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Revista Colégio FAS - 2011

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Revista Colégio FAS - 2011

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2 Escola, um lugar de valor

12 anos criando histórias

Quando falamos com uma criança as nossas palavras vão formando páginas e páginas repletas de saberes e sentimentos...

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Escola, um lugar de valor 3

Quando falamos com uma criança as nossas palavras vão formando páginas e páginas repletas de saberes e sentimentos...

“Colégio F.A.S.”Rua Ricardo Misson, 411 - Fabrício (SESC) - Uberaba/[email protected] - www.colegiofas.com.brFone: (34) 3322-6249/(34) 3333-3250 - Em parceria com o SESC-MG

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4 Escola, um lugar de valorEscola, um lugar de valor44 Escola, um lugar de valor4 Escola, um lugar de valor4 Escola, um lugar de valorEscola, um lugar de valor4

Expediente

Revista “Escola, um lugar de valor” – uma publicação do “Colégio F.A.S.”-Ano III nº III- 2011Direção: Francisca E. C. AlbertoJornalista Responsável: Millene Borges MTB 07628Diagramação: Alex Maia (9969-4028) - [email protected]ão: Gráfica AméricaFotos: Arquivo Colégio F.A.S., Rodrigo Carvalho Fotografia, Donizette & Doris Studio Photo, Fotos Divulgação, Revista CrescerTiragem: 3.000 mil exemplares

Caro (a) leitor (a),

Chegamos à 3º edição anual da Revista “Escola, um lugar de Valor”. São três anos ininterruptos de circulação e, durante esse período, foram produzidas reportagens e entrevistas voltadas para os projetos desenvolvidos na Escola Pequeno Estudante, que, na data desta edição, comemora 12 anos, com o nome “Colégio F.A.S”. E, ainda, artigos com temas diversos direcionados à Educação. Ao analisarmos as edições anteriores, percebemos o quanto essa publicação fez e continua fazendo parte do desenvolvimento educacional de muitos. Não divulgamos apenas matérias, mas também retratamos e registramos os momentos marcantes da vida de nossos alunos, sendo que a maioria caminha de mãos dadas conosco desde o maternal. Para essa edição, que tal olharmos e relembrarmos juntos o passado e refletirmos sobre o futuro da nossa instituição, nossos projetos, nossas conquistas, nossos sonhos... Afinal, Raul Seixas já dizia que sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade. Sintam-se convidados a mergulhar nas páginas da 3ª edição da Revista “Escola, um lugar de valor” e conhecer em detalhes o universo mágico que é a Educação. A todos uma excelente leitura e até a edição de 2012!

À direção.

Editorial

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Escola, um lugar de valor 5

Hino da Escola Pequeno EstudanteUm lugar... Aqui!!!Lee Carvalho

Tenho um lugar para guardar seu coraçãoOnde o saber tem...Sabor de emoçãoBrincar, sonhar... E viver a fantasiaAprender a ser criança todo o diaTudo que queremosÉ ter você aqui...Um pouco de tudo...Pra te fazer feliz...Tenho um pedacinho do céu...Tem simTenho um pouquinho de marTenho um pedacinho do mundoQuerendo te encontrar...Tem um arco-íris no céu... Tem simTem as águas do mar...Tem a estrela guiaQue em você vai brilharPor isso, eu sou um pequeno EstudantePor isso, eu sou como orvalho das manhãsPor isso, eu sou... Sou Sapeca... Sou GiganteOrgulho de Ser... “Semente do amanha”

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Aprendizado para a vida

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Escola, um lugar de valor 7

Oferecer uma base sólida na formação educacional dos nossos jovens tem sido uma das metas do “Colégio F.A.S.”. Desde sua fun-dação, ano de 1999, o objetivo tem sido fazer dessa instituição uma referência em ensino.

E, para alcançar essa meta, tem sido ne-cessário muito mais que investimento em for-mação de qualidade, tecnologia educacional ou qualificação de profissionais, por meio de cursos de formação continuada. O compro-misso do “Colégio F.A.S.” também é orientar o aluno para que conquiste crescimento pes-soal, fazendo com que ele perceba a impor-tância da escola como um lugar de valores, sejam eles, a amizade, o respeito, a ética, o Saber, a verdade, a humildade, a solidarieda-de, a educação, o amor, a paz, a Fé, o conhe-cimento e a ação correta.

E é acreditando que a aprendizagem mais significativa para o educador é aprender a aprender, que hoje o colégio conta com uma média de 300 alunos, devidamente matricula-dos na Educação Infantil e Ensino Fundamen-tal. Atualmente, oferecendo cursos desde o maternal ao 7º ano, com extensão de série até o 9º ano.

Os alunos têm ao seu alcance uma for-mação completa. São atividades de espor-te, psicomotricidade, natação, capoeira, balé, artes, musicalização, inglês, espanhol e flauta. O crescimento que essa instituição tem alcançado ao longo dos seus 12 anos mostra o comprometimento com a qualida-de de ensino.

Nas próximas páginas, você, leitor, confere os detalhes de mais um projeto a ser concreti-zado em 2012, que, aos poucos, vem ganhan-do forma e força: o Berçário- “Colégio F.A.S.”

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8 Escola, um lugar de valor

Parafraseando Rubem Alves: “Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma.”

Nós idealizadoras do “Colégio F.A.S.” temos como desejo e compromisso manter-nos sempre enamoradas pelo ato de edu-car, pois acreditamos que do encontro com a criança nasce uma inter-relação dinâmica e criadora, desencadeando inúmeras possibilidades de aprendizagens.

O intuito de trabalharmos com a estimulação precoce tem como objetivo propiciar, fortalecer e desenvolver de forma oportu-na o potencial das crianças. É através de estímulos que podemos ampliar nossos saberes, habilidades e inteligências para que o conhecimento enquanto prática social se torne uma ação efetiva .

Para os adultos, aprender através do riso, da brincadeira, do fazer, desfazer, sentir e conviver pode até parecer utopia, mas para as crianças esta prática é algo sério, inevitável e transcen-dental. O universo infantil é rico em descobertas; ultrapassa a explicação da lógica e vai além do óbvio, penetrando assim na essência do querer, poder e sentir.

A proposta de expansão do “Colégio F.A.S.” com a implanta-ção do berçário, caminha para o real, na certeza de que não será apenas uma escola a mais na cidade a atender crianças a partir dos seis meses de idade, mas será um espaço especial onde o saber terá sempre sabor de emoção, onde poderão brincar, sonhar e viver a fantasia sendo criança todo dia...

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Proposta. As atividades que serão desenvolvidas no berçário terão como objetivo aproveitar um período privilegiado, quando as crianças têm seu momento de maior desenvolvimento. Nessa época os bebês aprendem de um universo muito particular, prin-cipalmente, pelos mecanismos de repetição, imitação e explora-ção sensorial, por meio do brincar.

Os bebês crescem fisicamente, praticando exercícios moto-res: desenvolvem o pensamente e o conhecimento na solução de problemas; verbalmente, adquirem comunicação receptiva e expressiva; psicologicamente, descobrem sua própria identida-de; socialmente, aprendem a conviver com o outro.

Daí a importância do trabalho realizado no berçário. Nessa fase, em especial, é importante que os pais acompanhem o tra-balho realizado pela escola, para que compreendam a extensão das atividades propostas.

Berçário - A nova proposta do “Colégio F.A.S.”

É importante esclarecer que nesta idade, a criança se adap-ta mais facilmente ao novo ambiente do berçário. A adaptação mais difícil é a da mãe, que passou os primeiros meses total-mente dedicada ao seu bebê e, agora, tem que separar dele para voltar ao trabalho.

Assim ao chegar em casa, após um dia de trabalho, dedique-se ao seu bebê, conversando com ele, brincando, dizendo a ele o quanto o ama... Desta forma, apesar de não passarem o dia juntos, seu filho saberá o quanto é amado e, no futuro, terá muito orgulho do sucesso profissional de sua mãe. Outro ponto funda-mental nesta fase é a participação ativa do pai, que deverá estar ciente da necessidade da divisão das responsabilidades.

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10 Escola, um lugar de valor10 Escola, um lugar de valor

É de conhecimento de todos que a Capoeira é um Patrimônio Imaterial Bra-sileiro, com envolvimento total com a his-tória do país, proporcionando benefícios expressivos aos praticantes.

Há cinco anos a capoeira faz parte das atividades extras oferecidas pelo “Colégio F.A.S.” com o objetivo de auxiliar no cres-cimento saudável das crianças de forma global, ou seja, aspectos biológicos, psi-cológicos, cognitivos, psicomotores, so-ciais e afetivos, procurando ainda ser uti-lizada como um conteúdo interdisciplinar, tornando-se uma ferramenta metodológica na construção da aprendizagem.

Mas como designar tão rica arte? A atividade praticada pelos alunos da es-cola é um esporte ou uma manifestação da cultura popular brasileira? Esse ques-tionamento surgiu em função de um im-passe entre o órgão apoiador, Ministério do Esporte ou da Cultura, exigências de regulamentações junto a conselhos de educação física ou livre transmissão e prática, dentre outros.

O tema causou controvérsias mesmo entre os grandes mestres e agora com a

Capoeira, cultura ou esporte?

Há na história alguns fatos que podem ajudar na compreensão desta questão:

O Centro de Cultura Física e Luta Regional de Mestre Bimba, fundada em 09/07/37, foi a segunda Escola Técnica de Educação Física do Brasil e um de seus maiores méritos foi obter um “registro” para sua entidade.

A Capoeira foi reconhecida como prática desportiva pela primeira vez como “LUTA BRASILEIRA (CAPOEIRAGEM),” pela Lei Federal 3.199 de 14/04/41, onde foi criado o Departamento Nacional de Capoeira junto à Confederação Brasileira de Pugilismo. Novamente, em abril de 1953, foi reconhecida como Desporto pela Deliberação 071 do Conselho Nacional de Desporto.

Outro reconhecimento ocorreria em 26/12/72 por uma sessão do CND, cuja ata foi lavrada em 16/01/73. Finalmente em fevereiro de 1995, a Capoeira foi definitivamente reconhecida como DESPORTO DE ALTO RENDIMENTO e inserida no seleto rol das entidades que integram o Comitê Olímpico Brasileiro - COB.

O Treinamento Desportivo da Capoeira segue os padrões das outras modalidades sendo desenvolvido da seguinte maneira:

notícia de que o Brasil sediará as Olimpía-das em 2016 volta à tona com força total.

No “Colégio F.A.S.” há ainda outro fa-tor relevante este ano, um diferencial em relação à Capoeira, a modalidade passa a fazer parte do Escola de Esportes, projeto idealizado pelo Professor Jonathan Ray-mundo de Almeida, com quem os alunos praticam esportes no contra turno escolar e participam também de eventos fora da escola.

Com intuito de informatizar os prati-cantes e todos que tenham interesse so-bre o assunto elaborou-se o presente arti-go, buscando elucidar as dúvidas quanto à questão: Capoeira, cultura ou esporte?

Ressaltando-se o fato de que todo es-porte pode ser uma cultura popular, existe algo mais cultural no Brasil que o futebol, por exemplo? Com o reconhecimento por meio do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – o IPHAN e do Minis-tério da Cultura – Minc em julho de 2008, não resta dúvidas de que a Capoeira seja uma manifestação cultural, mas isso não exclui a possibilidade de que ela seja tam-bém um esporte nacional.

Treinamento dos alunos do maternal, 1º e 2º períodos.

Intercâmbio entre atletas da Escola de Esportes com alunos do Centro Cultural de Capoeira Águia Branca e da Escola Estadual Fidelis Reis, assistido pelos alunos do período matutino da Escola Pequeno Estudante.

Equipe do 2º e 3º ano

Treinamento tático de aplicação do chinelo (rasteira em pé, contra- ataque desequilibrante), no martelo (movimento de ataque lateral).

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Capoeira, cultura ou esporte?

Por Núbia Nogueira CassianoProfessora de capoeira

• TREINAMENTO FÍSICO: onde se trabalha as diversas capacidades físicas e motoras: força, flexibilidade, potência muscular, velocidade, agilidade, equilíbrio, reflexo e coordenação.

• TREINAMENTO TÉCNICO: treina-se aqui a execução correta dos diversos movimentos de capoeira e a técnica de aplicação.

A Capoeira é constituída por movimentos definidos como ataque, defesa, con-tra-ataque e o movimento básico caracterizado como ginga. Os ataques por sua vez podem ser subdivididos de acordo com sua forma de execução em frontais, laterais, giratórios e de acordo com o seu objetivo em traumatizantes ou desequi-librantes, as defesas podem ser frontais ou laterais, uma defesa seguida de um ataque torna-se um contra-ataque.

O Treinamento Desportivo da Capoeira segue os padrões das outras modalidades sendo desenvolvido da seguinte maneira:

CARACTERÍSTICA FISIOLÓGICA PREDOMINANTESendo a capoeira um desporto ací-

clico onde realiza além de confrontos com adversários, uma performance acrobática, há a necessidade de desen-volver várias características fisiológicas: a flexibilidade é um fator importante na realização de diversos movimentos acro-báticos, a força também é necessária,

principalmente no jogo de argola onde se equilibra várias vezes sobre os braços, a potência muscular é usada nos saltos e no jogo da regional onde os golpes tem de ser ligeiros e por fim a resistên-cia aeróbia através do condicionamento, evitando a fadiga muscular e mantendo o controle respiratório.

TIPOS DE TREINAMENTO

Há ainda os saltos e acrobacias que podem ser utilizados para entrar na roda ou demonstrar maior agilidade e flexibilidade, dando mais graça e beleza ao jogo tradicio-nal de capoeira.

• TREINAMENTO TÁTICO: realizado através das seqüências, explorando as diver-sas possibilidades de ataque, defesa e contra-ataque, eliminando o momento surpresa na hora do jogo real. Com um bom treinamento tático o atleta saberá como agir em qualquer situação.

• TREINAMENTO PSICOLÓGICO: imprescindível para que o atleta possa estar pre-parado em todos os momentos, mantendo a concentração e sabendo lidar não apenas com as vitórias, mas também com as derrotas, eliminando a pressão de ganhar sem-pre e procurando atingir o melhor resultado.

A metodologia de ensino é diferenciada a cada faixa etária. Para as crianças do maternal e educação infantil, por exemplo, são utilizados alguns materiais de suporte como cones, colchonetes, cordas, desenhos e tudo que as ajude a executar e entender o exercício proposto.

Formalmente os atletas são ava-liados duas vezes ao ano, no pri-meiro semestre há o exame de gra-duações, em que, por meio de um protocolo de avaliação, é mensura-da sua aptidão e nível de desenvol-vimento e no segundo semestre há o batismo e troca de graduações que só acontece mediante a aprovação no primeiro teste, porém o processo avaliativo é constante, possibilitan-do correções e ajustes durante as aulas, garantindo assim um bom resultado final.

Principalmente por ser uma ati-vidade desenvolvida na escola, além do desempenho atlético do aluno, também é levada em consideração sua Conduta de comportamento: a freqüência escolar, as notas, a dis-ciplina, e até a forma de se relacio-nar com os colegas, professores e familiares são itens considerados no momento avaliativo.

Espera-se que após tomar co-nhecimento de toda a amplitude de desenvolvimento da Capoeira enquanto desporto, o leitor entenda que, assim como uma bela mani-festação cultural brasileira, a Arte também é um esporte nacional, digno de ser respeitado, praticado e difundido por todos e para todos os brasileiros.

PROCESSOS AVALIATIVOS

FRONTAISATAQUES

LATERAIS GIRATÓRIOS

DEFESASCONTRA-ATAQUES

TRAUMATIZANTES DESEQUILIBRANTES

BENÇÃO BANDA TRAÇADA

COCORINHA

CRUZ

MARTELO VINGATIVA

ESQUIVA LATERAL

TRAUMATIZANTES DESEQUILIBRANTES

CHINELO (RASTEIRA EM PÉ)

TRAUMATIZANTES DESEQUILIBRANTES

ARMADA TESOURA

GIRO DE NEGATIVA

RASTEIRA

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pequenos estudantes

Equilibrar prazer e necessidade pode ser a chave da formação de cidadãos verdadeiramen-te conscientes daquilo que escrevem. Fazer des-ta uma tarefa não tão árdua não começa com as primeiras escritas espontâneas que a criança faz. Este começo está presente principalmente na educação infantil quando a criança se apo-dera de inúmeras técnicas que, mais tarde fa-vorecerão a habilidade de escrever. Entre essas técnicas pode-se destacar o desenvolvimento da oralidade; relatar fatos do cotidiano, cantar,

reproduzir o enredo de um filme estimulam a criatividade e a necessidade de se comunicar.

Tais técnicas não ficam perdidas quando o aluno se apropria dos signos auxiliando a cons-trução de um estilo próprio de escrever e exter-nar seus pensamentos. Daí o imenso cuidado que se deve ter ao corrigir a escrita da crian-ça. Valorizar a essência do texto adequando-o ao entendimento de qualquer leitor é um desafio não atribuído somente a professores e familiares do pequeno escritor.

A comunicação é uma necessidade do ser humano.

Para se fazer um membro da sociedade, comunica-se.

A escrita é uma mínima parte _ não menos importan-

te _ da comunicação. Trabalhar o desenvolvimento da

habilidade escrita é a base para a evolução do processo

comunicativo, já que o fato de haver palavras em uma

folha de papel não implica necessariamente em uma

comunicação efetiva. Aquele que escreve quer ser enten-

dido como também aquele que lê não apenas decodifica

símbolos, mas busca interagir com as palavras.

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GRANDES LEITORESPor Mariana Pacheco Silva

Professra de Língua Portuguesa

Escola, um lugar de valor 13

Professra de Língua Portuguesa

Estimular a leitura nunca é um clichê. Habituar as crianças a ler seus próprios registros como forma de identificar pos-síveis trechos que precisam ser reescri-tos também é um passo importante na formação da escrita. Desde o início des-se processo, é importante que o escritor tenha consciência de que pode haver a necessidade de reescrita. Reorganizar re-gistros para que se possa dizer que houve efetivamente comunicação entre escritor e leitor deve estar presente sempre.

Mais importante do que ser um auxi-liador na construção do processo de es-crita de crianças é ser um incentivador. Demonstrar interesse e admiração pode transformar uma linha em uma página, em um livro...

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Desde os primórdios da humanidade, os povos já se comunicavam através da linguagem simbólica, sendo de grande importância para a compreensão das situações vivenciadas. Consiste a linguagem o meio que o ser humano utiliza para expressar-se e para comunicar-se com os seus semelhantes. É a lin-guagem que diferencia o homem dos outros animais.

Assim, no processo de construção do conheci-mento, as crianças se utilizam das mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem idéias e suposições originais sobre aquilo que buscam desvendar. Elas constroem o conheci-mento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem.

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – p.64; a linguagem oral e es-crita “está relacionada ao desenvolvimento grada-tivo das capacidades associadas às quatro com-petências básicas: falar, escutar, ler e escrever”. Dentro da Linguagem oral e escrita, a criança deve fazer o uso da linguagem para conversar, brincar, comunicar e expressar desejos, necessidades, opiniões, preferências, sentimentos e relatar suas vivências nas diversas situações de interação pre-sentes no cotidiano.

Na sala de aula, as rodas de conversas esti-mulam os alunos a se expressarem naturalmente, contribuindo assim, para a linguagem oral e o en-riquecimento do vocabulário. Observar e manusear diversos materiais impressos, como, livros infantis,

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gibis, revistas, além de valorizar a leitura como fon-te de prazer e entretenimento, aguça a curiosidade em visualizar as letras, imagens, compreendendo de forma atrativa as atividades propostas.

Mesmo com toda a tecnologia inserida no dia-a-dia, novas linguagens vão surgindo e novas rela-ções se desenvolvendo exigindo do educador aulas mais criativas e planejadas, abordando assuntos interessantes e relacionados à realidade no qual vi-vemos, contribuindo assim, para um aprendizado expressivo e prazeroso.

Portanto, é de essencial importância o papel do professor, porque ele é o mediador entre o aluno e o símbolo escrito, pois, a aprendizagem só se faz possível com a participação efetiva e construtiva do aluno, sendo o professor o intermediário entre o conhecimento espontâneo e o formal.

Fonte: Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Livros; unopar virtual. Londrina Pr.

Por Maria Lopes de Souza Professora 1º Período

ã ã

Com o auxílio da culinária os alunos aprendem o alfabeto. Nas fotos os alunos fazem biscoitos de letras

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Pais explicam aos filhos que não exagerem na comida. Faz mal. Que não exagerem no banho. É contra o meio ambiente. Que não exagerem no tempo gasto na internet. Precisamos de relações reais. Não somos máquinas. Que não exagerem nas brincadeiras ou na bebida ou nas baladas e assim por diante.

Filhos poderiam também dizer aos pais que não exagerem nas cobranças. Criança precisa ser criança. Precisa brincar como criança. Correr como criança. Errar como criança. É um exagero exigir que uma criança tenha agenda lotada com todo o tipo de atividade que, muitas vezes, o pai ou a mãe não conseguiram ter.

O pai obeso quer que o filho seja um atleta e lamenta o fato de o seu pai não ter feito o mesmo com ele. Aulas de judô, tênis, natação, alonga-mento, yoga, musculação adaptada para criança, entre outros.

A mãe com dificuldade em outro idioma quer que o filho aprenda ao mesmo tempo inglês, es-panhol, francês e, se possível, alemão e manda-rim. E justifica dizendo que, nessa fase, há mais facilidade para o aprendizado de outro idioma.

O exagero que não educaO ex

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Por Gabriel Chalita

O pai quer que o filho aprenda a tocar um ou mais instrumento musi-cal. A arte é muito importante. Piano e violão são o básico. Quem sabe aprenda esses dois e mais violino e harpa. Harpa é bem interessante.

A mãe acha que para o filho se desinibir desde cedo é bom ter aulas de teatro e canto. Isso ajuda a conviver melhor e a conseguir desenvolver a oratória, tão essencial para os nossos dias.

E com todas essas atividades, é preciso en-contrar tempo para terapias, as tradicionais e as alternativas para que os filhos vençam o estresse.

Enquanto isso, os pais brigam exagerada-mente, trabalham exageradamente, reclamam exageradamente da vida, da sor te, da condi-ção de casado, dos filhos que dão trabalho. E o tempo passa.

O tempo da convivência vai se perdendo em exageros tantos. A infância vira uma fase de pre-paração para o sucesso, a adolescência também, e a juventude nem se fala. As cobranças vão tra-zendo uma carga absolutamente desnecessária.

E o lazer? E o entretenimento? E as conversas sem finalidade? E as brincadeiras em família? E a contação de histórias?

Brincar o dia inteiro e não estudar é tão exa-gerado quanto estudar o dia inteiro e não brincar.

Ficar ao computador ou em frente à televisão o dia inteiro comendo é tão exagerado quanto não sair da academia ou do clube.

É preciso encontrar o tão sonhado meio termo ensinado por Aristóteles. Sem exageros, e com serenidade, as escolhas podem ser decididas conjuntamente. As habilidades vão se desenvol-vendo a par tir de estudos e de brincadeiras, de cursos e de ócio. Tudo em família.

A vida tem que ser vivida intensamente em cada instante. Não viver o hoje porque o hoje é apenas uma preparação para o amanhã; um amanhã que nem sei se vai existir, é um grande exagero!

Texto publicado na edição de janeiro de 2011 da revista Profissão Mestre.

Gabriel Chalita é deputado federal, doutor em Direito e em Comunicação e Semiótica,

ex-secretário de Educação de São Paulo.

O exagero que não educa

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A participação na escola não envolve apenas o cumprimento das funções atribuídas a cada um dentro de sua área. Ela é a apropriação do senso de grupo. Um grupo que constrói sua rea-lidade influenciando no currículo, no ciclo didático e nas ativida-des. Se existe este envolvimento, é muito provável que a eqüi-dade deixe de ser apenas um conceito teórico e passe a balizar as ações educativas em prol do atendimento das necessidades específicas de cada um.

Esta conduta envolve o ambiente escolar numa democracia consciente e com resultados positivos. Onde a liberdade é a voz dos participantes no processo, a eqüidade a consciência do eu e do outro(nossas necessidades e/ou diferenças) e a participação a condução de todos os envolvidos rumo ao mesmo norte, ou seja, com a mesma razão e motivação para trabalhar e lutar por uma realidade melhor.

Para Winnicott (1983) o amadurecimento está diretamente ligado a interação de um ambiente facilitador com um organis-mo com uma inata tendência a continuar a ser, se integrar e amadurecer.

Quando o ambiente é facilitador, significa que ele também é acolhedor. Acolhe nosso ser como ele é e respeita as diferenças

PARTICIPAÇÃO TOTAL E IGUALDADE

Diretora do Departamento de Educação do Instituto de Cegos do Brasil Central Uberaba - Minas Gerais

Formada em Letras, Pós Graduação em Docência do Ensino Superior e Psicopedagogia

e limites. Sentir-se acolhido é sentir-se abraçado e ter as neces-sidades atendidas. Dessa forma, o amadurecimento segue seu curso natural.

Assim, inclusão de pessoas com deficiência promove o amadurecimento e desenvolvimento delas, juntamente com o amadurecimento e desenvolvimento dos demais alunos, princi-palmente pela relação que se estabelece numa ação natural no ambiente escolar. Por ação natural compreendo o olhar o outro e perceber sua necessidade e sua dificuldade, assumir minhas limitações e dificuldades e procurar superá-las.

O que nos leva a considerar que a maior razão para promo-ver a inclusão de crianças com deficiências e com histórico de privações nas escolas regulares é o aumento das oportunidades de aprender por meio da interação com os outros e promover a sua participação na vida da comunidade.

Para que haja a inclusão de forma efetiva é necessário con-siderar a necessidade de todos os alunos independente de sua condição física, social, financeira ou étnica. Se buscamos cons-truir uma sociedade mais justa e harmoniosa essa construção se dá em primeiro lugar no seio da família e se prolonga na escola. Por este motivo os laços entre família e escola devem ser cada vez mais estreitos e transparentes, para que haja uma partici-pação irrestrita de todos e igualdade de direitos com respeito às diferenças.

“Através da Educação Para Todos, deveria ser possível pos-sibilitar a todos os seres humanos – incluindo os deficientes – desenvolver todo o seu potencial, contribuir para a sociedade e, acima de tudo, serem valorizados por suas diferenças e não desvalorizados. Em nosso mundo constituído de diferenças de todos os tipos, não é o deficiente, mas a sociedade na sua gran-de maioria que precisa de uma educação especial com o objetivo de se tornar uma genuína sociedade para todos.”

Federico Mayor, Diretor Geral de Formação da UNESCO

Referência. WINNICOTT, Donald. O ambiente e os processo de maturação: Estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional.

Tradução Irineo C.S.Ortiz. Porto Alegre, Artmed, 1983.

* Por Ana Maria Pereira Dionísio

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22 Escola, um lugar de valor

Chiclete: pode?Parece brincadeira, mas não é: há tempos o chiclete deixou de

ser mania de criança, e passou a fazer parte da rotina de “muita gente grande”. Graças à dedicação da indústria alimentícia, na criação de produtos com características que se adéquem aos de-sejos dos adultos.

Assim nas prateleiras de todo o comércio, não é difícil se deparar com chicletes sem açúcar ou que prometem benefícios como limpar e clarear os dentes, além dos tradicionais (coloridos, recheados, e de formatos variados), que são uma verdadeira pai-xão para a criançada.

A origem real da goma de mascar não é exata, porém a criação do chiclete moderno, modelo bem próximo aos atu-ais, data em 1872. Utilizado como terapia contra o estresse durante as grandes guerras mundiais, visto como desrespeito a professores e mestres, símbolo de rebeldia para uma juven-tude nos chamado ‘Anos Dourados”, falta de educação e higie-ne; foram algumas qualidades associadas ao uso do chiclete desde o final do século XIX.

Focando diretamente em saúde bucal, por muitos anos o chi-clete foi considerado o vilão dos dentes. Fato que merece consi-derações mais atuais.

Chicletes que não contém açúcar (grande causador da cá-rie), não oferecem riscos. Mas alguns corantes presentes em sua composição podem ser feitos de amido ou carboidrato, que vão se transformar em açúcar, sendo nocivo aos dentes.

O atrito da goma com os dentes e a mecânica de mascar, provoca uma limpeza superficial dos mesmos e remoção de cé-lulas da boca, favorecendo o hálito momentaneamente. Porém o chiclete não substitui a escova e o fio dental, e não remove ou inibe a remoção da placa bacteriana.

As versões que prometem o benefício de clarear os dentes contêm concentrações baixíssimas de peróxido (substância cla-

readora), por se tratar de um produto tóxico e passível de quei-maduras nos tecidos da boca, ficando aquém do necessário para proporcionar algum resultado.

Um estudo americano relacionou o uso do chiclete para controle do apetite, redução da ingestão de doces entre as refeições e controle do peso. Assim concluíram que pessoas que mascam chicletes regularmente consomem menos gulo-seimas, tendo uma ingestão menor de calorias e uma diminui-ção da fome e desejo por açúcar. Mas a relação dieta/chiclete necessita muita atenção. Ao mastigar, o corpo humano não sabe identificar se o que está na boca é um chiclete ou outro alimento, e inicia as atividades de digestão do alimento, produ-zindo no estômago o suco gástrico. Mas como não se engole nada e geralmente o estômago está vazio, esse suco gástrico que é altamente ácido ataca a mucosa do estômago, podendo provocar gastrites e úlceras.

Outra pesquisa realizada nos Estados Unidos demonstrou que estudantes que mascavam chicletes durante as aulas, lição de casa e provas, ficavam mais concentrados, melhorando seu de-sempenho e raciocínio na solução de testes em matemática.

Com tantas informações, ao se deparar com o desejo de mas-car chiclete, opte pelos que não contém açúcar nem corantes, pois parecem os mais seguros. Só não ache que as mastigadas estão liberadas sem limite. Movimentos repetitivos podem de-sencadear disfunção têmporo mandibular (DTM), problema que causa dores de cabeça e na face, acompanhado ou não de ruídos próximo ao ouvido, comprometendo a alimentação devido ao for-te incômodo durante a mastigação.

Dr. Alexandre Adriano Ribeiro é dentista. Desenvolve projeto de prevenção odontológica com os alunos do “Colégio F.A.S.”

Pai da aluna Maria Luísa (2º ano) As versões que prometem o benefício de clarear os dentes

contêm concentrações baixíssimas de peróxido (substância cla-de prevenção odontológica com os alunos do “Colégio F.A.S.”

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O direito de todos à educação suscita debates, provoca os que estão dentro e fora das escolas instigando-os a fazer uma revisão de suas concepções e parâmetros organizacio-nais. Os seres humanos nascem essencialmente iguais em direitos de igualdade e dignidade, como proclama o artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas cada um tem suas particularidades, que nasceram com as pessoas ou resultaram de vários fatores, que podem ser de ordem física ou psíquica ou determinada por circunstâncias sociais. Na realidade a Constituição Brasileira dispõe, no artigo 205, que “a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família”, mas acrescenta que ela deve ser assegurada “vi-sando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Obviamente isso se aplica a todas as pessoas sem qualquer ressalva ou discriminação. E no artigo 208 foram especificadas algumas exigências que devem ser atendidas, para que se considere cumprido o dever do Estado de garantir o direito à educação.

O Desafio das DIFERENÇAS NAS ESCOLAS

Por Francisca E. Câmara Albertoé pedagoga, supervisora, pós-graduada em

psicopedagogia e Diretora do “Colégio F.A.S.”

Ao longo da história as pessoas “diferentes” tem sido aprisionadas em rótulos ideologicamente engendrados e repassados pela sociedade e pela cultura, arcando com um ônus que lhes vem custando caro. A indiferença às diferenças está acabando, passando da moda. Nada mais desfocado da realidade atual do que ignorá-las e isolá-las em catego-rias genéricas, típicas da necessidade moderna de agrupar os iguais, de organizar pela abstração de uma característica qualquer, inventada, e atribuída de fora.

Os alunos jamais deverão ser desvalorizados e inferiori-zados por suas diferenças, seja nas escolas comuns como nas especiais. Esses espaços educacionais não podem continuar sendo lugares da discriminação, do esquecimen-to, que é o ponto final dos que seguem a rota da proposta da eliminação das ambivalências com que as diferenças afron-tam a Modernidade.

Ranciére (2002) relembra os ensinamentos de Jacotot, quando refere: Há desigualdade nas manifestações da in-teligência, segundo a energia mais ou menos grande que a vontade comunica à inteligência para descobrir e com-binar relações novas,mas não há hierarquia de capacidade intelectual(p.49).

As grandes lições do mestre são mais um argumento em favor da necessidade de combinar igualdade com as diferen-ças e de nos distanciarmos dos que se apegam unicamente à cultura da igualdade de oportunidades, liberal e do mérito, para defender a escola de seu caráter excludente, que bane por desigualdades significativas de nascimento e/ou desi-gualdades sociais que não conseguem preencher os requisi-tos de um padrão de aluno previamente estipulado.

Avançamos pouco a pouco no sentido de assegurar a to-dos os alunos uma trajetória educacional marcada por experi-ências de acesso incondicional, participação e aproveitamen-to escolar na medida das capacidades de cada um. Embora já tenhamos caminhado bastante na direção de uma escola para todos, há muitas barreiras a serem transpostas.

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24 Escola, um lugar de valor24 Escola, um lugar de valor

Método Pilates auxilia na correção postural de crianças e adolescentes

A postura corporal mantém o equilíbrio estático e dinâmico do ser humano, sendo desenvolvida gradativamente durante o crescimento. Os problemas posturais das crianças em fase escolar têm sido uma preocupação constante de pais, profes-sores e terapeutas, uma vez que a reeducação postural é uma difícil tarefa.

Nos dias atuais o estilo de vida das crianças é muito diferente do passado. Nos bons e velhos tem-pos, as brincadeiras exigiam cer-to esforço físico, como subir em árvores, jogar futebol, brincar de pique-pega, brincar de queimada, entre outras. Atualmente, com o avanço da tecnologia, para uma grande maioria de crianças e adolescentes, a diversão ocorre dentro de casa por meio de re-cursos tecnológicos como tele-visão, computador e videogame. Isso leva as nossas crianças a ficarem horas e horas na frente des-tes brinquedos, na maioria das vezes, em posturas inadequadas e que são prejudi-ciais à saúde. Outros fatores que reforçam os vícios posturais são o peso exagerado da mochila escolar e a forma inadequada de sentar-se, sendo esta uma das prin-cipais causas de problemas ortopédicos em crianças em fase escolar.

Os vícios posturais adquiridos no dia a dia por essas crianças, principalmente em sala de aula, podem ser os respon-sáveis por várias patologias, principal-mente as que afetam a coluna. O método Pilates vem sendo demonstrado como uma poderosa ferramenta para solucionar este problema.

Os exercícios de Pilates a serem trabalhados com este pú-blico são, principalmente, os de consciência corporal e alon-gamento introduzindo também a disciplina e a concentração. Além disso, pode servir como um canal para extravasar a energia típica da idade. Os exercícios são aplicados de forma lúdica, com o objetivo de conquistar os pequenos alunos à prática do método e, assim, corrigir não só os maus hábi-

tos posturais adquiridos em função do peso da mochila, mas também a forma relaxada de sentar-se diante da televisão, do computador e até mesmo nas cadeiras escolares. Para incre-mentar os exercícios podem ser utilizados acessórios como faixas elásticas, bolas e os próprios equipamentos de Pilates. Para trabalhar os exercícios com as crianças, o ideal é que

sejam formados grupos separados, pois o Pilates tem uma metodologia de trabalho diferenciada para crian-ças. É importante também que essas crianças façam

um esporte associado ao pilates.Alguns cuidados devem ser observados no trabalho do Pilates com crianças, pois estas apresentam as cartilagens de crescimento ósseo ainda abertas e, por tal razão, se o alinhamento articular não for controlado ou se forem utilizadas cargas excessivas, elas podem vir a ter lesões musculoesqueléticas. Por isso, a importância de se procurar um profissional qualificado para a realização de tal prática.O Pilates é um sistema com

uma infinidade de exercícios que tra-balham mente e corpo. São exercí-

cios que envolvem treino de força e flexibilidade que levam à melhora da postura, redução do stress, alonga-mento e tonificação da musculatura dentro da medida cer ta para cada indivíduo. Esta modalidade de exer-cícios dá ênfase na concentração,

for talecimento e estabilização do CORE (abdômen, coluna e re-gião pélvica), também chamado

de powerhouse. O foco é na qualidade dos movimentos, ao invés da quantidade, o que faz o praticante sentir-se revigorado ao invés de exausto após uma prática. Pilates preconiza o equilíbrio, assim, nenhum grupo muscular fica sobrecarregado e o corpo trabalha de forma mais eficiente nos espor tes e nas atividades da vida diária. Ele pode ser praticado por crianças, adultos, idosos e gestantes desde que orientado por um profissional qua-lificado, como um fisioterapeuta ou educador físico com habilitação específica para esse fim.

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Escola, um lugar de valor 25Escola, um lugar de valor 25

DICAS IMPORTANTES PARA CUIDAR DA POSTURA DAS CRIANÇASRespeitar o peso da mochila escolar; a carga a ser carregada não deve ultrapassar 10% do peso da criança ou adolescente.

Colocar os objetos mais pesados sempre na abertura principal da mochila, próximo às costas da criança, utilizando os bolsos externos somente para os itens leves.

O fundo da mochila deve estar sempre bem posicionado, apoiado na curva da coluna lombar, pois se estiver muito abaixo ou acima pode causar problemas de má postura.

Carregar as mochilas sempre pelas duas alças para que o peso fique bem distribuído; o ideal é optar por mochilas cujas alças sejam largas e forradas.

Caso não seja possível evitar o excesso de peso, uma boa opção são as mochilas de rodinha, lembrando que a alça das mesmas não deve ser nem maior nem menor que a altura do braço estendido, e, se possível, a criança deve alternar os braços de 10 em 10 minutos para evitar esforço excessivo.

A criança deve procurar andar sempre com a cabeça erguida (olhando para frente e não para baixo) e os ombros alinhados, pois, é muito importante estar atento à má postura, uma vez que se trata apenas de uma questão de hábito.

Evitar deixar as crianças por muitas horas seguidas em frente à televisão, ao computador ou ao videogame; o ideal é que não exceda 50 minutos. É importante também evitar ficar assistindo televisão deitado no sofá.

Fique atento à altura dos ombros, se um dos lados estiver mais alto que o outro pode indicar uma escoliose. Neste caso, é necessário procurar a ajuda de um médico, para que este possa indicar o melhor tratamento.

Faça opção por sapatos mais confortáveis e flexíveis, pois os mesmos também influenciam muito na postura das crianças.

Estimule seu filho a praticar atividade física, desde que orientado por um profissional qualificado.

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Adriane dos Santos Faria é fisioterapeuta e consultora de pilates.Adriane é mãe de henrique Fabri Santos de Faria (1º Período) e Talles José Fabri Santos de Faria (7º ano)

ambos estudantes do “Colégio F.A.S.”

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26 Escola, um lugar de valor

Uma das formas de levar educação ambiental à comunidade é pela ação direta do professor na sala de aula. Através de atividades variadas, os alunos poderão entender os problemas que afetam a comunidade onde vivem; refletir e criticar as ações que desrespeitam e, muitas vezes, destroem um patrimônio que é de todos.

Por veruska Carvalho Assunção e Fabíola Nogueira Soraggi Garcia

Professoras do 1º ano do Colégio F.A.S.

Ao longo dos anos o homem usou indiscriminadamente os re-cursos naturais, sem consciência, explorou e retirou muito mais do que realmente precisava. Produziu e consumiu. Quando não mais necessitava, descartava e jogava onde não deveria.

Rios e matas viraram depósitos de lixo. A sociedade consu-mista criava um círculo vicioso, já que as águas estão poluídas, espécies de animais e plantas extintas e o ar não é mais incolor ou inodor. Dessa forma o homem sofre as consequências: enchentes, desmoronamentos, efeito estufa, falta de água, clima destempera-do e doenças.

Relembrando o tema da Campanha da Fraternidade de 2011 “A Criação Geme em Dores de Parto” (Rm 8,22) nota-se que a humanidade acordou para a necessidade de reverter essa situação. Nunca os temas ambientais ocuparam tanto espaço em nossa so-ciedade. O governo, a mídia, as escolas e até mesmo as religiões tentam redimensionar o seu papel reeducando os adultos e for-mando as crianças para uma consciência de preservação do meio ambiente e consequentemente da própria espécie.

Com intuito de abrir os olhos dos estudantes para a situação ca-lamitosa e também com o objetivo de criar ações que lhes ensinem a ser parceiros da luta pela preservação ambiental, nós professoras do 1º ano desenvolvemos discussões e ações junto aos alunos relacionados ao tema.

O projeto foi elaborado a partir da vivência e atitudes diárias dos alunos (Colocado em prática) uma das metas foi desenvol-ver junto aos alunos hábitos e atitudes de conservação ambiental e respeito à natureza transformando-os em adultos conscientes e comprometidos com o futuro do país.

Muito mais que expressão da moda, preservar o meio ambiente é questão de sobrevivência!

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Escola, um lugar de valor 27

Inicialmente, visitamos as salas de aula, antes e depois do lan-che e, assim, puderam observar que nas duas visitas, havia sujeira pelo ambiente da sala algumas horas depois do lanche.

A partir dessas observações começaram a recolher no final da tarde o lixo que restava no chão da própria sala e, a depositá-lo num saco transparente colado num cartaz na parede.

Dessa maneira perceberam como era grande a quantidade de lixo que produziam. A preocupação das crianças com a limpeza e organização de ambas as salas passou a ser visível e perceberam que semana após semana, o lixo diminuía.

Começamos então, a trabalhar com os 3 Rs - Reduzir, Reutilizar e Reciclar os resíduos.

Reduzir foi o primeiro aprendizado. Até a alimentação das crian-ças melhorou, se preocupavam em não comer tantos produtos in-dustrializados, dando espaço para frutas, sucos e bolos produzidos pela família e trazidos em vasilhas plásticas para o lanche.

Por meio de doação, conseguimos baldes de papelão (embala-gens de tintas) e reutilizamos para a separação do lixo. Foi neces-sária uma única explicação, pois as crianças aprenderam rápido e hoje reconhecem com facilidade o significado das seis cores (azul: papel/ amarelo: metal/ vermelho: plástico/ verde: vidro/ cinza: não recicláveis/ marrom: orgânico) utilizadas em sala.

O segundo passo foi dado quando os próprios estudantes per-ceberam que havia grande quantidade de papéis, latinhas e garra-finhas pet ao final de algumas semanas. E veio a pergunta: O que fazer com tanto material?

Assim, foram criadas oficinas e transformaram isto é, Reuti-lizaram vários materiais que demorariam anos para se decompor na natureza, em vários brinquedos que as crianças amaram! Reci-clamos papéis e as crianças puderam participar de todas as fases desse processo- com o papel produzido, confeccionaram cartões.

A XII OLIMPAZ da Escola Pequeno Estudante teve como tema os 6 Rs isto é, além dos 3 Rs já citados anteriormente, foi trabalhado também Reeducação, Respeito e Responsabilidade pelo meio am-biente. Assim, dentre várias atividades esportivas os alunos reali-zaram atividades culturais com perguntas e desafios sobre o tema.

Durante a caminhada educativa que encerrou a OLIMPAZ as crianças carregaram faixas e cartazes produzidos pelas duas turmas, que alertavam a população para a escassez de recursos naturais.

O Lual também evidenciou o tema e, para decorar a festa, produzimos flores com folhas de revistas. Criamos também brin-quedos com latas que iriam para o lixo e reutililizamos potes para plantar nosso jardim, pomar e horta. Além dessas, muitas outras atividades foram realizadas com o intuito de praticar os 3 Rs e fazer com que essa vivência se estenda até às famílias dessas crianças gerando assim atitudes benéficas ao meio ambiente e consequen-temente a qualidade de vida dos seres humanos.

Muito mais que expressão da moda, preservar o meio ambiente é questão de sobrevivência!

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28 Escola, um lugar de valor

Falar de artes marciais na escola pare-ce estar ampliando o repertório de agres-sividade na sociedade, principalmente em tempos de tanta violência gratuita. Contudo não é, quando se sabe diferenciar as lutas, que são modalidades esportivas, das bri-gas, que são manifestações de agressivi-dade desorganizadas.

As artes marciais como os esportes, a ginástica, o atletismo e os jogos, também são conteúdos importantes no processo de ensino aprendizagem da Educação Física.

As lutas trazem consigo um processo histórico que caracteriza a cultura de di-versos povos, crenças e tradições, além de proporcionar ao praticante o aprimoramen-to de movimentos específicos, equilíbrio, força, agilidade, estratégia, postura corpo-ral, respeito e disciplina.

Para trabalhar com esse assunto, o pro-fessor deve se atentar e se dedicar para que as informações apresentadas sejam compreendidas com clareza e objetividade pelos alunos.

O objetivo de desenvolver as artes mar-ciais na escola é ampliar o conhecimento do aluno para as características comuns ás lutas, as técnicas, o histórico, as vesti-mentas, os países praticantes e até mesmo vivências dos movimentos básicos de cada modalidade.

Como já mencionado, o objetivo do es-tudo das lutas na escola não é colocar a

“Atividades que estimulam e exploram habilidades motoras”

criançada seguindo a risca, regras e téc-nicas de cada luta, e nem formar um atleta olímpico, diferente da visão de uma aca-demia especializada na área. O importante é garantir uma diversidade de atividades, associando conhecimento de regras, pes-quisa, estudo e principalmente a amplitude de movimentos.

No contexto prático, isso significa que o professor deve elaborar aulas que es-timulem e explorem habilidades motoras e atividades físicas que englobam diver-sos aspectos tais como: flexibilidade, equilíbrio e automaticamente o desequi-líbrio, agilidade, corridas, saltos e con-centração. Entretanto vale ressaltar que o professor deve propor aos seus alunos experiências de desafios que os encami-nhem a compreender quão fundamental é utilizar uma força e ao mesmo tempo, não se descuidar do equilíbrio, ou utilizar uma agilidade sem perder o raciocínio ou a concentração. Porém não se pode es-quecer também de deixar claro que vio-lência, deslealdade e não cumprimento das regras são atitudes de punição.

Portanto, isso comprova que não basta o aluno ter o desenvolvimento das capaci-dades físicas ou motoras em um jogo, se, no momento de empregá-la em um contex-to diferente, o aluno possui dificuldades ou até mesmo não consegue ter êxito ao reali-zar tal atividade.

As Artes Marciais na Escola

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Escola, um lugar de valor 29

Quanto mais diversidade nas vivências, mais consciência de suas capacidades, habilidades,

limitações, condutas e movimentos os alunos terão.

Por Jonathan Raymundo de Almeida é professor de Educação

Física do “Colégio F.A.S..”

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30 Escola, um lugar de valor30 Escola, um lugar de valor

Alunos descobrem tesouros nas montanhas de Minas Gerais

Nós estamos crescendo juntos! Desde o início do ano de 2011, informamos aos nossos

alunos e familiares que teríamos uma viagem a Ouro Preto e Mariana. Os alunos ficaram cheios de sonhos, creio que não tanto por ser uma viagem cultural, mas apenas por se tratar de um “passeio” de maior alcance. A nossa proposta era proporcionar acréscimo consistente a todo o conhe-cimento adquirido, através de nossos estudos, no ultimo ano do Ensino Fundamental I – 5º ano, das leituras extras

Patrimônio da humanidade, Ouro Preto tem arte colonial, história do Brasil e alma festeira

do Ensino Fundamental II – 6º e 7º ano, aos alunos e seus familiares. Bom... Extrapolamos o nosso projeto.

Fomos além de uma viagem cultural. Movimentamos sentimentos; descobrimos valores; enriquecemos conví-vios; conquistamos alegrias, cultura, sabores, olhares e novos amigos. As sensações foram inúmeras. Além da apropriação concreta e irrefutável de nossa história e da visualização da força do ser humano na construção do mundo em que vivemos.

Alguns lugares visitados:

•A Casa da Câmara e Cadeia de Ouro Preto

•Igreja de São Francisco de Assis

•Matriz Nossa Senhora Do Pillar

•Casa dos Contos

•Cidade de Mariana

•Passeio de Maria Fumaça de Ouro Preto a Mariana

• Museu de Ciência e Técnica (antigo Palácio dos Governadores)

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Escola, um lugar de valor 31

Por Maria Teresa França AndradeProfessora de história/Geografia

Escola, um lugar de valor 31

As descobertas foram inúmeras e a busca por informações foi constante. As perguntas que os alunos realizaram, evidenciou conhecimento prévio e o interesse em novas aquisições. Algumas descobertas:

•Estilos arquitetônicos; •Obras Barrocas;•Quanto mais janelas, mais ricos eram os moradores; •Vila Rica (hoje Ouro Preto) foi mais influente que Paris; •Como era o transporte – passeio de trem; •Os artistas e suas formas de expressão; •A obra de Aleijadinho;•A sociedade e suas rotinas; •O relevo modificado pelo braço daqueles que procuravam ouro; •Os sabores de Minas; •O motivo do nome das cidades- Ouro e minério de ferro de cor preta = Ouro Preto; •Vida e formas da primeira cidade mineira – Mariana; •Convívio com as diferenças; •História de indivíduos e famílias preservadas; •Pirâmide social; •Visualização de artefatos históricos, científicos e técnicos;•A construção de Igrejas significava poder; •História da nossa moeda em todas as épocas e governos – mudanças e permanências; •Visita a uma mina – Mina de Chico Rey;•A imposição do relevo;

Avaliação dos participantes:

Escola, um lugar de valor 31

“O relevo foi transformado quando das escavações. No passeio de trem para Mariana vimos cachoeiras, plantas, animais, planaltos, planícies. O passeio foi ótimo, eu adorei.”

Ana Letícia Barbosa – 5º ano

“Eu amei essa viagem! Gostei tanto que queria ir de novo mais umas 10 vezes.”

Isadora Aparecida Mazetto Teixeira – 6º ano

“Eu amei essa viagem! Gostei tanto que queria ir de novo mais umas 10 vezes.”

Isadora Aparecida Mazetto Teixeira – 6º ano

“...conhecemos a história do dinheiro, na Casa dos Contos... foi uma viagem que nunca vou esquecer.”

Pedro Augusto Silva Câmara - 6º ano

“...conhecemos a história do dinheiro, na Casa dos Contos... foi uma viagem que nunca vou esquecer.”

Pedro Augusto Silva Câmara - 6º ano

“A viagem que fizemos a Ouro Preto foi fantástica, foi uma viagem inexplicável, que além de conhecermos a cidade e sua parte histórica, acabamos também nos divertindo.”Isadora Pitini Miziara – 6º ano

“A viagem que fizemos a Ouro Preto foi fantástica, foi uma viagem inexplicável, que além de conhecermos a cidade e sua parte histórica, acabamos também nos divertindo.”Isadora Pitini Miziara – 6º ano

“Adorei ir para Ouro Preto, foi uma viagem que nunca vou esquecer. Andar de trem, ir a uma mina, em uma Igreja feita por Antonio Francisco Lisboa (Aleijadinho)... Queria poder ir a outros lugares coma Escola.”

Laura de Oliveira Dias – 6º ano

“Adorei ir para Ouro Preto, foi uma

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32 Escola, um lugar de valor

Do you speak English? Yes I do!Você fala inglês? Essa é uma per-

gunta que certamente você já ouviu antes. E o que pensou em responder? A resposta para ela deveria ser “Sim, eu falo!”

Atualmente, todos nós passamos a fa-lar inglês, mesmo que não seja constante e fluentemente. A modernidade na qual estamos inseridos nos requer conviver, diariamente, com uma série de palavras em inglês. Nos jogos eletrônicos, nos aparelhos celulares, no nome de lojas e

de produtos, nas músicas, nos programas de televisão e, claro, na internet! Essa língua incorporou o universo tanto de adultos quanto de crianças. Percebemos a importância e a influência do inglês so-bre a nossa cultura. E não é apenas uma realidade brasileira. No mundo ocidental, as pessoas têm se conectado por meio da Língua Inglesa e, futuramente, souber se comunicar nesse idioma pode ser decisi-vo para a vida pessoal e, também, profis-

sional de seu filho. “O inglês assumiu uma importância enorme. Tornou-se a língua de referência para a comunicação, tanto para negócios, quanto para lazer”, diz Rita Bater, coordenadora de inglês do colégio Vera Cruz, em São Paulo.

Por que o inglês é tão importante? Lizika Goldcheleger, gerente do de-

partamento acadêmico da escola Cultura Inglês diz: “O inglês é hoje o idioma mais utilizado para a comunicação intercultural. É a língua do mundo globalizado, da inter-net e das redes sociais.”.

“O inglês permite a comunicação com pessoas de outros países e proporciona maior acesso à cultura e ao lazer”, comenta Paula Giannini Corrêa de Mello, coordena-dora pedagógica geral do Red. Bloom, es-cola de idiomas de São Paulo. Além disso, falar e escrever em inglês transformou-se num pré-requisito para muitos empregos e oportunidades de estudo.

Para Jordana, professora de Inglês da Escola Pequeno Estudante, o inglês tornou-se tão natural no dia a dia das pes-soas que nem se parece mais estrangeiro.

A aprendizagem ajuda a desenvolver a criatividade e o raciocínio, melhora a concentração e as habilidades de me-mória. As crianças que aprendem um segundo idioma têm mais facilidade de aprender novos idiomas, pois o cére-bro já conheceu outras possibilidades

Qual a importância de uma segunda língua?de estruturar frases. “Só de aprender outro idioma, a pessoa ganha em seu desenvolvimento mental”, diz Rita Ba-ter, coordenadora de inglês do colégio Vera Cruz.

“Para os profissionais que atuam nas mais diversas áreas, e também

aqueles que querem agregar um valor a mais em seu currículo, e entrar no mercado de trabalho um passo a frente de muitas pessoas, falar outra língua tem se tornado uma necessidade fun-damental”, diz a professora Jordana.

Por que começar a trabalhar a partir da educação Infantil? Crianças em idade pré-escolar apresentam uma motivação

intrínseca muito forte e a sua vontade de assimilar uma nova língua é espantosa.

“As crianças nascem prontas para desenvolver muitas ha-bilidades, entre elas a linguagem”, diz Paula Giannini Corrêa de Mello, coordenadora pedagógica geral do Red. Bloom. As que começam cedo teriam mais facilidade de aprender inglês sem

sotaque, dominando a língua com fluência e desenvoltura.A professora Jordana acredita que as crianças se sentem

importantes falando uma língua diferente da língua materna e absorvem o conhecimento com muita facilidade - ‘Na primeira infância, os pequenos têm a sensibilização da língua inglesa atenuada principalmente na oralidade despertando sua com-preensão e expressão. ’

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Escola, um lugar de valor 33

Sim, porém ressaltando que é diferen-te a maneira de aprender outra língua para cada idade. “Uma criança muito peque-na, por exemplo, pode não estar pronta para aprender regras gramaticais. Mas mesmo assim, já consegue desenvolver compreensão oral e pronúncia”, diz Lizika Goldcheleger, da escola Cultura Inglesa.

“Muitos são os métodos para o en-sino da língua estrangeira, porém, al-gumas ações facilitam o aprendizado. É fundamental adequar todos os métodos de ensino aos interesses das crianças, especialmente levando em conta a sua faixa etária. Todas as atividades utilizadas neste processo de ensino devem ter cará-ter lúdico. Através de atividades lúdicas, a criança diverte-se e, ao mesmo tempo, toma parte na língua com máxima rapidez participando de uma experiência praze-rosa. Essas atividades devem ser muito variadas: jogos, brincadeiras, músicas, histórias, desenhos, vídeos, etc.”, explica a professora Jordana.

Há uma maneira certa de aprender em cada idade?

Por que o inglês faz parte do currículo na maioria das escolas regulares?

Por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9.394/96), desde 1996, tornou-se obrigatório o ensino de pelo menos uma língua es-trangeira nas escolas brasileiras, a par tir da 5ª série, atualmente, 6º ano. E o inglês tem sido a opção na maio-

ria dos casos. No entanto, as esco-las par ticulares vêm abrindo as por tas para que o idioma comece a ser explo-rado a par tir da Educação Infantil, con-ta a professora Jordana. - “Na aprendi-zagem das crianças, o inglês tornou-se ferramenta impor tante.”

Como os pais podem ajudar no aprendizado de seu filho?

O envolvimento dos pais tem uma in-fluência enorme no aprendizado do filho. O ideal é que os pais mostrem interesse e ajudem com as tarefas somente quan-do necessário. “É importante que as próprias crianças façam as atividades”, diz Lizika Goldcheleger, Manifesta-se positivamente sobre a aprendizagem da criança em inglês também é importan-te. É um comportamento que motiva e ajuda a criança a se sentir segura, e não inibida. A educadora aler ta para o efeito negativo de pais que pedem para seus filhos traduzirem textos ou que testam

“Concomitantemente à escola, o aluno pode matricular-se em cursos de Inglês nos centros especializados. Todavia, vale ressaltar que se ele tiver curiosidade e desejo de se aprofundar no es-tudo do idioma sua motivação será ainda maior e, consequentemente, o seu aprendizado, orienta a educadora da Escola Pequeno Estudante.”

Meu filho pode aprender inglês fora da escola?

seus conhecimentos na língua. Dentre algumas alternativas estão o incentivo à prática do inglês por meio da leitura de livros, revistas, pesquisa em websites, filmes, seriados e músicas. E, é claro, quando possível, é válido investir em viagens internacionais ou em contatos com estrangeiros.

Na visão da professora Jordana, dar importância ao que seu filho expõe é es-sencial em todas as situações de aprendi-zagem. A criança gosta de mostrar o que está aprendendo e interagir o conheci-mento é maravilhoso.

Por Jordana LamogliaProfessora de Língua Inglesa

no “Colégio F.A.S.”

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34 Escola, um lugar de valor34 Escola, um lugar de valor

Ana Cláudia de Moraes Faquim é mãe do aluno Fernando de Moraes

Faquim (2º ano – Ensino Fundamental)

Mãos limpas sinônimo de saúdePor Ana Cláudia de Moraes Faquim

Enfermeira hospital hélio Angotti

“As mãos são um dos mais importantes veículos de transmissão de micróbios cau-sadores de doenças. As mãos sujas são, muitas vezes, responsáveis pela contamina-ção de alimentos (podendo causar intoxica-ções alimentares) ou ainda pela contamina-ção de objetos do dia-a-dia que, quando em contacto com as mucosas ou pele lesada, podem causar infecções no organismo.”

Você já deve ter ouvido falar muito so-bre a importância de se lavar as mãos para evitar a transmissão de doenças, inclusive à gripe suína. Inúmeros estudos comprovam que essa medida simples evita a dissemi-nação de vírus e bactérias. A lavagem das mãos (com água e sabão) é considerada, de acordo com evidências científicas disponí-veis, um dos procedimentos mais importan-te na prevenção da infecção associada aos cuidados de saúde, uma vez que impede a transmissão cruzada de microorganismos. Estudos mostram que uma maior adesão às práticas de higienização das mãos está associada a uma redução nas taxas das in-fecções, mortalidade e transmissão de mi-crorganismos multiresistentes em serviços de saúde. Embora a higienização das mãos

seja uma ação simples, durante meus anos de profissão como enfermeira foi possível observar a não adesão a esta prática pelos profissionais, sendo ainda considerado um desafio no controle de infecção nos servi-ços de saúde.

Diante dessa dificuldade, destaco a im-portância da atenção dos educadores e pais para o estímulo contínuo e a sensibilização da questão na educação infantil. Ressalto também, a forte influência das músicas, dos programas de televisão ou várias ações educativas através da imagem como meios para contribuir com informações relevantes sobre o tema, apoiando as ações de promo-ção e melhoria da prática da lavagem das mãos, aumentando assim a compreensão das crianças e consequentemente, se futu-ros profissionais de saúde uma melhor ade-são a essa prática. Essa conscientização é importante não somente por estes profis-sionais, mas também pelos pacientes, fami-liares, visitantes e demais usuários destes serviços. Todos devem estar conscientes da importância da higienização das mãos, visando à prevenção e redução de doenças, consistindo esse o primeiro passo para a busca da segurança e da excelência na qua-lidade em saúde.

Desta forma, para que o hábito de la-var as mãos aconteça de forma constante como rotina na vida das pessoas, vejo a im-portância de cada vez mais reforçar e incen-tivar as crianças a essa prática para torna-se hábitos saudáveis diários na tentativa de mudar a cultura e não apenas uma exigência profissional em estabelecimentos de saúde, para controle de infecção hospitalar.

Lavar as mãos é um hábito simples que ajuda a prevenir doenças

A prática de lavar as mãos é algo que se aprende desde cedo na escola. Mas, na maioria das vezes,

as pessoas não valorizam esse hábito tão importante. Doenças como gripe,

resfriado, conjuntivite e diarréia infecciosa podem ser evitadas com a

prática da higienização das mãos.

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Escola, um lugar de valor 35

Ludo é uma versão ocidental popular do antigo jogo hindu Pachisi. Pode ser jogado por 2, 3 ou 4 jogadores (no caso de 4, é possível for-mar 2 duplas). O tabuleiro quadrado tem um percurso em forma de cruz e cada jogador tem quatro peões. Um dado define os movimentos.

Os peões de cada jogador começam na base de mesma cor. O objetivo do jogo é ser o primeiro a levar seus 4 peões a dar uma volta no tabuleiro e a chegar no ponto final marcado com sua cor. Os peões movem-se pelo percurso no sentido horário.

Para transpor tar um peão de sua base para seu ponto de par tida é necessário tirar 6. Quando o jogador já tem pelo menos um peão no percurso, ele pode mover o peão do número de casas tirado no dado. Se tirar 6, além de usar esse resultado ele pode jogar nova-mente o dado.

Se um jogador chegar a uma casa já ocupada por um peão adver-sário, o peão adversário deve voltar para sua base. Mas se 2 peões da mesma cor ocuparem uma mesma casa, eles não podem ser capturados e memhum adversário pode passar por essa casa, tendo seus peões bloqueados.

Após dar a volta no tabuleiro o peão avança pela reta final, de sua própria cor. A chegada ao ponto final só pode ser obtida por um nú-mero exato nos dados. Se o jogador tirar mais do que o necessário, ele vai até o fim e volta, tendo que aguardar sua próxima jogada. O vencedor é o primeiro a levar seus quatro peões ao ponto de chega-da da sua cor.

Regras básicas do Ludo

Por Adriana de Macêdo é professora de Educação Física do “Colégio F.A.S.”

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Nos Estados Unidos uma variante mais moderna do ludo tornou-se muito popular. O jogo Sorry (no Brasil lan-çado em 1999 pela Estrela como Chispa), onde os dados foram substituídos por um baralho de cartas, que traz al-gumas possibilidades novas.

Você sabia?

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Não é possível dar o que realmente não se tem, então vamos ter como prioridade a “nossa mudança” interior, Reduzir as tristezas, Reciclar nossos tabus, Reaproveitar experiências, Respeitar nossas próprias diferenças e limitações, Reeducar o corpo físico e mental e sobre tudo Responsabilizar -nos pelos nossos atos e omissões. Por Simonia C. T. Manzan

Professora, pedagoga, psicopedagoga e coordenadora pedagógica do “Colégio F.A.S.”

NA ONDA DOS Rs

A grande diversidade de saberes, postu-ras, valores e ações justificam a necessida-de de uma mudança de paradigmas em rela-ção às estratégias que levam à aquisição do conhecimento formal, atribuído este, como o papel primordial das escolas.

Não me parece real afirmar que a escola “forma” pessoas, a verdade é que ela opor-tuniza, instrumentaliza e oferece condições para que os alunos, independentemente da sua etnia, idade ou condição social, pos-sam, através dos estímulos oferecidos, “se formarem” enquanto cidadãos.

Edgar Morim descreve o ser huma-no como um ser multidimensional, e portanto o conhecimento deve levar em conta todas essas dimensões, buscando articular dentro de um contexto seus aspectos biológicos, psíquicos, social, afetivo e racional.

Em meio às minhas reflexões enquanto professora, reporto-me a um trecho do belo poema “Eu não sou você você não é eu”.

“(...)Eu não sou vocêVocê não é euMas somos um grupo, enquantoSomos capazes de, diferenciadamente,Eu ser eu, vivendo com você eVocê ser você, vivendo comigo...”

Sendo assim é possível percebermos que todo comportamento tem uma motiva-ção seja ela implícita ou explícita, e quando

passamos a pensar do individual para o gru-po, consequentemente teremos um cres-cimento notável. Não vivemos, hoje, uma educação norteada pelo consenso, mas sim pelo conflito onde o aluno dotado de sua cul-tura, hábitos e valores torna-se o protagonis-ta principal do processo de ensino aprendi-zagem, e, fundamentado nisso, temos que ter a disposição em fazer a diferença na vida de cada discente a nós confiado.

No relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, Jaques Delors fala dos 4 pilares da edu-

cação – Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Tais pres-supostos deveriam com certeza nortear toda a prática pedagógica das escolas, pois neles se resumem toda a essência de uma educação de qualidade. Desenvolver essas competên-cias pode parecer simples, mas são verda-deiros desafios para se colocarem em prática, pois a complexidade do ser humano aparece como entraves diante desse processo.

Acredito que, ao pontuarmos alguma ação, já estamos dando o primeiro passo

para sairmos da condição de platéia e entrarmos em cena, portanto, agrupo

a esses pilares os 3Rs (reduzir, reci-clar e reaproveitar) que na prática garantem a sobrevivência do nosso planeta. E ouso a acrescentar mais 3Rs - RESPEITAR, REEDUCAR E RESPONSABILIZAR- parafrasean-do Edgar Morin “A inquietude não deve ser negada, mas remetida para novos horizontes e se tornar nosso próprio horizonte”.

Não é possível dar o que real-mente não se tem, então vamos ter

como prioridade a “nossa mudança” interior, Reduzir as tristezas, Reciclar

nossos tabus, Reaproveitar experiências, Respeitar nossas próprias diferenças e limi-tações, Reeducar o corpo físico e mental e sobretudo Responsabilizar -nos pelos nos-sos atos e omissões, sem transferir culpas ao “mundo”, que por sua vez é o produto final das nossas ações e intenções.

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“Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.

Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas es-colhas que recomendamos.

Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defei-tos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.

Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com res-peito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, so-ciológica, psicológica e emocionalmente.

E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é en-tender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!

Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.

Santo anjo do Senhor…

É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas ‘crias’, que mesmo sendo ‘emprestadas’ são a maior parte de nós !!! “

José Saramago

Uma homenagem aos pais do “Colégio F.A.S.”

“Os filhos são do mundo”

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Duas funções que se completam e interagem harmoniosamente.

Acredito que a profissão do magistério tem mui-tas atribuições em comum com a tarefa de mãe. Como mães, encontramo-nos, frequentemente, no papel de professora, elucidando dúvidas e orientan-do tarefas; como professoras, não é raro sermos direcionadas a atuarmos como mãe incentivando nossos alunos a trilharem o caminho do bem.

Como mulher, os nossos sonhos se realizam com a maternidade, tornando-nos mais fortes diante às adversidades. Às vezes, não podemos nos dedicar integralmente a essa tarefa, nos res-ponsabilizando por todos os problemas enfrenta-dos pelos nossos filhos. Porém, os momentos em que precisamos nos ausentar, se analisarmos, che-garemos a conclusão que serão importantes para seu crescimento, tornando-os mais seguros para assumirem seus compromissos.

Como professora, podemos fazer a diferença na vida de nossos alunos, levando-os a acreditarem em seu potencial e estabelecendo uma parceria es-cola/família, com o intuito de unirmos forças para o desenvolvimento integral da criança.

Ao fazermos essas reflexões, fica muito claro que precisamos deixar de querer ser um “super-he-rói” na vida de nossos filhos e alunos, entendendo que o mais importante é a presença qualitativa. É necessário compreendermos que o tempo destina-do aos nossos filhos e alunos deve ser de presen-ça efetiva, ensinando-lhes, por meio de exemplo, respeito, lealdade aos colegas e amor ao próximo. Além disso, mostrar-lhes que a grande magia da vida é dar valor em todas as conquistas, sejam elas ínfimas ou grandiosas, contribuindo, assim, para que se tornem pessoas cada dia melhores.

Ser mãe e ser profesora

Maria Afonsina Colavolpe Rodrigues da Cunha é mãe do aluno do 5º ano do Ensino Fundamental, Marco

Antônio Colavolpe Rodrigues

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Com gratidão ao convite da Diretora do “Colégio F.A.S.”, Francisca Elineide, relato que coube a nós, Aldenir e Viviane, pais dos alunos Sarah Jenefer, Sávio Juan e Vitória Stefany, a tarefa de externar a nossa visão sobre o relacionamento Famí-lia X Escola. Aceitamos o desafio porque vimos uma excelente oportunidade de contribuir com a melhoria da Educação de nos-sos filhos e também de nosso país.

Fizemos questão de deixar um “x” no meio, até como se fosse uma disputa, na qual só se teria um ganhador. Todavia, o nosso objetivo é exatamente o inverso, ou seja, a busca do sucesso de todos os leitores, quer sejam: Pais, Professores, Educadores, Estudantes, Estado, em sentido amplo, enfim a so-ciedade, em geral, pois é grande a necessidade de se buscar um consenso, muito mais do que isto, uma parceria constante entre ambos, visando decifrar o “x” da questão. Aos cidadãos é dada a oportunidade de participar conosco deste processo, como for-madores de opinião e disseminadores de boas ideias referentes ao assunto. O mais difícil, para nós, foi a missão resumir tão importante tema nestas poucas páginas.

Vemos que a sociedade moderna vive em grande correria, parte dela até necessária, devido a concorrência para a nossa sobrevivência, com um mínimo de dignidade. Por isto, somos envolvidos em múltiplas tarefas, dentre elas a educação. É fun-damental a análise dos benefícios a ser conquistados, pois a cada ano a mais na escola aumentam as chances de se obter um bom trabalho, e consequentemente a melhoria na qualidade de vida, fruto resultante do desenvolvimento na educação. Há pais que dedicam muito tempo ao lazer, tem atividades importantes e ou-tras supérfluas como: Novelas, Bares, Shoppings, etc... deixam de investir na qualidade do pouco tempo que tem e não participam ativamente, não só na educação, mas também na formação da personalidade de seus filhos. Tem outros que trabalham fora de casa, estes geralmente deixam a responsabilidade só para um deles, todavia sabem que pode compartilhá-la até com os avós. Aliás, esta é uma prática muito comum nos países orientais. Para ilustrar melhor a importância da presença da família na vida dos filhos, adiciono ao texto, resumidamente, uma história verídica de um pai, jornalista de Belo Horizonte/MG, assim:

“O cidadão só se preocupava em acumular riquezas, sem-pre ocupado com viagens, lazer e reuniões de trabalho, para ele sucesso dos negócios o contemplava com a maior felicidade, o objetivo era vencer os seus concorrentes, com isto a cada dia uma nova conquista e também novos bens: imóveis, veículos, etc... a emoção disso sempre massageava o seu ego. Todavia, aos poucos o mundo moderno foi seduzindo seus filhos e ele nem percebia, o tempo na agenda estava todo preenchido, as-sim logo vieram as péssimas notícias: 1- “Seu filho está enfiado

Relação Família X Escolanas drogas”, a saúde dele debilitada em razão do vício, e agora, nem que ele gastasse todo o seu vultoso patrimônio, nada pode-ria reverter o quadro da saúde de seu único filho. “Finalmente ele veio a óbito isto foi como caísse um pedaço do céu sobre a sua cabeça”, porque não havia mais nada a ser feito, só restou-lhe a angústia pela primeira perda. 2 – Sua filhinha, quando pequena todos diziam: “Que menina linda e inteligente”, isto lhe deixava muito orgulhoso, mais do mesmo modo do filho, ela também foi se distanciando da família, enquanto seu pai só pensava em dinheiro. O pior aconteceu, logo vem a triste notícia: “Ela desapa-receu, as últimas pessoas que a viram, disseram: “Aquela linda garota se perdeu no mundo da prostituição” agora nunca mais foi vista, ninguém sabe o paradeiro dela. Ficou a lembrança na-quela última Declaração de Renda informada ao fisco, abarrotada de bens tangíveis, todavia em razão de tudo isto, restou-lhe um grande vazio, porque na presente, onde constava os nomes de seus filhos, antes dependentes, agora consta uma linha em bran-co. Sabe que eles nunca mais retornarão ao seio da sua família. Assim, ele concluiu “para que acumular tantos bens, se depois não terei mais meus filhos”, então, não terei também meus ne-tos, talvez nem ninguém para usufruir dos bens conquistados, para quem deixá-los quando eu morrer? Para o Estado? Aliás, foi o Estado o único parceiro que tive na luta para impedir que meus filhinhos entrassem por estas portas sem saídas, porém, os esforços posteriores foram em vão.”

Há pais participativos, outros deixam para a escola fazer sozi-nha a parte dela, e ficam na espera dos resultados, acham que só porque tem a obrigação de pagar as mensalidades, não precisam fazer mais nada para o sucesso de seus filhos. É lamentável, mas a maioria destes, os omissos, acreditam que a criança sempre é capaz de conseguir o resultado desejado por si mesma. No entan-to, quando ela apresenta algum fracasso, logo vem a cobrança, às vezes, até de maneira constrangedora, o que torna o “PEQUENO ESTUDANTE” angustiado, ao ponto de se sentir até discriminado pela sociedade, a qual está cada vez mais competidora.

Comprova-se que quando as relações familiares não vão bem, os filhos/alunos têm uma queda em seu desenvolvimento escolar. É difícil o aluno ir bem na escola, se, como exemplo, o pai bebe, se seu pais o abandonaram. Quantos alunos levam as pesquisas para casa e voltam dizendo que nenhum de seus pais teve tempo de ajudá-los. Cabe aos professores, enfim aos educadores, em geral, a observação e a busca de uma maneira para ajudar seus alunos e minimizar a situação.

Muitos pais de alunos têm dificuldades em decifrar os conte-údos devido a falta de conhecimento das matérias, e outros em razão da distância entre o tempo em estudaram aqueles tópicos e os dias atuais. Há aqueles que não comparecem às reuniões.

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Embora as reuniões de pais nem sempre são agradáveis, mas é necessário o conhecimento da realidade sobre seus filhos. Quando não acham uma fuga, para não deixar a culpa cair sobre si, geralmente a colocam os insucessos de seus filhos nas cos-tas dos professores.

Tem pais que sentem medo do fracasso de seus filhos, por-que pode deixar transparecer os seus próprios fracassos, ex-ternar as suas tristezas, falta de relações de amor, hostilidade, a violência contra os filhos, ou entre familiares, as atitudes, pa-drões e valores morais da família, o relacionamento entre casal e filhos, doenças, separação, desemprego, os diferentes modelos de organização familiar.

É fundamental refletir sobre a construção de uma parceria baseada na cooperação, uma relação de buscar a proposta de aproximação de ambas. Ter uma parceria que possa evoluir na importância do papel da família no desempenho escolar dos fi-lhos e também no papel da escola da formação da personalidade de seus filhos, para que aprendam a ser autônomos moralmente e intelectualmente.

Os pais devem estar cada vez mais atentos aos filhos, ao que eles falam, o que eles fazem, as suas atitudes e comporta-mentos. E, apesar de ser difícil, a escola também precisa estar atenta. Eles se comunicam conosco de várias formas: através de sua ausência, de sua rebeldia, seu afastamento, recolhimento, choro, silêncio. Outras vezes, grito, zanga por pouca coisa, fu-gas, notas baixas na escola, mudanças na maneira de se vestir, nos gestos e atitudes. Os pais devem perceber os filhos. Muitas vezes, através do comportamento, estão querendo dizer algu-ma coisa aos pais. Por vezes, os jovens estão tentando pedir ajuda e, mesmo achando que o filho ultimamente está “meio estranho”, muitos pais consideram isso como normal, “coisa de adolescente”, vai passar, é só uma fase. Mas se observar me-lhor, estes sinais podem dizer muito de problemas que precisam ser solucionados, pode ser dificuldades, com os colegas, com os professores.

Talvez com uma conversa franca dos professores com os pais, em reuniões simples, organizadas, onde é permitido aos pais falarem e opinarem sobre todos os assuntos, será de grande valia na tentativa de entender melhor os filhos. A construção desta par-ceria deveria partir dos professores, visando, com a proximidade dos pais na escola, prepará-los para ajudar seus filhos.

Devemos refletir muito sobre tudo que analisamos, pois es-tamos tratando aqui da maior obra feita pelas mãos de Deus, do maior e mais belo encontro da vida, desde a concepção até a morte, amigos nas alegrias e companheiros nos momentos de tristeza, um dia certamente o destino nos separará, mais enquanto podemos estar juntos, devemos buscar fazer de tudo para ter harmonia em nossas famílias e também a paz.

Finalmente não podemos deixar de lado a grande importân-cia da religiosidade e dos costumes de cada família, os quais se somam a outros conhecimentos adquiridos na escola, pois formam um tripé. Ambos devem estar em sintonia constante, para que não haja conflitos, porque os anos passam, mas os nossos princípios permanecem enquanto temos vida. Constata-se que a falta de integração das famílias, e mesmo a falta da busca e da prática da fé em Deus, é um dos muitos motivos pelo qual a sociedade atual esta ficando cada dia mais violenta, e infelizmente também mais corrupta. Observa-se que sem uma boa base espiritual, qualquer cidadão tende a ver a sua estrutura familiar cair. Lamentavelmente sabemos que isto é um dos males dos dias atuais, o qual pode ser considerado como um câncer, quase incurável, agindo sobre a sociedade moderna. Portanto, cabe a cada um de nós a dedicação e um esforço continuo, para evitar que não aconteça a fatalidade de nós também ajudarmos na soma dos índices da criminalidade de nosso país. Um dos caminhos é justamente a importância que damos e a participa-ção ativa na educação de nossos filhos. Então, vamos colaborar mais de agora em diante.

Lembremos nos de que: O nosso tempo é sempre emprega-do, todavia há muitas situações que podemos ser dele o patrão.

Aldenir Rodrigues MaiaAnalista Tributário da Receita Federal do BrasilBacharel em Administração pela FCETM Colaborador da Equipe de Educação Fiscal na Delegacia da Receita Federal do Brasil em Uberaba/MG

viviane Inácio de Oliveira MaiaPedagoga pela UniubePais da aluna Sarah Jenefer do 7º ano

REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICASShINYAShIKI, Roberto, Adaptado da obra Pais e Filhos, Companheiros de viagem, São Paulo 2002.

SITE: www.artigonal.com/ciencia-artigos/a-relacao-familiaescolaSILvA, Sonia Oliveira- Especialista em Educação Infantil pela Universidade Federal de Juiz de Fora/MG

Aldenir Rodrigues MaiaAnalista Tributário da Receita Federal do BrasilBacharel em Administração pela FCETM

Receita Federal do Brasil em Uberaba/MG

Pedagoga pela UniubePais da aluna Sarah Jenefer do 7º ano

REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICASShINYAShIKI, Roberto, Adaptado da obra Pais e Filhos, Companheiros de viagem, São Paulo 2002.

SITE: www.artigonal.com/ciencia-artigos/a-relacao-familiaescolaSILvA, Sonia Oliveira- Especialista em Educação Infantil pela Universidade Federal de Juiz de Fora/MG

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A importância de aprender a língua espanhola

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A importância de aprender a língua espanhola

Ana Cristina Borges FiuzaProfessora de Língua espanhola

no “Colégio F.A.S.”

No contexto atual em que a tecnologia ganha muito espaço na vida das pessoas, é inevitável falar da impor-tância de uma língua estrangeira na vida de uma pessoa. Assim, aprender espanhol tornou-se uma necessidade para todo o mundo, principalmente para os brasileiros.

A partir do tratado do Mercosul estabelecido entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o mercado brasilei-ro teve um crescimento dos negócios, além do aumento dos investimentos feitos no país por empresários espa-nhóis. Além de que o espanhol é língua oficial em mui-tas organizações internacionais, como por exemplo, as Nações Unidas – ONU. Convém ressaltar ainda, que esse idioma é língua oficial de nossos vizinhos, ou seja, todos os países que fazem fronteiras com o Brasil com exceção da Guiana, Suriname e Guiana Francesa. E estima-se que é falado por aproximadamente 500 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que 350 milhões são falantes nativos da língua. Somente nos Estados Unidos existem mais de 30 milhões de falantes e esse número vem au-mentando consideravelmente.

Além de sua importância do ponto de vista econômico e comercial, é importante observar que do ponto de vista cultural e até pessoal, compartilhamos culturas similares e o uso da língua espanhola é muito amplo no mundo da arte e do turismo, o que aumenta sua importância.

Sob uma perspectiva cultural, aprender espanhol am-plia as possibilidades de entender também as culturas es-panholas e latino-americanas, que são responsáveis por algumas das mais importantes contribuições ao mundo da arte e da literatura, como Goya, Picasso, Miró e Dalí no campo das artes plásticas e autores como Cervantes, García Marquez e Isabel Allende na literatura.

Assim, o ensino de espanhol como língua estrangeira

para nosso alunos dos 5º, 6º e 7º anos do ensino funda-mental, é voltado para essa realidade, preparando-os para à exposição ao uso do idioma, não somente no exterior como também em nosso próprio país.

A exemplo disso realizamos, com os alunos do 5º ano, um trabalho de pesquisa de embalagens de produ-tos brasileiros que já fazem uso do idioma espanhol. Com isso eles puderam perceber que estamos rodeados de ex-posição ao idioma e que às vezes nem percebemos. Ao realizarmos trabalhos como esses nas aulas de língua es-panhola, buscamos apresentar aos alunos as variedades linguísticas e culturais que envolvem a aprendizagem de uma língua estrangeira. E, além disso, tentamos romper com a idéia de que espanhol é um idioma falado apenas na Espanha, mas que além desse país europeu, outros 20 países da América latina, e que muitos deles fazem fronteiras com o Brasil, também têm o espanhol como idioma oficial.

Diante desse contexto, é importante ressaltar que aprendendo a língua espanhola amplia-se consideravel-mente a percepção do mundo como ser humano e isso permitirá ainda, desvendar as fronteiras do idioma.

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Água- recurso natural essencial para a manutenção da vida

De valor inestimável, imprescindível à qualida-de de vida da população. Indispensável não so-mente para o desenvolvimento econômico, a água é vital para a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e químicos que mantêm em equilíbrio os ecossistemas.

Com a finalidade de aprofundar esse tema, as-sociando prática e teoria, alunos do 2º ano (profes-soras Mônica Cristina A. Furtado/Keila Patrícia Soa-res Amorim e Carmen Lúcia de Melo) conheceram a estrutura das Unidades do Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba – CO-DAU, dia 20 de junho. Onde tiveram explicações que abrangeram desde a captação da água bruta pelo rio Uberaba, ao tratamento desse líquido na Estação de Tratamento de Água (ETA).

Na opinião das educadoras regentes dessa tur-ma do Ensino Fundamental, somente discutir essa questão em sala de aula não basta para que pos-sam contribuir na formação de cidadãos atuantes e conscientes em relação a questões ambientais. Fundamentadas nos conceitos de Piaget, elas ex-plicam que o meio é um estímulo à aprendizagem, e é por esse motivo que “professores” devem en-sinar o caminho do aprendizado concreto para que os alunos compreendam os fatos colocados em pauta na teoria.

CODAUÉ válido frisar que desde o ano de 2008 o CODAU

começou um amplo programa de visitação ao local, atraindo não somente segmentos diversos como também as instituições de ensino, onde os alunos têm a oportunidade de adquirir um conhecimento prático do CODAU.

Keila Patrícia Soares Amorim e Mônica Cristina de A. Furtado são professoras regentes do 2º Ano do

“Colégio F.A.S.”

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Atitudes para reduzir o desperdício de água:• Aproveitar as águas da chuva, armazenado-as de maneira correta;

• Fechar a torneira enquanto escova os dentes;

• Reaproveitar o papel. Isso é muito importante, pois para produzir papel gasta-se muitos litros de água;

• Acabar com o pinga-pinga da torneira. Uma torneira gotejando, gasta, em média, 46 litros de água por dia;

• Reduzir o consumo doméstico de água potável;

• Não contaminar os cursos d’água;

• Agir como consumidores conscientes e exigir que as empresas produzam detergentes e produtos de limpeza que diminuam a poluição do meio ambiente (biodegradáveis);

• Evitar o desperdício, cuidando dos vazamentos de água, e não lavar as calçadas utilizando água potável;

• Ao tomar banho, devemos desligar o chuveiro ao ensaboar, pois uma ducha chega a gastar mais de 16 litros de água por minuto.

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Ao ensinar o conceito de números negativos no 7o ano do Ensino Fundamental, fase na qual ocorre o pri-meiro contato dos alunos com a representação numérica de números negativos, inúmeras dificuldades podem ser encontradas pelos professores de matemática, pois, ge-ralmente, neste primeiro momento, podemos observar a ocorrência de um impacto na maioria dos alunos, uma vez que, até então, os alunos utilizam o referido conceito de forma mental em suas atividades cotidianas. Por exemplo, ao comprar balas, sorvetes, dentre outras pequenas com-pras efetuadas pelos alunos, eles utilizam o conceito de números negativos de forma mecânica e não apresentam dificuldades mediante o raciocínio sobre o valor a ser pago e nem sobre o que restará de troco, mas os alunos des-conhecem o conceito quando relacionamos com a quan-tidade negativa, pois não conseguem abstrair utilizando a representação numérica. Com isso verificamos que o aluno encontra dificuldades em aprender este conceito em principio por não assimilar quantidades negativas.

A aprendizagem do conceito de números negativos inicia quando se começa a demonstrar, através de exem-plificações, que tal conceito é algo que já faz parte do co-tidiano de cada um deles, embora eles o desconheçam. Ao aplicar exemplos mentais com números negativos em classe, notamos que existe agilidade no raciocínio, mas quando aplicamos um exemplo de forma numérica no mesmo modelo, notamos que a maioria dos alunos apre-senta dificuldades para obter o resultado.

Essa constatação nos mostra que o conhecimento matemático ganha muito mais significado quando o aluno tem situações desafiadoras que lhes são apresentadas de forma concreta para resolver, e que possibilitam ao aluno fazer uma conexão do conhecimento novo, que lhes está sendo apresentado, com um já existente. Assim, os alunos desenvolvem a capacidade de mobilizar o conhecimento e de gerenciar as informações que estão ao seu alcan-ce, como, por exemplo, quando são desenvolvidos, em sala de aula, trabalhos que comparam algumas situações vivenciadas pelos alunos, como as variações de tempe-ratura, saldo negativo, perder um jogo, dívidas, comparar altitudes, faltas e ausências.

O ensino/aprendizagem da matemática é um desafio à eficácia e competência pedagógica da escola. Nas di-ferentes situações em que se apresentam questões rela-cionadas com o aprendizado da matemática e que exigem algum raciocínio acadêmico mais elaborado, a população apresenta dificuldades de ordem conceitual ou de aplica-ção de saberes matemáticos escolares.

As atividades lúdicas têm por objetivo desenvolver um

estudo referente à construção do conhecimento e das es-truturas necessárias para auxiliar o aprendizado de núme-ros negativos com a utilização de jogos na sala de aula. Entendemos que a construção do conceito de números negativos pode ser uma ampliação dos naturais, porém, é necessário não apenas entender as propriedades, mas aplicá-las num contexto com vários significados, através de atividades lúdicas.

Por isso, acreditamos na necessidade de trabalhar com os alunos resolução de problemas matemáticos através de situações reais, tornando o aprendizado mais claro. Neste sentido, as atividades lúdicas têm um requisito importante para essa aprendizagem, pois não se trata apenas de uma forma de entretenimento, mas de meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual e possibilitam uma aprendizagem voltada para o contexto social, e por-tanto para a vida cotidiana de nossos alunos.

Diferentes estudiosos buscam justificar a importância do lúdico em prol do desenvolvimento do aluno. No entan-to, as brincadeiras, o brinquedo e os jogos não fazem parte apenas de debates atuais. Esse é um assunto que tem es-tado em evidência em diferentes momentos da civilização, tendo sido motivação para estudos de vários pensadores. Sendo assim, vários são os entendimentos sobre os jogos e as brincadeiras.

Ao considerarmos o jogo como expressão represen-tativa da ação lúdica, recorremos a Huizinga (2007, p. 33) para explicitar a compreensão da ação que nomeamos como jogo:

Atividade lúdica como ferramenta no trabalho com número negativos

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Escola, um lugar de valor 49Escola, um lugar de valor 49

Por Kamilla Oliveira Aleixo é responsável pela oficina da matemática“Colégio F.A.S.”

[...] o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas ab-solutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana.

Ao assegurar que o jogo permite aos alunos agirem e pensarem de forma mais complexa, Vigotski (2007) considera que a ludicidade e a aprendizagem são partes do processo de desenvolvimento humano. Dito de outra forma, a atividade lúdica cria zonas de desenvolvimento próximo, pois, ao jogar, o aluno tem atitudes que vão além do seu comportamento diário. No jogo, ele é instigado a ter um controle cada vez maior sobre seu comportamento, o aluno é desafiado a operar mentalmente e agir utilizan-do conhecimentos que já domina e a experimentar novas formas e habilidades que ainda não foram totalmente in-ternalizadas.

Nesse sentido, a imaginação surge em forma de jogo e representa a capacidade do aluno para agir. Essas ações fazem parte de um processo em que os alunos ampliam sua compreensão da realidade, pois, através da imagina-ção, eles têm a possibilidade de “criar” conhecimento. A situação imaginária não é confundida com a realidade, mas permite a conscientização dos alunos no que diz respeito ao real. O jogo é também constituído por regras originadas na própria situação e que se ajustam de acordo com a situação da brincadeira.

Acreditamos que as atividades lúdicas no processo de aprendizagem dos números negativos são de grande im-portância, pois a utilização de recursos concretos é uma maneira de promover o interesse e a motivação em saber e aprender do aluno. Para tanto, o vínculo entre aluno/pro-fessor e aluno/aluno durante o jogo possibilita sanar as inúmeras dificuldades encontradas durante o estudo do conteúdo, promovendo assim a compreensão do abstrato, ao demonstrar semelhanças com a realidade.

Os jogos matemáticos possuem uma variedade de qua-lidade, há os comprados prontos, os confeccionados e até mesmo os virtuais, que, no momento, são os mais utiliza-dos e são capazes de dinamizar as aulas de matemática, interagindo com outras disciplinas da série em questão.

Alguns jogos que podem ser apresentados aos estudantes:

• Bingos das Operações com Números Inteiros• Batalha Naval • STOP Matemático• Jogos de Computador.

*Kamilla desenvolve Projeto “Oficina de Matemática” No “Colégio F.A.S”

[...] o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária,

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O bem mais precioso da escola

O uso do tempo e o manejo da sala de aula são aspectos fundamentais do trabalho docente. No entanto, estas habili-dades são, na maioria das vezes, negligenciadas na forma-ção de nossos professores. A falta destas habilidades no dia a dia faz com que muitos docentes tenham dificuldade em administrar o tempo dedicado ao ensino e à aprendizagem, ou mesmo em garantir o mínimo de disciplina de seus alu-nos em sala de aula.

Várias pesquisas têm demonstrado ser esta uma das de-bilidades de nosso ensino. O professor da Faculdade de Edu-cação de Stanford, Martin Carnoy, em seu livro A Vantagem Acadêmica de Cuba: por que seus alunos vão melhor na esco-la (Ediouro e Fundação Lemann), avaliou a eficiência das aulas de matemática nas redes públicas do Brasil, Chile e de Cuba. O pesquisador descobriu que os alunos brasileiros gastam até oito vezes mais tempo copiando exercícios ou textos da lousa do que seus colegas cubanos e chilenos. Na prática, isso sig-nifica que enquanto estes últimos estão resolvendo problemas ou interagindo com o professor, os brasileiros fazem cópia.

Se não bastasse a predominância de práticas arcaicas e ineficientes, muitas vezes o professor tem dificuldades para conseguir a atenção de seus alunos. Um estudo do Progra-ma Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), da Or-ganização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com dados de 2009, aponta que as salas de aulas brasileiras são mais indisciplinadas do que a média dos países avaliados. Para quase 40% dos alunos de 15 anos que fizeram a prova há barulho e bagunça na sala de aula e todos ou a grande maioria de seus professores espera muito tempo para começar a aula.

Segundo o educador Doug Lemov, autor de Aula Nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência (Da

Boa Prosa e Fundação Lemann), o tempo é o bem mais pre-cioso da escola e deve ser muito bem administrado. Isso pas-sa não só por um planejamento impecável da aula, que permi-ta o uso produtivo e relevante desse tempo, mas também pela criação de um ambiente escolar voltado para a aprendizagem que garanta o engajamento de todos os alunos. Sem dúvida parece bem mais fácil falar do que fazer, mas a experiência dos professores retratados no livro de Lemov – e também nos relatos apresentados nas reportagens da série “Aula Nota 10”, da revista Profissão Mestre – mostra-nos que isso é possí-vel. Essas habilidades não são um dom que alguns professo-res têm e outros não. Essas práticas podem ser ensinadas e aprendidas por nossos professores. E se hoje nossas salas de aula sofrem dessas mazelas é porque muitos de nossos do-centes não sabem como fazer para melhorar. Enquanto esse tipo de saber não é valorizado e ensinado nos nossos cursos de formação inicial, é importante aprender com nossos bons professores. A boa notícia é que eles existem.

O que as pesquisas também mostram é que há muita va-riação nas práticas docentes não só dentro de um mesmo país ou rede, mas também dentro de uma mesma escola. Assim como existem professores que utilizam a cópia como principal técnica de trabalho e têm dificuldades de manter a disciplina, outros conseguem envolver os alunos em ativida-des estimulantes e desafiadoras. Aprender com eles é nosso desafio. Que tal pedir para assistir a aula de seu colega para saber como ele resolve alguns desafios em sala de aula?

TExTO PUBLICADO NA EDIçãO DE SETEMBRO DE 2011 DA REvISTA PROFISSãO MESTRE- AUTOR- PAULA LOUzANO PAULA LOUzANO .

Uma homenagem do “Colégio F.A.S.” ao Dia Do Professor.

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54 Escola, um lugar de valor

1. Desenvolve habilidades típicas do ser humano A Dança tem a capacidade de estimular a chamada

“psicomotricidade fina” - ela diz respeito às habilidades peculiares da raça humana, caso de escrever, sonorizar uma palavra, descascar e cortar legumes etc.

2- Alimenta o funcionamento da máquina cerebral Qualquer tipo de movimento serve para conduzir in-

formações ao sistema nervoso central. A Dança conse-gue alimentar esse sistema nervoso de um modo ainda mais refinado com a série de movimentos a ela atrelados. Assim, quanto mais cedo uma criança aprende a dançar, mais “inteligente” seu corpo se torna em razão da qualida-de desse estímulo - outro tipo de riqueza que se faz notar ao longo de sua trajetória.

3. Ajuda a manter a saúde do corpo A postura é uma estrutura de base, espécie de mus-

culatura que mantém o indivíduo em posição vertical. Ela exige atenção diária: cuidar da postura é cuidar da manu-tenção do corpo, ou ainda, da sua saúde. Sem postura não é possível se organizar no espaço - dançar, em suma. As-sim, quem dança aprende a movimentar o corpo de acordo com técnicas que precisam ser executadas com a postura adequada - posicionamento que se torna automático, um hábito, em quem toma gosto de dançar desde pequeno

4. Estimula a coordenação motora e outras aptidões Dançar regula o tônus da força muscular por um ritmo

musical, assim como desperta percepções diferentes do corpo, como a organização do olhar a cada movimento ou as diversas sensações dos pés pressionados no chão em razão deste ou daquele passo. Também estimula a coor-denação motora - fundamental para a evolução da criança ao libertá-la de uma série de inseguranças físicas e emo-cionais. Como? Ao explorar novas maneiras de se mover e se expressar, as aulas de Dança possibilitam à criança en-riquecer o repertório pessoal de movimentos, incorporando noções de ritmo, equilíbrio e fluência - aptidões que podem servir de base para a construção de movimentos mais ela-borados, aprimorando o crescimento individual vida afora.

5. Colabora na formação do indivíduo Todo tipo de experiência é fonte de conhecimento para

uma criança. Isso significa que tudo o que ela recebe como informação vai de algum modo influenciar o seu desenvol-vimento. No caso da Dança, ela contém informações cor-porais, sociais e emocionais que podem contribuir para o crescimento infantil. Aspectos como a sutileza, a organiza-ção, o estímulo à atenção e o poder de observação presen-tes no ensino da dança influenciam positivamente o desem-penho da criança inclusive em outras atividades escolares, facilitando a compreensão de conteúdos mais complexos.

Você sabia que a dança permite conhecer o próprio corpo e, com isso, amplia a capacidade de se expressar e de se comunicar do indivíduo?

O ato de andar é poderoso o suficiente para servir de alimento ao cérebro e, de tabela, contribuir para a nossa saúde. Dançar também ajuda a desenvolver emocionalmente quem tem pouca idade, combatendo inseguranças e estimulando a partilhar experiências com o grupo a que pertence.

Crianças podem se exercitar em Dança desde os primeiros anos da Educação Infantil - e assim aprimorar habilidades motoras fundamentais para a evolução.

Benefícios da dança:

Aprender a dançar ajuda na disciplina,coordenação e bem estar da criança

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Escola, um lugar de valor 55

6. Serve de ferramenta para se expressar A criança usa o corpo para conhecer o mundo desde

tenra idade. São os sentidos que lhe transmitem a per-cepção do que está ao redor e é com eles que ela come-ça a elaborar os primeiros conceitos. Em uma segunda etapa do seu desenvolvimento, essa criança já é capaz de realizar atividades corporais, caso de correr, esticar, rolar, dobrar e saltar. O corpo mostra aptidão natural para executar esses movimentos, só precisa de oportunidade para praticar. Bem orientada, a criança recebe estímulos para pesquisar as possibilidades de movimento físico, construindo modos de se relacionar com o outro e com o ambiente que a cerca. Com a Dança, ela ganha cons-ciência de poder se expressar, usando o próprio corpo.

7. Valoriza a linguagem pessoal Durante a aula de Dança, a criança vai recolher pe-

daços de informação e com eles montar um conjunto que faça sentido para ela. Isso significa que ela vai tes-tar movimentos e pouco a pouco descobrir a diversida-de enorme de possibilidades própria do uso do corpo. Será essa consciência corporal que vai lhe permitir se expressar de modo inédito - cabe ao professor, nesse momento de grande significado, estimular a constru-ção individual, respeitando o tempo de cada criança.

8. Estimula o conhecimento estético A partir das experiências corporais ativadas pela

Dança, a criança tem oportunidade de se relacionar com o belo, o harmonioso - e também com o feio, o caótico. Aos poucos, ela vai exteriorizar seu entendimento sobre o que é bonito e o que não é. A Dança pode, assim, ser entendida como uma forma de conhecimento poético - e a metodologia de trabalho com a criança deve priorizar a capacidade de improvisar. Porque será testando o pró-prio corpo, entendendo seus limites e seu funcionamen-to, que ela se sentirá livre para se envolver no processo de criação, revelando uma estética 100% pessoal.

9. Incentiva o controle emocional Aulas de Dança estimulam a criança a ter no cor-

po um parceiro - instrumento que lhe ajuda a transmitir idéias e emoções as mais íntimas. Ela aprende a fazer dos movimentos do corpo uma fonte de diversão e de prazer, sendo incentivada a dividir o que sente com o grupo e a conviver com as suas diferenças. Trata-se de um aprendizado emocional de grande alcance, capaz in-clusive de combater a timidez e a insegurança.

Fonte: www.educarparacrescer.abril.com.br

6. Serve de ferramenta para se expressar 6. Serve de ferramenta para se expressar 6. Serve de ferramenta para se expressar

Aprender a dançar ajuda na disciplina,coordenação e bem estar da criança

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56 Escola, um lugar de valor

Equipe multidisciplinar, família e escola: IMPACTO POSITIVO NA EDUCAÇÃO

Um professor realizou dinâmica de grupo em uma reu-nião de pais, entregando a cada um dos participantes um pedaço de 20 cm de barbante cortado. Seguindo a orienta-ção, os participantes deveriam utilizar apenas uma das mãos na tentativa de dar nós, quantos fossem possíveis, em um tempo estipulado.

Ao final, demonstrando indignação, já que a maioria con-seguiu apenas poucos nós, entre três a cinco, surgiu um cli-ma de euforia. O coordenador demonstrando atenção diante do comportamento do grupo, sugeriu aos participantes que novamente fosse entregue outro pedaço de barbante, estipu-lando o mesmo tempo dado anteriormente, mas desta vez com a orientação de se usar as duas mãos, para que pudes-sem desenvolver a dinâmica.

O clima já não era de tensão, mas de descontração, e ao final vários nós foram dados entre 10 a 15. O coordenador bastante reflexivo lança o questionamento: “Para nós, pais e educadores, qual a relação da dinâmica com nossos filhos e alunos?” É impossível imaginar uma educação isolada (es-cola, família, sociedade), todos têm a sua responsabilidade e compete a cada um assumir o seu compromisso no pro-cesso ensino-aprendizagem, pois o indivíduo é aluno, filho e cidadão.

É preciso que professores e famílias tenham claro que a escola precisa contar com o envolvimento de todos. A dinâmica do cordão nos faz concretizar a idéia da respon-sabilidade que podemos ter quando formamos uma equi-pe (no caso específico, as duas mãos para uma atividade mais produtiva, um trabalho com dois instrumentos para a eficácia dos resultados).

Na relação, a educação é uma parceria sólida, consisten-te que busca compreender os caminhos e descaminhos para que possamos avançar nos obstáculos encontrados pelos nossos alunos no contexto escolar. De acordo com Içami Tiba, a educação é um projeto, é algo que tem um caminho, que não pode ser simplesmente de qualquer forma. Deve ser muito elaborada, pois é o futuro do filho e da família que está em jogo... Por isso, a ação de educar e ensinar deve ser compartilhada entre as duas instituições: família e escola.

A escola visa encarar essa parceria como uma por-ta aberta e convida cada vez mais os pais a se sentirem seguros e confiantes, fazendo parte das conquistas, difi-culdades ou, em alguns casos, os transtornos de apren-dizagem encontrados pelo seu filho no percurso escolar. E essa parceria, quando necessária, pode estar também associada a atendimentos com uma equipe multidisciplinar,

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Escola, um lugar de valor 57

Por Carmen Lúcia Joca de Melo Professora e psicopedagoga

Escola, um lugar de valor 57

Equipe multidisciplinar, família e escola: IMPACTO POSITIVO NA EDUCAÇÃO

O contexto familiar tem um papel decisivo na vida escolar dos filhos, por isso:

• Acompanhe as atividades desenvolvidas através da tarefa de casa, dos exercícios rea-lizados no caderno ou livro;

• Verifiquem a agenda todos os dias, assi-nando constantemente os bilhetes enviados. Sem dúvida, ela é um importante instrumento de comunicação entre família e escola;

• Participe das reuniões para as quais for convidado ou, sempre que necessário conver-se com a professora e equipe pedagógica da escola sobre o desenvolvimento de seu filho;

• Caso seja necessário, busque a parceria de um professor particular. Com certeza, ele irá contribuir com um atendimento individua-lizado, buscando ajudar o seu filho nas suas dificuldades escolares;

• Conte com o apoio de profissionais es-pecializados como: médico, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, e psicope-dagogo quando estes se fizerem necessários;

• Incentive o seu filho a comparecer às aulas, ou em outra atividade promovida pela escola. Mostre a ele a importância desses momentos;

• Oriente-o a tratar os funcionários e cole-gas com respeito e cordialidade;

Referências: Limites, A difícil arte de educar veículo: Folha Dirigida Data: 15/10/2006

Cidade: São Paulo

Coluna: Suplemento do Professor:Insegurança no banco escolar: Revista Ponto De

Encontro nº31 abril/maio 2011 A revista da Drogaria São Paulo Entrevista com Psicopedagoga e doutora

em Psicologia, Dra Elizabeth Polity,

composta por diferentes profissionais: professores parti-culares, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional, médicos e psicólogos..., se destacando como uma das principais estratégias para fortalecer as ações de incentivo à interação família-escola (educação de nossos filhos e alunos).

Segundo a psicopedagoga e doutora em Psicologia, Dra Elizabeth Polity, transtornos de aprendizagem referem-se a algumas condições específicas que impedem o desenvolvi-mento das capacidades cognitivas do ser humano, podendo ser traduzidas por dificuldades no raciocínio, na linguagem escrita e ou oral, na organização do pensamento. Refletem, sobretudo, no desempenho acadêmico e muitas vezes geram o que denominamos de fracasso escolar.

Ainda concretizando sua fala, diz que a intervenção está ligada ao tipo de dificuldade apresentada pela criança. Uma avaliação psicopedagógica pode determinar qual o melhor profissional para cada caso. Podemos considerar um aten-dimento fonoaudiológico para os distúrbios de linguagem, psiconeurológico para trabalhar as capacidades cognitivas, ou ainda outro profissional capacitado que se disponha a co-construir coma criança, com interesse e disposição, nesse maravilhoso caminho da aprendizagem. Desenvolver ações como esta, com certeza, irá contribuir com as ações desen-volvidas pela escola, um trabalho conjunto que oportuniza um olhar diferenciado para o aprendizado.

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58 Escola, um lugar de valor58 Escola, um lugar de valor

Você sabia que teóricos da Educação como Lev Vygotsky e Henry Wallon tinham em comum a concepção de que a criança é um ser ativo e tem uma forma própria de enxergar o mundo e a si mesma?

É com esse pensamento que a professora do maternal, Léia Dias Rosa Carvalho vem desenvolvendo um projeto que visa à construção do pensamento e da linguagem por meio da apropriação do simbólico, que é inerente à cultura humana. Dessa maneira, é possível perceber com clareza que a criança é capaz de estabelecer relações e se apro-priar do mundo físico e social, atribuindo significados à sua ação, quando interage com o universo que a cerca.

Para alcançar êxito na execução do projeto, a professo-ra articula as duas dimensões mais importantes da edu-cação infantil: o cuidar e o educar. Assim, os alunos te-riam acesso a esse novo espaço “sala de aula” e, mesmo aos três anos, conseguiriam explorar esse mundo mágico sem correr o risco de cair na rotina, proporcionando o prazer em aprender.

A professora conta que aproveitam as atividades do dia-a-dia, como a oportunidade de educar por meio do diálogo e exemplos vivenciados pelos próprios alunos, como tare-fas relacionadas a desenhos, pintura, recortes, colagens e é claro que também desenvolvem questões relacionadas a valores e autonomia.

GRANDES DESCOBERTAS

De desafio em desafio se chega a

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Escola, um lugar de valor 59

Léia comenta que, na sala de aula, procura estimu-lar um aprendizado ainda mais significativo, já que a criança vai para a escola tendo em mente que vai ler e escrever, e, segundo ela, essa expectativa, na maioria das vezes é frustrada, já que professores deixam que o aluno perca o entusiasmo pela “escola”, com a visão de que não é o momento cer to para apresentar às crianças o símbolo escrito.

De acordo com ela, esse é um pensamento errôneo, há sim como manter equilíbrio e iniciar o processo da escrita, sem impor, mas de forma agradável e instigante. Visto que a curiosidade é algo natural no ser humano, principalmen-te nas crianças que estão conhecendo um universo repleto de novidades, não devemos limitar seu aprendizado.

Ao trabalhar com uma variedade de por tadores tex-tuais e símbolos escritos a professora ressalta que, em sala de aula, a letra A não é simplesmente mais uma do alfabeto, mas a primeira letra de Ana Laura, assim acontece como o J de João da história do pé de feijão. Nesse momento, a criança começa a compreender a função do símbolo escrito no meio social e na dinâ-mica do fazer, observar, rever e refazer, a professora Léia afirma que o “erro” faz par te do processo ensino aprendizagem, e o mesmo tem como objetivo desenca-dear no educando e no educador a busca de novas es-tratégias para assim aprimorar as habilidades que são estimuladas no âmbito escolar.

Escola, um lugar de valor 59

Por Léia Dias Rosa CarvalhoProfessora do Maternal

do “Colégio F.A.S.”

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60 Escola, um lugar de valor

A música é uma das formas mais importantes da expressão humana, o que por si só justifica sua presença no processo de alfabetização de crianças.

A presença da música na vida dos seres humanos é incon-testável e tem acompanhado a história da humanidade, ao longo dos tempos, exercendo as mais diferentes funções. Está presen-te em todo o mundo, em todas as culturas, em todas as épocas, ou seja, a música é uma linguagem universal, que ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço. (ROSA, 1990).

Por estar presente na vida dos seres humanos, a música é um importante recurso na educação de crianças, pois ao formar no ser humano, sua cultura musical, estamos capacitando-o para usufruir da música, sendo capaz de analisá-la e de compreendê-la.

Em todas as culturas as crianças brincam com músicas, jo-gos e brinquedos musicais que são transmitidos por tradição oral, persistindo nas sociedades urbanas nas quais a formação da cultura de massa é muito intensa, pois são fontes das vivên-cias e desenvolvimento expressivo musical (BRASIL, 1998).

Neste aspecto, cada vez mais instituições educacionais es-tão utilizando a música como eixo norteador do processo de al-fabetização. A música atrai e envolve as crianças, serve como motivação, eleva a auto-estima, estimula diferentes áreas do cé-rebro, aumenta a sensibilidade, a criatividade, à capacidade de concentração e fixação de dados.

O alfabetizando passa a ser considerado como possuidor de instrumentos que lhe permitem buscar ativamente compre-ender a natureza dos fatos linguísticos e não apenas responder passivamente a estímulos externos. Nessa perspectiva, tam-bém os atos de leitura e escrita deixam de ser considerados como mero exercício de decodificação de letras e sons para ser transformado em um processo de apropriação do conhe-cimento da língua escrita, em que a criança, gradativamente, irá ampliar e rever suas formas de ler o mundo e representá-lo. De mera atividade mecânica, individualista e desvinculada de outros conhecimentos, alfabetizar, hoje, é interagir com o mundo por intermédio da língua escrita. Sendo a linguagem um instrumento de representação, é por ela que se expressa a visão do mundo daquele que fala.

Por isso, a música é cada vez mais usada para alfabetizar, res-gatar a cultura e ajudar na construção do conhecimento e por isso, muitas escolas estão investindo em projetos de musicalização para crianças no sentido de auxiliar no processo de alfabetização.

De acordo com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância): “A música atrai a criança, serve de motivação, deixa-a mais atenta e é um instrumento de cidadania, contribuindo para a elevação de sua auto-estima”.

Neste sentido, investir na rotina de oficinas de percussão, teclado, bateria, canto, instrumentos de corda e sopro desen-volve nas crianças, sem que elas percebam, valores como dis-ciplina e integração e esse processo é essencial, no cotidiano das crianças.

Educar por meio da música é considerado um movimento educativo e cultural que procura constituir um ser humano com-pleto sob a visão do pensamento idealista e democrático. Isso porque ela valoriza, no ser humano, os aspectos intelectuais, morais e estéticos.

Sendo assim, a música enquanto arte na educação condiz com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº. 9.394/96) que sugere a formação geral, capaz de proporcionar o desenvolvimento das capacidades de pesquisar, buscar infor-mações, analisar e selecionar; a capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de memorizar.

É importante ressaltar que a coerência entre o discurso te-órico sobre os valores artísticos e o trabalho efetivamente de-senvolvido pelos educadores é imprescindível e vem receben-do atenção especial devido às suas possibilidades de inserção como transversalidade no currículo escolar e é isso que se per-cebe no cotidiano de atividades da nossa escola, ao oferecer o curso de Flauta Doce.

Procuramos, por meio da música, ajudar as crianças a ex-pressar seus sentimentos, usando a linguagem musical, desen-volvendo todas as áreas do conhecimento.

Fazer música, principalmente em grupo, traz a noção da importância do respeito ao outro e a si mesmo. Nos primeiros anos de aprendizagem musical a criança torna-se mais atenta

A musicalidade na Alfabetização de crianças

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Escola, um lugar de valor 61

Por Alessandra MeloProfessora de Flauta

“Colégio F.A.S.”

ao universo sonoro e desenvolve uma atitude de ouvinte, que é muito importante para a apreciação musical e para o complexo trabalho com a alfabetização.

Por ser uma linguagem expressiva, as canções são veículos de emoções e sentimentos, e podem fazer com que a criança reconheça nelas seu próprio sentir. A linguagem musical é aquilo que conseguimos conscientizar ou aprender a partir da experiên-cia por meio de organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio.

Sendo assim, a música no âmbito da educação formal con-figura-se como um instrumento que oportuniza à criança o de-senvolvimento de seu potencial criador e reflete sua convivência cultural na medida em que esta se relaciona com o meio em que está inserida, internalizando e externalizando conhecimentos sobre o seu mundo.

Pode-se dizer então que a música desenvolve o pensamen-to e a linguagem, oferecendo condições à criança de descobrir os sons que a rodeia e que ela pode criar, conseguindo através

deles novas maneiras de se expressar e se comunicar com as pessoas que a cercam. (SOARES, 2000).

A música pode ser comparada a um baú que guarda diferentes tesouros. Por isso, tem crescido o número de professores que procuram recuperar a força e o brilho dessas arcas encantadas.

Referências BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº

9.394, de 20 de dezembro de 1996.

______. Ministério da Educação e o Desporto. Secretaria de Edu-cação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação

Infantil. Brasília: MEC/SEF, vol.3, 1998.

ROSA, L. S. S. Educação musical para a pré-escola. São Paulo: ática, 1990.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo horizon-te: Autêntica, 2000.

A musicalidade na Alfabetização de crianças

Por Alessandra MeloPor Alessandra MeloPor Alessandra Melo

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62 Escola, um lugar de valor

SOCORRO! NÃO POSSO MAIS ESPERAR!

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Escola, um lugar de valor 63

O Planeta Terra está aquecendo, as geleiras estão derre-tendo, os rios contaminados, camada de ozônio e gases do efeito estufa preocupam cientistas, sustentabilidade e cole-ta seletiva são notícias cada vez mais comuns nos diversos meios de comunicação. A professora de Ciências, Ana Alice Souto, acredita que a preservação ambiental começa com as crianças, já que é nos primeiros anos de vida que elas entram em contato com o mundo, percebem sons, cheiros, sons e percebem a existência de objetos. Cada vez mais ob-servadoras, sempre estão em busca de informações.

E é com esse pensamento que a professora vem de-senvolvendo projetos em sala de aula, com o propósito de mostrar na teoria/prática a riqueza do nosso meio am-biente e a importância de sua preservação não somente para nossa sobrevivência, mas para que gerações futu-ras possam viver com qualidade de vida.

Na visão da educadora, o ser humano, de uma forma geral, considera-se superior a tudo e a todos que habitam o planeta. Essa pretensão superioridade não permite en-xergar que precisamos do ambiente saudável para nossa sobrevivência. Assim como um peixe do oxigênio na água.

Ela comenta ainda que, além de destruir a grande bio-diversidade do planeta, o ser humano é vítima dos próprios erros e sofre as consequências. E, dessa maneira, a falta de conscientização e respeito contribui sobremaneira para a degradação ambiental acelerada. O desperdício, o mau uso dos recursos naturais, o errado descarte de lixo e ou-tros resíduos, o aumento de gases emitidos para a atmos-fera e o desmatamento descontrolado são apenas alguns exemplos de desenvolvimento insustentável.

Para a professora, as consequências do aquecimento global envolvem questões complexas sobre as quais os próprios especialistas ainda não têm opinião formada. É muito difícil prever as mudanças climáticas, os prejuízos e os custos da prevenção destas mudanças e planejar ações que possam minimizar os efeitos negativos. No entanto, os efeitos desastrosos já são apontados por es-pecialistas e alguns já acontecem com efeito devastador.

SOCORRO! NÃO POSSO MAIS ESPERAR!Faça sua parte!Preserve a fauna - Evite comprar adereços que utilizem produtos de origem animal como penas, plumas, peles, marfim e ossos.

Denuncie o tráfico de animais - Evite ter animais silvestres como bi-chos de estimação e denuncie o comércio destes animais.

Preserve a flora - Evite comprar móveis ou outros utensílios feitos com madeiras de árvores ameaçadas de extinção, como mogno, imbuía, araucária, peroba, canela e marfim.

Substitua o palmito - Substitua o consumo de palmito juçara, cuja es-pécie está ameaçada de extinção, pelos palmitos de pupunha, açaí ou palmeira real.

Economize água - Evite o desperdício durante o banho, escovação dos dentes e lavagem de louça, e evite o uso da “vassoura hidráulica” na lavagem de calçadas e ruas.

Evite a contaminação da natureza - Procure consumir produtos culti-vados sem o uso de defensivos agrícolas e prefira sempre os produtos reconhecidamente não-poluidores.

Seja um consumidor consciente - Evite adquirir produtos com excesso de embalagens descartáveis, pois consomem recursos em sua fabri-cação e aumentam muito a quantidade de lixo.

Não desperdice energia - Utilize a energia elétrica racionalmente, evitando deixar ligados aparelhos ou lâmpadas sem necessidade.

Não jogue lixo nas ruas, parques e praias - Veja quantos anos seu lixo pode manter-se na natureza e pense que esse lixo pode não só conta-minar o ambiente, mas também pode levar vários animais marinhos à morte por ingestão. Tartarugas morrem no mundo inteiro ao confundir saco plástico com água viva. Se onde estiver não tiver lixeiras, colo-que na bolsa e descarte-o em casa.

Ajude a diminuir a quantidade de lixo - Prefira sempre produtos feitos com material reciclado.

Recicle - Separe o lixo para reciclagem e agende sua coleta seletiva.

Participe de projetos ambientais - Há inúmeros projetos onde você pode participar diretamente como voluntário, ou indiretamente como associado, contribuindo assim para a preservação ambiental.

Seja um educador ambiental - Transmita para as pessoas e crianças que você conhece a importância de preservar nosso meio ambiente.

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64 Escola, um lugar de valor

“...Se as Palavras Ensinam os Exemplos Arrastam e Eternizam...”

A história do atletismo se inicia com a origem da hu-manidade. Desde os tempos remotos em que o homem praticava atividades físicas naturais para sua sobrevivên-cia. Assim, naturalmente, o homem saltava, corria, lança-va objetos enfim, desenvolvia, desde então, uma série de habilidades relacionadas às diversas provas de atletismo. Por essa razão é considerado o “esporte base”, pois, do desenvolvimento e/ou aprimoramento dessas habilidades se constituem os atletas de outras modalidades esportivas. Também descrito em www.museudosesportes.com.br, “o atletismo, sob forma de competição, teve sua origem na Grécia. A palavra atletismo foi derivada da raiz grega, “ATHI, competição”, o princípio do heroísmo sagrado grego, o es-pírito de disputa, o ideal do belo etc. – o que se chamou de ESPÍRITO AGONÍSTICO. Surgiram então as competições que foram perdendo o caráter de religiosidade e assumindo exclusivamente o caráter esportivo”.

O atletismo é a modalidade esportiva que mais meda-lhas conquistou para o Brasil, em Jogos Olímpicos e Pan-Americanos. Comporta três tipos de provas, disputadas individualmente: as corridas, os saltos e os lançamentos. Além disso, o atletismo é uma prática esportiva que não se limita à resistência física e à força, mas está integrado a um conjunto de outras habilidades físicas e sensoriais.

No atletismo, muitos atletas se destacam e se destaca-ram. Por causa de seus exemplos, crianças, adolescentes, jovens e adultos vêm representando tão bem o Brasil, nas várias modalidades do atletismo olímpico e paraolímpico. Enfim, este esporte tem o condão de aprimorar e desen-volver não somente as qualidades físicas dos atletas, mas, sobretudo, fortalecer o emocional, sua autoestima e poten-cializar o seu aspecto cognitivo e o salvaguardar de uma eventual situação de fragilidade, insegurança e risco social.

Sabemos, pois, que o exemplo é, em si mesmo, inesti-mável fonte de aprendizagem. Sabemos também que o de-senvolvimento do ser humano se dá através destas aprendi-zagens na fala, na escrita, na observação, no movimento e em sua auto realização. Portanto, em todo este processo de evolução e aprimoramento, os pais, a escola, os professo-res, os amigos e todos com quem interagimos são corres-ponsáveis e participantes de nosso crescimento.

Durante minha caminhada, não foi diferente. Com re-lação ao atletismo, desde os primeiros anos de faculdade aprendi a amar e respeitar o novo conhecimento que se descortinava em minha frente e no meu coração. Quando li

a história de vida de Adhemar Ferreira da Silva e o conheci pessoalmente, foi para mim a comprovação da frase que dá título a este artigo: “...se as palavras ensinam, os exemplos arrastam”! Humildade, responsabilidade, respeito, dedica-ção, gentileza, generosidade e empenho em compartilhar são traços indissolúveis deste grande atleta que marcaram minha vida e que foram reforçados pelos meus professores Iná e Hélio.

Na prática da Educação Física Escolar e na convivência com as crianças, recebemos no ano 2000 mais um Peque-no Estudante. Alguém que chegava ao mundo com todas as características de um campeão! Acompanhei seu cres-cimento e sua vinda para a escola. Seu esforço, sua garra, sua força de vontade, alegria e coragem para superar seus próprios limites, por meio do movimento e da aplicação nos esportes, também me arrastaram. Inteligente, crítico, ousado e único! É notório a todos o prazer que sente em se realizar nos esportes. Certa vez, em uma conversa informal, questionei-lhe: - O quê o esporte representa em sua vida? Respondeu-me com um grande sorriso: - “o esporte é tudo pra mim!” Samuel Tomaz Manzan (foto), meu querido Sa-muca, obrigado pelo seu grande exemplo que tanto me faz crescer e que reforça em mim a certeza de que “cada ser carrega em si o dom de ser capaz, de ser feliz”.

Compartilhando com os leitores estes exemplos que me fizeram e ainda me fazem crescer, vamos conhecer um pouco mais a vida do brasileiro Adhemar Ferreira da Silva, considerado o atleta de ouro e também o depoimento de uma “Família Pequeno Estudante” que também são atletas. Além disso, quero também declarar minha gratidão aos professores que eternizaram com seu exemplo, o amor ao atletismo que em mim, em minha prática como professora de Edu-cação Física e, com certeza, na cidade de Uberaba, socializaram com muitos atletas a prática do atletismo. Meu eterno agradeci-mento à professora Iná Laranjo e ao professor Hélio Gomes!

64 Escola, um lugar de valor

lação ao atletismo, desde os primeiros anos de faculdade aprendi a amar e respeitar o novo conhecimento que se descortinava em minha frente e no meu coração. Quando li

Hélio Gomes!lação ao atletismo, desde os primeiros anos de faculdade Hélio Gomes!

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1 – O que o esporte significa em sua vida?Praticar esporte foi uma forma que eu encon-trei de fazer amigos, conhecer pessoas luga-res novos, me sentir bem comigo mesmo.2 – O que te levou / motivou a prática do atletismo?Eu era um adolescente muito rebelde, esta-va numa daquelas fazes onde você tem que escolher entre o bem e o mal prá sua vida, foi quando um amigo que era praticante de atletismo me convidou para acompanhá-lo em um de seus treinos.Daí foi amor á primeira corrida, nunca mais consegui largar. 3 – quais as vantagens que este esporte trouxe para a sua vida profissão, família?Eu acredito, e todos os que me conhecem sa-bem que o atletismo mudou a trajetória da minha vida, para melhor em quase todos os aspectos: Eu tinha quase todos os requisitos neces-sários para um adolescente se tornar um delinqüente, e foi atrávés do esporte que eu realmente me firmei como uma pessoa de bem, aprendendo á respeitar os meus limi-tes e o limite dos outros, aprendendo que

nem sempre que você é o melhor preparado será o campeão, aprendendo também que por mais que você se prepare sempre have-rá alguém melhor que voce, e que sem suor e sacrifício á gente não ganha nada.Estas são algumas das lições que eu levo para a vida tanto profissional quanto familiar.4 – Quais os eventos que você participou?Eu já participei e ainda participo de vários even-tos em nível nacional e internacional como a corrida de São Silvestre, Ultramaratona 100km, Jogos do Interior de Minas, campeonato Mineiro de Atletismo, Jogos SESI e várias outras com-petições de rua espalhadas pelo Brasil.5 – Quais colocações que obteve nesses eventos mais significativos e por que?Eu já obtive várias colocações significativas, mas algumas delas marcaram por um moti-vo ou outro, são elas: 14º lugar na ultrama-ratona de 100km Uberlandia á Uberaba, esta foi uma prova que exigiu muito mais de mim do que eu achei que poderia dar.1º lugar nas provas de 100, 200, e 400 mts no mesmo dia, nos jogos estaduais do SESI em Ipatinga Mg. Este foi um feito que eu jamais poderia imaginar que conseguiria um dia.E por fim aquela que eu considero a minha principal conquista, que na verdade não foi nem um primeiro lugar, mas sim uma meda-lha de bronze nos 4 X 400 rasos nos jogos do interior de Minas (JIMI), eu treinei exatos sete anos para conseguir essa medalha.6 – Você ainda pratica este ou outros es-portes? Quais?Sim, eu continuo praticando atletismo ago-ra somente em corrida de rua. Atualmente só pratico este esporte mas ano que vem pretendo praticar também o mountain bike.7 – Deixe um recado para nossos leitores?Se seu filho(a) gosta de algum esporte incentive-o, acompanhe-o durante os treina-mentos, seja no futebol, natação, ciclismo ou qualquer outro esporte e você verá que isso fará muito bem, para você e também para ele.

Nome: Alan Alberto Buriti - Idade: 45 anos

Por Adriana de Macêdo é professora de Educação Física do “Colégio F.A.S.”

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1. O que o esporte significa em sua vida?O esporte significa melhor qualidade de vida.2. O que te levou/motivo a pratica do atletismo?Foi na escola nas aulas de educação física, jogava Handboll e me destacava na velocidade e resistência, foi ai que a professora de educação física me convidou para treinar atletismo para partici-par dos Jogos Inter Colegiais 3. Quais as vantagens, os benefícios que este esporte trouxe para sua vida, profissão , família?Trouxe vários benefícios pois nessa atividade, se emprega força, habilidade e inteligência (em conjunto ou separadas), seguindo regras pré-fixadas como a disciplina. Com a pratica do atletismo existe uma maior consciência da importância de manter a saúde do corpo e da mente. 4. Quais os eventos que você participou?Jogos Estudantis, JIMI – Jogos do Interior de Minas Gerais , Corrida Rústica Aniverasário da Policia Militar em Belo Horizon-te, Corrida do 4º BPM e e varias Corrida de rua em Uberaba e Uberlandia, arremesso de peso e disco.5. Quais as colocações que obteve nesses eventos mais sig-nificativos e por quê?Jogos Estudantis – 1º Lugar na Corrida Rustica.JIMI – 4º Lugar Corrida Rustica em IpatingaCorrida do 4º BPM/1993 – 1º LugarCorrida Rustica Aniversario da Policia Militar – 6º lugar No arremesso de peso – 5º lugar no JIMINo Arremesso de disco - 6º Lugar no JIMI

Nome: Clênia Maria Gomes da Silva Buriti - Idade: 43 anos

6. Você ainda pratica este ou outros esportes? Quais?Eu não pratico atletismo mais para competir, somente corrida leve e caminhada, pois devido ao excesso de esforço e o peso dos apetrechos militar, tive uma problema no joelho quando sa-rei do joelho tive uma faceite plantar que estou tratando. Pretendo voltar correr em breve pois para praticar esporte não tem idade. 7. Deixe um recado aos nosso leitores Os esportes são saudáveis em qualquer idade. E o quanto antes a pessoa começar a se exercitar, melhor! As atividades físicas trazem mesmo vários benefícios, que, quanto maior for a va-riedade de movimentos principalmente para as criança, melhor será o domínio e o conhecimento que ela terá de seu próprio corpo. É como se ela tivesse uma espécie de inteligência motora, que facilita a aprendizagem de qualquer atividade corporal, não apenas esportiva, mas também de atividades da vida diária, nos estudos e futuras atividades profissionais.Por meio das experiências vividas durante os treinamentos e as competições, crianças e adolescentes podem ter a oportunidade de se desenvolver, afirmar suas identidades, auto-estima e autocon-fiança. Os esforços e as experiências vividas no atletismo podem ser transferidas e aplicadas em outras áreas de trabalho e da vida pessoal. Os adultos podem melhorar suas qualidades de vida e con-tinuar criando desafios pessoais através da prática deste esporte.O esporte e uma das recomendações medica para manutenção da saúde.“Os jovens estão sempre à procura de um grupo e de atividades para preencher seu tempo vago”. “Se alcançarmos os jovens antes da marginalidade, estaremos ganhando um atleta e um cidadão”.

1. O que o esporte significa em sua vida?O esporte e diversão e alegria 2. O que te levou/motivo a pratica do atletismo?Eu prtico atletismo só na escola quando tem competição.3. Quais as vantagens, os benefícios que este esporte trouxe para sua vida, profissão , família?4. Quais os eventos que você participou?Na Olimpaz 5. Quais as colocações que obteve nesses eventos mais sig-nificativos e por quê?Olimpaz 2009 – 2º lugar nos 400 metros disputado na pista da UNIUBE Olimpaz 2011 corrida com obstáculo na praça – 2º lugarSalto em altura 1º lugar 6. Você ainda pratica este ou outros esportes? Quais?Gosto muito de dança principalmente o balé, gosto de natação e pular corda

Nome: Maria Clara Gomes da Silva Buriti - Idade: 08 anos7. Deixe um recado aos nosso leitores Pratiquem esporte pois é muito bom e saudável

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Único campeão a trazer duas medalhas de ouro consecuti-vas em Olimpíadas (1952 e 1956), ADHEMAR FERREIRA DA SILVA, foi bicampeão e tricampeão dos Jogos Pan-America-nos, estabelecendo cinco vezes o recorde mundial do triplo.O atleta de ouro (como é conhecido) fez a melhor marca de sua vida: 16,56 m no PAN de 1955 na Cidade do México. E pela quinta vez estabeleceu o recorde mundial. Na época, Adhemar era atleta do Vasco, após defender o São Paulo por quase uma década.Colunista do jornal Última Hora Adhemar não era um atleta co-mum. Formado em Direito, Be-las Artes, Relações Públicas e Educação Física falava vários idiomas, como inglês e francês. Também atuou no cinema par-ticipando do filme Orfeu Negro, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, em 1959.Em 1952 superou duas vezes seu próximo recorde, com 16,12 m e 16,22 m. Ainda alcança-ria o recorde mundial no México em 16 de março de 1955, quando foi bicampeão do PAN. Treinava duas ou três vezes por semana, e parava só na hora do almoço. Ainda trabalhava e estudava muito. Após sua úl-tima Olimpíada, em 1960, descobriu que não poderia mais competir porque estava com tuberculose em função do vício de fumar, que adquiriu aos 16 anos. O saldo, porém, foi positivo, o atleta ganhou respeito e ho-menagens internacionais. Dez vezes campeão brasileiro - mais de 40 títulos e troféus internacionais- o “Canguru Bra-sileiro” despediu-se com um salto de 15,07 m nos Jogos de Roma no ano de 1960. Adhemar morreu em São Paulo, em 12 de janeiro de 2001.

BIOGRAFIA

Adhemar nasceu no bairro operário de Casa verde em São Paulo, capital, em 29 de setembro de 1927. Filho único de ferroviário e

cozinheira, Adhemar conheceu uma pista de atletismo aos 18 anos.É escultor formado pela Escola Técnica Federal de São Paulo

(1948), Educação Física na Escola do Exército, Direito na Universidade do Brasil (1968) e Relações Públicas na Faculdade

de Comunicação Social Casper Libero (1990).

Atleta de ouroCOM MAIS DE 40 TíTULOS E TROFÉUS INTERNACIONAIS ADhEMAR FERREIRA É O MAIOR ATLETA OLíMPICO DO SÉCULO 20

“O HOMEM QUANDO VEM AO MUNDO NÃO SABE PARA O

QUE VEM, OU PARA ONDE VAI. GRAÇAS AO ESPORTE, EU FUI

LONGE. ESCAPEI DAS DROGAS E DA VIOLÊNCIA”. Adhemar.

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O crescimento que o Colégio F.A.S. conquistou ao longo desses 12 anos se deve ao comprometimento de seus profissionais.O crescimento que o Colégio F.A.S. conquistou ao longo desses O crescimento que o Colégio F.A.S. conquistou ao longo desses O crescimento que o Colégio F.A.S. conquistou ao longo desses

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O crescimento que o Colégio F.A.S. conquistou ao longo desses 12 anos se deve ao comprometimento de seus profissionais.O crescimento que o Colégio F.A.S. conquistou ao longo desses

Rua Ricardo Misson, 411 - Fabrício (SESC) - Uberaba - MG(34) 3322-6249/ (34) 3333-3250email: pequenoestudante@terra.com.brwww.escolapequenoestudante.blogspot.com

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Interagir com amigos durante os jogos é o grande diferencial dos social games – jogos disponíveis nas redes sociais como Orkut e Fa-cebook. Febre entre crianças, adolescentes e adultos, os jogos sociais têm crescido largamente nos sites de relacionamento e têm provocado um movimento diferenciado nesses ambientes virtuais.

Para a pesquisadora em redes sociais, professora do Instituto Fe-deral de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano) e mestre em Educação e Contemporaneidade, Camila Lima Santana, o grande diferencial dos social games está relacionado ao seu papel de intera-ção social. “Esses jogos promovem a colaboração para a realização das tarefas. Por meio de narrativas simples, estimulam mecanismos de cooperação para avançar no jogo”, explica.

Noções de responsabilidade, cuidado e raciocínio lógico também são facilmente identificadas nesses ambientes virtuais. “Além disso, nos jo-gos sociais, há sempre uma interação com outros jogadores. Assim, a possibilidade de onstruções cognitivas e intelectuais são reais, já que a base para essas construções é fundamentalmente a interação social”, completa. Uma das queixas mais comuns dos pais é que os filhos pas-sam a ficar “viciados” nos jogos. Para a educadora, é preciso impor limites às crianças e aos adolescentes. “O limite é estruturante. Isso vale para o acesso à internet e aos jogos eletrônicos também. Vivemos hoje em uma sociedade exacerbadamente de consumo, na TV, nas mídias, nas ruas.

Essa discussão deve estar em casa e nas escolas.” Na opinião da professora, a maioria dos jogos sociais pode ser usada didaticamente, mas ela ressalta o cuidado para o docente escolher conteúdos que cor-respondam à faixa etária dos estudantes. “Em sala é difícil usar esses games, por conta da relação com o tempo. Normalmente, quando é disparada uma ação no game, ela leva um tempo a acontecer, que inde-pende da ação do jogador, o que para uma aula pode tornar pouco viá-vel, mas que pode ser pensado para uma sequência de aulas”, sugere.

Fazendeiros virtuaisOs jogos sociais ganharam nova dimensão depois do

FarmVille – jogo do Facebook que popularizou os social games e que possui 50 milhões de usuários. No FarmVil-le, o jogador deve administrar sua fazenda virtual: plantar, colher, cuidar dos animais, etc. Para isso, pode contar com a ajuda de seus amigos de Facebook, que fazem doações de presentes e ferramentas para a fazenda. No Orkut, o Mini Fazenda e o Colheita Feliz são jogos que seguem, basicamente, a mesma lógica do FarmVille.

Esses games envolvem, principalmente, a colabo-ração, como a maioria dos jogos sociais, mas englo-bam também o elemento da responsabilidade, já que o jogador precisa realizar diversas tarefas dentro de sua fazenda para que ela prospere. “É uma aprendizagem além da experiência imediata ou do conteúdo explíci-to no jogo, tendo como pontos principais o teste de hipóteses, o planejamento estratégico e a tomada de decisões”, enfatiza Camila.

Vale ressaltar que existem jogos dos mais varia-dos temas. No Terranova, novo social game do Orkut, por exemplo, o jogador recebe a missão de restaurar o ecossistema do planeta e torná-lo habitável. O usuário é um astronauta que, para conquistar mais “terragra-nas” (a moeda do jogo) e avançar para novas fases, deve cumprir missões de desenvolvimento sustentá-vel, como plantar, recolher o lixo, reciclar, desenvolver fontes sustentáveis de energia e água e descontaminar os rios, entre outras ações de preservação ambiental.

Games oferecidos no Orkut e Facebook promovem a interação e a colaboração entre os participantes

JOGANDO NAS REDES SOCIAIS

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Ao comemorar, 12 anos, o “Colégio F.A.S.” ganha o selo ICBC- Empresa Amiga das Difer-enças- Por Um Brasil Melhor. Esse é o primeiro passo para uma parceria que visa o respeito às diferenças, que são parte inerentes de to-dos nós, à cidadania e o apoio através de ações como liberação de bolsas de estudo para as pessoas atendidas pelo ICBC .

Acreditamos que somente através do tra-balho em conjunto de pessoas comprometidas que podemos lidar com o desafio de fazer com que os integrantes do ICBC tenham mais quali-dade de vida.

Essa instituição de ensino tem a certeza de que as diferenças representam grandes oportu-

Colégio F.A.S., respeitando as diferençasnidades de aprendizado. E o que é importante nas pessoas – e nas escolas – é o que é difer-ente, não o que é igual.

Temos consciência de que poucos entre nós são individualmente capazes de fazer acontecer uma mudança positiva entre as pessoas no que se refere à conscientização de que todos somos iguais e temos os mesmos direitos. Mas à me-dida que cada um faz sua parte, somos capazes de vencer todos os obstáculos.

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