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MANAUS, DOMINGO, 1º DE FEVEREIRO DE 2015 (92) 3090-1017 Investimento imobiliário para a classe média local Oscilações no preço dos imóveis afetaram o público no ano passado e cuidados são necessários na hora de comprar N o ano passado, o mercado imobiliário cresceu lentamente devido às condições econômicas do país. A inflação e a redução do crédito incen- tivaram os empreendimentos de luxo, cujo público não foi tão prejudicado, e os residenciais populares, que muitas vezes são subsidiados pelo gover- no. A classe média acabou sendo a mais afetada com a falta de empreendimentos voltados ao nicho e com as oscilações frequentes nos pre- ços dos imóveis. Porém, dicas são sempre indispensáveis na hora da compra. “A classe média realmente foi a mais prejudicada”, dis- se o corretor Roberto Dantas. Segundo o profissional, em 2014, não foram vistos muito lançamentos voltados ao pú- blico e os indicados estavam sendo encontrados em produ- tos já existentes, nos estoques das construtoras. “Atualmente está difícil encontrar novos condomínios residenciais que se adequem ao perfil sócio- econômico do cliente classe média”, opina o profissional. O corretor Daniel Aragão também compartilha da opi- nião de que não há lançamen- tos nesse sentido, porém, ele defende que o público ainda continua se planejando para investir nos empreendimentos. “Há 4 anos, as incorporadoras e construtoras lançaram muitos produtos com o perfil do público mediano, que se configuram num valor de R$ 250 a 400 mil, unidades com mais 70 metros quadrados e dois ou três quartos. Cerca de três mil unidades foram lançadas no mercado, formando estoques que estão sendo vendidos ao longo dos anos”, explica. Aquisição Apesar das condições que afetaram a classe média, Ara- gão esclarece que o cliente tem poder aquisitivo e consegue adquirir um apartamento com segurança.“Empreendimentos como o Edifício Milano, do bairro Parque 10 de Novembro, estão vendendo unidades des- de outubro até janeiro desse ano, mais de 20 apartamentos foram vendidos. Ainda é um tipo de cliente que se importa com a localização do empreendimen- to e com as vantagens que ele oferece. No caso do Milano, o fato de ser apenas uma torre chama a atenção”, destaca. Além do Milano, Aragão tam- bém indica produtos como Ac- qua, da Tecnisa, localizado na Avenida das Torres, de um a três dormitórios; o Mais Pas- seio Mindu, da Capital Rossi, Parque 10, com dois a três dormitórios e unidades de 67 a 81 metros quadrados; o Life, também da Capital Rossi, no bairro Flores, com um a três dor- mitórios e unidades 50 a 136 metros quadrados. “Também temos o Smile, da Patrimônio, na Cidade Nova. Apesar de ser um pouco mais afastado das áreas nobres, isso mostra a gama de opções que o cliente tem no mercado”, diz. Em relação a tendência do mercado que tende para cons- truções de empreendimentos de luxo, Daniel Aragão afirma que há grandes probabilidades de que esses produtos acumu- lem estoque e beneficiem o cliente em um futuro próximo. “As construtoras acabam com- partilhando o mesmo tipo de pesquisa do mercado e lançam juntas uma demanda maior do que a oferta. É bem provável que daqui a alguns anos, o cliente encontre preços mais vantajosos do que aqueles ofe- recidos na planta”. Para 2015, Aragão acredita que os preços dos imóveis não vão sofrer grandes oscilações. “Já existe um orçamento defini- do e não vai haver grandes dife- renças. O mercado já sabe que a matéria prima da construção civil terá aumento, assim como impostos e cargas tributárias. São itens que sempre estão aumentando. Acredito que as construtoras já estão cientes e planejam vários lançamentos para este ano”. Mais Passeio do Mindu é um dos empreendimentos indicados pelos corretores amazonenses O Life Ci- dade nova é um dos imóveis com bom preço FOTOS: REPRODUÇÃO

Salão imobiliário - 1º de fevereiro de 2015

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Salão imobiliário - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE FEVEREIRO DE 2015 (92) 3090-1017

Investimento imobiliário para a classe média localOscilações no preço dos imóveis afetaram o público no ano passado e cuidados são necessários na hora de comprar

No ano passado, o mercado imobiliário cresceu lentamente devido às condições

econômicas do país. A infl ação e a redução do crédito incen-tivaram os empreendimentos de luxo, cujo público não foi tão prejudicado, e os residenciais populares, que muitas vezes são subsidiados pelo gover-no. A classe média acabou sendo a mais afetada com a falta de empreendimentos voltados ao nicho e com as oscilações frequentes nos pre-ços dos imóveis. Porém, dicas são sempre indispensáveis na hora da compra.

“A classe média realmente foi a mais prejudicada”, dis-se o corretor Roberto Dantas. Segundo o profi ssional, em 2014, não foram vistos muito lançamentos voltados ao pú-blico e os indicados estavam sendo encontrados em produ-tos já existentes, nos estoques das construtoras. “Atualmente está difícil encontrar novos condomínios residenciais que se adequem ao perfi l sócio-econômico do cliente classe média”, opina o profi ssional.

O corretor Daniel Aragão também compartilha da opi-nião de que não há lançamen-tos nesse sentido, porém, ele defende que o público ainda continua se planejando para investir nos empreendimentos.

“Há 4 anos, as incorporadoras e construtoras lançaram muitos produtos com o perfi l do público mediano, que se confi guram num valor de R$ 250 a 400 mil, unidades com mais 70 metros quadrados e dois ou três quartos. Cerca de três mil unidades foram lançadas no mercado, formando estoques que estão sendo vendidos ao longo dos anos”, explica.

AquisiçãoApesar das condições que

afetaram a classe média, Ara-gão esclarece que o cliente tem poder aquisitivo e consegue adquirir um apartamento com segurança.“Empreendimentos como o Edifício Milano, do bairro Parque 10 de Novembro, estão vendendo unidades des-de outubro até janeiro desse ano, mais de 20 apartamentos foram vendidos. Ainda é um tipo de cliente que se importa com a localização do empreendimen-to e com as vantagens que ele oferece. No caso do Milano, o fato de ser apenas uma torre chama a atenção”, destaca.

Além do Milano, Aragão tam-bém indica produtos como Ac-qua, da Tecnisa, localizado na Avenida das Torres, de um a três dormitórios; o Mais Pas-seio Mindu, da Capital Rossi, Parque 10, com dois a três dormitórios e unidades de 67 a 81 metros quadrados; o Life,

também da Capital Rossi, no bairro Flores, com um a três dor-mitórios e unidades 50 a 136 metros quadrados. “Também temos o Smile, da Patrimônio, na Cidade Nova. Apesar de ser um pouco mais afastado das áreas nobres, isso mostra a gama de opções que o cliente tem no mercado”, diz.

Em relação a tendência do mercado que tende para cons-truções de empreendimentos de luxo, Daniel Aragão afi rma que há grandes probabilidades de que esses produtos acumu-lem estoque e benefi ciem o cliente em um futuro próximo. “As construtoras acabam com-partilhando o mesmo tipo de pesquisa do mercado e lançam juntas uma demanda maior do que a oferta. É bem provável que daqui a alguns anos, o cliente encontre preços mais vantajosos do que aqueles ofe-recidos na planta”.

Para 2015, Aragão acredita que os preços dos imóveis não vão sofrer grandes oscilações. “Já existe um orçamento defi ni-do e não vai haver grandes dife-renças. O mercado já sabe que a matéria prima da construção civil terá aumento, assim como impostos e cargas tributárias. São itens que sempre estão aumentando. Acredito que as construtoras já estão cientes e planejam vários lançamentos para este ano”. Mais Passeio do Mindu é um dos empreendimentos indicados pelos corretores amazonenses

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EXPEDIENTEEDIÇÃO Bruno Mazieri

REPORTAGEMBruno MazieriSérgio Victor

FOTOSArquivo EM TEMPO

REVISÃODernando Monteiro

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

Sistema de tratamento rende prêmio para MizunoEmpresa é apontada como a marca mais lembrada quando se trata de sistemas que permitem reuso de água tratada

Tendo a sustentabili-dade como política e objeto de atuação, a Mizumo - referência

nacional em soluções para tratamento de esgoto sanitá-rio - recebeu o Prêmio Green Building 2014 Marcas de Des-taque. Com 28,26 % das indica-ções, a empresa foi a primeira colocada na categoria Sistema de Tratamento e Reúso de Água, o que demonstra a qua-lidade e os benefícios que as soluções possuem e proporcio-nam às instalações sanitárias e que permitem estar entre as marcas mais lembradas na área de construções verdes.

A premiação tem como base pesquisa realizada com 1.228 profi ssionais do mercado da construção sustentável. O ob-jetivo do levantamento - de res-ponsabilidade da revista “Gre-en Building” – é apontar quais as marcas são mais lembradas, com foco em sustentabilida-de, e contempla as categorias Efi ciência Energética, Envol-tória, Interiores, Materiais de Construção, Qualidade do Ambiente Interno, Sistema de Tratamento e Reuso de Água e Serviços.

A empresa atende plena-

mente às exigências e ne-cessidades das construções verdes, por meio do Sistema Integrado Mizumo (SIM), que realiza a gestão do projeto de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) em toda sua complexidade, incluindo con-cepção, execução, instalação e

serviços essenciais à operação e manutenção da mesma.

São projetos que preveem o descarte do esgoto sem riscos ao meio ambiente e a possibilidade de reuso da água tratada em fi ns não potáveis. “Além de proteger a natureza, esta prática preser-va os recursos hídricos, reduz custos de captação de água potável e leva à melhoria dos

índices de saneamento. As so-luções fornecidas pela marca estão em concordância com a nova realidade e é um honra sermos premiados por isso”, afi rma Adriano Gagliardi Co-labono, supervisor comercial da empresa.

Sob medidaA empresa oferece benefí-

cios a qualquer tipo de projeto, de residências, pequenos con-domínios, pousadas, hotéis, estabelecimentos comerciais, indústrias, até milhares de usu-ários por módulos em projetos comunitários. Os projetos ba-seados no SIM. são defi nidos a partir de uma análise deta-lhada da real necessidade do empreendimento, integrando todas as informações funda-mentais para dimensionar e indicar a melhor solução.

As soluções projetadas fun-cionam de maneira automa-tizada, possuem baixo custo operacional, fácil manutenção e estão de acordo com as exigências previstas nas leis e normas ambientais, garan-tindo a alta efi ciência do tra-tamento do esgoto e o padrão de reuso ou de lançamento do efl uente no ambiente. Para

melhor efi ciência do sistema, o cliente pode contratar serviços essenciais no pós-venda.

Perfi lCriada em 2001, a Mizumo

tem como propósito melhorar o ambiente em que vivemos e prover projetos e soluções tecnológicas capazes de tratar e reaproveitar efl uentes para fi ns não potáveis.

É referência nacional em projetos de estações com-pactas para tratamento de esgoto sanitário (ETEs) e di-ferencia-se por oferecer solu-ções dedicadas para o setor de saneamento básico, que integram tecnologias de pon-ta e serviços essenciais, ade-quados a cada tipo de cliente.

Hoje, já são mais de 1.700 projetos instalados em todo o país, que trazem tranquilidade aos mais de 1 mil clientes, principalmente nos aspectos técnicos e ambientais, refor-çando sua competência, qua-lidade e efi ciência.

Seu parque fabril está ins-talado num terreno de 10 mil metros quadrados, com área dedicada equivalente a 5 mil metros quadrados, localizado em Pompéia, cidade do inte-rior de São Paulo. Conta com mais de 100 funcionários di-retos, além dos departamen-tos de apoio corporativos, e uma estrutura comercial que atua em todos os estados brasileiros e, portanto, mais próxima dos clientes.

A empresa conta com o en-volvimento de todos os setores da organização em torno do objetivo maior de, por meio da contínua melhoria de práticas e processos, levar aos clientes uma Proposta de Valor, que se traduz em garantia de efi ciência e tranquilidade. Ao desenvolver uma ação como esta, se pre-para para dispor de tecnologia de ponta e serviços essenciais, que representem a melhor re-lação entre custo e benefício a empreendimentos públicos e privados. Com a união de to-das as etapas do processo, a Mizumo busca a excelência no atendimento aos seus clientes, o que a permite projetar um crescimento consistente para os próximos anos.

Entre os projetos, está o de descarte do esgoto sem riscos ao meio ambiente e a possibilidade de reuso da água tratada O objetivo da Mizuno é melhorar ainda mais o meio ambiente

PESQUISAA premiação tem como base pesquisa reali-zada em 1.228 profi s-sionais do mercado da construção sustentável. O objetivo do levan-tamento é apontar quais marcas são mais lembradas

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Vale a pena comprar um imóvel ainda na planta?Bom investimento e fatores como localização e histórico da construtora podem fazer toda a diferença na aquisição

Comprar um imóvel di-retamente na planta pode oferecer diversos benefícios ao cliente,

desde a economia e a futura valorização do patrimônio, até a escolha do apartamento ou casa de preferência. No entanto, há fatores que podem se tornar uma desvantagem e acabam infl uenciando no resultado fi nal do investimento.

O corretor Carlos Célio afi rma que, à primeira vista, o preço é defi nitivamente um diferencial para quem compra o empreen-dimento assim que é lançado. “As construtoras e incorpora-doras planejam tabelas dife-renciadas no lançamento, com preços mais acessíveis. Essas vendas vão ajudar no fl uxo de caixa da empresa e possibilitam que a obra siga o prazo deter-minado para a entrega”.

Célio também ressalta o pla-nejamento fi nanceiro como um dos pontos mais fortes do inves-timento na planta, já que o prazo para a entrega da obra, que fi ca numa média de 36 meses, proporciona tempo para que o cliente decida quando pagar parcelas maiores e menores. “A pessoa tem uma descapita-lização menor do que se fosse comprar um imóvel pronto, onde ela teria que dar de 20% a 30% de entrada e fi nanciar 80% do restante do valor total no banco. O dinheiro acaba indo mais rá-pido nesses casos”, aponta.

A personalização e escolha da unidade de preferência são mais uma das vantagens que o cliente tem disponível. Em prédios, por exemplo, é possível decidir entre poente, andar alto, andar baixo, longe ou perto do salão de festas, com ou sem varanda e outras características. O cliente também pode determinar suas preferências para a arquitetura do apartamento, evitando re-formas após a construção do empreendimento. “Poder esco-lher onde e como morar é um dos grandes diferenciais para os clientes”, informa o corretor.

CuidadosApesar das inúmeras vanta-

gens, Célio lembra que todo investimento está sujeito a riscos, até um imóvel. “Um empreendimento é sempre um bom investimento, pois é um patrimônio. Porém, nem sempre a compra na planta será total-mente vantajosa. Há pessoas que compram por um preço melhor no lançamento, mas encontram esse mesmo pre-ço alguns anos depois quando a construtora precisa vender estoques remanescentes. Nem sempre os imóveis valorizam, pois dependem de al-guns fatores exter-nos”, enfatiza o corretor.

Estar atento às condições econômicas também evi-ta surpresas em relação ao fi nan-ciamento, de acordo com Carlos Célio. “Há cerca de cinco anos, a taxa SELIC era mais baixa e possibilitava mais negócios. Atualmente, ela beira 10% a 11%, então, a taxa anual de fi -nanciamento é maior. Portanto, é preciso um maior cuidado no planejamento fi nanceiro antes de decidir pelo imóvel”, diz.

A localização é outro dos fato-res a ser estudado pelo cliente e pode ter grande infl uência no futuro do empreendimento. “É necessário saber qual é a fi nalidade do imóvel. Se for para morar, o ideal é valorizar locais próximos ao trabalho e centros de lazer. Caso seja para investir, o certo seria pensar em apartamentos menores próximos a grandes centros de trabalho”, diz o corretor. A análise passa também pela execução de projetos urbanos da prefeitura ou do governo. “Se for a abertura de uma via prin-cipal, é positivo. Se for a trans-ferência de um camelódromo, é negativo”, complementa.

Um dos cuidados essenciais é a investigação do histórico de obras da construtora, ou in-corporadora, e da legalidade do

empreendimento, que precisa estar registrado em cartório. “O cliente pode pesquisar quantas reclamações a empresa tem no Procon e também os pra-zos das obras em empreendi-mentos anteriores”, aconselha Carlos Célio.

Os prazos de obras que, geral-mente são anunciados com uma duração de 3 anos, são utiliza-dos como parte da estratégia de marketing das construtoras que tem a intenção de atrair mais investidores, segundo o corretor. Se o empreendimento atrasa, o cliente tem direito a multas e ao congelamento do saldo devedor. “Já é comum que as construtoras atrasem seus empreendimentos. O atraso é uma quebra de contrato, por-tanto a multa é garantida. Já o congelamento do saldo deve-dor é preciso ser garantido na justiça. Pois, esse saldo fi ca atualizando enquan-to a obra está sendo feita, o que acarreta grandes prejuízos”.

CUIDADOPrazos de obras que, geralmente são anun-ciados com uma du-ração de 3 anos, são utilizados como parte de estratégia de mar-keting das construto-ras, que tem a intenção de atrair investidores

Pesquisar o histórico da

construtora é sempre uma importante

ação na hora de comprar

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O programa “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV), instituído em 2009, foi o principal responsável pelo crescimento das contratações no crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal nos últimos 4 anos. Segundo o vice-presidente de governo e habitação da Caixa, José Urbano Duarte, do ponto de vista social, o programa trouxe para o mercado um segmento que até então era classifi cado apenas na faixa de “carência” por imóvel porque não tinha renda para comprar a casa própria e o mercado, em contrapartida, não produzia para tal grupo.

“O MCMV passou a dar um sub-sídio que pode chegar a mais de 90% do valor do imóvel e trouxe para o mercado um segmento so-cial que também representa mais de 90% do défi cit habitacional”, disse. Do ponto de vista econô-mico, o vice-presidente afi rmou que o programa fez com que a construção civil enxergasse um nicho de mercado e mantivesse o ritmo de expansão, evitando que a crise econômica global de 2008 afetasse o Brasil.

Onze entre dez analistas dão como certo que 2015 será um ano difícil para o Brasil como um todo. Não há nada no horizonte que represente um alívio para o segmento. Os preços reais pararam de subir, os investidores se afastaram, os estoques das incorporadoras estão elevados, os distratos seguem altos, o retorno com aluguéis está na mínima dos últimos anos e, para piorar o cenário, os juros básicos e do crédito imobiliário estão em alta. O MCMV vem servindo para turbinar os negócios de quem já tinha se especializado em habitação econômica e salvar

as empresas do vermelho.O MCMV tem três faixas de

renda: até R$ 1,6 mil, entre R$ 1,6 mil e R$ 3,275 mil e de R$ 3,275 mil a R$ 5 mil. Os subsí-dios sobem com renda menor e na primeira faixa eles alcançam até 96%. Isso porque a parcela do fi nanciamento não pode superar 5% da renda mensal, com as famílias pagando um mínimo de R$ 25 por dez anos. O valor do imóvel tem teto de R$ 76 mil.

Na segunda, o subsídio vai até R$ 25 mil - e também leva em conta o valor da residência desejada- e na faixa de renda mais alta, não há subsídios, mas taxas de juros menores que as de mercado e prazo de até 30 anos. Em grandes municípios como São Paulo, Rio e Brasília, por exemplo, o valor vai até R$ 190 mil.

A construção de moradias para baixa renda, puxadas pelo progra-ma tem sido o motor do cresci-mento de empresas dedicadas ao segmento. A NV Construtora é um exemplo. Após ser a pioneira em investimentos imobiliários em Iranduba, apostou alto, mesmo antes da construção da Ponte Rio Negro. Em 2012 a empresa lançou o residencial Bela Vista dentro do MCMV e obteve suces-so e experiência para continuar acreditando nesse nicho.

“Tanto é verdade que a em-presa irá lançar em fevereiro o Vila Bela, o residencial será construído no quilômetro 2 da AM 070, terá aproximadamente 1 mil unidades de dois quartos, em condomínio fechado com uma area de lazer ampla. O objetivo é oferecer o melhor produto pelo melhor valor”, afi rmou o diretor administrativo da construtora, Hudson Almeida.

Carlos Cé[email protected]

‘Minha Casa, Minha Vida’ deve salvar o mercado

Carlos Célio é corretor de

imóveis e perito avaliador

A cons-trução de moradias para baixa renda, pu-xadas pelo programa tem sido o motor do crescimento de empresas dedicas ao segmento.

Empresários da construção devem reduzir investimentoSegundo a sondagem, em dezembro último, o quadro de desaquecimento da indústria da construção fi cou mais evidente

Os empresários da in-dústria da construção iniciaram 2015 com menos disposição

para investir, revela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com dezembro do ano passado, o índice que mede a intenção de investimento para os próximos seis meses caiu 0,7 ponto em janeiro, passando de 41,5 pon-tos para 40,8 pontos. Os dados são da edição de dezembro do ano passado da Sondagem da Indústria da Construção.

O índice varia de 0 a 100 pontos e, quanto maior o índice, maior a propensão a investir. “A menor propensão é resultado do cenário adverso vivenciado pelo segmento, que tem enfrentado desaquecimento da atividade, situação fi nanceira negativa e baixa expectativa de recupe-ração”, registra o documento. Conforme os dados, as em-presas de grande porte estão menos inclinadas a investir.

Segundo a sondagem, em dezembro último, o quadro de desaquecimento da indústria da construção fi cou mais evi-dente, quando as quedas no nível de atividade e no número de empregados foram mais intensas. O indicador de evo-lução da atividade, em relação

ao usual para o mês, alcançou 38,2 pontos, nível mais baixo da série histórica, que começou em dezembro de 2009.

Os números indicam que a uti-lização da capacidade de opera-ção da indústria da construção caiu para 63% em dezembro, atingindo o menor percentual da série histórica iniciada em janeiro de 2012. Em novembro, o percentual foi 66%.

A Sondagem da Indústria da Construção revelou, ainda, que, em dezembro, os empresários mostraram insatisfação recor-de com a margem de lucro e com a situação fi nanceira de suas empresas. As condições de acesso ao crédito também foram mal avaliadas.

Os principais problemas en-frentados pela indústria da construção no quarto semes-tre do ano passado foram a elevada carga tributária (46,8%), falta de demanda (39,3%), taxa de juro elevada (30,8%) e falta de trabalhador qualifi cado (28,6%).

A Sondagem da Indústria da Construção é realizada mensalmente pela CNI, com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção. O objetivo é acompanhar a evolução da atividade.

Por Agência Brasil Os principais problemas enfrentados pela indústria da construção no quarto semestre do ano passado foram demanda e mão de obra

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Arquitetando

Selecionando obras: Clio Baraúna e Jandr ReisPaulo Ricardo

Sachs atuante no mercado

nacional de móveis e altadecoração

Pinceladas, cores e estilos diferentes. Pinturas, gravuras ou fotos? Qual esco-

lher? Quadros são elementos decorativos que além de tor-nar o ambiente confortável visualmente, também impri-mem personalidade ao am-biente. Pinturas em especial conferem uma luminosidade diferenciada ao local. É o melhor investimento e já por si próprio, dispensa outros adereços ao ambiente quan-do bem escolhido.

Nossa dica é conhecer um pouco melhor dois artistas fantásticos. Todo artista já nasce com o dom da arte, geralmente é auto-ditada e ao longo de sua carreira, edi-fi ca seu próprio currículo. Clio Baraúna tem trabalhos co-nhecidos pela sua sagacidade e altivez. Suas obras podem emoldurar qualquer espaço. Seu trabalho “Flores de Clio” é marcante.

Jandr Reis também é co-nhecido por meio das séries “Orquidários” e “Grafi te Ama-zônico”. Jandr comenta que, a arte precisa vir da educação-base, para que haja compre-ensão e conhecimento para todos. Dono de estilo pró-prio destaca-se também por sempre buscar sua vertente dentro do que produz.

Determinado assim como Clio, buscou aprimoramento e amadurecimento. Ambos pensam que uma boa ideia é o

incremento de oportunidades de visitação aos ambientes culturais da cidade.Da sala de aula a universidade. Mas o que Clio e Jandr tem em comum? Brilho próprio e luminosidade em suas obras. Um quadro para chamar de seu.

Na hora da escolha, vale a afinidade com o quadro. Fique atento às pinceladas de cores e constrastes

Clio Baraúna: “Cores”CL

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Clio Baraúna responsável pela exposição “Flores de Clio”

Clio Baraúna: “Conversa ao jardim”

Jandr Reis: viagens para amplifi car Clio Baraúna: “Arvore”

Jandr Reis: “Grafi te Amazônico”

Jandr Reis: “Série Or-quidário”

NACIONAL

Custo da construção acumula alta de 6,74% O Índice Nacional de Custo

da Construção do Mercado (INCC-M) atingiu 0,7% em janeiro, superior ao resultado de dezembro (0,25%). Foram registrados aumentos nos preços de materiais, equipa-mentos e serviços (de 0,27% para 0,62%), além da mão de obra (de 0,24% para 0,77%). A coleta de preços foi feita no período entre 21 de dezembro de 2014 e o último dia 20.

Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 6,74%. Em um ano, os materiais, equi-pamentos e serviços tiveram aumento de 5,71% e a mão de obra, de 7,68%.

A pesquisa do Instituto Bra-

sileiro de Economia da Funda-ção Getulio Vargas (Ibre–FGV) mostra que em janeiro a con-tratação de serviços foi um dos componentes que con-tribuíram para encarecer as obras da construção civil no país com alta de 0,99% ante 0,19%. Esse acréscimo foi puxado pelo vale-transporte corrigido em 5,64%.

O aumento no custo tam-bém foi infl uenciado pelos preços nas instalações elétri-ca e hidráulica que passaram de 0,24% para 1,55%. No que se refere à mão de obra, o avanço foi consequência do reajuste salarial em Belo Horizonte e da antecipação

de 2,5% do reajuste salarial esperado para Porto Alegre.

Das sete capitais pesqui-sadas, apenas Recife apre-sentou elevação de preços em ritmo mais lento, com variação do INCC-M em 0,34% ante 2,44%. Em Salvador, a taxa passou de 0,09% para 0,35%; em Brasília, de 0,02% para 0,23%; em Belo Horizonte, de 0,17% para 3,62%; no Rio de Janeiro, de 0,13% para 0,39%; em Porto Alegre, de 0,25% para 0,53%, e em São Paulo, de 0,13% para 0,3%.

Por Agência Brasil

Nos últimos 12 meses, o índice acu-mula alta de 6,74%

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Empreiteiras sob investigaçãoBRASIL

A Polícia Federal (PF) abriu mais dez inquéritos para in-vestigar empresas suspeitas de participar do esquema de corrupção em contratos com a Petrobras. Por determina-ção do delegado Eduardo Mauat, chefe da investiga-ção da “Operação Lava Jato”, a PF vai investigar possível envolvimento de diretores e funcionários nos desvios.

De acordo com a PF, se-

rão investigadas as em-preiteiras Andrade Gutier-rez, Setal Engenharia, MPE Montagens e Projetos Es-peciais, Alusa Engenharia S/A, Promon Engenharia, Techint Engenharia e Cons-trução S/A, Skanska Brasil, GDK, Schahin Engenharia e a Carioca Christiani Niel-sen Engenharia.

Na última fase da Opera-ção Lava Jato, executivos

das empreiteiras Engevix, OAS, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Camargo Correa e UTC Engenharia se tornaram réus em ações oriundas das investiga-ções da PF. De acordo com depoimentos de delação premiada, as empresas são acusadas de forma-ção de cartel em contratos com a Petrobras.

Por Agência Brasil

A Polícia Federal está investigando empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato

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Cresce o pessimismo dos empresários da construçãoO levantamento indica uma piora na avaliação dos empresários em relação ao momento atual da economia no país

O Índice de Confi ança da Construção (ICST) apresentou queda de 6,1%, em janeiro so-

bre dezembro último e atingiu 90,8 pontos, o mais baixo nível da série histórica iniciada em julho de 2010. A avaliação vai de 0 a 200 pontos: acima de 100 pontos indica otimismo, abaixo de 100 signifi ca pessimismo.

O levantamento, feito pelo Instituto Brasileiro de Econo-mia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), indica piora na ava-liação dos empresários tanto em relação ao momento atual quanto aos rumos esperados na economia no curto prazo.

O resultado é formado por dois índices: o da Situação Atual (ISA-CST), que recuou 7,5% em comparação com a variação, também negativa, em dezem-bro, de 1,8%, atingindo 81,9 pontos; e pelo de Expectativas (IE-CST), que caiu 5%, atingindo 99,6 pontos em comparação aos 104,8 pontos de dezem-bro. Em ambos os casos, a pontuação foi a menor da série pesquisada. Para essa pesquisa, foram ouvidos representantes de 670 empresas ente os dias 5 e 23 deste mês.

A coordenadora de projetos da construção do Ibre-FGV, Ana

Maria Castelo, prevê aumento no desemprego do setor. “De-pois de anos lidando com a falta de mão de obra qualifi cada, o empresário da construção ago-ra vê como maior problema a demanda fraca em todos os seus segmentos. Assim, a forte retração do emprego observada no último trimestre de 2014, não deve ser compensada nos próximos meses. O maior pessi-mismo indica uma continuidade do movimento de redução da atividade e do emprego”, disse ela por meio de nota.

O ICST é um indicador que constitui a base da pes-quisa Sondagem da Cons-trução. Essa pesquisa gera, mensalmente, um conjun-to de informações usadas no monitoramento e an-tecipação de tendências econômicas do setor.

Tendo como referência as melhores práticas internacio-nais para pesquisas do gênero, a Sondagem da Construção tem como um de seus princi-pais atributos a rapidez com que é produzida e divulgada, tornando-se uma ferramenta essencial à análise de conjun-tura e à tomada de decisão nos âmbitos público e privado.

Por Agência Brasil O ICST é um indicador que constitui a base da pesquisa Sondagem da Construção, que gera um conjunto de informações

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7MANAUS, DOMINGO, 1º DE FEVEREIRO DE 2015

Pousadas brasileiras no ranking do TripAdvisorBarra do Bié e Quinta da Serra, em Cunha, interior de São Paulo, foram selecionadas pelo site de viagens

Entre as 25 pousadas do Brasil eleitas como as melhores pelo Tra-vellers’ Choice 2015,

prêmio anual do site de via-gens TripAdvisor, estão duas da cidade de Cunha, no interior paulista. A Barra do Bié (www.pousadabarradobie.com.br) aparece na 9ª posição - além de fi car com o título de primeira em destino de serra -, enquanto a Quinta da Serra (www.pousa-daquintadaserra.com.br) ocu-pa o 15º lugar. O ranking reúne os melhores destinos, hotéis, restaurantes e atrações em todo o mundo por meio dos votos dos viajantes.

No caminho para a Serra do Mar, numa área de 58 mil metros quadrados de pre-servação ambiental, cercada por rios, montanhas e trechos de Mata Atlântica, está a pousada Barra do Bié. Em meio ao silêncio absoluto, os hóspedes desfrutam de lazer completo, com piscina clima-tizada, sauna seca à lenha, sala de massagem e fi tness center, além de sala de TV com mais de 600 DVDs.

Para completar o clima in-timista, os seis charmosos chalés possuem decoração personalizada – um deles é todo de madeira, outro conta

com uma bonita sacada, outros dois têm varanda com rede e espreguiçadeira. Em comum, todos são equipados com cama king size, lençóis térmicos para os dias frios, dois tipos de tra-vesseiros, lareira e poltronas para leitura, além de banheira de hidromassagem.

Outro mimo é o café da manhã estendido até às 14h.

Os hóspedes também aprovei-tam as receitas sofi sticadas do restaurante no almoço e jantar, que variam de acordo com as estações do ano, e podem ser acompanhadas por uma variedade de bebidas fi nas da adega no local.

Já na pousada Quinta da Ser-ra, localizada a 1.200 metros de altitude, impera o romantis-mo. Exclusiva para casais, tem

quatro chalés – alguns equi-pados com banheira de hidro-massagem, de onde é possível curtir a bela paisagem serrana, graças às amplas janelas. A estrutura oferece ainda adega com diversos rótulos nacio-nais e importados, restauran-te, de onde saem deliciosas receitas como fondues, horta orgânica e pomar.

A preocupação ecológica está presente no dia a dia da pousada. Desde a construção, realizada com madeira cer-tifi cada de refl orestamento, a qual privilegiou iluminação e ventilação naturais, até os equipamentos eletrônicos utilizados são de baixo con-sumo de energia. O jardim Il Giardino delle Farfalle, de nome italiano e inspiração francesa, é um oásis onde os hóspedes podem relaxar e contemplar a natureza.

Sobre CunhaCunha está localizada no Alto

Vale do Paraíba, a 232 quilô-metros de São Paulo. Estância climática tradicional, possui ampla infraestrutura turísti-ca, com dezenas de pousadas e restaurantes para todos os gostos e bolsos. Mais informa-ções podem ser obtidas no site www.cunha.sp.gov.br. Barra do Bié foi uma das pousadas escolhidas pelo site TripAdvisor como uma das melhores

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AÇÃO

DETALHESCunha é uma cidade de São Paulo e está localizada a 232 quilô-metros da capital. Sua infraestrutura é turís-tica é ampla e conta com dezenas de pou-sadas e restaurantes para todos os gostos

Aluguel residencial teve alta em SPO preço do aluguel de

imóveis na capital paulista teve aumento médio de 2% no ano passado em relação a 2013, segundo pesquisa divulgada na última sema-na, pelo Secovi-SP, sindica-to do mercado imobiliário. O reajuste fi cou abaixo dos 3,69% registrados pelo IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado). A alta do aluguel em dezembro de 2014 foi

de apenas 0,2% na compa-ração com novembro.

“Dadas as expectativas pessimistas para a econo-mia em 2015, isto é, cres-cimento do PIB próximo de zero, infl ação próxima do teto e contenção de gastos do governo, se não houver nenhuma medida anticíclica por parte do governo federal para reverter esse quadro, não haverá espaço para um

crescimento real nos preços do aluguel residencial”, disse Mark Turnbull, diretor de Lo-cação do Secovi-SP. “Portan-to, eles devem acompanhar o IGP-M em 2015”, completou o executivo.

AumentoDe acordo com a pesqui-

sa, o maior acréscimo de preços se deu nos imóveis de apenas um dormitório:

0,4%. Nas residências de dois dormitórios, a alta foi de 0,2%. Em dezembro, a modalidade de garantia preferida dos paulistanos foi o fi ador, escolhida 45% dos contratos efetuados. O depósito adiantado de até três meses de aluguel veio em seguida, aparecendo em 34% das locações.

Por Folhapress

ELEVAÇÃO

De acordo com a pesquisa, o maior acréscimo de preços se deu nos imóveis de apenas um dormitório, somando 4%

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O Comércio recuou 6,6% no ano passado, diz pesquisa

O comércio atacadista de material de construção recuou 6,6% ao longo do ano passado na compara-ção com 2013, período em que o setor cresceu 3% em relação a 2012. A queda fi cou, no entanto, ligeira-mente abaixo do esperado pelo setor (7%).

Segundo balanço divulga-do pela Abramat (Associa-ção Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), em 2014, a procura foi mais concentrada nos itens de acabamento. Para este ano, a previsão é crescimento de 1%. As informações são da Agência Brasil.

Em nota, o presidente da Abramat, Walter Cover, jus-tifi cou que essa projeção de alta está condicionada à ex-pectativa de que o governo federal mantenha os incenti-

vos fi scais para o setor.Além disso, Cover destacou

que a indústria de constru-ção conta com mais investi-mentos em casas populares, com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida. Ele acredita em um cenário de equilíbrio na economia, com “um câmbio mais realista, e na manutenção das políticas de renda e emprego”.

De janeiro a dezembro do ano passado, enquanto os materiais de acabamento tiveram queda de 4,1%, os itens básicos caíram 8,2%. No levantamento em geral, o mês de dezembro indicou recuo de 0,5% nas ven-das sobre o mesmo mês de 2013. Na comparação com novembro, houve retração de 6,5%.

Por Folhapress

CONSTRUÇÃO

Essa expectativa foi baseada nos números do governo federal

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