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    PODER JUDICIRIOTRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

    34 CMARA - SEO DE DIREITO PRIVADO

    Apelao - N 0029786-10.2001.8.26.0114

    VOTO N 24894

    Registro: 2015.0000912338

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelao n0029786-10.2001.8.26.0114, da Comarca de Campinas, em que apelanteCAMELIER E MACHADO ADVOCACIA, apelado BANCO DO BRASILS/A.

    ACORDAM, em 34 Cmara de Direito Privado do Tribunal deJustia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: "Negaram provimento aorecurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.

    O julgamento teve a participao dos Exmo. DesembargadoresGOMES VARJO (Presidente sem voto), SOARES LEVADA E ANTONIOTADEU OTTONI.

    So Paulo, 25 de novembro de 2015.

    Cristina ZucchiRELATOR

    Assinatura Eletrnica

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    Apelao - N 0029786-10.2001.8.26.0114

    VOTO N 24894

    Apelante: CAMELIER E MACHADO ADVOCACIA.

    Apelado: BANCO DO BRASIL S/A.

    Comarca: Campinas 5. Vara Cvel (Processo n 2001/029786).

    EMENTA:SERVIOS PROFISSIONAIS. PRESTAO DESERVIOS ADVOCATCIOS. ARBITRAMENTO DEHONORRIOS. CONTRATO EXPRESSO.RATIFICAO DA SENTENA.ADMISSIBILIDADE. PRECEDENTEJURISPRUDENCIAL. INTELIGNCIA DO ARTIGO252 DO REGIMENTO INTERNO DO TJ/SP.SENTENA DE IMPROCEDNCIA MANTIDA.Recurso no provido.

    Trata-se de apelao (fls. 298/309, com preparo s fls. 310/312)

    interposta contra a r. sentena de fls. 285/294 (da lavra do MM. Juiz RafaelImbrunito Flores), cujo relatrio se adota, que: a) julgo improcedente o pedido

    de arbitramento de honorrios deduzidos na ao de n. 2391/01, extinguindo o

    feito com resoluo de mrito, nos termos do art. 269, I do Cdigo de Processo

    Civil; b) extingo o feito sem resoluo de mrito, por ilegitimidade passiva dos

    rus, na ao de cobrana de n. 1209/02, na forma do art. 267, VI do Cdigo de

    Processo Civil e, por fim, c) reconheo a perda da pretenso do autor, consoante

    art. 206, 3., V do Cdigo Civil, extinguindo o feito com resoluo de mrito,

    consoante art. 269, IV do Cdigo de Processo Civil. As partes sucumbiram

    reciprocamente nas demandas, de modo que deixo de impor a elas os nus da

    sucumbncia, devendo cada qual arcar com os honorrios dos respectivos

    patronos.

    Sustenta o autor e apelante, em extrema sntese, que, ao contrrio

    do narrado na r. sentena, no havia previso expressa acerca da remunerao dos

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    honorrios contratuais, to somente acerca dos sucumbenciais, eventualmente

    conquistados por xito nas demandas patrocinadas, fazendo jus ao arbitramento,

    porquanto irrisrios se demonstraram os recebimentos. Pede a reforma do julgado.

    O recurso foi recebido em ambos os efeitos (fl. 314).

    No veio resposta, embora regularmente facultada a sua oferta (fls.

    314 e 353).

    o relatrio.

    O recurso tempestivo (fls. 295 e 298) e foi regularmente

    processado.

    A r. sentena no merece qualquer reforma, valendo consignar que

    abrange trs (3) feitos conexos (controles n. 1209/02, 2391/01 e 2080/06), porm,

    porquanto cindidas as apelaes, passo analise somente desta insurgncia

    (controle 2391/01).

    Ajuizou a autora demanda de arbitramento de honorrios

    advocatcios, na qual sustenta ter patrocinado, em prol do ru, diversas aes.

    Alega que houve pactuaes escritas, prevendo remunerao somente de resultado

    e adiantamentos em determinadas fases, mas que, contudo, se mostraram nfimas,

    vindo a prejudicar a sociedade, justificando a reviso destes valores.

    Insubsistente a irresignao, frente a tudo o que nos autos se

    produziu. No h arbitramento a ser realizado em favor da Sociedade autora, na

    medida em que houve incontroverso firmamento acerca de sua remunerao

    advocatcia, desimportando tenha estabelecido somente o preo atrelado ao

    resultado de determinadas demandas.

    Basta ao deslinde do feito, o firmamento expresso remuneratrio,

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    no havendo, ainda, nada capaz de nulificar os ajustes, muito menos por meio

    desta demanda, cujos termos foram claros. A autora sociedade de advogados,

    contratou de forma livre e espontnea, anuindo aos termos l expressos que, diga-

    se, seno por ela prpria redigidos, no trazem qualquer inexatido ou clusulas

    de difcil inteleco. Tendo a sociedade, acordado o recebimento de seus servios

    de forma especifica e clara, a ela cabe assumir o risco deste trato, seja ele ora

    benfico, ora no mais.

    Portanto, o que se conclui que a r. sentena analisou corretamente

    todas as questes discutidas nos autos, mediante criteriosa avaliao das provas e

    dos fatos, de modo a resistir a todas as crticas que lhe foram dirigidas nas razes

    recursais, sendo que qualquer adendo que se fizesse aos seus fundamentos

    constituiria desnecessria repetio.

    A propsito, o Novo Regimento Interno do Tribunal de Justia do

    Estado de So Paulo, em vigor desde 4 de novembro de 2009, estabelece que,nos recursos em geral, o relator poder limitar-se a ratificar os fundamentos da

    deciso recorrida, quando, suficientemente fundamentada, houver de mant-la.

    E, o Colendo Superior Tribunal de Justia tem prestigiado essa

    forma de julgamento:

    PROCESSUAL CIVI L. ACRDO PROFERIDO EM EMBARGOS

    DECLARATRIOS. RATIFI CAO DA SENTENA. VIABI LI DADE. OMI SSO

    INEXI STENTE . ART. 535, I , DO CPC. AUSNCIA DE VI OLAO.

    1. Revela-se improcedente suposta ofensa ao art. 535 do CPC quando o Tribunal de

    origem, ainda que no aprecie todos os argumentos expendidos pela parte recorrente,

    atem-se aos contornos da lide e fundamenta sua deciso em base jurdica adequada e

    suficiente ao desate da questo controvertida.

    2. predominante na jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia em reconhecer a

    viabilidade de o rgo julgador adotar ou ratificar o juzo de valor firmado na sentena,

    inclusive transcrevendo-a no acrdo, sem que tal medida encerro omisso ou ausncia

    de fundamentao no decisum.

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    VOTO N 24894

    . Recurso Especial no-provido. 1

    No mesmo sentido: REsp n. 641963-ES, Segunda Turma, relator

    Ministro CASTRO MEIRA, DJ de 21.11.2005, REsp n. 592.092-AL, Segunda

    Turma, relatora Ministra ELIANA CALMON, DJ de 17.12.2004 e REsp n.

    265.534-DF, Quarta Turma, relator Ministro FERNANDO GONALVES, DJ de

    1.12.2003.Assim sendo, nos termos do artigo 252 do Regimento Interno desta

    Corte, ratifico os fundamentos da r. sentena, com o fim de se evitar repeties

    desnecessrias, que fica mantida, no caso em especfico, por se revelar

    suficientemente motivada.

    Ante o exposto, pelo meu voto, nego provimento ao apelo.

    CRISTINA ZUCCHIRelatora

    1REsp n. 662272-RS, Segunda Turma, Rel. Min. JOO OTVIO DE NORONHA, j. 04.09.2007;