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1 Edição 208 EDIÇÃO 208 - ANO 5 - 17 DE AGOSTO DE 2012 Oficina avalia estado de conservação dos primatas do Brasil ICMBio apresenta SGDOC em evento de governo eletrônico Novo coordenador da CR9 toma posse Em elaboração o Programa de Cativeiro do Mutum-de-alagoas Tamar quer reduzir pesca incidental de tartarugas marinhas Fiscalização apreende armas e destrói acampamento no Parna Serra do Itajaí Instituto debate política de remoção e Projeto Político Pedagógico

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Edição 208EDIÇÃO 208 - ANO 5 - 17 DE AGOSTO DE 2012

Oficina avalia estado de conservação dos primatas do Brasil

ICMBio apresenta SGDOC em evento de governo eletrônico

Novo coordenador da CR9 toma posse

Em elaboração o Programa de Cativeiro do Mutum-de-alagoas

Tamar quer reduzir pesca incidental de tartarugas marinhas

Fiscalização apreende armas e destrói acampamento no Parna Serra do Itajaí

Instituto debate política de remoção e Projeto Político Pedagógico

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Instituto debate políticas de remoção e Projeto Político Pedagógico

De 13 a 15 de agosto, diretores, coordenadores-gerais e regionais estiveram reunidos na Escola de Adminis-tração Fazendária - Esaf, em Brasília, para a realização do Seminário de Política de Remoção, organizado pela Diretoria de Planejamento, Administração e Logística - Diplan. No primeiro dia houve troca de experiências entre representantes de instituições públicas. Compa-receram ao seminário os secretários Roberto Fromer e Gérson Cruz, do Ministério de Relações Exteriores, e os delegados Jorgeval Silva e Odorico Machado, do Departamento de Gestão de Pessoal da Polícia Federal.

Com base nos modelos apresentados, os participan-tes trabalharam em grupos para formular propostas que serão aprofundadas e detalhadas na construção da política de remoção do ICMBio. Princípios norte-adores foram estabelecidos para executar uma po-lítica factível em curto, médio e longo prazo. E um grupo de trabalho multidisciplinar foi criado para a elaboração de texto base que será apresentado para discussão no âmbito do ICMBio.

No último dia foi realizada reunião de Diretoria Am-pliada, com a presença dos diretores, coordenado-res-gerais e regionais, para apresentar os resultados do seminário. Na ocasião, o coordenador de Plane-jamento, Wajdi Mishmish, e o coordenador regional em Santarém, Carlos Augusto Pinheiro, apresenta-ram proposta de gestão integrada para as 12 unida-des de conservação localizadas na região da BR-163. A ideia é romper com a visão de unidade de lotação e buscar a administração de forma conjunta. Com isso, será iniciado planejamento para estruturação e efetivação de projeto piloto para o Instituto.

Já na quinta-feira (16), os coordenadores participa-ram de reunião de consulta sobre o Projeto Político Pedagógico - PPP, junto com a Coordenação-geral de Gestão de Pessoas - CGGP, com foco no desdo-bramento das atividades do PPP nas coordenações regionais. A reunião foi uma oportunidade para os coordenadores contribuírem com novas ideias à proposta de PPP apresentada.

O PPP é um projeto inédito e tem como objetivo a construção de um compromisso sócio-político com formação do cidadão para a sociedade, no sentido de definir ações educativas e características neces-sárias ao cumprimento dos propósitos institucio-nais. Serve para nortear práticas do ICMBio, tendo em vista a trajetória histórica, inserção regional, vocação, missão e planejamento estratégico. Com isso, busca fortalecer a identidade institucional, valorizar o servidor e consolidar a Acadebio como estrutura educadora.

Para Carlos Augusto Alencar, coordenador regional da CR3 em Santarém, o PPP possui papel estratégi-co para a instituição. “Ele vai ser um marco norte-ador para a política institucional. Vamos levar para as nossas atividades diárias esse novo viés voltado para a educação. Essa reunião foi importante para que todos pudessem trazer um pouco da realidade que vivem e colaborar com a construção do PPP de forma democrática”, destacou Carlos Augusto.

O PPP conta com um grupo de trabalho do ICMBio, criado por meio de portaria, e com apoio da GIZ, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar e de uma rede de colaboradores composta pelas univer-sidade de Brasília - UnB e Estadual de Campinas - Unicamp. Durante o segundo semestre deste ano, o Projeto Político Pedagógico estará aberto à con-sulta. No ano que vem, o texto final será elaborado e o PPP oficialmente lançado em agosto.

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Reunião de consulta sobre o PPP

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Encerramento do Seminário de Política de Remoção

Coordenadores contribuem com ideias à proposta de PPP

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Novo coordenador da CR9 toma posse

Foi realizada na última sexta-feira (10), no Cen-tro de Visitantes da Base Avançada do Tamar em Florianópolis, a cerimônia de posse do novo coor-denador regional da 9ª Região, Daniel Guimarães Bolsonaro Penteado.

Ricardo Castelli, que chefiou a CR9, ressaltou os de-safios que o novo coordenador irá enfrentar, como regularização fundiária, estabelecimento de parce-rias com entidades públicas e privadas e manejo florestal. Ele afirmou sentir-se gratificado por ter co-laborado com a implantação de uma nova unidade descentralizada do ICMBio e agradeceu aos gestores das UCs vinculadas à coordenação regional, à UAAF Foz do Iguaçu e, principalmente, à equipe da CR9.

Daniel Penteado agradeceu a presença dos colegas servidores e de representantes de instituições par-ceiras e ressaltou a importância da gestão de Ri-cardo Castelli. Ele afirmou que se sente preparado

para o novo cargo, ressaltando a importância da participação de todos os servidores para o apro-fundamento das ações da coordenação regional.

O diretor de Criação e Manejo de Unidades de Con-servação, Pedro Cunha e Menezes, disse acreditar que esse momento de transição é bastante positi-vo para o Instituto. João Arnaldo, diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs, vê mais um ciclo começando, vontade e desafio de fazer algo novo para melhorar a conservação da biodiversidade e melhorar também as condições de trabalho. Por sua vez, a diretora de Planejamento, Administração e Logística, Silvana Canuto, ressal-tou que somos uma autarquia jovem em processo incessante de estruturação. Desejou sorte ao novo coordenador e pediu para que desempenhe seu papel com o mesmo afinco e dedicação com que atuou como diretor substituto e chefe de unidade.

O presidente Roberto Vizentin encerrou a solenida-de de posse dizendo que o Instituto tem muito a caminhar e conta com amplo processo de parcerias para que a identidade institucional seja reconheci-da nacionalmente. Ressaltou que temos de fazer gestão de UCs e avançar no diálogo, na abertura e construção com a comunidade e com os parceiros. Destacou, ainda, que temos capacidade de cele-brar novo pacto com a sociedade e fazer gestão ambiental do ponto de vista da conservação. Agra-deceu ao Ricardo Castelli pela grandeza e bom ca-ráter como coordenador e desejou sorte e sucesso ao Daniel Penteado neste novo desafio.

Também estiveram presentes ao evento represen-tantes do Ibama, Incra, Projeto Baleia Franca, da Fundação do Meio Ambiente - Fatma, Embrapa, Funai, Confederação Nacional de RPPN e Secretaria do Patrimônio da União.

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Murilo Xavier, presidente da Fatma; João Arnaldo; Daniel Penteado; Roberto Vizentin; Silvana Canuto; Pedro Menezes; e Kleber Souza, superintendente regional do Ibama

Novo coordenador fala aos presentes

Autoridades do ICMBio em evento de posse na Base do Tamar em Florianópolis

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ICMBio apresenta SGDOC em evento de governo eletrônico

Na última sexta-feira o Instituto Chico Mendes partici-pou de oficina técnica de governança de TI e governo eletrônico, cujo tema principal foi a troca de experiên-cias entre os órgãos governamentais no processo de desenvolvimento de sistemas, com o objetivo de pro-mover o fortalecimento de métodos e procedimen-tos para o suporte da área de tecnologia da adminis-tração pública. O evento, no auditório do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG, em Brasília, reuniu cerca de 130 participantes de diversos órgãos integrantes do Sistema de Administração de Recursos de Tecnologia da Informação - SISP.

Durante a abertura da oficina, o diretor do Depar-tamento de Sistemas de Informação da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do MPOG, Corinto Meffe, explicou que “existe uma demanda cada vez maior para a definição de metodologia detalhada sobre como montar os processos de software. O desafio está em adquirir, desenvolver, criar, compartilhar de forma colaborativa com o desenvolvimento dos nossos sistemas”.

O convite para nossa participação no evento é o reconhecimento de um trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo de quatro anos pela Dire-toria de Planejamento, Administração e Logística - Diplan. A colaboração do ICMBio ao evento foi justamente mostrar a experiência obtida com esse trabalho, cujo foco não se limita apenas ao desen-volvimento de um simples sistema, mas a um pla-no de implementação de um processo de gestão documental. Segundo Rafael Roque, gerente do projeto no ICMBio, o trabalho só ganhou forças graças ao apoio e confiança da diretora de Planeja-mento, Administração e Logística, Silvana Canuto, que acreditou no sucesso, mesmo tratando-se de um projeto audacioso e inovador.

Em sua palestra, o ICMBio mostrou que é funda-mental realizar o controle da qualidade e o monito-ramento dos processos antes da sua informatização. E foi assim que conseguimos sanar falhas existentes e alcançar sucesso na informatização. Assim nasceu o SGDOC. Seu desenvolvimento teve início em no-vembro de 2008, sendo implantado em fevereiro de 2009. Sua segunda versão foi implantada em maio de 2010 e a terceira versão está prevista para ser dis-ponibilizada no Portal de Software Público no dia 22 de outubro próximo. De acordo com Aline Borges, o projeto envolveu não só o desenvolvimento de um sistema, mas também a capacitação para a gestão de documentos: “Não adiantava ter o melhor sis-tema sem que nossos usuários soubessem de fato como, por que e para quê utilizá-lo.”

Atualmente estamos caminhando para a geração e gestão de documentação eletrônica. Durante a apresentação da gestora Aline Borges, o público fi-cou surpreso com o nível de maturidade alcançado pelo Instituto nestes quatro anos e mostrou grande interesse pelo projeto, já que ele pode contribuir imensamente com o Plano Nacional de Desmate-rialização de Processo - PNDProc, que prevê utili-zação de documentação eletrônica em todos os trâmites de processos com o intuito de desburocra-tizar e modernizar a administração pública federal.

Além de Aline Borges e Rafael Roque, também es-tiveram presentes ao evento Carlos Roberto Lacerda Cunha, coordenador de Tecnologia da Informação, Marco Túlio de Vasconcelos, analista de TI e coorde-nador substituto, e Renata Cesário de Oliveira Go-mes, também analista de TI.

Segundo Lacerda, “há cerca de quatro anos a Direto-ria Colegiada do ICMBio, seguindo recomendações do Governo Federal, optou por construir sistemas em plataformas abertas, visando o compartilhamen-to das ferramentas desenvolvidas com outros ór-gãos públicos que tenham as mesmas necessidades. Atualmente, o Ministério do Planejamento reconhe-ce que o Instituto Chico Mendes está à frente de muitos órgãos, disponibilizando o SGDOC no Portal de Software Público. Inclusive, o MPOG não apenas elogiou, como afirmou querer contribuir com a ver-são eletrônica do nosso sistema”.

A apresentação da nossa colega Aline Borges está disponível em www.youtube.com/watch?v=Pf06XJPRUpg&feature=youtu.be.

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Diretores do Departamento de Sistema de Informação, Corinto Meffe, e do Departamento

Setorial de TI, Fernando Siqueira, abriram a oficina

Aline Borges apresenta experiência do ICMBio

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Oficina avalia estado de conservação dos primatas do Brasil

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Pri-matas Brasileiros - CPB coordenou entre os dias 30 de julho e 3 de agosto, na Acadebio, a Oficina de Avalia-ção do Estado de Conservação dos Primatas Brasileiros.

Assim como a Oficina de Avaliação do Estado de Conservação dos Xenartros Brasileiros, que ocorreu entre 18 e 20 de julho no mesmo local, o evento, organizado com apoio da Coordenação de Avalia-ção do Estado de Conservação da Biodiversidade - Coabio, integra o processo de Avaliação do Estado de Conservação da Fauna Brasileira, cujos desdobra-mentos culminarão no lançamento da versão atua-lizada da Lista de Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção, também conhecida como Lista Vermelha.

O processo foi dividido entre dois grupos de tra-balho para avaliar os primatas amazônicos e não amazônicos. A oficina, envolvendo 38 especialistas de diversas instituições, avaliou 139 táxons. Após análise de fichas e mapas, cada táxon foi catego-rizado de acordo com os critérios da União Inter-nacional para a Conservação da Natureza - UICN.

Em comparação com a última avaliação, aumen-tou-se o número de 26 para 36 táxons de primatas brasileiros ameaçados de extinção, e um total de 56 foram recategorizados, sendo que desses nove tiveram o grau de ameaça aumentado, enquanto 11 foram classificados em uma categoria de me-nor risco. Dos 139 táxons avaliados, seis foram categorizados como Criticamente Em Perigo; 17, como Em Perigo; 13, Vulneráveis; 13, Quase Ame-açados; 13, com Dados Insuficientes; 76, Menos Preocupantes; e uma espécie foi considerada Não Aplicável para a avaliação no Brasil. O resultado da avaliação será validado por especialistas na aplica-ção de critérios e categorias da UICN para posterior publicação das fichas técnicas com respectivas ava-liações de cada espécie.

A oficina contou com a participação da ponto fo-cal do processo, Amely Martins, do CPB; de uma equipe de quatro redatores do CPB formada por Emanuella Félix, Gabriela Ludwig, Maurício Santos e Taíssa Régis; três técnicos responsáveis pela es-pacialização dos dados durante a oficina – André Alonso e Ivy Nunes, do CPB, e Werner Gonçalves, do CSR/Ibama; além dos facilitadores Carlos Edu-ardo Guidorizzi, da Coabio, e Roberta Santos, do Cepsul, e da coordenadora de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade, Rosana Subirá.

O evento teve ainda a participação de pesquisa-dores do nosso Cepam; Parque Nacional do Viruá; Conservation International; Instituto Florestal de São Paulo; Instituto Mamirauá; das universidades federais de São João del-Rei, do Acre, de Goiás, do Paraná, de Santa Catarina, do Mato Grosso do Sul, do Pará, Rural de Pernambuco, do Rio de Janeiro e de Rondônia; das universidades estaduais de Mato Grosso, do Rio Grande do Sul e de Montes Claros; da PUC-RS; Universidade da Califórnia; do Museu Paraense Emílio Goeldi; da Wildlife Conservation Society; do Instituto Nacional de Pesquisa da Ama-zônia; Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia; Centro de Estudos Ecológicos e Educação Ambiental; e Instituto de Pesquisas Ecológicas.

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Especialistas monitoram baleia-franca ferida na praia de Mariscal

Na quinta-feira da semana passada, pela manhã, uma equipe de especialistas realizou avaliação di-reta e detalhada de uma baleia-franca ferida na praia de Mariscal, em Bombinhas (SC). Formada por Paulo Flores e Dan Pretto, biólogos do nosso CMA, e Cristiane Kolesnikovas, médica veterinária da Associação R3 Animal, a equipe contou com apoio da diretora de Pesquisa do Projeto Baleia Franca - PBF, Karina Groch. A avaliação, feita com uma embarcação da Prefeitura Municipal de Bom-binhas, proporcionou análises visual das feridas e comportamental da baleia e seu filhote.

Segundo a Drª Kolesnikovas, pela avaliação visual pode-se observar que o animal apresentava três le-sões no terço final do corpo, mais evidentes e mais profundas do lado esquerdo do corpo. “Aparente-mente, somente o tecido adiposo foi atingido, não havendo evidências de lesão muscular ou óssea. As feridas estão em processo de cicatrização e não há sinais de infecção, permitindo a evolução natural positiva e contínua do ferimento. Além disso, o as-pecto físico parece normal para uma fêmea que teve filhote recentemente”, disse a médica.

Quanto à avaliação do comportamento, a baleia re-alizou atividades normais, incluindo amamentação e socialização com o filhote. “A baleia-mãe permane-ceu em repouso e em socialização com o filhote du-rante a aproximação lenta e gradual de nossa embar-cação, se deslocando em velocidade quando deixou a beira da praia de Mariscal”, comentou Paulo Flores.

A conclusão, portanto, foi de que a baleia estava com cicatrizes de uma colisão com navio, porém apresentando aspectos físicos e comportamentais normais e adequados à sobrevivência tanto dela quanto do filhote e, por isso, não houve necessida-de de intervenção veterinária ou de salvamento do animal. Nesse processo, é fundamental a colabora-ção e o entendimento da população em geral para deixar a baleia e o filhote realizarem suas atividades normais. “Além disso, é importante a colaboração no acompanhamento da presença e dos movimen-

tos da dupla pelos usuários e visitantes na praia e no mar, sobretudo das instituições e autoridades públicas e empresariais, informando aos especialis-tas sobre os prováveis próximos registros dos ani-mais”, ressaltou Flores.

Hábitos e ocorrência

As baleias-francas migram anualmente entre áreas de ali-mentação e reprodução. De julho a novembro a espécie vem para Santa Catarina para acasalar e procriar. O pico de ocorrência é em setembro, sendo os últimos indivíduos avistados em novembro. Os fatores que influenciam na escolha das baleias-francas por determinados locais estão relacionados à temperatura mais amena, águas calmas e rasas, ambiente adequado para o nascimento e cuidados com os filhotes nos primeiros meses de vida. Além disso, pares de mãe e filhote têm preferência por águas rasas para evitar interações com outros grupos de baleias da mesma espécie.

A sua permanência em locais com pouca profundidade, próximos à zona de arrebentação, é um hábito natural da espécie, que é adaptada para tal comportamento e por isso não corre risco de encalhar. A principal área de ocorrência da espécie é a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, no litoral centro-sul de Santa Catarina. Porém, a presença em outras regiões do estado pode ocorrer e tem sido cada vez mais frequente em função do crescimento e recupera-ção populacional da espécie no Brasil.

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Evento reuniu 38 especialistas

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Oficinas para elaborar Programa de Cativeiro do Mutum-de-alagoas

O Instituto Chico Mendes acaba de participar, em Poços de Caldas (MG), da segunda oficina de ela-boração do Programa de Cativeiro do Mutum-de-alagoas, espécie extinta na natureza e que depende do manejo genético e demográfico da população cativa para sua reintrodução no ambiente natural.

O programa tem como objetivos ampliar a popula-ção cativa viável, manejada genética e demografica-mente e reintroduzir a espécie na sua área original. Busca ainda aumentar em 30% a população cativa atual de indivíduos puros em dois anos (2014), liberar na sua área original de ocorrência pelo menos um grupo de mutum-de-alagoas em três anos (2015) e formar uma população na natureza com pelo menos 20 casais reproduzindo em até oito anos (2020).

Além de ratificar a composição do grupo de tra-balho, indicado na primeira reunião realizada em março, a oficina definiu os protocolos de manejo e reprodução do programa e apresentou a avaliação genética final da população, com os animais nas-cidos após 2008, e as definições dos pareamentos e movimentações do plantel já para esta estação reprodutiva, de agosto a dezembro.

Saiba mais

O mutum-de-alagoas (Pauxi mitu) habitava a Mata Atlântica de baixada nos estados de Alagoas e Per-nambuco. Em consequência da maciça destruição do seu ambiente natural, devido principalmente ao plantio de cana-de-açúcar e à forte pressão de caça, a espécie foi extinta na natureza. Os últimos espécimes livres foram registrados no final da dé-cada de 70.

Atualmente, a população do mutum está restrita a aproximadamente 121 animais distribuídos em dois criadouros em Minas Gerais, descendentes dos três últimos animais retirados da natureza, sendo 40% híbridos devido ao cruzamento com outra espécie de cracídeo.

Além do desafio do manejo adequado da popula-ção cativa, a seleção e proteção de áreas para rein-trodução e o trabalho de educação e sensibilização ambiental local e regional são fundamentais para o sucesso da reintrodução da espécie na natureza e estão fortemente incorporados no programa.

Participantes em visita ao criador “Poços de Caldas”

Mutum-de-alagoas (Pauxi mitu)

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Tamar quer reduzir pesca incidental de tartarugas marinhas

Em parceria com a National Oceanic and Atmos-pheric Administration - NOAA, agência norte-ame-ricana que trata de oceanos e clima, e com pesca-dores locais, o Tamar acaba de concluir a segunda etapa de testes com redes de emalhe.

Iniciada em 2009, a pesquisa busca identificar medi-das que possam contribuir com a redução da captura incidental de tartarugas sem afetar negativamente a atividade dos pescadores. A pescaria com redes de emalhe costeira é a mais difundida no país e ocorre, principalmente, nas áreas de alimentação da tartaru-ga verde (Chelonia mydas), a mais afetada por esse tipo de pesca dentre as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil.

Realizados entre dezembro de 2011 e julho último, no litoral de São Paulo, os testes da segunda etapa avaliaram a captura de peixes e tartarugas durante o período noturno, em dois tipos de redes – com iluminadores (redes experimentais) e sem ilumina-dores (redes controle). Foram monitorados 40 lan-ces de pesca e, a princípio, não houve diferença significativa na captura de tartarugas.

Os dados ainda estão sendo analisados, mas, de acordo com a coordenadora do Tamar em Ubatuba (SP), Berenice Gallo, teste semelhante foi realizado na Baja California, no México, onde as redes com iluminadores reduziram em 40% a captura de tarta-rugas e não alteraram significativamente a captura dos peixes.

A primeira parte dos testes foi realizada entre 2009 e 2010 e teve como principal objetivo identificar se havia diferença entre a taxa de captura de peixes e

tartarugas durante os períodos diurno e noturno. Os resultados preliminares indicaram que a maior parte dos peixes é capturada durante o período no-turno, ao passo que as tartarugas, no período diur-no. Segundo Berenice, esse antagonismo é positivo e abre novas possibilidades para a conservação das tartarugas no ambiente marinho.

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Tartaruga verde (Chelonia mydas)

Testes do Tamar com rede de emalhe em Ubatuba

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Fiscalização apreende armas e destrói acampamento no Parna Serra do ItajaíNo último final de semana, analistas do ICMBio, com apoio da Polícia Militar e da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental do Estado de Santa Catarina, desenvolveram atividades de fiscalização no Parque Nacional da Serra do Itajaí, situado no médio vale do rio Itajaí, uma das maiores áreas contínuas de Mata Atlântica do Sul do Brasil.

No flagrante de sábado passado à noite, em barreira montada na Estrada Geral do Warnow Alto, no mu-nicípio de Indaial, foram apreendidas três espingar-das, munição e petrechos de caça em poder de qua-tro homens, que foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil. O delegado de plantão arbitrou fiança e os responsáveis responderão inquérito em liberdade.

Já no domingo, a equipe se deslocou por trilhas no interior da UC na localidade de Jundiá, município de Apiúna, onde identificou acampamento utili-zado por caçadores e ladrões de palmito (Euterpe edulis), uma espécie ameaçada de extinção. Os res-ponsáveis pelo ilícito não foram localizados.

No acampamento constatou-se grande diversidade de petrechos de caça e captura de aves, como mu-nição de armas longas, armadilhas de diferentes tipos e tamanhos, gaiolas e alçapões. O acampa-mento e todos os petrechos foram destruídos no próprio ato da fiscalização, considerando o iminen-te risco de agravamento do dano ambiental.

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Esec Serra Geral do Tocantins realiza OPP e seminário com pesquisadores

Nos primeiros três dias deste mês foi realizada em Palmas a Oficina de Planejamento Participativo - OPP, etapa do processo de elaboração do Plano de Manejo da Estação Ecológica Serra Geral do Tocan-tins. Participaram 29 representantes entre governo e sociedade civil, identificados na primeira fase de consulta pública, reuniões abertas ocorridas no fi-nal de fevereiro.

Na OPP foi realizada a análise da situação e do contexto em que se encontra a UC, com o levan-tamento dos pontos fracos e fortes, das ameaças e oportunidades, com base na metodologia FOFA. Posteriormente, foi desenhado o mapa situacio-nal, propostas de zonas de amortecimento, bem como proposições de zonas internas e sugestões de ações para o manejo.

"Os participantes deram demonstração de cidada-nia e apropriação da UC, ao mostrar e doar o seu conhecimento da Esec e contribuir voluntariamen-te nos trabalhos", declara Lourdes Maria, analista ambiental da nossa Coordenação de Elaboração e Revisão de Plano de Manejo - Coman.

Já no período de 5 a 7 de agosto, em ritmo frené-tico de trabalho, a Esec realizou também o Semi-nário de Pesquisadores. O evento contou com 11 pesquisadores convidados de diferentes áreas, os quais desenvolveram trabalhos na região da UC ou no seu entorno. A metodologia aplicada foi seme-lhante à da OPP, com o diferencial das apresenta-ções das pesquisas realizadas no Jalapão.

"Decidimos realizar um evento seguido do outro para conciliar outras agendas da UC, pois, como costumamos dizer por aqui, a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins está de vento em popa", afirmou o chefe da Esec, Áquilas Mascarenhas, fe-liz com o resultado das duas oficinas.

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Oficina de Planejamento Participativo

Participantes do Seminário de Pesquisadores

Mapuá discute políticas de apoio ao extrativismoA discussão de políticas públicas e de ações de fomen-to que melhorem a vida das comunidades extrativistas foi a tônica da reunião do Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista Mapuá, realizada no início do mês na comunidade Santíssima Trindade, no município de Breves, na Ilha de Marajó (PA).

Além da ampliação de parcerias com os projetos Medida de Desenvolvimento do Marajó e FrutiPa-rá, da Universidade Federal Rural da Amazônia, o encontro discutiu o Programa de Microcrédito Pro-dutivo e Orientado - MPO, operado pelos bancos públicos federais.

Segundo o assessor Edson Farias, da Amazoncred, o MPO busca incentivar pequenos empreendimentos e estimular a geração de emprego assim como for-talecer os agricultores familiares e as comunidades extrativistas. Ele citou como exemplo bem-sucedido da aplicação do programa a Reserva Extrativista Terra Grande-Pracuúba, nos municípios de Curralinho e São Sebastião da Boa Vista.

Durante a reunião, foi promovida uma oficina de capa-citação que tratou de diversos assuntos e projetos rela-cionados à comunidade de Mapuá, como organização social, comercialização da produção agroextrativista, Programa de Aquisição de Alimentos - PAA, Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, entre outros.

Estiveram presentes ao evento mais de 70 pessoas, in-cluindo conselheiros, agentes comunitários de saúde, professores e lideranças comunitárias. No início, foi feito um histórico do movimento social que culminou com a criação da Resex e foram apresentadas as ações desenvolvidas desde a última reunião do conselho.

Em seguida, Malena Araújo, gerente de biodiver-sidade da empresa Beraca, e Katharina Bohl, eco-nomista da Agência de Cooperação Alemã - GIZ, apresentaram proposta de parceria para compra de sementes e óleos de plantas com objetivo de gerar renda para as comunidades locais.

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do uso racional dos recursos para manutenção do modo de vida dessas comunidades.

No âmbito da Resex Terra Grande-Pracuúba, o in-tercâmbio foi mais longo, incluindo dois dias an-teriores à capacitação, que marcaram a cerimônia de posse do Conselho Deliberativo e a 1ª Reunião Ordinária, na qual foram tomadas importantes de-cisões, como a construção de minuta do Regimen-to Interno e aprovação do Plano de Uso, que só es-tava aguardando a formalização do conselho para ser oficializado. Nesses momentos, contou-se com as participações mais que merecidas do ex-chefe da Resex, Alex Fiuza, e dos analistas da CR4, Edu-ardo Barros e Walcicléia da Purificação, que tanto contribuíram para a consagração do conselho. Ali-ne Simões, atual chefe da Resex, teve participação especial mesmo sem ainda ter definida sua nome-ação à época do evento, mas que serviu de interes-sante iniciação e boas-vindas à gestão da UC.

O Módulo I do projeto foi uma bela oportunidade de colocar em prática tudo que foi trabalhado du-

rante os sete módulos presenciais e orientações de pro-jeto do II Ciclo de Gestão Participativa. Os momentos vividos e os participantes são testemunhas do quanto a gestão participativa pode contribuir na implementação das UCs, e a formação dos gestores passa por esse ca-minho, reconhecem nossos colegas.

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Posse dos conselheiros da Resex Terra Grande-Pracuúba

Conselheiros de Soure, gestores e conselheiros intercambistas em atividade de observação participativa na cata do caranguejo

Da floresta ao mangue, fortalecendo a gestão participativa em reservas na Ilha do Marajó

Ao longo da temporada de 30 de junho a 12 de julho deste ano, as reservas extrativistas Terra Grande-Pracuúba e Marinha de Soure, localizadas na Ilha do Marajó (PA), foram palco de intercâm-bio realizado pelo Projeto Conselhos Marajoaras no âmbito do II Ciclo de Gestão Participativa.

Nessa etapa foi realizado o Módulo I de Capacita-ção de Conselheiros durante dois dias em cada Re-sex, para abordar temáticas consideradas básicas à formação de um conselheiro de reserva extrativista, como resgate da identidade e do histórico socio-cultural das comunidades tradicionais (moradores e usuários), protagonismo social e cidadania, ter-ritorialidade, conceitos e fundamentos acerca do SNUC, Resex, Conselho, Planos de Uso e Manejo, e sistematização de informações (ofício, ata, edital, anotações, entre outros). Os temas foram trabalha-dos com diversas ferramentas participativas no in-tuito de construir entendimento de forma coletiva e avançar nos caminhos comuns da gestão da UC.

Desde sua concepção e seu planejamento o Módu-lo I foi uma construção coletiva por meio de duas oficinas de planejamento com cerca de 15 cola-boradores de diversas instituições, conselheiras ou não, ligadas à gestão das reservas. A sua execução contou com colaboradores de grande experiência na educação popular e de campo, como Édel de Moraes, do Conselho Nacional dos Seringueiros; Ádima Monteiro, da Delegacia Federal de Desen-volvimento Agrário; Sandro Pinheiro, da Emater; e Wagner Magno, da Secretaria de Estado de Edu-cação. Produtos oriundos dos dias de intercâmbio, como produção de vídeo e material didático im-presso, também estão previstos no projeto e servi-rão de base para consulta dos conselheiros, além de belo registro das UCs.

O projeto foi coordenado pelos servidores Andrei Cardoso, da Resex Terra Grande-Pracuúba, e San-dro Borges, da Resex Marinha de Soure, e recebeu como intercambistas os analistas Bruno Souza, do Parna Pico da Neblina; Cláudia Rios, da Resex Ara-pixi; Marcelo Lopes, da Esec Iquê; e Priscila Néspoli, do Parna Chapada dos Guimarães.

Como se não bastasse o intercâmbio entre os ser-vidores do ICMBio, houve intercâmbio entre co-munitários das duas reservas extrativistas, o que engrandeceu e enriqueceu ainda mais o evento. O Conselho da Resex Terra Grande-Pracuúba foi recém-empossado, enquanto o de Soure tem um histórico de nove anos e acabou de passar por um momento de renovação. Diante desse cenário, a capacitação de ambos os conselhos foi o que motivou o surgimento do Projeto Conselhos Ma-rajoaras, apesar das distintas realidades em nível de gestão e da própria paisagem das reservas, a primeira de floresta e a segunda de mangue, que desenham todo modo de vida dessas populações, tendo como recursos emblemáticos o açaí e o ca-ranguejo, respectivamente.

O que ficou evidenciado é que, independentemen-te da paisagem, florestal ou marinha, a história de lutas e conflitos, a gana por conquistas e direitos por uma melhor condição de vida, o conhecimento tradicional e o respeito ao ambiente e a vida em comunidade são aspectos comuns a qualquer po-pulação extrativista.

O Projeto Conselhos Marajoaras tem o propósito de consolidar os objetivos das reservas por meio do fortalecimento da identidade cultural, o empo-deramento e aprimoramento dos instrumentos de gestão e a discussão dos caminhos e importância

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CURTAS

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icmbio.gov.br/ead/fi le.php/1/paginas/inscricoes/2012/cursos/Gestao_de_Conflitos_Territoriais_Termo_de_Compromisso_com_Populacoes_Tradicionais_em_Unidades_de_Conservacao.html.

APA Baleia Franca realiza eleições para renovar Conselho Gestor

O Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, situada no litoral centro-sul de Santa Catarina, renovou na última sexta-feira sua compo-sição para o biênio 2012-2014. Para o preenchimento de até 42 cadeiras, candidataram-se 43 entidades, sendo 11 do setor não governamental, 16 do setor de usuários de recursos naturais e 16 do setor governamental. A eleição, que ocorreu na sede do Projeto Ambiental Gaia Villa-ge - Espaço Gaia, em Garopa-ba, se desenvolveu utilizando o modelo Caucus, no sentido de discutir, formar opinião e indi-car representantes. A plenária de posse dos conselheiros eleitos acontecerá em 19 de setembro, durante as atividades previstas para a Semana Nacional da Ba-leia Franca.

Cemave é assunto na TV

O programa Terra da Gente, da EPTV, apresentou recentemente expedição realizada pelo Cemave à Estação Ecológica Raso da Ca-tarina, localizada na Bahia. A gra-vação está disponível em http://globotv.globo.com/eptv-sp/terra-da-gente-eptv/t/veja-tambem/v/terra-da-gente-raso-da-catarina-bloco-1/2061181/.

Flona Humaitá renova Conselho Consultivo

O Instituto Chico Mendes publi-cou no Diário Oficial da União da segunda-feira (13) portaria que modifica a composição do Conse-lho Consultivo da Floresta Nacio-nal de Humaitá, localizada no es-tado do Amazonas. O documento está disponível em www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=13/08/2012&jornal=1&pagina=56&totalArquivos=92.

Foto da Capa

Macaco-da-noite (Aotus azarae ssp), na RPPN Fazenda Acurizal (MS), é a imagem da capa desta edição. Seu autor é Leonardo Mila-no, fotógrafo e analista ambiental da nossa Divisão de Comunicação.

Ops!

A imagem que consta na coluna No Foco na última edição da revis-ta ICMBio em Foco é na verdade da pesquisadora Fabiana Dallacorte.

cadas em amarelo na lista que está disponível em www.icmbio.gov.br/ran/images/pagina_prin-cipal/Anfibios_avaliado_sem_fo-tos.pdf são prioridade já que o Instituto ainda não possui fotos delas. Mais informações pelo e-mail [email protected] ou pela página do Cen-tro Nacional de Pesquisa e Con-servação de Répteis e Anfíbios, o nosso RAN, cujo endereço é www.icmbio.gov.br/ran/.

Escola Parque promove curso de EA para professores municipais

A Escola Parque do Parque Na-cional do Iguaçu realizou na quarta-feira (8), em Capanema (PR), o Módulo 5 do Curso de Educação Ambiental em Uni-dades de Conservação para 25 professores da rede municipal de ensino dos municípios do en-torno do parque. O curso tem como objetivos discutir a educa-ção ambiental e o Parna Iguaçu; promover e estimular processos educativos junto aos professo-res; fortalecer a prática de edu-cação ambiental nos municípios do entorno do parque; e orien-tar a construção de projetos de educação ambiental nas escolas envolvidas. O curso conta com seis módulos que acontecem em diferentes municípios do entor-no, com a ideia de descentralizar e mostrar na prática a grandeza da UC. O módulo aplicado con-tou com apresentação da linha pedagógica de educação am-biental adotada pela Escola Par-que, discussão sobre as diferen-tes concepções e apresentação dos projetos executados pela unidade. Ao fim do módulo os professores puderam conhecer o mirante do rio Iguaçu, um dos atrativos turístico do município, onde é possível avistar o parque nacional ao fundo.

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Grupos votam segundo o método Caucus

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Participantes do 5º módulo do curso

ICMBio busca fotos de sapos para publicação

Para produzir uma publicação sobre o estado de conservação de 906 espécies de anfíbios com ocorrência no Brasil, o Instituto Chico Mendes busca a contribui-ção de fotos de algumas espé-cies de sapos. As espécies mar-

Rebio União sedia curso de Ecologia de Campo

Termina hoje o 9º curso de Ecologia de Campo do Programa de Pós-Gra-duação em Ecologia e Recursos Na-turais da Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF, realizado na Reserva Biológica União (RJ) pela qualidade de suas matas e excelen-te infraestrutura. O curso teve início em 3 de agosto e conta com nove alunos de mestrado, dois de douto-rado, além de um monitor. O corpo docente é de especialistas em eco-logia vegetal, ecologia animal e lim-nologia. Na primeira semana foram realizados projetos em grupo suge-ridos pelos professores, envolvendo estudos sobre a biodiversidade da Mata Atlântica. Na última semana os estudantes realizaram projetos em dupla propostos por eles mes-mos. A UENF vem colaborando com a Rebio a longa data, sendo uma das instituições de pesquisa e ensino com maior número de atividades em andamento naquela UC. Algumas das pesquisas realizadas durante os cursos de Ecologia de Campo já re-sultaram em propostas para o ma-nejo de espécies exóticas e invasoras e um incremento no número de espécies de animais, principalmente mamíferos e aves, observados na Re-bio União.

Abrolhos em revista

O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (BA) foi tema de ma-térias recentes em duas publica-ções. A última edição da Revista Horizonte Geográfico apresenta a matéria “Abrolhos precisa cres-cer”, que pode ser conferida em www.horizontegeografico.com.br/index.php?acao=exibirMateria&materia[id_materia]=1397. Já a revista TAM nas Nuvens trás a matéria "Baleia à vista!", dispo-nível em www.tamnasnuvwens.com.br/revista/site.

Conselheiros do Iguaçu tomam posse

Em julho foi realizada, em São Miguel do Iguaçu (PR), a II Reu-nião Ordinária de 2012, quando foi dada posse aos conselheiros da gestão 2012-2014 do Con-selho Consultivo do Parque Na-cional do Iguaçu, o Conparni. Além da posse, a reunião abor-dou assuntos como proibição da entrada de veículos de turismo e táxis no parque; apresentação de proposta de capacitação para os conselheiros pelo Grupo de Trabalho de Informação e Capa-citação; zona de amortecimento do parque; e apresentação de dois projetos de educação am-biental que estão acontecendo no município de São Miguel do Iguaçu em parceria entre a pre-feitura municipal e a Escola Par-que. O Conparni conta com 32 membros, representantes de ór-gãos governamentais, sociedade

civil organizada e comunidades, se reúne ordinariamente quatro vezes ao ano e conta com o tra-balho de três câmaras técnicas – Captação de Recursos, Trans-gênicos e Uso Público – e um Grupo de Trabalho – Informação e Capacitação dos Conselheiros.

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Curso de Gestão de Conflitos Territoriais tem inscrições prorrogadas

Foram prorrogadas até este do-mingo as inscrições para o Curso de Gestão de Conflitos Territoriais: Termo de Compromisso com Po-pulações Tradicionais em Unida-des de Conservação. São 40 va-gas para capacitar servidores do ICMBio na condução de proces-sos de elaboração, implementa-ção e monitoramento de termos de compromisso com populações tradicionais em UCs e atuar de forma qualificada em reuniões com grupos sociais e demais agentes envolvidos em processos de negociação e em situações de tensão geradas por conflitos ter-ritoriais. O curso será realizado de 17 a 21 de setembro, na Aca-debio. Informações em www1.

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Os 32 conselheiros

Alunos da UENF

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Edição 208

NO FOCO

Imagem registrada na Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu (PA), por Fernando Repinaldo Filho.

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ICMBio em Foco

Divisão de Comunicação - DCOM

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

Complexo Administrativo Sudoeste - EQSW 103/104 - Bloco B - Térreo - CEP: 70670-350 - Brasília/DF Fone +55 (61) 3341-9280 [email protected] - www.icmbio.gov.br

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ICMBio em Foco

Revista eletrônica semanal

Editores

Ana Carolina Lobo da Silveira (jornalista) Ivanna Costa BritoLísias de Moura

Fotógrafo da DCOM

Leonardo Milano

Projeto Gráfico / Diagramação

Danilo Bezerra de Jesus

Revisão

Thaís Alves de Lima

Supervisão Geral

Cláudia Camurça

Colaboraram nesta edição

Adilson Borges – Parna Iguaçu; Áquilas Mascarenhas – Esec Serra Geral do Tocantins; Bruno Vinícius da Silva Sou-za – Parna Pico da Neblina; Cris Almeida – Acadebio; Elmano Augusto – DCOM; Enise Maria Bezerra Ito – APA Baleia Franca; Equipe Tamar; Fernando Pinto – DCOM; Marcelo Reis – CGESP; Mariele Mucciatto – Parna Iguaçu; Mário Sérgio Celski de Oliveira – Parna Serra do Itajaí; Paulo Flores – CMA; Rodrigo Rueda e Thaís Alves – DCOM; Victor Souza – Comunicação Nordeste/ICMBio; Viviane Daufemback – Parna Serra do Itajaí; Whitson José da Costa Junior – Rebio União.