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MANAUS, DOMINGO, 4 DE MAIO DE 2014 (92) 3090-1017 Perfil de novos compradores A avenida Torquato Tapajós e a Ponta Negra são os focos dos interessados em adquirir a casa própria A s constantes mudanças do mercado imobiliário de Ma- naus, que oferta empreen- dimentos para públicos de diferentes classes e rendas, influen- ciou diretamente o perfil dos novos compradores. Segundo o proprietário da Imobiliária Manaus, Tiago Borges, as pessoas que procuram um imóvel, atualmente, possuem renda mensal entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, idade mí- nima de 30 anos e querem imóveis com dois ou três dormitórios. “São pessoas que possuem dinheiro para uma boa entrada, FGTS. Organização e planejamento são as principais características desses clientes que pode comprar tanto um imóvel na planta ou pronto”, explica. A abertura de crédito, patrocinada pelo programa do governo federal “Minha Casa, Minha Vida”, possibilitou que pessoas com renda entre R$ 1,7 mil e R$ 2 mil, pudessem realizar o sonho da casa própria. Apesar de muitas pessoas optarem por morar perto do trabalho, influenciadas, principalmen- te, pelo trânsito, o fator renda ainda é predominante. “Muitos não olham a localização, o que vale mesmo é comprar um imóvel mais barato e sair do aluguel”, afirma Borges. A procura pela casa própria em condomínio fechado e com valores mais acessíveis foi o que tornou a avenida Torquato Tapajós o local com maior número de oferta e procura. “É uma área que atende a dois públicos, clientes com renda de até R$ 6 mil, pessoas com poder aquisitivo que estão procurando imóveis com infra- estrutura, área de lazer que supra a necessidade da família. E os condo- mínios mais próximos a barreira que atendem o programa “Minha Casa, Minha Vida””, ressalta. A Zona Oeste, por sua vez, abrange bairros de alto padrão e de alta quali- ficação, além de ter as vantagens de serem tranquilos e com infraestrutura privilegiada como a Ponta Negra, por exemplo. “Quem compra nesses bair- ros são pessoas com renda média de R$ 20 mil, pessoas que querem morar muito bem. Hoje, com o novo shop- ping, a procura aumentou ainda mais, principalmente por casais com um ou dois filhos”, diz o o empresário. Para o Tiago Borges, o novo perfil de comprador também esta mais exigen- te e busca profissionais qualificados para lhe orientarem na hora da com- pra. “O corretor é obrigado a passar todas as informações para o cliente, explicar sobre as taxas, e falar aberta- mente sobre o tempo de entrega, caso seja imóvel na planta. As construtoras costumam dá um prazo de 36 meses para a entrega, mas é sempre bom estimar um prazo maior de 42 meses. Caso isso não aconteça, o cliente se sente “roubado””, afirma. Primeiro imóvel Os manauaras que buscam adquirir seu primeiro imóvel têm renda média mensal a partir de R$ 2 mil e se in- teressam, principalmente, pelos que estão na faixa de R$ 100 mil a R$ 140 mil. Os compradores de primeira viagem têm em média 24 a 28 anos, a maioria procura apartamentos para moradia própria. Entre os interessa- dos em comprar da segunda propriedade em diante, a renda média mensal é de R$ 10 mil. Eles procuram apartamentos que custam em torno de R$ 250 mil a R$ 300 mil. São pessoas na faixa etária de 33 anos e que tem como locais preferidos os bairros Parque 10, Dom Pedro e Adrianópolis. “A escolha por comprar um imóvel na planta ou não vai depender do valor de entrada que a pessoa possui e o valor que deseja financiar, pois não é somente o valor que o ban- co pede, existem taxas como ITBI, cartório e, até mesmo, as taxas do banco que irão ser em média 4.5% do valor do imóvel dependendo do perfil do cliente, pois a casos que há desconto no cartório”, explica Tiago Borges.

Salão imobiliário - 4 de maio de 2014

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Salão imobiliário - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 4 DE MAIO DE 2014 (92) 3090-1017

Perfi l de novos compradoresA avenida Torquato Tapajós e a Ponta Negra são os focos dos interessados em adquirir a casa própria

As constantes mudanças do mercado imobiliário de Ma-naus, que oferta empreen-dimentos para públicos de

diferentes classes e rendas, infl uen-ciou diretamente o perfi l dos novos compradores. Segundo o proprietário da Imobiliária Manaus, Tiago Borges, as pessoas que procuram um imóvel, atualmente, possuem renda mensal entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, idade mí-nima de 30 anos e querem imóveis com dois ou três dormitórios. “São pessoas que possuem dinheiro para uma boa entrada, FGTS. Organização e planejamento são as principais características desses clientes que pode comprar tanto um imóvel na planta ou pronto”, explica.

A abertura de crédito, patrocinada pelo programa do governo federal “Minha Casa, Minha Vida”, possibilitou que pessoas com renda entre R$ 1,7 mil e R$ 2 mil, pudessem realizar o sonho da casa própria. Apesar de muitas pessoas optarem por morar perto do trabalho, infl uenciadas, principalmen-te, pelo trânsito, o fator renda ainda é predominante. “Muitos não olham a localização, o que vale mesmo é comprar um imóvel mais barato e sair do aluguel”, afi rma Borges.

A procura pela casa própria em condomínio fechado e com valores mais acessíveis foi o que tornou a avenida Torquato Tapajós o local com maior número de oferta e procura. “É uma área que atende a dois públicos, clientes com renda de até R$ 6 mil, pessoas com poder aquisitivo que estão procurando imóveis com infra-estrutura, área de lazer que supra a necessidade da família. E os condo-mínios mais próximos a barreira que atendem o programa “Minha Casa, Minha Vida””, ressalta.

A Zona Oeste, por sua vez, abrange bairros de alto padrão e de alta quali-fi cação, além de ter as vantagens de serem tranquilos e com infraestrutura privilegiada como a Ponta Negra, por exemplo. “Quem compra nesses bair-ros são pessoas com renda média de R$ 20 mil, pessoas que querem morar muito bem. Hoje, com o novo shop-ping, a procura aumentou ainda mais, principalmente por casais com um ou dois fi lhos”, diz o o empresário.

Para o Tiago Borges, o novo perfi l de comprador também esta mais exigen-te e busca profi ssionais qualifi cados para lhe orientarem na hora da com-pra. “O corretor é obrigado a passar todas as informações para o cliente, explicar sobre as taxas, e falar aberta-mente sobre o tempo de entrega, caso seja imóvel na planta. As construtoras costumam dá um prazo de 36 meses

para a entrega, mas é sempre bom estimar um prazo maior de 42 meses. Caso isso não aconteça, o cliente se sente “roubado””, afi rma.

Primeiro imóvelOs manauaras que buscam adquirir

seu primeiro imóvel têm renda média mensal a partir de R$ 2 mil e se in-teressam, principalmente, pelos que estão na faixa de R$ 100 mil a R$ 140 mil. Os compradores de primeira viagem têm em média 24 a 28 anos, a maioria procura apartamentos para moradia própria.

Entre os interessa-dos em

comprar da segunda propriedade em diante, a renda média mensal é de R$ 10 mil. Eles procuram apartamentos que custam em torno de R$ 250 mil a R$ 300 mil. São pessoas na faixa etária de 33 anos e que tem como locais preferidos os bairros Parque 10, Dom Pedro e Adrianópolis.

“A escolha por comprar um imóvel na planta ou não vai depender do

valor de entrada que a pessoa possui e o valor que deseja financiar, pois não é somente o valor que o ban-co pede, existem taxas como ITBI, cartório e, até mesmo, as taxas do banco que irão ser em média 4.5% do valor do imóvel dependendo do perfil do cliente, pois a casos que há desconto no cartório”, explica Tiago Borges.

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2 MANAUS, DOMINGO, 4 DE MAIO DE 2014

EXPEDIENTE

EDIÇÃO Bruno Mazieri

REPORTAGEMBruno MazieriMariane Barroco

FOTOSRicardo Oliveira

REVISÃOGracycleide Drumond

DIAGRAMAÇÃOMario Henrique Silva

TRATAMENTO DE FOTOSPablo Filard

Aumento salarial eleva custo

NACIONAL

O Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado (INCC-M) teve variação de 0,67% em abril, bem aci-ma da taxa registrada em março (0,22%), acumulando alta de 2,04%, desde janei-ro, e 7,75% em 12 meses. Os materiais, equipamentos e serviços subiram 0,93% ante 0,45%, atingindo alta de 6,88% em um ano. Já a mão de obra passou de 0,01% para 0,42% com correção de 8,58% em 12 meses.

A mão de obra mais cara refl ete, principalmente, o aumento salarial no Rio de Janeiro e, em Salvador, na Bahia. Entre os materiais que mais tiveram reajustes estão os itens utilizados na estrutura das obras com as peças metálicas, alta de 13,19% em 12 meses e as de madeira (6,52%).

Das sete capitais onde é feita a pequisa, o índice médio da construção mais elevado foi constatado no

Rio de Janeiro com alta no mês de 2,73% ante 0,18%. Nas demais localidades fo-ram registradas as seguin-tes variações: Salvador (de 0,41% para 0,40%); Brasí-lia (de 0,11% para 0,63%); Belo Horizonte (de 0,17% para 0,41%); Recife (de 0,24% para 0,20%); Por-to Alegre (de 0,29% para 0,40%) e São Paulo (de 0,21% para 0,47%).

Por Agência Brasil

A mão de obra mais cara refl ete, principalmente, o aumento salarial no Rio de Janeiro e Bahia

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Ministro confirma nova etapa para o mês de junhoSegundo dados da Câmara Brasileira da Construção, o Minha Casa, Minha Vida deverá construir três milhões de habitações

O governo vai lançar em junho a terceira etapa do programa habita-cional Minha Casa,

Minha Vida, que benefi cia fa-mílias de baixa renda. A data foi defi nida na última semana em reunião entre a presidente Dil-ma Rousseff , ministros ligados ao programa e representantes da construção civil.

“Estamos já com a certeza da existência do programa em sua terceira fase. As condições, os números e os volumes de recursos serão objetos de tra-balho, tanto na área do gover-no quanto na área empresa-rial, com as contribuições dos movimentos sociais, de todos aqueles envolvidos dentro do programa”, disse o ministro das cidades, Gilberto Occhi.

Apesar da indefi nição sobre os números, o presidente da Câ-mara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, adiantou que o “Minha Casa, Minha Vida 3” deverá pre-ver a construção de três milhões de unidades habitacionais. A segunda fase do programa, que está em vigor e tem metas até o fi m de 2014, prevê 2,75 milhões de residências.

Segundo Occhi, mais de 2,4 milhões de unidades habitacio-nais do Minha Casa, Minha Vida

2 já foram entregues ou estão contratadas. Até o fi m do ano, o governo deve entregar ou contratar cerca de 400 mil.

O anúncio da terceira etapa antes da conclusão da atual fase é importante para o pla-nejamento das construtoras, se-gundo Simão, representante do setor. “O processo de constru-ção de programa como esse não é uma coisa simples, começa na busca do terreno, na compra, na contratação, na elaboração dos projetos, dos licenciamen-tos, é um prazo muito longo. É importante que tenhamos esse sinal agora em junho para que os empresários possam se movimentar”, avaliou.

Perguntado sobre o possível caráter eleitoreiro do anúncio a poucos meses da disputa presidencial de outubro, Simão disse o setor considera o Minha Casa, Minha Vida um progra-ma de Estado, que deve ser mantido independentemente dos resultados eleitorais.

O Minha Casa, Minha Vida fi nancia casas e apartamentos para famílias com renda até R$ 5 mil por mês. As condições do fi nanciamento variam de acor-do com a renda familiar. O programa foi criado em 2008.

Por Agência Brasil A confi rmação foi feita por Gilberto Occhi, ministro das cidades, após reunião com a presidente da república Dilma Rousseff

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3MANAUS, DOMINGO, 4 DE MAIO DE 2014

Eldorado: procura elevada com baixa opção de ofertaO conjunto é um dos locais mais procurados, mas devido ao seu crescimento não tem mais espaço para expansão

O Eldorado está entre os bairros mais va-lorizados da cidade de Manaus graças a

sua localização – Zona Cen-tro Sul. Até 1982, pertencia a um bairro maior, o Parque 10, quando foi desmembrando, levando como herança algumas características, principalmente, ao que se refere a grande ati-vidade comercial, com super-mercados, bares, restaurantes, concentrados principalmente na praça do Eldorado. Além disso, a proximidade da Arena da Amazônia, que abrigará jo-gos da Copa do Mundo da Fifa, é outro importante atrativo. “É um local excelente e muito procu-rado, muitas pessoas desejam morar lá”, afi rma o corretor de imóveis Daniel Aragão.

Segundo ele, apesar da alta procura a expansão do Eldo-rado já chegou ao fi m. O con-junto não possui mais área útil para construção. O ultimo empreendimento foi lançado há 7 anos. “Ao longo desses 15 anos foram construídas nove torres. Se tivesse um novo lan-çamento a procura seria muito grande, mas infelizmente não é possível ter mais novida-des. A maioria dos imóveis são residências, que podem ser colocadas a venda ou aluguel, por isso todas as unidades que fi cam disponíveis são negocia-das rapidamente”, conta.

O aluguel de um apartamento no local custa em média R$ 3.500 (próximo a praça dos Caranguejos) e de uma casa R$ 2.500. Já para venda, um

apartamento fi ca em torno de R$ 500 mil e as casas R$ 350 mil. A mesma situação se refl ete na área comercial. “Com a grande expansão comercial, todos os locais foram ocupados e mui-tas casas foram transformadas em pontos comerciais. Se ainda tivesse espaço, seria um ótimo local para continuar investindo”, observa o corretor. O aluguel de um ponto comercial com 200 metros quadrados esta custan-do cerca de R$ 5.000.

Um local que recebe muitos

visitantes é a praça dos Caran-guejos. O espaço é frequenta-do por pessoas de toda a cida-de, principalmente, quando há jogos de futebol sendo exibidos nos telões de cada bar. São mais de seis bares só na região. O espaço também conta com comércio de rua, restaurantes e lanchonetes. “Apesar de ser um local que gera muita renda e atrai visitantes, muitos mora-dores antigos não gostam do local, por conta do barulho e grande movimentação, sendo esse o único ponto desfavo-

rável do bairro. Mas ao meu vê, é um problema sazonal, típico dos grandes centros”, ressalta Aragão.

CopaDevido a proximidade com

a Arena da Amazônia, mora-dores do Eldorado disponibili-zaram imóveis para aluguel na temporada da Copa da Mundo. “O Sindicato dos Corretores de Imóveis em parceria com a ManausTur cadastrou vá-rios imóveis de bairros que fi cam no entorno da arena como Alvorada, Dom Pedro, Chapada e os disponibilizou para os turistas alugarem. O Eldorado foi uma das áreas mais procuradas e os imóveis ofertados já foram alugados”, diz o corretor. Os valores dos alugueis variam entre R$ 9 mil e R$ 10 mil por mês. Segun-do Aragão, 90% dos locatá-rios são turistas estrangeiros que vem em grupos assistir os jogos em Manaus.

Com relação ao comércio, o único empreendimento novo construído especifi camente para a Copa foi o Centro Co-mercial Arena Mall, localizado na fronteira do Eldorado com o bairro Chapada. “No bairro mesmo todos os bares e res-taurantes já estão locados e os proprietários realizaram tra-balhos de reforma. Um posto de gasolina que fi ca no local também ampliou a loja de con-veniência, levou uma famosa rede de fast food para lá. Mas o mais importante é o legado que vai fi car”, afi rma Aragão.

A praça dos Caranguejos, localizada no conjunto, é um dos pontos mais frequentados da cidade

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DIVERSIDADEO último empreendi-mento lançado no con-junto Eldorado foi há 7 anos. O local conta com comércio de rua, res-taurantes e lanchone-tes, além de uma praça com várias opções de entretenimento

Para a secretaria Amélia Marques, que mora há 40 anos no Eldorado, a principal mudança que o bairro so-freu nesses últimos tempos foi em relação à segurança.

“Já vivemos tempos melhores, mais seguro. Mesmo com a delegacia próxima, sofremos com muitos assaltos que são praticados por meninos de rua”, diz. Com exceção desse

problema, Amélia diz gostar muito de viver no local. “A moradia é muito boa e a lo-calização é perfeita. Estamos perto de shoppings, drogarias, bancos. É perto de tudo”.

Insegurança é ponto negativo

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4 MANAUS, DOMINGO, 4 DE MAIO DE 2014

Queda preocupa empresáriosA ação foi apontada como um dos problemas mais crescentes enfrentados pelo setor no primeiro trimestre de 2014

A tendência de desa-quecimento na cons-trução civil preocupa os empresários do

setor. Após uma sequência de estímulos do governo federal na área de infraestrutura - em especial do Programa Minha Casa Minha Vida, o setor registra quatro meses conse-cutivos de queda nas ativida-des. Com isso as expectativas estão cada vez “menos oti-mistas” para o próximo se-mestre, segundo sondagem divulgada na última semana pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A queda na demanda foi apontada pela pesquisa como um dos problemas mais cres-centes, entre os enfrentados pelo setor no primeiro tri-mestre de 2014. De acordo com a Sondagem da Indústria da Construção, no último tri-mestre de 2013, o problema era citado por 18,4% dos empresários do setor. Já na pesquisa divulgada, passou a ser apontado por 27,8% dos entrevistados – atrás ape-nas dos itens carga tributária (45,3%) e falta de trabalha-dores qualifi cados (41,5%). O quarto item mais preocupante do período é o alto custo da mão de obra (26,9%).

Com isso, a expectativa do setor para o próximo semes-tre está apresentando indica-

dores com “menor otimismo mês após mês”. Em abril, a expectativa registrada sobre nível de atividade fi cou em 54 pontos, em uma escala de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam crescimento ou atividade acima do usual; abaixo, signifi cam queda na atividade ou abaixo do usual. É a terceira queda seguida, 4,7 pontos abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, aponta a CNI.

O nível de atividade da indústria da construção caiu em março, na comparação com o mês anterior, ficando em 47 pontos. Na compa-ração com março de 2013, esse indicador, que mede o nível de atividade efetivo em relação ao usual, ficou em 43,5 pontos.

Por Agência Brasil

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Acredita-se que, a partir do segundo semestre, o otimismo do setor tenda a diminuir mês após mês, segundo indica a pesquisa

Alguns leitores e vários clien-tes me perguntaram se estamos vivendo o mesmo processo ocor-rido em 2008 nos Estados Uni-dos, a famosa “Bolha imobiliária”. Todas as vezes respondo sempre baseado em conceitos e fatos, e a primeira pergunta que faço a essas pessoas é: Defi na o que é “bolha”? A grande e esmagadora maioria não tem a menor noção sobre o tema. Economia não é futebol, onde qualquer torcedor é um comentarista ou até mesmo, o técnico do time. Uma bolha fi nanceira refere-se a uma falsa replicação de capitais sobre um único capital através do sistema fi nanceiro. Exemplo:

O elemento A empresta R$ 100 ao elemento B a uma taxa de juros de 1% ao mês, logo, A será credor de R$100; o B empresta ao C os mesmos R$ 100 a uma taxa de 2% ao mês, até aí A e B são credores de R$100 cada, totalizando R$ 200; C empresta os mesmíssimos R$ 100 a uma taxa de juros de 3% ao mês para D, até então, A, B e C são credores de R$ 100 cada, totalizando R$ 300.

Ou seja, todos eles são cre-dores do mesmo capital. No exemplo colocado, houve a “ge-ração” de R$ 200 virtuais a par-tir de R$ 100 verdadeiramente existentes.

No Brasil os números mos-traram um elevado défi cit habi-tacional represado nas ultimas décadas e a estabilização da economia alavancaram as ven-das no setor atingindo números nunca vistos.

O fi nanciamento imobiliário é de apenas 6,3% do PIB em crédito imobiliário, enquanto no México e no Chile representa 15%, em países como Espanha e Estados Unidos atingem respectivamen-

te, 60% e 70% do PIB. Finan-ciamos de 70% a 80% do valor do imóvel, diferente dos Estados Unidos que pouco antes de 2008 estavam fi nanciando 130% do valor do imóvel. Sem

Há, de fato, em minha humilde opinião uma superoferta imobili-ária no Brasil. Nos últimos anos as incorporadoras procuraram outras praças para continuar atendendo as necessidades dos seus acionistas. Em Manaus, vi-mos lançarem vários produtos, comerciais e residenciais de R$ 100 mil a R$ 10 milhões. Uma nova arquitetura elevou o metro quadrado e surgiu uma forte especulação imobiliária. Porem essa ganância de maximizar os lucros, fi zeram que essas empre-sas cometessem erros primários de inteligência imobiliária.

Atualmente, temos vários em-preendimento prontos e outros quase prontos, e muitas dessas unidades estão disponíveis, o que estar obrigando as incorporado-ras a comercializar com campa-nhas promocionais, cortando na própria carne, ou seja, tirando toda a gordura “especulação” do preço.

O fato é que, se você está pretendendo comprar um imóvel, a hora é agora. Produtos com até 20% de desconto, zero de entrada, Itbi e custas de cartó-rios pagos pela incorporadora e mais alguns mimos. Daqui para a frente, o preço dos imóveis vai parar de subir de forma tão acelerada e passe a acompanhar mais de perto a inflação. Temos que entender que estamos em uma época de “superoferta”. Na-turalmente o mercado terá que ofertar menos. Imóvel, em todas as épocas é um bom investi-mento. Pense nisso! Seu futuro agradece.

Carlos Cé[email protected]

Carlos Célio é corretor de imóveis

e perito avaliador

O fato é que, se você está pre-tendendo comprar um imóvel, a hora é ago-ra. Produtos com até 20% de des-conto, zero de entrada, Itbi e custas de cartórios pagos pela incorpora-dora e mais alguns mi-mos”

Bolha imobiliária ou superoferta?

OTIMISMOCom a queda a expec-tativa do setor para o próximo semestre está apresentando indicado-res com “menor oti-mismo mês após mês”. Em abril, a expectativa sobre o nível de ativida-de fi cou em 54 pontos

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5MANAUS, DOMINGO, 4 DE MAIO DE 2014

Pioneira, empresa chega aos 30 anos no mercadoA Unipar foi uma das primeiras no segmento de apart hotéis e iniciou a valorização imobiliária da Ponta Negra

Com mais de 40 em-preendimentos cons-truídos em Manaus, dentre eles um dos

mais importantes shoppings da cidade, o Millennium, e uma rede de apart hotéis e hotel, o grupo Unipar come-morou na última semana 30 anos de atividades e contri-buição para a modernização e crescimento vertical da ca-pital amazonense.

De acordo com o presidente do grupo, o empresário ama-zonense Paulonei Avelino, a Unipar foi a primeira grande empresa a observar o poten-cial econômico do consumidor do nosso estado, que à época ainda não tinha à sua disposi-ção empreendimentos com a qualidade e serviços ofereci-dos nos moldes dos grandes centros do país. “Quando a Unipar foi lançada Manaus estava com um crescimento muito acelerado e consegui-mos seguir o mesmo ritmo. Em pouco tempo estávamos com obras em diversas zonas da cidade, dando aos clientes a possibilidade de morar e investir em um imóvel de qua-lidade diferenciada”, afi rmou. Ao longo destes 30 anos a Unipar já contabiliza mais de 700 unidades habitacionais entregues, além dos hotéis e empreendimentos comer-ciais.

Fruto do trabalho de uma família genuinamente amazonense, o pio-neirismo da Unipar teve início em 1984, com a inauguração do seu primeiro grande empreen-dimento, o Con-domínio São Salvador, em Adrianópolis. Paulonei des-taca que este

foi o pontapé inicial para uma longa lista de imóveis residenciais e comerciais, que atualmente contabili-za mais de 500 mil metros quadrados construídos.

Ainda de acordo com Pau-lonei, a Unipar foi uma das principais responsáveis pela valorização imobiliária da Ponta Negra, com a constru-ção de prédios de alto padrão. Quando a região ainda era pouco habitada a construto-ra criou ali um complexo de cinco edifícios, que até hoje servem como referência em qualidade e localização. O pri-meiro entregue pela Unipar naquela região foi o edifício Farol da Ponta Negra, seguido pelo Mirante do Rio Negro, Varandas do Rio Negro, So-lar da Praia, Porto Seguro e Barra do Rio Negro.

HotéisDesde o início das suas ati-

vidades em Manaus, a Unipar considerou as possibilidades turísticas da região e investiu em serviços de hotelaria com qualidade dife-renciada e de alto padrão, para

atender aos mais exigentes turistas nacionais e interna-cionais. Dentre as obras assi-nadas pela construtora, estão três apart hotéis e um hotel: o Saint Paul Apart Service, no Centro, o Adrianópolis Apart Service, o Millennium Apart Service, um fl at de luxo que faz parte do complexo multiuso Millennium Center, além do Hotel Express Vieiralves, mais recente investida do grupo no setor de hotelaria.

Paulonei destaca ainda que com a inauguração do Saint Paul, primeiro fl at da região Norte do país, o mercado imobiliário se movimentou e voltou os olhos para a re-gião. Com isso, a oferta de novos produtos do segmento cresceu signifi cativamente,

fazendo com que a Unipar fosse referência na moder-nização de prestação destes serviços. Com isso, a empresa recebeu um impulso comercial ainda maior e se consolidou no mercado.

Para o futuro, a Unipar vislumbra a construção de empreendimentos ainda mais ousados e com ofertas de serviços exclusivos que já tornaram-se marca da cons-trutora. “Hoje em dia nossos imóveis conseguem atender aos mais exigentes consu-midores. O fornecimento de internet gratuita nos edifícios, lavanderias equipadas com máquinas automáticas, am-bientes comuns decorados e mobiliados são apenas alguns dos diferenciais que vamos

continuar oferecen-do”, assegurou.

Em 2004, o grupo Unipar viu mais uma oportunida-de e inaugurou o Millen-nium Shopping, hoje um dos mais importantes da capital amazonense. Com um mix variado de lojas e serviços e localizado em um das regiões mais es-

tratégicas de Manaus, a avenida Djalma Batista,

o Millennium já é refe-rência em Manaus não somente em compras, mas por movimentar

a cena cultural local,

com oito salas de cinema e uma vasta programa-ção cultural gratuita, que acontece todos os fi nais de semana. Atualmente, o shopping possui 100 lojas e dispõe de praça de ali-mentação com capacidade para 600 lugares, alem de 7,2 mil vagas rotativas nos estacionamentos, salão de beleza, bancos, restauran-tes, lounges nos banheiros, wi-fi , setores de ‘achados e perdidos’ e de empréstimos de cadeiras de roda.

Shopping com mix de serviços

O Millennium Shopping leva assinatura da empresa

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O Hotel Express Vieiralves é o mais

recente empreen-dimento ligado ao ramo hoteleiro da

empresa

ção empreendimentos com a qualidade e serviços ofereci-dos nos moldes dos grandes centros do país. “Quando a Unipar foi lançada Manaus estava com um crescimento muito acelerado e consegui-mos seguir o mesmo ritmo. Em pouco tempo estávamos com obras em diversas zonas da cidade, dando aos clientes a possibilidade de morar e investir em um imóvel de qua-lidade diferenciada”, afi rmou. Ao longo destes 30 anos a Unipar já contabiliza mais de 700 unidades habitacionais entregues, além dos hotéis e empreendimentos comer-ciais.

Fruto do trabalho de uma família genuinamente amazonense, o pio-neirismo da Unipar teve início em 1984, com a inauguração do seu primeiro grande empreen-dimento, o Con-domínio São Salvador, em Adrianópolis. Paulonei des-taca que este

pelo Mirante do Rio Negro, Varandas do Rio Negro, So-lar da Praia, Porto Seguro e Barra do Rio Negro.

HotéisDesde o início das suas ati-

vidades em Manaus, a Unipar considerou as possibilidades turísticas da região e investiu em serviços de hotelaria com qualidade dife-renciada e de alto padrão, para

novos produtos do segmento cresceu signifi cativamente,

mobiliados são apenas alguns dos diferenciais que vamos

continuar oferecen-do”, assegurou.

Em 2004, o grupo Unipar viu mais uma oportunida-de e inaugurou o Millen-nium Shopping, hoje um dos mais importantes da capital amazonense. Com um mix variado de lojas e serviços e localizado em um das regiões mais es-

tratégicas de Manaus, a avenida Djalma Batista,

o Millennium já é refe-rência em Manaus não somente em compras, mas por movimentar

a cena cultural local,

com oito salas de cinema e uma vasta programa-ção cultural gratuita, que acontece todos os fi nais de semana. Atualmente, o shopping possui 100 lojas e dispõe de praça de ali-mentação com capacidade para 600 lugares, alem de 7,2 mil vagas rotativas nos estacionamentos, salão de beleza, bancos, restauran-tes, lounges nos banheiros, wi-fi , setores de ‘achados e perdidos’ e de empréstimos de cadeiras de roda.

Shopping com mix de serviços

O Millennium Shopping leva assinatura da empresa

O Hotel Express Vieiralves é o mais

recente empreen-dimento ligado ao ramo hoteleiro da

empresa

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6 MANAUS, DOMINGO, 4 DE MAIO DE 2014

Infl ação que regula aluguéis cai quase um ponto no país

A infl ação medida pelo Índi-ce Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,78% em abril, caindo 0,89% em relação à alta de 1,67% verifi cada em março. Em abril do ano pas-sado, a taxa havia variado 0,15%, de acordo com os da-dos divulgados na última se-mana pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Ge-tulio Vargas (Ibre-FGV).

Com a alta de abril, o IGP-M, que serve de parâmetro para o reajuste de alguns preços do mercado, como os aluguéis residenciais e comerciais por exemplo, passou a acumular nos quatro primeiros meses do ano alta de 3,35%, com a taxa anualizada (o acumulado dos últimos 12 meses) fi cando em 7,98%. O IGP-M é calcu-lado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

A queda de quase 1 ponto percentual no IGP-M de março para abril refl etiu a retração dos preços no atacado (ao pro-dutor), uma vez que os preços ao consumidor se mantiveram estáveis e os da construção civil subiram entre um mês e outro.

Em abril, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apre-sentou variação de 0,79%, uma retração que chegou a 1,41 ponto percentual em relação à alta de 2,20% de março. Na composição do IPA, os bens fi nais variaram 2,19%, contra 2,23% em março; os bens intermediários, 0,18%, contra 1,28% do mês anterior; enquanto os preços no estágio inicial da produção, medidos pelo grupo matérias-primas brutas, acusaram defl ação de 0,06% em relação à alta de 3,25% verifi cada em março.

O Índice de Preços ao Con-sumidor (IPC) registrou, em abril, variação de 0,82%, se-gundo o Ibre, a mesma taxa do mês anterior. A principal contribuição para a variação positiva fi cou com o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (cuja variação passou de 0,49% para 0,97%).

O Índice Nacional de Cus-to da Construção (INCC), o único a registrar alta entre março e abril, subiu 0,67%, resultado 0,45 ponto percen-tual superior ao de março (0,22%).

Por Agência Brasil

BRASIL

Com a alta em abril, o Índice Geral de Preços - Mercado passou a acumular nos quatro primeiros meses do ano alta de 3,35%

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Escritório de arquitetura surge com novo objetivoNovidade é fruto de mudança da marca EB-A Espaço Brasileiro de Arquitetura criada há 7 anos por Glaucio Gonçalves

O arquiteto Glaucio Gonçalves traz uma novidade para o mer-cado brasileiro de ar-

quitetura. Trata-se da abertura do escritório Glaucio Gonçal-ves Arquitetura e Design (www.glauciogoncalves.com), que chega para renovar e rebatizar a marca EB-A Espaço Brasileiro de Arquitetura, criada em 2007, e que se consagrou pelos proje-tos arquitetônicos e de design de interiores não só no Brasil, mas também no exterior. A par-tir de agora, o escritório terá foco em projetos de design de interiores e projetos arquitetô-nicos residenciais e comerciais, por meio de soluções inovado-ras e diferenciadas, acolhedo-ras e agregadoras.

Com sede em São Paulo, o escritório leva em conta o perfi l do cliente e seu estilo de vida. “Entre tantos outros, um dos nossos diferenciais é o geren-ciamento e acompanhamento de obras, o que possibilita re-sultados mais efetivos e menos tempo demandado pelo cliente para esse tipo de trabalho”, destaca Gonçalves.

“Juntamente com a nova marca, estamos lançando um pacote de serviços e consul-torias, pois acredito que a arquitetura é muito ampla e é um negócio que só tende a evoluir. Minha expectativa é crescer 15% no mercado a partir de agora, sempre com foco na realização de sonhos de meus clientes”, explica.

O escritório também terá uma fi lial em Itu, interior de São Paulo, região bastante prós-pera e que conta com deze-nas de potenciais clientes e empreendimentos, bem como nas cidades vizinhas, como Sal-to e Indaiatuba. Além disso, o site www.glauciogoncalves.

com está mais dinâmico, o que permite ao cliente acompanhar as etapas da obra, acessando em uma área restrita, todos os arquivos de projetos, orçamen-tos e cronogramas.

ExperiênciaCom 20 anos de experiência,

Gonçalves se destaca no Brasil e no exterior por sua arquitetura inovadora e embasada na sus-tentabilidade. Entre eles, está o projeto no Alto de Pinheiros, em São Paulo, e o projeto “Singular”, cujo objetivo é oferecer imóveis a preço acessíveis contemplan-

do aspectos socioeconômicos e ambientais. “Seja diretamente na implementação dos projetos ou na conscientização da socie-dade, o intuito é fortalecer essa cultura”, completa.

De acordo com o arquiteto, a chave para o sucesso está em sete aspectos fundamentais. “Ao aliar o autoconhecimento, a humildade, a perseverança, a ousadia, a inovação, as par-cerias, a sustentabilidade e a fé, todos esses aspectos junto com a paciência e entender que, às vezes uma pequena fresta que surge em nossa vida pode levar a uma grande porta para o sucesso, é o que permite cons-truir uma carreira sólida e bem sucedida”, fi naliza Gonçalves.

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AÇÃO

Espaço Criar: trata-se de um escritório virtual para colaborar com jovens ar-quitetos que têm talento e precisam de um espaço para desenvolver seus trabalhos, projetos e ideias. Baseado no conceito de coworking, que não para de crescer no Brasil, os empreendedores podem ter a oportunidade de acompanhar todas as eta-pas de um projeto, desde o atendimento inicial até a fi na-lização e a obra. “A força do

empreendedorismo está na juventude e pode ser medida pela capacidade de renova-ção nas duas faixas etárias que mais crescem. Hoje, o grupo dominante é formado por jovens adultos de 25 a 34 anos e somam 22,4%. Dessa forma, com o escritório virtu-al, esses profi ssionais podem adquirir experiência e iniciar uma carreira sustentável”.

Turn Key: em razão do cres-cente lançamento de empre-endimentos e apartamentos

pequenos de até 70 metros quadrados, Glaucio Gonçal-ves criou o projeto Turn Key, ou chave na mão. Trata-se da elaboração do projeto de in-teriores e execução a partir do momento em que as chaves de um determinado imóvel são entregues. A partir daí, a equipe do escritório entra em ação e, posteriormente, devolve a chave da unidade, que estará toda decorada e pronta para morar, ou então se for um investidor, estará

apta para locar. DecorFit: O escritório

desenvolve projetos ade-quados ao bolso do cliente. Assim, ele pode contratar o DecorFit e ter acesso a um pacote que dá direito a um projeto e layout, com profi ssionalismo e compro-metimento, que são caracte-rísticas de toda a equipe.

Projeto Sustentável: Para clientes que querem fazer projetos totalmente ou par-cialmente sustentáveis.

Série de novidades ligadas à arquitetura

O arquiteto Glaucio Gonçalves ganhou reconhecimento pelos projetos arquitetônicos e design de interiores dentro e fora do Brasil

FOCOO novo escritório do arquiteto Glaucio Gon-çalves leva em conta o perfi l do cliente e seu estilo de vida. O acom-panhamento das obras leva a um resultado mais efetivo do projeto arquitetônico

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Os problemas dos direitos autorais em imóveisA questão ganha maiores contornos diante da perspectiva de que ainda haverá atividade entre arquitetos e incorporadoras

Quando se fala em empreendimentos imobiliários, as atenções voltam-

se, principalmente, aos problemas relacionados à execução e entrega das obras pelas incorporadoras. Descumprimento de prazos, qualidade dos materiais empregados na construção, observância ao memorial descritivo são algumas das questões frequentemente enfrentadas pelo mercado.

Há, todavia, outro tema im-portante que também deve demandar a atenção dos pro-fi ssionais da área: os direitos autorais sobre os projetos ar-quitetônicos. Por consistirem em criações intelectuais, os projetos arquitetônicos origi-nais são objeto de proteção pelo direito autoral, o que assegura, aos profi ssionais responsáveis por sua ela-boração, o direito exclusivo de utilização, publicação ou

reprodução.A lei confere dois direitos

distintos aos autores dos projetos arquitetônicos: (a) direitos patrimoniais, que lhes garantem o aproveita-mento econômico da obra; (b) direitos morais, que as-seguram a reivindicação da autoria, indicação do nome como autor da obra, pre-servação da integridade do projeto, repúdio da autoria em caso de alteração não consentida, etc.

Sendo assim, o arquiteto tem a prerrogativa de permi-tir ou não o uso de seu projeto e determinar as condições em que se dará este uso. Se constatada, por exemplo, a reprodução do projeto em conjunto habitacional distin-to daquele que foi pactuado com o cliente, atribuindo-se a autoria a outro profi ssional, o arquiteto pode pleitear o ressarcimento dos danos que lhe forem causados.

É extremamente salutar, portanto, que os arquitetos e as incorporadoras forma-lizem por escrito as trata-tivas mantidas quanto ao novo empreendimento, esta-belecendo, de modo claro, as

condições do negócio, princi-palmente no que tange à ti-tularidade dos direitos sobre o projeto arquitetônico, aos limites de sua utilização e à remuneração, a fi m de evitar controvérsias futuras.

Deve-se especifi car qual projeto arquitetônico está abarcado pelo contrato, onde será executado, se haverá ou não a sua reprodução em outros bairros, cidades ou mesmo países, a existência ou não de exclusividade de uso do projeto pela incorpo-radora contratante, a pos-sibilidade ou não de serem transferidos os direitos a outra empresa, entre outros pontos.

Não se perca de vista que, no direito autoral, vigora a regra de que os negócios jurídicos devem ser interpre-tados restritivamente, o que signifi ca dizer que o uso do projeto arquitetônico deve ser expressamente autoriza-do, sob pena de, na dúvida, ser considerado não permitido. Dessa forma, o que não es-tiver por escrito no contrato será, em regra, entendido como não consentido.

Caso a contratação do

escritório de arquitetura se dê apenas de forma verbal, sem a formalização da pres-tação de serviços por meio de contrato escrito, preva-lecerá o entendimento de que houve uma autorização implícita de exploração do projeto arquitetônico pela incorporadora, porém limi-tada ao objetivo imediato da encomenda quando da celebração do negócio.

Na prática, pode ser muito difícil comprovar qual a for-ma de aproveitamento do projeto foi autorizada. Se as partes não estiverem muni-das de documentos hábeis a demonstrar os contornos exatos do negócio fi rmado, poderão enfrentar uma longa e custosa briga judicial, não se podendo olvidar do risco de não terem os seus pedidos inteiramente acolhidos.

A questão ganha maiores contornos diante da pers-pectiva de que ainda haverá

intensa atividade entre ar-quitetos e incorporadoras. Dados da Empresa Brasilei-ra de Estudos de Patrimônio – Embraesp revelam que o número de lançamentos re-sidenciais na cidade de São Paulo cresceu 16,4% em 2013, em comparação com o ano anterior, denotando a recuperação do mercado imobiliário.

A expectativa, segundo Ba-lanço do Mercado Imobiliário divulgado pelo Secovi/SP, é de que o número de lança-mentos permanecerá estável neste ano, apesar dos índices mais baixos nos primeiros meses de 2014, o que reforça a importância de arquitetos e incorporadoras fi rmarem contratos aptos a minimiza-rem as chances de mal-en-tendidos e o surgimento de confl itos quanto ao uso do projeto arquitetônico.

Por Tânia Aoki Carneiro

DOCUMENTOSNa prática, pode ser muito difícil comprovar qual a forma de apro-veitamento do projeto foi autorizada. Se as partes não estiverem munidas de documen-tos, poderão enfrentar uma longa briga

Os projetos arquite-tônicos necessitam de uma atenção especial no que diz respeito a direitos autorais

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Conforto e praticidadeÉ preciso fi car atento a muitos detalhes na hora de construir ou reformar o banheiro da casa, para que ele se adeque as necessidades de todos os moradores sem que possa oferecer, em um futuro próximo, algum tipo de problema

Reformar a casa não é uma tarefa fácil, prin-cipalmente quando se trata do banheiro, um

cômodo que precisa de aten-ção redobrada em uma cons-trução. Fatores como tama-nho e circulação de ar devem ser analisados e planejados com o máximo cuidado, pois infl uenciarão na qualidade de vida do morador. “O conforto de tomar banho em um lugar higiênico, bonito e que lhe dê prazer de estar nesse espaço é essencial, por isso é muito importante planejar bem uma obra como essa”, ressalta o arquiteto Achilles Fernandes.

Banheiros não costumam ser cômodos econômicos em uma obra, mas segundo o ar-quiteto, hoje o mercado ofere-ce uma variedade de materiais de todos os preços sendo pos-sível fazer uma reforma com pouco dinheiro. O que não se deve abrir mão é de um profi s-sional capacitado para realizar o projeto. “É necessário que tudo seja pensado da melhor maneira para que o cliente não tenha dor de cabeça no futuro”, enfatiza.

O banheiro precisa ser um espaço funcional e cada centímetro deve ser muito bem aproveitado para que ele possa cumprir seu papel garantindo conforto. “O espa-ço mínimo ideal é de 2,00m x 1,40m. Com essa medida já é possível projetar um banheiro relativamente bom e não uma sala de banho” diz Fernandes. O profi ssional também expli-ca que uma forma de otimizar o espaço e ter lugares para guardar materiais de higiene pessoal, por exemplo, é a colocação de uma bancada no lavatório com espaço para instalar um armário embaixo. “Além disso, o espelho pode ser feito com uma caixa de

profundidade de 15 cm com espaço para colocar objetos. Em cima do vaso sanitário é aconselhável usar um gradil de hotel onde se pode acon-dicionar algumas toalhas dobradas e alguns papeis higiênico”, recomenda.

O arquiteto alerta que o banheiro não é como uma roupa que muda a cada nova estação. “Não se faz casa, banheiro de acordo com a moda, principalmente o bra-sileiro que gosta de projetos duradouros, logo o bom é fazer algo atemporal e sem modis-mo, mas dentro do gosto e necessidade do cliente. Tanto para homens e mulheres a es-

colha de pastilhas e cerâmicas neutras é o ideal e atende todas as idades”, explica.

Iluminação Muitas pessoas lembram de

fazer um projeto de ilumina-ção para a sala de estar ou de jantar e esquecem que um banheiro iluminado também é muito importante. “Os maio-res erros estão no posiciona-mento e no tipo de iluminação, por isso é importante que tenha sempre uma iluminação geral com luz branca e no local do espelho uma iluminação cujo índice de reprodução de cor seja 100 % para que o usuário tenha a cor real da

sua pele caso se maquie no espaço”, aconselha.

Outro ponto que merece atenção especial é a venti-lação, que se não for bem planejada pode gerar diversos problemas. “Os banheiros pre-cisam de ventilação para que o odor possa ser dissipado, só que temos que prestar aten-ção que banheiro é uma área intima, por isso em vez de janelas usamos basculantes que são espaço de ventilação acima de 2,10m de altura, impossibilitando que pessoas fora do espaço não tenham uma visão para o interior do mesmo”, acrescenta.

Impermeabilização Em apartamentos é comum

haver umidade nas paredes dos dormitórios, causada por banheiros com paredes e pi-sos sem impermeabilização. O resultado disso inclui man-chas na pintura, infi ltrações, além de problemas de saúde. “É importante destacar que a impermeabilização é funda-mental para qualquer área ou superfície que tenha contato com água ou umidade. Nor-malmente se faz a imperme-abilização somente no piso, mas isso é um erro, ela tem que subir de 30 a 50 centíme-tros nas paredes. Além disso, é preciso ter cuidado também em fazer o tratamento nos ralos”, alerta o engenheiro Leandro Moreira.

O engenheiro também des-taca o cuidado que deve ter por onde passam as tubulações. “O banheiro possui instala-ções de água, esgoto e energia e por isto precisa ser muito bem projetado por alguém que e entende do assunto. Basta um pequeno problema de projeto nas instalações que você pode ter um grande prejuízo futuro”, diz.

MEDIDASO espaço ideal, segun-do o arquiteto Achilles Fernandes, é de 2,00 m x 1,40 m. Com essa medida já é possível projetar um banheiro relativamente bom e não uma sala de ba-nho, por exemplo

A iluminação deve ser motivo de preocupação na hora de construir ou reformar o cômodo

Atualmente é possível utilizar de materiais bons e baratos para a reforma dos banheiros

A impermeabiliza-ção do ambiente é fundamental para que ele tenha um

bom funciona-mento

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