico. Na sala de

operação o trabalho é dinâmico, numa relação de complementariedade com os demais membros. A equipe

é composta por: cirurgião, anestesista, auxiliar do cirurgião, enfermeiro, instrumentador e circulante.

Posicionamento do paciente

1- Fatores que determinam o posicionamento:

a. Abordagem cirúrgica;

b. Tipo de anestesia;

c. Idade, altura e peso do paciente.

2- Itens que influenciam na segurança do posicionamento:

a. Manutenção da boa função respiratória;

b. Manutenção da boa circulação;

c. Prevenção da pressão sobre músculos e nervos;

d. Boa exposição e acesso para o campo cirúrgico;

e. Bom acesso para a administração de anestésicos.

3- Acessórios necessários para o posicionamento:

a. Braçadeiras;

b. Travesseiros;

c. Coxins;

d. Saco de areia;

e. Perneiras;

f. Suporte para ombros;

g. Esparadrapo;

h. Extensão para mesa;

i. Suporte para cabeça;

j. Suporte para os pés;

k. Cobertores.

Obs.: O paciente só é posicionado após ser anestesiado.

4- Posição de litotomia: Essa posição é derivada do decúbito dorsal, na qual se elevam os MMII, que

ficam elevados em suportes especiais, denominados perneiras e fixados com correias. Usada para

abordagem perineal.

7

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

5- Posição de prona: o paciente deita em decúbito ventral. Usada para cirurgia na parte posterior do

corpo. Obs.: necessidade de expansão pulmonar – liberação das mamas no sexo feminino – uso de

coxins e travesseiros; cabeça lateralizada e braços no suporte.

6- Posição lateral: Nessa posição o paciente fica deitado sobre um dos lados, para obter seu equilíbrio

pela flexão da perna inferiormente colocada a extensão da superior, fixando-o transversalmente

pelo quadril a mesa operatória. O paciente fica deitado sobre o lado não afetado, oferecendo

acesso a parte superior do tórax, na região dos rins, na seção superior do ureter. O posicionamento

das extremidades e do tronco facilita a exposição desejada. Essa posição também permite visualizar

a região dos rins, a ponte da mesa de operação é levantada (Pilet) e a mesa é flexionada, de modo

que a áreas entre a 12º costela e a crista ilíaca seja elevada. Usada para cirurgia de rins, pulmões e

quadril.

7- Posição de Fowler: o paciente é colocado em posição dorsal com o tórax elevado e os ombros são

mantidos eretos. Usado para neurocirurgia.

Posição de Fowler Modificada: Essa é a posição sentada propriamente dita, isto é, em ângulo de

90º. Flexiona-se a parte dos MMII para prevenção de quedas. Ocorre o aumento do peso da

paciente no dorso do corpo. O repouso do dorso é elevado, os joelhos são flexionados, e o suporte

de pé é mantido no lugar. Indicada neurocirurgias, mamoplastias e abdominoplastias.

8

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

8- Posição supina ou dorsal: o paciente fica deitado sobre o dorso com seus brações em posição

anatômica e as pernas levemente afastadas. Usada para indução de anestesia geral e acesso a

cavidades maiores do corpo.

9- Posição de Tredelenmburg: o paciente fica em posição dorsal, com a pelve e membros inferiores

elevados. Usada para cirurgia de abdome inferior e algumas cirurgias de extremidades inferiores.

Essa posição pode, às vezes, interferir na respiração, porque o peso adicional dos órgãos internos

comprime o diafragma do paciente.

10- Posição de Tredelenmburg Reversa: Nessa posição o paciente estará em decúbito dorsal com

elevação da cabeça e tórax e abaixamento do MMII. Usada frequentemente para oferecer acesso a

cabeça e pescoço para facilitar que a força de gravidade desloque a víscera para adiante do

diafragma e na direção dos pés. Indicada para manter as alças intestinais na parte inferior do

abdome e reduzir a pressão sanguínea. Quando a modificação desta posição é usada para cirurgia

da tireoide, o pescoço pode ser hiperestendido pela elevação dos ombros do paciente.

11- Posição Canivete (Kraske): É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, tórax e MMSS são

abaixados de forma que o corpo fique fletido sobre a mesa, mantendo-se a região a ser operada

em plano mais elevado. Utilizada para cirurgias da região proctológicas e coluna lombar.

O que devemos observar:

O corpo do paciente está bem alinhado;

Os pés não estão cruzados;

A cinta da coxa está passada corretamente;

Os braços estão posicionados anatomicamente;

As braçadeiras estão segurando os braços apropriadamente pelo meio do braço até o punho;

Os cotovelos estão protegidos da pressão excessiva;

Os coxins foram colocados adequadamente;

Conferir a posição da cabeça;

Se o paciente está bem fixado na mesa.

9

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

DEGERMAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Assepsia hospitalar: A assepsia é o processo de eliminar ou matar os microorganismos patogênicos de uma

determinada superfície. Com o objetivo de conduzir o ato cirúrgico dentro dos padrões de segurança,

evitando infecções, lançamos mão de recursos de assepsia, anto-sepsia e de conceitos para elucidar as

diversas terminologias.

Assepsia: conjunto de meios usados para impedir a penetração de germes em local que não contenha

(uso de luvas, campos operatórios e instrumentos estéreis).

Anti-sepsia:método usado para impedir a proliferação de microorganismos em tecidos vivos com o

uso de substâncias químicas (escovação das mãos com sabões antissépticos).

Degermação: remoção ou redução das bactérias da pele, por meio de limpeza mecânica (sabões,

degermantes e escavagens) ou por agentes químicos. A degermação é aplicada sobre tecidos vivos.

Desinfecção: destruição dos germes patogênicos ou inativação dos vírus, não necessariamente

matando os esporos. A desinfecção é aplicada nos pisos, paredes, superfície de equipamentos,

mobiliários e utensílios sanitários.

Esterilização: eliminação total dos microorganismos, eliminação dos esporos e inativação dos vírus. A

esterilização é aplicada no instrumental e roupas, avental, campos e compressas.

Sanificação: redução do número de germes a um nível julgado isento do perigo, aplicação realizada

em objetos inanimados nas dependências hospitalares, refeitórios e lavanderias.

Desinfestação: exterminação ou destruição de insetos, roedores ou outros que possam transmitir

infecções ao homem e a outros animais ou meio ambiente.

Roupas

1. Uso do uniforme privativo nas dependências do centro cirúrgico, destinados à proteção do paciente

e equipe cirúrgica: calças, jaleco, gorro, máscara, propé.

2. Além do uniforme privativo, as roupas incluem lençol móvel, lençol para cobertura do paciente,

triângulo, cobertura da mesa cirúrgica.

3. Quanto a necessidade de esterilização as roupas podem ser:

a. Limpas: aquelas que necessitam apenas do processo delavagem e desinfecção;

b. Assépticas: necessitam, para o seu uso, de serem submetidas a processos de esterilização.

São aventais, campos cirúrgicos, cobertura para mesa de instrumental e “opas” (proteção

para costas dos membros das equipes).

4. O tipo de pano pode ser de algodão resistente, malha de algodão, sintético ou algodão leve.

5. O uso de roupas descartável na atualidade destaca-se pela praticidadede individualização.

6. Para aquisição de tecidos para a confecção de roupas do C.C. devem ser observados permeabilidade

a vapor, boa durabilidade, resistência, baixo custo e cor firme.

Degermação: Consiste na remoção de maior quantidade de bactérias, detritos e impurezas depositadas

sobre a pele. A pele normalmente possui bactérias resistentes e transitórias, sendo que as transitórias

podem ser eliminadas facilmente com a lavagem das mãos com água e sabão durante 7 a 8 minutos. As

bactérias resistentes são de difícil remoção por estarem fortemente aderidas a superfície cutânea.

A degermação das mãos e antebraços podem ser realizados pelos métodos:

Mecânicos: escova estéril + água corrente + sabão

Químicos: uso de antisséptico degermante + escova estéril + água corrente

De acordo com as soluções preconizadas pelo Ministério da Saúde à base de PVPI ou clorexidine,

em média 15 fricções num tempode 10 minutos podem atingir 95% de grau de confiança.

A degermação é importante pelas seguintes razões:

As luvas podem apresentar-se furadas ao final da cirurgia;

10

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Elas podem apresentar defeito de fabricação imperceptível ao olho nu;

As bactérias tendem a se multiplicar com o suor das mãos e calor desta sobre as luvas;

As luvas sofrem constantes traumas por agulhas, unhas e outros.

Procedimentos:

Estar paramentado com o uniforme privativo do C.C., usando gorro, máscara bucal e narinas, manter

unhas curtas e sem esmalte;

Retirar joias dasmãos e antebraços, inclusive aliança;

Proceder degermação somente de pele íntegra e sem solução de continuidade;

Abrir a torneira, lavar as mãos, antebraços e cotovelos com degermante e água corrente para

retirada de algum resíduo;

Retirar a escova esterilizada do suporte e segurá-la pela metade inferior com a mão esquerda e

embebê-la com degermante;

Iniciar a escovação pelas unhas da mãe direita; em caso de pessoas canhotas pela esquerda,

contando 15 movimentos;

Escovar a palma da mão (região ventral), começando pela parte lateral do dedo mínimo, espaço

interdigital de cada dedo, até o polegar, com movimentos de vaivém para cada área descrita, desde

a extremidade dos dedos até o pulso;

Virar a mão e escovar o dorso da mesma mão, começando pela região lateral externa do polegar e

terminando no dedo mínimo com movimentos de vaivém;

Passar para o antebraço, escovando em toda a sua extensão, desde o punho até o cotovelo, girando e

mantendo a mão elevada, não podendo tocar em nada;

Escovar também o cotovelo com movimentos circulares;

Enxaguar a escova, passar para a outra mão, pegando-a pela extremidade oposta que segurava antes;

Ensaboar e iniciar a escovação da mãe esquerda com os mesmos procedimentos adotados para a

mão direita;

Ao terminar a escovação depositar a escova na pia;

Proceder o enxague no sentido das unhas, mãos, antebraço e cotovelo, em ambos os braços;

Manter as mãos juntas e elevadas após o enxague, deixando escorrer o excesso de água na pia;

Ir para a sala operatória, mantendo as mãos juntas e antebraços em posição vertical, acima da cintura

e sem tocar em nada;

Enxugar com compressas esterilizadas as mãos, antebraços e por último os cotovelos, primeiro o da

mão direita edepois o da mão esquerda, em seguida desprezar no hamper.

Vestir avental esterilizado: A finalidade do uso do avental esterilizado é servir de barreira protetora, que

contribui para a manutenção da condição de assepsia e proteção do paciente.

Procedimentos:

Pegar o avental pela parte posterior superior junto às tiras, elevá-lo e trazê-lo para fora da mesa;

Abrir o avental sem encostar em nada, realizando movimentos firma e rápido;

Segurar o avental pela parte interna do ombro, e com um movimento rápido e cuidadoso, introduzir

os dois braços nas mangas, ao mesmo tempo, conservando as mãos para o alto e os braços em

extensão;

Distanciar da cintura os amarrilhos para que o circulante possa pegá-los e amarrá-los;

Deixar os braços acima da cintura e na frente, considerar esterilizados apenas a parte da frente e

acima da cintura.

11

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Calçar luvas esterilizadas: O uso das luvas esterilizadas tem por finalidade completar a barreira protetora,

visando manter a assepsia cirúrgica.

Abrir o envelope de luvas, de modo que os punhos finquem voltados para a pessoa que vai calçar;

Calçar a luva esquerda, segurando-a a com a mão direita, tendo o cuidado de segurá-la sobre a dobra

do punho;

Calçar a luva direita, com o auxilio da mão esquerda, com os dedos introduzidos na dobra e puxá-la

até cobrir o punho da manga do avental;

Ajeitar as luvas com ambas as mãos e sobrepô-las ao punho do avental, não deixar qualquer parte do

punho do avental para fora nem pele exposta;

Conservar as mãos enluvadas para o alto e acima do nível da cintura.

Descalçar as luvas

Dobrar os punhos das luvas, sem, contudo tocar n aparte interna;

As luvas devem ficar pelo avesso, com a finalidade de proteger a equipe cirúrgica.

PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO

1. Processos de esterilização

Micoorganismos: organismos vivos, invisíveis a olho nu;

Microorganismos patogênicos: são microorganismos que causam doenças infecciosas;

Esporos: são formas inativas de bactérias;

Esterilização: é o processo de destruição de todos os organismos patogênicos, eliminação dos esporos

e inativação dos vírus;

Desinfecção: processo de destruição de todos os organismos patogênicos, exceto os esporulados;

Desinfetante: substancia química usada para fazer desinfecção;

Antisséptico: toda substância capaz de impedir a proliferação das bactérias, inativando-as ou

destruindo-as;

Bactericida: agente que mata as bactérias.

2. Métodos de esterilização

2.1. Esterilização por calor úmido

2.1.1. Por meio físico a vapor sob pressão -esterilização a calor úmido por meio de vapor saturado e

sob pressão constitui o processo de esterilização mais variável e fácil de controlar.

Vantagens:

Métodos de esterilização

Físicos Calor

Calor úmido

Vapor d'água

Calor Seco

Químicos

GasesParafórmico

Oxido de Etileno

LíquidosProdutos químicos

12

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Altamente efetiva;

Rápido aquecimento e rápida penetração nos pacotes;

Barata;

Pode esterilizar.

Desvantagens:

O material deve ter resistência ao calor e a umidade;

Não esteriliza pós e óleos.

Os materiais são divididos em:

Material de superfície: material pouco denso, exposição de 15 min a 121°C. Exemplo: seringas,

agulhas, cubas, sondas, etc.

Material de densidade: material espesso. Exposição por 30 minutos a 121°C. Exemplo: gazes,

compressas, campos, etc.

Cuidados com o carregamento da autoclave:

Carregar o aparelho com material que requer o mesmo tempo de exposição;

Utilizar apenas 80% da capacidade da autoclave;

Dispor o material na autoclave, de modo a facilitar a penetração e circulação do vapor e eliminação

do ar.

2.2. Esterilização pelo ar seco

Estufa ou forno de Pasteur – caracteriza esse método a ausência de umidade, o que o torna menos

eficiente e mais moroso, por aumentar a termoresistência de esporos. Deve ser utilizado apenas por

material que não pode ser esterilizado pelo vapor.

Vantagens:

Esteriliza pós, óleos e vidros;

Pouco corrosivo;

Baixo custo.

Desvantagens

A penetração do calor no material é lenta;

Requer longo período de exposição;

Limitações de artigos e utilização de invólucros;

Inadequada para tecidos e borrachas.

Observações

Para se efetuar a esterilização faz-se necessário um período de 2horas de exposição a 160°C.

As substancias oleosas exigem 4 horas e 45 minutos para que haja aquecimento e esterilização a

160°C .

Durante a esterilização a estufa não pode ser aberta.

2.3. Esterilização por produtos químicos

A escolha deste método faz-se pela impossibilidade de determinados matérias não poderem sem

expostos ao calor. Ao escolher um produto químico observar as seguintes propriedades:

Não ser irritante a tóxico para os tecidos humanos;

Ter poder para destruir os microorganismos patogênicos;

Ser estável;

Não ser corrosivo.

13

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Quando utilizar um produto químico como esterilizante, observar:

Emergir o artigo na solução adequada;

Utilizar EPI e garantir ventilação na sala;

Preencher o interior das tabulações e reentrâncias com o auxilio de seringa, se necessário, evitando a

formação de bolhas de ar;

Observar e respeitar o tempo de exposição

Enxaguar os artigos;

Secar com compressa estéril ou ar comprimido;

Acondicionar em invólucro adequado.

TIPOS DE ANESTESIAS

CONCEITOS:

Anestesia: é a perda parcial ou completa da sensação de dor com ou sem perda de consciência.

Analgesia: é a perda completa da sensação de dor sem a perda da consciência.

Hipnose: é a perda da consciência sem perda da sensação de dor.

Fatores que interferem na escolha da anestesia:

Estado geral do paciente

Idade do paciente

Medicações usadas pelo paciente

Procedimento cirúrgico

Exames laboratoriais

Tipos de anestesia

1. Geral: considera-se anestesia geral a capacidade que os anestesistas tem de bloquear toda a

sensibilidade do corpo. Pode ser:

a. Inalatória: o anestésico é inalado e introduzido na corrente sanguínea através da membra

alveolar na circulação pulmonar e em seguida na circulação geral até os tecidos. Sua

concentração no cérebrodetermina a profundidade da anestesia.

b. Endovenosa: agente endovenoso como droga principal. Exemplo Fentanil, Diazepan.

2. Cuidados de Enfermagem:

a. Receber o paciente cordialmente;

b. Puncionar veia calibrosa;

c. Aferir SSVV

d. Permanecer ao lado do paciente a fim de dar-lhe segurança e conforto;

e. Contê-lo se necessário;

f. Auxiliar o anestesista ne conecção de intermediário no aparelho de anestesia;

g. Após anestesia, colocar o paciente na posição adequada para a cirurgia;

h. Colocar placa dispersiva;

i. Os membros devem ficar apoiados em talas ou suportes;

j. Verificar continuamente PA, P, R, cor da pele, ficando atento a sinais de choque.

Fases da anestesia geral:

Indução: inicia-se com a administração do anestésico até atingir um grau de depressão do sistema nervoso

central (SNC), sem ocorrer à perda da consciência, sem ocorrer à perda da consciência, sem sentir dor,

preservando as funções vitais.

Manutenção: é quando mantem o SNC deprimido. Ocorre com administração de doses complementares a

dose inicial.

14

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Materiais necessários:

Carro de anestesia;

Sondas de intubação orotraqueal;

Laringoscópio com lâminas;

Fio guia para sondas de intubação;

Anestésicos;

Seringas, agulhas, esparadrapo;

Estetoscópio, tensiometro.

Cânula de guedel;

Máscara para oxigênio.

Complicações:

Vômito

Parada cardíaca

Broncoespasmo

Obstrução respiratória

Excitação

Choque

Assistência de enfermagem:

Estar ao lado do paciente durante a indução

Ligar o aspirador e deixar pronto para uso

Auxiliar o anestesista, se necessário

Posicionar o paciente de acordo com as instruções do anestesista

Anestesia regional: considera-se anestesia regional a capacidade que o anestésico tem de bloquear a

sensação de dor na raiz ou no tronco do nervo e afeta a região do corpo sem a perda da consciência.

Matérias necessários

Agulhas específicas

Seringa e agulhas

Materiais para assepsia

Gases, máscara

Anestésico

Pode ser: raquidiano ou epidural

Bloqueio raquidiano: o agente anestésico é injetado dentro do espaço subaracnóide, dessensibilizando as

raízes nervosas raquidianas.

Vantagens:

Paciente permanece consciente

Reflexos da garganta são mantidos

Administração é fácil

Não é irritante para o sistema respiratório

Relaxamento muscular completo.

Desvantagens

Tensão psíquica, pois o paciente pode ouvir

15

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Cefaleia

Hipotensão

Complicações

Sequelas neurológicas

Cefaleia

Síndrome da cauda equina

AVC

Contraindicações

Lesão da medula espinhal

Doença neurológica

Anemia intensa

Bloquei epidural – o agente anestésico é injetado no espaço que circunda a dura-máter.

Vantagens:

Ausência de complicações neurológicas

Menos distúrbios na pressão sanguínea.

Complicações

Parada respiratória

Hipotensão

Bloqueio local – A anestesia local deprime os nervos superficiais e interfere com a condução dos

impulsos dolorosos de determinada área ou região.

CENTRO DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICO (CRPA)

A sala deve conter:

Camas com grade

Painel de gazes – oxigênio e ar comprimido

Aspirador a vácuo e portátil

Monitores

Oxímetro

Material de urgência

A alta geralmente é determinada por:

Estabilização dos sinais vitais

Nível de consciência

Efeito da cirurgia

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO

Fontes de infecção:

Paciente: microbiota da pele; tratos - respiratório, digestivo e gênito-urinário

Equipe: orofaringe, cabelo e pele.

Fatores de risco:

Idade do paciente

16

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Estado nutricional

Doença de base (diabetes, desnutrição, obesidade e outros)

Infecções comunitárias;

Indicações inadequadas de cirurgia;

Execução da técnica incorreta;

Tempo de duração do ato cirúrgico;

Presença de coágulos, espaço morto, prótese e tecido desvitalizado;

Patologias sistêmicas subjacentes (doenças oncológicas, deficiência do estado imunológico, disfunção

de órgãos e sistemas, doenças metabólicas)

“Quanto menor o tempo de permanência no hospital, menor a incidência de infecções de ferida

cirúrgica.”

Classificação de cirurgia por potencial de contaminação: As infecções pós operatórias devem ser

analisadas conforme o potencial de contaminação da ferida cirúrgica, entendido como o número de micro-

organismos presentes no tecido a ser operado. A classificação das cirurgias deverá ser feita no final do ato

cirúrgico, pelo cirurgião. Podem ser: limpa, potencialmente contaminadas, contaminada e infectadas.

Cuidados com a ferida operatória

1. Lavagem das mãos antes, durante depois de cada manipulação;

2. Usar luva estéril ao manipular ferida aberta ou recentemente fechada (menos de 24 h).

3. Tipos de feriadas:

a. Ferida cirúrgica fechada/seca (já ocorreu cobertura epitelial da ferida)

Nas primeiras 24 h, manter coberta, trocando gaze em caso de exsudação ou sangramento

Remover penso após 24 horas;

Instruir o paciente para lavar com água e sabão – nãos esfregar – secar;

Aplicar antisséptico; não cobrir.

b. Ferida úmida / aberta

Manter penso cirúrgico;

Fazer curativo com antisséptico (PVPI degermante ao redor da ferida e PVPI tópico no leito

da ferida)

c. Ferida com Exudação Serosa

Trocar curativo sempre que necessário;

Aplicar antisséptico.

d. Ferida com pequena secreção purulenta em pontos de sutura

Remover precocemente pontos com exudação purulenta;

Aplicar antisséptico;

Manter gaze sobre a região recém aberta.

e. Ferida com dreno

Objetivos:

i. Facilitar remoções de sangue, soro e fluidos;

ii. Impedir a formação de hematomas, espaço morto.

Indicações:

iii. Cirurgias do trato biliar e pâncreas;

iv. Intervenções que haja: extensiva injúria dos tecidos, debridamento incompleto;

impossível remoção total de corpos estranhos; inevitável contaminação bacteriana.

Medidas:

17

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

v. Remover o mais cedo possível;

vi. Caso haja indicação, encaminhar para bacteriologia, caso cirurgia se torne infectada.

f. Cuidados especiais

i. Quando for trocar vários curativos, deve-se iniciar por aqueles de incisão limpa e fechada,

seguindo-se de feida aberta não infectada, depois os infectados e por último as

colostomias e fistulas em geral.

ii. Quando for necessário o uso de pomadas, dispensá-las em gaze estéril (para não

contaminar o tubo);

iii. Os recipientes das soluções devem permanecer tampados e a solução trocada a cada 24

horas, até 7 dias.

iv. O soro fisiológico deve ser desprezado a cada curativo;

v. Reduzir o tempo de exposição da ferida e do material;

vi. Trocar o curativo toda vez que estiver sujo e úmido (não ultrapassar 6 horas);

vii. Usar técnica de tampão rotativo no curativo, evitando mavimentos de vaivém;

viii. Limpar a ferida da área menos contaminada para a mais contaminada, lembrando que nas

feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da lesão; e na cirurgia, a pele

ao redor da incisão é a mais contaminada.

TERMINOLOGIA CIRÚRGICA: A terminologia cirurgia é o conjunto de termos utilizados para indicar o

tratamento cirúrgico a ser realizado.

RAIZ: parte da estrutura da palavra, indicando q parte anatômica que sofrerá a intervenção

cirúrgica.

AFIXOS: partes que são acrescidas antes (PREFIXOS) ou após a raiz (SUFIXOS). O sufixo indica o

tratamento cirúrgico ou diagnóstico.

RAIZ SIGNIFICADO

(refere-se a/ao)

Adeno Glândula

Angio Vasos

Cisto Bexiga

Cole Vesícula

colo Intestino grosso

Colpo Vagina

Entero Intestino delgado

Espleno Baço

Gastro Estômago

Hepato Fígado

Hístero Útero

Mastro Seio (mama)

Maningno Meningite

Nefro Rim

Oftalmo Olhos

Oofor Ovário

Orquo(o) Testículos

Osteo Osso

Oto Ouvido

18

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Pielto Pelve renal

Procto Reto, ânus

Rino Nariz

Salpingo Trompas

Tráqueo Traquéia

SUFIXOS SIGNIFICADOS

A Negativo, sem

Algia Dor

Ante Contra

Bradi Lento

Cele Hérnia, tumor

Centese Punção

Dese Imobilização

Dia Através, separado

Ecto Externo

Ectomia Remover ou extirpar parte de um órgão

Infra Abaixo

Inter Entre, em meio de

Intra Dentro, lado de dentro

Litíase Cálculo

Mega Dilatação

Peri Ao redor, próximo

Pexia Elevação, fixação

Plastia Reparação plástica ou correção cirúrgica

Pseudo Falso

Ptose Prolapso, queda

Rafia Sutura

Ragia Fluxo em excesso

Retro Atrás, posterior a

Scopia Visualizar o interior de um órgão ou

cavidade com o auxílio de aparelho

Stomia Abertura cirúrgica de uma nova boca

Supra Sobre, cima

Tomia Incisão, abertura da parede ou órgão

Trans Através de

Operação de abertura (otomia)

Artromia Abertura cirúrgica da articulação

Broncotomia Abertura cirúrgica dos brônquios

Coledoctomia Abertura e exploração do colédoco

Coledocolitotomia Incisão do colédoco para retirar cálculo

Duodectomia Abertura na cavidade abdominal

Flebotomia Dissecção de uma veia

Hepatotomia Incisão cirúrgica no fígado

19

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Laparotomia Abertura da cavidade abdominal

Tenotomia Secção do tendão

Toracotomia Abertura da parede torácica

Traqueostomia Abertura de orifício na traqueia

Ureterolitotomia Incisão do ureter para retirar cálculo

Operação de remoção (ectomia)

Adenoidectomia Retirada da adenoide

Apendicectomia Remoção do apêndice

Cistectomia Remoção da bexiga

Colectomia Remoção do colo

Craniectomia Remoção da parede do crânio

Embolectomia Extração de um êmbolo

Esofagectomia Remoção do esôfago

Esplenectomia Remoção do baço

Fistulectomia Remoção de uma fístula

Gastrectomia Remoção total ou parcial do estômago

Hemorroidectomia Remoção das hemorroidas

Histerectomia Extirpação do útero

Iridectomia Ressecção parcial ou total da íris

Laminectomia Ressecção da lâmina vertebral

Laringectomia Ressecção da laringe

Lobectomia Retirada de um ou mais lobos do pulmão

Mastectomia Remoção de uma mama

Mastoidectomia Remoção das células da mastoide

Miomectomia Remoção de mioma

Nefrectomia Remoção do rim

Neurectomia Ressecção de porção do nervo

Ooforectomia Remoção do ovário

Orquidectomia ou orquiectomia Remoção do testículo

Pancreatectomia Remoção do pâncreas

Pneumectomia Remoção do pulmão

Prostatectomia Remoção da próstata

Retosigmoidedectomia Remoção do reto sigmoide

Salpingectomia Extirpação da trompa de falópio

Sequestrectopia Remoção cirúrgica de uma parte ou de um gânglio do

sistema nervoso simpático

Tireoidectomia Remoção da tireoide

Operação de Werthein Remoção do útero e anexos

Construção Cirúrgica de Novas Bocas (Stomia)

Cistotomia Abertura da bexiga para drenagem de urina

Colecistomia Colocação de dreno na vesícula biliar

20

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

Colescistostomia Incisão da vesícula para drenagem

Gastroenterostomia Abertura de uma passagem entre o estômago e o intestino

Gastrostomia Abertura e colocação de uma sonda no estômago através da

parede abdominal para introduzir alimentos

Ileostomia Abertura artificial do íleo

Jejunostomia Colocação de sonda no jejuno para alimentação

Nefrostomia Colocação de sonda no rim para drenagem de urina

Toracostomia Abertura na parede do tórax para drenagem

Operação de Fixação (PEXIA)

Histeropexia Suspensão e fixação do útero na parede abdominal ou vagina

Nefropexia Suspensão e fixação do rim a parede abdominal posterior

Orquidopexia Abaixamento e fixação do testículo a sua bolsa (escroto)

Operação para Observação (SCOPIA)

Broncoscopia Visão direta dos brônquios

Cistoscopia Visão direta da bexiga

Colposcopia Visão direta da vagina

Esofagoscopia Visão direta do esôfago

Gastroscopia Visão direta do estômago

Laparoscopia Visão direta do abdome

Laringoscopia Visão direta da laringe

Uretroscopia Visão direta da uretra

Retossigmoidoscopia Visão direta do reto sigmoide

Operação para Alteração da Forma e/ou Função (PLASTIA)

Artroplastia Reconstrução da articulação com a finalidade

de restaurar o movimento

Blefaroplastia Plástica das pálpebras

Piloroplastia Plástica do piloro para amentar sue diâmetro

Queiloplastia Repara dos defeitos dos lábios

Rinoplastia Plástica do nariz

Salpingoplastia Plástica da trompa de falópio para

recanalização

Toracoplastia Plástica da parede torácica

Operação de Sutura (RAFIA)

Colporrafia Sutura da vagina

Gatrorrafia Sutura do estômago

Herniorrafia Sutura de hérnia

Palatorrafia ou estafilorrafia Sutura da fenda palatina

Perineorafia ou episiorrafia Sutura do períneo

Tenorrafia Sutura do tendão

21

Enfermagem Clínico- Cirúrgica www.ifcursos.com.br Lígia Fabiana

TEMPO CIRÚRGICO

Ato cirúrgico propriamente dito. São 04 tempos ou fases: diérese; hemostasia; cirurgia propriamente

dita; síntese.

1- Diérese – a abertura ou incisão. Consiste em preparar os tecidos ou planos anatômicos para atingir

uma região ou órgão. Pode ser classificada em mecânica ou física.

a. Tipos de diérese mecânica:

i. Punção – introdução de uma agulha ou cateter nos tecidos sem seccioná-los.

ii. Secção – segmentação dos tecidos com material cortante.

iii. Curetagem – raspagem de superfície de um órgão com o auxílio de cureta.

iv. Dilatação – processo através do qual se procura aumentar a luz de um órgão

tubular.

b. Tipos de diérese física:

i. Térmica: realizada com calor, cuja fonte é a energia elétrica (bisturi elétrico)

ii. Crioterapia– consiste no resfriamento intenso e repetido da área em que vai ser

realizada a intervenção cirúrgica.

iii. Raio laser – consiste em um bisturi que emprega feixe de radiação infravermelho

de alta intervenção cirúrgica.

2- Síntese/sutura – é a união dos tecidos. Pode ser:

a. Cruenta – união dos tecidos realizada por meio de sutura permanente ou removível.

b. Incruenta – é a aproximação dos tecidos, unindo bordas por meio de gesso, adesivo ou

atadura.

c. Imediata – realizada logo após o traumatismo.

d. Mediata – algum tempo após a lesão.

e. Completa – quando é feita em toda a extensão da lesão.

f. Incompleta – a união dos tecidos não é realizada em toda a extensão da lesão, mantendo-

se uma pequena abertura para colocação de um dreno.