21-10-15 - FAS 1 - 1P (Enunciado)

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FAS 11.ºANO

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Ficha de Avaliao SumativaPortugusColgio Sidarta - Lousada11.F

18/ Outubro/ 20102015/2016

Leia com ateno o texto que se segue.

Jos e Pilar: A Jangada Continua de Pedra

Chamem-lhe documentrio - pela primeira vez um filme portugus,Pilar e Jos, de Miguel Gonalves Mendes, inaugurou o DocLisboa. Depois, ante-estreou no dia em que Jos Saramago faria 88 anos - 16 de Novembro - com estreia comercial em 22 salas em Portugal (coisa rara), com 16 cpias enviadas para o Brasil (coisa ainda mais rara), com exibio prevista em 10 cidades brasileiras (coisa indita). Sempre com a catalogao documentrio a acompanhar. E com toda a legitimidade. No podia estar mais correcta a classificao de gnero.Pilar e Jos um documentrio. Mas tem tantas histrias que se entrecruzam. Tanto mundo, tantos deslocamentos de rotina. Tanta msica - alguns temas inditos. Tantos bons dilogos, como nos bons guies. Tanto mundo, tanta vida e um bocado de doena e morte, tambm. Tanto riso, tanta ironia, tanto escrnio e veneno. Tanto tdio. Tanta mgoa. Tanta amargura. Tanto amor. Tantos figurantes, alguns mais patetas, uns que s rogam autgrafos, fotografias, beijinhos. Mas h sobretudo duas grandes personagens. Pilar Del Rio e Jos Saramago, que j conhecamos, certo, mas ficamos a conhecer de outra maneira. Que parecem to antagnicas e to confluentes. Como uma jangada de Pedra, uma unio ibrica (como estava inicialmente para se chamar o filme). Ele, um retrato muito perfeito do ser portugus, introvertido, melanclico, reservado, no trato, na forma de lidar e olhar. Ela, muito espanhola, muito combativa, muito intempestiva, cheia de opinies e energia. Ele a pensar antes de falar. Ela a falar antes de pensar. E no meio disto tudo est aquele malogrado elefante indiano, que empreende a mais excntrica viagem por escarpas e serranias nevadas que mal se acomodam s suas pegadas, s porque o rei D. Joo III resolveu oferec-lo ao arquiduque Maximiliano da ustria, e que depois de to inusitada caminhada, morreu, mas arranjaram-lhe novas valncias para as patas e cortam-nas para nelas se depositarem bengalas e sombrinhas.A Viagem do Elefante(2008) era o livro que se ia compondo no computador de Saramago enquanto Miguel o filmava. Uma parbola sobre o sentido da vida, ou a falta dele (ou sobre quem vive sem dar por nada ou quem morra sem tal saber), mas que ao mesmo tempo um on the road. E depois h o set mais fora deste mundo para rodar um filme. To lunar quanto potico, to inspito quanto inspirador, que ilha de Lanzarote com os seus moinhos elicos to marcantes ao longo do documentrio. Aquele descomunal calhau vulcnico no meio do Atlntico - a jangada de pedra, outra vez. Por tudo isto, por ser um on the road de um Nobel, a acudir s mais diversas solicitaes do mundo do sculo XXI, enquanto se vai desenrolando um outro on the road do elefante nas veredas quinhentistas... Por ser uma histria de amor to irreal... Por ter um arco narrativo to bem delineado que at tem um final feliz (Saramago recuperou da grave doena e terminou o livro - dedicado "A Pilar, que no deixou que eu morresse") - este um documentrio que podia ser uma fico. Que geralmente o que se sente quando as coisas so perfeitas demais para serem verdade.

Ler mais:http://visao.sapo.pt/jose--pilar-a-jangada-continua-de-pedra=f579799#ixzz3oqHR4vIf

GRUPO I

Responda, por palavras suas e de forma completa, s questes que se seguem.

1. Em que evento se estreou o documentrio Jos e Pilar?

2. Por que razo ocorreu a antestreia deste documentrio no dia 16 de novembro?

3. Explique o motivo por que utilizada uma conjuno coordenativa adversativa na frase Mas tem tantas histrias que se entrecruzam. (l.9).

4. Explicite o significado da expresso antagnicos e confluentes, que aplicada aos protagonistas do documentrio.

5. Por que razo se pretendia atribuir ao filme, numa primeira fase, o ttulo de Unio Ibrica?

6. Explique de forma estabelecido um paralelo entre o documentrio em causa e o romance A Viagem do Elefante.

GRUPO II

1. Tendo por base o texto do Grupo I, proceda ao levantamento de cinco palavras do campo lexical de cinema.

2. Classifique as formas verbais quando ao tempo, modo, pessoa e nmero.

A. chamem (l.1)

B. ante-estreou (l.3)

C. faria (l.4)

D. conhecamos (l.14)

E. h (l.26)

GRUPO III

Atente na frase: O cinema documental deveria ser mais divulgado nos circuitos comerciais.

Elabore um texto expositivo-argumentativo de duzentas a trezentas palavras em que apresente o seu ponto de vista relativamente frase anterior. Fundamente-o recorrendo, no mnimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

COTAES DAS RESPOSTAS:

I.1I.2I.3I.4I.5I.6II.1II.2IIITOTAL

Cont.Forma

1010202020205X10=505X10=503020200

FIM BOM TRABALHO O PROF. RUFINO TEIXEIRA Pgina 2 de 2