13
www.scml.pt

 · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

www.scml.pt

Page 2:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

25 OUT | SEXTA-FEIRA | 21h00Convento dos Cardaes

VOZES ALFONSINAS Itinerâncias trovadorescas: cantigas medievais

Manuel Pedro Ferreira Diretor Musical

Nuno Torka Miranda Alaúde medieval

Catarina Lemos e Melo Cravo

Madalena Cabral Rabeque e viola de arco medieval

Gonçalo Pinto Gonçalves Declamador e percussão

Sérgio Peixoto Tenor

João Pedro Sebastião Tenor

Victor Gaspar Barítono

Susana Teixeira Mezzo-Soprano

PROGRAMAPEIRE VIDAL

A itinerância de Peire Vidal (I): cantigas de seguir galego-portuguesas1. Peire Vidal: Anc no mori per amor ni per al (instrumental)

2. Osoiro Anes, c. d’amor: Sazom é já de me partir

3. D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal

Anónimo4. Estampie royale nº3

A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas5. D. Dinis, c. amor: Amor fez a mim amar

6. Peire Vidal: Pos tornatz sui (instr.)

7. Vidal (judeu de Elvas), c. amor: Moir, e faço dereito

8. Pero G. Ambroa, c. de maldizer: Pero d’Armea

Page 3:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

Anónimo9. Estampie royale nº 5

Alfonso XCantigas de Santa Maria de Alfonso X: ciclo de Roma e Bizâncio10. CSM 17, Sempre seja beeita e loada

11. CSM 28, Todo logar mui ben pode seer defendudo

12. CSM 67, A Reínna groriosa tant' é de gran santidade

VVAACantigas de escárnio e maldizer: melodias francesas e provençais (I)13. João Soares de Paiva: Ora faz host' o senhor de Navarra (mús.: Conon de Béthune)

14. Martin Moxa, cantiga de maldizer: Maestr'Acenço, dereito faria (mús.: Arnault de Maruelh)

Anónimo15. I' senti' matutino (versão instrumental)

Cantigas de escárnio e maldizer: melodias francesas e provençais (II)16. Lopo Lias: A dona fremosa do Soveral (mús.: Pierre Corbie)

17. Lopo Lias: Quem hoj'houvesse (mús.: Guillem Augier Novella)

Alfonso XCantigas de Santa Maria de Alfonso X: ciclo de Inglaterra e Toledo18. CSM 6, A que do bon rei Daví

19. CSM 2, Muito devemos, varões

20. CSM 10, Rosa das rosas e fror das frores

Page 4:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

Notas de ProgramaEste programa apresenta, entremeados, dois momentos de redescoberta das cantigas medievais em Galego-Português: o século XVIII (transcrição de Cantigas de Santa Maria no caderno Barbieri, com acompanhamento de baixo contínuo) e a atualidade (redescoberta das versões musicais das cantigas trovadorescas de tipo contrafactum, no âmbito de projeto recentemente concluído no Instituto de Estudos Medievais). Ouvir-se-ão cantigas de escárnio e maldizer (melodias de Conon de Béthune; melodias de Peire Vidal; melodias avulsas), cantigas de amor (melodias de Peire Vidal; melodias avulsas) e Cantigas de Santa Maria (melodias anónimas ou de Afonso X) do tempo da campanha imperial do Rei Sábio, provável eco das que terão sido transmitidas à corte portuguesa, como gesto de propaganda política, por volta de 1267.Muitas das cantigas trovadorescas galego-portuguesas, entre finais do século XII e inícios do século XIV, usavam melodias preexistentes, sobretudo melodias associadas aos poemas de além-Pirenéus que serviam de modelo à «cantiga de amor». Embora tenham chegado até nós poucas melodias originais ibéricas (para textos de Martin Codax e D. Dinis), é sabido que os trovadores recorriam a modelos de autoria alheia

(contrafactum) e alguns desses modelos, em língua occitana ou francesa, têm vindo a ser paulatinamente identificados. Um esforço de sistematização e ampliação desse conhecimento foi realizado por dois centros de investigação da Universidade Nova de Lisboa (IEM, CESEM) no âmbito de um projeto inicialmente financiado pela Fundação Gulbenkian, com vista à recuperação das melodias alheias utilizadas pelos trovadores ibéricos, permitindo recriar a sonorização dos seus poemas. Este concerto apresenta o resultado dessa investigação, com várias cantigas em primeira audição musical moderna. Paralelamente, outra investigação desenvolvida no CESEM fez luz sobre um manuscrito do século XVIII conservado em Madrid, que contém algumas Cantigas de Santa Maria em versão barroca, transcritas para voz aguda com baixo contínuo para uma assistência selecta. Esse manuscrito, o caderno Barbieri (BNE, Ms. M. Caja 3881/8) contém seis melodias medievais, que serão apresentadas segundo a sua leitura setecentista, acompanhadas ao cravo, também em primeira audição moderna, em confronto com excertos das mesmas cantigas, segundo a versão medieval mais antiga das melodias.

Page 5:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

Dados BiográficosVozes AlfonsinasDesde a sua primeira apresentação no Castelo de Leiria em Junho de 1995, o grupo “Vozes Alfonsinas” tem sido o único a recuperar consistentemente património musical português anterior ao período filipino, com muitas primeiras audições. Em 1998, foi publicado na Galiza um primeiro disco compacto das “Vozes Alfonsinas”, com as melodias de Martin Codax. Em 1997, o grupo gravou um CD dedicado ao vilancico renascentista, publicado pela EMI-Classics em 2001. Em 1999/2000, novo CD intitulado “O Tempo dos Trovadores” (cantigas de D. Dinis, Cantigas de Santa Maria, canções árabo- -andaluzas) para a etiqueta Strauss/ /PortugalSom, foi considerado pela crítica “um marco na discografia portuguesa”, evidenciando “grande consciência estilística” (Público) e uma “sonoridade de grande clareza” (Expresso).Classics Today declarou: “it’s a fine bit of work, recommended for anyone interested in medieval music-or just looking for something very old and different”. Em 2000, o grupo gravou ainda um CD dedicado à música da liturgia bracarense (Ofício de S. Geraldo e cânticos natalícios)

a propósito do qual, na revista Plainsong & Medieval Music, se afirmou com admiração: “the singing is of exquisite purity” (J. F. Weber), destacando-se “the beauty of the voices” (E. Hornby); em 2002, foi gravado o disco “Mon seul plaisir”, baseado no códice 714 da Biblioteca Pública do Porto (a publicar em Dezembro de 2019 pelo Mpmp); e em 2008, novo disco, “Dos Visigodos a Dom Sebastião”, para uma Antologia de música em Portugal na Idade Média e no Renascimento, em dois volumes, com a qual se publicou também o CD gravado em 2000. Estes CDs foram assim comentados por António Marujo (Além-Mar): “Com momentos de uma grande comoção e intensidade, estes discos mostram também a maturidade e ineditismo do trabalho feito por Manuel Pedro Ferreira e pelas Vozes Alfonsinas. Uma obra incontornável para saber de onde vimos.” Em 2015 saíram gravações inéditas ao vivo das Vozes Alfonsinas (nos Dias da Música) no CD/livro Cantigas de Trovadores: de amigo, de amor, de maldizer, Lisboa: A Bela e o Monstro/Público.

Page 6:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

Manuel Pedro Ferreira Diretor MusicalManuel Pedro Ferreira dirige desde 1995 o grupo Vozes Alfonsinas, que fundou e com o qual percorreu o país, tendo também atuado nos EUA e na Europa, e gravado cinco discos. Doutorado em Musicologia pela Universidade de Princeton (1997), é Professor Catedrático em Musicologia Histórica na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde coordena, desde 2005, o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM). Tem-se dedicado sobretudo ao ensino e à investigação da música da Idade Média e do Renascimento, sem descurar a interpretação musical. Como musicólogo, publicou mais de cem artigos científicos e dirigiu vários projetos de investigação. Foi responsável pela publicação facsimilada do Cancioneiro de Elvas (Lisboa, 1989) e do manuscrito 714 da Biblioteca Pública Municipal do Porto (Porto, 2001); o seu livro O Som de Martin Codax (Lisboa, 1986) foi premiado pelo Conselho Português da Música.Entretanto escreveu ou coordenou dezoito outros títulos, entre os quais: Cantus coronatus – Sete cantigas d’amor d’El-Rei

Dom Dinis (Kassel, 2005); Dez compositores portugueses. Percursos da escrita musical no século XX (Lisboa, 2007); Antologia de Música em Portugal na Idade Média e no Renascimento, 2 vols. (Lisboa, 2008); A Sé de Braga. Arte, Liturgia e Música, do final do século XI à época tridentina (Lisboa, 2009); Aspectos da Música Medieval no Ocidente Peninsular, 2 vols. (Lisboa, 2009-2010); Revisiting the Music of Medieval France: from Gallican chant to Dufay (Farnham-Burlington, 2012); Musical exchanges, 1100-1650: Iberian connections (Kassel, 2016); A Notação das Cantigas de Santa Maria: Edição Diplomática (Lisboa, 2017) e Música e História: Estudos em homenagem a Manuel Carlos de Brito (Lisboa, 2017). Tem também exercido com regularidade o ofício de crítico musical e feito incursões pela composição musical e pela poesia. É membro da Academia Europeia (desde 2010) e da direcção da Sociedade Internacional de Musicologia (desde 2012).

Page 7:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

Catarina Lemos e Melo CravoCatarina Lemos e Melo nasceu em Lisboa em 1992. Iniciou os seus estudos musicais com 6 anos de idade na Academia de Música de Santa Cecília. Licenciou-se na Escola Superior de Música de Lisboa sob orientação de Ana Mafalda Castro e posteriormente concluiu o Mestrado em Performance na Schola Cantorum Basiliensis sob a orientação do Prof. Andrea Marcon. Teve a oportunidade de trabalhar com Jörg-Andreas Bötticher, Siebe Henstra, Andreas Staier, Dirk Börner, Bertrand Cuiller, Jean-Marc Aymes, Elisabeth Joyé, Amandine Beyer, Paolo Pandolfo, Christophe Coin, Heiko ter Schegget, Wilbert Hazelzet, Cremilde Rosado Fernandes, entre outros.Apresentou-se em diversos recitais a solo tanto em Portugal como no estrangeiro, nomeadamente no Centro Cultural de Belém, Palácio Nacional da Ajuda, Palácio Foz, Palácio de Mafra,

Casa Museu Anastácio Gonçalves e Fundação Calouste Gulbenkian. Em Março de 2012 colaborou com a Orquestra de Música Antiga da ESML na produção da ópera Paris ed Elena de C. W. Gluck, com récitas no Teatro S. Luiz em Lisboa, Cine-Teatro de Alcobaça e Theatro Circo de Braga. Colaborou com a Companhia de Teatro de Almada e a Companhia Nao d’Amores na produção de Nao d’Amores de Gil Vicente sob a direcção de Ana Zamora, entre Julho e Novembro de 2016, com performances no Teatro Municipal Joaquim Benite em Almada, Teatro Conde Duque em Madrid e no Festival de Segovia. Em Abril de 2019 colaborou com o Concerto Ibérico na apresentação da Paixão Segundo S. Mateus de J. S. Bach com concertos em Castelo Branco e em Oeiras. É membro fundador do ensemble Gli Accenti (2017) com o qual se apresenta frequentemente em concerto tanto em Portugal como no estrangeiro.

Page 8:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

Susana Teixeira Mezzo-SopranoEstudou no Conservatório Nacional de Lisboa com Joana Silva, na Escola Superior de Música de Lisboa com Elsa Saque e na Escola Superior de Canto de Madrid com Isabel Penagos (como bolseira da Fundação Gulbenkian). Foi também aluna particular da professora Liliane Bizineche e fez cursos com os seguintes professores: Max von Egmont, Ludmilla Andrews e Norman White, Jill Feldman, Ileana Cotrubas, Gundula Janovitz, Richard Miller, Peter Harrison, Kurt Equiluz, Liliane Bizineche, Nico Castel, Lorraine Nubar, Dalton Baldwin e Paul Harrison.O repertório efetuado inclui, entre outras obras, «O Sonho de uma Noite de Verão» de Mendelsshon, «Oratória de Natal» de Bach; «Magnificat» de Bach com a Brandon Hill Orchestra; «Requiem» de Mozart em Lisboa e Festival do Estoril e com a Orquestra das Beiras; «Requiem» de João P. Oliveira, estreia mundial para o Concerto de encerramento de Lisboa Capital da Cultura 1994; «Missa de Sta. Cecília» de Haydn, no Festival de Macau; «Messias» de Haendel com o Coro e Orquestra Gulbenkian, sob direcção de Michel Corboz e 9a Sinfonia de Beethoven com a mesma formação e com direcção de Muhai Tang.No Teatro Nacional de São Carlos cantou nas óperas «Ascensão e queda

de Mahagonny» de Kurt Weill, «O Amor das 3 Laranjas» de Prokofiev, «Candide» de Bernstein, «Suor Angelica» de Puccini, «Parsifal» de Wagner, «Flauta Mágica» de Mozart, «La Borguesina» de António Machado, «Madame Butterfly» de Puccini, «Il Turco in Italia» de Rossini, «The English Cat» de Henze em coprodução S. Carlos//Teatro Cornucópia. Cantou no Teatro Aberto a Cantata encenada «Le Vin Herbe» de Frank Martin, a ópera «Albert Herring» de Britten e “The Beggar’s Opera” de John Gay (versão de Britten). Em S. Carlos cantou também a Cantata «Les Noces» de Stravinsky; «Missa em Si bemol» de Schubert; e «Petite Messe Solennelle» de Rossini. No Teatro da Trindade cantou «Apolo e Jacinto» de Mozart e, no Teatro Garcia Resende o «Cosi fan tutte» de Mozart. Cantou ainda excertos da “Carmen” de Bizet no Campo Pequeno e no Coliseu do Porto com a Royal Philharmonic Orchestra e direcção de Ino Turturo.Estreou a ópera «Sol de Inverno» de David dele Perto com o grupo “Dumping” no T. S. João, no Porto, no Centro Cultural de Belém e no Auditório Nacional e Teatro del Canal, ambos em Madrid. Participou com a Orquestra do Algarve na estreia moderna da ópera ”La Dona de Génio Volúbil” de Marcos Portugal, sendo maestro Osvaldo Ferreira, e na Gulbenkian e em S. Carlos, a “Flauta Mágica“

de Mozart, numa versão infantil. Cantou em estreia mundial a ópera de Daniel Schwetz “O Defunto” no Teatro de Almada, com direção de João Paulo Santos e produção do GMCL-Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e “Os Mortos viajam de Metro” de Hugo Ribeiro no T.S. Luiz em coprodução do T.N.S. Carlos. Cantou o “Requiem” de Duruflé no Festival Florilegio em Salamanca sob direção de Gerard Caussé e estreou com o GMCL a ópera de Luís Soldado “Hotel Suite” no Royal College of Music, em Londres, tendo Rui Pinheiro como maestro.Gravou com a Gulbenkian o «Requiem für Mignon» de Schumann e Salmos de Mendelsshon (maestro Michel Corboz, etiqueta ERATO); com os Segréis de Lisboa, obras de Joaquim Casimiro Júnior (maestro Manuel Morais); com o grupo “Vozes Alfonsinas” os CD’s: “Música no Tempo das Descobertas” e “In Time of Troubadours” e uma Antologia da Música Portuguesa até ao Renascimento; A ópera «As Variedades de Proteu» (Cirene) de António Teixeira, sob direção de Stephen Bull; Quatro CD’s com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa-GMCL: dois com obras de Jorge Peixinho, outro com obras de Clotilde Rosa e um com encomendas feitas a jovens compositores portugueses.

Page 9:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

João Pedro Sebastião TenorJoão Sebastião iniciou os estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa, tendo-os finalizado no Conservatório Nacional de Lisboa na classe de Canto de Filomena Amaro. Concluiu os estudos de Canto no Conservatório de Amesterdão, na classe de Pierre Mak. Frequentou masterclasses com João Lourenço, Peter Harrison, Richard Miller, Noelle Barker, Peter Harvey, Jard van Nes e Jill Feldman. Antes de se dedicar inteiramente à sua carreira como solista, João Sebastião foi frequentemente convidado a integrar prestigiados ensembles, tais como, Collegium Vocale de Gent (Philippe Herreweghe), Coro de Câmara da Holanda e Vocal Consort Berlin (René Jacobs) tendo realizado concertos na Holanda, Alemanha, Bélgica, França, Suiça, Polónia, Espanha, Noruega, Suécia, Canadá e Estados Unidos. Gravou um CD com Cantatas de G.P. Telemann com Klaus Mertens para a etiqueta Accent e, com os Vox Luminis, para a etiqueta Chant de Lynos, Vésperas de G. Grossi e Stabat Mater de D. Scarlatti, na Ricercare.Como solista, em Portugal, interpretou obras como Requiem de W.A. Mozart e L’Enfance du Christ de H. Berlioz, entre outras. Na Holanda, interpretou obras como Messias de G.F. Händel, Magnificat de J.S. Bach, Jephte de G. Carissimi, Paixão de São Lucas de G.P. Telemann, Vesperae

Solennes de W.A. Mozart, Requiem de F. Lizst, e diversas cantatas de J.S. Bach com diversos ensembles, entre os quais, Il Gardellino e Concert Gebouw Kamerorkest. Colaborou com o Gesualdo Consort Amsterdam sob a direcção de Harry van der Kamp.Foi Evangelista na Paixão de São João de J.S. Bach e na Paixão de São Lucas de H. Distler. Após ter participado na Academia de Ópera de Amesterdão (2002), interpretou o papel de Don Ottavio na ópera Don Giovanni (Utrecht, 2003), Acis em Acis and Galatea de G.F. Händel (Amesterdão, 2004) e Bastien em Bastien und Bastienne de W.A. Mozart (Amesterdão, 2005/06), Don Basílio e Don Curzio em As Bodas de Fígaro (Lisboa e Porto, 2006), Arlecchino em Arlecchinata de A. Salieri (Óbidos, 2007), Spoletta em Tosca de G. Puccini (Amesterdão, 2007), Begónia em O Rapaz de Bronze de Nuno Côrte Real (Lisboa e Porto, 2007) e Abdallo em Nabucco (Holanda, 2008). Em 2008 fez parte do elenco da ópera A Saga de Jorge Salgado e em 2009, da ópera Tristão de Luis Cardoso, no Teatro de São Luiz.

Page 10:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

Sérgio Peixoto TenorIniciou a sua formação musical na Academia dos Amadores de Música, tendo mais tarde ingressado no Instituto Gregoriano de Lisboa. É licenciado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa.Foi membro do Grupo Vocal Olisipo de 1994 a 1998, com o qual participou em festivais internacionais para grupos vocais na Alemanha e Bélgica e em concursos internacionais na Bulgária, Finlândia e Itália, conseguindo em todos eles o 1º lugar na categoria de Coros de Câmara. Com o Olisipo gravou dois discos de música polifónica portuguesa e participou em cursos com o prestigiado grupo vocal Inglês The King’s Singers, tendo sido convidado a realizar uma série de Masterclasses no Canadá integrados no “Festival 500 ” (2000) para grupos corais e de câmara. Foi membro efectivo do Coro Gulbenkian de 1998 a 2012, onde interpretou as grandes obras do repertório sinfónico e de câmara em concertos na Europa, Ásia e América, e realizou diversas gravações discográficas. Foi também membro do grupo Tetvocal (1999-2007) com o qual realizou numerosos concertos pelo país, Brasil (2000 e 2002) e Tailândia (2002 e 2003 a convite da casa real tailandesa). Com o Tetvocal gravou em 2003 “Um tributo a Sua Majestade

o Rei da Tailândia” e em 2004 o “Lado A”, um disco que homenageia a música ligeira portuguesa dos últimos 20 anos. Em 2001 fundou com Filipe Faria o Sete lágrimas ECMC especializando-se na área da música antiga e contemporânea, tendo participado nos mais importantes festivais de música na Europa e Ásia. É com este grupo que grava pela editora Murecords em 2007, o álbum “lachrimae #1” (2007), “Kleine musik” (2008), “Diáspora.pt” (2008), “Silêncio” (2009), “Pedra Irregular” (2010) e “Vento” (2010), “Terra” (2011), “En tus brazos una noche” (2011), “Península” (2012), “Cantiga” (2014) e “Missa Mínima” (2017). Após algumas colaborações esporádicas, é desde 2014 membro efectivo do grupo especializado em música medieval Vozes Alfonsinas.Tem igualmente desenvolvido com alunos surdos da Universidade Católica Portuguesa um projecto musical único na Europa: “Projeto Mãos que Cantam”, um coro composto por pessoas surdas, que utilizam a Língua Gestual Portuguesa e a Música como forma de expressão artística. Em 2016, e a convite do Centro de Educação para o Cidadão com Deficiência (C.E.C.D--Mira Sintra) criou um coro inclusivo com utentes e colaboradores do Centro.

Page 11:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

Victor Gaspar BarítonoDiplomado com o Curso Superior de Canto do Conservatório Nacional, estudou com Wagner Diniz, Armando Vidal, Fernando Eldoro e Elsa Saque. Foi elemento de diversos agrupamentos de música de câmara, nomeadamente a Camerata Vocal de Lisboa, Cantus Firmus e Ensemble Cantabile. Participou em diversas “Master classes” de canto com Max Van Egmond, Marius Van Altena, Paul Esswood, René Jacobs, Helmut Lips, Liliana Bizineche, Ana Ester Neves e Jill Feldman. Como solista trabalhou com vários coros nacionais e com maestros nacionais e estrangeiros. Foi membro efetivo do Coro Gulbenkian e canta no grupo Vozes Alfonsinas desde a sua fundação.

Gonçalo Pinto Gonçalves Declamador e percussãoEngenheiro de profissão, ingressou, então ainda estudante, no Coro da Universidade Católica Portuguesa no ano de 1982, tendo posteriormente integrado a convite do Maestro João Valeriano, em 1984, a Camerata Vocal de Lisboa. Em 1987 participou nos cursos de música antiga que então se realizavam anualmente na Casa de Mateus, em Vila Real, na classe do professor Max Van Egmond, curso que repetiu no ano de 1988. No ano seguinte ingressou no Coro Gulbenkian, no naipe de tenores, onde se manteve por 16 anos. Faz parte do grupo Vozes Alfonsinas desde 1995, ano da sua fundação.

Nuno Torka Miranda Alaúde medievalNatural de Lisboa, fez aí, a par de estudos de Arquitectura, a sua formação musical em guitarra. Tendo-se também interessado pelo mundo da música antiga e dos instrumentos históricos, continuou a sua formação nessa área frequentando a Schola Cantorum em Basileia, onde foi aluno de Hopkinson Smith. Tendo passado a residir na Suíça a partir de 1984, é sobretudo através do grupo Vozes Alfonsinas que tem vindo a manter, desde há 20 anos, uma ligação musical ao seu país de origem. Nuno Torka Miranda vive actualmente em Schaffhausen. Aí ensina e mantém intensa actividade musical no campo dos instrumentos de corda dedilhada.

Madalena Cabral Rabeque e viola de arco medievalViolinista pela Escola Superior de Música de Lisboa e Licenciada em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa-FCSH, é pós-graduada em Violin as a Performer pela Royal College of Music (RCM), em Londres. Em 2008 concluiu o Mestrado em Educação (RFE – FCSH) sob orientação de Helena Rodrigues, Ana Paula Almeida e Isabel Neves, tendo posteriormente obtido o Instrumental Music Mastership em ensino instrumental, conferido pela Universidade do Texas, sob orientação de Michael Martin e Diane Lange. Ao longo de vários anos integrou como violinista convidada as orquestras Metropolitana de Lisboa, Sinfónica Portuguesa e Gulbenkian e foi músico fundador da Orquestra Sinfonietta de Lisboa. Desde 2004 pertence ao grupo Vozes Alfonsinas, onde toca rabeque e viola. Actualmente lecciona violino no Laboratório Instrumental da Academia de Música de Santa Cecília, desenvolve um projeto de ensino instrumental diversificado na Cooperativa A Torre e ensina no projeto instrumental Toca a Improvisar, que fundou com a violoncelista Mafalda Nascimento. Juntas têm desenvolvido vários projetos pedagógicos no âmbito da formação de professores.

Page 12:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas

Convento dos Cardaes Fundado por D. Luísa de Távora em 1681 para as religiosas Carmelitas Descalças, ano em que a Fundadora passa a habitá-lo, ainda que as obras só se dessem por concluídas em 1703. Obedece à arquitetura do século XVII e é adaptada às estritas Regras das Carmelitas, que limitam o contato com o mundo.

O exterior é robusto e austero mas, no seu interior, encontram-se tesouros decorativos, como a Igreja com os altares em talha dourada, a nave envolta em painéis de azulejos de origem holandesa e, num plano superior, uma pintura atribuída a António Pereira Ravasco e André Gonçalves. O edifício ocupa uma área total de 5 mil metros quadrados, espaço que se divide ainda em Comungatório, Sacristia, Sala Mariana, Sala da Paixão, Claustros, Refeitório, Escada Claustral, Oratório, Capelinha de São José, Antecoro, Coro Alto e Sala do Capítulo.

Filipe Carvalheiro é formado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa e em Direção pela Universidade de Cincinnati (Estados Unidos). Desenvolveu ainda estudos de aperfeiçoamento em Composição com Emmanuel Nunes (França) e Karlheinz Stockhausen (Alemanha) e de Direção de Orquestra com Donato Renzetti (Itália) e Jorma Panula (Finlândia). Como maestro tem-se apresentado sobretudo na Dinamarca, Suécia, Áustria, Inglaterra, Polónia e Alemanha.

É atualmente maestro titular da Kammerorkestret Musica e do Kammerkoret Musica (Copenhaga).

Como maestro convidado ou assistente tem ainda colaborado com diversas orquestras e coros no norte da Europa, destacando-se a sua colaboração com o Teatro Real (Ópera de Copenhaga) e a Opera Hedeland (Hillerød).

Em concursos internacionais conquistou por duas vezes o Conductors Prize, na Polónia em 2013 e em Espanha em 2015.

Em 2015 gravou o CD “Kvindestemmer” e dirigiu no Castelo de Kronborg, Helsingør, o concerto de gala para o lançamento da organização de cooperação internacional “Transition”, transmitido em direto para a Dinamarca, Suécia, Hungria, Japão e Índia.

A convite da Rainha Margrethe II da Dinamarca dirigiu o concerto comemorativo dos 100 anos de direito de voto feminino naquele país. Desde 1989, o Maestro e compositor Filipe Carvalheiro é o diretor artístico da Temporada Música em São Roque, organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

27 OUT | DOMINGO | 16h30Mosteiro de Santos-o-Novo

CONCERTO CAMPESTRE Ah nhá nhá venha escutar

PRÓXIMO CONCERTO

Page 13:  · 2020. 6. 12. · D. Dinis, c. d’amor: Quer'eu em maneira de proençal Anónimo 4. Estampie royale nº3 A itinerância de Peire Vidal (II): cantigas de seguir galego-portuguesas