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22 de junho de 2010 • ano 1 • Nº 003 Semana do Meio Ambiente: "A sustentabilidade começa com a gente" Luz Para Todos faz crescer a cidadania no Pará Tucuruí, 25 anos “O que acontece em Tucuruí é reflexo da paixão de sua força de trabalho com a atividade diária de gerar e garantir ao País uma energia limpa e estável”. 4 8 Brasília A frase é do presiden- te da Eletrobras, José Antonio Muniz Lopes, e caracteriza muito bem as comemorações dos 25 anos de atividade da Usina Hidrelétrica Tucu- ruí. Em cerimônia reali- zada no último dia 9 de junho foram lançados, juntamente com a Em- presa Brasileira de Cor- reios e Telégrafos, o selo e o carimbo alusivos à data. Os ex-gerentes da época de construção e de operação foram ho- menageados com uma placa de reconhecimen- to pelos serviços presta- dos. Também foi lança- do o livro “Os peixes e a pesca no Baixo Tocan- tins: vinte anos depois da UHE Tucuruí”. O even- to contou com a parti- cipação do ministro de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, e do vice-governador do Pará, Odair Corrêa. Ladeado pelo presi- dente da Eletrobras, José Antonio Muniz Lopes, o diretor de Produção e Comercialização da Ele- tronorte, Wady Charone Junior, o superintenden- te de Produção Hidráu- lica, Antonio Augusto Bechara Pardauil, o ge- rente de Obras de Expan- são da Usina Hidrelétrica Tucuruí, José Biagioni de Menezes, e o Ministro de Minas e Energia, junto com a comitiva, conferiu o andamento dos tra- balhos nas eclusas, que deverão ser inauguradas em setembro próximo. Após vistoriar as obras, Zimmermann visitou as instalações do Centro de Operação da Hidre- létrica, onde recebeu in- formações sobre o fun- cionamento do sistema que controla e comanda a maior usina genuina- mente brasileira. Antes da cerimônia, a comitiva assistiu a uma apresentação so- bre o modelo de gestão que utiliza a metodologia TPM e visitou as instala- ções da segunda casa de força onde foram apre- sentadas as melhorias implementadas. Durante a cerimônia, realizada no pátio da oficina da casa de for- ça, José Antonio Muniz Lopes reafirmou que a Usina Hidrelétrica Tucu- ruí é a mais importante instalação do Sistema Eletrobras e é diferen- ciada porque tem alma: “O que acontece em Tu- curuí é reflexo da paixão de sua força de trabalho com a atividade diária de gerar e garantir ao País uma energia limpa e estável”. Wady Charone reite- rou que toda essa vibra- ção sentida por quem vi- sita Tucuruí só é possível graças ao comprometi- mento das pessoas que trabalham. Antonio Autoridades prestigiaram o evento

22 de junho de 2010 • ano 1 • Nº 003 Tucuruí, 25 anos · 22 de junho de 2010 • ano 1 • Nº 003 Semana do Meio Ambiente: "A sustentabilidade começa com a gente" Luz Para

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22 de junho de 2010 • ano 1 • Nº 003

Semana do Meio Ambiente:"A sustentabilidade

começa com a gente"

Luz Para Todos faz crescer a cidadania no Pará

Tucuruí, 25 anos“O que acontece em Tucuruí é reflexo da paixão de sua força

de trabalho com a atividade diária de gerar e garantir ao País uma energia limpa e estável”.

4 8

Brasília

A frase é do presiden-te da Eletrobras, José Antonio Muniz Lopes, e caracteriza muito bem as comemorações dos 25 anos de atividade da Usina Hidrelétrica Tucu-ruí. Em cerimônia reali-zada no último dia 9 de junho foram lançados, juntamente com a Em-presa Brasileira de Cor-reios e Telégrafos, o selo e o carimbo alusivos à data. Os ex-gerentes da época de construção e de operação foram ho-menageados com uma placa de reconhecimen-to pelos serviços presta-dos. Também foi lança-do o livro “Os peixes e a pesca no Baixo Tocan-tins: vinte anos depois da UHE Tucuruí”. O even-to contou com a parti-cipação do ministro de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, e do vice-governador do Pará, Odair Corrêa.

Ladeado pelo presi-dente da Eletrobras, José Antonio Muniz Lopes, o diretor de Produção e Comercialização da Ele-tronorte, Wady Charone Junior, o superintenden-

te de Produção Hidráu-lica, Antonio Augusto Bechara Pardauil, o ge-rente de Obras de Expan-são da Usina Hidrelétrica Tucuruí, José Biagioni de Menezes, e o Ministro de Minas e Energia, junto com a comitiva, conferiu o andamento dos tra-balhos nas eclusas, que deverão ser inauguradas em setembro próximo. Após vistoriar as obras, Zimmermann visitou as instalações do Centro de Operação da Hidre-létrica, onde recebeu in-formações sobre o fun-

cionamento do sistema que controla e comanda a maior usina genuina-mente brasileira.

Antes da cerimônia, a comitiva assistiu a uma apresentação so-bre o modelo de gestão que utiliza a metodologia TPM e visitou as instala-ções da segunda casa de força onde foram apre-sentadas as melhorias implementadas.

Durante a cerimônia, realizada no pátio da oficina da casa de for-ça, José Antonio Muniz Lopes reafirmou que a

Usina Hidrelétrica Tucu-ruí é a mais importante instalação do Sistema Eletrobras e é diferen-ciada porque tem alma: “O que acontece em Tu-curuí é reflexo da paixão de sua força de trabalho com a atividade diária de gerar e garantir ao País uma energia limpa e estável”.

Wady Charone reite-rou que toda essa vibra-ção sentida por quem vi-sita Tucuruí só é possível graças ao comprometi-mento das pessoas que lá trabalham. Antonio

Autoridades prestigiaram o evento

Pardauil exaltou o en-volvimento das equipes. Para ele, essa paixão é o que dá consistência e retorno para a Empresa e para as pessoas. “O mais importante é po-der ver o futuro. Porque Tucuruí é muito mais do que máquinas e produ-ção. É sim um grande contingente de pessoas e empregados que for-mam uma grande famí-lia e conseguem os re-sultados”, afirmou.

HomenagensO homenageado Be-

rilo Mamoré, primeiro coordenador de em-preendimento, exaltou a equipe que trabalhou na primeira etapa da Hidrelétrica. Para ele, uma equipe técnica de primeira aceitou o gran-de desafio de construir a maior usina hidrelétrica da Amazônia. “Nesses 25 anos eu desejo mais sucesso do que nós já tivemos, porque não foi fácil chegar até aqui. A Empresa ainda está com uma equipe mui-to boa, principalmente na parte de elaboração de projetos, mas é pre-ciso ter cuidado com a qualificação da mão de obra”, disse.

Representando os trabalhadores, José Manuel Machado Pican-ço lembrou a contribui-ção de todos os que já passaram por Tucuruí e do sonho de muitos em ver a obra concluída. “Vimos esse monumen-to de concreto nascer dentre as águas do Rio Tocantins. Tudo pare-cia um sonho, mas era real, e o que hoje ve-

mos de concreto é um sonho transformado em realidade”, disse ele.

Também foram ho-menageados os geren-tes pioneiros que tra-balharam na construção e operação. Cada um deles recebeu um tro-féu alusivo à data com palavras de reconhe-cimento pelos serviços prestados.

Exemplo Tucuruí é o exem-

plo de como os inves-timentos na Amazônia podem dar certo. Essa foi a constatação fei-ta pelo ministro de Mi-nas e Energia, Márcio Zimmermann. Em seu pronunciamento, o Mi-nistro afirmou que a construção de Tucuruí é um exemplo de como esses investimentos, ajustados aos anseios das comunidades e às leis ambientais, podem servir de vetor de de-senvolvimento de uma região e dar ambiente propício para o cresci-mento das pessoas. “É com esse exemplo me-lhorado que queremos

construir Belo Monte para garantir a oferta de energia para o País e propiciar o desenvol-vimento”.

Zimmermann lem-brou que toda a plata-forma de Belo Monte e das usinas que compo-rão o Complexo do Ta-pajós serão gerenciados por Tucuruí. “O governo continuará a construir usinas hidrelétricas e o potencial para garantir a suficiência energéti-ca está na Amazônia. Tucuruí é o exemplo de que estamos no cami-nho certo para o desen-volvimento”.

Também participa-ram da cerimônia dos 25 anos de Tucuruí José Antonio Correia Coim-bra, secretário-exe-cutivo do MME, Josias Matos de Araújo, secre-tário Nacional de Ener-gia Elétrica, Henilda Dias Miranda Santos, prefeita em exercício da cidade de Tucuruí, Tito Cardoso de Oliveira Neto, diretor de Gestão Corporativa, represen-tando o presidente da Eletronorte, Jorge Nas-

sar Palmeira, e o diretor Econômico-Financeiro, Antonio Maria Amorim Barra.

Pará Sinfônico Como parte do pro-

jeto "Pará Sinfônico - A Orquestra nos municí-pios", a Orquestra Sin-fônica do Theatro da Paz desembarcou em Tucuruí para duas apre-sentações especiais. A primeira reuniu cente-nas de expectadores nas dependências do Giná-sio Poliesportivo Esma-elino Pontes. A segunda apresentação marcou a abertura e o encer-ramento da solenidade comemorativa pelos 25 anos da Hidrelétrica.

Segundo o maestro, Enaldo Oliveira, as apre-sentações são vibrantes e eufóricas. "Para nós, e especialmente para mim, que sou filho de Tucuruí, é uma grande honra poder tocar para todas essas pessoas e participar dessa cerimô-nia. Tucuruí é muito im-portante para o Pará e para o Brasil", afirmou.

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Eletrobras Eletronorte assina convênio deR$ 8 milhões com indígenas da Terra São MarcosA Eletrobras Eletro-

norte, que já desenvol-ve os programas indí-genas Waimiri Atroari e Parakanã, exempla-res na questão e tidos entre os melhores do mundo, assinou termo de compromisso com a Associação dos Po-vos Indígenas de São Marcos e a Funai para permitir aos índios da-quela região de Rorai-ma a gestão autônoma de projetos produtivos nas comunidades. Par-ticiparam da assinatura do convênio, no valor de R$ 8 milhões, o dire-tor de Planejamento e Engenharia da Empre-sa, Adhemar Palocci, o presidente da Funai, Márcio Meira, e os re-presentantes da Asso-ciação José Lourenço,

Galdino Pereira e Firmi-no Alfredo (foto).

Para José Lourenço, “o termo é uma alavan-ca para a nossa me-lhoria, principalmente para as nossas ativi-dades agropecuárias. Esse momento é um exemplo para as outras terras indígenas. Agra-decemos à Eletrobras Eletronorte por contri-buir com o futuro do nosso povo”.

A Terra Indígena São Marcos é formada por cerca de cinco mil pes-soas das etnias Macu-xi, Taurepáng e Wapi-xana, divididas em 44 aldeias. A principal ati-vidade econômica é a pecuária, mas destaca-se também o plantio da mandioca, milho, feijão e melancia, esta última

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exportada para o Caribe por algumas comunida-des.

Adhemar Palocci ex-plica que o convênio foi firmado em função da Terra Indígena São Mar-cos ser cortada pela li-nha de transmissão San-ta Elena-Boa Vista (RR), que traz àquele Estado a energia elétrica pro-veniente da Venezuela. “Acho que podemos re-alizar muitos projetos

em oito anos, período de concessão da linha, a exemplo do que vi-mos realizando há mais de 20 anos na região de Balbina e Tucuruí com os índios Waimi-ri Atroari e Parakanã”. O presidente da Funai, Márcio Meira, também ressaltou esses progra-mas, “que demonstram a maneira sólida de diá-logo entre a Empresa e os povos indígenas”.

Programa Foccus valoriza as competências empreendedoras

Participantes do Pro-grama Foccus, desen-volvido em parceria entre a Universidade do Sistema Eletrobras – Unise e a Universidade da Experiência – Uexp, estiveram reunidos no Hotel Mercure, em Bra-sília, com o diretor de Administração da Ele-trobras, Miguel Cola-suonno, para a apre-sentação dos trabalhos desenvolvidos ao longo de três meses de capa-citação.

O objetivo do Foc-cus, primeiro programa da Escola de Liderança da Unise, é identificar e

capacitar potenciais li-deranças nas empresas, desenvolver competên-cias duráveis e empre-endedoras, combinadas com experiências práti-cas e a interação direta com grandes líderes e especialistas de diver-sas áreas do conheci-mento.

A primeira edição do programa nas empresas do Sistema Eletrobras teve início em fevereiro deste ano, com a parti-cipação de 77 colabora-dores das empresas do Sistema. Em três meses foram realizadas 155 horas de capacitação,

entre encontros presen-ciais e intervalos de prá-ticas semanais no âmbi-to das organizações.

A Eletrobras Eletro-norte esteve represen-tada pelo grupo Ele-trosustentável, que apresentou uma inova-ção denominada “Eco-protótipo 3.0 de Sistema de Geração de Energia Elétrica Híbrido Eólico-fotovoltaico”, exibindo um vídeo bastante des-contraído, uma ficção sobre o funcionamento do ecoprotótipo.

Os participantes do evento apresentaram 15 “ecoprotótipos”, so-

luções inovadoras em áreas como geração de energia com fontes renováveis e sistemas de monitoração au-tomática de linhas de transmissão, que agre-gam valor às empresas e ressaltam a questão da sustentabilidade. Os jovens talentos da Eletrobras Eletronorte formados no Programa Foccus são: Luciano Pe-reira Coelho Silva, Ní-via Guimarães da Cos-ta, Jaime de Andrade Silva Araújo, Shislena Botelho Galvão, Iderval Nanes Farias e Marcelo Ciocca Bermudez.

Semana do Meio Ambiente:“A sustentabilidade começa com a gente”

Que o negócio da Ele-trobras Eletronorte é a geração e transmissão de energia não há dúvidas. Mas cada vez mais esse negócio está associado a ações ambientais que já servem de modelo a outros empreendimentos no Brasil e no mundo. É o caso dos programas in-dígenas Parakanã e Wai-miri Atroari. A Empresa também é referência nas áreas de pesquisa e pre-servação ambiental.

Na Semana do Meio Ambiente, comemorada entre os dias 31 de maio e 2 de junho últimos, o lançamento do livro “Os peixes e a pesca no Baixo Rio Tocantins: vinte anos depois da UHE Tucuruí” e a Mostra de Práticas da Agenda A3P reforçaram o compromisso da Em-presa com o desenvol-vimento sustentável. O assessor da Presidência, Ricardo Rios, representou o diretor-presidente, Jor-ge Palmeira, e destacou a preocupação da Ele-trobras Eletronorte com a sustentabilidade. “Sou testemunha dos grandes feitos que a nossa Em-presa já realizou desde seu início, pela própria característica da região. É um esforço de todos que vai além da preser-vação do meio ambiente e desenvolve ações de sustentabilidade”, disse.

Fernando Lomonaco, do Comitê de Sustenta-bilidade, lembrou que a Empresa já nasceu com-prometida com o meio ambiente: “Esse compro-metimento começa em cada um de nós, começa

com a gente, e é isso que estamos vendo aqui”. A su-perintendente de Meio Ambiente, Silviani Froehlich, destacou o traba-lho do colega Anas-tácio Afonso Juras, um dos autores do livro sobre os pei-xes: “Temos um trabalho muito for-te na área de meio ambiente e um re-conhecimento por essa atuação. Tivemos conquistas importantes e estamos sempre apren-dendo, inovando com um compromisso muito grande com a implanta-ção dos empreendimen-tos”. Legado

Há 20 anos o pesqui-sador Bernard de Méro-na chegou às margens do Tocantins e pensou: “Nossa! Como vamos fa-zer esse estudo!?” Ber-nard conta que o lança-mento do livro sintetiza 25 anos de pesquisa e é uma síntese dos pro-cessos biológicos que ocorrem nos rios impac-tados por usinas hidre-létricas. Ao lado de Ber-nard, Anastácio Afonso Juras, Geraldo Mendes dos Santos e Israel Hi-denburgo Aniceto Cintra são os autores que en-frentaram, segundo eles mesmos, dois grandes desafios: primeiro, atin-gir um público não-es-pecialista, o que exigiu uma linguagem simples e informal, acessível a qualquer leitor; segun-do, adotar métodos e

procedimentos adequa-dos a coletas e aborda-gens feitas em épocas e locais distintos, ao longo

de aproximadamente 25 anos de estudos. “É um legado para pesquisado-res, filhos, colegas”, dis-se Afonso Juras durante o lançamento.

Reduzir, reutilizar, reciclar

Durante os três dias de comemoração da Se-mana do Meio Ambiente

os empregados e visi-tantes da sede puderam ver o resultado do tra-balho de produção ar-tesanal com reciclagem. Cestas de papel jornal,

bijuterias, ob-jetos com gar-rafas pet são alguns os itens produzidos por colaboradoras durante o in-tervalo do al-moço. A ana-lista de meio a m b i e n t e ,

4 22 de junho de 2010 • ano 1 • Nº 003

Lançamento do livro "Os peixes e a pesca no Baixo Rio Tocantins"

Mostra de Práticas da Agenda A3P

ra Magalhães; a “Agen-da A3P na Regional de Produção do Amapá”, por Filipe Dias Dvor-sak; a “Agenda Ambien-tal A3P na Regional de Transmissão do Tocan-tins”, por Carla Afonso dos Santos; “A gestão socioambiental susten-tável por meio da im-plementação da Agenda Ambiental na Adminis-tração Pública – A3P na Superintendência de Produção Hidráulica”, por Carmen Silvia Gal-vão da Rocha; e o Pro-grama Eletronorte de Eficiência Energética”, por Jussara Trajano.

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Kátia Newton (foto), co-ordenadora do Comitê Temático da Agenda A3P explica que não tem sido uma tarefa fácil. "Ainda não temos o entendimen-to geral sobre as ques-tões de sustentabilidade, e com isso encontramos muitas resistências, in-clusive quanto às instala-

blocos ou papel lembrete, mantendo-o limpo e seco nas lixeiras embaixo das suas mesas. O lixo orgâ-nico, copos e garrafas de plástico, latinhas de suco, refrigerantes e outros materiais deverão ser de-positados nos coletores”, explica Kátia Newton.

Durante a Mostra fo-ram apresentados os trabalhos “A Gestão Res-ponsável para a Susten-tabilidade na Eletrobras Eletronorte: Desafios e Perspectivas”, por Ana-belle Carrilho da Costa; o “Projeto Bem Viver”, por Andrea Franco Amo-

ções físicas para o projeto ter continuidade”, afirma.

Hoje, todos os colabo-radores da Sede da Ele-tronorte, em Brasília, já podem ajudar nesse pro-cesso, separando o lixo em coletores com quatro divisões – papel, plástico, orgânico e metais – loca-lizados nas copas de cada andar. “Para alcançarmos êxito no programa da co-leta seletiva, é necessária a participação de todos os colaboradores, que de-vem separar previamen-te o papel que não puder ser reaproveitado para impressão, confecção de

Subestação São Luis III, exemplo da força do trabalho em equipe

No último dia 30 de maio o ‘ronco’ do trans-formador ecoou na Vila São José. Era o sinal de que a Subestação São Luis III estava energiza-da. Mas para chegar até esse momento, foi preciso superar vários desafios. As equipes da Eletrobras Eletronorte no Maranhão (foto), comprometidas com a sustentabilidade e rentabilidade empresa-rial, fizeram os ajustes finos nos equipamentos e, após o comissiona-mento, um simples clique e pronto, exatamente às 13h23 trabalhadores co-memoraram a vitória.

Esse empreendimen-to foi o primeiro que a Empresa arrematou so-zinha em leilão. Foi com-pletamente atípico e fora dos padrões. O traçado da linha de transmissão encontrou uma área pra-ticamente urbana, ora ocupada por invasões de-sordenadas, ora pelo sur-gimento de novas mora-

dias do programa Minha Casa, Minha Vida.

Ao longo da linha fo-ram cadastradas mais de 400 propriedades. Várias ações judiciais foram ne-cessárias para o desem-baraço da área. Devido aos problemas fundiários e às fortes chuvas na época, a Eletrobras Ele-tronorte soli-citou e conse-guiu prorrogar o prazo de tér-mino da obra.

S e g u n d o Omar Barro-so, gerente de Planejamento e Engenharia do Maranhão e To-cantins, “foi um trabalho perfeito de equipe que merece os nossos aplausos. Um tra-balho que envolveu várias áreas da Empresa, não medindo esforços para al-cançar o objetivo, apesar dos oito meses de atraso em relação à data inicial estabelecida pela Aneel”.

“O empreendimento também marca o quão importante se faz mu-darmos a cultura dos processos de implanta-ção das obras de trans-missão, o que tem sido cobrado e patrocinado pela Diretoria Execu-

tiva, no sentido de que o trabalho das equipes envolvidas tenha como objetivo principal o re-sultado total do empre-endimento para a Eletro-bras Eletronorte (técnico, operacional, ambiental, financeiro e prazo), não focando como objetivo principal o produto/resul-tado específico de cada área envolvida”, comple-menta Marcos Vinicius de Almeida Nogueira, supe-rintendente de Expansão da Transmissão.

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Lago do Cuniã é pioneiro em receber energia por meio de cabo subaquático

A comunidade que vive no lago mais fa-moso do Estado de Rondônia tem mais uma razão para se or-gulhar do local. No úl-timo dia 12 de junho foi realizada a inaugu-ração da energia elé-trica na Reserva Ex-trativista do Lago do Cuniã, localizada no Distrito de São Carlos, a 120 km de Porto Ve-lho, beneficiando 97 famílias. A obra in-tegra o programa Luz Para Todos.

Foram instalados no local quase 19 km de rede elétrica, sen-do 13 km de trifásica, cinco de rede mono-fásica e aproximada-mente um quilômetro de cabo subaquático. A comunidade foi a primeira de Rondônia a ser beneficiada com a instalação da rede elétrica por meio do cabo subaquático, tec-nologia considerada uma das mais avan-çadas no segmento. O cabo foi atravessa-do no lago a partir de São Carlos, até a Re-serva. “O cabo é uma novidade e constitui a melhor alternativa para a conclusão de uma obra muito espe-rada pela população ribeirinha”, conta Rai-mundo Aguinaldo, que coordenou o trabalho realizado durante seis meses por 20 profis-

sionais da Eletrobras Distribuição Rondônia sob a coordenação da Eletrobras Eletronorte.

“A partir de agora a comunidade do Lago do Cuniã passou a ter outro estilo de vida, com mais perspecti-va. A energia que o lo-cal passou a receber é considerada uma das mais seguras e com mais qualidade”, afir-ma Antônio Vilela, co-ordenador do Luz Para Todos em Rondônia.

Nas margens do Lago moram cerca de 400 pessoas que ain-da estão em fase de adaptação à novidade. “Estamos nos adaptan-do com a energia elé-trica, pois aqui pouca gente tinha condições de manter um gerador, que custava em torno de R$ 300,00 por mês em combustível. Ago-ra, todos os moradores foram beneficiados com a energia que já trouxe benefícios, como gera-ção de seis empregos para pais de famílias”, relata o presidente da Associação dos Mora-dores, Gilberto Pereira.

JacarésO local é também

conhecido por concen-trar muitos jacarés. Com a energia elétrica os moradores poderão colocar em prática um dos projetos sonhados

pela comunidade, que é a comercialização da carne e do couro de ja-caré. Para isso já está sendo instalado um abatedouro que será utilizado especifica-mente para esse pro-jeto. A festa em come-moração à chegada da energia foi encerrada com o primeiro Bai-le Iluminado do Lago Cuniã e contou com a participação de con-vidados e moradores ribeirinhos de toda a região.

Sobre o cabo subaquático

O cabo subaquático é feito de material de alta tecnologia a partir de cobre estanhado e blin-dado e pode ser insta-lado em locais com até 30 metros de profundi-dade, e tem duração de três décadas. O cabo estendido em Cuniã re-cebe energia da rede de São Carlos, que é ener-gizada por uma usina termelétrica contratada pela Eletrobras Distri-buição de Rondônia.

Comunidade comemorou a chegada de energia

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Infocentro de Miramar capacita 56 pessoasCinquenta e seis alu-

nos, um sonho realizado e um objetivo cumprido. A Eletrobras Eletronorte mostrou sua aproxima-ção com a comunidade e a disposição em ajudar quem necessita de co-nhecimento tecnológico, no encerramento da pri-meira turma do Infocen-tro, realizado no Centro de Tecnologia, em Be-lém (PA).

A população do en-torno, no bairro do Bar-reiro, vive em uma área onde a criminalidade e a falta de oportunidades são marcantes. Por isso, a Empresa, em uma parceria com o Governo do Estado do Pará, viu nesse cenário a opor-tunidade de estreitar os laços com a comunidade e abriu as portas para

que pudesse ser insta-lada uma nova base do Infocentro.

O Infocentro é com-posto por duas salas de treinamento, com 20 computadores cada, e uma sala de acesso li-vre à internet, com 10 máquinas. A infraestru-tura faz parte do pro-grama NavegaPará, totalizando 50 equi-pamentos. O curso possibilitou a ca-pacitação digital, a edição de textos e arquivos, o acesso à internet e a todos os outros serviços disponíveis na rede mundial de compu-tadores. Os alunos (foto)são seleciona-dos pelo Centro Co-munitário do bairro, sendo que, um per-

centual das vagas é des-tinado aos familiares de vigilantes, motoristas e pessoal de serviços ge-rais da Empresa.

Quem agradeceu a oportunidade foi a Dona Izete Valente que, aos 47 anos, viu no curso de informática a chance de aperfeiçoar seu conhe-

cimento e ainda econo-mizar um dinheiro. “Eu não gosto de ficar pa-rada, por isso ia pagar um curso de computa-ção pra mim, mas apa-receu esse aqui de gra-ça e perto de casa, não pensei duas vezes em me matricular”, conta a dona de casa.

Paraatleta patrocinado pela Eletrobras Eletronorte ganha três medalhas em circuito nacional

Após seis meses de treinamento intensivo, o paraatleta do Estado de Rondônia, Edson Caval-cante Pinheiro, conquis-tou três medalhas de ouro na 1º Etapa Nacional do Circuito Loterias Caixa de Atletismo Paraolímpi-co, realizada em Fortale-za (CE). Edson ficou em primeiro lugar nas provas de 100, 200 e 400 metros rasos na classe T-38 (pa-ralisia cerebral).

Edson foi o único da Região Norte a competir na classe T-38. “A cada ano as competições são mais exigentes e nesta competi com paraatle-tas internacionais. Estou muito feliz com o resul-tado”, afirmou o rapaz, que tem representado o Estado de Rondônia em

competições nacionais e internacionais.

Edson tem se dedica-do muito, com disciplina, concentração e treinos intensos de até quatro

horas por dia de segunda a sábado. E para marcar presença nas competi-ções, ele conta com o patrocínio da Eletrobras Eletronorte e também

da Distribuidora Rover e Win Academia. “Agrade-ço imensamente o apoio dessas empresas. Em especial à Eletrobras Ele-tronorte que acreditou

no meu trabalho desde o início da minha carreira”, conta o paraa-tleta, que já está treinando para a 2ª Etapa que será realizada no próximo mês de agosto em São Paulo, onde os competidores aprovados na seletiva irão dis-putar o Mundial que será sedia-do na Nova Ze-lândia no início de 2011.

Luz Para Todos faz crescer a cidadania no ParáA coordenação de

ações integradas do pro-grama Luz Para Todos re-alizou uma reunião com a coordenadoria de Plane-jamento Territorial Par-ticipativo do programa Território da Cidadania, no Pará. O encontro teve como objetivo aproximar a realidade dos dois pro-gramas e, futuramente, firmar parcerias para o crescimento social e eco-nômico das populações mais carentes. Um dos assuntos tratados foi a atual realidade dos pro-jetos implementados nas áreas ribeirinhas. “Hoje a Eletrobras Eletronorte financia 14 projetos em Mato Grosso, Tocantins e Pará, com beneficiamento do caroço do açaí, da ba-nana, abacaxi, mandioca, enfim, cada comunidade elege o projeto que quer trabalhar e o produto que mais se identifica”, expli-ca o coordenador Dílson Trindade. Além disso, tem-se a utilização de oleaginosas para produ-ção de energia, como a andiroba, pinhão-manso e dendê.

Uma das ações desen-volvidas pelo Luz Para To-dos são os Centros Co-mun i t á r i o s de Produção (CCP) e os Centros Co-mun i t á r i o s de Informa-ção (CCI). No CCP, a comu-nidade bene-ficia-se com trabalho e renda, através do uso racional e educativo de energia elétrica. “Mais do que dar acesso a energia temos que passar à essas comunidades o espírito da consciência energéti-ca”, ressalta Dílson Trin-dade. Já o CCI promove a inclusão digital, com o acesso à comunicação e à cultura, e a criação de telecentros, bibliotecas e rádios comunitárias.

Goianésia, Abaetetuba e Xingu

A Eletrobras Eletronor-te, o Governo do Estado do Pará e a Rede Celpa inauguraram no mês de

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maio passado, em Goia-nésia do Pará e em Aba-etetuba (foto acima), obras de eletrificação ru-ral do programa Luz Para Todos. Em Goianésia um bloco de obras beneficiou mais de 16 mil pessoas em 3.210 domicílios, com investimento de mais de R$ 40 milhões. Em Abae-tetuba, mais de mil pes-soas de maneira direta, residentes na região das ilhas que fazem parte da Associação dos Rema-nescentes de Quilombo-las, num investimento de mais de R$ 1 milhão.

O Luz Para Todos e o Território da Cidadania também vão assegurar energia para 20 mil re-

sidências da região do Xingu. Está previsto um investimento imediato de R$ 550 milhões. Entre as ações prioritárias estão a construção de casas po-pulares, a regularização fundiária, obras de sane-amento, fortalecimento da atividade pesqueira e da agricultura familiar e investimentos em edu-cação e saúde. Outras ações em curso foram a doação de 1,2 milhão de litros de óleo diesel aos 11 municípios da região e a elaboração dos planos diretores de Brasil Novo, Vitória do Xingu e Anapu, além da revisão do plano diretor de Altamira.

Igarapé-Miri e Augus-to Corrêa

Cerca de 20 mil para-enses saíram do escuro nos municípios de Igara-pé-Miri e Augusto Corrêa, graças ao programa Luz para Todos. Foram R$ 11,2 milhões em obras. Em Igarapé-Miri (foto ao lado), na região do To-cantins, foram beneficia-dos 2.640 domicílios. Já em Augusto Corrêa, na região do Caeté, 1.305 domicílios.