ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS (ESAN)Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância

Curso de Especialização em Gestão Pública

O ESTADO E OS PROBLEMAS CONTEMPORÂNEOS: Relação dos Conceitos da Unidade I com Documentário “Ilha das Flores” de Jorge Furtado.

Campo Grande, MS2015

Clislenio de Souza Carvalho1

O ESTADO E OS PROBLEMAS CONTEMPORÂNEOS: Relação dos Conceitos da Unidade I com Documentário “Ilha das Flores” de Jorge Furtado.

Relatório apresentado como requisito parcial para a obtenção da aprovação na disciplina O Estado e os Problemas Contemporâneos, do Curso de Pós-graduação lato sensu em Gestão Pública – EaD da Universidade Aberta do Brasil, junto à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Profa. Ma. Angela Maria Frata

Campo Grande, MS2015

1 Pós-graduando em Gestão Pública pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Bacharelando em Administração pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Especialista MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Anhanguera Uniderp; Bacharel em Relações Internacionais pelo Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande; e Técnico-Administrativo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. E-mail: carvalhoclislenio@hotmail.com

SUMÁRIO

1 INTRODUCAO...................................................................................................................41.1 Objetivo Geral....................................................................................................................41.2 Método de Pesquisa Aplicado...........................................................................................4

2 DOCUMENTÁRIO ILHA DAS FLORES.........................................................................5

3 PRINCIPAIS CONCEITOS DA UNIDADE I E SUAS CORRELAÇÕES COM O DOCUMENTÁRIO “ILHA DAS FLORES...............................................................................53.1 Conceito de Pobreza e sua correlação com “Ilha das Flores”:......................................53.2 Conceito de Desigualdade e sua correlação com “Ilha das Flores”:.............................53.3 Conceito de Exclusão e sua correlação com “Ilha das Flores”:....................................63.4 Conceito de Cidadania e sua correlação com “Ilha das Flores”:..................................6

4 SÍNTESE DOS RESULTADOS E CONCLUSÕES...........................................................7

REFERÊNCIAS..........................................................................................................................8

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1 INTRODUCAO

Vivemos em uma sociedade Capitalista, onde sua dinamicidade acaba gerando

acúmulo de riqueza nas mãos de poucos em detrimento a pobreza nas mãos de muitos. Nesse

contexto surge a desigualdade, ficando perceptível a má distribuição de renda na sociedade,

onde poucos tem muito e muito tempo pouco ou pior, muitos nada têm. Neste último caso,

surge a exclusão social, onde literalmente indivíduos ficam à margem da sociedade e exclusos

de sua dinamicidade social. Contudo, a Cidadania é o oposto da exclusão, onde indivíduos se

banham nas águas sociais, ou seja, fazem usufruto da tônica social, são inclusos e

participantes ativos de sua dinamicidade. Por fim, este trabalho procura fazer uma correlação

desses conceitos com o documentário “Ilha das Flores” de Jorge Furtado, que apensar de ter

mais de duas décadas, ainda se mostra atual no que se refere à tonicidade capitalista e sua

dinâmica que gera desigualdades e exclusões sociais.

1.1 Objetivo Geral

Abordar sobre a correlação entre os conceitos da Unidade I do livro: O Estado e os

Problemas Contemporâneos, de Maria Paula Gomes dos Santos, e os relatos do documentário

“Ilha das Flores”, de Jorge Furtado.

1.2 Método de Pesquisa Aplicado

Para alcançar o objetivo proposto, responder à problemática central fez-se necessário

recorrer à literatura pertinente ao tema, que partindo do ponto de vista técnico, foi uma

pesquisa bibliográfica, elaborada a partir de material já publicado; do ponto de vista da

abordagem do problema, foi uma pesquisa qualitativa, por utilizar fontes para a coleta de

dados; por fim, do ponto de vista de seus objetivos, foi uma pesquisa exploratória, por serem

realizados os levantamentos bibliográficos (LAKATOS; MARCONI, 1991).

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2 DOCUMENTÁRIO ILHA DAS FLORES

O documentário Ilha das Flores, de Jorge Furtado, datado de 1989 e com apenas 13

minutos, em essência, mostra a realidade até nos dias atuais, onde a desigualdade social é

aflorada na dinamicidade capitalista. Como plano de fundo, mostra, basicamente, a história de

um tomate, desde sua plantação até a sua ida ao lixo, em confronto com os dois níveis de

seres humanos, o com dinheiro e o sem dinheiro, onde o sem dinheiro acaba fazendo usufruto

do tomate que foi recusado pelo ser humano com dinheiro, inclusive, não sendo aceito para

consumo de porcos.

3 PRINCIPAIS CONCEITOS DA UNIDADE I E SUAS CORRELAÇÕES COM O

DOCUMENTÁRIO “ILHA DAS FLORES

Nesta seção, serão abordados os conceitos de pobreza, desigualdade, exclusão e

cidadania, contidos na Unidade I do livro “Estado e os Problemas Contemporâneos” de Maria

Paula Gomes dos Santos, e correlaciona-los com o documentário “Ilha das Flores” de Jorge

Furtado.

3.1 Conceito de Pobreza e sua correlação com “Ilha das Flores”:

Pobreza é uma condição sine qua non de um indivíduo ou grupo que não tem

condições financeiras para fazer usufruto de necessidades básicas, como moradia,

alimentação, vestimentas, educação, etc.

Por meio da linha da pobreza, pode-se subdividir a pobreza em duas facetas: pobreza

absoluta e indigentes. No fim das contas, todos são pobres, mas a diferença está em que os

indigentes não tem nem o mínimo para suprir as necessidades nutricionais.

Nesse contexto, o documentário “Ilha das Flores” mostra, especialmente no fim do

documentário, uma família que é indigente, pois não tem dinheiro para suprimir o mínimo que

necessita e que sobrevive, basicamente, das sobras orgânicas não servíveis para os porcos.

3.2 Conceito de Desigualdade e sua correlação com “Ilha das Flores”:

Desigualdade é, basicamente, má distribuição de renda entre a população de um país.

Nesse sentido, a concentração de renda está nas mãos de poucos, em detrimento a pouca renda

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nas mãos de muitos. No documentário fica explícito essa situação, uma vez que mostra uma

família com dinheiro, na dinamicidade social-capitalista, onde sua matriarca troca uma

quantidade de dinheiro por perfume e depois troca o perfume por uma quantidade maior ainda

de dinheiro, obtendo nessa diferença, portanto, o lucro. E com esse lucro ela troca parte dele

por mercadorias no mercado, como o tomate, que no fim, acabou um deles indo para o lixo.

Enquanto que a outra família, a indigente, acabou usufruindo desse tomate jogado fora, uma

vez que não participava da dinâmica social-capitalista e não tinha dinheiro para comprar

tomates frescos. E se compararmos essa família indigente com o dono dos porcos ou o dono

do mercado, aí fica mais explícito ainda a desigualdade social.

3.3 Conceito de Exclusão e sua correlação com “Ilha das Flores”:

Exclusão social, em essência, é um grupo ou indivíduo estar fora da dinamicidade

social-capitalista, onde predomina o grupo social que possuem dinheiro. Por consequência,

torna-se uma barreira para acesso a benefícios garantidos pelo Estado ou mesmo para

conseguir produtos e servidos oferecidos pelo mercado. Nessa dinamicidade, mais uma vez, o

documentário mostra a família, indigente, que não possui dinheiro para a subsistência e passa

a usufruir comidas que vem de lixos orgânicos e que não servem nem para os porcos. Nessa

tônica, percebe-se que essa família são pessoas excluídas da dinâmica social, do contrário,

não precisariam passar por essa situação e teriam ao menos o mínimo para comprar tomates

frescos no mercado. Percebe-se ainda que fazem uso de uma pseudoliberdade, uma vez que o

Estado, em sua constituição de 1988, um ano antes do filme ser feito, traz as garantias

constitucionais de subsistência, mas que não é eficaz em garantir, de fato, o cumprimento da

lei, do contrário, a situação dessa família não seria foco do filme que mostra uma realidade

estarrecedora enfrentada no Brasil até os dias de hoje, embora tenha melhorado muito.

3.4 Conceito de Cidadania e sua correlação com “Ilha das Flores”:

Em síntese, pode-se entender Cidadania como antônimo de Exclusão social, uma vez

que é conceito pelo qual o indivíduo faz usufruto da condição de cidadão social, incluso numa

sociedade dinâmica, e que desfruta do mesmo padrão de vida comum os cidadãos desta

sociedade, gozando, por fim, de uma renda adequada e de benefícios sociais que o Estado lhe

garante. Nesse contexto, fora a família indigente, todos o resto dos cidadãos mostrado no

filme, faz parte do contexto de Cidadania.

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4 SÍNTESE DOS RESULTADOS E CONCLUSÕES

Como já vimos, na dinâmica social-capitalista, o documentário “Ilha das Flores”

mostra a realidade estarrecedora vivida por uma família brasileira. Essa realidade é a de

pobreza, indigência, desigualdade, exclusão social e não cidadania. Essa família é tão pobre

que não tem dinheiro para a própria subsistência e acaba se sujeitando a comer alimentos

advindos de lixos orgânicos e que não são utilizáveis nem para alimentar os porcos. Por fim,

mesmo o filme tendo sido feito há mais de duas décadas, essa situação estarrecedora ainda é

atual, embora tenha melhorado muito.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro: 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10719: Apresentação de Relatórios Técnico-Científicos. Rio de Janeiro, 1989. 9 p.

FURTADO, Jorge. Ilha das Flores. Documentário - 13 min. Drama. Produzido por Casa de Cinema de Porto Alegre. 1989. Brasil. Disponível em: <http://portacurtas.org.br/filme/?name=ilha_das_flores>. Acessado em: 27 de junho de 2015.

LAKATOS, E. M; MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 1991.

SANTOS, Maria Paula Gomes dos. O Estado e os problemas contemporâneos – 2. ed. reimp. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012. 142p.: il.