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21º Seminário de Iniciação Científica da Embrapa Amazônia Oriental ANAIS 2017 20 a 22 de setembro

21º Seminário de Iniciação Científica da EmbrANAISapa ... · Beatriz Chaves, Débora Veiga de Aragão, Lívia G. T. Rangel Vasconcelos ... AVALIAÇÃO FENOLÓGICA DA QUINA (Quassia

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  • 21 Seminrio deIniciao Cientfica daEmbrapa Amaznia Oriental

    ANAIS 201720 a 22 de setembro

  • Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaEmbrapa Amaznia Oriental

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

    Embrapa Amaznia OrientalBelm, PA

    2017

    21 Seminrio deIniciao Cientfica daEmbrapa Amaznia Oriental

    ANAIS 201720 a 22 de setembro

  • Embrapa Amaznia OrientalTv. Dr. Enas Pinheiro, s/n. CEP 66095-903 - Belm, PA.Fone: (91) 3204-1000www.embrapa.brwww.embrapa.br/fale-conosco/sac

    Unidade responsvel pela edioEmbrapa Amaznia OrientalChefia-Geral Adriano VenturieriChefia-Adjunta de Pesquisa e DesenvolvimentoWalkymrio de Paulo LemosChefia-Adjunta de AdministraoJoo Baa BritoChefia-Adjunta de Transferncia de TecnologiaBruno Giovany de Maria

    Comit Local do PIBICPresidente: Fernanda Ilkiu Borges de SouzaMembros: Alessandra Keiko Nakasone Ishida (vice-presidente)

    Anna RoffArystides Resende ilvaClia Maria Braga Calandrini AzevedoDaniel Santiago PereiraEniel David CruzNaiara Zoccal SaraivaVinicius Ide Franzini

    Avaliador do CNPq Leandro Valle Ferreira(Pesquisador da Coordenao de Botnica do Museu Paraense Emlio Goeldi)

    Superviso editorial, capa e editorao eletrnicaVitor Trindade Lbo

    Normalizao bibliogrficaAndrea Liliane Pereira da Silva

    1 edioOn-line (2017)

    Todos os direitos reservados.A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em parte,

    constitui violao dos direitos autorais (Lei n 9.610).

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Embrapa Amaznia Oriental

    Seminrio de Iniciao Cientfica (21.: 2017 ; Belm, PA).Anais / 21 Seminrio de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Oriental, Belm, PA, 20 a 22 de

    setembro de 2017. Belm, PA : Embrapa Amaznia Oriental, 2017.

    Formato PDFISSN 2176-6630

    1. Pesquisa. 2. Instituio de Pesquisa. 3. Embrapa. I. Ttulo.

    CDD (21. ed.) 506.8115

    Embrapa 2017

  • Apr

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    O 21 Seminrio de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Oriental um evento que rene a apresentao de trabalhos desenvolvidos pelos estagirios e bolsistas da Unidade, sob a orientao de pesquisadores.

    Esse processo de formao de recursos humanos conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), da Fundao Amaznia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Par (Fapespa), da Embrapa e de parcerias com empresas e universidades do Estado.

    Este documento contm os trabalhos cientficos apresentados no evento.

    Comit do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica

  • Sumrio

    AVALIAO DA EFICINCIA DO MONITORAMENTO DE PARCELAS PERMANENTES EM UMA UNIDADE DE MANEJO FLORESTAL ..................................................................................................................................................... 10Fabiano de Almeida Coelho, Marcos Vinicius Prestes Pinto, Fabricio Nascimento Ferreira, Ademir Roberto Ruschel

    ANLISE DA REGENERAO NATURAL NA REA DE MANEJO FLORESTAL COMUNITRIO NO MUNICPIO DE ANAPU, PAR ............................................................................................................................................. 14Jeisiane Brenda Soares de Sousa, Ana Caroline de Jesus de Castro, Lucas Guimares Pereira, Ademir Roberto Ruschel

    AVALIAO DA ESTRUTURA POPULACIONAL DA Carapa guianensis Aubl. APS 30 ANOS DA EXPLORAO NA FLONA DE TAPAJS ........................................................................................................................................................ 18Jssica Costa dos Santos, Marcos Vinicius Prestes Pinto, Mrcio Hoffman Mota Soares, Ademir Roberto Ruschel

    COMPOSIO FLORSTICA E ESTRUTURA DA FLORESTA SECUNDRIA EM UM PERMETRO URBANO, BELM-PA ................................................................................................................................................................................. 22Lucas Guimares Pereira, Caio Felipe Almeida Rodrigues, Aryane Rafaela Monteiro Rodrigues, Ademir Roberto Ruschel

    ESPCIES VIRAIS EM LAVOURAS DE FEIJO-DE-METRO NO ESTADO DO PAR ............................................. 27Caterynne Kauffmann, Ayane Fernanda Ferreira Quadro, Izabel Cristina Barbosa, Alessandra de Jesus Boari

    CARACTERIZAO DE ISOLADOS DE Xanthomonas axonopodis pv. manihotis ......................................................... 31Victor Fernando Galvo Bezerra, Alessandra Keiko Nakasone Ishida, Sandra Valria Dias Cardoso, Luana Cardoso de Oliveira

    CARACTERIZAO DA VARIAO SAZONAL DO CO2 ATMOSFRICO EM SISTEMA ILPF NO LESTE DA AMAZNIA ............................................................................................................................................................................... 35Brbara Cristina Santos de Oliveira, Alessandro Carioca de Arajo, Carlos Alberto Dias Pinto, Cleo Marcelo de Arajo Souza

    PARASITISMO DE Diaphorina citri (HEMIPTERA: LIVIIDAE) POR Tamarixia radiata (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE) EM MURTA, NO ESTADO DO PAR ...................................................................................................... 39Rodrigo Fonseca Moraes, Dimison Garcia Blanco, Aloysia Cristina da Silva Noronha

    CARO-VERMELHO-DAS-PALMEIRAS NO ESTADO DO PAR ................................................................................. 43Rodrigo Fonseca Moraes, Celso Anderson Batista Pereira, Carla Letcia Par da Silva Corra, Aloysia Cristina da Silva Noronha

    Tenuipalpus bacuri (ACARI, TENUIPALPIDAE) EM BACURIZEIRO NO MUNICPIO DE IGARAP-AU, PA .... 47Rodrigo Fonseca Moraes, Aloysia Cristina da Silva Noronha, Fbio de Lima Gurgel, Jos Edmar Urano de Carvalho

    PARASITISMO DE Parasaissetia nigra (HEMIPTERA: COCCIDAE) EM CAMUCAMUZEIRO ................................ 51Rodrigo Fonseca Moraes, Adria Oliveira de Azevedo, Aloysia Cristina da Silva Noronha, Walnice Maria Oliveira do Nascimento

    VIABILIDADE ECONMICA DE SISTEMA AGROFLORESTAL NO NORDESTE PARAENSE .............................. 55Jade da Silva Brito, Clia Maria Braga Calandrini de Azevedo, Maurcio Kadooka Shimizu, Osvaldo Ryohei Kato

    PRODUO INICIAL DE BIOMASSA DE PLANTAS ESPONTNEAS EM DIFERENTES PREPAROS DE REA, NO MUNICPIO DE IGARAP-AU, PAR ....................................................................................................................... 60Beatriz Chaves, Dbora Veiga de Arago, Lvia G. T. Rangel Vasconcelos

    ADUBAO VERDE NA RECUPERAO DA PRODUTIVIDADE AGRCOLA DE MILHO NO NORDESTE PARAENSE ................................................................................................................................................................................ 64Tricia Santos Palheta, Dbora Veiga de Arago

  • CARACTERIZAO MORFOLGICA DE ACESSOS DO BANCO ATIVO DE GERMOPLASMA DE MANDIOCA DA EMBRAPA AMAZNIA ORIENTAL .............................................................................................................................. 68Haran dos Anjos Martins, Elisa Ferreira Moura, Jonny Lucio Silva e Sousa , Jos Edson Sampaio

    CARACTERIZAO MOLECULAR DE BACURIZEIRO (Platonia insignis Mart.) DE OCORRNCIA NATURAL, ATRAVS DE MARCADORES ISSR ..................................................................................................................................... 72Johnes Pinto Sanches, Elisa Ferreira Moura, Maria do Socorro Padilha de Oliveira, Simone de Miranda Rodrigues

    CARACTERIZAO MORFOAGRONMICA DE CLONES DE CAMUCAMUZEIRO NO MUNICPIO DE TOM-AU-PA ......................................................................................................................................................................... 76Jocenildo Junior de Sousa Gemaque, Fbio de Lima Gurgel, Walnice Maria Oliveira do Nascimento, Rafael Rodrigo da Silva Costa

    CARACTERIZAO MORFO-AGRONMICA DE CLONES DE MURUCIZEIRO NO MUNICPIO DE IGARAP-AU-PA ................................................................................................................................................................... 80Jocenildo Junior de Sousa Gemaque, Fbio de Lima Gurgel, Walnice Maria Oliveira do Nascimento, Jos Edmar Urano de Carvalho

    ANLISE QUMICA POR ESPECTROSCOPIA DE RAIO-X POR DISPERSO ENERGIA (EDS): ADAPTAO APLICADA RAZES DE DENDEZEIRO (Eleais guineensis JACQ.) ............................................................................. 84Adam da Cruz Rodrigues, Ana Catarina Siqueira Furtado, Marcelo Murad Magalhes, Fernanda Ilkiu-Borges

    AVALIAO SEMIQUATITATIVA DE METAIS PESADOS EM FRUTOS DE Brasilianthus carajasensis ALMEDA & MICHELANGELI (MELASTOMATACEAE) ....................................................................................................................... 88Ana Catarina Siqueira Furtado, Jfyne Campos Carrera, Adam da Cruz Rodrigues, Fernanda Ilkiu-Borges

    CARACTERIZAO MACROSCPICA DE ESPCIES MADEIREIRAS, COMERCIALIZADAS EM DOM ELISEU-PA: CATLOGOS PARTE I .................................................................................................................................... 92Maycon da Silva Teixeira, Joaquim Ivanir Gomes, Silvane Tavares Rodrigues, Fernanda Ilkiu-Borges

    SELEO DE GENTIPOS DE FEIJO-DE-METRO (FEIJO-VERDE) [Vigna unguiculata (L.) Walp], cv-gr. Sesquipedalis PARA COMPOSIO DO ENSAIO DE VALOR DE CULTIVO E USO (VCU) ...................................... 96Maria Carolina Sarto Fernandes Rodrigues, Francisco Rodrigues Freire-Filho, Renata Carneiro da Silva, Larissa Ferreira de Lima

    RESULTADO FINAL DE PROVA DE GANHO EM PESO DE BUBALINOS NA AMAZNIA ................................... 100Bruno Rafael Marques Miranda, Jos Ribamar Felipe Marques, Rodrigo Lima Sales, Amanda de Sousa Matos

    ESTUDO DA DINMICA E ESTRUTURA DE FLORESTA EXPLORADA PARA PRODUO MADEIREIRA NO MUNICPIO DE ANAPU, PA ................................................................................................................................................. 104Leonardo Campos Veloso, Fernanda da Silva Mendes, Lucas Mazzei

    ORGANIZAO DO ACERVO DE APOIDEA DA COLEO ENTOMOLGICA DA EMBRAPA AMAZNIA ORIENTAL ............................................................................................................................................................................... 108Leilane vila Bezerra, Mrcia Motta Maus

    LONGEVIDADE E ATIVIDADE DE ABELHAS DAS ORQUDEAS (APIDAE: EUGLOSSINI) EM NINHOS-ISCA EM BELM-PA ........................................................................................................................................................................ 112Thaline de Freitas Brito, Felipe Andrs Leon Contrera, Alistair John Campbell, Mrcia Motta Maus

    VARIAO DE TAMANHO CORPORAL E DE REA CORBICULAR EM OPERRIAS DE Melipona flavolineata (APIDAE, MELIPONINI) EM BELM-PA .......................................................................................................................... 116Thaline de Freitas Brito, Felipe Andrs Leon Contrera, Alistair John Campbell, Mrcia Motta Maus

    CONTROLE DA OXIDAO DE MERISTEMA DE PIMENTEIRA-DO REINO (PIPER NIGRUM L.) EM CULTIVO IN VITRO SOB BAIXAS TEMPERATURAS ................................................................................................... 120Danielle Pereira Mendona, Oriel Filgueira de Lemos, Gleyce Kelly Sousa Ramos, Fernanda Beatriz Bernaldo da Silva

  • CIDO NAFTALENO ACTICO NA RIZOGNESE IN VITRO DE PIMENTEIRA-DO-REINO (Piper nigrum L.) ..... 124Fernanda Beatriz Bernaldo da Silva, Oriel Filgueira de Lemos, Danielle Pereira Mendona, Gleyce Kelly de Sousa Ramos

    ASPECTOS FENOLGICOS DE Alternanthera dentata (MOENCH) STUCHLIK ........................................................ 128Elis Ribeiro Magno Silva, Osmar A. Lameira, Isis Naryelle G. Souza, Meiciane Ferreira Campelo

    AO DA LEORESINA DE COPABA NA INIBIO DO CRESCIMENTO MICELIAL IN VITRO DE FITOPATGENOS ................................................................................................................................................................. 132Helaine Cristine Gonalves Pires, Osmar Alves Lameira, Alessandra Keiko Nakasone Ishida, Antnio Naldiran Carvalho de Carvalho

    CARACTERIZAO MORFOLGICA DAS CASCAS DE RVORES DE Copaifera reticulata DUCKE EM CORRELAO COM O SOLO DE UMA FLORESTA MANEJADA NO MUNICPIO DE MOJ- PAR .............. 136Helaine Cristine Gonalves Pires, Osmar Alves Lameira, Raynara Barreto Beserra, Thais Santos Amorim

    AVALIAO FENOLGICA DA QUINA (Quassia Amara L.) SIMAROUBACEAE .................................................... 140Isis Naryelle Ges Souza, Osmar Alves Lameira, Elis Ribeiro Magno Silva, Keila Jamille Alves Costa

    ASPECTOS FENOLGICOS DO AOITA-CAVALO Luehea speciosa WILLD. (MALVACEAE) ........................... 144Keila Jamille Alves Costa, Osmar Alves Lameira, Isis Naryelle Ges Souza, Luan dos Santos Mavo

    MICROPROPAGAO DA Valeriana Officinalis L. E Hypericum Cavernicola L. B. SM .............................................. 148Keila Jamille Alves Costa, Osmar Alves Lameira, Isis Naryelle Ges Souza, Driss Wagner Pantoja

    FENOFASES DO MANDACARU (Cereus jamacaru L.) EM RELAO COM PRECIPITAO PLUVIOMTRICA NO MUNICPIO DE BELM-PA .......................................................................................................................................... 152Luan dos Santos Mavo, Osmar Alves Lameira, Isis Naryelle Ges Souza, Renata Kelly da Costa Barbosa

    ANLISES FENOLGICAS DO MELHORAL Evolvulus glomeratus NEES & C. MART. (CONVOLVULACEAE) ... 156Luan dos Santos Mavo, Osmar Alves Lameira, Meiciane Ferreira Campelo, Renata Kelly da Costa Barbosa

    FENOLGIA DA ESPCIE Chrysobalanus icaco L. (CHRYSOBALANACEAE) ....................................................... 160Meiciane Ferreira Campelo, Osmar Alves Lameira, Luan dos Santos Mavo, Rafael Marlon Alves de Assis

    ESTUDO DE FENOFASES DA ESPCIE Solidago microglossa DC .............................................................................. 164Meiciane Ferreira Campelo, Osmar Alves Lameira, Keila Jamille Alves Costa, Renata Kelly da Costa Barbosa

    FENOLGIA DA ESPCIE Ananas comosus (L.) Merr. var. erectifolius (L. B. Smith) Coppens & F. Leal .............. 168Meiciane Ferreira Campelo, Osmar Alves Lameira, Luan dos Santos Mavo, Rafael Marlon Alves de Assis

    AVALIAO FENOLGICA DA ESPCIE Carapa guianensis AUBL ............................................................................ 172Renata Kelly da Costa Barbosa, Osmar Alves Lameira, Keila Jamille Alves Costa, Anderson da Silva Costa

    ASPECTO FENOLGICO DA ESPCIE Phyla betulifolia (KUNTH) GREENE. (VERBENACEAE) ........................ 176Ruanny Karen Vidal Pantoja Portal, Osmar Alves Lameira, Isis Naryelle Ges Souza, Anderson da Silva Costa

    FENOLOGIA DE Lippia alba (Mill.) N.E.Br. (VERBENACEAE) NO MUNICIPIO DE BELM-PAR ..................... 180Ruanny Karen Vidal Pantoja Portal, Osmar Alves Lameira, Isis Naryelle Ges Souza, Luan dos Santos Mavo

    LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLGICO EM REA DE VEGETAO SECUNDRIA NO MUNICPIO DE IGARAP-AU/PA ................................................................................................................................................................. 184Ewerton Delgado Sena, Osvaldo Ryohei Kato, Thais Yuri Rodrigues Nagaishe, Aylla Talivya Duarte

    CRESCIMENTO DE MILHO EM DIFERENTES MTODOS DE PREPARO DE REA NO MUNICIPIO DE IGARAP-A-PA ................................................................................................................................................................. 188Ewerton Delgado Sena, Osvaldo Ryohei Kato, Mauricio Kadooka Shimizu

  • CARACTERIZAO FSICA DE FRUTOS E AVALIAO DA OCORRNCIA DE VASSOURA-DE-BRUXA EM ACESSOS DE CUPUAUZEIRO PROCEDENTES DO MUNICPIO DE NOVA IPIXUNA, PAR .......................... 192Abel Jamir Ribeiro Bastos, Rafael Moyss Alves, Jack Loureiro Pedroza Neto, Jos Raimundo Quadros Fernandes

    AVALIAO DA PRODUO DE FRUTOS E DA RESISTNCIA AO PATGENO Moniliophthora perniciosa EM CULTIVO COMERCIAL DE CUPUAUZEIRO ............................................................................................................... 196Jack Loureiro Pedroza Neto, Rafael Moyss Alves, Jos Raimundo Quadros Fernandes, Thalita Gomes dos Santos

    SELEO DE HBRIDOS DE CUPUAUZEIRO QUANTO CAPACIDADE PRODUTIVA, DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E RESISTNCIA VASSOURA-DE-BRUXA NO MUNICPIO DE TERRA ALTA - PA ................................................................................................................................................................................. 200Paulo Henrique Batista Dias, Rafael Moyss Alves, Abel Jamir Ribeiro Bastos, Jos Raimundo Quadros Fernandes

    AVALIAO DE PROGNIES DE CUPUAUZEIRO EM ENSAIO INSTALADO NA PROPRIEDADE DE PEQUENO PRODUTOR RURAL NO MUNICPIO DE TOM-AU ............................................................................. 204Thalita Gomes dos Santos, Rafael Moyss Alves, Jack Loureiro Pedroza Neto, Saulo Fabrcio da Silva Chaves

    AVALIAO DA PRODUO, DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E RESISTNCIA VASSOURA-DE-BRUXA EM Theobroma grandiflorum NO MUNICPIO DE TOM-AU, PA ................................................................ 208Saulo Fabrcio da Silva Chaves, Rafael Moyss Alves, Abel Jamir Ribeiro Bastos, Jack Loureiro Pedroza Neto

    CONTAGEM DE BACTRIAS AERBIAS MESFILAS EM FARINHAS (GROSSA/TIPO SECA) EM DIFERENTES ESTADOS DA REGIO NORTE ................................................................................................................ 212Las da Silva Raiol, Beatriz dos Santos Cordeiro Rodrigues, Rafaella de Andrade Mattietto

    DESAFIOS TCNICO-PRODUTIVOS DE AGRICULTORES FAMILIARES NO NORDESTE PARAENSE .......... 216Dawanne Lima Gomes, Roberto Porro

    FUNGICIDAS NO CONTROLE in vitro DE Pestalotiopsis sp. ISOLADO DE FOLHAS DE TUCUMANZEIRO ...... 220Ana Karoliny Alves Santos, Ruth Linda Benchimol, Carina Melo da Silva, Maria do Socorro Padilha de Oliveira

    CRESCIMENTO in vitro DE Colletotrichum sp., ISOLADO DE SUMAUMEIRA, NA PRESENA DE FUNGICIDAS ... 224Renata Sena Cardoso, Ruth Linda Benchimol, Noemi Vianna Martins Leo, Carina Melo da Silva

    PADRES DE VENAO DAS PLANTAS MEDICINAIS DO HORTO DA EMBRAPA AMAZNIA ORIENTAL, BELM-PA-BRASIL ............................................................................................................................................................... 228Ana Laura da Silva Luz, Alessandra da Cunha Pessoa, Silvane Tavares Rodrigues, Fernanda Ilkiu-Borges

    POLINIZAO MANUAL ENTRE Piper nigrum E Piper tuberculatum .......................................................................... 232Maria do Carmo Silva Lima, Marli Costa Poltronieri, Simone de Miranda Rodrigues

    MONITORAMENTO DE FLORESTA SECUNDRIA NO NORDESTE PARAENSE .................................................. 236Mrio Morais Oliveira Neto, Maria do Socorro Gonalves Ferreira, Fabricio Nascimento Ferreira

    AVALIAO E CARACTERIZAO DE FRUTOS EM ACESSOS DE PUPUNHEIRAS DA RAA MICROCARPA . 240Camila Pinto Brando, Maria do Socorro Padilha de Oliveira, Joo Tom Farias Neto

    INVENTRIO ATUAL DO BANCO DE GERMOPLASMA DE PUPUNHA DA EMBRAPA AMAZNIA ORIENTAL: REA TOM AU .................................................................................................................................................................. 244Camila Pinto Brando, Maria do Socorro Padilha de Oliveira, Joo Tom de Farias Neto

    CARACTERIZAO E AVALIAO DE CARACTERES DA INFLORESCNCIA EM ACESSOS DE AAIZEIRO DO TIPO BRANCO ................................................................................................................................................................. 248Hugo Felipe Santa Brigida do Nascimento, Maria do Socorro Padilha de Oliveira

  • ADIVERGNCIA GENTICA POR CARACTERES MORFO-AGRONMICOS EM UMA POPULAO NATURAL DE BACABA-DE-LEQUE (Oenocarpus distichus Mart.) DE BELM-PA ................................................... 252Taiane Silva Sousa, Maria do Socorro Padilha de Oliveira

    VARIABILIDADE GENTICA ENTRE POPULAES DE BACABA-DE-LEQUE (Oenocarpus distichus Mart.) DO PAR UTILIZANDO MARCADORES MICROSSATLITES ......................................................................................... 256Vitria Catarina Cardoso Martins, Maria do Socorro Padilha de Oliveira, Elisa Ferreira Moura Cunha, Leonria Silva Sousa

    VARIABILIDADE GENTICA ENTRE POPULAES DE BACABA (Oenocarpus bacaba Mart.) DO PAR UTILIZANDO MARCADORES MICROSSATLITES .................................................................................................... 260Vitria Catarina Cardoso Martins, Maria do Socorro Padilha de Oliveira, Elisa Ferreira Moura Cunha, Leonria Silva Sousa

    DIVERGNCIA GENTICA ENTRE GENTIPOS DE BACABI CONSERVADOS NO BANCO DE GERMOPLASMA DA EMBRAPA AMAZNIA ORIENTAL POR CARACTERES DA INFLORESCNCIA .......... 264Alynne Regina Nazar Alves Maciel, Maria do Socorro Padilha de Oliveira

    ESTOQUE DE SERAPILHEIRA E CARBONO NO SOLO APS VRIOS CICLOS DE QUEIMA OU TRITURAO DA VEGETAO SECUNDRIA NA AMAZNIA ORIENTAL ........................................................ 268Roberto Delmiro Santa Rosa de Paiva, Steel Silva Vasconcelos, Saime Joaquina Souza de Carvalho Rodrigues, Osvaldo Ryohei Kato

    EFEITO CLONAL SOBRE O ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE MURUCIZEIRO ............................................... 273Jennifer Carolina Oliveira da Silva, Walnice Maria Oliveira do Nascimento

  • 21o Seminrio de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Oriental 20 a 22 de setembro de 2017

    Belm - Par

    AVALIAO DA EFICINCIA DO MONITORAMENTO DE PARCELAS

    PERMANENTES EM UMA UNIDADE DE MANEJO FLORESTAL

    Fabiano de Almeida Coelho1, Marcos Vinicius Prestes Pinto2, Fabricio Nascimento Ferreira,

    Ademir Roberto Ruschel4 1Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Par. [email protected] 2Discente do Curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal Rural da Amaznia. [email protected] 3Analista A, Empresa de Pesquisa Agropecuria Embrapa Amaznia Oriental. [email protected] 4Pesquisador A, Empresa de Pesquisa Agropecuria Embrapa Amaznia Oriental. [email protected]

    Resumo: O inventrio florestal uma ferramenta utilizada para o monitoramento das florestas.

    Atravs dele, possvel conhecer melhor a populao em estudo, tanto em critrios quantitativos como

    qualitativos. No Inventrio 100% possvel identificar todos os indivduos de uma determinada rea.

    O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficincia do monitoramento das parcelas

    permanentes em uma Unidade de Manejo Florestal. O trabalho foi realizado na Fazenda Rio Capim

    que compreende uma reserva florestal com superfcie de 140.000 ha. Na rea, foram delimitadas as

    unidades de produo anual (UPA) e nomeadas conforme seu ano de explorao. Nas UPAs 2001 e

    2003 foram instaladas 61 parcelas permanentes (50 x 50 m) monitoradas at o ano de 2004 pela

    prpria empresa e no ano de 2015, 17 dessas parcelas permanentes foram remedidas pela Embrapa.

    Ainda em 2015, realizou-se um censo amostral de 150 ha nas mesmas UPAs (sendo 100 ha na UPA

    2001 e 50 ha na UPA 2003). Para anlise do monitoramento de PPs e do censo amostral foram

    considerados todos os indivduos com DAP 40 cm. Atravs do monitoramento de PPs e do censo

    amostral realizada pela Embrapa, 11 anos aps a explorao, observou-se valores de 13,68 e 9,33

    m/ha de rea basal, respectivamente, uma divergncia de 31,8%. Conclui-se que as parcelas

    permanentes foram representativas para caracterizar a dominncia das espcies na comunidade

    florestal, e por outro lado, no foram representativas para explicar a amostragem da rea basal,

    distribuio diamtrica e abundncia de rvores.

    Palavras-chave: Parcelas Permanentes, Censo, rea basal.

    Introduo

    Entre as formaes vegetais no mundo, as florestas tropicais so consideradas as maiores em

    ecossistemas. O clima mido influencia para que essas florestas apresentem alta riqueza e ampla

    diversidade de espcies (BARROS et al., 2000).

    Para viabilizar o manejo sustentvel da madeira necessrio conhecer a floresta a ser manejada

    de forma quantitativa e qualitativa. Esse conhecimento obtido atravs do inventrio florestal (IF). Os

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • 21o Seminrio de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Oriental 20 a 22 de setembro de 2017

    Belm - Par

    IF podem ser classificados como temporrios que fornecem uma viso esttica, ou atual, realizando-se

    um levantamento prvio das espcies encontradas naquela populao inventariada, ou inventrios

    contnuos, tambm conhecidos como de monitoramento. Contudo, o IF de monitoramento, requer

    vrias mensuraes sucessivas, podendo ser realizado em qualquer rea, sob a influncia de manejo ou

    no.

    O inventrio florestal contnuo, utilizado no monitoramento da floresta remanescente atravs das

    parcelas permanentes (PPs) tem como objetivo monitorar as florestas em um determinado perodo de

    tempo, sendo realizado de forma prtica e econmica. Esse procedimento tcnico resulta na coleta de

    uma srie de informaes fundamentais sobre a populao em estudo, e a anlise dos dados coletados

    permite calcular quanto a floresta consegue crescer em um determinado perodo, fornece informaes

    sobre o nmero de rvores que conseguem ingressar na comunidade, estimar a taxa de mortalidade dos

    indivduos, auxiliar na tomada de deciso sobre o ciclo de corte, entre outros (OLIVEIRA et al., 2005).

    Segundo Alder e Synnott (1992), as PPs so reas permanentemente demarcadas na floresta,

    regularmente remedidas com o objetivo de se obter informaes sobre seu crescimento e dinmica em

    um determinado perodo de tempo. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a eficincia do

    monitoramento atravs das parcelas permanentes em uma Unidade de Manejo Florestal UMF.

    Material e Mtodos

    A Fazenda Rio Capim da empresa Cikel Brasil Verde Ltda compreende uma reserva florestal que

    possui uma superfcie de 140.000 ha com 121.000 ha destinados as atividades de explorao florestal,

    localizada no municpio de Paragominas, mesorregio sudeste paraense (318 a 350S e 4828a

    4854W).

    Nos anos de 2001 e 2003, a empresa instalou um total de 61 parcelas permanentes para

    monitoramento da floresta. No ano de 2015, a equipe de pesquisa da Embrapa Amaznia Oriental

    remediu 17 destas parcelas permanentes instaladas em perodos anteriores pela empresa. No presente

    estudo nas 17 parcelas permanentes (50 x 50 m) e no censo amostral (150 ha) foram considerados

    apenas as rvores com DAP 40 cm (dimetro altura do peito). Os resultados obtidos nos

    inventrios foram organizados em planilha eletrnicas no Software Microsoft Excel permitindo o

    clculo da rea basal por hectare, ndice de valor de cobertura, distribuio diamtrica e densidade de

    indivduos por hectare.

  • 21o Seminrio de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Oriental 20 a 22 de setembro de 2017

    Belm - Par

    Resultados e Discusso

    Aps 11 anos, no monitoramento feito pela Embrapa observou-se um total de 13,68 m/ha de

    rea basal, 31,8% superior ao encontrado no censo amostral (9,34 m/ha).

    Nas anlises do ndice de Valor de Cobertura (IVC) foi possvel observar que dentre as espcies

    de maior IVC no censo amostral e nas PPs, destacou-se a Pouteria guianensis Aubl., com 19,7% e

    11,2%, respectivamente. Na maioria das espcies com os maiores IVC coincidiram com as do censo

    amostral e das PPs, demonstrando alta similaridade florstica, apesar das diferentes intensidades

    amostrais.

    Na distribuio diamtrica das Parcelas Permanentes e UTs foi possvel constatar que a maior

    parte dos indivduos monitorados pela Embrapa ficaram na classe de 40 a 49 cm, com um total 78

    indivduos. Pelo enso amostral, foi possvel observar que a maior quantidade de indivduos no

    monitoramento est na classe diamtrica de 50 a 59 cm, com um total de 1455 indivduos, conforme

    ilustrado no Grfico 1.

    Grfico 1. Distribuio diamtrica dos indivduos monitorados pelas parcelas permanentes no ano de 2015, e pelo censitrio amostral realizado nas Unidades de Manejo Florestal, na Fazenda Rio Capim, Paragominas-PA.

    Em relao ao quantitativo de indivduos por hectare, foi possvel observar que as PPs

    representaram uma densidade de 132,8 ind./ha em uma amostragem de 3,25 ha. Por outro lado, no

    censo amostral realizado, em 150 ha de amostragem foi registrado um total de 41,4 ind./ha. A

    discrepncia na densidade do monitoramento via PPs e o censitrio amostral foi devido a pequeno

    nmero de PPs amostradas (15 PPs = 3,25 ha), insuficientes para representar o universo amostral.

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    Belm - Par

    Concluses

    O uso de parcelas permanentes para o monitoramento florestal indicou resposta positiva na

    comparao da estrutura florstica, relacionando a alta similaridade encontrada na caracterizao da

    dominncia de espcies. Porm, para as informaes dendromtricas quantitativas, como rea basal e

    nmero de rvores por hectare gerou altas discrepncia ao se comparar com as informaes do censo

    florestal.

    Agradecimentos

    Ao CNPQ pelo fomento a bolsa e a Embrapa e Cikel Brasil Verde Madeiras Ltda que

    possibilitaram a pesquisa no mbito do projeto DIAGFLOR- Embrapa Amaznia Oriental.

    Referncias Bibliogrficas

    ALDER, D.; SYNNOT, T. J. Permanent sample plot techniques for mixed tropical forest. Oxford:

    Oxford Forestry Institute, 1992. 124 p. (Oxford Forest Institute. Tropical Forestry Papers, 25).

    BARROS, A. V. de; BARROS, P. L. C. de; SILVA, L. C. da. Estudo da diversidade de espcies de

    uma floresta situada em Curu-UNA - Par. Revista de Cincias Agrrias, n. 33, p. 49-66, 2000.

    OLIVEIRA, L. C.; COUTO, H. T. Z.; SILVA, J. N. M.; CARVALHO, J. O. P. Efeito da explorao

    de madeira e tratamentos silviculturais sobre a estrutura horizontal de uma rea de 136 ha na Floresta

    Nacional do Tapajs, Belterra-Par. Scientia Forestalis, n. 69, p. 62-76, dez. 2005.

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    Belm - Par

    ANLISE DA REGENERAO NATURAL NA REA DE MANEJO FLORESTAL

    COMUNITRIO NO MUNICPIO DE ANAPU, PAR.

    Jeisiane Brenda Soares de Sousa1, Ana Caroline de Jesus de Castro2, Lucas Guimares Pereira3,

    Ademir Roberto Ruschel4. 1Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Par. [email protected] 2Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Par. [email protected] 3Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Par. [email protected]. 4Pesquisador, Empresa de Pesquisa Agropecuria Embrapa Amaznia Oriental. [email protected] Resumo: A regio amaznica apresenta uma das principais reas de diversidade biolgica do Brasil e

    o estudo da florstica de comunidades e fitossociologia auxiliam a melhor compreenso do ecossistema

    e do desenvolvimento ecolgico, alm de permitir o prvio conhecimento de espcies antes da

    explorao. O objetivo do estudo foi determinar parmetros fitossociolgicos como: densidade,

    dominncia, frequncia, distribuio diamtrica e ndice de Valor de Importncia em uma rea de

    Manejo Florestal no municpio de Anapu, Pa. Utilizaram-se dados do inventrio amostral em cinco

    parcelas permanentes de um hectare da Unidade de Produo Anual UPA-6 da rea de Manejo

    Florestal do Projeto de Desenvolvimento Sustentvel Virola-Jatob, onde foram verificados

    parmetros fitossociolgicos de arvoretas com dimetro maior ou igual a 5 cm e menor do que 10 cm

    (5 cm DAP < 10 cm). Foram encontradas 33 famlias, 72 gneros, 113 espcies e a famlia de maior

    riqueza foi a Fabaceae. A espcie com maior dominncia e abundncia Eschweilera parviflora

    (Aubl.) Miers. Na regenerao natural da rea de manejo florestal da AVJ identificou-se alta

    diversidade florstica e a famlia que mais acumulou espcies foi a Fabaceae. A estrutura diamtrica da

    populao regenerante no apresentou descontinuidade, indicando equilbrio na regenerao natural.

    Palavras-chave: florstica, ndice de valor de importncia, arvoretas.

    Introduo

    A regio amaznica apresenta uma das principais reas do Brasil com alta diversidade de

    espcies florestais, com distribuio heterognea e formando agrupamentos ecolgicos complexos. Por

    apresentar particularidades como processos ecolgicos e dinmica complexa, barreiras geogrficas

    limitam o processo de disperso. Fato esse, que em reas fragmentadas implicam na dominncia da

    recolonizao de algumas populaes (COND; TONINI, 2013; PINHEIRO et al., 2007;

    SAPORETTI JUNIOR et al., 2016).

    Para a realizao da caracterizao de comunidades utiliza-se parmetros fitossociolgicos

    como: densidade, dominncia, frequncia, valor de importncia (IVI), ndice de diversidade, alm da

    mailto:[email protected]:[email protected]

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    Belm - Par

    distribuio diamtrica (SOUZA; SOARES, 2013). A densidade definida pelo nmero de indivduos

    por hectare; a dominncia, definida pela rea basal da espcie e do povoamento florestal; frequncia,

    mede a distribuio percentual de cada espcie pela rea (SOARES et al., 2006).

    O objetivo do estudo foi avaliar parmetros os fitossociolgicos como: densidade, dominncia,

    frequncia, distribuio diamtrica e IVI em uma rea de Manejo Florestal no municpio de Anap, Pa.

    Material e Mtodos

    A rea de estudo localiza-se no municpio de Anap, PA com 025647,81 Latitude Sul e

    511704,98 de Longitude a Oeste, foi realizado inventrio amostral de parcelas permanentes na

    Unidade de Produo Anual (UPA-6) da rea de Manejo Florestal (AMF) do Projeto de

    Desenvolvimento Sustentvel Virola-Jatob - AVJ.

    Os dados foram obtidos do inventrio amostral realizado em 2015, onde consistiu da mensurao

    de rvores, arvoretas e varas, em cinco parcelas permanentes (PPs) com rea de um hectare

    (100 x 100 m), distribudas nas cinco unidades de trabalho (UTs) da UPA-06. No presente trabalho

    considerou-se para anlise fitossocilgica arvoretas 5 cm DAP < 10 cm. Onde, foram determinados

    Densidade Absoluta (DA), Densidade Relativa (DR) Frequncia Absoluta (FA), Frequncia Relativa

    (FR), Dominncia Absoluta (DA), Dominncia Relativa (DR) e ndice de Valor de Importncia (IVI)

    sendo estes dados processados no aplicativo MFT e posteriormente exportadas e analisadas para as

    planilhas eletrnicas Microsoft Office Excel.

    Resultados e Discusso

    Sobre o universo de 556 indivduos amostrados de arvoretas obteve-se 33 famlias, 72 gneros,

    113 espcies. As mesmas acumularam uma rea basal de 0,43 m2/ha-1. As famlias com maior riqueza

    de espcies foram Fabaceae (19), Sapotaceae (11), Chrysobalanaceae (6), Lecythidaceae (6) e

    Moraceae (6), as espcies mais representativas quanto ao IVI obtiveram os valores de 18,12%,

    17,49%, 12,71%, 12,60%, 12,52%, respectivamente, Eschweilera parviflora (Aubl.) Miers, Sagotia

    racemosa Baill., Rinorea guianensis Aubl., Zygia racemosa (Ducke) Barneby & J.W.Grimes e Inga

    spp.. Cond e Tonini (2013) tambm identificaram as espcies da famlia Fabaceae as mais

    representativas na regio amaznica.

    Cinco espcies ocuparam um quarto do IVI da comunidade florestal e a espcie com maior valor

    foi E. parviflora com 6% (Tabela-1). De acordo com Maciel et al. (2015) E. parviflora foi a espcie

    mais representativa.

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    Tabela 1: Parmetros fitossociolgicos Densidade Relativa (DR), Dominncia Relativa (DoR), Frequncia Relativa (FR) e ndice de Valor de Importncia de espcies ocorrentes na rea de Manejo Florestal (AMF) do Projeto de Desenvolvimento Sustentvel Virola-Jatob em Anap, Par.

    A distribuio diamtrica em intervalo de 0,5 cm permitiu evidenciar que a distribuio

    diamtrica foi irregular, embora decrescente com o avanar do tamanho diamtrico, sendo o valor

    mximo de 18,8 Ind./ha-1 e mnimo de 4,6 Ind./ha-1. A pequena oscilao nas classes diamtricas

    indica a resposta da regenerao aos eventos naturais como anos de maior produo de sementes,

    herbivoria, eventos climticos como estiagens e outros. Se observado em escala diamtrica de maiores

    intervalos, ainda imita perfeitamente a distribuio em forma de J invertido, padro esperado para

    florestas inequineas.

    Grfico 1: Distribuio de ind./ha-1 em classes diamtricas na rea de Manejo Florestal (AMF) do Projeto de Desenvolvimento Sustentvel Virola-Jatob em Anapu, Par.

    Espcies FR DoR (%)

    DA (ind./ha)

    IVI (%)

    Eschweilera parviflora (Aubl.) Miers

    2,37 8,02 8,60 6,04

    Sagotia racemosa Baill. 2,37 7,57 8,40 5,8 Rinorea guianensis Aubl. 2,37 5,67 5,20 2,5 Zygia racemosa (Ducke) Barneby & J.W.Grimes

    0,95 5,90 6,40 4,2

    Inga spp. 2,37 5,11 5,60 4,2 Total parcial 10,42 32,28 34,2 24,5 Outras espcies 89,57 67,71 77 75,5 Total 100 100 111,2 100

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    Concluses

    Na regenerao natural da rea de manejo florestal da AVJ identificaram alta diversidade

    florstica, indicando que a diversidade das espcies adultas est se perpetuando perfeitamente. A

    famlia Fabaceae foi mais representativa quanto ao nmero de espcies ocorrentes na rea. As espcies

    de maior importncia ecolgica so Eschweilera parviflora (Aubl.) Miers, Sagotia racemosa Baill. e

    Rinorea guianensis Aubl. Igualmente, observou-se que a estrutura diamtrica da populao

    regenerante no apresentou descontinuidade, indicando equilbrio na regenerao natural.

    Agradecimentos

    A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (EMBRAPA Amaznia Oriental). Aos

    pesquisadores, analistas, estagirios e equipe do Laboratrio de Conservao e Manejo de Florestas

    Tropicais Projeto Bom Manejo, pelo espao concedido e incentivo recebido.

    Referncias Bibliogrficas

    COND, T. M.; TONINI, H. Fitossociologia de uma floresta ombrfila densa na Amaznia

    setentrional, Roraima, Brasil. Acta Amazonica, v. 43, n. 3, p. 247-260, 2013.

    MACIEL, M. de N. M.; QUEIROZ, W. T. de; OLIVEIRA, F. de A. Parmetros fitossociolgicos de

    uma floresta tropical de terra firme na Floresta Nacional de Caxiuan (PA). Revista de Cincias

    Agrrias, n. 34, p. 85-106, 2015.

    PINHEIRO, K. A. O.; CARVALHO, J. O. P. de; QUANZ, B.; FRANCEZ, L. M. de B.; SCHWARTZ,

    G. Fitossociologia de uma rea de preservao permanente no leste da Amaznia: indicao de

    espcies para recuperao de reas alteradas. Floresta, v. 37, n. 2, p. 175-187, 2007.

    SAPORETTI JUNIOR, A. W.; FERREIRA JNIOR, W. G.; MENEZES, L. F. T. de; MARTINS, S.

    V. Estrutura e grupos ecolgicos de um trecho de floresta estacional semidecidual montana no

    municpio de Dom Silvrio, Minas Gerais. Revista Interface, n. 12, p. 55-69, 2016.

    SOARES, C. P. B.; PAULA NETO, F. de; SOUZA, A. L. de. Dendrometria e inventrio florestal.

    Viosa: UFV, 2006.

    SOUZA, A. L.; SOARES, C. P. B. Florestas nativas: estrutura, dinmica e manejo. Viosa: Editora

    UFV, 2013. 322 p.

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    AVALIAO DA ESTRUTURA POPULACIONAL DA Carapa guianensis Aubl. APS 30 ANOS

    DA EXPLORAO NA FLONA DE TAPAJS.

    Jssica Costa dos Santos1, Marcos Vinicius Prestes Pinto2, Mrcio Hoffman Mota Soares3, Ademir

    Roberto Ruschel4 1 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade Federal Rural da Amaznia. [email protected]. 2 Engenheiro florestal, Universidade Federal Rural da Amaznia. [email protected]. 3 Analista, Embrapa Amaznia Oriental. [email protected]. 4 Pesquisador, Embrapa Amaznia Oriental, e-mail: [email protected].

    Resumo: A Floresta Nacional do Tapajs uma Unidade de Conservao Federal criada pelo Decreto n

    73.684/1974, na regio oeste do Par. A unidade referncia, no Brasil e na Amrica Latina, em gesto

    socioambiental, uso sustentvel e pesquisa cientfica. Para estudo, foi realizado um inventrio em parcelas

    permanentes no Km 67 da floresta Nacional de Tapajs, onde foram inventariados todos os indivduos

    com DAP 30, com o objetivo de verificar a distribuio diamtrica da Carapa guianensis Aubl. na

    Floresta Nacional de Tapajs-PA aps 30 anos de explorao. Aps a coleta de dados em campo,

    levantamento de informaes e processamento, foram realizadas observaes da estrutura diamtrica da

    floresta, em especial, avaliados o comportamento diamtrico da espcie Carapa guianensis Aubl. em

    diferentes anos (1975 - 2009). As rvores foram agrupadas em oito intervalos de classes diamtricas com

    amplitude de 10 cm. Pode-se constatar que a distribuio diamtrica arbrea foi tipo exponencial negativa

    e que preciso um maior perodo de tempo para que a floresta melhor se reestabelea.

    Palavras-chave: andirobeira, recuperao populacional

    Introduo

    Pertencente famlia Meliaceae, a espcie Carapa guianensis Aubl. ocorre em toda a regio

    amaznica. Esta espcie conhecida popularmente como andirobeira O leo extrado das sementes

    usado tradicionalmente pelo consagrado poder farmacolgico, no entanto, esta espcie tambm tem

    utilidade madeireira, sendo, esta, muito apreciada pela indstria por apresentar boas caractersticas

    silviculturais. Sua altura pode variar de 20 cm a 30 m e de dimetro, 50 a 120 cm (LORENZI, 1992).

    A madeira possui grande potencial de explorao madeireira e no madeireira na Amaznia.

    uma espcie que tolera sombra nas etapas iniciais de seu desenvolvimento, mas que precisa de iluminao

    para passar pelas etapas intermedirias at a maturidade (MACIEL et al., 2003). Por tanto, para haver

    regenerao e para que se possa explorar a floresta em volume no segundo ciclo de corte, importante

    permitir a manuteno das espcies, garantindo maior diversidade e valorizao da floresta em p,

    atendendo os requisitos do plano de manejo sustentvel.

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    Na Floresta Nacional do Tapajs, unidade de conservao federal, houve corte em 1979, e as

    arbreas de maiores valores comerciais foram, em sua maioria, retiradas com volume 72,5 m3 ha-1, o que

    se considera volume explorado alto em relao ao volume que o Plano de Manejo Sustentvel florestal

    estabelece. Para tal, importante ter conhecimento ampliado sobre a autoecologia das espcies, o que

    facilitar o manejo sustentvel da floresta (VIEIRA et al., 2013). O presente trabalho teve o objetivo de

    verificar a distribuio diamtrica da Carapa guianensis Aubl. na Floresta Nacional de Tapajs-PA aps

    30 anos de explorao.

    Material e Mtodos

    Os dados foram coletados no stio experimental Km 67 da Rodovia BR-163, na Floresta Nacional

    de Tapajs (55 00 W, 2 45 S), oeste do Par. A rea de estudo apresenta relevo um pouco acidentado

    e topografia suavemente ondulada a ondulada, predominando o solo do tipo Latossolo Amarelo Distrfico

    (IBAMA, 2004). A vegetao classificada como Floresta Ombrfila Densa, caracterizando-se pela

    dominncia de indivduos arbreos de grande porte e pela abundncia de lianas lenhosas, palmeiras e

    epfitas (VELOSO, 1991 apud VIEIRA et al., 2013).

    Segundo Costa Filho et al. (1980), em meados de 1945, na FLONA de Tapajs foram exploradas

    espcies de alto valor comercial (Aniba roseodora Ducke, Manilkara elata (Alemo ex Miq.) Monach.,

    Cordia goeldina Huber e Cedrela odorata L.). Em 1975 foi feito censo de 64 ha das espcies madeireiras

    com DAP 15 cm. Posteriormente, em 1979, foi feita uma explorao intensiva de 64 espcies

    madeireiras, onde, estas, acumularam em mdia 72,5 m3 h-1 de volume explorado. Entre as espcies

    exploradas que se destacaram est a Carapa guianensis Aubl. (COSTA FILHO et al., 1980).

    Para realizao deste estudo, foram observados indivduos de Carapa guianensis Aubl.

    identificados, mapeados e medidos; nos anos de 1975 (amostragem de 62,5 ha) e 2009 (amostragem 65

    ha). Foi realizado um inventrio 100%, as informaes de todos os indivduos rboreos com DAP a

    1,30m do solo 30 cm. Foram determinadas oito classes de dimetro de todos os indivduos.

    No tratamento dos dados e clculos se utilizou os softwares Manejo de Florestas Tropicais (MFT)

    (Software Embrapa Amaznia Oriental) e Microsoft Excel; foram verificadas distribuio diamtrica e

    rea basal comparando entre os anos citados anteriormente, gerados grficos e tabelas.

    Resultados e Discusso

    Para todas as espcies, os resultados de rea basal e nmero de indivduos por hectare no ano de

    1975 foram 25,79 m ha-1 e 111,87, respectivamente. J no ano de 2009 a rea basal foi bem menor,

    totalizando 16,75 m ha-1 e 95,2 indivduos por hectare. Resultados esses de demonstram 30 anos que se

    passaram da colheita no foram suficientes para repor o estoque dessa floresta.

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    Quanto aos resultados apenas da Carapa guianensis, pode-se concluir o mesmo, uma vez que em

    1975 foi quantificado para a espcie em rea basal 2,86 m ha-1 para 13,9 indivduos por hectare, j em

    2009 os valores tambm foram menores (1,25 m ha-1 e 7,1 indivduos por hectare).

    Aps 30 anos de explorao, pode se observar que a distribuio de classes em dimetro aps a

    explorao no ano 1975, foi de distribuio exponencial negativa, na forma de J invertido. Pode-se

    observar que houve uma menor representatividade de distribuio de indivduos no ano 1975, exceto a

    classe de maior dimetro (30 cm a 40 cm). Comportamento esse que evidncia que o fragmento florestal

    estudado estava em estado seccional mais prximo do clmax em 1975 do que em 2009.

    A floresta apresentou estrutura diamtrica com formato exponencial negativa. A maior

    representatividade de indivduos est na primeira classe de dimetro com DAP de 30 a 40 cm, composta

    por indivduos que compe a regenerao natural.

    Embora aps os 30 anos de recuperao da floresta estudada, a Carapa guianensis no recuperou o

    estoque de 1975 aps a explorao, pode-se afirmar que tal resultado deve-se a explorao massiva de

    72,5 m3 h-1 do volume.

    Figura 1. Distribuio diamtrica de todos os indivduos arbreos em medio nos anos de 1975 e 2009 no Km 67 da Floresta Nacional de Tapajs-PA.

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    Concluses

    Considerando que cada espcie tem um comportamento diferenciado, a espcie estudada no

    apresentou recuperao de estoque satisfatrio, visto que precisa de tempo maior que 30 anos para

    recuperar-se, toda via, apresentou distribuio diamtrica no formato J investido, o que importante

    para a recuperao estabilizao da espcie no ambiente.

    Agradecimentos

    equipe do Manejo e Conservao Florestal (Bom Manejo) pela oportunidade de estudos e

    Embrapa Amaznia Oriental pelo apoio logstico e financeiro.

    Referncias Bibliogrficas

    COSTA FILHO, P. P.; COSTA, H. B.; AGUIAR, O. R. Explorao mecanizada da floresta mida sem

    babau. Belm, PA: EMBRAPA-CPATU, 1980. (EMBRAPA-CPATU. Circular tcnica, 9).

    IBAMA. Floresta Nacional do Tapajs: Plano de Manejo. Belterra: IBAMA, 2004.

    LORENZI, H. rvores brasileiras: manual de identificao e cultivo de plantas arbreas nativas do

    Brasil. So Paulo: Plantarum, 1992. 368 p.

    MACIEL, M. N. M.; WATZLAWICK, L. F.; SCHOENINGER, E. R.; YAMAJI, F. M. Classificao

    ecolgica das espcies arbreas. Revista Acadmica: Cincias Agrrias e Ambientais, v. 1, n. 2, p. 69-

    78, abr./jun. 2003.

    VIEIRA, D. S.; GAMA, J. R. V.; RIBEIRO, R. B. S.; XIMENES, L. C. Estrutura, distribuio espacial e

    volumetria de Carapa guianensis Aubl. na Floresta Nacional do Tapajs. Nature and Conservation, v.

    6, n. 2, p. 1825, 2013.

    Figura 2. Distribuio diamtrica da Carapa guianensis Aubl. em medio nos anos de 1975 e 2009 no Km 67 da Floresta Nacional de Tapajs-PA.

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    COMPOSIO FLORSTICA E ESTRUTURA DA FLORESTA SECUNDRIA EM UM

    PERMETRO URBANO, BELM-PA

    Lucas Guimares Pereira1, Caio Felipe Almeida Rodrigues2, Aryane Rafaela Monteiro

    Rodrigues3, Ademir Roberto Ruschel4 1Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Par. [email protected]. 2Mestrando em Cincias Florestais, Universidade Federal Rural da Amaznia. [email protected] 3 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do [email protected] 4 Pesquisador A, Dr. em Biologia,Embrapa Amaznia Oriental. [email protected] Resumo: Fragmentos florestais urbanos so classificados como reservas naturais de diversidade e que

    at ento so temticas pouco discutidas na esfera dos rgos ambientais competentes. O objetivo

    deste trabalho foi avaliar a composio e estrutura florstica de um fragmento florestal aps 60 anos de

    regenerao secundria em permetro urbano, fornecendo informaes sobre seu estado de

    conservao. Em rea 7,75ha foi realizado o inventrio florstico com 100% de intensidade (censo) das

    espcies arbreas e palmeiras com dimetro 15 cm a altura de 1,3m (DAP). Avaliou-se a

    composio florstica, fitossociolgica e estrutura diamtrica de todos os indivduos mensurados e os

    principais nmeros obtidos foram: Um rol de 2.239 indivduos arbreos e palmeiras, distribudos em

    178 espcies e 47 famlias botnicas. As famlias mais representativas foram a Fabaceae (35),

    Annonaceae (8), Moraceae (7), Lecythidaceae (7) e Rubiaceae (7). As famlias com maior abundncia

    destacaram-se, respectivamente: Fabaceae, Arecaceae, Lauraceae, Anacardiaceae e Simaroubaceae e a

    estrutura diamtrica seguiu o padro (J-invertido). Constatou-se que o fragmento apresenta um bom

    grau de conservao, indicando uma manuteno do nmero de espcies, mesmo aps distrbios que

    eventualmente possa ter ocorrido na rea.

    Palavras-chave: dinmica sucessional, espcies arbreas, fitossociologia

    Introduo

    Ainda pouco o que se tem de informaes sobre a composio florstica e sobre a estrutura de

    remanescentes florestais, os quais serviriam como base para estudos sinecolgicos e autoecolgicos

    que constituiriam informaes essenciais recomposio e ao restabelecimento desses fragmentos

    florestais, fomentando cada vez mais a sua conservao. Um conceito bastante difundido para esse tipo

    de estudo o de florestas secundrias na regio amaznica que, por sua vez, foi definida pela Instruo

    Normativa 08 de 28/10/2015 como a vegetao resultante dos processos naturais de sucesso, aps

    supresso total da vegetao primria por aes antrpicas ou causas naturais (PAR, 2015).

    Objetivou-se caracterizar a estrutura florstica de espcies arbreas e palmeiras de um fragmento de

    floresta secundria, localizado em permetro urbano.

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    Belm - Par

    Material e Mtodos

    rea de estudo

    A Capoeira do Black localizada em Belm-PA possui uma rea retangular de 7,75 ha, coberta

    por vegetao secundria em avanado estgio de sucesso, com aproximadamente 60 anos de

    regenerao, localizado a 012700 S e 484900 O, e altitude de 10 m, em Latossolo Amarelo

    distrfico. O clima da regio, segundo a classificao de Kppen, equatorial Af, com temperatura

    mdia anual de 26 C, pluviosidade mdia anual de trs mil milmetros e umidade relativa do ar em

    torno de 90% (BASTOS, 1972).

    A rea apresenta grande potencial para o atendimento de trs importantes demandas: a) espao

    verde acessvel populao; b) rea para o desenvolvimento de aulas prticas em disciplinas como

    ecologia, zoologia e botnica e c) desenvolvimento de pesquisas que venham demandar medies

    repetidas e a presena constante de pesquisadores no campo.

    Amostragem

    Foi realizado o inventrio florstico com 100% de intensidade (censo) das espcies arbreas e

    palmeiras com dimetro 15 cm a altura de 1,3m (DAP).

    Processamento e anlise dos dados

    Para as anlises fitossociolgicas foi calculado a dominncia relativa, densidade relativa,

    frequncia relativa e ndice de valor de Importncia (IVI) das espcies arbreas e palmeiras. A

    distribuio diamtrica das espcies foi agrupada em cinco classes em intervalos de 10 cm de DAP.

    Resultados e Discusso

    Narea de amostra foram encontrados 2.239 indivduos arbreos e palmeiras com DAP 15 cm,

    distribudos em 178 espcies e 47 famlias botnicas. Desse total, 7 indivduos ficaram sem

    identificao botnica (a identificar).

    A famlia Fabaceae foi, quantitativamente, a mais representativa com 35 espcies, seguidos de

    Annonaceae com 8 espcies, Moraceae (7), Lecythidaceae (7) e Rubiaceae (7). Foi observado que

    cinco espcies acumulam ao maior IVI aproximadamente 30% de toda a comunidade (Figura 1).

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    Belm - Par

    Figura 1 Valores relativos das dez espcies de maior IVI no fragmento Capoeira do Black.

    Aps o censo florestal, foram contabilizados 418 indivduos pertencentes a famlia Fabaceae,

    seguidos de Arecaceae (230), Lauraceae (207), Anacardiaceae (177) e Simaroubaceae com 107

    indivduos. Na figura 2 esto apresentadas as dez famlias botnicas de maior expressividade no

    fragmento Black.

    Figura 2 As 10 famlias mais representativas em nmeros de indivduos da comunidade.

    Na figura 3 pode ser observado o comportamento da distribuio diamtrica no conjunto total de

    indivduos, agrupados em classes com intervalos de 10 cm.

    A estrutura diamtrica do povoamento seguiu o padro usual de florestas tropicais inequineas

    (J-invertido), que segundo Vieira et al. (2014) o comportamento tpico de florestas de terra firme da

    Amaznia Oriental.

    418

    230 208 176

    107 92 91 75 70 65

    0

    100

    200

    300

    400

    N

    iNDi

    VDU

    OS

    Famlia

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    Figura 3 Distribuio diamtrica dos indivduos amostrados no censo florestal.

    Foi possvel visualizar uma alta concentrao de indivduos nas primeiras classes de dimetro

    (80% at o limite de 35 cm), que, em termos dinmicos, pode-se constatar que os maiores incrementos

    de indivduos na comunidade florestal ocorreram entre as duas primeiras classes diamtricas.

    Concluses

    O fragmento florestal Capoeira do Black apresenta uma elevada riqueza florstica distribuda nos

    componentes arbreos e palmeiras, indicando um avanado estgio sucessional, tais como elevado

    nmero de espcies e indivduos, e a sua distribuio diamtrica obedeceu ao comportamento tpico de

    florestas de terra firme na Amaznia.

    Agradecimentos

    A Embrapa Amaznia Oriental pelo suporte e estrutura e a equipe de campo acadmicos do

    curso de Engenharia florestal da UFPA e UFRA pelo empenho na execuo do projeto.

    Referncias Bibliogrficas

    BASTOS, T. X. O estado atual do conhecimento das condies climticas da Amaznia brasileira. In:

    ZONEAMENTO Agrcola da Amaznia. Belm, PA: IPEAN, 1972. p. 68-122. (IPEAN. Boletim

    tcnico, 54).

    PAR. Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Instruo Normativa 08, de 28 out. 2015. Dirio

    Oficial do Estado do Par, n. 33.003, p. 31-33, 03 nov. 2015. Disponvel em:

    .

    Acesso em: 3 ago. 2017.

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    Belm - Par

    VIEIRA, D. S.; GAMA, J. R. V.; RIBEIRO, R. B. da S.; XIMENES, L. C.; CORRA, V. V.; ALVES,

    A. F. Comparao estrutural entre floresta manejada e no manejada na Comunidade Santo Antnio,

    estado do Par. Cincia Florestal, v. 24, n. 4, p. 1067-1074, 2014.

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    Belm - Par

    ESPCIES VIRAIS EM LAVOURAS DE FEIJO-DE-METRO NO ESTADO DO PAR

    Caterynne Kauffmann1, Ayane Fernanda Ferreira Quadro2, Izabel Cristina Barbosa3, Alessandra

    de Jesus Boari4

    1Graduanda em Agronomia, Universidade Federal Rural da Amaznia. [email protected] 2Graduanda em Agronomia, Universidade Federal Rural da Amaznia. [email protected] 3Graduanda em Agronomia, Universidade Federal Rural da Amaznia. [email protected] 4 Pesquisador D.Sc. em Fitopatologia, Embrapa Amaznia Oriental. [email protected] Resumo: O feijo-de-metro (Vigna unguiculata ssp. unguiculata cultigrupo sesquipedalis) uma

    hortalia bastante cultivada em todo o mundo. No Estado do Par considerada uma das principais

    hortalias consumidas, e cultivada principalmente por pequenos produtores que tm nela, uma de

    suas principais fontes de renda. Entretanto, comum observar altssimas incidncias de viroses nos

    plantios paraenses, que se caracterizam por aparecimento de sintomas caractersticos como mosaico e

    embolhamento foliar. No Brasil, praticamente no h estudos sobre viroses nesta cultura. Assim, o

    objetivo deste trabalho foi identificar os principais vrus que ocorrem nos plantios. Para isso, realizou-

    se o teste sorolgico PTA-ELISA utilizando os antissoros contra os vrus Cowpea aphid-borne mosaic

    virus (CABMV), Cucumber mosaic virus (CMV), Cowpea severe mosaic virus (CPSMV) e Tomato

    chlorotic spot virus (TCSV). Foram coletadas 66 amostras de feijo-de-metro em plantios localizados

    nos municpios de Ananindeua, Belm, Castanhal, Santa Isabel, Terra Alta e Altamira. Foram

    detectados os vrus CMV (41 amostras), CABMV (28 amostras) e CpSMV (4 amostras), sendo os dois

    primeiros em maior incidncia.

    Palavras-chave: CMV, CABMV, Vigna unguiculata cultigrupo sesquipedalis

    Introduo

    O feijo-de-metro (Vigna unguiculata (L.) Walp. ssp. unguiculata Verdc. cultigrupo

    sesquipedalis Westphal) uma hortalia da famlia Fabaceae, bastante cultivada em todo o mundo.

    Tem a frica Central como centro de origem, e foi cultivado inicialmente no sudeste asitico (SILVA;

    NEVES, 2011).

    No Brasil foi introduzido no Nordeste pelos colonizadores europeus, posteriormente,

    disseminou-se para regies Norte e Centro-oeste. Na regio Norte, seu consumo expressivo, e a

    demanda atendida principalmente por pequenos produtores que tm nele uma de suas principais

    fontes de renda (SILVA; NEVES, 2011). uma das principais hortalias consumidas no Estado do

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    Belm - Par

    Par. E a sua demanda atendida principalmente por pequenos produtores que tm nele uma de suas

    principais fontes de renda.

    De forma geral, a espcie suscetvel a vrias doenas causadas por fungos, bactrias,

    nematoides e vrus. No Mundo, os vrus constituem um grupo muito importante para o gnero Vigna

    spp., sendo os principais: Bean common mosaic virus (BCMV), Blackeye cowpea mosaic virus

    (BICMV), Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV), Cucumber mosaic virus (CMV), Cowpea

    mild mottle virus (CPMMV), Cowpea severe mosaic virus (CPSMV), Cowpea chlorotic mottle virus

    (CCMV), Mungbean yellow mosaic virus (MYMV), Tomato chlorotic spot virus (TCSV) e Mungbean

    yellow mosaic India virus (MYMIV) (ALMEIDA et al., 2015; BRITO et al., 2012; HAMPTON et al.,

    1997).

    As condies de alta temperatura comum na regio Amaznica so desfavorveis ao seu cultivo

    e favorecem a incidncia de doenas, impedindo a obteno de bons rendimentos cultura, devido a

    isto sua oferta no regular durante todo o ano (CARDOSO, 1997). Uma das doenas limitantes para

    o cultivo desta cultura so as viroses. Assim, este o objetivo deste trabalho foi identificar os principais

    vrus que ocorrem nos plantios de feijo-de-metro em diferentes municpios do Estado do Par.

    Material e Mtodos

    a) Obteno de amostras e manuteno dos isolados virais Foram obtidas amostras de folhas de feijo-de-metro dos plantios localizados nos municpios de

    Ananindeua, Belm, Castanhal, Santa Isabel, Terra Alta e Altamira. As amostras foliares foram

    mantidas por meio da dessecao e armazenamento -20 oC e tambm -80 oC.

    b) Teste sorolgico PTA-ELISA O teste sorolgico de ELISA-PTA foi realizado seguindo o protocolo de Mowat e Dawson

    (1987). Extrato de amostras foliares de feijo-de-metro com sintomas de viroses foram testadas contra

    os antissoros para os vrus CpSMV, CMV, TCSV e CABMV. Os antissoros CpSMV, CMV e

    CABMV foram gentilmente cedidos pelo prof. Jos Albrsio A. Lima da Universidade Federal do

    Cear.

    Amostras individuais de feijo-de-metro e controles positivos e negativo foram maceradas em

    almofariz na presena de tampo carbonato, na diluio de 1:10, sendo colocados 100 L destas

    amostras, por pocinho em placa de ELISA, em duplicata. As amostras foram incubadas por 1 hora a

    37 oC, seguida de 3 lavagens consecutivas com PBS-Tween. Posteriormente, foram adicionados 100

    L de antissoro especfico diludo 1:500 em tampo Tris-HCl. Novamente, a placa de ELISA foi

    incubada por uma 1 hora a 37 oC e lavada com PBS-Tween. Em seguida, foram adicionados em cada

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    Belm - Par

    pocinho 100uL de IgG conjugada com fosfatase alcalina (Sigma-Aldrich), diluda de 1:5.000 em

    tampo Tris-HCl pH 7,2 e posteriormente incubados e lavados, como descrito anteriormente. Cem

    microlitros do substrato para-nitrofenilfosfato diludo em dietanolamina (0,6 mg/mL) foram colocados

    em cada pocinho e incubados no escuro a temperatura ambiente por 30 a 60 minutos.

    As leituras de absorbncia (405 nm), na leitora de ELISA Multiskan FC (Thermofisher), foram

    feitas considerando as amostras positivas aquelas com valores os resultados analisados pela mdia das

    leituras (duplicata) da amostra infectada, sobre a mdia das leituras da amostra sadia. Uma amostra foi

    considera positiva quando seu valor de absorbncia foi 2 vezes maior ao do controle sadio.

    Resultados e Discusso

    Teste sorolgico PTA-ELSA

    Das 66 amostras analisadas por teste PTA-ELISA foram detectadas as espcies CMV, CABMV

    e CpSMV como descrito na tabela abaixo. Amostras com sintomas caractersticos de viroses no

    reagiram com nenhum dos antissoros testados, evidenciando a presena de outra(s) espcies virais nos

    plantios paraenses.

    Tabela 1. Nmero de amostras infectadas por diferentes espcies de vrus provenientes de diferentes

    municpios no Estado do Par.

    Municpio CABMV CMV CpSMV TCSV Ananindeua 0 0 1 0 Belm 8 15 0 0 Castanhal 14 23 0 0 Santa Isabel 2 2 1 0 Terra Alta 3 0 2 0 Altamira 1 1 0 0 Total 28 41 4 0

    O CMV foi o vrus de maior ocorrncia seguido do CABMV e CpSMV. No foi detectado vrus

    do gnero Tospovirus em feijo-de-metro. Este o primeiro levantamento de viroses em feijo-de-

    metro realizado no Brasil. Os dados deste trabalho auxiliaro na elaborao de estratgia de manejo.

    Concluses

    Dentre os antissoros testados foram detectadas as espcies Cowpea aphid-borne mosaic virus

    (CABMV), Cucumber mosaic virus (CMV) e Cowpea severe mosaic virus (CpSMV), sendo as duas

    primeiras de maior ocorrncia.

    Agradecimentos

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    Os autores agradecem FAPESPA pelo apoio ao projeto.

    Referncias Bibliogrficas

    ALMEIDA, M. M. S.; ORILIO, A. F.; MELO, F. L.; FELIZ, A.; CAYETANO, X.; MARTINEZ, R.

    T.; RESENDE, R. O. The first report of Tomato chlorotic spot virus (TCSV) infecting long beans and

    chilli peppers in the Dominican Republic. Plant Disease, v. 98, n. 9, p. 1285, 2015.

    BRITO, M.; FERNANDEZ-RODRIGUEZ, T.; GARRIDO, M. J.; MEJAS, A.; ROMANO, M.;

    MARYS, E. First report of Cowpea mild motlle Carlavirus on yardlong bean (Vigna unguiculata

    subsp. Sesquipedalis) in Venezuela. Viruses, v. 4, p. 3804-3811, 2012.

    CARDOSO, M. O. (Coord.). Hortalias no-convencionais da Amaznia. Braslia, DF: Embrapa-

    SPI; Manaus: Embrapa-CPAA, 1997. 150 p.

    HAMPTON, R. O.; THOTTAPPILY, G.; ROSSEL, H. W. Viral diseases of cowpea and their control

    by resistance-confering genes. In: SINGH, B. B.; MOHAN, R. D. R.; DASHIELL, K. E.; JACKAI, L.

    E. N. (Ed.). Advances in cowpea research. Ibadan: IITA, JIRCAS, 1997. p. 159-175.

    MOWAT, W. P.; DAWSON, S. Detection of plant viruses by ELISA using crude sap extracts and

    unfractionated antisera. Journal of Virology Methods, v. 15, p. 233-247, 1987.

    SILVA, J. A. L.; NEVES, J. A. Produo de feijo-caupi semi-prostrado em cultivos de sequeiro e

    irrigado. Revista Brasileira Cincia Agrria, v. 6, n. 1, p. 29-36, 2011.

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    CARACTERIZAO DE ISOLADOS DE Xanthomonas axonopodis pv. manihotis

    Victor Fernando Galvo Bezerra1

    , Alessandra Keiko Nakasone Ishida2

    , Sandra Valria Dias Cardoso3

    ,

    Luana Cardoso de Oliveira4

    1Bolsista PIBIC Embrapa Amaznia Oriental, Laboratrio de Fitopatologia, [email protected] 2Pesquisadora Embrapa Amaznia Oriental, Laboratrio de Fitopatologia, [email protected] 3Mestranda, Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Lavras, [email protected] 4Doutoranda Embrapa Amaznia Oriental, Laboratrio de Fitopatologia, [email protected]

    Resumo: O presente trabalho teve como objetivo a caracterizao de isolados de Xanthomonas

    axonopodis pv. manihotis a partir de testes bioqumicos. Foram utilizados 35 isolados provenientes de

    municpios paraenses, coletados entre os anos de 2012 e 2017. Foram aplicados os testes de Gram em

    hidrxido de potssio (3%) e por colorao (Sigma-Aldrich), catalase pela quebra do perxido de

    hidrognio (3%), oxidase pelas tiras de p-fenilenodiamina (Laborclin), amilase pela hidrlise de amido,

    Xanthomonadina e Bactray (I e II). Os resultados obtidos para todos os testes corresponderam aos

    descritos na literatura utilizada, exceto a produo de acetona pelos isolados que um fenmeno no

    caracterstico da espcie.

    Palavras-chave: Manihot esculenta, bacteriose, testes bioqumicos

    Introduo

    A bacteriose, causada pela Xanthomonas axonopodis pv. manihotis, a doena de maior

    importncia da cultura da mandioca. Seus sintomas envolvem manchas e necroses foliares, murcha, morte

    descendente, exsudao gomosa e necrosamento do sistema vascular do vegetal (CEBALLOS, 1977). No

    Brasil, a doena encontra-se mais expressiva nas regies Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde pode possuir

    carter altamente destrutivo. No Par, a bacteriose est presente nos municpios de Acar, Ananindeua,

    Capanema, Capito Poo, Castanhal, Igarap Au, Moju, Santa Isabel do Par, So Francisco do Par e

    Tracuateua, onde apenas os sintomas foliares da doena foram encontrados (ISHIDA et al., 2016). Desse

    modo, esse trabalho teve como objetivo caracterizar 35 isolados de Xanthomonas axonopodis pv.

    manihotis (Xam), a partir dos testes bioqumicos de Gram, Catalase, Oxidase, Hidrlise de amido,

    Xantomonadina e Bactray.

    Material e Mtodos

    Os isolados utilizados, provenientes dos municpios de Acar, Belm, Bragana, Capito Poo,

    Castanhal, Igarap-Au, Marituba, Santa Izabel, Tailndia e Tracuateua no Estado do Par, foram

    coletados entre o perodo de 2012 a 2017 e identificados como Xanthomonas axonopodis pv. manihotis

    por PCR com os primers especficos XV-XK (ISHIDA et al., 2016). Para o uso experimental, todos os

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]

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    Belm - Par

    isolados foram cultivados em meio 523 de KADO & HESKETT por 48h a 28C. O teste de Gram foi

    realizado pelo mtodo de Ryu e por colorao. No mtodo de Ryu, foi adicionada uma gota de KOH a 3%

    a uma poro de colnia bacteriana em uma lmina de microscopia. Para a avaliao, observou-se a

    viscosidade desta mistura, bactrias Gram-negativas tornam-se viscosas ao contato com esse xido devido

    transformao do seu ectoplasma, enquanto as Gram-positivas nenhuma mudana visvel ocorre nessa

    mistura (RYU, 1938). No teste de Gram por colorao, foi utilizado o Gram Staining Kit (Sigma-

    Aldrich), seguindo as instrues do fabricante. A verificao da presena ou ausncia da enzima catalase

    foi feita pela adio de uma gota de perxido de hidrognio (H2O2) a 3% em uma poro de colnia

    bacteriana em uma lmina de microscopia. A catalase quebra o H2O2, podendo ser percebida com a

    formao de bolhas de gs durante esse processo caracterizando assim a catalase positiva (SCHAAD et

    al., 2001). No teste de oxidase, foram utilizadas as tiras de oxidase (Laborclin), seguindo o procedimento

    descrito pela empresa. Para a produo da enzima amilase as bactrias foram cultivadas em meio de

    amido por 48h. Aps o crescimento, adicionou-se soluo de lugol sobre as placas, considerando-se como

    hidrlise positiva a formao de um halo sem colorao ao redor das colnias e a hidrlise negativa, a

    colorao roxa do iodo em toda placa (SCHAAD et al., 2001). A produo de xanthomonadina foi

    analisada por espectrofotometria (SCHAAD et al., 2001), utilizando-se, para efeito de comparao,

    isolados conhecidos por produzirem esse pigmento Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae e

    Xanthomonas campestris pv. campestris. As xanthomonadinas possuem um pico em torno de 443nm,

    com dois ombros em 420 e 467nm (CHUN, 2002; SCHAAD et al., 2001; VAUTERIN et al., 1995).

    Quanto ao sistema Bactray de diagnstico, foram utilizados os kits I e II destinados a bactrias Gram

    negativas de oxidase negativa, seguindo o procedimento descrito pela empresa.

    Resultados e Discusso

    Todos os isolados apresentaram resultados negativos para os testes de Gram, oxidase e produo de

    xanthomonadina, e positivos para catalase e hidrlise de amido, apresentando assim, caractersticas

    correspondentes a este patovar, como descritas na literatura (CHUN, 2002; SCHAAD et al., 2001;

    VAUTERIN et al., 1995). O gnero Xanthomonas tem como caracterstica a produo do pigmento

    Xanthomonadina, que atribui s espcies uma colorao amarelada. Porm, algumas poucas espcies

    desse gnero no possuem essa caracterstica, e a Xam uma delas (DOWSON, 1939 apud CHUN,

    2002). No teste, o pico de absorbncia a 443nm, e os dois ombros em 420nm e 467nm, foi percebido nos

    dois isolados de colorao amarela utilizados como controle, X. axonopodis pv. passiflorae e X.

    campestris pv. campestris, e ausente nos isolados de Xam estudados, confirmando a falta desse pigmento

    na espcie.

    Nos testes bioqumicos com o uso do Bactray (Tabela 2), houve diferena apenas nos meios

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    Belm - Par

    Citrato de Sdio (CIT), Malonato (MAL) e Sacarose (SAC), formando 6 grupos das combinaes dessas

    diferenas, sendo o mais representativo com resultado negativo para os trs meios. Algumas

    caractersticas j conhecidas do gnero Xanthomonas so: a no produo de Urease e Indol (URE e IND

    negativos), a no produo de acetona (VP negativo), produo de cidos no a partir de Rhamnose,

    Adonitol, Inositol e Sorbitol (RHA, ADO, INO e SOR negativos). Mais especfico da espcie,

    caractersticas conhecidas da Xam so a ausncia de atividade metablica em L-fenilalanina, Manitol e

    Rafinose (PD, MAN e RAF negativos) (VAUTERIN et al., 1995). Logo, apenas o resultado VP foi

    diferente da literatura.

    Tabela 2: Caracterizao bioqumica de isolados de Xanthomonas axonopodis pv. manihotis pelo sistema Bactray I e II.

    Isolados

    O N P G

    A D H

    L D C

    O D C

    H2 S

    U R E

    V P

    P D

    I N D

    C I T

    M A L

    R H A

    A D O

    S A L

    A R A

    I N O

    S O R

    S A C

    M A N

    R A F

    Xam 1 + + + + - - + - - - - - - - + - - + - - Xam 2 + + + + - - + - - + + - - - + - - - - - Xam 3 + + + + - - + - - + + - - - + - - - - - Xam 4 + + + + - - + - - + + - - - + - - - - - Xam 5 + + + + - - + - - - - - - - + - - + - - Xam 6 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - Xam 7 + + + + - - + - - + - - - - + - - + - - Xam 8 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - Xam 9 + + + + - - + - - + - - - - + - - - - - Xam 10 + + + + - - + - - + - - - - + - - - - - Xam 11 + + + + - - + - - + - - - - + - - - - - Xam 12 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - Xam 13 + + + + - - + - - - - - - - + - - + - - Xam 14 + + + + - - + - - + - - - - + - - - - - Xam 15 + + + + - - + - - + - - - - + - - - - - Xam 16 + + + + - - + - - + + - - - + - - - - - Xam 17 + + + + - - + - - + - - - - + - - - - - Xam 18 + + + + - - + - - - - - - - + - - + - - Xam 19 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - Xam 20 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - Xam 21 + + + + - - + - - - - - - - + - - + - - Xam 22 + + + + - - + - - - - - - - + - - + - - Xam 23 + + + + - - + - - - - - - - + - - + - - Xam 24 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - Xam 25 + + + + - - + - - - + - - - + - - + - - Xam 26 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - Xam 27 + + + + - - + - - - - - - - + - - + - - Xam 28 + + + + - - + - - - + - - - + - - + - - Xam 29 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - Xam 30 + + + + - - + - - - + - - - + - - + - - Xam 31 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - -

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    Belm - Par

    Xam 32 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - Xam 33 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - Xam 34 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - Xam 35 + + + + - - + - - - - - - - + - - - - - ONPG = o-nitrofenol-beta-d-galacto-piranoside; ADH = Arginina dehidrolase; LCD = Lisina descarboxilase; ODC = Ornitina descarboxilase; H2S = Sulfeto de hidrognio; URE = Urease; VP = produo de acetona-glicose; PD = L-fenilalanina; IND = Indol; CIT = Citrato de sdio; MAL = Malonato; RHA = Rhamnose; ADO = Adonitol; SAL = Salicina; ARA = Arabinose; INO = Inositol; SOR = Sorbitol; SAC = Sacarose; MAN = Manitol; RAF = Rafinose.

    Concluses

    Todos os isolados de Xanthomonas axonopodis pv. manihotis avaliados apresentaram

    caractersticas tpicas da espcie, com apenas uma diferena bioqumica: produo de acetona.

    Agradecimentos

    Ao CNPq pela bolsa de iniciao cientfica do primeiro e da terceira autora e pelo financiamento

    do projeto de pesquisa Seleo e recomendao de variedades de mandioca para obteno de produtos

    derivados no Estado do Par (02.14.00.018.00.04.002).

    Referncias Bibliogrficas

    CEBALLOS, L. F. Descripcion de las enfermidades de la yuca. Cali: Centro Internacional de

    Agricultura Tropical, 1977.

    CHUN, W. W. C. Xanthomonadins, Unique Yellow Pigments of the Genus Xanthomonas. Topics in

    Plant Pathology, 2002. Disponvel em:

    . Acesso em: 28 jul.

    2017.

    ISHIDA, A. K. N.; CARDOSO, S. V. D.; ALMEIDA, C. A.; NORONHA, A. C. S.; CUNHA, E. F. M.

    Incidncia da bacteriose da mandioca (Xanthomonas axonopodis pv. manihotis) no Estado do Par.

    Belm, PA: Embrapa Amaznia Oriental, 2016. 22 p. (Embrapa Amaznia Oriental. Boletim de pesquisa

    e desenvolvimento, 105).

    RYU, E. On the Gram-Differentiation of Bacteria by the Simplest Method. II. The Caustic Potash

    Method. Tokyo: Division of Eizootics, Kitasato Institute for Infectious Diseases, 1938.

    SCHAAD, N. W.; JONES, J. B.; CHUN, W. Laboratory Guide for Identification of Plant Pathogenic

    Bacteria. 3. ed. St. Paul, Minnesota: The American Phytopathological Society, 2001.

    VAUTERIN, L.; HOSTE, B.; KERSTERS, K.; SWINGS, J. Reclassification of Xanthomonas.

    International Journal of Systematic Bacteriology, v. 45, n. 3, p. 472-489, 1995.

    https://www.apsnet.org/edcenter/advanced/topics/Pages/Xanthomonadins.aspx

  • 21o Seminrio de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Oriental 20 a 22 de setembro de 2017

    Belm - Par

    CARACTERIZAO DA VARIAO SAZONAL DO CO2 ATMOSFRICO EM SISTEMA

    ILPF NO LESTE DA AMAZNIA

    Brbara Cristina Santos de Oliveira1, Alessandro Carioca de Arajo2, Carlos Alberto Dias Pinto3, Cleo

    Marcelo de Arajo Souza4 1Bolsista Pibic da Embrapa Amaznia Oriental, Laboratrio de Anlise de Sistemas Sustentveis, [email protected] 2Pesquisador da Embrapa Amaznia Oriental, Laboratrio de Anlise de Sistemas Sustentveis, [email protected] 3Bolsista DTI da Embrapa Amaznia Oriental, Laboratrio de Anlise de Sistemas Sustentveis, [email protected] 4Analista da Embrapa Amaznia Oriental, Laboratrio de Anlise de Sistemas Sustentveis, [email protected]

    Resumo: Diante dos impactos causados pelas atividades humanas, principalmente aps a Revoluo

    Industrial, com a queima de combustveis fsseis, desmatamento e o preparo intensivo do solo, tem

    ocorrido o aumento da emisso de gases de efeito estufa (GEE). Dentre as formas de mitigao de GEE,

    h aquelas que se utilizam da agropecuria, atravs do manejo adequado do solo e a remoo de CO2

    pelas plantas por meio dos sistemas de consrcio. Estudos tm comprovado que uma alternativa vivel

    o sistema de integrao lavoura-pecuria floresta (iLPF), que composto por espcies arbreas e

    forrageiras. A medio da concentrao do CO2 atmosfrico ([CO2]) em iLPF pode indicar respostas que

    serviro como base ao monitoramento deste ecossistema na regio amaznica. Medidas do perfil vertical

    da [CO2] foram obtidas em campanhas intensivas durante os perodos menos chuvoso de 2016, e mais

    chuvoso e menos chuvoso de 2017, no municpio de Terra Alta, PA. Houve maior amplitude nas [CO2]

    medidas no perodo menos chuvoso de 2017 e maiores concentraes diurnas em relao aos outros

    perodos. A sazonalidade um fator que influencia na [CO2] atmosfrico no sistema iLPF. A [CO2] s

    comea a aumentar e acumular abaixo do dossel a partir de 20:00 horas, quando a atmosfera est mais

    estvel.

    Palavras-chave: mogno, teca, dixido de carbono, perfil vertical

    Introduo

    As atividades humanas, intensificadas a partir da Revoluo Industrial, como a queima de

    combustveis fsseis, desmatamento e o preparo intensivo do solo, tm contribudo com a emisso de

    gases de efeito estufa (GEE). Com o incremento de GEE na atmosfera (principalmente o CO2), prev-se o

    aumento de 1,8 C a 4 C na temperatura mdia do planeta at 2100 (PACHAURI; MEYER, 2014).

    Alteraes no clima podem atingir as atividades econmicas, sobretudo a agricultura e a pecuria, pois

    so mais vulnerveis.

    Dentre as estratgias relevantes para reduo da emisso dos GEE, h as que utilizam a prpria

    agropecuria, atravs do manejo adequado do solo e remoes de CO2 pelas plantas verdes. Estudos

    mailto:[email protected]

  • 21o Seminrio de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Oriental 20 a 22 de setembro de 2017

    Belm - Par

    desenvolvidos pela EMBRAPA em parceria com o Ministrio da Agricultura, tm apontado que a adoo

    de sistemas com rotao de culturas e consrcio de espcies perenes, a exemplo do sistema de integrao

    lavoura-pecuria-floresta (iLPF), tem grande potencial para a mitigao do CO2 (CORDEIRO et al.,

    2011).

    Nessa direo, importante gerar informaes acerca da interao entre a vegetao do sistema

    iLPF e a atmosfera. A medio da concentrao do CO2 atmosfrico ([CO2]) em sistema iLPF pode

    indicar respostas que serviro como base ao monitoramento mais detalhado deste ecossistema na regio

    amaznica. O objetivo deste trabalho foi amostrar a variao da [CO2] em sistema iLPF em dias dos

    perodos menos chuvoso e mais chuvoso no leste da Amaznia.

    Material e Mtodos

    O experimento foi conduzido no campo Experimental da Embrapa Amaznia Oriental, localizado

    no municpio de Terra Alta, mesorregio Nordeste Paraense (010136,60S, 0475358W, 35 m de

    altitude). O iLPF ocupa uma rea de 9,45 ha, e composto por quatro renques de teca (Tectona grandis

    L. f.) e de mogno africano (Khaya ivorensis A. Chev.), e por pastagem localizada entre os renques. O

    espaamento entre plantas e entre linhas da teca de 3 x 3 m, e do mogno, 5 x 5 m. As faixas de

    pastagem entre os renques formada por Brachiaria brizantha cv. BRS Piat. Foi escolhido um indivduo

    de cada espcie para a instalao dos perfis verticais de [CO2] (Figura 1). A altura mdia do mogno

    africano selecionado era 12 m e da teca, 8 m.

    Figura 1. Localizao da rea do experimento em Terra Alta, PA e dos pontos selecionados nas linhas de plantio de mogno africano e teca para conduzir o experimento.

    As medidas do perfil vertical da [CO2] foram realizadas de acordo com de Arajo et al. (2008). Os

    perfis foram instalados no mogno africano (9.3, 6.1, 2.2 e 0.5 m) e na teca (7.0, 4.4, 2.4 e 0.5 m). A [CO2]

    foi medida por um analisador de gs por infravermelho (LI-820, LI-COR Inc., Lincoln, NE, EUA). No

    geral, a cada 1 hora foi realizada uma amostragem em cada uma das duas espcies, durante um perodo de

    aproximadamente 24 horas. Foram realizadas trs coletas intensivas: (i) 17-18/novembro, 12-13/abril e

    06-07/julho de 2017, respectivamente.

  • 21o Seminrio de Iniciao Cientfica da Embrapa Amaznia Oriental 20 a 22 de setembro de 2017

    Belm - Par

    Resultados e Discusso

    noite, as [CO2] aumentaram em todas as alturas. Consequncia do domnio da respirao do solo

    e das plantas que emitem CO2, e da baixa atividade turbulenta. Imediatamente aps o amanhecer (06:00

    horas), em ambas as espcies, as [CO2] foram maiores que os demais horrios diurnos, principalmente

    durante o perodo menos chuvoso, no qual houve maior estratificao entre os nveis. Durante o dia,

    houve uma reduo em todos os nveis. Aps o entardecer, observou-se que a partir das 20:00 horas a

    [CO2] aumentou em todos os perodos, o que sugere que o dossel aberto das espcies passa a acumular o

    CO2 a partir deste horrio, em que a atmosfera provavelmente est mais estvel.

    Os ciclos horrios da [CO2] mostraram que as maiores amplitudes e concentraes diurnas

    ocorreram na campanha do perodo menos chuvoso em 2017 (Figura 2e e 2f). Buchmann et al. (1997), ao

    comparar sazonalmente a [CO2] mdia em uma floresta tropical na Guiana Francesa, constatou que os

    gradientes da variao diria foram menores na estao mida em relao seca. Estes resultados

    sugerem que as variaes sazonais estejam relacionadas com as condies hdricas (precipitao, e

    contedo de gua no solo), que podem afetar os processos fisiolgicos das espcies florestais e da

    pastagem, e as propriedades estruturais do dossel florestal (VOURLITIS et al., 2004).

    Tempo (HL)

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    Figura 2: Variao da [CO2] durante campanha intensiva no perodo menos chuvoso de 2016 no mogno

    a b

    c d

    e f

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    Belm - Par

    (a) e teca (b); no perodo mais chuvoso de 2017 no mogno (c) e teca (d); e no perodo menos chuvoso de 2017, em mogno (e) e teca (f) em Terra Alta/PA. O tempo est em hora local.

    Concluses

    Houve maior amplitude nas [CO2] medidas no perodo menos chuvoso de 2017 e maiores

    concentraes diurnas em relao aos outros perodos. A sazonalidade um fator que influencia na [CO2]

    atmosfrico no sistema iLPF. A [CO2] s comea a aumentar e acumular abaixo do dossel a partir de

    20:00 ho