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MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1017 Bolha imobiliária: mito ou realidade? Profissionais do setor imobiliário dão suas opiniões a respeito do fenômeno que pode – ou não – chegar ao país A discussão sobre a existência ou não da bolha imobili- ária voltou a ser tema de especulação com a desaceleração nas ven- das de imóveis, após um período de euforia do mer- cado com a construção de vários empreendimentos. Mesmo assim, especialis- tas do setor descartam essa possibilidade. “O que acontece no Brasil é muito diferente do que aconte- ceu nos Estados Unidos, em 2008. Nós temos mui- ta oferta de crédito sim, mas com uma liberação do dinheiro feita de for- ma muito responsável, os nossos bancos são muito criteriosos”, observa o consultor imobiliário Tia- go Borges. Para ele, a mudan- ça no ritmo de vendas foi influenciada, princi- palmente, pela alta dos preços. “Os preços dos imóveis cresceram acima da renda do brasileiro e ficaram sim, mais caros para a população”, afir- ma. Ainda segundo Bor- ges, o alto valor cobrado pelo mercado fica mais evidente na hora de fi- nanciar o imóvel, quando o consumidor percebe a grande diferença no pre- ço cobrado pela constru- tora e na avaliação do banco. “Já vi casos de imóveis que o banco ava- liou R$ 100 mil a me- nos do que estava sendo cobrado pela construto- ra. O cliente não con- seguiu financiar, desistiu da compra e ainda teve prejuízo”, conta. O consultor acredita que este cenário já começou a mudar e o Feirão da Casa Própria, realizado no mês passado, foi um grande exemplo disso. “As construtoras baixaram os preços. Pela primeira vez vi uma construtora avalizando menos que o banco. Isso mostra que as coisas estão mudando, afinal, hoje temos mui- tos imóveis parados e as incorporadoras precisam girar esse dinheiro”, ex- plica Borges. Para Eduardo Lopes, presidente do Sindicato da Indústria da Constru- ção Civil do Amazonas (Sinduscon), os preços dos imóveis em Manaus não são tão altos comparados a outros Estados do Brasil. Para ele, essa mudança nas vendas é apenas uma estabilização. “O mercado imobiliário cresceu muito nos últimos 7 anos e ago- ra estamos estabilizando. Talvez até chegue a uma retração, mas é cedo para falar”, diz. Lopes descarta qual- quer possibilidade de bo- lha imobiliária e também destaca o “feirão” como bom exemplo disso. “A perspectiva era fechar R$ 120 milhões em ne- gócios e foram fechados R$ 131 milhões. Passa- ram pelo evento 33 mil pessoas”. “Durante o “fei- rão” ficou claro que atu- almente os imóveis des- tinados para a classe C são os com melhor saída, e essa também pode ser a causa de muitos imóveis não terem tido tanta pro- cura. Nos últimos anos, muitas construtoras que vieram para Manaus fize- ram lançamentos grandes destinados principalmen- te para as classes A e B e não houve mercado para isso”, observa. O presidente do sindica- to acredita que, a partir de agora, “as constru- toras precisam analisar bem o mercado e desco- brir para quem realmente devem vender”. “Não quer dizer que os imóveis A e B vão parar, mas deve haver uma acomodação sim. De qualquer forma, eles conseguirão vender tudo nos próximos anos”, afirma o presidente.

Salão imobiliário - 1 de junho de 2014

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1017

Bolha imobiliária: mito ou realidade?

Profi ssionais do setor imobiliário dão suas opiniões a respeito do fenômeno que pode – ou não – chegar ao país

A discussão sobre a existência ou não da bolha imobili-ária voltou a ser

tema de especulação com a desaceleração nas ven-das de imóveis, após um período de euforia do mer-cado com a construção de vários empreendimentos. Mesmo assim, especialis-tas do setor descartam essa possibilidade. “O que acontece no Brasil é muito diferente do que aconte-ceu nos Estados Unidos, em 2008. Nós temos mui-ta oferta de crédito sim, mas com uma liberação do dinheiro feita de for-ma muito responsável, os

nossos bancos são muito criteriosos”, observa o consultor imobiliário Tia-go Borges.

Para ele, a mudan-ça no ritmo de vendas foi influenciada, princi-palmente, pela alta dos preços. “Os preços dos imóveis cresceram acima da renda do brasileiro e ficaram sim, mais caros para a população”, afir-ma. Ainda segundo Bor-ges, o alto valor cobrado pelo mercado fica mais evidente na hora de fi-nanciar o imóvel, quando o consumidor percebe a grande diferença no pre-ço cobrado pela constru-

tora e na avaliação do banco. “Já vi casos de imóveis que o banco ava-liou R$ 100 mil a me-nos do que estava sendo cobrado pela construto-ra. O cliente não con-seguiu financiar, desistiu da compra e ainda teve prejuízo”, conta.

O consultor acredita que este cenário já começou a mudar e o Feirão da Casa Própria, realizado no mês passado, foi um grande exemplo disso. “As construtoras baixaram os preços. Pela primeira vez vi uma construtora avalizando menos que o banco. Isso mostra que

as coisas estão mudando, afinal, hoje temos mui-tos imóveis parados e as incorporadoras precisam girar esse dinheiro”, ex-plica Borges.

Para Eduardo Lopes, presidente do Sindicato da Indústria da Constru-ção Civil do Amazonas (Sinduscon), os preços dos imóveis em Manaus não são tão altos comparados a outros Estados do Brasil. Para ele, essa mudança nas vendas é apenas uma estabilização. “O mercado imobiliário cresceu muito nos últimos 7 anos e ago-ra estamos estabilizando. Talvez até chegue a uma

retração, mas é cedo para falar”, diz.

Lopes descarta qual-quer possibilidade de bo-lha imobiliária e também destaca o “feirão” como bom exemplo disso. “A perspectiva era fechar R$ 120 milhões em ne-gócios e foram fechados R$ 131 milhões. Passa-ram pelo evento 33 mil pessoas”. “Durante o “fei-rão” ficou claro que atu-almente os imóveis des-tinados para a classe C são os com melhor saída, e essa também pode ser a causa de muitos imóveis não terem tido tanta pro-cura. Nos últimos anos,

muitas construtoras que vieram para Manaus fize-ram lançamentos grandes destinados principalmen-te para as classes A e B e não houve mercado para isso”, observa.

O presidente do sindica-to acredita que, a partir de agora, “as constru-toras precisam analisar bem o mercado e desco-brir para quem realmente devem vender”. “Não quer dizer que os imóveis A e B vão parar, mas deve haver uma acomodação sim. De qualquer forma, eles conseguirão vender tudo nos próximos anos”, afirma o presidente.

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EXPEDIENTE

EDIÇÃO Bruno Mazieri

REPORTAGEMBruno MazieriMariane Barroco

FOTOSAlberto César Araújo

REVISÃODernando MonteiroGracycleide DrumondLorena Lima

DIAGRAMAÇÃOLeonardo Cruz

TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

Expectativa atinge menor nível

NACIONAL

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou na última semana que o indi-cador de expectativa sobre o nível de atividade dos empresários da construção para os próximos seis me-ses fi cou em 52,1 pontos – o menor nível desde o início da série, em dezembro de 2009. O indicador de ex-pectativa varia de 0 a 100. Acima de 50 pontos, indica empresários confi antes.

A CNI informou também que todos os indicadores de expectativa recuaram em maio. O de novos produtos

e serviços fi cou em 52,1 pontos, o de compras de in-sumos e matérias-primas, em 52 pontos, e o de número de empregados caiu para 52,1 pontos.

Os dados foram capta-dos na Sondagem Indústria da Construção e mostram ainda que, em abril, o indi-cador de evolução do nível de atividade fi cou em 45,4 pontos. O indicador do ní-vel de atividade efetivo em relação ao usual alcançou 42,6 pontos. Ambos estão abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que mostra

retração do setor.O indicador de evolução

do número de emprega-dos fi cou em 46,3 pontos em abril, abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que mostra a queda do em-prego no setor. O nível de utilização da capacidade de operação do setor perma-neceu estável em 69% pelo terceiro mês consecutivo. A pesquisa foi feita entre 5 e 14 de maio, com 537 empresas, das quais 169 de pequeno porte, 245 médias e 123 grandes.

Por Agência Estado

O CNI diz que a expectativa sobre o nível de atividade dos empresários fi cou em 52,1 pontos

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Downtown Doral ganha apresentação em ManausEmpreendimento americano é um mix de escritórios, casas e apartamentos e leva a assinatura do escritório Sieger Suarez

Manaus recebeu na última semana um evento para quem pretende investir

em Miami. A consultoria imobi-liária Elite International Realty, sediada na cidade norte-ame-ricana, e a parceira C&Castro Imóveis apresentaram aos in-teressados o complexo imobi-liário Downtown Doral.

O empreendimento, um mix de escritórios, casas e aparta-mentos, será um sofi sticado centro urbano completo, com várias torres de condomínios de luxos, lojas, restaurantes e um pavilhão de exposições. O projeto é assinado pelo presti-giado escritório de arquitetura Sieger Suarez e pela renomada designer Adriana Hoyos.

Com preços a partir de US$ 255 mil, o Downtown Doral ainda contará com serviços de manobristas, um fi tness center, salas de conferências, parque infan-til, espaço comercial, entre muitos outros benefícios.

O evento contou com a participação de corretores especializados no mercado imobiliário americano, ofere-cendo uma oportunidade única para quem pretende investir nos Estados Unidos. Para os interessados em investir fora

do país, é só entrar em con-tato com Elite International Realty por meio do site www.eliteinternational.com.

EmpresaFundada em 1994 por um

empreendedor brasileiro, a Eli-te International Realty é espe-cialista em compra, venda e aluguel de imóveis comerciais

e residenciais nas cidades de Orlando, Miami e Nova York, nos Estados Unidos. Para fa-cilitar o contato dos clientes com a empresa na hora de buscar um investimento em imóveis, a imobiliária possui representantes em diversas capitais da América Latina, como: São Paulo, Rio de Janei-ro, Caracas, Cidade do México, Bogotá, Cali e Lima. A apresentação para investidores locais foi realizada na última semana pela empresa C&Castro Imóveis, parceira da Elite Realty

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PRESENÇAO evento contou com a participação de corre-tores especializados no mercado imobiliário americano, oferecendo uma oportunidade úni-ca para quem pretende investir nos Estados Unidos

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Vitacon apresenta projeto inovador

Na última terça-feira (27), iniciou a mais completa mostra de arquitetura, decora-

ção e paisagismo do Brasil, a Casa Cor 2014. Em exposição no Jockey Club de São Paulo, até 20 de julho, a feira conta com a presença da Vitacon In-corporadora e Construtora para apresentar uma das principais novidades e tendências do mer-cado imobiliário: o apartamento sob medida.

O espaço se chama “Futu-ro Sob Medida” e mostra até seis versões de um “apê” em um mesmo ambiente. “O di-ferencial deste projeto é unir em um espaço reduzido todas as funções do dia a dia: dor-mitório, sala de estar, home offi ce, cozinha, sala de jantar e espaço de lavanderia”, conta o CEO da Vitacon, Alexandre Lafer Frankel. O projeto traz um ambiente prático e funcional, com materiais de pouca ma-nutenção, e o próprio morador escolhe se a sala vai se tornar um quarto abaixando a cama que se desprende da parede, por exemplo – tudo sob medida para cada necessidade.

“Todos os espaços são pro-jetados com este objetivo. Criamos um estilo de vida sob medida, onde o que importa é o tempo de cada morador. Em grandes metrópoles já está in-suportável perder cada minuto com trânsito, demora em servi-ços e atendimentos, fi las. Todo metro quadrado tem que ser bem utilizado”, diz Frankel.

O espaço na Casa Cor tam-bém visa mostrar como a tecnologia pode ajudar no aproveitamento do espaço e maximizar o uso de cada metro quadrado. Todo o mobiliário do apartamento sob medida é inteligente e tecnológico, integrado com automação (cama, mesa de cabeceira, home office) e com a TV integrada à decoração – automação de iluminação e som e projeção em vidro polarizado.

InspiraçãoFrankel ressalta que a inspira-

ção para criar um apartamento multiuso partiu de um processo de pesquisa & desenvolvimento no mercado imobiliário de Nova York e Tóquio, cidades que ditam tendências de espaço e arquite-tura. A Vitacon se uniu ao de-signer Graham Hill da empresa Life Edited para levar até São Paulo o conceito aplicado em apartamentos ultra compactos em NY. “O nosso empreendi-mento tem que refl etir 100% das necessidades e desejos do morador”, conta Alexandre.

“A sociedade brasileira come-ça a mudar e ver que não precisa mais sofrer horas no trânsito,

morar e trabalhar em lugares distantes um do outro. Morar perto do trabalho é economizar um tempo que pode ser aprovei-tado para curtir sua família, seu tempo de lazer. Não é apenas uma nova tendência, é um novo jeito de se viver. Localização faz parte de um dos diferencias dos empreendimentos da Vitacon. A proposta é que o morador esteja perto de tudo e ganhe em qua-lidade de vida”.

Seu último lançamento – o VN Gomes de Carvalho, na Vila Olímpia – possui unidades de estúdios a partir de 23 metros quadrados, com serviços de hotel adaptados para a comodidade de um apartamento residencial. A proposta é ser multiuso – com móveis adaptados e modernos, o morador pode diversifi car os ambientes com até cinco ver-sões em um apartamento.

Construtora marca presença na Casa Cor de São Paulo com o apartamento do futuro: até seis versões em um mesmo ambiente com muita tecnologia

FACILIDADEAlexandre Lafer Frankel, CEO da Vitacon, acre-dita que o brasileiro já perde muito tempo com trânsito, distância entre casa e trabalho, fi la e o morador merece um apartamento que seja multiuso

O VN Gomes de Carvalho faz parte da linha VN Casa, pensada pela Vitacon para levar todo o conforto, tec-nologia e qualidade de vida para quem busca uma nova forma de morar. Em 2013, a empresa inicialmente lançou o VN Casa do Ator e o VN Turiassu, respectivamente na

Vila Olímpia e Perdizes. Desde então, passou também pelos Jardins, Itaim, Vila Mariana, Aclimação – bairros presen-tes na lista do metro quadra-do mais valorizado de São Paulo. Na mesma linha, no fi nal do ano passado, inovou mais uma vez ao trazer ao mercado o VN Quatá com um

projeto arrojado e com o me-nor apartamento do Brasil, de 19 metros quadrados.

“Isso nos mostra que não importa o tamanho do es-paço, do metro quadrado em um apartamento. É possível valorizar e usufruir das faci-lidades de mobilidade que os VN trazem, como os serviços

de car-sharing, bike-sharing, além da localização dos edifí-cios. Os apartamentos do fu-turo são sob medida, e quem decide como organizar seus ambientes é o próprio mo-rador. É esse conceito que a Vitacon apresenta aos vi-sitantes da Casa Cor 2014”, conclui Alexandre Lafer.

Linha une conforto e tecnologia

O projeto conta com um ambiente prático e funcional com materiais de pouca manutenção

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Planejado para rece-ber turistas e empre-sários que buscam conforto, praticidade

e turismo regional, o Seringal Hotel, a mais nova opção de hospedagem no Centro de Manaus, está com previsão de inauguração para o início do próximo mês. “Estamos fazendo os últimos traba-lhos de acabamento para poder inaugurarmos com

estilo, bom atendimento e conforto, que serão as nos-sas principais característi-cas”, afi rma a proprietária Elizangela Rabelo.

Instalado em um prédio antigo do centro histórico, a decoração do lugar é um dos principais destaques por reunir elementos clássicos e contemporâneos. “Nos inspi-ramos nos estilos dos anos 70 e 80, e na sofi sticação

do período mais clássico da história do nosso Estado, a era da borracha. Nosso mobiliário é em estilo pro-vençal, os papéis de pare-de dos quartos remetem àquela época. Daí também que veio a ideia do nome”, explica a empresária.

Localizado próximo ao Tea-tro Amazonas, o hotel conta com 16 apartamentos e 46 leitos. O valor das diárias

variam entre R$ 260 e R$ 320, com café da manhã incluso. “Vamos oferecer um bufê regional, um serviço que também estará disponível para a população em geral que desejar tomar um café da manhã especial fora de casa”, conta. Além disso, o local também contará com uma cafeteria que fi cará aberta ao público.

As reservas no hotel co-

meçaram a ser feitas nesta semana. “Será uma excelen-te opção para quem vem a Manaus assistir os jogos e deixou para reservar hotel em cima da hora e não con-seguiu vaga em outro lugar”, destaca. Para o período do Mundial, o valor das diárias não sofrerá alteração.

Para atrair os novos clien-tes, o hotel conta com um atendimento diferenciado

de alto padrão. “Dos nossos 14 funcionários, seis falam no mínimo inglês e alguns também falam francês e es-panhol”, destaca Elizangela. Eles também trabalharão em parceria com agências de turismo. “Ainda estamos con-tactando as agências, mas queremos fazer uma traba-lho de indicação, além de par-ceria para passeios e outros serviços”, acrescenta.

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A compra de imóveis é uma tradição entre os brasileiros. O bem sempre foi visto como uma forma de consolidar o patrimônio e ter a segurança de investir em um ativo real, que ainda pode gerar re-ceitas mensais com aluguel. Mas comprar um imóvel com objetivo de morar ou com a fi nalidade de investir tem suas diferenças. Em primeiro lugar, quem já tem um imóvel e quer adquirir outro para obter renda precisa procu-rar empreendimentos que garan-tam um retorno maior, indepen-dentemente da sua localização ou do tamanho.

Os apartamentos menores, por exemplo, são mais fáceis de se-rem alugados e costumam gerar receitas mais interessantes em relação ao investimento. No Sul, os apartamentos de um e dois dormitórios, com metragem entre 40 e 90 metros quadrados são os mais procurados para locação. Justamente por isso, eles têm uma taxa de vacância (desocupação) menor e também garantem um retorno proporcionalmente mais elevado. Em Manaus temos uma característica singular, a grande maioria prefere apartamentos de três dormitórios com pelo menos uma suíte e com fácil acesso ao distrito industrial.

Outra opção bastante recomen-dada para quem deseja investir em imóveis é olhar para as salas comerciais. Apesar de serem mais caras, elas possuem menores ta-xas de inadimplência. O profi ssio-nal que a aluga costuma possuir uma receita mensal com o negócio para pagar o aluguel e, como aquela é a sua fonte de renda, ele difi cilmente fi cará inadimplente a ponto de ser despejado. O imóvel comercial pode se mostrar mais

vantajoso em alguns casos por conta da sua melhor liquidez.

Quem quer investir em imóveis deve fazer uma pesquisa com corretores e analisar as áreas de maior potencial de crescimento da cidade. Se o objetivo do in-vestimento for obter retorno com o aluguel, também é preciso se atentar para a demanda, ou seja, pelos inquilinos em potencial.

Outro ponto importante é se questionar sobre a rentabilidade que você espera do imóvel. De-pendendo da região, é possível cobrar até 0,7% do valor do imóvel. Para descobrir essa porcentagem, é essencial fazer uma pesquisa de campo para saber quanto os outros locatários estão cobrando na região escolhida.

Já quem procura um imóvel para morar deve se levar em consideração outros aspectos, focando principalmente na se-gurança e na qualidade de vida da sua família, é fundamental bons itens de lazer, como acade-mia, piscina, quadra poliespor-tiva e outros que proporcione bem-estar. É preciso olhar o comércio ao redor e o desloca-mento até o local de trabalho. A comodidade e praticidade que o imóvel pode trazer ainda são fatores determinantes na hora da escolha. Economize tempo e dinheiro morando perto do tra-balho e da escola dos filhos.

Também é importante checar se está no momento certo para comprar o imóvel. Em épocas de infl ação alta é a forma mais con-creta de você não perder dinheiro, quando há excesso de ofertas você terá mais opções e con-sequentemente maior poder de negociação. Pense nisso! O seu futuro agradece.

Carlos Cé[email protected]

Imóvel ideal para investir ou para morar

Carlos Célio é corretor de

imóveis e perito avaliador

Os apar-tamentos menores, por exem-plo, são mais fáceis de serem alugados e costu-mam gerar receitas mais inte-ressantes em relação ao investi-mento”

Com a mistura dos estilos clássico e contemporâneo, o mais novo hotel de Manaus, batizado de Seringal, aposta na qualidade de atendimento para atrair novos clientes e chega como mais uma opção para a Copa do Mundo

Conforto e praticidade

Os valores dos quartos do hotel vão de R$ 260 a R$ 320

O hotel está localizado no centro antigo

de Manaus

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Baixa procura para investimentos

Formado predominan-temente por casas, o bairro Japiim, um dos maiores da cidade,

não possui nenhum edifício residencial. Segundo o corre-tor de imóveis, Luis Alberto Cruz, a área ainda não des-pertou o interesse das cons-trutoras, mas ele acredita que esse cenário vai mudar. “É um bairro que ainda vai ser visto, assim como ocorreu com o bairro vizinho, Cachoeirinha, que hoje possui alguns empre-endimentos que tiveram exce-lente aceitação”, observa.

Próximo de um dos prin-cipais pontos da cidade, o Distrito Industrial, o bairro Japiim tem atraído muitas pessoas interessadas em adquirir um imóvel no local, o que causou uma grande alta nos preços. “Um imóvel que há 3 anos atrás estava sendo vendido por R$ 150 mil, hoje custa R$ 350 mil e, in-felizmente, isso acaba fazen-do as pessoas desistirem de comprar”, diz Cruz.

A maioria das casas do local são antigas e construídas em

grandes terrenos, o que des-perta o interesse de empre-sários que chegam a comprar até três imóveis para construir seu negócio. “O tamanho dos terrenos são excelentes, então vale investir em mais de um imóvel e construir uma grande loja como muitos empresários estão fazendo”, fala Cruz. O aluguel de um ponto comercial com 50 metros quadrados custa em média R$ 1 mil.

A grande atividade comer-cial é um dos destaques do local que possui shopping, supermercado, bares, restau-rantes, academia, grandes lo-jas de materiais de construção e também de produtos tecno-lógicos. “Nós temos tudo o que precisamos no bairro. Além da feira coberta e mesmo com os problemas que são comuns a outros bairros, gosto de mo-rar nele”, ressalta o vendedor Herlison Silva.

SegurançaO bairro experimentou for-

te crescimento demográfi co, dividindo-se em Japiim 1, Japiim 2 e Japiinlândia. As

inúmeras invasões ocorridas em torno da área comprome-teram seu desenvolvimento urbanístico e social trazendo degradação ambiental e falta de segurança.

“A falta de segurança é o principal problema do local, o que faz com que algumas pessoas queiram se mudar do bairro e também acaba desva-lorizando os imóveis da área, porque ninguém vai querer comprar uma casa com um valor alto, por mais bonita que seja, em um local “perigoso””, afi rma corretor de imóveis.

O canteiro central da ave-nida General Rodrigo Otávio com praças, jardins e pistas para caminhadas, é uma das poucas áreas de lazer do bair-ro utilizadas pelos moradores, mas por estar localizado em uma avenida movimentada, o local atrai muitos mora-dores de rua e assaltantes. “Não podemos fi car na área até muito tarde, por medo de que aconteça algo”, la-menta a funcionária publica Eliete Cunha, que mora há 20 anos no bairro.

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O Japiim ainda não despertou o interesse das construtoras, mas atrai empresários movimentando o comércio

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A Universidade Ulbra está localizada no bairro Japiim

Um dos atrativos é o parque localizado no bairro

Áreas verdes ainda podem ser encontra-das no bairro

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Viver com estilo ePensando no conforto aliado à praticidade, o Life Centro conta com área de lazer que inclui piscina, fi tness e espaço gourmet

conforto no centroFechou negócio, mu-

dou para o aparta-mento novo em folha. Esta é a frase mais

correta para quem conhece o Life Centro. Pronto para morar, perto de tudo e na área central da cidade. “São várias as vantagens para quem gosta de um lugar para viver com estilo os melhores momentos da sua vida”, co-menta Taísa Avelino, direto-ra de marketing da Capital Rossi, incorporadora do em-preendimento. E acrescenta: “Por ser somente uma torre é mais tranquilo para admi-nistrar, fica localizado na rua Afonso Pena, entre a aveni-da Ayrão e a rua Barcelos”, acrescenta Taísa.

Além de tantas vantagens, o Life Centro tem como um dos seus principais diferen-ciais a valorização do en-torno por estar situado em uma região na qual estão as faculdades de odontolo-gia e medicina da Universi-dade Federal do Amazonas (Ufam), o novo Hospital Ge-túlio Vargas, e a localização privilegiada do Centro da cidade, do Vieralves e das avenidas Mário Ypiranga Monteiro e Umberto Calde-raro Filho.

EmpreendimentoPara jovens famílias, sol-

teiros e para Terceira Idade, o imóvel possui completa área de lazer. Taisa é quem explica: “Além de todos os apartamentos possuírem varanda com uma excelen-te vista, tem uma completa infraestrutura com piscina, fitness, salão de jogos para adultos, pet care, espaço

gourmet, cinema, brinque-doteca e salão de festas. Uma comodidade sem sair de casa”, complementa a diretora de marketing da Capital Rossi.

Com área de 55 a 79 me-tros quadrados, há apartamen-tos de dois e três dormitórios, todos com uma suíte e uma ou duas vagas de garagem. “Vale conhecer os poucos apar-tamentos disponíveis e morar em um elegante e agradável apartamento próprio”, com-plementa. Mais informações estão disponíveis no site www.capitalrossi.com.br.

ReservaO encontro entre um bairro

privilegiado pela paisagem exuberante com a inspira-ção na arquitetura inglesa, aliados à natureza é o desejo de toda família brasileira e, claro, da amazonense. O Reserva Inglesa reúne to-dos esses elementos em seus condomínios revelando projetos exclusivos com fa-chadas modernas e amplas áreas de lazer.

Em uma oportunidade úni-ca para o cliente adquirir o seu imóvel em um condomí-nio contemporâneo, a Capi-tal Rossi está oferecendo unidades limitadas de 69m² a 294m em condições espe-ciais, com parcelas a partir de R$ 1.800,00 e mensais fixas durante a obra. “So-mente até este domingo, primeiro de junho, estamos oferecendo uma chance iné-dita para o cliente fechar o melhor negócio da Ponta Negra.”, afirma Rodrigo Oli-veira, gerente comercial da Capital Rossi.

Os atributos para bene-fi ciar aos moradores não param por aí. Além dos con-domínios residências, Lon-don e Liverpool, no Reserva Inglesa o cliente encontra o primeiro complexo comer-cial da Ponta Negra. “Morar, trabalhar e se divertir no mesmo lugar. Foi neste con-ceito que nos inspiramos para desenvolver o projeto

do Reserva Inglesa, permi-tindo aos moradores maior qualidade de vida.” conta Taísa Pi, gerente de Marke-ting da incorporadora.

O Reserva Inglesa pos-sui uma área de 224 mil metros quadrados, equi-valentes a 55 campos de futebol, e terá 8 condomí-nios independentes, sen-do seis residenciais, um

comercial e um mall. Ou seja, lazer, conveniência e integração em um boule-vard de 16 mil metros qua-drados. A sustentabilidade faz do Reserva Inglesa um condomínio diferenciado.

Água da estação de tra-tamento de esgoto para irrigação do paisagismo; louças sanitárias com bai-xo consumo de água nas

áreas comuns e nos apar-tamentos, iluminação com sensores de presença nas áreas comuns, acessibili-dade para deficientes fí-sicos a todos os espaços, incluindo área de lazer e fachadas com cores claras para reflexão da luz do sol são alguns do itens que demonstram este cuidado no projeto.

Complexo padrão e com facilidades

O Reserva Inglesa, também da Construtora Capital, está com uma série de facilidades para quem quer adquirir um imóvel

A vista privilegiada cha-ma a atenção de quem deseja morar no local

A área de lazer com espaço gourmet é um dos atrativos do Life Centro

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Tudo pronto para curtir a Copa do Mundo de 2014Para quem está pensando em chamar os amigos e assistir aos jogos em casa, é preciso criar um espaço prático e confortável

Faltando pouco tempo para a abertura da Copa do Mundo, os brasileiros já estão se preparando

para acompanhar os jogos e torcer pela seleção. Muitos, inclusive, preferem o conforto do lar a encarar as multidões que lotarão os estádios ou outros locais que transmitirão as partidas. Para quem vai receber os amigos em casa e acompanhar o campeonato mundial pela TV, é interessan-te preparar um espaço para essa reunião.

Para equipar a sala com sofá, poltronas e TV de ma-neira harmônica e funcional, é preciso pensar, principal-mente, na posição desses elementos, assim como na

colocação de outros itens com-plementares para acomodar os torcedores. “É preciso planejar antes de mais nada. A primei-ra coisa é verifi car o espaço

que tem disponível e quantas pesso-as vai convidar, com essas infor-mações já se pode começar a montar um excelente local para juntar a torci-da”, diz o decorador Edson Marques.

Falando de futebol, a primeira coisa a ser lembrada é a TV. “Para não perder nenhum lance importante dos jogos, o ideal é a ima-gem em alta defi nição em uma tela grande. Dependendo do po-der aquisitivo de cada

pessoa, é interessante também fazer uma assinatura de um canal de TV com trans-missão em HD”, recomenda o decorador.

Para facilitar a comunicação entres as pessoas, o decorador

recomenda centralizar o sofá em frente à TV e posicionar as poltronas ao lado do mó-vel. “É preciso ter um espaço confortável, com um bom sofá principalmente. Também é le-gal retirar as mesas de centro e das laterais para otimizar melhor esse espaço, afi nal, as pessoas gostam de pular. Torne o lugar o mais limpo e mais aberto possível para que haja a interação”, aconselha Mar-ques, que também recomenda o uso de pufes e banquetas, que além de garantiram assentos extras, funcionam como mesas de apoio para copos e pratos. “Em relação à loucas, dê prefe-rência às de acrílico para evitar quebrar, bater, cair. É preferível servir comidas fáceis, que os convidados possam pegar com as mãos”, ressalta.

Para quem optar por fa-zer um churrasco, existem as opões de churrasqueiras pequenas de carvão ou elé-tricas. Em relação ao arma-zenamento das bebidas, o decorador indica o uso de um cooler. “A outra opção seria o frigo-bar, mas tem pessoas que não querem ter o trabalho de carregar o eletrodoméstico ou até mesmo não têm espaço para instalar”, ressalta.

E por último, é importante fi car atento com a ilumi-nação do lugar, evi-tando a penumbra, pouco ou excesso de luz. “Uma dica bási-ca: nunca posicione luminárias sobre a cabeça das pessoas, para evitar o desconfor-to causado pela incidência direta dos feixes sobre os olhos”, observa Marques.

A praticidade e o conforto são indis-pensáveis no am-biente para assistir aos jogos

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