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2014. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SebraeTodos os direitos reservados.A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Informações e contatosSebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas EmpresasSGAS 605 – Conjunto A – Brasília-DF – CEP: 70.200-904Tel.: (61) 3348-7100www.sebrae.com.br

Universidade Corporativa Sebrae (UCSebrae)www.uc.sebrae.com.br

Presidente do Conselho Deliberativo NacionalRoberto Simões

Diretor-PresidenteLuiz Eduardo Pereira Barretto Filho

Diretor-TécnicoCarlos Alberto dos Santos

Diretor de Administração e FinançasJosé Claudio dos Santos

Gerente da Universidade Corporativa Sebrae (UCSebrae)Alzira Vieira

Gerente Adjunto da UCSebraePaulo Volker

Equipe TécnicaAbnor Gondim (editor)

Coordenação de desenvolvimento e validação de conteúdosMônica Caribé (UCSebrae)

Versão Julho 2014

Sumário

Abertura

LegislaçãoMinistro prevê “transição suave” para sair do Supersimples

PesquisaGanhos para todos com o encadeamento

1º Painel CompetitividadeSolução para a indústria do Brasil

2º Painel Oportunidades e desafios Para fortalecer a economia

2º Painel Oportunidades e desafios Como fortalecer a colaboração?

A visão do pequeno negócioLição para as pequenas empresas

Visão da grande empresaCuidad com o canto da sereia

3º Painel: Oportunidades no Comércio, Serviços, Agronegócio e IndústriaCooperação em vários setores

Palestra InternacionalIdeias de negócios precisam ser esboçadas e testadas

VídeopalestraA cooperação entra no lugar da filantropia

4º Painel: Inserção de pequenos negócios em cadeias de valor – experiências internacionaisEncadeamento com política pública favorável

AvaliaçãoEncadear é aprovado com nota 9

Matérias sobre Encadeamento Produtivo em 2014

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Roberto Simões: vantagens para pequenas e grandes empresas e para a economia nacional

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Encadear para ser mais competitivo

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae aponta que o encadeamento produtivo assegura sustentabilidade aos avanços do País na economia mundial

As vantagens, desafios e as oportunidades de relacionamen-to entre micro e pequenas empresas e grandes corporações para se tornarem mais competitivas foram destacadas na

abertura do Encadear – Fórum de Encadeamento Produtivo – Pe-quenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas, evento promovido pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em-presas), nos dias 21 e 22 de maio, em São Paulo.

Como primeiro orador da cerimônia da abertura, o presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, Roberto Simões, apon-tou a relevância do evento ao trazer para reflexão e debate o enca-deamento produtivo. Isso porque, na avaliação dele, é uma das exi-gências que o País precisa atender para melhorar a competividade de suas empresas, após avançar na economia mundial como uma dos principais potências do planeta.

“O encadeamento produtivo é uma importante estratégia que visa estabelecer a competitividade pelo pressuposto de estabelecer laços cooperativos de longo prazo que beneficie, simultaneamente, grandes e pequenas empresas de uma mesma cadeia de valor”, ava-liou Simões.

Nas palavras do presidente do Conselho, o encadeamento pro-dutivo representa um mecanismo mais efetivo e indispensável para aumentar a competitividade da cadeia de valor. Esse conceito com-preende o conjunto interligado de todas as atividades que criam valor, desde uma fonte básica de matérias-primas ou insumos, for-necedores de componentes ou serviços, produção, distribuição, va-rejo, consumo, atividades de pós-vendas até a coleta, eventual re-ciclagem de materiais e a destinação final. Sem criar valor que seja

Com o encadeamento produtivo, os empresários de pequenos negócios superam a barreira da inadequação, pois precisam se adequar aos padrões internacionais de qualidade e competitividade para vender seus produtos/serviços.

Roberto Simões,presidente do Conselho Deliberativo Nacional

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gindo novas ideias, soluções e criatividade”, analisou.

Integração e inovaçãoPara o presidente do Conse-

lho, o encadeamento produtivo representa, entretanto, uma in-tegração desafiadora, uma vez que obriga os empreendimentos empresariais de menor porte a aproveitar o aporte de conheci-mento necessário para atender a demanda das grandes empresas.

“Com o encadeamento produ-tivo, os empresários de pequenos negócios superam a barreira da inadequação, pois precisam se adequar aos padrões internacio-nais de qualidade e competitivi-dade para vender seus produtos/serviços”, ponderou Simões.

Por isso, o presidente ressal-tou que as parcerias do encade-amento produtivo permitem que pequenas empresas melhorem a competitividade e invistam cada vez mais em inovação. Quer seja a inovação direcionada aos proces-sos de gestão ou, ainda, na pro-dução de bens e serviços, que é a proposta de oferta do Sebrae.

“Nesse aspecto, resume-se o compromisso do Sebrae: em aju-dar as pequenas empresas que atuam nos setores mais dinâmicos da economia nacional nos proje-tos de encadeamento produtivo. Os resultados são positivos e já começam a aparecer”, finalizou.

MaratonaAo se pronunciar, o presidente

do Sebrae, Luiz Barretto, desta-cou que um dos grandes resul-tados obtidos pelo programa de encadeamento produtivo é o aumento do lucro e do fatu-ramento das empresas, além da qualificação para atender às exigências do mercado inter-nacional.

“É uma maratona com obstácu-los. Quem passa por esse proces-so e corta a fita da chegada signi-fica que avançou muito no tema da qualidade e da produtividade”, comparou. “Não dá pra pensar que o Brasil será mais competitivo e mais produtivo, se não incorpo-rar nesse trabalho, nessa questão, as 99% das empresas brasileiras”, completou, apontando o grande desafio tratado no fórum.

reconhecido pelo comprador, as empresas perdem competitivi-dade e perdem o próprio cliente.

“É a verdadeira relação ganha-ganha”, identificou. “De um lado, a oportunidade para as pequenas empresas; de outro, os bons ne-gócios para as grandes. E, nesse universo, lucra também a econo-mia brasileira, cada vez mais forte e inovadora”, sinalizou.

Novas soluçõesSegundo o orador, a atual con-

juntura econômica exige das em-presas instaladas no Brasil a busca de um salto tecnológico, de pro-dutividade e de inovação, visando à sustentabilidade, sendo que no final a soma de todos esses requi-sitos se traduz em maior compe-titividade.

‘“O Fórum Encadear acontece num momento especial para o Brasil, observou Simões. “Dei-xamos a posição de Terceiro Mundo, passamos a fazer parte do Grupo do Brics (Brasil, Rús-sia, Índia, China e África do Sul) e saltamos para a sexta potên-cia mundial. Estamos mais ricos, desenvolvidos e, por isso, com problemas mais complexos, exi-

Nesse universo, lucra também a economia brasileira, cada vez mais forte e inovadora.

Roberto Simões

Evento trouxe ao debate nacional a proposta de cooperação entre empresas de diferentes portes

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Vídeo mostrou as etapas do projeto e os resultados

alcançados

Investimentos de R$ 123 milhõesO encadeamento produtivo está entre os projetos

prioritários do Sebrae. Para isso, a instituição está inves-tindo aproximadamente R$ 123 milhões em 116 proje-tos que visam promover a parceria entre os pequenos negócios e as grandes empresas e que beneficiam cer-ca de 20 mil empreendimentos de pequeno porte.

Vídeo apresentado na abertura do Fórum Encade-ar mostra as etapas do projeto. O Sebrae procura a grande empresa, faz um diagnóstico, identifica pro-blemas, entende as demandas dos grandes e capaci-ta os pequenos. Além do apoio técnico, a instituição subsidia essas ações em até 70%.

SobrevivênciaAlém dos benefícios gerados para as micro e pe-

quenas empresas, as grandes empresas quando parti-cipam do encadeamento produtivo conseguem otimi-zar seus produtos e serviços, reduzir custos e aumentar a sua flexibilidade e agilidade; fatores essenciais para conseguir sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo.

Com a participação de cerca de 900 especialistas nacionais e internacionais, colaboradores do Sebrae e empresários de micro, pequenas e grandes empresas, a programação do Encadear abrangeu temas direcio-nados à estratégia para o aumento da produtividade das cadeias de valor na indústria, no comércio, nos ser-viços e no agronegócio. Para tanto, tratou como foco as redes de aprendizagem, inteligência competitiva, políticas corporativas, desenvolvimento dos pequenos negócios e também o acesso ao mercado.

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“Sebrae é um fenômeno”“O Sebrae é um fenômeno”, disse Jonathan Ort-

mans, presidente da Semana Global do Empreende-dorismo Mundial, enfatizando o excelente desem-penho da instituição ao organizar cinco mil eventos na Semana do Empreendedorismo. “O Sebrae não só serve de exemplo para outros países, como tam-bém para outras entidades”, completou.

A Semana Global do Empreendedorismo é a maior celebração do espírito empreendedor do mundo. Envolve 150 países e mais de 10 milhões de pessoas. Reunindo 600 entidades e quatro mil atividades, a mobilização brasileira teve seu es-forço reconhecido, em Moscou, em março. Nesse contexto, o Sebrae tem importância fundamental no sucesso da Semana do Empreendedorismo, pois, desde 2008, realizou mais de mil atividades por ano em todos os estados brasileiros e tam-bém participa do conselho nacional da Semana.

Como reconhecimento ao trabalho do Sebrae, Ortmans fez questão de gravar um vídeo para ser apresentado durante o Fórum. Na oportunidade, o Sebrae recebeu o prêmio da Semana Global do Empreendedorismo entregue pelo presidente da Semana no Brasil, Juliano Seabra, a Roberto Si-mões, presidente do Conselho Deliberativo do Se-brae Nacional, e Luiz Barretto, diretor-presidente do Sebrae Nacional.

Simões, Seabra e Barretto

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Ministro prevê “transição suave” para sair

do SupersimplesAfif Domingos defende nova tabela tributária para as pequenas empresas que

crescem como efeito do encadeamento produtivo

Uma faixa de “transição suave” será criada no regime tributário do Supersimples em benefício das pequenas empresas que passaram a faturar por ano mais de R$ 3,6 milhões, limite atu-

al de enquadramento.

A previsão foi feita pelo ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República (SMPE), Guilherme Afif Domingos, ao participar da solenidade de abertura do Fórum Encadear – Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas.

“Hoje já se sabe que quem sai do Simples cai no complexo, quem sai do Simples vai para o inferno”, simplificou, referindo-se às pe-quenas empresas que crescem por adequar a empresa aos requi-sitos de mercado, conseguindo aumentar consideravelmente seu faturamento.

Citou que será criada uma nova tabela de alíquotas do Supersim-ples, conforme compromisso firmado com a Receita Federal, duran-te a votação e aprovação da nova Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, na Câmara dos Deputados. A matéria estava para ser vo-tada no Senado em julho deste ano.

“Em 90 dias [após a promulgação da revisão da Lei Geral], vamos criar uma nova tabela que permita a empresa crescer sem ter medo de crescer e, quando ela extrapolar o limite, ela tem que ter uma passagem suave”, anteviu.

Por isso, defendeu que o Brasil precisa de um grande Simples e não um Simples restritivo. Pelas previsões do ministro, após a edição da nova lei, haverá um estudo em parceria com a Fundação Getulio

Hoje já se sabe que quem sai do Simples cai no complexo, quem sai do Simples vai para o inferno.

Guilherme Afif Domingos,ministro da Micro e da Pequena Empresa

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Chefe da pasta da Pequena Empresa criticou que “O Brasil tem a cultura de polícia econômica e não de política econômica”

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Vargas (FGV), o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e a Universi-dade de São Paulo (USP) para analisar qual o impacto dessa saída gradativa para a arrecadação.

“Eles terão 90 dias para apresentar os estudos e, a partir daí, va-mos formular, com base acadêmica, uma mudança na tabela do re-gime”, projetou Afif.

Para o ministro, é necessária a criação de uma tabela de transição das pequenas empresas para não saírem abruptamente do regime do Supersimples, quando ultrapassam o faturamento de R$ 3,6 mi-lhões por ano.

O ministrou projetou que, com o sucesso do encadeamento pro-dutivo, as pequenas empresas beneficiadas deverão crescer. Mas alertou: “A falta de um processo de desenquadramento gradativo do Simples as coloca em risco ao terem que enfrentar a burocracia e a tributação a que estão submetidas as grandes, embora não dispo-nham de musculatura suficiente para tanto”.

Por isso, defendeu que o Brasil precisa de um grande Simples e não de um Simples restritivo.

Polícia econômicaNa sua apresentação, o ministro fez um trocadilho: “O Brasil tem

a cultura de polícia econômica e não de política econômica”. E, para evitar esse “inferno”, as pequenas empresas em crescimento criaram o “efeito caranguejo”, classificou.

“Enquanto tiver um parente, ele vai colocando a empresa em nome do parente e vai crescendo que nem caranguejo. Pro lado. No teto hoje se encontram poucas. Porque, na verdade, ela já está se multiplicando antes, e ela vai acabar se tornando empresa anã, deficiente no seu processo, com crescimento lateral”, explicou.

Dirigindo-se ao empresário Jorge Gerdau, um dos painelistas do Fórum, presente no auditório, o ministro afirmou que a indústria não consegue ter como fornecedores empresas de menor porte. Nas pa-lavras do ministro, a empresa que cresce e fatura além do limite do Supersimples é a que mais sofre em função do peso da burocracia, o peso das obrigações acessórias.

“Nós tratamos aqui quem estiver fora da faixa de limite do Super-simples com visão de polícia econômica, com exigências absurdas para esse porte de empresas”, reclamou.

“Somos dependentes da arrecadação, assim sendo quando se fala de arrecadação de tributos, não pode haver desoneração, e as restrições são fortes, para que possamos ser mais audaciosos dentro do processo da simplificação”, sintetizou Afif.

Vamos criar uma nova tabela que permita a empresa crescer sem ter medo de crescer e, quando ela extrapolar o limite [do Supersimples], ela tem que ter uma passagem suave.

Guilherme Afif Domingos,ministro da Micro e da Pequena Empresa

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O ambiente hostil oferecido no País aos negócios leva as empre-sas de menor porte a se dividi-rem em três grupos: bebês, pig-meus e anãs.

“As bebês são as novas com con-dições de crescimento, enquanto os pigmeus – como os pigmeus dos filmes do Tarzan –, mesmo adultos, continuam pequenos, porém ágeis e eficientes. Já as anãs não cresce-ram e são desproporcionais devido a problemas de nascimento e de crescimento”, comparou o ministro Guiherme Afif Domingos.

Dessa forma, ele pregou que, para crescer saudáveis, as empre-sas bebês precisam de condições até que pelo menos atinjam a adolescência. “E não obrigar-lhes a enfrentar o mundo dos adultos antes que estejam preparadas”, defendeu, resumindo: “Encontrar a transição é o grande desafio”.

Bebês, pigmeus e anãs

Empresas vão enfrentar o peso da burocracia e dos tributos

Principais mudanças A quinta revisão da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas em

tramitação no Congresso Nacional traz como novidades o acesso de quase todas as micro e pequenas empresas ao regime tributário re-duzido do Supersimples e a redução de alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

A proposta prevê também a criação do Serviço de Apoio à Ino-vação de Micro e Pequenas Empresas pela Internet. Com a nova Lei, as Universidades, Instituições de pesquisa e Entidades de fomento devem se articular para apoiar um serviço on line de acesso à solu-ção de inovação, e solicitação de apoio técnico ou pesquisas para problemas específicos de micro e pequena empresa.

Atualmente, o Sebrae disponibiliza o programa SebraeTec, uma solução de consultoria de inovação e tecnologia para apoiar os pequenos negócios, que recebem a orientação dos especialistas. Para o Microempreendedor Individual, essa solução é oferecida gratuitamente.

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Ganhos para todos com o

encadeamentoAumento médio é de 34% no faturamento e 26% na lucratividade dos

pequenos negócios, aponta levantamento do Sebrae

Pesquisa inédita do Sebrae, lançada no Encadear – Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas, desfaz a ideia de que as grandes e as pequenas empresas são apenas concorrentes.

Entre as pequenas companhias atendidas pelo Sebrae no Progra-ma de Encadeamento Produtivo, o aumento médio no faturamento foi de 34% e de 26% na lucratividade.

Já para 90% das grandes companhias, melhorou a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelas pequenas; 50% das grandes perceberam atualização tecnológica de produtos e/ou processos de seus fornecedores; e 60% de seus pequenos distribuidores atingiram maior produtividade.

“Existe ainda muito desconhecimento: a grande empresa acha que o pequeno não é capaz e a pequena acha que o grande não é para ele. Mas eles podem ter papéis complementares, desde que haja preparação para isso”, recomendou o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, ao apresentar os resultados da pesquisa no Fórum En-cadear – Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas.

Na pesquisa, um terço dos pequenos empresários revelou que após receberem do Sebrae as consultorias técnicas sobre planeja-mento, finanças, inovação, marketing organizacional, logística, entre outras ações, as reclamações das grandes empresas diminuíram. E para 60% das âncoras, a presteza e a flexibilidade das pequenas para atender suas necessidades emergenciais melhoraram.

Portfólio A pesquisa aponta que atualmente são 116 projetos nacionais e

Pesquisa

Existe ainda muito desconhecimento: a grande empresa acha que o pequeno não é capaz e a pequena acha que o grande não é para ele. Mas eles podem ter papéis complementares, desde que haja preparação para isso.

Luiz BarrettoPresidente do Sebrae

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Barreto: o trabalho do Sebrae e adequar os pequenos para atender os requisitos das grandes companhias

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regionais realizados no Progra-ma de Encadeamento Produtivo do Sebrae, envolvendo mais de 19 mil pequenas empresas e cer-ca de 60 companhias de grande porte, as chamadas âncoras, das cadeias do aço, automotiva, de alimentos e do petróleo e gás,

A estimativa de negócios entre elas é de R$ 4,5 bilhões. Há várias oportunidades de negócios, como uma pequena indústria que passa a fornecer peças e componentes para a produção de uma siderúrgica e até um salão de beleza que se torna distribuidor autorizado de produtos de beleza de uma marca mundial.

“As grandes companhias têm vários requisitos de qualidade, prazos, capacidade de produção etc. Nosso trabalho é adequar os pequenos para isso e, dessa for-ma, eles se tornam mais compe-titivos e ganham mercado. É um círculo virtuoso para toda a eco-nomia”, completa o presidente do Sebrae.

Quero fazer um agradecimento, e queria que vocês batessem palmas para os funcionários colaboradores que fizeram este evento se realizar com tão boa qualidade. Luiz BarrettoPresidente do Sebrae

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1º PainelCompetitividade

Solução para a indústria

do BrasilEncadeamento produtivo traz benefícios para o

setor, apontam executivos de grandes corporações

A cooperação entre pequenas e grandes empresas pode ser a solução economicamente viável para assegurar maior produ-tividade e competitividade à indústria do Brasil.

Opiniões nesse sentido marcaram o primeiro painel do Fórum Encadear – Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas, que tratou do tema “Como aumentar a competitividade na indústria unindo grandes e pequenas empresas?”.

Com a jornalista Mônica Waldvogel, da GloboNews, como mode-radora, o painel apresentou um panorama de como o encadeamen-to produtivo está evoluindo no País.

Assim se manifestaram executivos de grandes corporações: Jorge Gerdau, da Gerdau (indústria do aço); Gustavo Rocha, di-retor- presidente da Invepar (gestão de aeroportos); Patrick Sa-batier, diretor de Relações Institucionais da Loréal (cosméticos); Luis Moan Yabiku Junior, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Capacitação da indústria do açoA busca da eficiência e da tecnologia de seus fornecedores, a fim

de agregar valor ao mercado, fomentou a Gerdau a atuar em con-junto com sua cadeia de fornecedores.

Para tanto, com o Sebrae, a empresa desenvolveu metodologias e experiências que, inclusive, levou para outras unidades da empresa fora do Brasil.

“Usamos a medição de indicadores que auxiliam no crescimento da pequena e média empresa, sempre dentro de um esforço de me-lhoria de gestão”, argumentou Jorge Gerdau, presidente do Conse-lho Administrativo da Gerdau.

De acordo com o executivo, há ainda o conceito da sustentabili-dade (econômica, ambiental e social) que, com equilíbrio, conjuga

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A jornalista Mônica Waldvogel conduziu a apresentação de dirigentes de grandes empresas

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uma eficiência econômica e potencializa o cresci-mento da pequena e microempresa.

Dentro de um universo de 120 mil clientes e tra-balhando com 6 mil fornecedores, a Gerdau procu-ra capacitar todas as etapas da sua cadeia de valor, chegando até os sucateiros.

“Essa parceria com o Sebrae é uma experiência gratificante e única para nós empresários cons-truirmos no Brasil”, sintetizou Gerdau

Decolando com GuarulhosGustavo Rocha (Invepar) historiou o sucesso do

encadeamento produtivo adotado desde 2012 em parceria com o Sebrae no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A empresa é concessionária para administrar e reformar o aerporto, juntamente com a sul-africana ACSA.

“Em apenas dois anos, esse processo tem ren-dido muitos frutos não só do ponto de vista de ganho empresarial, mas também de flexibilidade, rentabilidade e qualidade”, atestou e complemen-tou: “Como prestadores de serviços, a qualidade na nossa cadeia de valor é imprescindível, pois re-flete no nosso usuário (cliente).”

De acordo com o executivo, a segunda fase de obras do aeroporto, nos próximos cinco anos, en-globará investimentos da ordem de R$ 5 bilhões.

“Invepar deu início ao projeto com o objetivo de desenvolver social e economicamente a comunida-de do entorno, criando a oportunidade de inclusão produtiva, estimulando o empreendedorismo e for-talecendo os fornecedores locais,” enfatizou Rocha.

Desde o início dos trabalhos, os negócios com a cadeia de fornecedores locais, para expansão do projeto, atingiu cerca de R$ 3 milhões, nos primei-ros dois anos.

Em 2013, o projeto fechou 10% em compras com fornecedores, esperando atingir 20% (em 2014).

“Estamos com 22% de cotações e pretendemos chegar a 40%”, adiantou, sinalizando uma barreira a ser superada: “O desafio é trazer o encadeamen-

Essa parceria com o Sebrae é uma experiência gratificante e única para nós, empresários, construirmos no Brasil.

Jorge Gerdau, presidente do Conselho de Administração da Gerdau

Esse processo tem rendido muitos frutos não só do ponto de vista de ganho empresarial, mas também de flexibilidade, rentabilidade e qualidade.

Gustavo Rocha, diretor-presidente da Invepar

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to produtivo para o sítio aeroportuário, onde se concentram grandes companhias (aéreas, alimen-tação, varejo) que movimentam a economia”.

MicrodistribuidoresComo pode acontecer o encadeamento produ-

tivo no setor de cosméticos? A resposta foi dada por Patrick Sabatier, da L´Oréal, justificando que, como o Brasil representa o sexto mercado da com-panhia francesa, precisará desenvolver parceiros locais e, para tanto, em conjunto com o Sebrae, fez um mapeamento do setor.

Na linguagem figurada, pode-se dizer que o se-tor de cosméticos no Brasil apresenta um cresci-mento chinês, refletindo bem a expansão do seg-mento, analisou Sabatier.

Também com o Sebrae e a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a L´Oréal vem tra-balhando pela valorização e profissionalização do segmento. “Além da criação de cursos dentro das comunidades, estamos empenhados no desenvol-vimento de microdistribuidores para comercializa-rem a nossa marca”, ressaltou Sabatier.

ProximidadeNo mundo, o Brasil é o quarto maior mercado

automotivo, porém o sétimo no ranking de pro-dução, com poucas chances de ascender sem uma cadeia produtiva forte. Na análise de Yabiku Junior, da Anfavea, a produtividade virá através da logísti-ca e do encadeamento produtivo.

“Os fornecedores têm que estar próximos aos fabricantes que hoje estão situados em todas as regiões do País e, por isso, buscamos parcerias”, recomendou.

O setor, em parceria com o Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Sebrae, vem buscando identificar oportunidades para desenvolver as médias e pequenas empresas.

Outro trabalho apontado pela Anfavea surgiu a partir do projeto Inovar-Auto (2012-2018), de investimentos direcionados às montadoras, que estabeleceu a criação do sistema da rastreabilida-de para detectar os componentes que podem ser produzidos com escala no País.

Além da criação de cursos, dentro das comunidades, estamos empenhados no desenvolvimento de microdistribuidores para comercializarem a nossa marca.

Patrick Sabatier, diretor de Relações Institucionais da Loréal

Os fornecedores têm que estar próximos aos fabricantes que hoje estão situados em todas as regiões do País e, por isso, buscamos parcerias.

Luis Moan Yabiku Junior, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)

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2º PainelOportunidades e

desafios

Para fortalecer a economia

O Encadeamento Produtivo objetiva gerar “pequenos negócios fortes”, assinala o diretor Carlos Alberto dos Santos

A decisão do Sebrae de priorizar o Programa de Encadeamento Produtivo é resultado da diretriz adotada em 2011 no sentido de incluir em sua missão a melhoria da economia nacional.

Essa observação foi assinalada pelo diretor-técnico do Sebrae Na-cional, Carlos Alberto dos Santos, durante sua participação no 2º painel do Fórum Encadear – Encadeamento Produtivo – Oportuni-dades e Desafios.

“Não vamos ter uma economia nacional forte, sem o fortaleci-mento dos pequenos negócios”, destacou, mencionando a neces-sidade de aprimorar essa estratégia para o País enfrentar a concor-rência internacional.

Daí por que, explicou, a fim de contribuir com a posição do País na disputa globalizada, em 2011, o Sebrae acrescentou a meta de “fortalecer a economia nacional” à sua missão de promover a com-petitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negó-cios e fomentar o empreendedorismo.

“Temos um vetor que dialoga com a economia e com a nação brasileira”, frisou, exemplificando o Fórum Encadear como oportuni-dade de diálogo entre pequenas e grandes empresas para enfrentar a concorrência internacional.

“Não podemos ter a ilusão de que esse processo da globalização se dará de forma harmônica, sem conflitos, sem assimetria e sem disputas de interesses. E a política industrial é o vetor desse proces-so de competitividade”, sustenta.

Após mostrar fases de evolução das indústrias globais e como o Brasil se apresenta nesse cenário, Santos esclareceu que hoje os países encontram-se na fase de defesa em que cada vez mais vão defender sua produção, emprego e renda, através de políticas in-dustriais.

Não podemos ter a ilusão de que esse processo da globalização se dará de forma harmônica, sem conflitos, sem assimetria e sem disputas de interesses.

Carlos Albertos dos Santos,diretor-técnico do SEBRAE

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Santos: política industrial é um dos vetores da competitividade do Brasil em um mundo globalizado

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Empecilhos Em sua explanação, Santos apontou que o Brasil tem cerca de

13 milhões de pequenas unidades produtoras, sendo que menos de 10% da população está à frente de negócios, principalmente se comparado a outros países.

“Se de um lado elas geram empregos, de outro apresentam baixa produtividade e renda e uma participação pequena de valor agrega-do ao PIB [Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas no País]”, ilustrou.

Por isso, o diretor indicou que “um dos nossos desafios está rela-cionado ao aumento da produtividade e, consequentemente, o da renda”.

Mencionou que os custos (impostos, taxas de juros, burocracia) no País são outros empecilhos que inibem o surgimento de negócios.

O diretor-técnico disse acreditar que na medida em que essa grande barreira diminua haverá um boom na criação de pequenos negócios.

Santos também destacou a capilaridade do Sebrae. Segundo ele, este ano 2 milhões de empresas devem ser atendidas pelo sistema Sebrae, por meio de 2.000 parcerias e 6.000 funcionários.

“Essa é uma grande responsabilidade. O Sebrae é único, inclusive na sua forma de financiamento. Hoje temos a oportunidade de con-versar com as grandes e médias empresas que contribuem com o sistema, e também com as micro e pequenas que trazem os desafios a serem superados”, ressaltou.

Grandes na arena dos pequenos

Grandes redes varejistas no Brasil, a maioria multinacional, estão indo disputar mercado “na arena dos pequenos”, com a criação de unidades menores para concorrer com o comércio tradicional de bairro.

Na luta pela sobrevivência em disputa desproporcional com os gran-des, os pequenos negócios precisam investir em diferenciais, inclusive aproveitando a flexibilidade que os concorrentes maiores não têm.

“Eu posso ser competitivo, se eu estiver no nicho, se eu estiver no bairro, e se eu tiver um diferencial no atendimento”, apontou o diretor-técnico do Sebrae Nacional, ao responder pergunta encami-nhada pelo moderador do 2º Painel do Fórum Encadear, o jornalista Paulo Henrique Amorim, da Rede Record.

“Se de um lado, elas [as micro e pequenas empresas] geram empregos, de outro apresentam baixa produtividade e renda e uma participação pequena de valor agregado ao PIB.

Carlos Albertos dos Santos,diretor-técnico do Sebrae

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“Mas o que a gente observa no Brasil todo?”, indagou e respon-deu: “As grandes redes varejistas, em grande parte hoje multinacio-nal, estão fazendo um caminho inverso, abrindo pequenas unidades em bairros, concorrendo diretamente com esse comércio varejista tradicional de bairros”.

Duplo desafioEssa investida das grandes corporações coloca um duplo desafio

para os pequenos negócios, na opinião de Santos.

“Se é verdade que, se o pequeno for brigar na arena do grande, ele não vai ter as vantagens, os grandes estão indo brigar na arena dos pequenos”, identificou.

O diretor classificou que, em alguns casos, a situação se torna até dramática, o que reforça a necessidade do diferencial de atendimen-to e de serviços de qualidade. Para Santos, a pequena empresa tem melhores condições de oferecer um tratamento mais identificado com o cliente.

Santos: as multinacionais estão abrindo pequenas unidades em bairros para concorrer com o comércio tradicional

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Se é verdade que, se o pequeno for brigar na arena do grande, ele não vai ter as vantagens, os grandes estão indo brigar na arena dos pequenos.

Carlos Albertos dos Santos,diretor-técnico do Sebrae

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“Aí a flexibilidade do pequeno permite. Não é o efeito escala, a redução de custos, para achar que vai concorrer com a grande cadeia ofere-cendo produto mais barato. Não tem. Pelo sim-ples processo de compras, porque já compra mais caro do que o grande. Isso é da matemá-tica”, comparou.

Cachaça x pinga Para demonstrar que há espaços para os pe-

quenos negócios na concorrência com as gran-des empresas, desde que invistam em diferencial, Santos citou um exemplo clássico e elucidativo do caso da cachaça x pinga.

“A cachaça é artesanal e leva o nome do dono. É o pequeno alambique, a pequena produção, alto valor agregado e grandes margens. A pin-ga é industrializada, em grande quantidade, de baixo valor. E, se o pequeno empresário quiser produzi-la, não vai conseguir. Já a cachaça, se a grande empresa tentar, não vai convencer, até porque a bebida tem a ver com a cultura local”, discorreu o diretor.

A cachaça é artesanal e leva o nome do dono (...). Se a grande empresa tentar, não vai convencer, até porque a bebida tem a ver com a cultura local.

Carlos Albertos dos Santos,diretor-técnico do Sebrae

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Pequenos Negócios

Desafios e Perspectivas

Encadeamento Produtivo

Coordenação

Carlos Alberto dos Santos

Alberto Ribeiro Vallim | André Grossi | André Luis da Silva Dantas | Antonio Batista Ribeiro

Neto | Aureo Gaspar | Carlos Alberto dos Santos | Carlos Almiro de Magalhães Melo |

Eliane Lobato Peixoto Borges | Fabianni Silveira Melo Costa | Fausto Cassemiro | Francisca

Pontes da Costa Aquino | Glauco Lopes Nader | Guilherme Plessmann Tiezzi | Gustavo Reis

Melo | Helbert Sá | Ivelise Fortim | Jairo Martins | Kelly Sanches | Lara Chicuta Franco | Luiz

Ojima Sakuda | Maísa Feitosa | Mauricio Tedeschi | Mauro Uhlig Mocellin | Oscar Attisano

| Patricia Mayana | Paulo Cesar Rezende de Carvalho Alvim | Pedro Pessoa | Rafael

de Farias Costa Moreira | Raul Martins Gomes de Paiva | Renato Dias Regazzi | Renato

Perlingeiro Salles Junior | Rodrigo Maia Marcelo Pirani | Rogério Allegretti | Ronaldo M. L.

Martins | Sérgio Luiz Vaz Dias | Sylvia Pinheiro | Walter Domingues de Faria Junior

Vol.

O Encadeamento Produti-vo, apresentado sob diferen-tes aspectos e percepções, é a tônica do sexto volume da coletânea “Pequenos Negó-cios – Desafios e Perspecti-vas”, coordenada por Carlos Alberto dos Santos, econo-mista e diretor-técnico do Se-brae Nacional.

Trata-se de um postulado acerca das relações empresa-riais na economia atual, mos-trando que, por mais acirra-da que seja a concorrência, nenhuma empresa sobrevive sozinha no mercado global. As grandes dependem das pequenas e vice-versa, na medida em que ambas que-rem se manter competitivas.

O livro é lançado no mo-mento em que o empreende-dorismo passa por uma fase muito promissora no País. Cita que o mercado interno é expressivo com um número de consumidores superior à população de muitos países.

Em abril deste ano, relata a obra, o Sebrae somou 116 projetos nacionais e regio-nalizados de encadeamen-to produtivo. As parcerias beneficiam mais de 19 mil empresas e possuem uma expectativa de negócios de R$ 4,5 bilhões.

Obra sobre Encadeamento

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Christian Pfeiffer, secretária-geral da Rede Internacional para Pequenas e Médias Empresas (INSME)

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2º PainelOportunidades e

desafios

Como fortalecer a colaboração?

Rede Internacional atua em 43 países com o objetivo de melhorar a gestão das pequenas e médias empresa em parcerias com as grandes

O encadeamento produtivo vem produzindo bons efeitos em várias partes do mundo, a exemplo da Europa e Colômbia. Há como foco principal o esforço de melhorar a gestão das

pequenas empresas para atender grandes corporações.

Experiências desse tipo foram relatadas por Christian Pfeiffer, se-cretária-geral da Rede Internacional para Pequenas e Médias Em-presas (INSME), no 2º painel do Fórum Encadear – Encadeamento Produtivo: Oportunidades e desafios.

Fundada em 2004, na Itália, a entidade visa a inovação e a trans-ferência de tecnologia entre as empresas. Com o slogan “Fazendo a inovação acontecer nas pequenas e médias empresas!”, a Rede possui 97 associados em 43 países. O Sebrae é um dos conselheiros da entidade.

“O que fazer para facilitar e fortalecer a colaboração com as gran-des empresas?”, questionou a painelista, para em seguida apresentar bons exemplos de encadeamento produtivo.

“Quando se analisa todos os projetos que surgem do encadea-mento entre as pequenas empresas e as grandes corporações, ob-servamos que falta um pouco de gestão nas pequenas”, observou a secretária da Rede. “Nesse sentido, a Rede INSME oferece estraté-gias para solucionar essa questão”, apontou.

Desenvolvimento de FornecedoresChristian Pfeiffer citou que na Colômbia foi implantado o Projeto

de Desenvolvimento de Fornecedores. É uma parceria da Ecopetrol, membro da Rede, e a Corporação para o Desenvolvimento das Mi-croempresas (Propais).

Criada em 1994, a Propais é uma agremiação colombiana de arti-culação e coordenação de ações e recursos entre os setores público e privado para fomentar, apoiar e acompanhar o desenvolvimento das empresas do setor.

Quando se analisa todos os projetos que surgem do encadeamento entre as pequenas empresas e as grandes corporações, observamos que falta um pouco de gestão nas pequenas.

Christian Pfeiffer,secretária-geral da Rede Internacional para Pequenas e Médias Empresas

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Dela participam 9 instituições públicas e 74 instituições privadas, entre ministérios, associações, câmaras de comércio, fundações, uni-versidades, entre outras.

“Até agora, a Propais visitou mais de 79 mil empresas, das quais 20 mil se qualificaram para o diagnóstico”, quantificou Christian Pfeiffer.

Iniciado em abril do ano passado, o Projeto de Desenvolvimento de Fornecedores está orçado em mais de US$ 300 milhões e visa promover a competitividade dos atuais e potenciais fornecedores, assegurar a boa qualidade, interação comercial e gerar cadeias pro-dutivas para o desenvolvimento sustentável local.

Crescimento de empregosChristian mencionou também que a INSME observa ações do Pro-

grama das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Como caso de sucesso, a expositora fez questão de citar a experiência de-senvolvimento há oito anos no México.

Orçado em mais de US$ 5 milhões, o projeto no México uniu pe-quenas e médias empresas com a missão de fortalecer a economia nacional, com o envolvimento da cadeia de valor local.

É importante para sermos multiplicadores do Sebrae até para estarmos prontos às plataformas internacionais, pois assim as pequenas estarão falando a mesma língua das grandes empresas. Christian Pfeiffer,secretária-geral da Rede Internacional para Pequenas e Médias Empresas

Christian: fazer a inovação acontecer

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Entre seus objetivos, o projeto buscou “envolver e conectar as pe-quenas e médias empresas (PME) mexicanas aos fluxos comerciais e financeiros globais, levando ao fortalecimento da economia nacio-nal, por meio de: a) novos e melhores empregos; b) aumento das exportações e substituição de importações; c) criação de cadeia de fornecedores locais”.

Segundo a secretária da Rede, o resultado da iniciativa foi o ali-nhamento das práticas industriais com a participação ativa de 127 consultores que visitaram 22 estados, alcançando mais de 461 pe-quenas empresas.

Foram criadas oito plataformas digitais que envolveram 4.289 pe-quenas empresas registradas como fornecedores. A média de cres-cimento de empregos foi de 5,8% e o aumento de vendas (média) de 11,6%.

Plataformas internacionaisAo final de sua apresentação, Christian ressaltou a relevância da

parceria com o Sebrae. “É importante para sermos multiplicadores do Sebrae até para estarmos prontos às plataformas internacionais, pois assim as pequenas estarão falando a mesma língua das grandes empresas.

A exposição foi fechada com uma frase de Arthur Robert Ashe (1943-1993), tenista norte-americano que é também lembrado por seus esforços em causas sociais: “Sucesso é uma jornada, não um destino”.

Em sua apresentação, Chris-tian Pfeiffer, secretária-geral da Rede Internacional para Peque-nas e Médias Empresas (INSME), destacou a importância dos se-guintes tópicos para melhorar o encadeamento produtivo entre pequenas e grandes empresas:

• Normas e normalização inter-nacional

• Capacidade de gestão da ino-vação

• Conectar-se a plataformas de atores globais

• Alternativas de crédito (crowd-funding, capitais de risco, pla-taformas de grandes players em inovação aberta)

Como fazer melhor?

Sucesso é uma jornada, não um destino.

Arthur Robert Ashe,tenista norte-americano

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A visão do pequeno negócio

Lição para as pequenas

empresasTrês empresários relatam como ingressaram no programa de Encadeamento

com grandes corporações, como a Petrobras, Gerdau e Vale

O encadeamento produtivo é uma alternativa para pequenas e grandes empresas trabalharem em conjunto, complemen-tando suas atividades, ao invés de competirem umas com

outras. Quem segue a lição só tem lucro.

Assim se manifestaram no Fórum os empreendedores Marcelo Yieiri Marinho, Renato Henriques Serafim e Ozório Rezende Correia Filho, ao falar suas parcerias com grandes empresas.

Em formato de talk show, eles foram entrevistados pelo diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, José Claudio dos San-tos, na exposição “Casos de Sucesso: A visão do pequeno negócio – a importância da competitividade na inserção da cadeia de valor”.

“O grande desafio do Sebrae é capacitar consultores especializa-dos para atender e preparar os pequenos negócios para atuarem nas cadeias de valor", afirmou o diretor do Sebrae.

Esses empresários fazem parte do grupo de pequenas empresas que contabilizam lucros e avanços profissionais por haver consolida-do parcerias com grandes corporações.

“Precisamos ter, antes de tudo, persistência”, ensinou o empre-sário Marcelo Marinho, sócio-gerente da CPF Parafusos, de Aracaju (SE), um pequeno comércio de parafusos que estava quebrado há sete anos e recentemente foi escolhida como o Melhor Fornecedor da Petrobras no Espírito Santo.

"A gente usou todas as ferramentas do Sebrae. É difícil competir com as grandes empresas e temos que ter um diferencial", ressaltou. “Nós nos destacamos pela agilidade e pela qualidade dos produtos. Todo ano fazemos testes necessários para certificados e nunca fo-mos reprovados,” afirma o proprietário.

A quase falência da empresa ocorreu porque a Petrobras, seu prin-cipal cliente, passou a fazer compras online das grandes produtoras

O grande desafio do Sebrae é capacitar consultores especializados para atender e preparar os pequenos negócios para atuarem nas cadeias de valor.

José Claudio dos SantosDiretor de Administração e Finanças do Sebrae

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José Claudio dos Santos, diretor do Sebrae, na exposição de casos de sucesso

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do Sudeste, oferecendo preços menores contra os quais ele não tinha como competir.

Aí surgiu uma oportunidade identificada pelo Programa de Encadeamento Produtivo: a Petro-bras precisava de um produtor local de parafusos porque os pedidos demoravam até 60 dias

A CPF Parafusos apostou na produção de para-fusos feitos por encomenda para uma fábrica de fertilizantes da Petrobras e já atendeu oito refina-rias da estatal.

“Passei a disputar com meus antigos fornecedo-res, passando a produzir parafusos por encomen-da e sendo mais ágil do que as grandes empresas do ramo”, aponta. “Tenho hoje 300 clientes, princi-palmente na indústria naval, enfrentando o grande preconceito que existe no Sul e Sudeste e até no Nordeste contra uma empresa que é nordestina”.

De lá para cá, o empreendimento sextuplicou seu resultado financeiro e faturou R$ 6,8 milhões no ano passado.

O empresário empregou R$ 400 mil na transfor-mação e hoje sua produção é de 20 mil toneladas. “Tínhamos apenas o objetivo de sobreviver. Hoje, 80% das nossas vendas são para outros estados”, analisa Marinho.

GestãoA Soma Usinagem, que fabrica componentes

mecânicos para processo de usinagem em Lafaie-te (MG), também colheu bons resultados ao aderir ao programa de encadeamento. A oportunidade surgiu a partir de um convite feito, ainda em 2011, pela Gerdau.

O ganho principal foi em gestão. “Melhoramos recursos humanos, marketing, sustentabilidade, negociação e apuração de resultados”, identificou Renato Henriques Serafim, proprietário da Soma.

A empresa, contou Serafim, reduziu em 40% seus custos mensais e obteve ganhos também na produtividade dos funcionários.

“Reduzimos horas extras e também o absente-ísmo, que passou de 10% para 3%”, relatou o em-preendedor.

Melhoramos recursos humanos, marketing, sustentabilidade, negociação e apuração de resultados.

Renato Henriques Serafim, proprietário da Soma Usinagem

Precisamos ter, antes de tudo, persistência.

Marcelo Marinho, sócio-gerente da CPF Parafusos

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Fazíamos bem a nossa rotina, mas não sabíamos valorizar o que tínhamos.

Ozório Rezende Correia Filho, diretor da Pred Engenharia, com a filha Mayte Mutz

Outro benefício para a pequena empresa foi aprimorar a organização. “Viramos a empresa do avesso”, recordou.

Isso ocorreu, segundo ele, porque o apoio e a consultoria que recebeu lhe possibilitaram en-xergar suas deficiências. “A empresa era como um guarda-roupas, íamos colocando (as roupas) para dentro, mas precisávamos organizá-las.”

Atualmente, o principal desafio da empresa é reduzir o nível de dependência da Gerdau, que du-rante muito tempo foi o único cliente. “Ganhamos visibilidade e, com isso, novos clientes”, explicou Serafim, que conduziu o negócio a um faturamen-to, no ano passado, de R$ 3,2 milhões.

Divisor de águasA exposição proporcionada pela parceria com

uma grande empresa ajudou muito Ozório Re-zende Correia Filho, dono da Pred Engenharia, de Vitória (ES). A empresa desenvolveu um software que promete reduzir em até 25% o custo de ma-nutenção para seus clientes.

De 2012 a 2013, o faturamento do empreendi-mento aumentou 78%, chegando a R$ 3 milhões. Em 2013, a empresa comemorou uma carteira com 93 clientes.

A Pred Engenharia nasceu 21 anos atrás, em Es-pírito Santo, como uma empresa de engenharia de manutenção industrial. Seu negócio não apre-sentava tantas deficiências na estruturação, mas o custo para mantê-lo era alto.

Em 2011, a Pred Engenharia recebeu o convite da mineradora Vale, a maior do País e uma das maiores do mundo, para participar do programa de encadeamento produtivo.

“Fazíamos bem a nossa rotina, mas não sabí-amos valorizar o que tínhamos” disse Rezende, complementando: “Foi um divisor de águas”, de-finiu, em relato complementado pela filha dele, Mayte Mutz.

As orientações do Sebrae proporcionaram mais visibilidade, e o proprietário aprendeu a enxergar toda a extensão de seu negócio.

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Visão da grande empresa

Cuidado com o canto

da sereia

A parceria do Sebrae e Petrobras tem gerado bons negócios para pequenas empresas. E vai gerar mais com R$ 220 bilhões de investimentos da estatal para os próximos cinco anos. Mas

cuidado com o “canto da sereia.”

A advertência foi feita por Ronaldo Martins, gerente de Desenvolvi-mento de Mercado da Área de Materiais da Petrobras, durante a expo-sição “Caso de Sucesso: A Visão da Grande Empresa”, no Fórum Enca-dear.

Martins alertou que os potenciais fornecedores na cadeia produtiva de petróleo, gás e energia não devem se seduzir pelo alto valor dos investimentos, sob pena de serem enganados pelo “canto da sereia”.

“É bom ressaltar que esse é um setor industrial muito exigente, o qual não aceita opção de falha. Portanto, não se deslumbrem com os valores, com o canto da sereia”, frisou, referindo à lenda de que as sereias entoam sons para atrair os pescadores à morte.

Cezar Vasquez, diretor superintendente do Sebrae Rio de Janei-ro, atuou como moderador da apresentação do executivo Ronaldo Martins, que atua na companhia da Petrobras há 25 anos.

O painelista é engenheiro mecânico de automóveis, graduado pelo Instituto Militar de Engenharia (IMS), em 1981, com mestrado em Engenharia Submarina pela Universidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ).

Fornecedores nacionaisEm contrapartida, o gerente da Petrobras assinalou a disposição

da estatal de capacitar os fornecedores nacionais, inclusive para comprar deles grande parte de suas compras de bens e serviços.

“Com 60 anos de existência, a Petrobras sempre teve a preocupação de capacitar os fornecedores nacionais. Até porque esse setor é com-plexo”, assegurou Martins, indicando a preferência da estatal por forne-

É bom ressaltar que esse é um setor industrial muito exigente, o qual não aceita opção de falha. Portanto, não se deslumbrem com os valores, com o canto da sereia. Ronaldo MartinsGerente da Petrobras

A advertência foi feita pelo gerente Ronaldo Martins, da Petrobras, sobre os investimentos de R$ 220 bi para os próximos cinco anos

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Ronaldo Martins, gerente da Petrobras, foi apresentado pelo superintendente do Sebrae Rio, Cézar Vasques

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cedores brasileiros. “É claro que não vamos conseguir no País 100% de fornecedores, mas 80% dos contratos já são feitos no Brasil.”

Trocadilhos à parte, Martins disse que a parceira Petrobras/Sebrae fornece o combustível necessário para aquecer a economia e impul-sionar a pequena empresa no Brasil.

São 13.242 empresas atendidas pelo projeto Petrobras/Sebrae, 57% de aumento de empresas cadastradas na Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), 36 projetos em 16 estados, Redes Petro em 15 estados, R$ 4 bilhões de estimativa de negócios entre as empresas, 82% de aumento de empresas cadastradas na Petrobras, 20% de aumento nos postos de trabalho, 349 demandas tecnológi-cas da Petrobras mapeadas e 11 inseridas no mercado por pequenos negócios.

“O Sebrae é um grande colaborador da Petrobras e muito nos auxilia na questão de descobrir e incentivar novos fornecedores, qualificando-os para suprir as necessidades da companhia”, afirmou Martins.

Líder mundial em operações de petróleo em águas profundas, Martins afirmou que a Petrobras sempre teve disposição para inovar, inclusive, ao lado dos seus fornecedores, agregando conteúdo local.

Ronaldo Martins, gerente da Petrobras, foi apresentado pelo superintendente do Sebrae Rio, Cézar Vasques

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É claro que não vamos conseguir no País 100% de fornecedores, mas 80% dos contratos já são feitos no Brasil.

Ronaldo MartinsGerente da Petrobras

Vasques: parcerias

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São mais de 800 projetos de sucesso focados na inovação tecnológica, ligados à produção de águas profundas.

Ronaldo MartinsGerente da Petrobras

O gerente da Petrobras exemplificou como a complexidade do setor exige a capacitação dos fornecedores.

Citou que serão necessários 20 a 30 anos para recuperar uma produção paralisada por problemas em uma válvula, em uma pla-taforma como a de Campos (RJ), encarregada de tirar petróleo em águas profundas desde a década de 70. Sendo assim, o investimento estaria perdido.

Por isso, Martins citou que o Centro de Pesquisas da Petrobras está voltado ao desenvolvimento de soluções de engenharia. A maioria dessas soluções surgiu a partir das parcerias.

“São mais de 800 projetos de sucesso focados na inovação tecno-lógica, ligados à produção de águas profundas”, detalhou.

Mergulho na cadeia de suprimentos Um caso de sucesso citado pelo gerente é uma incubadora da

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que apresentou uma solução de engenharia para a Petrobras.

Na época, eram dois professores. Hoje a empresa conta com a colaboração de mais dois funcionários e fornece seus serviços para todas as refinarias da companhia.

“Com o trabalho, substituímos um container de equipamentos para fazer uma medição, pois eles dispõem de um equipamento que cabe em uma pasta tipo 007, isto é, conseguem efetuar o serviço de forma mais barata, simples, coerente e eficaz”, acentuou.

A Petrobras também participou ativamente na capacitação de um fabricante de baleeira, embarcação que a indústria naval brasileira deixou de fabricar na década de 80. O resultado foi tão bom que o fornecedor do Rio Grande do Sul acabou sendo comprado por uma empresa estrangeira.

800 projetos de sucesso

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3º Painel: Oportunidades no Comércio, Serviços,

Agronegócio e Indústria

Cooperação em vários

setoresAurora, Nestlé e M. Dias Branco mostram os

resultados obtidos por meio de parcerias com empreendedores rurais e de pequenos negócios

3º Painel reuniu representantes de grandes empresas e de Agência de Desenvolvimento do polo automotivo do Grande ABC

O Encadeamento Produtivo entre pequenas e grandes empre-sas proporciona bons negócios, além da indústria, também os setores de comércio, serviços e agronegócios.

Com base nesse tema, o 3º painel do Fórum Encadear abordou “Oportunidades para Grandes e Pequenas Empresas no Comércio, Serviços, Agronegócio e Indústria”.

Participaram do painel: Luiz Eugênio Lopes Pontes, Diretor da M. Dias Branco S.A. Indústria e Comércio de Alimentos; Neivor Canton, vice-presidente da Aurora Alimentos; Lilian Miranda, vice-presidente de Marketing e Comunicação da Nestlé; e Rafael Marques da Sil-va, presidente do Conselho Diretor da Agência de Desenvolvimen-to Econômico do Grande ABC. Atuou como moderador o jornalista João Borges, da GloboNews.

Com o selo do UnicefA rotina da cooperação entre grandes corporações e pequenos

empreendedores mostra que os benefícios aparecem por toda par-te, na avaliação de Luiz Eugênio Lopes Pontes, diretor da M. Dias Branco.

Com sede na cidade de Eusébio, Ceará, a M. Dias Branco é uma companhia de alimentos que fabrica, comercializa e distribui biscoi-tos, massas, bolos, lanches, farinha de trigo, margarinas e gorduras vegetais em todo o Brasil.

Como exemplo de cooperação com pequenas empresas, a com-panhia pretende ajudar padarias em algo simples, porém com ele-vado significado econômico: adicionar nutrientes na farinha de trigo dos produtos.

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Serão cinco pilotos que irão percorrer cidades, a fim de identificar as necessidades nutricionais, es-pecificamente, do público infantil. Após os resul-tados, serão ministrados cursos para as padarias das cidades visitadas. O projeto terá a assinatura e o selo do Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância.

Isso será possível graças a uma tecnologia tra-zida da França. Recentemente, a M. Dias Branco estabeleceu parceria com uma instituição de tec-nologia na França e, no Brasil, com universidades, Senai e Sebrae.

Além disso, a ideia é melhorar a gestão dessas padarias por meio de treinamento.

Pontes disse que está preocupado com uma mudança no perfil da fabricação de pães no País que está deixando para trás o caráter artesanal (hoje em 80%) e dando lugar a produção indus-trial, que cresce 15% ano.

“As padarias que são nossos principais clientes vêm sofrendo com a queda da venda de pães”, disse Pontes.

CooperativismoOutra grande organização, a Aurora Alimentos,

uma das maiores do ramo Brasil, também enten-de a importância da cadeia produtiva e, por isso mesmo, oferece apoio para pequenos produtores rurais estabelecidos em Santa Catarina.

Como resultado, a empresa se beneficia dessas parcerias ao adquirir carne e leite com qualidade superior na região.

“Hoje, podemos dizer que desenvolvemos mais de 20 mil produtores!”, afirma Neivor Canton, vice-presidente da Aurora, sobre o resultado do pro-grama no sul do País.

A empresa distribui produtos para mais de 100 mil pontos de vendas no Brasil e exporta para cer-ca de 60 países.

A Aurora Alimentos é uma cooperativa central que congrega 12 cooperativas filiadas. Sua res-

As padarias que são nossos principais clientes vêm sofrendo com a queda da venda de pães.

Luiz Eugênio Lopes Pontes, Diretor da M. Dias Branco S.A. Indústria e Comércio de Alimentos

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ponsabilidade consiste na produção industrial (de suínos, frango, aves e leite) e em buscar mercado junto a 60 mil estabelecimentos rurais.

“Trabalhamos com aproximadamente 29 mil colaboradores que atuam no parque industrial”, enumera Canton, salientando que o maior desafio dessa cadeia de valor é devido ao nível de escola-ridade dos agricultores.

Mesmo assim, 20.430 famílias já foram orienta-das com as ferramentas eficazes à produção rural e muito se deve ao Sebrae.

“Para este ano, vamos dar início ao desenvolvi-mento de outros agentes dessa cadeia que come-ça nos produtores de insumos e passa pelas coo-perativas, indústria até o mercado consumidor. Já temos 2.500 produtores para serem elencados ao projeto e 400 fornecedores de insumos, máquinas e equipamentos ”, informou Canton.

Produção e vendasO aprimoramento de gestão na pequena pro-

priedade rural também traz resultados para a mul-tinacional Nestlé. Nesse caso, a cooperação ocorre com produtores de café, leite e cacau.

De acordo com Lilian Miranda, vice-presidente de Marketing e Comunicação da Nestlé, a empresa conta ainda com parceria na outra ponta do negó-cio, que são as vendas.

A Nestlé tem microdistribuidores que por sua vez têm uma rede de revendedores porta a porta. “Eles servem também como um laboratório de in-formações sobre os produtos”, analisou.

O outro programa porta a porta é de fomen-to ao empreendedor. Em parceria com o Sebrae, a empresa mantém projetos-piloto direcionados à capacitação de mão de obra dos microdistri-buidores, responsáveis por levar não só produtos, como também informações de caráter alimentar às comunidades carentes.

“Este um grande desafio”, disse Lilian, complemen-tando que dentro da cadeia de alimentos, a inovação é um requisito constante e imprescindível.

Trabalhamos com aproximadamente 29 mil colaboradores que atuam no parque industrial.

Neivor Canton, vice-presidente da Aurora Alimentos

Eles [os microdistribuidores] servem também como um laboratório de informações sobre os produtos.

Lilian Miranda, vice-presidente de Marketing e Comunicação da Nestlé

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De acordo com a executiva, esses pequenos vendedores colhem diretamente a percepção dos consumidores em suas casas e muni-ciam a multinacional com dados que serão usados para o aperfeiço-amento doss produtos.

A criação do valor compartilhado faz parte da crença da Nes-tlé desde sua fundação, não só com foco no retorno financeiro eficiente, mas também na forma de compartilhar valor com a so-ciedade.

Lilian Miranda citou que, no Brasil, a Nestlé é uma das maiores compradoras de três matérias-primas (leite, café e cacau). Dessa for-ma, para os seus produtores, promove projetos, a fim de aumentar a produtividade e qualidade dos produtos.

De acordo com a executiva, o compartilhamento na Nestlé se dá de modo bem amplo, pois envolve funcionários, fornecedores, par-ceiros e até consumidores. O resultado positivo é a marca Nestlé presente em 99% dos lares brasileiros.

João Borges, da GloboNews, atuou como moderador do debate

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Alta tecnologia

O Encadeamento Produtivo precisa de inovação para prosperar e consolidar a busca de avanço tecnológico nas parcerias entre grandes e pequenas empresas.

Tal necessidade é identificada no polo automotivo de São Paulo, conforme vislumbrou Rafael Marques da Silva, presidente do Conselho Diretor da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC.

Ao participar do 3º painel do Fórum Encadear, Sil-va apontou que tende a se agravar a participação de conteúdo nos veículos produzidos na região.

“O nosso percentual de conteúdo na produção de carros e caminhões não chega a 50%. Situação que tende a piorar se não tomarmos iniciativas”, alertou.

Por isso, destacou que é preciso desenvolver par-cerias de alta tecnologia. Em boa parte por causa da globalização e dos polos de autopeças instalados em países de baixo custo, assinalou.

“Essa visão de encadeamento produtivo que está sendo apresentada no fórum serve de referência das tendências que teremos pela frente e, em especial, no setor automotivo. Até porque os automóveis estão cada vez mais dotados de alta tecnologia”, observou

o presidente do Conselho da Agência do Grande ABC.A região do ABC reúne seis montadoras, além de

pequenas e médias empresas num total de 10 mil in-dústrias e 44 mil na prestação de serviços, e outras 37 mil atuantes no comércio. Apesar da presença for-te do Sebrae na região, com o apoio a 14 arranjos produtivos, esses números representam mais do que desafios para o sistema.

Inovação na cadeia de valor

Um vídeo narrado por Adriana Machado, vice-pre-sidente de Assuntos Governamentais e Políticas Pú-blicas da multinacional norte-americana GE (General Electric Company) para a América Latina, e que não pôde estar presente no evento, enfatizou a missão da cultura da inovação que a empresa mantém e repas-sa para a sua cadeia de valor.

Como exemplo citou uma fábrica de locomotivas em Contagem, Minas Gerais, onde a GE possui 56 for-necedores. No Brasil, a companhia conta 8.800 funcio-nários, 18 fábricas e um centro de pesquisas.

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Palestra Internacional

Ideias de negócios precisam ser

esboçadas e testadas Alexander Osterwalder, criador de ferramenta de negócios, apresenta nove

itens que devem ser considerados pelos empreendedores de grandes e pequenas empresas

Uma ideia de negócios precisa ser testada para enfrentar o de-safio de ser realmente a alternativa mais lucrativa. É uma pos-tura que deve ser adotada por empresários que pretendam

participar de programas de Encadeamento Produtivo.

O conselho foi dado no Fórum Encadear por Alexander Osterwal-der, idealizador do Business Model Canvas, cofundador da Strate-gyzer e autor do best-seller Business Model Generation e um dos principais especialistas em startups e modelos de negócios.

Criador do Business Model Canvas, uma ferramenta de gerencia-mento estratégico que permite desenvolver e esboçar modelos de negócios novos ou existentes, Osterwalder falou sobre o papel do planejamento para que empresários possam ampliar sua eficiência e diminuir os riscos.

O modelo é utilizado em grandes empresas, como General Elec-tric, Proctor & Gamble, Ericsson e 3M.

“As pessoas pensam anos em seu modelo de negócio, pensam tanto tempo que, às vezes, não acreditam que ele possa não funcio-nar. O grande desafio é sair desse modelo mental e colocar a ideia à prova”, afirmou.

Na palestra “Inovação em Modelos de Negócios na Cadeia de Va-lor”, Osterwalder discorreu sobre a adaptação de modelos de ne-gócios para cooperação empresarial no âmbito de cadeias de valor, com especial ênfase nos eixos de proposta de valor, parceiros e ati-vidades-chave dispostos no modelo Canvas, criado por ele.

Segundo Osterwalder, a trajetória ao se criar uma ideia é linear até a implementação de um processo, isso porque “somos ensinados a estudar um plano de negócios de modo linear, sendo essa a pior forma de passar da ideia à realidade”, explicou.

O grande desafio é sair desse modelo mental [plano de negócios] e colocar a ideia à prova.

Alexander Osterwalder,especialista em startups e modelos de negócios

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Osterwalder apresentou ferramenta para transformar ideias de negócios em realidade com menor risco

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VÍDEO 13 Coloque também VEJA TRADUÇÃO FAÇA HIPERLINK VEJA TRADUÇÇAO COM ESTE ENDEREÇO: http://goo.gl/cQobqA

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Colocar no papelPara melhor compreensão do seu método, Osterwalder apresen-

tou um vídeo com orientações de como usar a Business Model Can-vas. A ferramenta sintetiza um jeito fácil de colocar a ideia no papel antes de iniciar o negócio.

Para facilitar a compreensão, o usuário deve levar em conside-ração nove itens. São eles: proposta de valor (o diferencial da em-presa), segmento de clientes, canais (os caminhos através do quais a empresa se comunica com seu público), relacionamento com o cliente, fontes de receita, estrutura de custos, principais atividades, recursos e parceiros (fornecedores).

De acordo com o especialista, uma das recomendações do expert na hora de repensar o modelo de negócio da sua empresa é fazer algumas perguntas simples, como “Você sabe o que o seu consumidor quer?”.

Segundo o palestrante, os consumidores não ligam para o que você oferece e sim para o que você pode ajudar a resolver.

“O mais difícil é testar nossas ideias antes de executá-las. Essa é a grande diferença com os planos de negócios, pois exigem que pen-semos ao máximo na ideia”, sugeriu Osterwalder.

“Transformar uma ideia em realidade é muito diferente do que é en-sinado nas escolas de negócio. Na realidade, as pessoas não ligam para a sua ideia. Você precisa testar até elas prestarem atenção”, ensinou.

Antes das crisesO autor de best-seller também recomendou que os donos de pe-

quenas empresas não devem esperar crises para entender melhor os seus consumidores ou repensar o seu modelo de negócio.

“Você não pode deixar de pensar no futuro. Se você é um líder empresarial e diz que não tem tempo para descobrir onde sua em-presa vai estar em cinco anos, é uma péssima desculpa”, ressaltou.

Osterwalder disse também que está trabalhando em um novo li-vro, focado em soluções para consumidores. Para ele, a nova obra é uma extensão do seu best-seller, Business Model Generation. “Este livro é sobre uma ferramenta para moldar suas preposições de valor e testá-las. Apenas ter grandes ideias não é suficiente, você tem que testar as suas ideias”, conta.

Criar protótipos Segundo o executivo, desenhar o mapa das ideias é o segredo

para não se perder. Ajuda a otimizar o tempo, contribui para evitar

Na realidade, as pessoas não ligam para a sua ideia. Você precisa testar até elas prestarem atenção. Alexander Osterwalder,especialista em startups e modelos de negócios

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perdas e riscos, abrindo os olhos para as oportunidades.

“Quando você sabe aonde quer chegar, fica mais fácil des-cobrir o que fazer”, disse Oste-rwalder, esclarecendo que, ao usar a ferramenta, as ideias se tornam mais claras e o tempo não é desperdiçado com con-versas improdutivas.

Durante a palestra magna, o executivo motivou o público presente a fazer exercícios, uti-lizando a ferramenta Business Model Canvas. Além disso, tam-bém projetou um modelo de ne-gócio.

Na oportunidade, Osterwal-der reforçou aos empreende-dores a necessidade de criar protótipos para as estratégias, a exemplo do que fazem desig-ners e arquitetos antes de de-senvolverem uma obra.

“Como líderes empreende-dores, precisamos experimentar muitos modelos de negócios e pensar o que precisa ser real para que a ideia funcione”, definiu.

“Achei o teste muito interessan-te. Para mim foi uma novidade, pois não conhecia o sistema Can-vas”, avaliou Cristiane Boff Maciel, engenheira química e diretora da Tecnoambi, Consultoria e Enge-nharia Industrial, participante da palestra de Alexander Osterwal-der.

Segundo a diretora, o sistema permite uma avaliação rápida so-bre o negócio, diferente da elabo-ração de um plano de negócios que consome muito tempo. “Ago-ra quero conhecer mais sobre o sistema Canvas e analisar a possi-bilidade de implantá-lo na empre-sa, como uma nova ferramenta de gestão”, ponderou Cristiane.

A Tecnoambi, Consultoria e Engenharia Industrial é empresa parceira do Sebrae no Projeto Adensamento Produtivo da Cadeia do Petróleo e do Gás, no Rio Grande do Sul, e participante ativa em cursos e eventos do Sebrae, desde 2010. “São atividades que agregam valor ao meu trabalho de gestora, e a empresa e os funcionários são sempre beneficiados com uma melhor gestão e evolução”, acrescentou. A empresa foi a vencedora do Prêmio MPE Brasil na categoria Serviços no ano de 2012/2013.

Sistema permite rápida avaliação

Ferramenta foi experimentada pelos participantes do Fórum Encadear

Agora quero conhecer mais sobre o modelo Canvas e analisar a possibilidade de implantá-lo na empresa, como uma nova ferramenta de gestão.

Cristiane Boff Maciel, engenheira química e diretora da Tecnoambi

Se você é um líder empresarial e diz que não tem tempo para descobrir onde sua empresa vai estar em cinco anos, é uma péssima desculpa.

Alexander Osterwalder

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Michel Porter, o papa da tese da cadeia de valor, envio vídeo para o Fórum Encadear

Vídeopalestra

A cooperação entra no lugar da filantropia

Titular da Harvard Business School, Michel Porter mostra que o encadeamento produtivo é

componente crítico para o desenvolvimento

Apoiar os pequenos negó-cios das comunidades próximas deixou de ser

um gesto de filantropia tradu-zido em doações em dinheiro ou trabalho voluntário. Passou a ter um peso significativo na sustentabilidade das grandes empresas.

A avaliação é de um dos maiores especialistas de enca-deamento produtivo do mun-do – o professor Michel Porter, considerado o Papa no concei-to da cadeia de valor e respon-sável pela formalização dessa ideia na década de 80.

Em vídeopalestra enviada ao Fórum Encadear, Porter apon-tou o significado econômico da parceria entre grandes e pe-quena empresas.

“Muitos países têm demons-trado interesse no desenvolvi-mento dos pequenos negócios, até porque eles se constituem

Para o desenvolvimento econômico bem-sucedido, exige-se que os pequenos prosperem cada vez mais.

Michel Porter

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Porter enviou um video mostrando avanços nas relações entre grandes e pequenas empresas

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Crie o ícone para este link: http://www.encadearsebrae.com.br/VideoDetalhes.asp?VideoID=15

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em um núcleo vital para qualquer economia”, afirmou. “E, para o de-senvolvimento econômico bem-sucedido, exige-se que os peque-nos prosperem cada vez mais.”

Titular da Harvard Business School e autor de 18 livros e de centenas de artigos, Porter reforçou a tese de que os pequenos negócios exercem profundo impacto sobre as comunidades onde atua e não só em termos de contratações, mas também de muitas outras formas.

Historicamente, lembrou Porter, o foco da cooperação de grandes empresas com pequenos negócios está baseado na filantropia, por meio de doações em dinheiro e engajamento voluntário de seus funcionários em programas sociais junto à comunidade. “Isso é bom e é algo que o Brasil já faz”, disse.

No entanto, Porter ressaltou que, com o passar do tempo, as em-presas percebem que não basta fazer esse tipo de doação, sendo necessário se comunicar melhor com a comunidade, atender à le-gislação, alcançar padrões mais éticos e elevados, e evitar danos e impactos ao meio ambiente, responsáveis por gerar efeitos indese-jados em longo prazo.

Componente críticoSegundo o especialista, o progresso das pequenas empresas é de

fato um componente crítico para o desenvolvimento geral e, especi-ficamente, o econômico.

“Nesse sentido, muitas instituições como o Sebrae, em várias par-tes do mundo, investem conectando pequenos negócios às grandes multinacionais, porque perceberam que esse relacionamento irá ge-rar enormes oportunidades de crescimento e de melhorias às pe-quenas que, assim sendo, poderão assumir funções que outras não poderiam”, disse.

E elogiou a atuação do Sebrae nessa área. “Acredito que o Progra-ma Nacional de Encadeamento Produtivo do Sebrae seja um exce-lente exemplo na criação desse relacionamento”, afirmou.

Na sua fala, Porter deixou bem claro a confiança no trabalho e competências do Sebrae para o auxílio aos pequenos negócios, de modo atender às necessidades de multinacionais.

DesafiosEntretanto, lançou para o público presente a seguinte questão:

“Como elevar esse trabalho a um novo patamar? Como aperfeiçoá-lo? O Sebrae e as multinacionais inseridas no projeto estão fazendo um

(...) esse relacionamento irá gerar enormes oportunidades de crescimento e de melhorias às pequenas que, assim sendo, poderão assumir funções que outras não poderiam.

Michel Porter

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As grandes companhias presentes nesse fórum devem pensar de que maneira o Sebrae e os pequenos devem rever seus esforços. Michel Porter

Criação de valor compartilhado

Porter: desenvolvimento com os pequenos negócios

“Denominamos criação de va-lor compartilhado quando a em-presa utiliza o próprio negócio para atender às necessidades sociais do meio onde atua. Ela descobre ações, por meio de um modelo de negócio, que gere lu-cro”, sentencia Porter.

Há três tipos de valor compar-tilhado: o primeiro diz respeito ao produto vendido: uma com-panhia farmacêutica vende me-dicamentos para a melhoria da saúde; o outro envolve a cadeia de valor com soluções rentáveis para a empresa e a sociedade como, por exemplo, a redução de operações logísticas e, con-sequentemente, a emissão de carbono; e, por último, cabe às empresas melhorar seu padrão de negócios e contribuir para a capacitação de seus fornecedo-res, pode ser um exemplo. “Nes-se ponto, certamente, há uma conexão muito forte com o que o Sebrae faz”, concluiu um dos mais influentes pensadores de gestão de competitividade.

trabalho maravilhoso. Mas, como elevar o padrão, de modo a contri-buir com o trabalho já realizado? As grandes companhias presentes nesse fórum devem pensar de que maneira o Sebrae e os pequenos devem rever seus esforços.”

Na opinião de Porter, é preciso refletir como as multinacionais se envolvem com a sociedade e a comunidade onde atuam. Em geral, as grandes empresas dispõem de fortes programas com o objetivo de estabelecer essa conexão.

A sustentabilidade ligada às ações de responsabilidade social é um importante passo identificado por Porter que vai além da filantropia, da responsabilidade social corporativa e da prevenção de danos.

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4º Painel: Inserção de pequenos negócios

em cadeias de valor – experiências internacionais

Encadeamento com política

pública favorávelEspecialistas relatam experiências internacionais

para advertir sobre a necessidade de definição do Brasil diante de um mundo em mudança

O Encadeamento Produtivo gera benefícios econômicos tanto para as grandes empresas quanto para as pequenas e para a sociedade em qualquer parte do mundo.

Isso só acontece, porém, se o empreendedor se organizar em rede, aplicar investimentos para atender as conformidades das gran-des empresas e contar com o apoio de uma política pública gover-namental favorável.

Conclusões nessa direção foram apresentadas por especialistas no 4º painel do Fórum Encadear, cujo tema foi “Inserção de peque-nos negócios em cadeias de valor – experiências internacionais”.

Para falar sobre o assunto, o Sebrae reuniu Tilman Altenburg, chefe do Departamento de Desenvolvimento Econômico e So-cial Sustentável do Instituto Alemão de Desenvolvimento (DIE); Paulo Vicente dos Santos Alves, da Fundação Dom Cabral (FDC); e Marcos Kulka, gerente geral da Fundacíon Chile (FCh). Atuou como moderador o jornalista Dony De Nuccio, da Globo-News.

“O pequeno empresário precisa saber se posicio-nar, entender onde e como ele pode ajudar a grande companhia. Mas o País tem de ter um conjunto de políticas para incentivar o setor. O governo precisa ter uma estratégia e saber qual a velocidade para fazer o encadeamento acontecer”, recomendou Tilman At-tenburg.

Como referência para o Brasil atuar no Encadea-mento Produtivo, o especialista alemão apontou como um bom exemplo a experiência desenvolvida pelo governo da Malásia. Em muito pouco tempo,

Dony De Nuccio, da GloboNews,, coordenou a exposição de especialistas

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disse, o pais estruturou uma cadeia de pequenos negócios para atender as demandas do segmento de tecnologia.

“Eles perceberam suas deficiências e, por isso, o governo forma-tou um clube de desenvolvimento. O currículo foi todo feito pela indústria, mas com subsídio do governo”, disse o especialista.

Altenburg ainda deu uma dica para os participantes: “O mercado precisa de generalistas. As grandes empresas precisam reduzir cus-tos e não querem lidar com muitos fornecedores. Também é preciso se organizar. Grandes firmas não podem fazer uma triagem no Brasil inteiro.”

Citou que, além da Malásia, em outros países, a exemplo de Sin-gapura, Indonésia e Irlanda, os governos conferem certa assistência aos programas de Encadeamento Produtivo.

Em situação oposta, mencionou, na Alemanha, os padrões de eficiên-cia e qualidade dos fornecedores dispensam trabalhos de capacitação.

Definição políticaNa avaliação de Paulo Vicente Alves, professor da Fundação Dom

Cabral, a posição do Brasil depende, basicamente, de uma definição política para promover avanços nas ações de Encadeamento Produ-tivo no País.

“O Brasil precisa definir o que quer de suas empresas para os pró-ximos anos”, aconselhou.

Alves defendeu a importância do trabalho em conjunto para cau-sar impacto no mercado. “Cooperar e competir é a essência do ho-mem. As empresas devem, sim, trabalhar em redes de cooperação para ganharem espaço”, concluiu.

O especialista advertiu para a necessidade de posicionamento do País diante das mudanças em andamento no País.

“O mundo está mudando. A África vai competir com o Brasil no fornecimento de commodities em pouco tempo e os Estados Unidos estão motivados em trazer a indústria de volta da China para seu país. Isso vai mudar o mundo”, afirmou.

Na tentativa de explicar de modo simples como funciona a cadeia de valor no mundo, Alves apontou que, excluídas certas regiões, ao sul do Equador encontram-se os recursos naturais que vão para a Ásia (onde há mão de obra barata) e de lá saem manufaturados para serem vendidos na Europa e Estados Unidos.

“E como as pequenas e médias empresas brasileiras podem se inserir nesse mercado?” indagou o professor.

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O Brasil precisa definir o que quer de suas empresas para os próximos anos.

Paulo Vicente dos Santos Alves, da Fundação Dom Cabral

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Como resposta, apontou três tipos de fornecedores. O primeiro é aquele que dispõe de recursos naturais em geral, incluindo insumos agrícolas, para empresas como Unilever, P&G, L’óreal, Nestlé e, pos-teriormente, para as chinesas e japonesas.

O professor lembrou que o Brasil deverá estar preparado para enfrentar um forte concorrente: a África, que deverá se tornar um grande fazendão até para alimentar a China e a Índia. Sem falar nos Estados Unidos que deverá tomar as rédeas do seu mercado indus-trial e, para tanto, direcionará esforços em robotização.

Na segunda linha de fornecedores, apontou que figuram os que produzem manufatura (peças) de alto valor agregado para compa-nhias, como Ford, GM, Hyndai.

No terceiro elo da cadeia estão os distribuidores imprescindíveis para o mercado brasileiro de 200 milhões de consumidores, com capacidade de expansão com a introdução das classes C1, C2 e D. Os varejistas fazem parte dessa cadeia.

“A indústria está interessada em ajudar fornecedores e distribui-dores desde que agreguem valor ao negócio. Trata-se de uma re-lação de mercado B2B (uma empresa vende para outras empresas)que requer confiança, comunicação e comprometimento em longo prazo”, enfatizou.

Sem exclusividadeO exemplo de como a mineração acontece no Chile – país respon-

sável por um terço da reserva mundial de cobre e também por um terço da produção de venda em volume no mundo –, foi o assunto abordado por Marcos Kulka, da Fundacíon Chile e diretor do Fórum Pró-Inovação do MIT – Massachussets Institute of Technology.

A radiografia do setor de mineração mostra que a indústria repre-senta 12% do PIB e 60% das exportações do país. Quinze empresas atuam no setor onde atuam seis mil fornecedores, sendo que desses 33% exportam. Esses fornecedores não são exclusivos do segmento.

Os programas de mineração no Chile levam em consideração a re-alidade da demanda até porque o setor de mineração é estratégico para o país, detalhou o especialista.

“A experiência bem-sucedida no setor serve de estímulo e de influência a outros segmentos investirem na capacitação de forne-cedores”, finalizou Kulka. No site da Fundacíon Chile (http://www.fundacionchile.com) encontra-se o estudo dos fornecedores do se-tor de mineração.

O governo precisa ter uma estratégia e saber qual a velocidade para fazer o encadeamento acontecer.

Tilman Altenburg , do Instituto Alemão de Desenvolvimento

A experiência bem- sucedida no setor serve de estímulo e de influência a outros segmentos investirem na capacitação de fornecedores.

Marcos Kulka, da Fundacíon Chile e do Massachussets Institute of Technology.

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Avaliação

Encadear éaprovado

com nota 9 Os participantes registraram alto índice de satisfação em suas avaliações

sobre o conteúdo e a performance de palestrantes e mediadores

O Fórum Encadear – Pequenas e Grande Empresas Traba-lhando Juntas foi aprovado pelos participantes com alto índice de satisfação. O evento recebeu deles a nota média

de 9,06 tanto no conteúdo quanto na performance de palestrantes e moderadores.

Ao todo, o Fórum reuniu 775 pessoas, dos quais 679 participantes e 96 restantes distribuídos entre autoridades, profissionais de comu-nicação, executivos de grandes e pequenas empresas, palestrantes e integrantes das equipes que trabalharam na organização.

São dados registrados pelos participantes no credenciamento eletrônico do Fórum e nas avaliações de reação. Dois terminais fo-ram instalados no Hotel Transamérica em São Paulo para o registro das avaliações e dos certificados de participação.

As atividades mais bem avaliadas foram a palestra internacional de Alexander Osterwalder – CEO da Business Model Foundry e au-tor do best seller Business Model Generation (Geração de Modelo de Negócio) e o painel 4 sobre Inserção de pequenos negócios em cadeias de valor – experiências internacionais.

Palmas O evento também foi aprovado pela direção do Sebrae. “Esse

evento é um incentivo para que Programa de Encadeamento Pro-dutivo se firme cada vez mais”, agradeceu o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “Não é uma panaceia. É uma questão importante a ser tratada por uma instituição como o Sebrae”, complementou.

E fez um pedido aos participantes. “Quero fazer um agradeci-mento, e queria que vocês batessem palmas para os funcionários colaboradores que fizeram esse evento se realizar com tão boa qua-lidade”, afirmou Barretto, ao encerrar o Fórum.

Esse evento é um incentivo para que esse Programa de Encadeamento Produtivo se firme cada vez mais.

Luiz BarrettoPresidente do Sebrae

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Os 679 participante registraram suas avaliações em dois terminais instalados no local do Forum

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A organização do evento envolveu a Universidade Corporativa SEBRAE (UCSebrae) e as Unidades de Indústria, Comércio, Serviços, Marketing e Comunicação e Agronegócios e Articulação e Relacio-namento Institucional.

Além da direção do Sebrae Nacional, colaboradores de todas os estados e do Distrito Federal viajaram a São Paulo para prestigiar o evento. Também estiveram no evento representantes de micro, pe-quenas e grandes empresas e de entidades empresariais, a exemplo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A maioria dos participantes foi do próprio Estado de São Pau-lo – 281 (36,26%), vindo o Distrito Federal em segundo lugar, com 139 participantes (17,94%). Foram concedidos 447 certificados aos participantes.

A atividade mas bem avaliada foi a palesta de Alexander Osterwalder, autor do best seller Business Model Generation

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Resumo Geral

Titulo Conteúdo DesempenhoVotosPAINEL 1 9 9,1433PAINEL 2 9,1 9,1437CASOS DE SUCESSO 9,1 8,9432CASOS DE SUCESSO 9 9429PAINEL 3 8,9 8,9419PALESTRA INTERNACIONAL 9,2 9,2435PAINEL 4 9,1 9,2420

Resultados do Fórum Encadear Os principais resultados do Fórum Encadear estão reunidos nos gráficos seguintes. O primeiro mos-

tra o Índice de Satisfação dos participantes sobre cada atividade, variando as notas entre 8,9 a 9,2. Em seguida, vem a distribuição dos inscritos no evento, seguindo-se abaixo os gráficos de credenciados, certificados e a origem por Estado.

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RESUMO GERAL

CATEGORIA INSCRITOS CREDENCIADOSImprensa 36 36Organização 37 37Participante 987 679VIP 24 23

1084 775Total:

Gráfico de Inscritos

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Certificado por categorias

Titulo: Quant.: %Participante 414 92,62%Organização 28 6,26%VIP 5 1,12%

447Total:

Credenciados por Categorias

Titulo: Quant.: %VIP 23 2,97%

775Total:

Credenciados por Estados

Titulo: Quant.: %SÃO PAULO 281 36,26%DISTRITO FED 139 17,94%RIO DE JANEI 49 6,32%MINAS GERAIS 29 3,74%RIO GRANDE D 24 3,10%BAHIA 20 2,58%CEARA 19 2,45%PARANÁ 17 2,19%MATO GROSSO 17 2,19%MATO GROSSO 17 2,19%SANTA CATARI 14 1,81%SERGIPE 13 1,68%ALAGOAS 12 1,55%ESPÍRITO SAN 12 1,55%PERNAMBUCO 12 1,55%RIO GRANDE D 11 1,42%AMAZONAS 11 1,42%

Gráficos de Credenciados, Certificados e Origem

TITULO QUANT. %

SãO PAULO 281 36,26

DISTRITO FEDERAL 139 17,94

RIO DE JANEIRO 49 6,32

MINAS GERAIS 29 3,74

RIO GRANDE DO 24 3.10

BAHIA 20 2,58

CEARÁ 19 2,45

PARANÁ 17 2,19

MATO GROSSO 17 2,19

MATO GROSSO 17 2,19

SANTA CATARINA 14 1,81

SERGIPE 13 1,68

ALAGOAS 12 1,55

ESPÍRITO SANTO 12 1,55

PERNAMBUCO 12 1,55

RIO GRANDE D 11 1,42

AMAzONAS 11 1,42

MATÉRIAS SOBRE ENCADEAMENTO

PRODUTIVO EM 2014

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31/01/2014

Valor Econômicofile:///C:/Users/Paulo/Downloads/Valor%20Econ%C3%B4mico_31012014.pdf

Concessões geram encomendas em cadeiaRoberto Rockmann | Para o Valor, de São Paulo

As recentes concessões de rodovias, aeroportos, termi-nais portuários e o leilão do megacampo de Libra, na camada pré-sal, deverão injetar mais de R$ 80 bilhões ao longo do prazo das concessões, que variam de 20 a 35 anos. Por conta de obrigações contratuais, a maior parte desses investimentos será realizada nos próximos cinco anos, segundo estudo da Secretaria de Acom-panhamento Econômico (SAE), que aponta que R$ 7 bilhões serão aplicados em aeroportos, R$ 2,4 bilhões em portos, R$ 28,7 bilhões em rodovias, R$ 26,6 bi-lhões em geração de energia, R$ 8,7 bilhões em linhas de transmissão e R$ 6,9 bilhões em petróleo e gás.

Isso deverá abrir um conjunto bilionário de oportuni-dades para micro, pequenas e médias empresas. Esti-mativas apontam que a cada R$ 1 bilhão licitado nos grandes projetos de infraestrutura cerca de 5% podem ser direcionados a pequenas e médias empresas. No entanto, esse percentual tem potencial de ser elevado em até seis vezes.

"Os projetos do Programa de Aceleração do Cresci-mento (PAC) vão produzir impactos consideráveis nos pequenos negócios. Estimativas nossas em conjunto com grandes construtoras indicam que, por exemplo, a cada R$ 1 bilhão licitado em uma obra, em torno de R$ 50 milhões são destinados a compras de produtos e serviços prestados pelos pequenos negócios", afirma Luiz Barretto, presidente do Sebrae Nacional.

Ele ressalta que essa participação, no entanto, tem for-te potencial de crescimento, pois as compras externas realizadas por essas grandes corporações são equiva-lentes a aproximadamente 30% do custo da obra. "Ou seja, desse R$ 1 bilhão de nosso exemplo, estamos fa-lando então de R$ 300 milhões em fornecimento ex-terno."

Segundo o último balanço do PAC 2, divulgado em outubro, R$ 665 bilhões já foram executados, 67,2% entre 2011 e 2014. Mas cabe ressaltar que outros in-vestimentos em infraestrutura deverão ganhar espaço a partir do próximo ano, como o desenvolvimento do megacampo de Libra, cuja exploração poderá envolver mais de US$ 100 bilhões.

A hidrelétrica de São Luiz dos Tapajós (PA) é outro pro-jeto que pode sair do papel. Por conta desse potencial, o Sebrae vem trabalhando desde 2004 em um progra-ma de encadeamento produtivo, no qual já foram aten-didas mais de 15 mil empresas que se tornaram forne-cedoras ou ampliaram seu fornecimento a gigantes dos setores onde atuam.

"Até o próximo ano, a expectativa sinalizada em termos de negócios pelas grandes empresas compradoras nas mais de 100 rodadas com micro e pequenas empresas ofertantes é superior a R$ 5 bilhões", afirma Barretto.

O Sebrae tem atualmente um portfólio de 84 projetos para promover o encadeamento produtivo entre gran-des e pequenas empresas, onde estão sendo investidos por parte do Sebrae e das empresas parceiras apro-ximadamente R$ 95 milhões. Atualmente participam do programa juntamente empresas como a Petrobras, Braskem, Vale, Gerdau, Odebrecht, Consórcio Guaru-lhos Airport e Nestlé.

No setor rodoviário, foram concedidos 4,2 mil quilôme-tros em estradas nos últimos três meses, um número considerável, que representa quase um quarto do total concedido em 16 anos. Isso deverá trazer uma série de negócios. "Seguramente haverá oportunidades para os pequenos negócios, principalmente no fornecimento de equipamentos de proteção individual, material de construção, elétrico e hidráulico, como tintas, ferra-gens, blocos de concreto, cimento", diz.

Para fornecer para grandes empresas, os pequenos ne-gócios precisam investir e melhorar as áreas financeira, gerencial e tecnológica. "A burocracia da Lei 8.666 ex-cluiu muitas pequenas e médias empresas de licitações no aeroporto de Guarulhos, ao mesmo tempo havia um alto grau de informalidade e havia falhas de gestão em muitos empreendedores, que desconheciam noções de fluxo de caixa, qualidade dos produtos e importância do prazo de entrega", destaca Antônio Miguel Mar-ques, presidente da concessionária que administra o aeroporto de Cumbica, que tem trabalhado para au-mentar a participação de pequenos empreendedores nas compras do empreendimento.

Até o momento foram mapeados 104 fornecedores lo-cais na base de compras do aeroporto de Guarulhos em 42 categorias com potencial de fornecimento. Destes, cerca de 50 estão em processo de negociação com a área de compras do aeroporto visando a sua contrata-ção. "O potencial de aumento nas compras locais é da ordem de R$ 23 milhões, sendo que atualmente R$ 42 milhões já são comprados localmente pelo aeroporto",

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aponta Barretto, presidente do Sebrae Nacional.

Além de ter melhor gestão, a inovação é uma parte es-sencial da equação das pequenas que querem fornecer para esses grandes projetos. Uma parte da estrutura de pré-moldados das escadas e das arquibancadas dos estádios Arena Fonte Nova e Arena Pernambuco foi construída pela IBPC Premoldados de Concreto, que, para assumir a tarefa, teve de contratar cerca de 50 fun-cionários. Para participar das obras, a empresa buscou inovar.

O concreto das arenas esportivas é de um tipo especial, que reduz vibrações nas estruturas e nunca tinha sido utilizado em uma construção desse porte na Bahia. "Ti-vemos de ir a feiras em São Paulo, estudar a literatura técnica sobre o assunto e fazer testes com os fornece-dores, aí passamos a incorporar essa nova tecnologia na Bahia, internalizando a tecnologia regionalmente que não era usada por aqui", diz Jarilson de Andrade, gerente-técnico da empresa. A adoção da solução di-ferenciada trouxe redução de custos e um aumento de 30% da produtividade.

Para Carlos Pastoriza, diretor da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), há uma gran-de incógnita em relação aos impactos que esses inves-timentos bilionários terão sobre pequenas, médias e grandes empresas brasileiras. "Esse mercado será do Brasil ou dos concorrentes externos?", questiona. Por conta do custo Brasil, uma máquina fabricada aqui sai 37%, em média, mais cara que uma americana ou ale-mã. Além da logística deficiente e pesada carga tribu-tária, um outro ingrediente reduz a competitividade: a defasagem cambial. Em 12 anos, a inflação chegou a 120% em reais, sem correção do dólar. "Esse é o grande problema, e as pequenas empresas têm um grau de so-fisticação e inovação menor", destaca.

Para ele, um dos problemas são os cálculos que envol-vem o conteúdo nacional de alguns equipamentos da indústria naval. "Em uma refinaria, esse cálculo inclui a parte de obra civil e montagem de equipamentos, o que infla o resultado, mesmo que grande parte das má-quinas e equipamentos venha de fora. Em estaleiros, o casco é feito aqui e montado aqui, mas grande parte das coisas vem do exterior", aponta Pastoriza.

Em 21 e 22 de maio, em São Paulo, o Sebrae irá reali-zar um fórum nacional de discussões com o intuito de debater a ampliação de parcerias e oportunidades de negócios entre maiores companhias brasileiras e os pe-quenos empreendimentos de uma mesma cadeia pro-dutiva. A intenção é reunir grandes companhias que já

são parceiras do Sebrae, como Petrobras, Vale, Odebre-cht, Gerdau, GE, entre outras e as pequenas empresas envolvidas nesses projetos.

12/03/2014

Programa Conta Corrente (GloboNews)http://g1.globo.com/globo-news/conta-corrente/videos/t/todos-os-videos/v/especialista-da-dicas-para-se-preparar-para-se-tornar-fornecedor-de-grandes-empresas/3208838/

Especialista dá dicas para se preparar para se tornar fornecedor de grandes empresas

Em entrevista, o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, fala sobre a relacionamento de negócios entre as gran-des e pequenas empresas e o papel da entidade nos programas de de encadeamento produtivo.

24/04/2014

Site do PEGNhttp://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/04/encadeamento-produtivo-ajuda-pequenos-negocios-inovar.html

Encadeamento produtivo ajuda pequenos negócios a inovar

Programas do Sebrae que trabalham a inovação e a competitividade geram resultados concretos para as micro e pequenas empresasDa Agência Sebrae de Notícia - 28/04/2014

O processo também traz vantagens aos empreendi-mentos de grande porte, principalmente em áreas como distribuição e pós-venda (Foto: Photopin)

A inovação pode ser um diferencial para os pequenos negócios se destacarem no mercado, no entanto, esse processo precisa gerar resultados concretos para as empresas. A afirmação é do diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, que participou nesta segun-da-feira (28) da abertura da 14ª Conferência Anpei de

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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Inovação Tecnológica, em São Paulo.

“Não pode ser a inovação pela inovação. Ela deve gerar mais e melhores notas fiscais. Inovar é fazer diferente para fazer melhor”, disse Carlos Alberto dos Santos. O diretor-técnico, que proferiu a palestra Pequenos Ne-gócios nas Cadeias de Valor: Um Modelo Competitivo de Negócios, ressaltou que o Sebrae possui diversos programas ligados à inovação, como o Sebraetec e o Agentes Locais de Inovação (ALI), com subsídio de até 80% para as empresas.

O encadeamento produtivo – em que os pequenos negócios passam a fazer parte da cadeia de valor das grandes empresas – tem se mostrado uma solução para melhorar esse cenário, estimulado por um programa nacional desenvolvido pelo Sebrae em parceria com empresas-âncoras, a exemplo da Petrobras, Gerdau, Odebrecht, entre outras. Além dos benefícios para os pequenos negócios, que ganham mais competitividade e produtividade, esse processo também traz vantagens aos empreendimentos de grande porte, principalmente em áreas como distribuição e pós-venda. “O valor da marca de uma grande empresa depende dessa cadeia”, reforça o diretor do Sebrae.

Segundo Carlos Alberto dos Santos, a fatia das micro e pequenas no total de empresas no Brasil equivale a de países da União Europeia, mas é muito menor quando considerados o volume de empregos e a participação no Produto Interno Bruto (PIB). “No caso da Itália, os pequenos negócios respondem por 99,4% do total de empresas e 55,6% do valor do PIB, além de gerarem 68,5% dos empregos. Já no Brasil, são responsáveis por 99,1% do total de empreendimentos, mas acumulam 52,2% dos empregos e cerca de 25% do PIB. Isso signi-fica que as empresas brasileiras, embora existam exce-ções, precisam melhorar a sua produtividade”, destacou o diretor-técnico.

SAIBA MAIS

Também presente no evento, que é patrocinado pelo Sebrae, o presidente da Associação Nacional de Pesqui-sa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), Carlos Calmonovici, destacou a importância da parceria com o Sebrae em programas desenvolvidos pela Anpei. O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, participará logo mais, às 15h30, do painel A Nova Onda de Empreende-dorismo no Brasil.

A Conferência, que termina nesta terça-feira (29), vai discutir ainda a inovação em produtos, serviços e pro-cessos, no marketing e a inovação organizacional. A

programação contará com especialistas internacionais em inovação, apresentação de cases de sucesso de em-presas, painéis para discussão de políticas públicas e de mecanismos de estímulo à inovação, e apresentação dos resultados dos Comitês Temáticos da Anpei, que trabalham para mapear as melhores práticas em assun-tos como gestão da propriedade intelectual, gestão de centros de P&D, inovação em serviços, entre outros.

05/05/2014

O Estado de S. Paulohttp://novo.clipclipping.com.br/impresso/ler/noticia/496309/cliente/231

Parceria é alternativa para pequeno crescer na indústriaRenato Jakitas

Se a vida não vai lá essas coisas para as grandes in-dústrias brasileiras, a situação é pior para as pequenas. Em um mercado dominado pela atividade de serviços, dona de 69,4% de participação do Produto Interno Bru-to (PIB), o setor busca alternativas para garantir sua so-brevivência. Um caminho, apontam especialistas, é po-sicionar os negócios para a cadeia de fornecimento. Ao invés de partir para a competição com companhias de porte, dizem, vale mais a pena se preparar para entrar na cadeia de valor dessas corporações.

“Basicamente, a única saída que eu vejo para um pe-queno é ele trabalhar para um grande. Tem de encarara grande empresa como cliente, não como concorrente”, afirma o professor Ricardo Balistiero, coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnolo-gia. “O Brasil vai, rapidamente, se tornando um País de serviços. Nosso último grande programa industrial foi em 1958, há 60 anos. Então, não tem condições de so-breviver sem estar abrigado debaixo do guarda-chuva de uma grande empresa”, avalia.

Para os grandes. Em suma, a opção indicada por Ba-listiero é seguir de perto, por exemplo, o caminho do engenheiro mecânico Marcos Franco. Há 18 anos ele cuida com outros dois sócios de uma empresa que de-senvolve sistemas automáticos de lubrificação para má-quinas. Originalmente pensada para atender pequenos empreendimentos, a fábrica foi, naturalmente, partin-do para o relacionamento com grupos de maior porte. “Não tinha saída. O pequeno, infelizmente, não pode arcar com o investimento em nossa tecnologia e, hoje, atendemos grupos como Vale, Bosch e outros”, afirma o paulista. Ele fatura cerca de R$ 2 milhões por ano e

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apesar de cobrar até R$ 500 mil por determinadas solu-ções, faz ressalvas sobre o dia a dia com os clientes. “É muito difícil o relacionamento. Demora muito até que você pegue um novo cliente e, uma vez lá dentro, a bu-rocracia é grande. Às vezes, a gente espera para receber 120 dias após o término do trabalho”.

Na opinião do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículo Automotores (Anfavea), Luiz Moan Yabiku, dificuldades como as enfrentadas por Franco fazem parte do negócio de quem opera com uma empresa maior. “O grande desafio do pequeno (no relacionamento) é a gestão, esse é um ponto primor-dial. Eu não falo só das melhorias na área administra-tiva dos pequenos, mas em ferramentas de inovação e de tecnologias”, destaca. Para ele, uma vez superados esses ajustes culturais, o resultado pode compensar. “O que eventualmente transparece como uma barreira, é uma grande oportunidade de crescimento”.

Dono de uma distribuidora de equipamentos para au-tomação no Rio de Janeiro, Paulo César Lima é hoje entusiasta da relação entre pequenos e grandes em-presários. Para ele, o trabalho ao lado de companhias como CSN e Gerdau corrobora para sua atualização permanente. “Eu procuro agregar valor com inovação”, diz Lima, que procurou em um programa do Sebrae, dedicado a preparar empresários para atuar na cadeia de valor de grandes empresas, formação para melhorar sua eficiência. OSebrae, aliás, organiza um fórum so-bre o assunto, marcado para acontecer em São Paulo entre os dias 21 e 22. “Ainda temos uma longa estrada pela frente. É preciso informar ao pequeno que o gran-de não é concorrente. E ao grande, que o poequeno pode ser fornecedor”, diz o presidente do Sebrae, Luiz Barreto Filho.

12/05/2014

O Estado de S. Paulo http://novo.clipclipping.com.br/impresso/ler/noticia/501701/cliente/231

Parceria entre pequenas e grandes empresas já movimentou R$ 4,5 bi

Programa para inserção de pequenos negócios na ca-deia de valor de grandes companhias já beneficiou 19,5 mil microempresáriosGisele Tamamar

As parcerias para a inserção de pequenos empreen-dimentos na cadeia de valor de grandes empresas já movimentaram R$ 4,5 bilhões em negócios entre 2008

e 2013, segundo estimativa do Sebrae. O programa de encadeamento produtivo da entidade conta com 116 projetos, que já beneficiaram 19,5 mil micro e pequenas empresas.

Na avaliação do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o potencial de crescimento é grande, mas ainda existe uma barreira muitas vezes intransponível – o grande empresário acha que o pequeno não é capaz e ele, por sua vez, não reconhece nessa parceria algo possível de ser alcançado pelo seu negócio.

“Elas são concorrentes em alguns momentos, mas po-dem ser complementares e ter uma relação cooperativa. O programa é uma forma de ampliar o mercado para as pequenas e ao mesmo tempo enfrentar o principal desafio do Brasil, que é a produtividade”, diz Barretto.

Até começar a frequentar os cursos promovidos pelo Se-brae, em 2008, nunca tinha passado pela cabeça do em-presário Hebert José França fazer negócios com grandes corporações. Dono da Sudpar, um pequeno comércio de parafusos e ferramentas do Espírito Santo, França apren-deu o caminho e passou a buscar parcerias.

Atualmente, 40% dos clientes são grandes empresas – elas responderam por 60% do faturamento de R$ 1,2 milhão registrado no ano passado. “Relacionamento é tudo”, conta.

Já a empresa Jevin foi criada especificamente para atender a Petrobrás nas compras de pequenos valores, como caixas de lâmpadas e fusíveis. Há 15 anos, a esta-tal respondia por 90% da receita. Hoje, esse porcentual é de 20%. “Não dependemos apenas de um cliente. Vá-rias empresas de óleo e gás chegaram ao País e fomos atrás de informação para fazer negócios”, diz Guilherme Capistrano Cunha, sócio da empresa com os tios João Horácio e Evandro Cunha.

A empresa, com escritório em Macaé (RJ) e Vila Velha (ES), resolveu focar na área de telecomunicações – a Jevin aluga rádios para comunicação das equipes nas plataformas de petróleo e também realiza projetos para implantação do sistema de comunicação via satélite.

“Sempre tem oportunidade, mas é preciso entender onde está o mercado. Participar de eventos do setor é uma opção porque ninguém vai te ver dentro do es-critório”, diz Cunha. A Jevin faturou R$ 24 milhões em 2013. Entre os clientes, 10% das empresas são grandes e respondem por 60% do faturamento.

Debate. O assunto será tema do Encadear, evento pro-movido pelo Sebrae nos dias 21 e 22, em São Paulo.

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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“Vejo a questão do encadeamento produtivo como uma boa ideia para que a inovação e novos ensinamen-tos sejam implantados. A discussão não fica só na te-oria”, afirma o diretor da M. Dias Branco, Luiz Eugênio Lopes Pontes, executivo que vai participar do evento.

Época Negócios On Line (Matéria distribuída pela Agência Estado) http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Resultados/noticia/2014/05/juntas-pequenas-e-grandes-empresas-movimentam-r-45-bi.html

Juntas, pequenas e grandes empresas movimentam R$ 4,5 Bi

NA AVALIAÇãO DO PRESIDENTE DO SEBRAE, LUIz BARRETTO, O POTENCIAL DE CRESCIMENTO É GRAN-DE, MAS AINDA EXISTE UMA BARREIRA MUITAS VEzES INTRANSPONÍVEL - O GRANDE EMPRESÁRIO ACHA QUE O PEQUENO NãO É CAPAz

As parcerias para a inserção de pequenos empreen-dimentos na cadeia de valor de grandes empresas já movimentaram R$ 4,5 bilhões em negócios entre 2008 e 2013, segundo estimativa do Sebrae. O programa de encadeamento produtivo da entidade conta com 116 projetos, que já beneficiaram 19,5 mil micro e pequenas empresas.

Na avaliação do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o potencial de crescimento é grande, mas ainda exis-te uma barreira muitas vezes intransponível - o grande empresário acha que o pequeno não é capaz e ele, por sua vez, não reconhece nessa parceria algo possível de ser alcançado pelo seu negócio.

"Elas são concorrentes em alguns momentos, mas po-dem ser complementares e ter uma relação cooperativa. O programa é uma forma de ampliar o mercado para as pequenas e ao mesmo tempo enfrentar o principal desafio do Brasil, que é a produtividade", diz Barretto.

Até começar a frequentar os cursos promovidos pelo Se-brae, em 2008, nunca tinha passado pela cabeça do em-presário Hebert José França fazer negócios com grandes corporações. Dono da Sudpar, um pequeno comércio de parafusos e ferramentas do Espírito Santo, França apren-deu o caminho e passou a buscar parcerias.

Atualmente, 40% dos clientes são grandes empresas - elas responderam por 60% do faturamento de R$ 1,2 milhão re-gistrado no ano passado. "Relacionamento é tudo", conta.

Já a empresa Jevin foi criada especificamente para atender a Petrobrás nas compras de pequenos valores,

como caixas de lâmpadas e fusíveis. Há 15 anos, a esta-tal respondia por 90% da receita. Hoje, esse porcentual é de 20%. "Não dependemos apenas de um cliente. Vá-rias empresas de óleo e gás chegaram ao País e fomos atrás de informação para fazer negócios", diz Guilher-me Capistrano Cunha, sócio da empresa com os tios João Horácio e Evandro Cunha.

A empresa, com escritório em Macaé (RJ) e Vila Velha (ES), resolveu focar na área de telecomunicações - a Jevin aluga rádios para comunicação das equipes nas plataformas de petróleo e também realiza projetos para implantação do sistema de comunicação via satélite.

"Sempre tem oportunidade, mas é preciso entender onde está o mercado. Participar de eventos do setor é uma opção porque ninguém vai te ver dentro do es-critório", diz Cunha. A Jevin faturou R$ 24 milhões em 2013. Entre os clientes, 10% das empresas são grandes e respondem por 60% do faturamento.

Debate - O assunto será tema do Encadear, evento pro-movido pelo Sebrae nos dias 21 e 22, em São Paulo. "Vejo a questão do encadeamento produtivo como uma boa ideia para que a inovação e novos ensinamen-tos sejam implantados. A discussão não fica só na te-oria", afirma o diretor da M. Dias Branco, Luiz Eugênio Lopes Pontes, executivo que vai participar do evento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Site Exame (Matéria distribuída pela Agência Estado)http://exame.abril.com.br/pme/noticias/juntas-pequenas-e-grandes-empresas-movimentam-r-4-5-bi-2

Juntas, pequenas e grandes empresas movimentam R$ 4,5 bi

A estimativa do Sebrae abarca negócios realizados en-tre 2008 e 2013

Gisele Tamamar, do

Sebrae-SP: o programa de encadeamento produtivo da entidade conta com 116 projetos, que já beneficiaram 19,5 mil micro e pequenas empresas

São Paulo - As parcerias para a inserção de pequenos empreendimentos na cadeia de valor de grandes em-presas já movimentaram R$ 4,5 bilhões em negócios entre 2008 e 2013, segundo estimativa do Sebrae.

O programa de encadeamento produtivo da entidade conta com 116 projetos, que já beneficiaram 19,5 mil micro e pequenas empresas.

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Na avaliação do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o potencial de crescimento é grande, mas ainda exis-te uma barreira muitas vezes intransponível - o grande empresário acha que o pequeno não é capaz e ele, por sua vez, não reconhece nessa parceria algo possível de ser alcançado pelo seu negócio.

"Elas são concorrentes em alguns momentos, mas po-dem ser complementares e ter uma relação cooperativa. O programa é uma forma de ampliar o mercado para as pequenas e ao mesmo tempo enfrentar o principal desafio do Brasil, que é a produtividade", diz Barretto.

Até começar a frequentar os cursos promovidos pelo Sebrae, em 2008, nunca tinha passado pela cabeça do empresário Hebert José França fazer negócios com grandes corporações.

Dono da Sudpar, um pequeno comércio de parafusos e ferramentas do Espírito Santo, França aprendeu o cami-nho e passou a buscar parcerias.

Atualmente, 40% dos clientes são grandes empresas - elas responderam por 60% do faturamento de R$ 1,2 milhão registrado no ano passado. "Relacionamento é tudo", conta.

Já a empresa Jevin foi criada especificamente para atender a Petrobrás nas compras de pequenos valores, como caixas de lâmpadas e fusíveis. Há 15 anos, a esta-tal respondia por 90% da receita. Hoje, esse porcentual é de 20%.

"Não dependemos apenas de um cliente. Várias empre-sas de óleo e gás chegaram ao País e fomos atrás de informação para fazer negócios", diz Guilherme Capis-trano Cunha, sócio da empresa com os tios João Horá-cio e Evandro Cunha.

A empresa, com escritório em Macaé (RJ) e Vila Velha (ES), resolveu focar na área de telecomunicações - a Jevin aluga rádios para comunicação das equipes nas plataformas de petróleo e também realiza projetos para implantação do sistema de comunicação via satélite.

"Sempre tem oportunidade, mas é preciso entender onde está o mercado. Participar de eventos do setor é uma opção porque ninguém vai te ver dentro do escri-tório", diz Cunha.

A Jevin faturou R$ 24 milhões em 2013. Entre os clien-tes, 10% das empresas são grandes e respondem por 60% do faturamento.

Debate - O assunto será tema do Encadear, evento pro-movido pelo Sebrae nos dias 21 e 22, em São Paulo. "Vejo a questão do encadeamento produtivo como

uma boa ideia para que a inovação e novos ensinamen-tos sejam implantados.

A discussão não fica só na teoria", afirma o diretor da M. Dias Branco, Luiz Eugênio Lopes Pontes, executivo que vai participar do evento. As informações são do jor-nal O Estado de S. Paulo.

Diário de Pernambuco (Matéria distribuída pela Agência Estado) http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2014/05/12/internas_economia,503384/juntas-pequenas-e-grandes-empresas-movimentam-r-4-5-bilhoes.shtml

Juntas, pequenas e grandes empresas movimentam R$ 4,5 bilhõesAgência Estado

Publicação: 12/05/2014 08:55 Atualização:As parcerias para a inserção de pequenos empreen-dimentos na cadeia de valor de grandes empresas já movimentaram R$ 4,5 bilhões em negócios entre 2008 e 2013, segundo estimativa do Sebrae. O programa de encadeamento produtivo da entidade conta com 116 projetos, que já beneficiaram 19,5 mil micro e pequenas empresas.

Na avaliação do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o potencial de crescimento é grande, mas ainda exis-te uma barreira muitas vezes intransponível - o grande empresário acha que o pequeno não é capaz e ele, por sua vez, não reconhece nessa parceria algo possível de ser alcançado pelo seu negócio.

"Elas são concorrentes em alguns momentos, mas po-dem ser complementares e ter uma relação cooperativa. O programa é uma forma de ampliar o mercado para as pequenas e ao mesmo tempo enfrentar o principal desafio do Brasil, que é a produtividade", diz Barretto.

Até começar a frequentar os cursos promovidos pelo Se-brae, em 2008, nunca tinha passado pela cabeça do em-presário Hebert José França fazer negócios com grandes corporações. Dono da Sudpar, um pequeno comércio de parafusos e ferramentas do Espírito Santo França apren-deu o caminho e passou a buscar parcerias.

Atualmente, 40% dos clientes são grandes empresas - elas responderam por 60% do faturamento de R$ 1,2 milhão registrado no ano passado. "Relacionamento é tudo", conta.

Já a empresa Jevin foi criada especificamente para atender a Petrobrás nas compras de pequenos valores, como caixas de lâmpadas e fusíveis. Há 15 anos, a esta-

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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tal respondia por 90% da receita. Hoje, esse porcentual é de 20%. "Não dependemos apenas de um cliente. Vá-rias empresas de óleo e gás chegaram ao País e fomos atrás de informação para fazer negócios", diz Guilher-me Capistrano Cunha, sócio da empresa com os tios João Horácio e Evandro Cunha.

A empresa, com escritório em Macaé (RJ) e Vila Velha (ES), resolveu focar na área de telecomunicações - a Jevin aluga rádios para comunicação das equipes nas plataformas de petróleo e também realiza projetos para implantação do sistema de comunicação via satélite.

"Sempre tem oportunidade, mas é preciso entender onde está o mercado. Participar de eventos do setor é uma opção porque ninguém vai te ver dentro do es-critório", diz Cunha. A Jevin faturou R$ 24 milhões em 2013. Entre os clientes, 10% das empresas são grandes e respondem por 60% do faturamento.

Debate - O assunto será tema do Encadear, evento pro-movido pelo Sebrae nos dias 21 e 22, em São Paulo. "Vejo a questão do encadeamento produtivo como uma boa ideia para que a inovação e novos ensinamen-tos sejam implantados. A discussão não fica só na te-oria", afirma o diretor da M. Dias Branco, Luiz Eugênio Lopes Pontes, executivo que vai participar do evento.

DCI (Matéria distribuída pela Agência Estado)http://novo.clipclipping.com.br/estadual/ler/noticia/502063/cliente/231#prettyPhoto

Cadeia de produção gera R$ 4,5 bi aos pequenos

SãO PAULO - As parcerias para a inserção de peque-nos empreendimentos na cadeia de valor de grandes empresas já movimentaram R$ 4,5 bilhões em negó-cios entre 2008 e 2013, segundo estimativa do Sebrae. O programa de encadeamento produtivo da entidade conta com 116 projetos, que já beneficiaram 19,5 mil micro e pequenas empresas. Na avaliação do presiden-te do Sebrae, Luiz Barretto, o potencial de crescimento é grande. "Elas são concorrentes em alguns momentos, mas podem ser complementares", afirma,

Rádio CBNhttp://cbn.globoradio.globo.com/especiais/encadear/2014/05/12/O-QUE-E-O-ENCADEAMENTO-PRODUTIVO.htm

O que é encadeamento produtivo?

13/05/2014

Rádio CBNhttp://cbn.globoradio.globo.com/especiais/encadear/2014/05/13/COMO-O-ENCADEAMENTO-PRODUTIVO-PODE-AJUDAR-OS-PEQUENOS-NEGOCIOS.htm

Como o encadeamento produtivo pode ajudar os pequenos negócios

14/05/2014

Época Negócios (Coluna A Seguir)https://mail.grupoinforme.com.br/owa/WebReadyView.aspx?t=att&id=RgAAAAC4x6DLPNVMTYWGObSrtzDr-BwBnr2E6z55jT7gfkyXzNnEJAAAAtALmAABnr2E6z55jT7g-fkyXzNnEJAAAWIkP9AAAJ&attid0=BAAAAAAA&attcnt=1&ps-pid=_1400874592297_267238443

Segundo Tempo

A Gerdau e o Sebrae anunciam nos próximos dias a re-novação do acordo assinado há dois anos para qualifi-car as pequenas empresas a tornarem fornecedoras da siderúrgica gaúcha. Pelo projeto, a empresa abre suas demanda por produtos e serviços para as pequenas, a entidade capacita as companhias interessadas e os cus-tos são divididos entre as duas organizações, Segundo o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, as pequenas que se qualificaram viram seu faturamento aumentar em 30%, enquanto a Gerdau teve queda no preço e oferta mais rápida na sua cadeia.

Rádio CBN http://cbn.globoradio.globo.com/especiais/encadear/2014/05/16/COOPERATIVISMO-E-O-ENCADEAMENTO-PRODUTIVO.htm#ixzz32z1kwVPX

Que tipos de empresas podem participar do encadeamento produtivo?

15/05/2014

Rádio CBNhttp://cbn.globoradio.globo.com/especiais/encadear/2014/05/15/COMO-O-ENCADEAMENTO-PRODUTIVO-PODE-AJUDAR-O-AGRONEGOCIO.htm

Como o encadeamento produtivo pode ajudar o agronegócio

16/05/2014

Rádio CBN

ENCADEAR

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http://cbn.globoradio.globo.com/especiais/encadear/2014/05/16/COOPERATIVISMO-E-O-ENCADEAMENTO-PRODUTIVO.htm

Cooperativismo e o encadeamento produtivo

17/05/2014

Rádio Estadãohttp://novo.clipclipping.com.br/radio/ler/noticia/107547/cliente/231Entrevista: Luiz Barretto, presidente do Sebrae

Cadeia de valor. Mais precisamente sobre como par-cerias podem ajudar grandes e pequenos empreen-dedores. Luiz Barretto, presidente do Sebrae, comenta sobre o assunto e conta como estão as parcerias en-tre grandes e pequenas empresas no Brasil. O Sebrae Nacional trabalha orientando os sebraes nos estados e já tem atuado de maneira decisiva no caso do pequeno empreendedor, mostrando para ele o que ele precisa e procurando capacitá-lo.

18/05/2014

Gazeta de Alagoas

(Matéria distribuída pela Agência Estado)http://novo.clipclipping.com.br/estadual/ler/noticia/507641/cliente/231

Parceria entre pequenas e grandes empresas move bilhões

São Paulo – As parcerias para a inserção de pequenos empreendimentos na cadeia de valor de grandes em-presas já movimentaram R$ 4,5 bilhões em negócios entre 2008 e 2013, segundo estimativa do Sebrae. O programa de encadeamento produtivo da entidade conta com 116 projetos, que já beneficiaram 19,5 mil micro e pequenas empresas.

Na avaliação do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o potencial de crescimento é grande, mas ainda existe uma barreira muitas vezes intransponível – o grande empresário acha que o pequeno não é capaz e ele, por sua vez, não reconhece nessa parceria algo possível de ser alcançado pelo seu negócio.

“Elas são concorrentes em alguns momentos, mas po-dem ser complementares e ter uma relação cooperativa. O programa é uma forma de ampliar o mercado para as pequenas e ao mesmo tempo enfrentar o principal desafio do Brasil, que é a produtividade”, diz Barretto.

Diário do Nordeste (Ceará)http://novo.clipclipping.com.br/estadual/ler/noticia/507647/cliente/231

Fórum de Encadeamento

Quarta, 21, e quinta-feiras, em São Paulo, Luís Eugênio Pontes, diretor corporativo de Moinhos do Grupo M. Dias Branco, pronunciará palestra no Fórum do Enca-deamento Positivo. No evento, promovido pelo Sebrae Nacional, Eugênio falará sobre o projeto de encadea-mento elaborado pela sua empresa, que passará a dar consultoria a pequenas e médias empresas da cadeia produtiva do trigo.

O piloto do programa foi testado com êxito nos moi-nhos do próprio grupo junto à sua rede de clientes.

19/05/2014

Agência O Globohttp://novo.clipclipping.com.br/site/ler/noticia/508875/cliente/231

Você pode fornecer para grandes empresas

RIO - Para muitos empreendedores, a formalização por si só já é um bom passo para conquistar clientes impor-tantes e assíduos, já que nota fiscal é algo fundamental. As grandes companhias, por exemplo, estão cada vez mais abertas a pequenos negócios como fornecedores. No entanto, o nível de exigência delas continua sendo alto, e a capacitação é o caminho mais seguro para al-cançá-las.

Segundo Luiz Barretto, presidente do Sebrae Nacional, mais de 99% dos empreendimentos formais no Brasil são de micro e pequeno portes, e boa parte deles inte-gram cadeias de valor de grandes empresas, seja como fornecedor, subfornecedor ou prestador de serviço.

- É preciso estar bem preparado para fazer negócios com as grandes empresas, elas são muito exigentes quanto à qualidade, pontualidade e, muitas vezes, até normas técnicas, como as ISO, mas elas percebem van-tagens em contar com pequenosempreendedores - ex-plica Barretto.

Diante dessa realidade, o Sebrae desenvolveu o “Pro-grama de encadeamento produtivo”, que engloba dife-rentes empresas, desde a produção de um bem até sua distribuição, pós-venda, revendas, assistências técnicas e fabricação e montagem de peças, por exemplo. A ideia é identificar os gargalos das companhias mais ro-

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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bustas. Entre os principais, elas apontam, estão atrasos nas entregas, falta de oferta de determinados produtos e serviços e problemas trabalhistas que acabam afetan-do o grande comprador.

Essas informações ajudam o Sebrae a fazer um diagnós-tico das pequenas empresase a promover as mudanças necessárias para que elas sejam capazes de atender a demanda do mercado. O resultado, portanto, é posi-tivo para as duas pontas da cadeia produtiva e visa a tornar a indústria brasileira mais competitiva. As gran-des comemoram mudanças, como a racionalização de processos, redução de custos, melhoria da qualidade e aumento na velocidade das operações. Já os pequenos empresários percebem aumento no faturamento, no número de postos de trabalho e de clientes.

- Vender para as grandes não é o mais difícil. Com-plicado é se manter competitivo. Quando a gente se capacita, a gente fica mais imune a problemas inter-nos dos nossos principais clientes. Amanhã ou depois, se eles cancelam um contrato, nós não nos abalamos tanto - conta Paulo César Lima, dono da empresa de automação industrial Eletro Primus que tem, entre seus clientes, a Gerdau, fornecedora de aços longos.

Paulo César e seus funcionários tiveram um ano e meio de consultoria do Sebrae com medições mensais de desempenho. Neste período, a microempresa partici-pou de um intenso processo de mudança, que incluiu avaliação do seu grau de competitividade e perspecti-vas de crescimento. Pelo programa, eles participaram de cursos baseados em critérios de excelência como gestão interna, relacionamento com clientes, fluxo de informação e adoção de processos e resultados.

- Ao longo desses meses, percebi que minha lucrativi-dade média de 15% ao mês não correspondia à reali-dade, porque seguíamos uma metodologia equivocada na formação do preço. Corrigimos, no ano passado, e a empresa começou 2014 faturando o dobro - comemo-ra Paulo César. Em média, os fornecedores da Gerdau registram um crescimento médio no faturamento de 30% e maior abertura de postos de trabalho, como foi o caso da Eletro Primus.

Por outro lado, a Gerdau também contabiliza ganhos a partir do desenvolvimento de seus fornecedores. O setor de compras, por exemplo, registrou alta de 50% na produtividade a partir do aumento da qualidade dos produtos de seus fornecedores e da redução pela me-tade das ligações para solução de problemas. O índice de pontualidade subiu de 88%, no início do projeto, para 95%, em dezembro de 2013.

Outra grande que aderiu ao programa do Sebrae é a Braskem, produtora de resinas termoplásticas. O resul-tado de um projeto piloto desenvolvido pelo Sebrae e a empresa, em Alagoas, inspirou um acordo nacional assinado recentemente. A quantidade de pequenas empresas de produtos e serviços de química e plásticos instaladas no estado subiu 61%, o número de empre-gos na cadeia do setor cresceu 56% e os salários dos funcionários da área de produção tiveram uma eleva-ção de 33%. Além disso, a redução do índice de perdas nessas empresas atingiu a 71%.

Para Jorge Soto, diretor de desenvolvimento sustentá-vel da Braskem, é muito importante que as companhias maiores participem de programas que reforcem a ca-deia produtiva no país:

- O objetivo é alavancar o crescimento da indústria na-cional a partir do fortalecimento dos empreendimentos pequenos. Ao fomentar o desenvolvimento de todos os elos da cadeia onde atua, a Braskem busca ser uma companhia estratégica para a economia, fazendo parte da solução de problemas e contribuindo para o desen-volvimento da nossa sociedade.

O casal Monique Lopes e Fernando Costa começou a participar do programa de desenvolvimento de forne-cedores em outubro e ainda está em capacitação. A Nova Infinity, empresa de comunicação visual e placas de sinalização, já fornecia para a Odebrecht e, em pou-cos meses, viu seu faturamento e sua cartela de clientes crescerem significativamente.

- Logo de cara, zeramos a quantidade de produtos em atraso, o que fez com que faturássemos com mais agi-lidade. Em sete meses, nosso faturamento cresceu 50%. E ainda estamos no começo do processo. Sentimos um estímulo maior e não temos mais o receio de apresen-tar propostas para conquistar novos clientes. Temos cada vez mais consciência da nossa qualidade - destaca Monique.

Fórum de encadeamento produtivo

O Sebrae, aliás, realiza nesta quarta e quinta o “Fórum de encadeamento produtivo – pequenas e grandes em-presas trabalhando juntas”, em São Paulo. O evento vai reunir cerca de 700 pessoas para debater, tanto no ce-nário nacional como internacional, as vantagens das re-lações comerciais entre as micro e pequenas empresas – aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano – e as grandes corporações.

Pequenos empresários formam o público alvo, ao lado

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de dirigentes de grandes empresas, principalmente executivos de suprimentos, marketing ou distribuição, consultores especializados, dirigentes de entidades re-presentativas de pequenas empresas e representantes de instituições parceiras do Sebrae que trabalham com o tema.

As inscrições podem ser feitas pelo site www.encadear-sebrae.com.br.

O Estado de S. Paulohttp://novo.clipclipping.com.br/impresso/ler/noticia/507969/cliente/231

Parcerias ajudam pequenos negócios na agriculturaRodrigo Rezende

Vender para grandes empresas pode ser um bom ne-gócio para os agricultores. A fazenda Direto da Serra, de Mogi das Cruzes (SP), por exemplo, faturou pouco mais de RS 9 milhões no ano passado e quase metade desse montante (47%) veio da produção de orgânicos para a rede Pão de Açúcar.

A parceria, que começou em 2004, conta o proprietário da fazenda, Roberto Hideki Umeda, ganhou importân-cia quando o pequeno negócio passou a produzir itens para a marca própria do grupo, a Taeq. Atualmente, a fazenda abastece 42 lojas do Pão de Açúcar com frutas, legumes e verduras orgânicas.

São cerca de 11 mil unidades por dia."Procuramos o grupo e conhecíamos o suporte técnico que iríamos receber. Isso foi muito atraente para efetivarmos a par-ceria", conta Umeda. Para o empreendedor, a estrutura do Pão de Açúcar ajudou. "Sozinhos levaríamos muito mais tempo para crescer."

O negócio com a rede de supermercados ocorreu por iniciativa do pequeno empreendedor paulista, mas o Sebrae acredita que pode estimular cada vez mais esse tipo de parceria. No ano passado, a entidade tirou do papel, em Santa Catarina, um programa para auxiliar tecnicamente os produtores que atendem por meio de cooperativa as demandas da Aurora Alimentos.

"O desafio (para os produtores) é ter qualidade e cum-prir os prazos de entrega", afirma Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae. A região conta atu-almente com 62,3 mil associados. Um dos agricultores beneficiados pelo programa é Antônio José Maldaner, dono de uma propriedade familiar em Pi-nhalzinho (SC). As 25 vacas de Maldaner produzem mensalmente 10 mil litros de leite. O negócio ainda cria 1,2 mil suínos

e 198 mil aves para o abate todos os anos.

Maldaner fatura RS 30 mil por mês, em média, e o seu lucro é de 30% desse valor. O empreendedor considera que a parceria com a Aurora também o ajudou a se de-senvolver. "Recebemos um apoio técnico para melho-rarmos a qualidade dos produtos e o valor deles. Houve um ganho", diz.

A professora da Esalq/USP, Marly Teresinha Pereira, res-salta que parcerias desse tipo podem ser interessantes para o pequeno produtor. De acordo com a especialis-ta, apesar de casos esporádicos, individualmente é qua-se impossível o agricultor ingressar na cadeia de valor de uma grande empresa.

"O caminho é por meio de Cooperativas." Outra via a ser trilhada, segundo Marly, é contar com o governo como cliente e oferecer, por exemplo, alimentos para a merenda escolar.

Debate. O encadeamento produtivo será tema de even-to promovido pelo Sebrae, nos dias 21 e 22, em São Paulo. O encontro pretende debater as parcerias possí-veis entre grandes e pequenos negócios na agricultura e nos demais grandes setores da economia brasileira.

"Tornar empresas brasileiras multinacionais só será possível se elas tiverem uma rede de pequenas empre-sas cada vez mais qualificadas", analisa Luiz Barretto, presidente do Sebrae.

Diário do Grande ABC (Matéria distribuída pela Agência Estado)http://www.dgabc.com.br/canais/dgabc2013/Noticia/529952/parcerias-ajudam-pequenos-negocios-na-agricultura?referencia=relacionadas-detalhe-noticia

Parcerias ajudam pequenos negócios na agricultura

Vender para grandes empresas pode ser um bom ne-gócio para os agricultores. A fazenda Direto da Serra, de Mogi das Cruzes (SP), por exemplo, faturou pouco mais de R$ 9 milhões no ano passado e quase metade desse montante (47%) veio da produção de orgânicos para a rede Pão de Açúcar.

A parceria, que começou em 2004, conta o proprietário da fazenda, Roberto Hideki Umeda, ganhou importân-cia quando o pequeno negócio passou a produzir itens para a marca própria do grupo, a Taeq. Atualmente, a fazenda abastece 42 lojas do Pão de Açúcar com frutas, legumes e verduras orgânicas. São quase 11 mil unida-des por dia.

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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"Procuramos o grupo e conhecíamos o suporte técnico que iríamos receber. Isso foi muito atraente para efetivar-mos a parceria", conta Umeda. Para o empreendedor, a estrutura do Pão de Açúcar ajudou. "Sozinhos levaríamos muito mais tempo para crescer." O negócio com a rede de supermercados ocorreu por iniciativa do pequeno empre-endedor paulista, mas o Sebrae acredita que pode esti-mular cada vez mais esse tipo de parceria.

No ano passado, a entidade tirou do papel, em San-ta Catarina, um programa para auxiliar tecnicamente os produtores que atendem por meio de cooperativa as demandas da Aurora Alimentos. "O desafio (para os produtores) é ter qualidade e cumprir os prazos de en-trega", afirma Carlos Alberto dos Santos, diretor técni-co do Sebrae. A região conta atualmente com 62,3 mil associados.

Um dos agricultores beneficiados pelo programa é An-tônio José Maldaner, dono de uma propriedade familiar em Pinhalzinho (SC). As 25 vacas de Maldaner produ-zem mensalmente 10 mil litros de leite. O negócio ain-da cria 1,2 mil suínos e 198 mil aves para o abate todos os anos. Maldaner fatura R$ 30 mil por mês, em média, e o seu lucro é de 30% desse valor. O empreendedor considera que a parceria com a Aurora também o aju-dou a se desenvolver. "Recebemos um apoio técnico para melhorarmos a qualidade dos produtos e o valor deles. Houve um ganho", diz.

A professora da Esalq/USP, Marly Teresinha Pereira, res-salta que parcerias desse tipo podem ser interessantes para o pequeno produtor. De acordo com a especialis-ta, apesar de casos esporádicos, individualmente é qua-se impossível o agricultor ingressar na cadeia de valor de uma grande empresa. "O caminho é por meio de cooperativas." Outra via a ser trilhada, segundo Marly, é contar com o governo como cliente e oferecer, por exemplo, alimentos para a merenda escolar.

Debate - O encadeamento produtivo será tema de even-to promovido pelo Sebrae, nos dias 21 e 22, em São Paulo. O encontro pretende debater as parcerias possíveis entre grandes e pequenos negócios na agricultura e nos demais grandes setores da economia brasileira. "Tornar empresas brasileiras multinacionais só será possível se elas tiverem uma rede de pequenas empresas cada vez mais qualifica-das", analisa Luiz Barretto, presidente do Sebrae. s infor-mações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Povo Ceará (Matéria distribuída pela Agência Estado) http://novo.clipclipping.com.br/estadual/ler/noticia/508127/

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Parcerias ajudam pequenos negócios na agricultura

Vender para grandes empresas pode ser um bom ne-gócio para os agricultores. A fazenda Direto da Serra, de Mogi das Cruzes (SP), por exemplo, faturou pouco mais de R$ 9 milhões no ano passado e quase metade desse montante (47%) veio da produção de orgânicos para a rede Pão de Açúcar.

A parceria, que começou em 2004, conta o proprietário da fazenda, Roberto Hideki Umeda, ganhou importân-cia quando o pequeno negócio passou a produzir itens para a marca própria do grupo, a Taeq. Atualmente, a fazenda abastece 42 lojas do Pão de Açúcar com frutas, legumes e verduras orgânicas. São quase 11 mil unida-des por dia.

"Procuramos o grupo e conhecíamos o suporte técnico que iríamos receber. Isso foi muito atraente para efeti-varmos a parceria", conta Umeda. Para o empreende-dor, a estrutura do Pão de Açúcar ajudou. "Sozinhos levaríamos muito mais tempo para crescer." O negócio com a rede de supermercados ocorreu por iniciativa do pequenoempreendedor paulista, mas o Sebrae acredita que pode estimular cada vez mais esse tipo de parceria.

No ano passado, a entidade tirou do papel, em San-ta Catarina, um programa para auxiliar tecnicamente os produtores que atendem por meio de cooperativa as demandas da Aurora Alimentos. "O desafio (para os produtores) é ter qualidade e cumprir os prazos de en-trega", afirma Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico doSebrae. A região conta atualmente com 62,3 mil as-sociados.

Um dos agricultores beneficiados pelo programa é An-tônio José Maldaner, dono de uma propriedade familiar em Pinhalzinho (SC). As 25 vacas de Maldaner produ-zem mensalmente 10 mil litros de leite. O negócio ain-da cria 1,2 mil suínos e 198 mil aves para o abate todos os anos. Maldaner fatura R$ 30 mil por mês, em média, e o seu lucro é de 30% desse valor. O empreendedor considera que a parceria com a Aurora também o aju-dou a se desenvolver. "Recebemos um apoio técnico para melhorarmos a qualidade dos produtos e o valor deles. Houve um ganho", diz.

A professora da Esalq/USP, Marly Teresinha Pereira, res-salta que parcerias desse tipo podem ser interessantes para o pequeno produtor. De acordo com a especialis-ta, apesar de casos esporádicos, individualmente é qua-

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se impossível o agricultor ingressar na cadeia de valor de uma grande empresa. "O caminho é por meio de cooperativas." Outra via a ser trilhada, segundo Marly, é contar com o governo como cliente e oferecer, por exemplo, alimentos para a merenda escolar.

Debate - O encadeamento produtivo será tema de evento promovido pelo Sebrae, nos dias 21 e 22, em São Paulo. O encontro pretende debater as parcerias possíveis entre grandes epequenos negócios na agri-cultura e nos demais grandes setores da economia brasileira. "Tornar empresas brasileiras multinacionais só será possível se elas tiverem uma rede de pequenas empresas cada vez mais qualificadas", analisa Luiz Bar-retto, presidente do Sebrae. s informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diário de Pernambuco (Matéria distribuída pela Agência Estado)http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2014/05/19/internas_economia,504786/parcerias-ajudam-pequenos-negocios-na-agricultura.shtml

Parcerias ajudam pequenos negócios na agricultura Agência Estado

Vender para grandes empresas pode ser um bom ne-gócio para os agricultores. A fazenda Direto da Serra, de Mogi das Cruzes (SP) por exemplo, faturou pouco mais de R$ 9 milhões no ano passado e quase metade desse montante (47%) veio da produção de orgânicos para a rede Pão de Açúcar.

A parceria, que começou em 2004, conta o proprietário da fazenda Roberto Hideki Umeda, ganhou importân-cia quando o pequeno negócio passou a produzir itens para a marca própria do grupo, a Taeq. Atualmente, a fazenda abastece 42 lojas do Pão de Açúcar com frutas, legumes e verduras orgânicas. São quase 11 mil unida-des por dia.

"Procuramos o grupo e conhecíamos o suporte técnico que iríamos receber. Isso foi muito atraente para efetivar-mos a parceria", conta Umeda. Para o empreendedor, a estrutura do Pão de Açúcar ajudou. "Sozinhos levaríamos muito mais tempo para crescer." O negócio com a rede de supermercados ocorreu por iniciativa do pequeno empre-endedor paulista, mas o Sebrae acredita que pode esti-mular cada vez mais esse tipo de parceria.

No ano passado, a entidade tirou do papel, em San-ta Catarina, um programa para auxiliar tecnicamente os produtores que atendem por meio de cooperativa as demandas da Aurora Alimentos. "O desafio (para os produtores) é ter qualidade e cumprir os prazos de en-trega", afirma Carlos Alberto dos Santos, diretor técni-co do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A região conta atualmente com 62,3 mil associados.

Um dos agricultores beneficiados pelo programa é An-tônio José Maldaner, dono de uma propriedade familiar em Pinhalzinho (SC). As 25 vacas de Maldaner produ-zem mensalmente 10 mil litros de leite. O negócio ain-da cria 1,2 mil suínos e 198 mil aves para o abate todos os anos. Maldaner fatura R$ 30 mil por mês, em média e o seu lucro é de 30% desse valor. O empreendedor considera que a parceria com a Aurora também o aju-dou a se desenvolver. "Recebemos um apoio técnico para melhorarmos a qualidade dos produtos e o valor deles. Houve um ganho", diz.

A professora da Esalq/USP, Marly Teresinha Pereira, res-salta que parcerias desse tipo podem ser interessantes para o pequeno produtor. De acordo com a especialis-ta, apesar de casos esporádicos, individualmente é qua-se impossível o agricultor ingressar na cadeia de valor de uma grande empresa. "O caminho é por meio de cooperativas." Outra via a ser trilhada, segundo Marly, é contar com o governo como cliente e oferecer, por exemplo, alimentos para a merenda escolar.

Debate - O encadeamento produtivo será tema de evento promovido pelo Sebrae, nos dias 21 e 22, em São Paulo. O encontro pretende debater as parcerias possíveis entre grandes e pequenos negócios na agri-cultura e nos demais grandes setores da economia brasileira. "Tornar empresas brasileiras multinacionais só será possível se elas tiverem uma rede de peque-nas empresas cada vez mais qualificadas", analisa Luiz Barretto, presidente do Sebrae. s informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Povo Ceará (Matéria distribuída pela

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Agência Estado) http://novo.clipclipping.com.br/estadual/ler/noticia/508127/cliente/231

Parcerias ajudam pequenos negócios na agricultura

Vender para grandes empresas pode ser um bom ne-gócio para os agricultores. A fazenda Direto da Serra, de Mogi das Cruzes (SP), por exemplo, faturou pouco mais de R$ 9 milhões no ano passado e quase metade desse montante (47%) veio da produção de orgânicos para a rede Pão de Açúcar.

A parceria, que começou em 2004, conta o proprietário da fazenda, Roberto Hideki Umeda, ganhou importân-cia quando o pequeno negócio passou a produzir itens para a marca própria do grupo, a Taeq. Atualmente, a fazenda abastece 42 lojas do Pão de Açúcar com frutas, legumes e verduras orgânicas. São quase 11 mil unida-des por dia.

“Procuramos o grupo e conhecíamos o suporte técnico que iríamos receber. Isso foi muito atraente para efeti-varmos a parceria”, conta Umeda. Para o empreende-dor, a estrutura do Pão de Açúcar ajudou. “Sozinhos levaríamos muito mais tempo para crescer.” O negócio com a rede de supermercados ocorreu por iniciativa do pequenoempreendedor paulista, mas o Sebrae acre-dita que pode estimular cada vez mais esse tipo de parceria.

No ano passado, a entidade tirou do papel, em San-ta Catarina, um programa para auxiliar tecnicamente os produtores que atendem por meio de cooperativa as demandas da Aurora Alimentos. “O desafio (para os produtores) é ter qualidade e cumprir os prazos de en-trega”, afirma Carlos Alberto dos Santos, diretor téc-nico doSebrae. A região conta atualmente com 62,3 mil associados.

Um dos agricultores beneficiados pelo programa é An-tônio José Maldaner, dono de uma propriedade familiar em Pinhalzinho (SC). As 25 vacas de Maldaner produ-zem mensalmente 10 mil litros de leite. O negócio ainda cria 1,2 mil suínos e 198 mil aves para o abate todos os anos. Maldaner fatura R$ 30 mil por mês, em média, e o seu lucro é de 30% desse valor. O empreendedor con-sidera que a parceria com a Aurora também o ajudou a se desenvolver. “Recebemos um apoio técnico para melhorarmos a qualidade dos produtos e o valor deles. Houve um ganho”, diz.

A professora da Esalq/USP, Marly Teresinha Pereira, res-

salta que parcerias desse tipo podem ser interessantes para o pequeno produtor. De acordo com a especialis-ta, apesar de casos esporádicos, individualmente é qua-se impossível o agricultor ingressar na cadeia de valor de uma grande empresa. “O caminho é por meio de cooperativas.” Outra via a ser trilhada, segundo Marly, é contar com o governo como cliente e oferecer, por exemplo, alimentos para a merenda escolar.

Debate - O encadeamento produtivo será tema de evento promovido pelo Sebrae, nos dias 21 e 22, em São Paulo. O encontro pretende debater as parcerias possíveis entre grandes epequenos negócios na agri-cultura e nos demais grandes setores da economia brasileira. “Tornar empresas brasileiras multinacionais só será possível se elas tiverem uma rede de peque-nas empresas cada vez mais qualificadas”, analisa Luiz Barretto, presidente do Sebrae. s informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diário de Pernambuco (Matéria distribuída pela Agência Estado)http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2014/05/19/internas_economia,504786/parcerias-ajudam-pequenos-negocios-na-agricultura.shtml

Parcerias ajudam pequenos negócios na agricultura Agência Estado

Publicação: 19/05/2014 09:06 Atualização:Vender para grandes empresas pode ser um bom ne-gócio para os agricultores. A fazenda Direto da Serra, de Mogi das Cruzes (SP) por exemplo, faturou pouco mais de R$ 9 milhões no ano passado e quase metade desse montante (47%) veio da produção de orgânicos para a rede Pão de Açúcar.

A parceria, que começou em 2004, conta o proprietário da fazenda Roberto Hideki Umeda, ganhou importân-cia quando o pequeno negócio passou a produzir itens para a marca própria do grupo, a Taeq. Atualmente, a fazenda abastece 42 lojas do Pão de Açúcar com frutas, legumes e verduras orgânicas. São quase 11 mil unida-des por dia.

“Procuramos o grupo e conhecíamos o suporte técnico que iríamos receber. Isso foi muito atraente para efeti-varmos a parceria”, conta Umeda. Para o empreendedor, a estrutura do Pão de Açúcar ajudou. “Sozinhos levarí-amos muito mais tempo para crescer.” O negócio com a rede de supermercados ocorreu por iniciativa do pe-queno empreendedor paulista, mas o Sebrae acredita

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que pode estimular cada vez mais esse tipo de parceria.

No ano passado, a entidade tirou do papel, em San-ta Catarina, um programa para auxiliar tecnicamente os produtores que atendem por meio de cooperativa as demandas da Aurora Alimentos. “O desafio (para os produtores) é ter qualidade e cumprir os prazos de en-trega”, afirma Carlos Alberto dos Santos, diretor técni-co do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A região conta atualmente com 62,3 mil associados.

Um dos agricultores beneficiados pelo programa é An-tônio José Maldaner, dono de uma propriedade familiar em Pinhalzinho (SC). As 25 vacas de Maldaner produ-zem mensalmente 10 mil litros de leite. O negócio ain-da cria 1,2 mil suínos e 198 mil aves para o abate todos os anos. Maldaner fatura R$ 30 mil por mês, em média e o seu lucro é de 30% desse valor. O empreendedor considera que a parceria com a Aurora também o aju-dou a se desenvolver. “Recebemos um apoio técnico para melhorarmos a qualidade dos produtos e o valor deles. Houve um ganho”, diz.

A professora da Esalq/USP, Marly Teresinha Pereira, res-salta que parcerias desse tipo podem ser interessantes para o pequeno produtor. De acordo com a especialis-ta, apesar de casos esporádicos, individualmente é qua-se impossível o agricultor ingressar na cadeia de valor de uma grande empresa. “O caminho é por meio de cooperativas.” Outra via a ser trilhada, segundo Marly, é contar com o governo como cliente e oferecer, por exemplo, alimentos para a merenda escolar.

Debate - O encadeamento produtivo será tema de evento promovido pelo Sebrae, nos dias 21 e 22, em São Paulo. O encontro pretende debater as parcerias possíveis entre grandes e pequenos negócios na agri-cultura e nos demais grandes setores da economia brasileira. “Tornar empresas brasileiras multinacionais só será possível se elas tiverem uma rede de pequenas empresas cada vez mais qualificadas”, analisa Luiz Bar-retto, presidente do Sebrae.

SITE R7http://noticias.r7.com/economia/parcerias-ajudam-pequenos-negocios-na-agricultura-19052014

Parcerias ajudam pequenos negócios na agricultura

Vender para grandes empresas pode ser um bom ne-gócio para os agricultores. A fazenda Direto da Serra, de Mogi das Cruzes (SP), por exemplo, faturou pouco

mais de R$ 9 milhões no ano passado e quase metade desse montante (47%) veio da produção de orgânicos para a rede Pão de Açúcar.

A parceria, que começou em 2004, conta o proprietário da fazenda, Roberto Hideki Umeda, ganhou importân-cia quando o pequeno negócio passou a produzir itens para a marca própria do grupo, a Taeq. Atualmente, a fazenda abastece 42 lojas do Pão de Açúcar com frutas, legumes e verduras orgânicas. São quase 11 mil unida-des por dia.

"Procuramos o grupo e conhecíamos o suporte técnico que iríamos receber. Isso foi muito atraente para efetivar-mos a parceria", conta Umeda. Para o empreendedor, a estrutura do Pão de Açúcar ajudou. "Sozinhos levaríamos muito mais tempo para crescer." O negócio com a rede de supermercados ocorreu por iniciativa do pequeno empre-endedor paulista, mas o Sebrae acredita que pode esti-mular cada vez mais esse tipo de parceria.

No ano passado, a entidade tirou do papel, em San-ta Catarina, um programa para auxiliar tecnicamente os produtores que atendem por meio de cooperativa as demandas da Aurora Alimentos. "O desafio (para os produtores) é ter qualidade e cumprir os prazos de en-trega", afirma Carlos Alberto dos Santos, diretor técni-co do Sebrae. A região conta atualmente com 62,3 mil associados.

Um dos agricultores beneficiados pelo programa é An-tônio José Maldaner, dono de uma propriedade familiar em Pinhalzinho (SC). As 25 vacas de Maldaner produ-zem mensalmente 10 mil litros de leite. O negócio ain-da cria 1,2 mil suínos e 198 mil aves para o abate todos os anos. Maldaner fatura R$ 30 mil por mês, em média, e o seu lucro é de 30% desse valor. O empreendedor considera que a parceria com a Aurora também o aju-dou a se desenvolver. "Recebemos um apoio técnico para melhorarmos a qualidade dos produtos e o valor deles. Houve um ganho", diz.

A professora da Esalq/USP, Marly Teresinha Pereira, res-salta que parcerias desse tipo podem ser interessantes para o pequeno produtor. De acordo com a especialis-ta, apesar de casos esporádicos, individualmente é qua-se impossível o agricultor ingressar na cadeia de valor de uma grande empresa. "O caminho é por meio de cooperativas." Outra via a ser trilhada, segundo Marly, é contar com o governo como cliente e oferecer, por exemplo, alimentos para a merenda escolar.

Debate - O encadeamento produtivo será tema de evento promovido pelo Sebrae, nos dias 21 e 22, em

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São Paulo. O encontro pretende debater as parcerias possíveis entre grandes e pequenos negócios na agri-cultura e nos demais grandes setores da economia brasileira. "Tornar empresas brasileiras multinacionais só será possível se elas tiverem uma rede de pequenas empresas cada vez mais qualificadas", analisa Luiz Bar-retto, presidente do Sebrae. s informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Site Yahoo https://br.noticias.yahoo.com/parcerias-ajudam-pequenos-neg%C3%B3cios-agricultura-115600495--finance.html

Parcerias ajudam pequenos negócios na agriculturaPor Rodrigo Rezende | Estadão Conteúdo – seg, 19 de mai de 2014

Vender para grandes empresas pode ser um bom ne-gócio para os agricultores. A fazenda Direto da Serra, de Mogi das Cruzes (SP), por exemplo, faturou pouco mais de R$ 9 milhões no ano passado e quase metade desse montante (47%) veio da produção de orgânicos para a rede Pão de Açúcar.

A parceria, que começou em 2004, conta o proprietário da fazenda, Roberto Hideki Umeda, ganhou importân-cia quando o pequeno negócio passou a produzir itens para a marca própria do grupo, a Taeq. Atualmente, a fazenda abastece 42 lojas do Pão de Açúcar com frutas, legumes e verduras orgânicas. São quase 11 mil unida-des por dia.

"Procuramos o grupo e conhecíamos o suporte técnico que iríamos receber. Isso foi muito atraente para efetivar-mos a parceria", conta Umeda. Para o empreendedor, a estrutura do Pão de Açúcar ajudou. "Sozinhos levaríamos muito mais tempo para crescer." O negócio com a rede de supermercados ocorreu por iniciativa do pequeno empre-endedor paulista, mas o Sebrae acredita que pode esti-mular cada vez mais esse tipo de parceria.

No ano passado, a entidade tirou do papel, em San-ta Catarina, um programa para auxiliar tecnicamente os produtores que atendem por meio de cooperativa as demandas da Aurora Alimentos. "O desafio (para os produtores) é ter qualidade e cumprir os prazos de en-trega", afirma Carlos Alberto dos Santos, diretor técni-co do Sebrae. A região conta atualmente com 62,3 mil associados.

Um dos agricultores beneficiados pelo programa é An-tônio José Maldaner, dono de uma propriedade familiar em Pinhalzinho (SC). As 25 vacas de Maldaner produ-zem mensalmente 10 mil litros de leite. O negócio ain-

da cria 1,2 mil suínos e 198 mil aves para o abate todos os anos. Maldaner fatura R$ 30 mil por mês, em média, e o seu lucro é de 30% desse valor. O empreendedor considera que a parceria com a Aurora também o aju-dou a se desenvolver. "Recebemos um apoio técnico para melhorarmos a qualidade dos produtos e o valor deles. Houve um ganho", diz.

A professora da Esalq/USP, Marly Teresinha Pereira, res-salta que parcerias desse tipo podem ser interessantes para o pequeno produtor. De acordo com a especialis-ta, apesar de casos esporádicos, individualmente é qua-se impossível o agricultor ingressar na cadeia de valor de uma grande empresa. "O caminho é por meio de cooperativas." Outra via a ser trilhada, segundo Marly, é contar com o governo como cliente e oferecer, por exemplo, alimentos para a merenda escolar.

Debate - O encadeamento produtivo será tema de evento promovido pelo Sebrae, nos dias 21 e 22, em São Paulo. O encontro pretende debater as parcerias possíveis entre grandes e pequenos negócios na agri-cultura e nos demais grandes setores da economia brasileira. "Tornar empresas brasileiras multinacionais só será possível se elas tiverem uma rede de pequenas empresas cada vez mais qualificadas", analisa Luiz Bar-retto, presidente do Sebrae. s informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Paraná On Line (Matéria distribuída pela Agência Estado)http://www.parana-online.com.br/editoria/economia/news/800305/?noticia=PARCERIAS+AJUDAM+PEQUENOS+NEGO-CIOS+NA+AGRICULTURA

Parcerias ajudam pequenos negócios na agricultura

Publicação19/05/2014 às 09:05:07Atualizado19/05/2014 às 09:05:08Vender para grandes empresas pode ser um bom ne-gócio para os agricultores. A fazenda Direto da Serra, de Mogi das Cruzes (SP), por exemplo, faturou pouco mais de R$ 9 milhões no ano passado e quase metade desse montante (47%) veio da produção de orgânicos para a rede Pão de Açúcar.

A parceria, que começou em 2004, conta o proprietário da fazenda, Roberto Hideki Umeda, ganhou importância quando o pequeno negócio passou a produzir itens para a marca própria do grupo, a Taeq. Atualmente, a fazenda abastece 42 lojas do Pão de Açúcar com frutas, legumes e verduras orgânicas. São quase 11 mil unidades por dia.

ENCADEAR

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"Procuramos o grupo e conhecíamos o suporte técnico que iríamos receber. Isso foi muito atraente para efeti-varmos a parceria", conta Umeda. Para o empreende-dor, a estrutura do Pão de Açúcar ajudou. "Sozinhos leva-ríamos muito mais tempo para crescer." O negócio com a rede de supermercados ocorreu por iniciativa do pequeno empreendedor paulista, mas o Sebrae acredita que pode estimular cada vez mais esse tipo de parceria.

No ano passado, a entidade tirou do papel, em Santa Ca-tarina, um programa para auxiliar tecnicamente os produ-tores que atendem por meio de cooperativa as demandas da Aurora Alimentos. "O desafio (para os produtores) é ter qualidade e cumprir os prazos de entrega", afirma Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae. A região conta atualmente com 62,3 mil associados.

Um dos agricultores beneficiados pelo programa é An-tônio José Maldaner, dono de uma propriedade familiar em Pinhalzinho (SC). As 25 vacas de Maldaner produ-zem mensalmente 10 mil litros de leite. O negócio ain-da cria 1,2 mil suínos e 198 mil aves para o abate todos os anos. Maldaner fatura R$ 30 mil por mês, em média, e o seu lucro é de 30% desse valor. O empreendedor considera que a parceria com a Aurora também o aju-dou a se desenvolver. "Recebemos um apoio técnico para melhorarmos a qualidade dos produtos e o valor deles. Houve um ganho", diz.

A professora da Esalq/USP, Marly Teresinha Pereira, res-salta que parcerias desse tipo podem ser interessantes para o pequeno produtor. De acordo com a especialis-ta, apesar de casos esporádicos, individualmente é qua-se impossível o agricultor ingressar na cadeia de valor de uma grande empresa. "O caminho é por meio de cooperativas." Outra via a ser trilhada, segundo Marly, é contar com o governo como cliente e oferecer, por exemplo, alimentos para a merenda escolar.

Debate - O encadeamento produtivo será tema de evento promovido pelo Sebrae, nos dias 21 e 22, em São Paulo. O encontro pretende debater as parcerias possíveis entre grandes e pequenos negócios na agri-cultura e nos demais grandes setores da economia brasileira. "Tornar empresas brasileiras multinacionais só será possível se elas tiverem uma rede de pequenas empresas cada vez mais qualificadas", analisa Luiz Bar-retto, presidente do Sebrae. s informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rádio CBNhttp://cbn.globoradio.globo.com/especiais/encadear/2014/05/19/FORUM-ENCADEAMENTO-PRODUTIVO.htm

Fórum Encadeamento Produtivo

20/05/2014

Jornal da Globohttp://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2014/05/parceria-entre-grandes-e-pequenas-empresas-eleva-produtividade-e-lucro.html

Parceria entre grandes e pequenas empresas eleva produtividade e lucro

Informação é de um levantamento do Sebrae feito nos últimos cinco anos.

Com parcerias, duas em cada dez pequenas reduziram prazo de entrega.Renato Biazzi, São Paulo, SP

Muitas grandes empresas entenderam que, melhor do que engolir as pequenas, é conseguir trabalhar com elas. Empresas de pequeno porte conseguem se espe-cializar em nichos ou setores específicos, com vanta-gens mútuas.

Em um dos maiores canteiros de obras de São Paulo, uma gigante da construção civil ergue um complexo imobiliário com nove torres e um shopping center. Ela não faz isso sozinha. Várias pequenas empresas parti-cipam.

Uma delas é a do gerente comercial Luciano Proença, que instala paredes de gesso e aço. Ele ganhou força no mercado depois de participar de um programa do Sebrae, que estimula parcerias entre grandes e peque-nas empresas.

Ser um pequeno entre os grandes tem sido um bom negócio para o Luciano. O faturamento da empresa dele deve crescer 70% neste ano. O exemplo do em-presário está longe de ser uma exceção no mercado.

Um levantamento do Sebrae feito nos últimos cinco

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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anos, com 19 mil pequenas empresas e 60 grandes, mostra que o chamado "encadeamento produtivo" faz bem às duas.

Segundo a pesquisa, o estreitamento das relações fez com que as pequenas aumentassem o faturamento e os lucros. Já a maioria das grandes diz que a produtivi-dade dos negócios cresceu.

Com o aumento das parcerias, duas em cada dez pe-quenas conseguiram reduzir os prazos de entrega. Des-de que começou a aproximar diversos empresários, o Sebrae ajudou a fechar R$ 4,5 bilhões em negócios.

“O Brasil vai ser mais competitivo, vai ter mais empresas globais se ele melhorar o conjunto da cadeia produti-va”, pontua Luiz Barreto, presidente do Sebrae.

Rádio CBNhttp://cbn.globoradio.globo.com/especiais/encadear/2014/05/20/O-MODELO-CANVAS.htm

O modelo Canvas

21/05/2014

O Estado de S. Paulo http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,pequenas-que-fazem-negocio-com-as-grandes-aumentam-o-faturamento,4401,0.htm

Encadear

Pequenas que fazem negócios com as grandes aumentam faturamento

É o que mostra pesquisa divulgada nesta quarta-feira durante evento Encadear, do Sebrae

O Sebrae apresentou nesta quarta-feira, 21, uma pes-quisa inédita sobre os impactos do relacionamento de pequenos negócios com grandes empresas. O resulta-do é positivo para ambos os lados. As pequenas regis-traram aumento de faturamento, lucro e qualidade. Já as grandes aumentaram o número de fornecedores e constataram maior qualidade dos produtos e serviços dos fornecedores. Os dados foram apresentados du-rante o Fórum Encadear, que segue até quinta-feira, em São Paulo

A pesquisa foi feita com empresários participantes do programa Sebrae de Encadeamento Produtivo e mostra que para 66% dos negócios registraram aumento no fa-turamento, sendo que o crescimento médio foi de 34%. Outro dado positivo foi que 71% das pequenas empre-

sas aumentaram a qualidade dos seus produtos e servi-ços, e como consequência, as reclamações caíram 28%.

As parcerias também refletiram am aumento das con-tratações para 47% das empresas e alta da produtivi-dade para 58% dos negócios. "Não queremos tornar a pequena empresa dependente de um único cliente, mas prepará-la para o mercado", afirmou o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Atualmente, o Sebrae tem 116 projetos relacionados ao tema que envolvem mais de 19 mil empresas e 60 companhias de grande porte. A entidade estima que as parcerias movimentam R$ 4,5 bilhões em negócios.

Resultados. O evento contou com a participação de grandes empresas, como Gerdau, L´Oreal, Invepar e a associação dos fabricantes de veículos, a Anfavea. O es-tudo do Sebrae também apontou que as grandes em-presas são beneficiadas com as parcerias.

Setenta por cento delas aumentaram a participação de pequenas empresas no seu volume de compras e 60% no volu as. A pesquisa ainda mostrou que 80% das companhias registraram melhor aproximação com o consumidor final após parceria com distribuidores.

O primeiro dia do encadear ainda teve discussões sobre oportunidades e desafios do encadeamento produtivo e casos de sucesso tanto na visão do pequeno negócio quanto na visão da grande empresa.

Coluna Mercado Aberto - Folha de S. Paulohttp://www1.folha.uol.com.br/colunas/mercadoaberto/2014/05/1457486-setor-de-insumo-cosmetico-investe-em-producao-local.shtml

As pequenas empresas que foram capacitadas para se tornar fornecedores ou distribuidores de grandes com-panhias registraram, em média, 34% de alta no fatura-mento, de acordo com o Sebrae.Os pequenos negócios participaram do programa de encadeamento da enti-dade. "Das empresas beneficiadas pela iniciativa, 66% disseram ter aumentado o seu faturamento", diz o pre-sidente do Sebrae,Luiz Barretto.Os números do estudo serão apresentados hoje no Fórum Encadear, que a en-tidade realiza em São Paulo.

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Site Exame PMEhttp://exame.abril.com.br/pme/noticias/parceria-entre-grandes-e-pequenas-empresas-aumenta-produtivi

Parceria de empresas grandes-pequenas aumenta pro-dutividade

Aumento médio é de 34% no faturamento e 26% na lucratividade dos pequenos negócios. Para 90% das grandes empresas, a qualidade dos produtos e serviços melhorou

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Acordo: encadeamento produtivo estará em pauta no Fórum Encadear – Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas

São Paulo - Pequenas empresas – aquelas que faturam entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões por ano –costumam considerar as grandes empresas como concorrentes. No entanto, quando mudam essa visão e passam a tra-balhar em parceria em uma mesma cadeia produtiva, crescem os negócios, com ganhos financeiros, e prin-cipalmente a

É o que demonstra um estudo inédito do Sebrae sobre os resultados dos projetos de encadeamento produti-vo, que identificam as demandas das grandes empresas e desenvolvem as pequenas para se tornarem suas for-necedoras ou distribuidoras.

Entre as pequenas companhias atendidas pelo Sebrae, o aumento médio no faturamento foi de 34% e de 26% na lucratividade. Já para 90% das grandes companhias, a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelas pequenas aumentou e em 20% dos casos os prazos de entrega foram reduzidos, gerando maior produtividade.

O levantamento será apresentado na manhã desta quarta-feira (21) pelo presidente do Sebrae, Luiz Bar-retto, na abertura do Fórum Encadear – Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas, em São Paulo.

“Existe ainda muito desconhecimento: a grande empre-sa acha que o pequeno não é capaz e a pequena acha que o grande não é para ele. Mas eles podem ter papéis complementares, desde que haja preparação para isso”, avalia o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Hoje são 116 projetos nacionais e regionais de Enca-deamento Produtivo no Sebrae, que envolvem mais de 19 mil pequenas empresas e cerca de 60 companhias

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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de grande porte, as chamadas âncoras, das cadeias do aço, automotiva, de alimentos, do petróleo e gás, do transporte áereo e da beleza, entre outras. A estimativa de negócios entre elas é de R$ 4,5 bilhões.

Há várias oportunidades de negócios, como uma pe-quena indústria que passa a fornecer peças e compo-nentes para a produção de uma siderúrgica e até um salão de beleza que se torna distribuidor autorizado de produtos de beleza de uma marca mundial.

“As grandes companhias têm vários requisitos de qua-lidade, prazos, capacidade de produção etc. Nosso tra-balho é adequar os pequenos para isso e, dessa forma, eles se tornam mais competitivos e ganham mercado. É um círculo virtuoso para toda a economia”, completa o presidente do Sebrae.

Na pesquisa, um terço dos pequenos empresários re-velaram que após receberem do Sebrae as consulto-rias técnicas sobre planejamento, finanças, inovação, marketing organizacional, logística, entre outras ações, as reclamações das grandes empresas diminuíram. E para 60% das âncoras, a presteza e a flexibilidade das pequenas para atender suas necessidades emergen-ciais melhorou.

Fórum Encadear

O encadeamento produtivo estará em pauta nos dias 21 e 22 de maio, no Fórum Encadear – Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas, em São Paulo.

O evento será realizado pelo Sebrae e vai debater as vantagens, desafios e oportunidades das relações co-merciais entre pequenas empresas e corporações como Gerdau, L’Oréal, Invepar, Nestlé, Petrobras, M.Dias Bran-co, Aurora Alimentos e a associação dos fabricantes de veículos Anfavea, entre outras.

No Fórum Encadear serão apresentadas experiências de empresas âncoras e também de pequenos negócios participantes dos projetos. Também estão programa-dos debates com especialistas internacionais, como o suíço Alexander Osterwalder, idealizador do Business Model Canvas e autor do best-seller Business Model Generation (BMG).

O público-alvo inclui dirigentes de grandes empresas – presidentes, diretores, executivos de suprimentos, marketing ou distribuição – donos de pequenos negó-cios e instituições parceiras do Sebrae.

Site PEGNhttp://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/05/5-dicas-

para-ter-grandes-empresas-como-clientes.html

Dicas para ter grandes empresas como clientes

Encadear, evento realizado pelo Sebrae em São Paulo, mostrou como parcerias entre pequenos e grandes ne-gócios são viáveisPor Fabiano Candido com Mariana Grazini - 21/05/2014

Representantes das empresas L’Oréal, Invepar, Anfavea e Gerdau estiveram no evento (Foto: Luiz Prado/Ag. Luz)

Um dos grandes conflitos das pequenas empresas é competir com as grandes em quesitos como preço e logística. Como alternativa, alguns empreendedores optam por atuar em nichos específicos e até artesanais. Por outro lado, existe ainda outra saída para os peque-nos negócios: juntar-se aos gigantes.

A viabilidade das parcerias entre pequenos e grandes negócios foi discutida nesta quarta-feira (21/5) , no fó-rum Encadear, em São Paulo. Em uma série de palestras, executivos e empreendedores se reuniram para discutir como esse encadeamento pode ser feito. Marcas como L’Oréal, Invepar, Anfavea e Gerdau são adeptas desse sistema e, incorporaram pequenas empresas em pro-cessos diversos com a orientação do Sebrae.

Representantes de cada uma delas – Patrick Sabatier (diretor de relações institucionais da L'Oréal Brasil), Gustavo Rocha (diretor-presidente da Invepar), Luiz Moan Yabiku Júnior (presidente da Anfavea) e Jorge Gerdau Johannpeter (presidente do Conselho de Admi-nistração da Gerdau) – estiveram presentes. Eles lista-ram cinco dicas para empreendedores que queiram se juntar às grandes empresas:

1. Profissionalize-se

A recomendação foi unânime entre os executivos. Para uma pequena empresa se juntar às maiores, o primeiro passo é a formalização de seu serviço ou produto. Al-

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gumas corporações, como a L'Oréal, fornecem a quali-ficação de profissionais. A marca atua em comunidades do Brasil para instruir profissionais de beleza. Em troca, cria pontos de distribuição de produtos da empresa nos salões. “Para estabelecer uma parceria com gran-des empresas, o empreendedor precisa capacitar seu negócio e ajustá-lo às demandas formais,” diz Gerdau.

2. Conheça seu parceiro

Donos de pequenos negócios são aconselhados a acompanhar de perto suas empresas. Mas quando o empreendedor quer trabalhar com companhias maio-res, ele também precisa aprender o máximo sobre os parceiros. Dessa forma, é possível compreender regras, certificações e aumentar a qualidade do serviço ou pro-duto fornecido.

3. Use o que está ao seu favor

Empreendimentos menores apresentam vantagens di-ficilmente alcançadas por grandes organizações. Estas características podem ser utilizadas para se encadear às gigantes. Em pedidos emergenciais, por exemplo, pe-quenas empresas conseguem se adaptar mais rápido para atender à demanda. Inovação, criatividade e flexi-bilidade são qualidades que atraem o olhar de grandes companhias.

4. Saiba onde seu negócio se encaixa

São diversas as oportunidades de trabalhar com com-panhias maiores, mas é preciso saber em qual área o negócio terá mais potencial. Dependendo do produto ou do serviço prestado, é possível ser fornecedor, fabri-cante, distribuidor, varejista ou atuar em áreas pós-ven-da como reciclagem.

5. Seja paciente

O programa Encadear surgiu para facilitar a criação de parcerias. Mas o empreendedor não pode pensar que, de de uma hora para outra, a vida da empresa vai mu-dar. Primeiramente, só empresas realmente competi-tivas entram na iniciativa. Ao conseguir uma parceria, o empreendedor deve lembrar que a ação não será pontual. Haverá uma fase de adaptações, treinamento e qualificações. Os resultados podem compensar, mas exigem tempo para aparecer.

TV Estadãohttp://tv.estadao.com.br/videos,PARCERIAS-AUMENTAM-LUCRO-DE-PEQUENAS-EMPRESAS,234550,254,0.htm

Parcerias aumentam lucro de pequenas empresas

Pesquisa inédita apresentada em evento do Sebrae mostra benefícios de fazer negócios com grandes em-presas

Rádio Estadãohttp://novo.clipclipping.com.br/radio/ler/noticia/107930/cliente/231

Sebrae realiza evento sobre encadeamento produtivo

Hoje um importante evento do Sebrea é realizado hoje em São Paulo. Quem acompanha é a repórter Renata Kumura..O ministro de Estado da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, Guilher-me Afif Domingos, também deve comparecer ao even-to. O primeiro painel vai abordar o tema “Como aumen-tar a competitividade na indústria unindo pequenas e grandes empresas”. Há a apresentação da pesquisa também do projeto de encadeamento produtivo.

* Matéria cita Luiz Barretto, diretor-presidente do Se-brae Nacional.

Rádio Estadão http://novo.clipclipping.com.br/radio/ler/noticia/107944/cliente/231

Sebrae realiza o Fórum Encadear, que discute o Encadeamento Produtivo

No Encadear, fórum de encadeamento produtivo, promo-vido pelo Sebrae, ocorre o primeiro painel: Como aumen-tar a competitividade na indústria unindo grandes e pe-quenas empresas. O empresário Jorge Gerdau fala sobre ações para ampliar a produtividade nas empresas.

Rádio CBNhttp://novo.clipclipping.com.br/radio/ler/noticia/107938/cliente/231

Luiz Barretto fala sobre Encadeamento Produtivo

Encadear: pequenas e grande empresas trabalhando juntas - uma iniciativa Sebrae. O presidente Luiz Bar-retto fala sobre o fórum Encadeamento Produtivo, que inicia-se hoje, em São Paulo.

Rádio CBNhttp://cbn.globoradio.globo.com/especiais/encadear/2014/05/21/BENCHMARKING-INTERNACIONAL-DE-AEROPORTOS.htm

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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Benchmarking internacional de aeroportos

Rádio CBNhttp://cbn.globoradio.globo.com/especiais/encadear/2014/05/21/A-PALAVRA-DO-PRESIDENTE-DO-SEBRAE-LUIz-BARRETO-1-DIA.htm

A palavra do presidente do Sebrae, Luiz Barretto - 1º dia

22/05/2014

Site Exame PMEhttp://exame.abril.com.br/pme/noticias/nao-se-apaixone-por-ideias-diz-autor-do-canva

Não se apaixone por ideias, diz autor do Canvas

Alexander Osterwalder, idealizador do Business Model Canvas, esteve hoje em São Paulo durante o Fórum En-cadear e falou sobre ideais e planos de negóciosCamila Lam, de Exame.com

Alexander Osterwalder, autor do livro Business Model Generation, durante o Fórum Encadear, do Sebrae

São Paulo – Você é apaixonado pela sua ideia? Pois, não devia. Isso pode atrapalhar você a desenvolver melhor a ideia e ela nem sempre é a mais lucrativa. Esse é o conselhor de Alexander Osterwalder, idealizador do Business Model Canvas, cofundador da Strategyzer e autor do best-seller Business Model Generation e um dos principais especialistas em startups e modelos de negócios. Osterwalder participou do Fórum Encadear, do Sebrae, que aconteceu hoje, em São Paulo.

Aprender a como criar é uma maneira de empreender melhor. E os designers podem ajudar neste processo. “Não é natural que as pessoas joguem fora suas ideias, pois nós todos amamos nossas ideias. Mas arquitetos e designers são treinados para isso e nós podemos aprender por meio desses processos”, afirma.

“É um processo com muitos esboços, protótipos e pos-sibilidades, diferente de negócios. Nós somos treinados para fazer e não para explorar novas possibilidades”, complementou Osterwalder.

Uma das recomendações do expert na hora de repensar o modelo de negócio da sua empresa é fazer algumas perguntas simples como ‘você sabe o que o seu consu-midor quer?’ “Eles não ligam para o que você oferece e sim para o que você pode ajudar a resolver. Transformar uma ideia em realidade é muito diferente do que é en-sinado nas escolas de negócio. Na realidade, as pessoas não ligam para a sua ideia. Você precisa testar até elas prestarem atenção”, ensina o Osterwalder.

Donos de pequenas empresas ou indústrias não devem esperar crises para entender melhor os seus consumi-dores ou repensar o seu modelo de negócio. “Você não pode deixar de pensar no futuro. Se você é um líder empresarial e diz que não tem tempo para descobrir onde sua empresa vai estar em cinco anos, é uma pés-sima desculpa”, ressalta Osterwalder.

Osterwalder disse também que está trabalhando em um novo livro, focado em soluções para consumidores. Para ele, a nova obra é uma extensão do seu best-seller, Business Model Generation. “Este livro é sobre uma fer-ramenta para moldar suas preposições de valor e tes-tá-las. Apenas ter grandes ideias não é suficiente, você tem que testar as suas ideias”, conta.

Site PEGNhttp://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/05/empreendedores-mostram-vantagens-do-encadeamento-produtivo.html

Empreendedores mostram as vantagens do encadeamento produtivo

Parcerias com Petrobras, Gerdau e Vale foram apresen-tadas no fórum Encadear do SebraePor Fabiano Candido com Mariana Grazini - 22/05/2014

A empresa Ozório Rezende Correia Filho estabeleceu uma parceria com a Vale (Foto: Agência Sebrae de Notícias)

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O encadeamento produtivo é uma alternativa para pe-quenas e grandes empresas trabalharem em conjunto, ao invés de competirem umas com outras. A afirmação foi dita no fórum Encadear, um evento organizado pelo Sebrae em São Paulo, que termina nesta quinta-feira (22/05).

Os empreendedores Marcelo Yieiri Marinho, Rena-to Henriques Serafim e Ozório Rezende Correia Filho apresentaram suas experiências com este tipo de es-tratégia. E mostraram os resultados para centenas de empreendedores presentes no evento.

Confira, agora, o que eles disseram sobre o encadea-mento produtivo:

Marcelo Yeiri Marinho - CPF Parafusos

A CPF Parafusos foi fundada em 1992 por Marcelo Yeiri Marinho, em Sergipe. A fábrica começou fornecendo fixadores metálicos para o estado e, posteriormente para a Petrobras. Em 2007 a empresa de energia di-gitalizou seus processos de pedidos, prejudicando o fornecimento da CPF Parafusos. “Não tínhamos mais competitividade no mercado nessa época, meu negó-cio estava ameaçado,” disse Marinho.

A Petrobras, no entanto, notou a ausência dos fixado-res metálicos da fábrica e a convidou para participar do programa de encadeamento produtivo do Sebrae. Ma-rinho e sua equipe receberam workshops e consultoria em diversos temas. Após se ajustar às exigências da Pe-trobrás, a realidade da CPF começou a se transformar. “Nós nos destacamos pela agilidade e pela qualidade dos produtos. Todo ano fazemos testes necessários para certificados e nunca fomos reprovados,” afirma o proprietário.

A CPF Parafusos tem mais de 300 clientes e produz 20 toneladas de fixadores metálicos por mês. Em 2013, a empresa levou o Prêmio Petrobrás de Melhor Forne-cedor.

Renato Henriques Serafim – Soma Usinagem Industrial Ltda

Em 1991 Renato Henriques Serafim abriu a Soma Usi-nagem, em Minas Gerais. A empresa começou a forne-cer seus serviços, em pequena escala, para a Gerdau. No entanto, com os prejuízos econômicos de 2008, a usinagem, que já tinha deficiências, encontrou dificul-dades para continuar oferecendo peças para a siderúr-gica.

A convite da Gerdau, o negócio de Serafim entrou para

o programa de capacitação do Sebrae. Sua empresa ga-nhou um projeto mais definido e orientação nas áreas de marketing, financeira, recursos humanos, entre ou-tras. Segundo o proprietário, investir no relacionamento com sua equipe e na conscientização de seus funcioná-rios foi a transformação mais importante.

Os resultados da Soma Usinagem comprovaram a efi-ciência da parceria. Hoje, eles fornecem mais de 1.600 itens para a Gerdau, estão sendo procurados por outras grandes empresas e foram os fornecedores destaque da organização em 2013.

Ozório Rezende Correia Filho – Pred Engenharia

O negócio de Osório Rezende Correia Filho nasceu 21 anos atrás, em Espírito Santo, como uma empresa de en-genharia de manutenção industrial. Seu negócio não apre-sentava tantas deficiências na estruturação, mas o custo para mantê-lo era alto. Em 2011, a Pred Engenharia rece-beu o convite da Vale para participar do programa de en-cadeamento produtivo. “Fazíamos bem a nossa rotina, mas não sabíamos valorizar o que tínhamos,” disse Rezende.

As orientações do Sebrae proporcionaram mais visibili-dade, e o proprietário aprendeu a enxergar toda a ex-tensão de seu negócio. Com mais organização, a Pred Engenharia teve um aumento de 78% no faturamento. Em 2013, a empresa trabalhou para 93 clientes.

DCI (SP)http://www.dci.com.br/politica-economica/encadeamento-entre-grandes-e-pequenas-empresas-gera-r$--4-bi-id397202.html

Encadeamento entre grandes e pequenas empresas gera R$ 4 bi

SãO PAULO - O encadeamento produtivo entre gran-des e pequenas empresas movimenta cerca de R$ 4,5 bilhões e pode aumentar muito mais com novos ajustes tributários e desburocrat...Abnor Gondim

SãO PAULO- O encadeamento produtivo entre grandes e pequenas empresas movimenta cerca de R$ 4,5 bi-lhões e pode aumentar muito mais com novos ajustes tributários e desburocratização. “A política econômica tem que deixar de ser polícia econômica”, criticou o mi-nistro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Pre-sidência da República (SMPE), Guilherme Afif Domingos, na abertura do Fórum Encadear - Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas, que começou ontem em São Paulo e vai até hoje.

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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O evento é realizado pelo Sebrae para debater as vanta-gens, desafios e oportunidades das relações comerciais entre pequenas empresas e corporações como Gerdau, L’Oréal, Invepar, Nestlé, Petrobras, M.Dias Branco, Au-rora Alimentos e a associação dos fabricantes de veícu-los Anfavea, entre outras.

Para o ministro, é necessária a criação de uma tabela de transição das pequenas empresas para não saíram abruptamente do regime do Supersimples, quando ul-trapassam o faturamento de R$ 3,6 milhões por ano.

“Hoje surgem as empresas caranguejo. Ou seja, o em-presário vai se expandindo para os lados, abrindo em-presas em nome de parentes até acabar o número”, comparou o ministro. “Assim, ele tenta evitar sair do Super Simples para não cair no complicado.”

Ele detalhou os obstáculos que as pequenas empresas encontram quando começam a crescer. “É preciso ter presente que, à medida em que o processo de enca-deamento seja eficiente, as pequenas empresas bene-ficiadas deverão crescer, mas a falta de um processo de desenquadramento gradativo dos ciclos as coloca em risco ao terem que enfrentar a burocracia e a tributa-ção. Por isso o Brasil precisa de um grande Simples e não um Simples restritivo”, explicou Afif Domingos.

Estudo inédito do Sebrae, lançado no evento, desfaz a ideia de que as grandes empresas e as pequenas em-presas são concorrentes . Entre as pequenas compa-nhias atendidas pelo Sebrae no programa de encade-amento produtivo, o aumento médio no faturamento foi de 34% e de 26% na lucratividade. Já para 90% das grandes companhias, a qualidade dos produtos e ser-viços oferecidos pelas pequenas aumentou e em 20% dos casos os prazos de entrega foram reduzidos.

“Existe ainda muito desconhecimento: a grande em-presa acha que o pequeno não é capaz e a pequena acha que o grande não é para ele. Mas eles podem ter papéis complementares, desde que haja preparação para isso”, avalia o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.

Hoje são 116 projetos nacionais e regionais de Enca-deamento Produtivo no Sebrae, que envolvem mais de 19 mil pequenas empresas e cerca de 60 companhias de grande porte.

Na pesquisa, um terço dos pequenos empresários revelou que após receberem do Sebrae as consulto-rias técnicas sobre planejamento, finanças, inovação, marketing organizacional, logística, entre outras ações, as reclamações das grandes empresas diminuíram. E

para 60% das âncoras, a presteza e a flexibilidade das pequenas para atender suas necessidades melhorou.

TV Estadão http://tv.estadao.com.br/videos,PARCERIAS-ENTRE-GRANDES-E-PEQUENOS-NO-EXTERIOR,234687,254,0.htm

Parcerias entre grandes e pequenos no exterior

Confira como foi o segundo dia do evento Encadear, promovido pelo Sebrae em SP

Rádio Estadãohttp://radio.estadao.com.br/audios/audio.php?idGuidSelect=0E5DCF2B84FF4B66A8116F6E0AB1D101

Empresários defendem redução de tributação e investimento em produtividade para pequenos negócios

O Fórum de Encadeamento Produtivo, organizado pelo Sebrae, ocorre até esta quinta-feira, em São Paulo. Re-pórter Renata Okumura.

Rádio Estadãohttp://novo.clipclipping.com.br/radio/ler/noticia/108075/cliente/231

Último dia do Fórum Encadear

Acontece hoje o segundo e último dia do evento vol-tado a produtividade nas várias cadeias de produção da indústria brasileira. Promovido pelo Sebrae, o Fórum Encadear visa debater os desafios as oportunidades e também vantagens das relações comerciais entre pe-quenas, médias e grandes empresas brasileiras e inter-nacionais.

Rádio Estadãohttp://novo.clipclipping.com.br/radio/ler/noticia/108080/cliente/231

Parceira entre grandes e pequenas empresas aumenta produtividade

Acontece hoje no Hotel Transamérica, em São Paulo, o Fórum Encadear, que tem como objetivo colocar as pequenas e médias empresas na mesma rede de pro-dução. O evento é uma estratégia para aumentar a pro-dutividade das cadeias de valor da indústria, comércio, serviço e também agronegócio. O fórum é promovido pelo Sebrae.

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Rádio CBNhttp://cbn.globoradio.globo.com/especiais/encadear/2014/05/22/O-DIFERENCIAL-DO-ENCADEAMENTO-PRODUTIVO-GERDAU.htm

O diferencial do Encadeamento Produtivo - Gerdau

Rádio CBNhttp://cbn.globoradio.globo.com/especiais/encadear/2014/05/22/A-PALAVRA-DO-PRESIDENTE-DO-SEBRAE-LUIz-BARRETO-2-DIA.htm

A palavra do presidente do Sebrae, Luiz Barretto - 2º dia

23/05/2014

UOL http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2014/05/23/pequenas-empresas-aumentam-faturamento-em-34-ao-fornecerem-para-grandes.htm

Maioria das pequenas empresas aumenta faturamento ao fornecer para grandes

Tornar-se fornecedor de produtos ou serviços para grandes empresas possibilitou que seis a cada dez pe-quenos negócios elevassem o faturamento (65,8%). A média de aumento da receita bruta foi de 34%, segun-do pesquisa do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às MIcro e Pequenas Empresas).

Ao todo, foram ouvidas 1.800 pequenas empresas, cujo faturamento anual é de até R$ 3,6 milhões. Outros 22,3% dos pequenos negócios responderam que o fa-turamento se manteve estável, enquanto em 5% delas houve queda na receita. O restante (6,9%) não soube avaliar.

Em relação à lucratividade, 48,1% das pequenas empre-sas tiveram aumento médio de 26% nesse quesito. No entanto para 32,2% dos negócios o lucro se manteve no mesmo patamar e para 4,2% houve queda. Os em-presários que não souberam responder somam 6,6%.

A produtividade aumentou para 58,2% das pequenas empresas. Para 32,2% não houve alteração e para 4,2% houve redução. Não souberam avaliar 5,4% dos empre-sários.

Para o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, há várias oportunidades de negócios envolvendo parcerias en-tre pequenas e grandes empresas, desde uma pequena indústria, que passa a fornecer peças e componentes para a produção de uma siderúrgica, até um salão de beleza, que torna-se distribuidor autorizado de produ-

tos de uma marca mundial.

“As grandes companhias têm vários requisitos de qua-lidade, prazos, capacidade de produção etc. Nosso tra-balho é adequar os pequenos para isso e, dessa forma, eles se tornam mais competitivos e ganham mercado. É um círculo virtuoso para toda a economia”, diz Barretto.

DCI (SP)http://www.dci.com.br/industria/sebrae-quer-dobrar-no-proximo-ano-valor-para-encadeamento-id397371.html

Sebrae quer dobrar Valor no próximo ano valor para encadeamento

Brasília - O programa de encadeamento produtivo en-tre grandes empresas e pequenos fornecedores lança-do este ano pelo Sebrae, no valor de R$ 122,7 milhões, deve receber o dobro ...Abnor Gondim

Brasília - O programa de encadeamento produtivo en-tre grandes empresas e pequenos fornecedores lança-do este ano pelo Sebrae, no valor de R$ 122,7 milhões, deve receber o dobro de recursos em 2015.

“A ideia está colando no mercado”, afirmou ao DCI o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, ao final do Fórum Encadear - Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas, realizado nesta semana em São Paulo.

“Não se trata de filantropia, mas de negócios”, resumiu o principal executivo do Sebrae. “A grande empresa só terá sucesso no mercado global se toda a cadeia pro-dutiva crescer. Com isso, tem uma rede de fornecedores mais qualificados, que ajuda essa competição. É um ga-nha-ganha”, acredita.

Barretto classificou como uma arrancada para um pro-jeto mais ambicioso a promoção do evento, que teve a participação de grandes empresas empresas, como Gerdau, Petrobras,Loreal, e casos de sucesso de peque-nos fornecedores atendidos pelo programa.

Na avaliação do presidente do Sebrae, as projeções do programa para o próximo ano poderão ser mais ambi-ciosas. Isso vai depender dos resultados a serem obti-dos até o final deste ano, pelo programa, que já conta com um portifólio de 116 projetos envolvendo grandes empresas nacionais e também regionais. Do programa participam 19,5 mil pequenas empresas, com a geração de negócios estimada em R$ 4,5 bilhões.

O encadeamento produtivo discutido por 900 especia-listas e empresários durante um dia e meio em São Pau-lo. Entre os palestrantes convidados de ontem, estavam

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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especialistas de renome internacional como o autor su-íço do best seller “Inovando em Modelos de Negócios” (Business Model Generation), Alex Osterwalder, e o pro-fessor norte-americano e doutor em Economia Empre-sarial Michael Porter, que falou em uma video-palestra.

Luiz Barretto defende que esse é um dos temas do fu-turo e que o Sebrae tem um importante papel na for-mação de elos entre os pequenos negócios e as gran-des empresas. “Estou muito satisfeito com a realização desse evento. Temos que ter a consciência de que esse não é um assunto apenas para as micro, pequenas e grandes empresas. Esse é um assunto que interessa a todo o Brasil e que é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento econômico”.

Rádio Estadãohttp://radio.estadao.com.br/audios/audio.php?idGuidSelect=0E5DCF2B84FF4B66A8116F6E0AB1D101

Pequenas e grandes empresas que trabalham juntas registram aumento na produtividadeRepórter Sérgio Quintella

25/05/2014

Estado de S. Paulo (Caderno Especial Encadear)http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,faturamento-aumenta-quando-pequeno-empresario-faz-parceria-com-grandes-empresas,4422,0.htm

Encadear

Com parceiros para crescer, pequenos negócios aumentam a qualidade de produtos e serviços

Encontro mostra que é preciso aproximar cada vez mais os empreendedores de todos os portes; o País agradece

A expressão encadeamento produtivo pode soar estra-nha para alguns micro e pequenos empresários, mas o conceito que ela representa esconde o segredo do sucesso de qualquer empreendimento. O assunto foi tema do Encadear, evento promovido pelo Sebrae na última semana, em São Paulo, para discutir as oportu-nidades que podem surgir de parcerias entre grandes e pequenos negócios.

Na avaliação do presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, Roberto Simões, o encadeamento permite que as pequenas empresas invistam cada vez mais em inovação. “Consideramos o encadeamento

uma importante estratégia que visa aumentar a com-petitividade pelo pressuposto de estabelecer laços co-operativos de longo prazo, que beneficiam simultane-amente as grandes e as pequenas empresas em uma mesma cadeia de valor”, completou Simões.

O ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, também marcou presença no evento e falou sobre o projeto de univer-salização do Simples Nacional. Segundo Afif, para que o processo de encadeamento produtivo dê certo, as pe-quenas devem crescer. No entanto, na opinião do mi-nistro, a falta de um processo para a empresa deixar o sistema simplificado de tributos a coloca em risco.

“Hoje já se sabe que quem sai do Simples cai no com-plexo, vai para o inferno. E para evitar isso, o jeitinho brasileiro criou o efeito caranguejo. A empresa, vislum-brando crescimento, vai se multiplicando. Enquanto ti-ver um parente ele vai colocando empresa no nome do parente e vai crescendo para o lado, igual caranguejo”, disse.

O evento ainda apresentou discussões sobre oportu-nidades e desafios do encadeamento produtivo com a participação da secretária-geral da Rede Internacional para Pequenos Negócios (Insme), Christin Pfeiffer, e do diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. Grandes empresas, como L’Oréal e Gerdau, comparti-lharam os resultados das parcerias que elas mantém com fornecedores e distribuidores.

Experiências. Os casos de sucesso relatados no even-to também serviram de inspiração para o público. Uma das histórias contadas foi a da CPF Parafusos. Quando entrou no programa do Sebrae, o proprietário da em-presa, Marcelo Yeiri Marinho, tinha apenas o objetivo de sobreviver. “Queríamos voltar a ser competitivos no Sergipe. Nós crescemos e hoje 80% das nossas vendas são para outros estados”, afirmou. O negócio é espe-cializado em fornecer fixadores metálicos e um de seus principais clientes é a multinacional brasileira Petrobrás.

O segundo dia de evento contou com participações in-ternacionais, como a de Alexander Osterwalder, criador do Business Model Canvas. Para quem não a conhece, trata-se de uma ferramenta de gerenciamento estra-tégico que permite desenvolver e esboçar modelos de negócio novos ou existentes.

“Se puder dar um conselho, testem seus negócios. Esta é a mentalidade mais importante. Se você quiser criar empresas sem muito risco, isso serve tanto para negó-cios de pequeno como de grande porte”, afirmou o es-

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pecialista suíço. Osterwalder é um dos autores do livro de sucesso ‘Inovação em Modelos de Negócios - Busi-ness Model Generation’. Confira nas próximas páginas os melhores trechos do encontro promovido pelo Se-brae.

Estado de S. Paulo (Caderno Especial Encadear)http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,faturamento-aumenta-quando-pequeno-empresario-faz-parceria-com-grandes-empresas,4422,0.htm

Encadear

Faturamento aumenta quando pequeno empresário faz parceria com grandes empresas

Presidente do Sebrae, Luiz Barretto destaca avanços obtidos, mas aponta que o preconceito é um desafio a ser superado

Aumento do faturamento, do lucro, da produtividade e da qualidade. Esses sonhos, que fazem brilhar os olhos dos empresários, foram constatados na prática por uma pesquisa inédita organizada pelo Sebrae. O levanta-mento, divulgado recentemente, apontou os principais resultados obtidos por meio de parcerias, já concreti-zadas, entre pequenas e grandes empresas brasileiras.

O estudo, elaborado com participantes do programa mantido pelo Sebrae de encadeamento produtivo, mostra que 66% das pequenas empresas registraram faturamento 34% maior em relação ao período em que não faziam parte do programa. A situação também é positiva quanto a lucratividade: 48% dos negócios ele-varam o lucro e os empresários pesquisados atingiram, em média, 26% de crescimento.

O resultado da pesquisa entre os pequenos empreen-dedores mostra ainda que 71% aumentou a qualidade dos produtos e serviços. Resultado: as reclamações ca-íram 28%. O aumento da produtividade também cres-ceu em 58% nesses negócios. As parcerias com grandes corporações ainda contribuíram para o aumento do nú-mero de empregos em 47% das companhias.

O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, pontuou que a base do encadeamento produtivo é o que ele costuma chamar de relação ‘ganho a ganho’. “Ganham as peque-nas empresas que melhoram sua competitividade e sua eficiência e as grandes aumentam a sua potencialidade, diminuem os custos de logística e criam uma rede de fornecedores em determinada região”, destacou o es-

pecialista.

Barretto costuma dizer, porém, que esse processo é uma maratona com obstáculos. “Para quem chega ao fim significa que avançou muito no tema da qualidade e produtividade. Não dá para falar em desenvolvimento se as pequenas empresas não estiverem nesse vagão.” O estudo mostrou ainda que 80% das empresas ânco-ras registraram melhor aproximação com o consumidor final após a parceria.

“Precisamos vencer a barreira do preconceito. Em mui-tos casos é possível ter um papel cooperado. As gran-des, muitas vezes, não enxergam as pequenas como possibilidade de fornecimento. Do lado das pequenas, muitas vezes elas não acreditam que possam ser for-necedoras de grandes empresas. Esse programa e essa pesquisa demonstram o contrário”, destacou Barretto.

Estado de S. Paulo (Caderno Especial Encadear)http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,foco-esta-em-buscar-bons-fornecedores-nas-comunidades,4423,0.htm

Encadear

Foco está em buscar bons fornecedores nas comunidades

Não basta querer ajudar, ação deve estar no DNA da companhia, como destaca Patrick Sabatier, da multina-cional L’Oréal

A discussão sobre o aumento da competitividade na in-dústria por meio da união entre companhias de diver-sos portes contou com a experiência de representantes de grandes grupos e da Associação Nacional dos Fabri-cantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Gustavo Rocha, diretor-presidente da Invepar, detalhou o projeto Decolando Guarulhos, que por meio de par-cerias, promove o desenvolvimento econômico e social das comunidades em torno do aeroporto. Em 2013, por exemplo, 10% do volume das compras foram fei-tos com fornecedores locais. Para 2014, a meta revelada pelo executivo é chegar a 20%.

Já o diretor de relações institucionais da L’Oréal Brasil e zona Hispano-Americana, Patrick Sabatier, destacou que a parceria com as pequenas empresas está no DNA da companhia, que desenvolve microdistribuidores dentro das comunidades.

Segundo Luiz Moan, presidente da Anfavea, o setor tem um programa para identificar peças importadas, mas

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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com escala para serem produzidas no País. “O setor de-sempenha um papel de âncora, sem criar uma depen-dência.”

“O grupo centenário nasceu há mais de 105 anos pela colaboração entre o fundador e salões de beleza, que o ajudaram a desenvolver suas atividades” Patrick Sabatier, L’Oréal

“O Brasil não vai conseguir subir no ranking mundial de produtores se não conseguir desenvolver uma cadeia produtiva forte”Luiz Moan, Anfavea

As parcerias com os pequenos trazem um benefício econômico para a organização, mas também um resul-tado social extremamente importante” Jorge Gerdau, Gerdau

“Não adianta ter um projeto bem sucedido se não esta-mos cumprindo nosso papel de desenvolver a comuni-dade em torno do aeroporto de Guarulhos”Gustavo Rocha, Invepar

Estado de S. Paulo (Caderno Especial Encadear)http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,conheca-pequenos-empreendedores-que-conquistaram-grandes-empresas-como-clientes,4425,0.htm

Encadear

Conheça pequenos empreendedores que conquistaram grandes empresas como clientes

Empresários contam como atendem bem negócios do porte da Petrobrás, Vale e Pão de Açúcar

Um grupo de pequenos empresários consegue de-monstrar, na prática, que consolidar parcerias com grandes corporações ajuda, e muito, a alavancar os ne-gócios. Mais do que isso: esse grupo conseguiu melho-rar seu patamar no mercado.

Um desses felizes empreendedores é Marcelo Yeiri Ma-rinho, dono da CPF Parafusos, de Aracaju. A empresa era um pequeno comércio que atendia seus clientes no segmento de fixadores. A partir de 2007, o negócio in-gressou no programa de encadeamento produtivo do Sebrae. E tudo mudou.

De lá para cá, o empreendimento sextuplicou seu re-sultado financeiro e faturou R$ 6,8 milhões no ano passado. A razão para o crescimento foi uma mudança radical, a empresa deixou de ser comércio para trans-formar-se em indústria. A recomendação foi feita pela

Petrobrás. A multinacional já era cliente do negócio e sugeriu que Marinho participasse do programa manti-do pelo Sebrae.

“Participamos de um workshop da empresa, ela preten-dia mapear as necessidades dos fornecedores. Uma de-las era a de termos fabricação própria”, conta Marinho. O empresário empregou R$ 400 mil na transformação e hoje sua produção é de 20 mil toneladas. “Tínhamos apenas o objetivo de sobreviver. Hoje, 80% das nossas vendas são para outros estados”, analisa Marinho.

A Soma Usinagem, que fabrica componentes mecâni-cos para processo de usinagem em Lafaiete (MG), tam-bém colheu frutos interessantes ao aderir ao programa de encadeamento. A oportunidade surgiu a partir de um convite, feito ainda em 2011 pela Gerdau.

O primeiro benefício para a pequena empresa foi apri-morar a organização. “Viramos a empresa do aves-so”, lembra Renato Henriques Serafim, proprietário da Soma. Isso ocorreu, segundo ele, porque o apoio e a consultoria que recebeu lhe possibilitaram enxergar suas deficiências. “A empresa era como um guarda-rou-pas, íamos colocando (as roupas) para dentro, mas pre-cisávamos organizá-las.” O ganho principal, no entanto, foi em gestão.

“Melhoramos recursos humanos, marketing, susten-tabilidade, negociação e apuração de resultados.” A empresa, conta Serafim, reduziu em 40% seus custos mensais e obteve ganhos também na produtividade dos funcionários. “Reduzimos horas extras e também o absenteísmo, que passou de 10% para 3%”, conta o empreendedor.

Atualmente, o principal desafio da empresa é reduzir o nível de dependência da Gerdau, que durante muito tempo foi o único cliente do pequeno empreendedor. “Ganhamos visibilidade e, com isso, novos clientes”, ex-plica Serafim, que conduziu o negócio a um faturamen-to, no ano passado, de R$ 3,2 milhões.

A exposição que apenas uma parceria com o grande negócio permite também ajudou muito Ozório Rezen-de Correia Filho, dono da Pred Engenharia, de Vitória (ES). A empresa desenvolveu um software que promete reduzir em até 25% o custo de manutenção para seus clientes – o negócio ingressou no programa do Sebrae a convite da Vale. “Foi um divisor de águas”, define Re-zende. De 2012 a 2013, o faturamento do empreendi-mento aumentou 78%, chegando a R$ 3 milhões.

A Petrobrás, que ajudou a CPF Parafusos, também be-neficiou outro pequeno negócio, a Jevin. A empresa

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aluga rádios para comunicação das equipes nas plata-formas de extração de petróleo e ainda realiza projetos para implantação do sistema de comunicação via satéli-te. Há 15 anos, a estatal era responsável por 90% do fa-turamento do empreendimento. Hoje, esse porcentual é de 20% – a Jevin faturou R$ 24 milhões em 2013.

As parcerias também funcionam no comércio. A fazen-da Direto da Serra, de Mogi das Cruzes (SP), faturou pouco mais de R$ 9 milhões em 2013, quase metade (47%) veio da produção de orgânicos para a rede Pão de Açúcar. A parceria começou em 2004, mas ganhou importância quando o negócio passou a produzir itens para a marca própria do grupo, a Taeq.

Estado de S. Paulo (Caderno Especial Encadear)http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,qualidade-e-principal-beneficio-para-os-grandes,4426,0.htm

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Qualidade é principal benefício para os grandes Representantes da M. Dias Branco.

Nestlé, Aurora Alimentos e Petrobrás falaram sobre seus programas

A rotina da cooperação entre grandes corporações e pequenos empreendedores mostra que os benefícios aparecem por toda parte. Luiz Eugênio Lopes Pontes, diretor da M. Dias Branco, por exemplo, conta que a empresa pretende ajudar padarias em algo simples, mas muito importante: adicionar nutrientes na farinha de trigo dos produtos. De acordo com ele, isso será possível graças a uma tecnologia trazida da França. Além disso, a ideia é melhorar a gestão dessas padarias por meio de treinamento.

Outra grande empresa, a Aurora Alimentos, também entende a importância da cadeia produtiva e, por isso mesmo, oferece apoio para pequenos produtores rurais estabelecidos em Santa Catarina – a gigante do setor, como não poderia ser diferente, se beneficia dessas parcerias ao adquirir carnes e leite com qualidade su-perior na região. “Hoje, podemos dizer que desenvolve-mos mais de 20 mil produtores, afirma Neivor Canton, vice-presidente da Aurora, sobre o resultado do pro-grama no Sul do País.

O aprimoramento do pequeno empresário do cam-po também traz resultados para a Nestlé. Neste caso, a cooperação ocorre com produtores de café, leite e cacau. De acordo com Lilian Miranda, vice-presidente

de marketing da Nestlé, a empresa conta ainda com parceria na outra ponta do negócio, que são as vendas. A Nestlé tem microdistribuidores que por sua vez têm uma rede de revendedores porta a porta. “Eles servem também como um laboratório de informações sobre os produtos”, analisou.

De acordo com a executiva, esses pequenos vendedo-res colhem diretamente a percepção dos consumidores em suas casas e municiam a multinacional com dados que serão usados para o aperfeiçoamento desses mes-mos produtos.

Ronaldo Mascarenhas Lima Martins, gerente de desen-volvimento de mercado da área de materiais da Petro-brás, destaca a importância de desenvolver fornecedo-res locais. “Temos disposição para inovar com ênfase forte em criar soluções com nossos fornecedores. Te-mos mais de 800 projetos de sucesso”, afirma. Segundo ele, 80% dos contratos de negócios hoje são feitos no Brasil. Um exemplo, cita Martins, veio de uma pequena empresa mineira, de dois professores. “Eles nos procu-raram e ofereceram um solução de engenharia que pre-cisávamos”, finalizou.

Estado de S. Paulo (Caderno Especial)http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,criador-do-business-model-canvas-recomenda-pequeno-empresario-deve-colocar-ideia-a-prova,4424,0.htm

Encadear

Criador do Business Model Canvas recomenda: pequeno empresário deve colocar ideia à prova

Empreendedor precisa, antes de mais nada, ser organi-zado em rede e ainda contar com um produto de qua-lidade

Fornecer para grandes multinacionais é possível, mas desde que o empreendedor organize-se em rede, invis-ta tempo e dinheiro em testes de adequação do produ-to e, sobretudo, conte com o suporte de uma política de governo favorável.

Em perspectiva, essas foram as conclusões do último dia do seminário de encadeamento produtivo organi-zado pelo Sebrae em São Paulo. O evento reuniu uma equipe de especialistas internacionais que procurou re-fletir sobre o papel desempenhado pelas pequenas em-presas na estrutura de gigantes corporativas, e como o Brasil participa desse intercâmbio.

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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“O pequeno empresário precisa saber se posicionar, en-tender onde e como ele pode ajudar a grande compa-nhia. Mas o País tem de ter um conjunto de políticas para incentivar o setor. O governo precisa ter uma estratégia e saber qual a velocidade para fazer o encadeamento acon-tecer”, afirmou Tilman Attenburg, chefe do departamento de desenvolvimento econômico e social sustentável do Instituto Alemão de Desenvolvimento (DIE).

Para o especialista alemão, um bom exemplo, que pode ser encarado como referência pelo Brasil, vem da Malá-sia, que em muito pouco tempo estruturou uma cadeia de pequenos negócios para atender as demandas do segmento de tecnologia.

“Eles perceberam suas deficiências e, por isso, o gover-no formatou um clube de desenvolvimento. O currículo foi todo feito pela indústria, mas com subsídio do go-verno”, disse o especialista, que deu uma dica para os participantes: “O mercado precisa de generalistas. As grandes empresas precisam reduzir custos e não que-rem lidar com muitos fornecedores. Também é preciso se organizar. Grandes firmas não podem fazer uma tria-gem no Brasil inteiro.”

Na opinião de Paulo Vicente Alves, professor da Fun-dação Dom Cabral, a posição do Brasil depende, ba-sicamente, de uma definição política. “O mundo está mudando. A África vai competir com o Brasil no forne-cimento de commodities em pouco tempo e os Estados Unidos estão motivados em trazer a indústria de volta da China para seu país. Isso vai mudar o mundo e o Brasil precisa definir o que quer de suas empresas para os próximos anos”, afirmou.

Alves defendeu a importância do trabalho em conjunto para causar impacto no mercado. “Cooperar e competir é a es-sência do homem. As empresas devem, sim, trabalhar em redes de cooperação para ganharem espaço”, concluiu.

Criador do Business Model Canvas, uma ferramenta de gerenciamento estratégico que permite desenvolver e esboçar modelos de negócios novos ou existentes, Alexander Osterwalder também participou do evento. Ele falou sobre o papel do planejamento para que em-presários, grandes ou pequenos, possam ampliar sua eficiência e diminuir os riscos.

“As pessoas pensam anos em seu modelo de negócio, pensam tanto tempo que, às vezes, não acreditam que ele possa não funcionar. O grande desafio é sair desse modelo mental e colocar a ideia à prova”, afirmou o au-tor do famoso livro ‘Inovação em Modelos de Negócios – Business Model Generation’.

26/05/2014

Jornal do Comércio (RS)http://novo.clipclipping.com.br/estadual/ler/noticia/513694/cliente/231

Especialistas elevam debate sobre encadeamento produtivo

O encadeamento produtivo foi o foco de atenção de 900 especialistas e empresários durante um dia e meio em São Paulo. Os participantes do Fórum Encadear - Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas puderam entender mais sobre o assunto e escutaram as experiências de pequenas e grandes empresas que já trabalham em parceria e colhem os frutos positivos que as cadeias de valores oferecem. De acordo com o estudo feito pelo Sebrae, 66% dos pequenos negócios que fornecem para grandes empresas conseguiram um aumento de 34%, em média, no faturamento e tiveram um incremento na lucratividade de 48%.

Entre os palestrantes convidados estavam represen-tantes de empresas como a Gerdau, L’Oreal e Nestlé, donos de pequenos negócios que faturam até R$ 3,6 milhões por ano e que vendem para grandes empresas e especialistas de renome internacional como o autor suíço do best seller “Inovando em Modelos de Negó-cios” (Business Model Generation), Alex Osterwalder, e o professor norte-americano e doutor em economia empresarial Michael Porter.

O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, defende que esse é um dos temas do futuro e que o Sebrae tem um importante papel na formação de elos entre os pe-quenos negócios e as grandes empresas. “Estou muito satisfeito com a realização desse evento. Temos que ter a consciência de que esse não é um assunto apenas para as micro, pequenas e grandes empresas. Esse é um assunto que interessa a todo o Brasil e que é uma fer-ramenta essencial para o desenvolvimento econômico”.

O encadeamento produtivo está entre os projetos prio-ritários do Sebrae.Para isso, a instituição está investindo R$ 123 milhões em 116 projetos que visam promover a parceria entre os pequenos negócios e as grandes em-presas e que vão beneficiar cerca de 20 mil empreendi-mentos de pequeno porte. O Sebrae procura a grande empresa, faz um diagnóstico, identifica problemas, en-tende as demandas dos grandes e capacita os peque-nos. Além do apoio técnico, a instituição subsidia essas ações em até 80%.

Além dos benefícios gerados para as micro e pequenas

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empresas, as grandes empresas quando participam do encadeamento produtivo conseguem otimizar seus pro-dutos e serviços, reduzir custos e aumentar a sua flexibili-dade e agilidade; fatores essenciais para conseguir sobre-viver em um mercado cada vez mais competitivo. (ASN)

Jornal do Comércio (RS)http://novo.clipclipping.com.br/estadual/ler/noticia/513678/cliente/231

Encadeamento produtivo beneficia empresas de todos os portes

O encadeamento produtivo está entre os projetos prio-ritários do Sebrae. Além dos benefícios gerados para as micro e pequenas empresas, o diretor-técnico também ressaltou que as grandes empresas quando participam do encadeamento produtivo conseguem otimizar seus produtos e serviços, reduzir custos e aumentar a sua flexibilidade e agilidade e que esses são fatores essen-ciais para conseguir sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo. “As grandes empresas já estão nas cadeias produtivas, trata-se de melhorar os proces-sos”, enfatiza. (ASN)

DCI (SP)http://novo.clipclipping.com.br/estadual/ler/noticia/513617/cliente/231

Pequenas empresas giram até R$ 4,5 bilhões com as grandes

Quase 20 mil pequenos fornecedores garantem negó-cios da ordem de R$ 4,5 bilhões com grandes empresas por meio do Programa de Encadeamento Produtivo do Sebrae. Aberto a todas as empresas que desejam dis-putar um lugar ao sol na cadeia de fornecedores das maiores companhias do Brasil, o programa oferece ca-pacitação necessária aos pequenos, segundo o presi-dente do Sebrae, Luiz Barretto.

Marcelo Yeiri Marinho, sócio-gerente da CPF Parafusos, de Sergipe, contou ao DCI a trajetória do seu pequeno comércio de parafusos, que estava quebrado há sete anos, mas recentemente foi eleito como o Melhor For-necedor da Petrobras no Espírito Santo. “Somos formi-guinhas lutando contra o Leão”, compara.

A quase falência da empresa ocorreu quando a petro-leira, sua principal cliente, passou a realizar compras on-line das grandes produtoras do Sudeste, que ofe-reciam preços menores contra os quais o empresário não tinha como competir. Segundo ele, foi nessa ocasião que

surgiu uma oportunidade de ingressar no Programa de Encadeamento Produtivo - Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas. A Petrobras precisava de um produtor local de parafusos que atendesse sua demanda mais rapi-damente frente aos fornecedores do Sudeste que levavam até 60 dias para entregar um pedido.

Diante da oportunidade, Marinho apostou na produção de parafusos feitos por encomenda para uma fábrica de fertilizantes da Petrobras e, atualmente, a CPF Parafusos atende oito refinarias da estatal.

“Passei a disputar com meus antigos fornecedores, produ-zindo parafusos por encomenda e sendo mais ágil do que as grandes empresas do ramo”, revela o empresário, que já conta com 300 clientes, principalmente, na indústria naval.

A CPF estima faturar entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões neste ano, deixando de ser pequena empresa e perden-do o beneficio tributário do Super Simples, que atende faturamentos de até R$ 3,6 milhões por ano. Marinho virou industrial e teve a ideia de montar fábricas móveis ao lado das refinarias da Petrobras para pronto atendi-mento. “A gente usou todas as ferramentas do Sebrae. É difícil competir com as grandes empresas. Temos que ter um diferencial”, pondera o empresário.

Segundo Marinho, a CPF possui um rígido controle de qualidade dos seus produtos para fornecer aos seus clientes o que há de melhor no mercado, com destaque ao prazo de entrega e preço altamente competitivo.

Siderurgia e Mineração

Já Renato Serafim, proprietário da empresa Soma Usinagem, conta que fornecia em pequena escala para a Gerdau, mas tinha deficiências de gestão. “A própria siderúrgica nos colo-cou no Programa do Sebrae. Viramos a empresa do avesso e os resultados foram aparecendo”, disse.

Participar do Programa do Sebrae também foi um divi-sor de águas para Ozório Rezende, da Pred Engenharia, que atende a Vale. Ele conta que antes de participar dos cursos promovidos pelo Sebrae nunca havia pensado em fazer negócios com a mineradora. “Nos deu visibi-lidade e a oportunidade de entender o negócio. Com isso, aumentamos nossa lucratividade e a fidelização dos nossos clientes”, afirma.

O grande desafio do Sebrae, entretanto, é capacitar consultores especializados para atender e preparar os pequenos negócios para atuarem nas cadeias de va-lor”, conclui o diretor de administração e finanças do Sebrae, José Claudio dos Santos.

FÓRUM DE ENCADEAMENTO PRODUTIVOPequenas e grandes empresas trabalhando juntas

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