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MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1017 Atraso ‘perto do fim’ Um dos grandes vilões na hora de adquirir um apartamento é o atraso na entrega. Por isso, um projeto de lei está em votação para punir as construtoras e incorporadoras que prejudicarem seus clientes O aquecimento do mercado imobiliá- rio provocado pelo crescimento do poder aquisitivo da classe média e pelas facilidades de compra por meio de pro- gramas de moradia como o do governo Federal “Minha Casa, Minha Vida”, deram e ainda dão oportunidades para muitos amazonenses concretizarem o sonho da casa própria. Mas este sonho pode se tornar um pesadelo quando construtoras e incor- poradoras não cumprem o prazo estabelecido em con- trato e deixam de entregar o empreendimento. Diante de tantas recla- mações de consumidores insatisfeitos em todo o Brasil, em uma tentativa de fazer com que as constru- toras cumpram o prazo de entrega e deem satisfação do andamento das obras aos consumidores, um pro- jeto de lei que trata do assunto foi aprovado, no ul- timo dia 11, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados e pode seguir para o Senado, caso não haja pedido de recurso por nenhum parlamentar. Para o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazo- nas (Sinduscon), Frank do Carmo Souza, caso a lei seja aprovada será bem vinda no Amazonas e cumprida pelas empresas. “Essa é uma discussão antiga e a proposta vai de encontro com os anseios de muitas pessoas que às vezes deixam de adquirir um imóvel na planta por insegurança do não cumprimento do con- trato, mas com a aprova- ção todas deverão honrar o compromisso”, pondera o empresário ao afirmar que no Estado, comparando-se a outras capitais, os prazos de entrega dos empreendi- mentos são cumpridos pela maioria das construtoras. O texto obriga constru- toras e incorporadoras de imóveis a entregarem o empreendimento com prazo estendido de até 180 dias, com aplicação de multa de 0,5% ao mês sobre o valor pago pelo comprador e prevê que as empresas informem sobre possíveis atrasos com antecedência de seis meses. Além disso, o mesmo índice estabelecido no contrato de- verá ser utilizado para cal- cular as correções das pena- lidades e ainda poderão ser deduzidas das parcelas que ainda vão vencer. Segundo o advogado, Normando Pinheiro, a pro- positura trará mais segu- rança jurídica aos com- pradores. “A imposição de penalidades certamente terá efeito pedagógico nas empresas em relação à pontualidade e o cum- primento do que foi ajus- tado”, deduz Pinheiro ao informar que em Manaus já aconteceu de uma empre- sa entregar apartamentos de apenas uma das duas torres que fazia parte do empreendimento. A outra ainda não foi concluída. Casos Uma das clientes que está passando por esse “pesa- delo” é a cabeleireira Mari Colares, que ao assinar o contrato da compra de um apartamento na planta, em que registrava a entrega para o ano de 2012, até hoje, ainda não recebeu a tão desejada chave. “Já me reuni diversas vezes com os responsáveis e nada foi resolvido. A única coisa que fazem é estender o prazo de entrega e oferecer café da manhã para os clientes du- rante os encontros, como se isso fosse resolver alguma coisa”, desabafa. O motorista, Antônio Figueira, é outra vítima. De acordo com o contra- to, a construtora deveria entregar o bloco pronto no ano de 2012. No iní- cio desse mês, quando foi vistoriar o apartamento, encontrou rachaduras, pintura descascada e aca- bamentos mal feitos em todo o imóvel. “Além do prazo ter extrapolado 2 anos, ainda me entregam um lugar sem condições para morar. Eu pago todas as parcelas e taxas em dia e ainda assim sou prejudi- cado” explica revoltado.

Salão Imobiliário - 22 de junho de 2014

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Salão Imobiliário - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1017

Chegou overão

Atraso ‘perto do fi m’Um dos grandes vilões na hora de adquirir um apartamento é o atraso na entrega. Por isso, um projeto de lei está em votação para punir as construtoras e incorporadoras que prejudicarem seus clientes

O aquecimento do mercado imobiliá-rio provocado pelo crescimento do

poder aquisitivo da classe média e pelas facilidades de compra por meio de pro-gramas de moradia como o do governo Federal “Minha Casa, Minha Vida”, deram e ainda dão oportunidades para muitos amazonenses concretizarem o sonho da casa própria. Mas este sonho pode se tornar um pesadelo quando construtoras e incor-poradoras não cumprem o prazo estabelecido em con-trato e deixam de entregar o empreendimento.

Diante de tantas recla-mações de consumidores insatisfeitos em todo o

Brasil, em uma tentativa de fazer com que as constru-toras cumpram o prazo de entrega e deem satisfação do andamento das obras aos consumidores, um pro-jeto de lei que trata do assunto foi aprovado, no ul-timo dia 11, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados e pode seguir para o Senado, caso não haja pedido de recurso por nenhum parlamentar.

Para o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazo-nas (Sinduscon), Frank do Carmo Souza, caso a lei seja aprovada será bem vinda no Amazonas e cumprida pelas empresas. “Essa é

uma discussão antiga e a proposta vai de encontro com os anseios de muitas pessoas que às vezes deixam de adquirir um imóvel na planta por insegurança do não cumprimento do con-trato, mas com a aprova-ção todas deverão honrar o compromisso”, pondera o empresário ao afi rmar que no Estado, comparando-se a outras capitais, os prazos de entrega dos empreendi-mentos são cumpridos pela maioria das construtoras.

O texto obriga constru-toras e incorporadoras de imóveis a entregarem o empreendimento com prazo estendido de até 180 dias, com aplicação de multa de 0,5% ao mês sobre o valor

pago pelo comprador e prevê que as empresas informem sobre possíveis atrasos com antecedência de seis meses. Além disso, o mesmo índice estabelecido no contrato de-verá ser utilizado para cal-cular as correções das pena-lidades e ainda poderão ser deduzidas das parcelas que ainda vão vencer.

Segundo o advogado, Normando Pinheiro, a pro-positura trará mais segu-rança jurídica aos com-pradores. “A imposição de penalidades certamente terá efeito pedagógico nas empresas em relação à pontualidade e o cum-primento do que foi ajus-tado”, deduz Pinheiro ao informar que em Manaus já

aconteceu de uma empre-sa entregar apartamentos de apenas uma das duas torres que fazia parte do empreendimento. A outra ainda não foi concluída.

CasosUma das clientes que está

passando por esse “pesa-delo” é a cabeleireira Mari Colares, que ao assinar o contrato da compra de um apartamento na planta, em que registrava a entrega para o ano de 2012, até hoje, ainda não recebeu a tão desejada chave. “Já me reuni diversas vezes com os responsáveis e nada foi resolvido. A única coisa que fazem é estender o prazo de entrega e oferecer café da

manhã para os clientes du-rante os encontros, como se isso fosse resolver alguma coisa”, desabafa.

O motorista, Antônio Figueira, é outra vítima. De acordo com o contra-to, a construtora deveria entregar o bloco pronto no ano de 2012. No iní-cio desse mês, quando foi vistoriar o apartamento, encontrou rachaduras, pintura descascada e aca-bamentos mal feitos em todo o imóvel. “Além do prazo ter extrapolado 2 anos, ainda me entregam um lugar sem condições para morar. Eu pago todas as parcelas e taxas em dia e ainda assim sou prejudi-cado” explica revoltado.

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2 MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014

EXPEDIENTE

EDIÇÃO Bruno Mazieri

REPORTAGEMBruno MazieriLineize LealRenata Félix

FOTOSAlberto César Araújo

REVISÃODernando MonteiroGracycleide DrumondLorena Lima

DIAGRAMAÇÃOMario Henrique Silva

TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

Setor de construção está pessimistaSONDAGEM

Os empresários da in-dústria da construção civil mostram pessimismo em relação ao desempenho da economia e das em-presas, segundo a Sonda-gem Nacional da Indústria da Construção Civil, rea-lizada pelo SindusCon-SP (sindicato da construção) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em maio, a percepção dos empresários com relação ao desempenho atual de suas construtoras recuou 9,2% ante a pesquisa an-terior e 9,9% em 12 meses. Com a queda, a perspecti-va dos empresários para o desempenho das empresas marcou 44,6 pontos, em uma escala de zero a cem. Resultados abaixo de 50 pontos são interpretados como não favoráveis.

“Os resultados estão em linha com a desaceleração da atividade da constru-ção, refl etida pelo baixo crescimento do emprego no setor e fruto da con-tenção no nível de inves-timentos na economia”, afi rmou o presidente do SindusCon-SP, Sergio Wa-tanabe, em nota.

Por Folhapress

Os resultados estão em linha com a desaceleração da atividade

Sobre a condução da política econômica, as perspectivas apontaram queda de 17% ante a son-dagem anterior e 47,9% na comparação anual. O indicador marcou, em maio, 20,3 pontos. A pers-pectiva com relação ao crescimento econômico

atingiu 22,9 pontos. O número representa queda de 19,9% em relação ao trimestre anterior e recuo de 40,1% em 12 meses

Já a perspectiva de in-fl ação reduzida apresen-tou retração de 2,8% e 18,4%, respectivamente (para 25,5 pontos).

Economia com queda

REPRODUÇÃO

Soluções rápidas e práticasEmpresa que atua no ramo da construção civil há 22 anos oferece 30 dias de garantia para clientes após entrega das reformas que, segundo o proprietário, podem causar uma séria “dor de cabeça” ao morador com o passar do tempo

Apelar para medidas provisórias que aca-bam tornando-se dor de cabeça quando os

problemas são com as lâmpa-das que teimam em queimar, com a torneira que não para de pingar ou com o teto cheio de goteiras, por exemplo, são atitudes de muitos que dei-xam de contratar ou consultar um profi ssional da área por pura acomodação. Com isso, esse “pequeno” problema pode se transformar em um “baita problemão”.

Foi o que aconteceu com a doméstica, Marlene Negrão. A torneira do banheiro não parava de pingar, mesmo apertando com mais força na hora de desligar, até que em uma noite, já sem paci-ência, pegou um martelo e bateu na torneira com tanta força que acabou quebrando o acessório. Resultado: era água jorrando para todos os lados. “Foi uma confusão geral, molhou tudo. Tive que fechar o registro da casa e como era noite só pude cha-mar um profi ssional no dia seguinte”, lembra.

Para que esse tipo de pro-blema não chegue ao ponto do desespero, o melhor é in-cluir na agenda o contato de um profi ssional e solicitar os serviços o quanto antes, alerta Luis Sampaio, proprie-tário da FLS Construções.

“O importante é não deixar aquela questão sem solução por muito tempo, porque de-pendendo do que seja, pode chegar a afetar outras áreas da casa. Um pequeno buraco num cano, por exemplo pode ser o vilão de uma enorme infi ltração na parede”.

Ele conta que viu nesses serviços um nicho a ser ex-plorado em Manaus. Portas emperradas ou despencan-do, vaso sanitário entupido ou vazando, o forro da casa apresentando desnivelamen-to, chuveiro que não funciona, descamação na parede, caixa de gordura entupida, telhado quebrado, ou seja, esses pe-quenos reparos ou reformas são deixados de lado por empresas do ramo da cons-trução civil. “Todo empreen-dimento seja comercial ou residencial um dia vai preci-sar de manutenção ou mesmo apresentar falhas que preci-são ser corrigidas por isso esses serviços sempre vão ser procurados”, informa.

Só que o consumidor ama-zonense é exigente e justa-mente para agradar a esse público que cursos de capa-citação estão sendo cada vez mais procurados pelos pro-fi ssionais. A iniciativa agre-ga qualidade aos serviços e torna-se um diferencial no mercado. “Toda vez que surge um curso novo na área, meus

funcionários e até mesmo eu, participamos das aulas. Acre-dito que isso é diferencial que nos torna mais competitivos e responsáveis”, enfatiza o empresário que atua no ramo há 22 anos e começou a trabalhar na área quando o pai, hoje com 86 anos de idade, abriu uma empresa de construção civil.

De acordo com Sampaio, qualquer empresário que almeja criar um relaciona-mento sólido com o cliente deve oferecer diferenciais, por isso, também investe no pós-serviço, ou seja, o acom-panhamento após concluir o trabalho. “Geralmente damos 30 dias de garantia do servi-ço, porém, sempre entramos em contato para saber se está tudo bem com o serviço e se for o caso, até fazemos visitas técnicas”, afi rma.

SERVIÇOFLSCONSTRUÇÕES

Onde:

Informações:

Rua 12, quadra N, 226, Flores

(92) 3184-3421 ou 9483-6597

Diversos serviços são oferecidos pela FLS Construções, desde rápidos consertos até obras maiores

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3MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014

O Açutuba Park Morada e Praia está planejado em uma área de 500 mil metros quadrados, dividido em 385 lotes de 15x40 cada, ou seja, 600 metros quadrados para construir e leva assinatura da empresa Kizem Imóveis

Ao todo serão dispo-nibilizados 385 lotes para construção

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A partir da ponte Rio Negro leva trinta mi-A ponte Rio Negro,

inaugurada há 2 anos, que liga Ma-naus a outros mu-

nicípios como Iranduba, Manacapuru e Novo Airão oferece não só uma alter-nativa rápida para quem transita por essas cida-des, mas contribuiu para fortalecer a economia, prin-cipalmente dos empreendi-mentos imobiliários. Atual-mente existem vários sendo oferecidos do outro lado da ponte e as empresas usam como principais atrativos para os investimentos, as belezas naturais da região. A duplicação da principal estrada, a Manoel Urbano, a construção da Cidade Universitária e o comércio crescente também servem como atrativo.

Afinal, morar em um lu-gar próximo à natureza, mas que ofereça infraestrutura é muito cômodo. Agora se, além disso, o local for cal-mo, fresco, com acesso à praia de areias branquinhas e banhadas pelo rio Ne-gro, deixa de ser prático, e tornar-se um sonho, porém

possível. A partir do segun-do semestre do mês que vem, será lançado no mu-nicípio Iranduba, distante 27 quilômetros de Manaus, o Açutuba Park Morada e Praia planejado em uma área de 500 mil metros quadrados, dividido em 385 lotes de 15x40 cada, ou seja, 600 metros qua-

drados para construir um paraíso particular.

O condomínio Açaí, na região da praia do Açutu-ba, segue padrões de luxo e será entregue com ruas asfaltadas, meio fio, cal-çadas, iluminação, área de lazer completa e duas Es-

tações de Tratamento de Efluentes (ETE) para que os dejetos não poluam o rio. Segundo um dos sócios do empreendimento, Marcelo Kizem, não existe outro pro-jeto como esse em Iraduba. “Esse perfil de veraneio com glamour atrelado à natu-reza, praia e num condo-mínio fechado, é exclusivo”, informa o empresário.

Para quem pratica esporte ou curte oferecer festas aos amigos, uma área especial será oferecida. O local será composto por quatro qua-dras poliesportivas e duas piscinas, sendo uma inde-pendente para o salão de festas, churrasqueira, ves-tiário e banheiros.

A partir da ponte Rio Ne-gro é possível chegar ao local em trinta minutos ou ir de lancha desde o Taru-mã até a praia do Açutuba em cerca de 30 minutos. O empresário revela que existe um estudo para que no futuro sejam construídas uma marina e um helipor-to para atender aos con-dôminos e facilitar mais ainda o acesso.

ESPAÇOPara quem pratica esportes ou curte fes-tejar com os amigos, uma área especial está sendo oferecida dentro do Açutuba Park Morada e Praia com 500 mil metros quadrados

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4 MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014

Em conversas com colegas corretores, perguntava a eles, qual era o papel do sindicato e do Creci? E constatei que a grande maioria não sabe qual a fi nalidade das entidades que nos representam. O decreto nº 81.871 de 29/06/78 dá nova regulamentação à profi ssão de corretor de imóveis, disciplina o funcionamento de seus órgãos de fi scalização e dá outras provi-dências, diz no seu art. 7º que o Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) tem por fi nalidade orientar, supervisio-nar e disciplinar o exercício da profi ssão de corretor de Imóveis em todo o território nacional.

E no art. 13 º que os Conselhos Regionais de Corretor de Imó-veis (Creci) têm por fi nalidade fi scalizar o exercício profi ssio-nal na área de sua jurisdição, sob supervisão do Conselho Federal. No art. 8º da Constituição Fede-ral item 3 diz: ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da ca-tegoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.

Logo, fi ca claro que tanto o Creci, como o Sindicato tem objetivo comum: proporcionar condições favoráveis ao per-feito exercício da profi ssão, e em tese deveriam ter relações harmônicas e caminhar juntos. Infelizmente no Amazonas, essas instituições caminham em lados opostos e com intrigas políticas que enfraquecem a categoria.

Esses confl itos e ruídos de comunicações devem serem equacionados o mais bre-ve possivel, o Creci já faz um bom papel na fi scalização, mais precisa ser mais transparente e melhorar sua comunicação

com a categoria. O Sindica-to sem recursos, precisa de criatividade, para mostrar aos corretores os benefícios que o mesmo pode proporcionar. E o corretor deve conhecer as instituições e participar efe-tivamente nas discussões das melhorias para categoria.

Um dos ruídos a ser resolvido trata da contribuição sindical, que iremos abordar com mais propriedade em outra ocasião. É certo que ninguém será obri-gado a fi liar-se ou manter-se fi liado a sindicato (CF, art. 8º, V) não podendo o sindicato compe-lir os não fi liados para obrigá-los a pagar-lhe contribuição assis-tencial nem obrigar aos fi liados a permanecerem no sindicato. Porém, não se pode confundir a chamada contribuição assisten-cial com a contribuição sindical, ela é de natureza compulsória, na conformidade do que prevê o Inc. 4 do art. 8º da CF de 88 c/c Arts. 578 e 579, da CLT. Já a contribuição assistencial é de-vida apenas aos corretores que se associam espontaneamente ao sindicato, no valor por este estabelecido (CLT, art. 548, b).

A direção do Creci, como do Sindicato é eleita exclu-sivamente pelos corretores, ou seja, somos nós os res-ponsáveis por estas institui-ções, cabe a cada corretor sua parcela de trabalho e com-prometimento com a classe. Há uma frase no movimento espírita que diz: solidários, se-remos união. Separados uns dos outros, seremos pontos de vista. Juntos, alcançare-mos a realização de nossos propósitos. Pense nisso! O seu futuro agradece.

Carlos Cé[email protected]

Creci x Sindicato, quem é quem

Carlos Célio é corretor de

imóveis e perito avaliador

Em con-versas com colegas corretores, pergunta-va a eles qual era o papel do sindicato e do Creci? E cons-tatei que a grande maioria não sabe qual a fi nalidade das entida-des”

Do moderno ao clássicoA loja Criare Manaus conta com um showroom diferenciado e com uma série de opções para quem deseja deixar a casa com mais personalidade. Ao todo foram criados 24 ambientes para melhor servir ao cliente amazonense

Tornar qualquer ambien-te da casa ou do traba-lho mais prático, bonito, aproveitável ao máximo

e com um toque especial de personalidade é o sonho de muita gente. Transformar seja o quarto, a cozinha, e até mesmo a área de serviço, do escritório ou quem sabe, a recepção de um empreendimento, é possível com os móveis planejados. Eles estão cada vez mais procurados, acessíveis e tornam o espaço a cara do consumidor, conferindo

muito estilo. Texturas e cores à vontade,

além de acabamentos fi nos são possíveis com esse tipo de mobiliário. De acordo com a diretora da loja do ramo, a Criare Manaus, Graça Oliveira, é possível encontrar na cidade uma gama imensa de cores e estilos que vão do moderno ao clássico com intenção de agradar a todos os gostos e bolsos, pois, até a forma de pagamento está mais atraente. “Conosco é possível dividir o

pagamento em até 36 vezes e combinar pagar a entrada em até 90 dias”, diz a empresária ao afi rmar que isso chamou muito a atenção de quem almeja um ambiente composto por esses móveis, porém, sem compro-meter o orçamento.

Para auxiliar o consumidor na hora de compor o espaço desejado, foram criados na loja Criare 24 ambientes moder-nos e atuais. Ela destaca que o que chama a atenção para a coleção 2014 são as cores

quentes como roxo, turquesa, amarelo, verde e tons clássicos como preto, branco, terrosos e bordô, combinadas com caixas madeiradas claras. “Trouxemos para Manaus, essa coleção que foi lançada em Milão no mês de abril, na feira de móveis e decoração, o Salone Del Mobile”, conta Graça ao completar que a nova coleção traz, também, vi-dro e laca colorida (tratamento dado a madeira com aplicação de tinta específi ca) para deixar o ambiente mais alegre.

Para quem chega a loja com dúvidas sobre o projeto ou a procura de uma orietação mais específi ca, a empresária explica que uma equipe de profi ssionais composta por arquitetos e pro-jetistas estão sempre à disposi-ção. “É normal um cliente chegar aqui com dúvidas e pedindo sugestões sobre combinação de texturas, cores adequadas a determinados ambientes, aces-sórios que podem ser utilizados e isso nós oferecemos, além de indicar serviços de outros

profi ssionais e lojas parceiras, de acordo com o anseio de cada consumidor”, informa

Acompanhar o projeto desde o início, quando ainda está no papel, passando pela monta-gem e a entrega é uma ca-racterística importante e que fortalece o relacionamento com o cliente, enfatiza Graça, que faz questão de estar presente durante todo o processo ao citar que transformar os sonhos dos outros em realidade não é tarefa para qualquer um.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

O novo sho-wroom está disponível des-de a semana passada

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5MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014

Índice de confi ança cai 8,7% no mês de maio

PESQUISA

O Índice de Confi ança da Construção (ICST) da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentou queda de 8,7% no trimestre encerra-do em maio de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado. É a maior queda desde agosto de 2012 (-9,8%). Em março, houve redução de 3,3% e em abril, de 5,9%.

O resultado foi infl uen-ciado pelo Índice de Expec-tativas (IE-CST), que pas-sou de -7,7%, no trimestre fi nalizado em abril, para -11,4%, no encerrado em maio – a maior queda da série nessa base de compa-ração. No mês, a variação passou de -12,2% em abril para -13,4% em maio.

Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST) passou de -3,7%, no trimestre encer-rado em abril, para -5,3%, no que terminou em maio. Essa é a maior variação desde dezembro de 2013 (-6,2%). Quando avaliados os meses, o índice passou de -8,9%, em abril, para -5,2%, em maio.

De acordo com a análise da FGV, a piora nos dois úl-timos meses foi mais acen-tuada nas expectativas do que nas percepções sobre a situação atual dos negó-cios. “O resultado geral da pesquisa sugere que o nível

de atividade do setor vem desacelerando ao longo do segundo trimestre de 2014 e que as perspectivas do setor são pouco favoráveis para o restante do ano”, diz o estudo.

Dos 11 segmentos pesqui-sados, oito apresentaram queda comparação trimes-tral. Os destaques negati-vos foram os segmentos de preparação do terreno, cuja taxa passou de 2,7%, em abril, para -5,2%, em maio; obras de arte especiais e ou-tras obras do tipo, de -5,8% para -10,4%; e instalações de sistema de ar-condicio-nado, com taxas de -3,8% e -7,6%, respectivamente, nos mesmos períodos.

O quesito que mede a per-cepção das empresas quanto à situação dos negócios para os próximos seis meses foi o que exerceu maior infl uência negativa sobre o IE-CST. A variação interanual trimes-tral deste quesito passou de -7,5%, em abril, para -11,7%, em maio. A proporção de empresas prevendo aumen-to no trimestre terminado em maio de 2014 é de 31,4%, contra 43,0% há um ano, enquanto a parcela das que estão prevendo piora foi de 8,4%, contra 3,7%, em maio do ano anterior.

Por Agência Brasil

Oito segmentos apresentam queda comparação trimestral

Alerta para quem gosta de aluguel por temporadaPara especialistas, esse tipo de aluguel pode ser uma boa opção para quem já possui um segundo imóvel quitado

Todos os meses o fotó-grafo carioca Humber-to Silveira conta com ao menos R$ 6 mil de

reforço no orçamento. A ajuda vem do aluguel de um segundo imóvel da família em Ipanema, no Rio de Janeiro. “A diferença é que alugamos por temporada. Assim, conseguimos bancar os custos do apartamento e ain-da ter rendimento superior ao que poderíamos obter se o aluguel fosse tradicional, no longo prazo”, afi rma.

“Em algumas épocas do ano, como Carnaval e Réveillon, por exemplo, chegamos a cobrar mais de R$ 10 mil por um período de poucos dias e há demanda forte, principalmen-te de estrangeiros”, completa Silveira. Segundo o Sindicato da Habitação do Rio de Ja-neiro (Secovi Rio), em maio, o aluguel mensal médio em Ipanema foi de R$ 6.689 mil para imóveis com dois quartos

- mais comuns.Para especialistas, o aluguel

por temporada pode ser uma boa opção para quem já pos-sui um segundo imóvel quitado, pouco utilizado e com alto custo de manutenção. Já quem plane-ja investir em apartamento ou casa com este objetivo precisa considerar outras premissas. “A primeira delas é o local. Alugar imóveis por temporada costu-ma ser mais fácil em cidades litorâneas ou em estâncias tu-rísticas no interior”, afi rma José Augusto Viana Neto, do Conse-lho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo.

Caso o imóvel almejado es-teja em uma região com baixa procura turística, a estratégia tem de ser repensada. “Não vai ter Copa no Brasil todo ano. Imóveis que chegaram a ser alugados por até R$ 20 mil para 15 dias em Itaquera (bairro de São Paulo onde fi ca o estádio da abertura do Mun-

dial) não devem proporcionar a mesma rentabilidade aos pro-prietários nos demais dias do ano”, acrescenta Neto.

CálculosÉ essencial colocar todas

as contas na ponta do lápis. De acordo com o planejador fi nanceiro Eduardo Cubas, o investidor tem que considerar o valor de compra do imóvel e sua capacidade de honrar o fi nanciamento em conjunto com os gastos de manutenção da propriedade. “O valor do aluguel tem que cobrir esses custos, que são fi xos. Por isso é preciso tomar cuidado com o aluguel por temporada, pois o rendimento mensal pode va-riar”. Antes de fazer a aquisição do imóvel também é importante considerar se o valor a ser in-vestido renderia mais ou menos que em uma outra aplicação fi nanceira

Por Folhapress Um apartamento em Ipanema, Rio de Janeiro, pode oferecer até R$ 6 mil de reforço no orçamento

FOTOS: REPRODUÇÃO

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6 MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014

Dicas para compraro imóvel na plantaPesquisa e acompanhamento da obra estão na lista, itens que podem ser considerados simples, mas que fazem a diferença

Comprar um imóvel quase sempre faz parte de um sonho. E no meio das expectati-

vas, muitas vezes, são deixados de lado alguns passos simples que podem evitar muita dor de cabeça na hora de rece-ber o imóvel. O especialista da RealtON – primeiro outlet de imóveis do Brasil, Rogério Santos, que tem mais de 25 anos de experiência no merca-do imobiliário, enumera alguns passos para garantir qualida-de ao adquirir um imóvel na planta: antes de mais nada é preciso escolher a incorpora-dora a dedo, pesquisando a idoneidade da empresa.

“Em seguida, veja o que os consumidores falam sobre a incorporadora – hoje em dia, a maioria das empresas está na internet e é possível acompa-nhar os comentários de consu-midores nas redes sociais, por exemplo, ou mesmo em sites de reclamações”, diz Santos. Observar quem são os parcei-ros – construtora, empreiteiros, matérias-primas, também con-ta no resultado fi nal da obra. “Se possível, converse com mais de uma pessoa que já comprou imóvel da mesma empresa, as-sim, é possível conseguir uma média de satisfação”.

Se possível, quando for fazer vistoria, leve alguém que co-

nheça o assunto ou tome nota de tudo que parecer diferente do esperado, essa é a hora de fazer os ajustes. Quando efetuar a compra, preste bas-tante atenção ao Memorial Descritivo da obra. Nele, estão detalhados o que deve vir já instalado no imóvel, por exem-plo, e a marca das peças que serão colocadas, como louças, pisos, metais. “É um documento

importante e que deve ser lido e usado na hora das visitas e da vistoria. Outros pontos importantes são as plantas e a convenção de condomínio, além da estimativa de valor do condomínio depois do aparta-mento ser entregue”, conta.

RealtON BrasilA RealtON, primeiro Outlet

de imóveis do mundo, ofere-ce imóveis concluídos, semi-

prontos e na planta. O risco de atraso é mínimo, já que a entrega está muito mais próxima graças aos produtos se encontrarem em estoque durante algum tempo. As pes-soas interessadas em adquirir imóveis com a RealtON são atendidas por hosts profi ssio-nais que as auxiliam em todas as etapas, desde a apresenta-ção do imóvel, passando pela simulação de fi nanciamento, assessoria e acompanhamen-to jurídico até a aquisição fi nal do imóvel em estoque.

Inovar e trazer ao cliente um atendimento personali-zado com profi ssionais gaba-ritados e qualifi cados faz da empresa um sucesso. A marca RealtON vem de Realty On-line (imóvel on-line). Dentre os objetivos, um deles é reunir as melhores ofertas de imó-veis novos em um mesmo lu-gar para favorecer quem pre-tende adquirir a casa própria para morar ou investir; dar liquidez a maiores e melhores incorporadoras do mercado e melhorar a prestação de serviço na comercialização de novos empreendimentos. Sua equipe de especialistas nego-cia as unidades diretamente com incorporadoras renoma-das com capital aberto listado na Bolsa de Valores e com balanços públicos.

CRESCIMENTOInovar e trazer ao cliente um atendimen-to personalizado com profi ssionais gabarita-dos e qualifi cados faz da empresa RealtON um sucesso, com sua marcada ligada a uma outra de imóvel on-line

Rogério Santos dá dicas que são indis-

pensáveis na hora de uma reforma rápida e segura

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7MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014

Campos Elíseos em baixaTerrenos não legalizados podem ser um dos motivos para falta de condomínios na região que conta, ainda, com falta de lazer e serviços para os moradores

Os terrenos naquela região têm preço elevado, o que não se torna lucrativo para as cons-trutoras”, diz.

Outro aspecto apontado é a di-fi culdade de encontrar grandes lotes naquela região restando comprar um ao lado do outro e até mesmo residência para fazer a demolição. “O grande problema é quando uma casa

ou terreno está documentado, o seguinte não. Sem registro geral de imóveis, escritura, entre ou-tros documentos, não é possível fi nanciar o imóvel”, esclarece.

“Seria ótimo a construção de condomínios aqui. Muitas pes-soas querem esse tipo de mo-radia, por uma série de fatores, o maior deles é a segurança”, diz a psicóloga Fabiana Lima,

moradora do Campos Elíseos, há 28 anos. Ela comenta que é vantajoso residir em um bairro planejado com casas grandes, ruas largas e boa sinalização, no entanto, a falta de pavi-mentação e iluminação são uma porta para a violência, além da falta de serviços como restaurantes mais próximos e opções de lazer.

Localizado na Zona Cen-tro-Oeste de Manaus, o conjunto Campos Elí-seos é uma área pouco

explorada pelas empresas do segmento imobiliário. Terrenos não documentados, carência de serviços e lazer e; difi culdades na compra de grandes lotes podem ser fatores para essa carência de edifícios.

De acordo com Eduardo Lo-pes, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), a região é cercada por outros conjuntos habitacionais e isso difi cultaria investir. “As cons-trutoras que tiverem algum planejamento de condomínio no local, terão que comprar vários terrenos para atingir a metragem desejada e isso sai muito caro”, afi rma. Segundo Lopes, toda incorporadora, quando faz um planejamento, estuda as habilidades e cada uma usa suas estratégias para o concorrente não descobrir.

O condomínio Flex Tapajós, da Construtora Tecnisa, é o maior empreendimento do lo-cal. Ele possui quatro torres, área de lazer completa e tem preço médio entre R$ 290 a R$ 400 Mil. Outro, é o Ville Stadium, da Incorporadora PDG; e o Vitali, lançamento da RD Engenharia.

Para Demetrius Neves San-tos, subgerente de lançamentos de imóveis da Innova Plane-jamentos Imobiliários, esses s prédios são considerados em-preendimentos de baixo e mé-dio padrão. “Não é interessante construir condomínios de luxo.

A falta de iluminação é um dos fatores prejudiciais do local

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Contrato para curto prazo

Mesmo que o aluguel seja por um prazo pe-queno, de uma semana ou pouco mais, é impor-tante que o proprietá-rio faça um contrato de aluguel do imóvel. Segundo José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), nesse contrato devem cons-tar as datas de entrada e saída do inquilino, o valor, a forma de pa-gamento, as eventuais multas para os casos de atraso ou depredação e o número de pessoas que fi carão no imóvel. “Tem que ter também um check list: núme-ro de copos, panelas e outros utensílios que estejam à disposição”.

O proprietário e o in-quilino devem combinar livremente as formas de pagamento do alu-guel de temporada. A prática usual, segundo o Creci-SP, é a de que 50% do valor da locação seja pago no ato da contratação, e os 50% restantes, na entrega das chaves. Costuma-se prever multa contratual por desistência de uma das partes. A exigência de um cheque caução também é opcional.

Por Folhapress

NACIONAL

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