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MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015 (92) 3090-1017 Obras sustentáveis Seconci vai ministrar curso sobre reaproveitamento de resíduos na próxima terça-feira (3) com a presença da engenheira civil e professora Jussara Cury Maciel, no auditório da própria instituição A s construtoras geram milhares de resíduos durante as obras que, na maio- ria das vezes, são descarta- dos de forma imprópria, sem um planejamento adequado. Na próxima terça-feira (3), o Serviço Social da Indústria da Construção Civil (Secon- ci-Manaus) vai ministrar o mini-curso “Meio Ambiente e a Construção Civil”, às 16h, no auditório da instituição, que vai ajudar profissio- nais da área a manter um canteiro organizado e com redução do desperdício. A professora Jussara Cury Maciel, formada em engenha- ria civil e, atualmente, membro do corpo docente do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), será a palestrante e vai instruir os alunos sobre as etapas que constituem o plano de gerenciamento de resíduos. “Primeiro, tem que haver a vontade de se aderir a esse plano por parte da empre- sa responsável. Depois que isso acontece, é necessário saber que tipo de material a construção gera, para, então, caracterizá-lo”, explica. Segundo Jussara, os ma- teriais que mais geram resíduos com possibilidade de reaproveitamento são a ma- deira, o metal, a cerâmica e a argamassa. O mini-curso tem o objetivo de criar no partici- pante a consciência de reduzir os custos diretamente na fon- te. “Hoje em dia, as empresas já têm acesso a materiais com mais qualidade e que terão uma durabilidade maior, logo, a longo prazo, os custos de manutenção serão reduzidos. Tendo essa consciência no início do processo, já é uma vantagem. Com os resíduos identificados, é o momento de seguir para a separação”. A separação do material garante à construtora a fa- cilidade na hora de destinar o material às cooperativas, além de manter um canteiro mais organizado, de acordo com a professora. Dos mate- riais, a argamassa tem maior potencial para ser reutilizada até mesmo na própria obra. “Ela pode ser triturada e de- pois usada para a construção de pavimentos e meio-fio. Os metálicos também podem ser aproveitados, mas, faz parte do plano, também, o conta- to com as pessoas que po- dem coletar esses materiais”, informa Jussara. Além da reciclagem e rea- proveitamento de material, o mini-curso também vai tratar da redução de recursos como água e energia elétrica. Jus- sara esclarece que muitas das empresas cavam poços artesianos em suas obras, de modo a reduzir a depen- dência pela concessionária. “Outra dica é aproveitar o período de chuvas para ar- mazenar a água em cisternas para depois usá-la quando necessário. As empresas que trabalham com demolição po- dem usar para a lavagem do canteiro e outras funções”. Para a energia elétrica, a op- ção pode ser o uso de painéis solares nos canteiros, porém, segundo a professora, a alter- nativa não é muito utilizada pelas empresas. “O custo dos painéis ainda é muito caro e como só pode ser usado de dia, as empresas não vêem a tecnologia com bons olhos. No entanto, quem estiver dispos- to a arcar as despesas, verá, a longo prazo, uma redução considerável em seus gastos com a obra”, diz Jussara. A principal vantagem do mini-curso é a capacitação de profissionais que leva- rão os métodos sus- tentáveis para as obras na cidade. Jussara aponta que o plano de gerenciamento tem mais chance de ser aderido quando todos envolvidos nas obras estão devidamente ins- truídos. “Um profissional que faz o curso vai poder capacitar os seus funcionários para já sepa- rarem o material no momento em que ele é gerado, tendo, assim, mão de obra capacitada. As vantagens e benefícios do plano não serão observados no momento, mas a longo prazo”. Segundo a superintendente do Seconci-Manaus, Alair de Paula, o objetivo é poder ofe- recer cursos para a área da construção civil e segurança do trabalho. “Todo mês, que- remos realizar pelo menos um curso para os profissionais”, afirma. As inscrições para o mini-curso “O Meio Ambiente e a Construção Civil” são gra- tuitas e podem ser realizadas pelo telefone (92) 3233-7880. O auditório do Seconci está localizado na rua Simão Bo- lívar, 334, Centro.

Salão imobiliário - 1º de março de 2015

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Leia o caderno Salão Imobiliário deste domingo - Obras sustentáveis

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015 (92) 3090-1017

Obras sustentáveisSeconci vai ministrar curso sobre reaproveitamento de resíduos na próxima terça-feira (3) com a presença da engenheira civil e professora Jussara Cury Maciel, no auditório da própria instituição

As construtoras geram milhares de resíduos durante as obras que, na maio-

ria das vezes, são descarta-dos de forma imprópria, sem um planejamento adequado. Na próxima terça-feira (3), o Serviço Social da Indústria da Construção Civil (Secon-ci-Manaus) vai ministrar o mini-curso “Meio Ambiente e a Construção Civil”, às 16h, no auditório da instituição, que vai ajudar profi ssio-nais da área a manter um canteiro organizado e com redução do desperdício.

A professora Jussara Cury Maciel, formada em engenha-ria civil e, atualmente, membro do corpo docente do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), será a palestrante e vai instruir os alunos sobre as etapas que constituem o plano de gerenciamento de resíduos. “Primeiro, tem que haver a vontade de se aderir a esse plano por parte da empre-sa responsável. Depois que isso acontece, é necessário saber que tipo de material a construção gera, para, então, caracterizá-lo”, explica.

Segundo Jussara, os ma-

t e r i a i s que mais geram resíduos com possibilidade de reaproveitamento são a ma-deira, o metal, a cerâmica e a argamassa. O mini-curso tem o objetivo de criar no partici-pante a consciência de reduzir os custos diretamente na fon-te. “Hoje em dia, as empresas já têm acesso a materiais com mais qualidade e que terão uma durabilidade maior, logo, a longo prazo, os custos de manutenção serão reduzidos. Tendo essa consciência no início do processo, já é uma vantagem. Com os resíduos identifi cados, é o momento de seguir para a separação”.

A separação do material garante à construtora a fa-cilidade na hora de destinar o material às cooperativas, além de manter um canteiro mais organizado, de acordo com a professora. Dos mate-riais, a argamassa tem maior potencial para ser reutilizada até mesmo na própria obra. “Ela pode ser triturada e de-pois usada para a construção

de pavimentos e meio-fi o. Os metálicos também podem ser aproveitados, mas, faz parte do plano, também, o conta-to com as pessoas que po-dem coletar esses materiais”, informa Jussara.

Além da reciclagem e rea-proveitamento de material, o mini-curso também vai tratar da redução de recursos como água e energia elétrica. Jus-sara esclarece que muitas das empresas cavam poços artesianos em suas obras, de modo a reduzir a depen-dência pela concessionária. “Outra dica é aproveitar o período de chuvas para ar-mazenar a água em cisternas para depois usá-la quando

necessário. As empresas que trabalham com demolição po-dem usar para a lavagem do canteiro e outras funções”.

Para a energia elétrica, a op-ção pode ser o uso de painéis solares nos canteiros, porém, segundo a professora, a alter-nativa não é muito utilizada pelas empresas. “O custo dos painéis ainda é muito caro e como só pode ser usado de dia, as empresas não vêem a tecnologia com bons olhos. No entanto, quem estiver dispos-to a arcar as despesas, verá, a longo prazo, uma redução considerável em seus gastos com a obra”, diz Jussara.

A principal vantagem do mini-curso é a capacitação de

profi ssionais que leva-rão os métodos sus-

tentáveis para as obras na cidade. Jussara aponta que o plano de gerenciamento tem mais chance de ser aderido quando todos envolvidos nas obras estão devidamente ins-truídos. “Um profi ssional que faz o curso vai poder capacitar os seus funcionários para já sepa-rarem o material no momento em que ele é gerado, tendo, assim, mão de obra capacitada. As vantagens e benefícios do plano não serão observados no momento, mas a longo prazo”.

Segundo a superintendente do Seconci-Manaus, Alair de Paula, o objetivo é poder ofe-recer cursos para a área da construção civil e segurança do trabalho. “Todo mês, que-remos realizar pelo menos um curso para os profi ssionais”, afi rma. As inscrições para o mini-curso “O Meio Ambiente e a Construção Civil” são gra-tuitas e podem ser realizadas pelo telefone (92) 3233-7880. O auditório do Seconci está localizado na rua Simão Bo-lívar, 334, Centro.

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Feira de Santana benefi ciadaMais de 3 mil pessoas foram

benefi ciadas, na última quar-ta-feira, dia 25, em Feira de Santana (BA), pelo programa Minha Casa, Minha Vida, com a entrega das 920 unidades dos residenciais Solar da Princesa 3 e 4. Os empreendimentos, destinados a famílias com ren-da de até R$ 1,6 mil (faixa 1), receberam investimentos totais de R$ 52,4 milhões, com recursos do Fundo de Arrenda-mento Residencial (FAR).

O evento contou com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff ; da presidente da Caixa, Miriam Belchior; do governador do Estado da Bahia, Rui Costa; do prefeito de Feira de Santa-na, José Ronaldo de Carvalho;

do superintendente regional da Caixa em exercício, José Gilberto Bastos Reis e demais autoridades municipais.

Localizados no bairro Ga-briela, os residenciais são compostos por 920 casas sobrepostas, sendo 28 uni-

dades destinadas a porta-dores de necessidades espe-ciais (PNE). Cada casa tem área privativa de 47 metros quadrados, divididos em dois quartos, sala, banheiro, cozi-nha e área de serviço, com piso cerâmico em todos os ambientes. As unidades estão avaliadas em R$ 57 mil.

Atendendo às exigências de qualidade do Minha Casa, Minha Vida, os residenciais são equipados com infra-estrutura completa, pavi-mentação, redes de água, esgotamento sanitário, dre-nagem, energia elétrica e disponibilidade de acesso ao transporte público, além de disporem de parque infantil e quadra poliesportiva.

EXPEDIENTE

EDIÇÃO

Bruno Mazieri

REPORTAGEM

Bruno Mazieri

Sérgio Victor

FOTOS

Arquivo EM TEMPO

Diego Janatã

REVISÃO

Dernando Monteiro e

João Alves

DIAGRAMAÇÃO

Adyel Vieira

TRATAMENTO DE

FOTOS

Adriano Lima

BRASIL

A presidente Dilma Rousseff esteve presente na entrega das casas em Feira de Santana

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Construtora local aposta em elementos diferenciados O Residencial Piazza Di Fiori é equipado com academia para pessoas da terceira idade, o inusitado Pet Play e itens inéditos

O mercado imobiliá-rio de Manaus está tendo de inovar e se reinventar para

agradar a todos os públicos. Com clientes cada vez mais exigentes e com necessida-des cada vez mais especí-ficas, os novos empreendi-mentos têm sido lançados com diferenciais cada vez mais inusitados, que vão de playgrounds para animais a academias especializadas para a terceira idade.

Um bom exemplo de clien-te exigente é a contadora Célia Lima Lopes, que está a procura de seu primeiro apartamento. Segundo ela, os itens de lazer especí-ficos para crianças serão decisivos no momento da compra. “Minhas duas fi-lhas são pequenas e tem a necessidade de brincar e se divertir com segurança, por isso o ideal é uma área reservada apenas para o pu-blico delas, onde eu possa tomar conta”, afirma.

ElevadoresOutro item que a contado-

ra diz ser imprescindível é a presença de elevadores nos prédios residenciais. “Minha mãe me visita com frequên-

cia e já é uma senhora idosa, seu eu morar em um aparta-mento nos maiores andares, ela terá dificuldade e mesmo que o prédio seja de quatro andares, o item será neces-sário”, completou.

Para a empresária Andréia dos Santos, que planeja mo-rar em um condomínio fe-chado, o ideal é que esses empreendimentos ofereçam novidades exclusivas, para facilitar a escolha dos clien-tes. “Pretendo escolher pe-los itens diferenciados como serviços, área de lazer e ur-banização, além da estrutura é claro”, enfatizou.

Uma boa opção para quem busca esse diferencial é o re-sidencial Piazza Di Fiori. O em-preendimento da construtora Engeco será equipado com uma academia para pessoas da terceira idade, o inusitado Pet Play e itens inéditos no mercado manauara.

Ao todo, o Piazza Di Fio-ri oferecerá ainda 28 itens de lazer como praças de jogos, de leitura, salão de festas, churrasqueira, bici-cletário, pergolados e es-paço gourmet. O decorado pode ser visitado na rua Dom Jackson Damasceno Rodrigues, Flores. O empreendimento que leva assinatura da Engeco, contará com 28 itens de lazer como praças de jogos e salão de festas

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AÇÃO

LANÇAMENTOLocalizados no bairro Gabriela, em Feira de Santana, os residen-ciais são compostos por 920 casa sobres-postas, sendo 28 unidades destinadas a portadores de necessi-dades especiais (PNE)

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3MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

Exclusividade, conforto e bem-estar dentro de casaA Riolax é especialista em vender spas de alta tecnologia com uma variedade de acessórios diferenciados para o cliente

A Riolax inaugurou há 1 ano em Manaus e se especializou na venda de banheiras, ofurôs e

spas de alta tecnologia. A loja faz parte de uma franquia na-cional composta de 25 lojas em todo o país. O diferencial, segun-do o proprietário do segmento em Manaus, Charles Garcia, é a customização e a exclusividade que o cliente pode conseguir nos produtos.

Entre os produtos mais ven-didos da Riolax, Garcia garante que o spa é o favorito dos clientes. “Com tecnologia avan-çada, os spas garantem uma hidromassagem vigorosa ou relaxante por meio de moto-bombas silenciosas e de jatos circulares que massageiam seu corpo de forma inovadora”, ex-plica o proprietário.

Segundo Garcia, a vantagem do produto está no conforto e relaxamento que ele pode ofe-recer ao indivíduo e a família. “Por incrível que pareça, 99% das vendas são com o opcio-nal ‘aquecedor’. Uma verdadeira hidroterapia que aliada à água quente traz excelentes resulta-dos para a saúde, Hoje em dia, o spa é bastante procurado, seguido das banheiras de hidro-massagem e os ofurôs”, diz.

De acordo com o proprietário, o produto pode ser instalado em áreas internas e externas, priorizando a descontração no imóvel ou a privacidade. “A tec-nologia deste produto garante à família momentos especiais dentro de um spa de hidro. Também oferecemos o sistema de cromoterapia que ajuda a harmonizar o organismo, atu-ando do nível físico aos mais sutis, equilibrando corpo, mente e emoções por meio das co-res. Ele pode ser instalado em

jardins, perolados, varandas e gazebos”, esclarece.

As opções que o produto oferece é outra das vantagens que o cliente pode usufruir e customização do spa, com a inclusão de vários acessórios, pode ser um diferencial na hora da compra. “Na hora que o clien-te faz a ordem do pedido, ele já pode escolher quais acessórios combinam com seu estilo de vida e perfi l econômico. Temos uma variedade desses acessó-rios, que incluem frigobar, cuba térmica, cascata, os mencio-nados anteriormente, como o aquecedor e a cromoterapia, o air-blower para a produção

de bolhas, e outros, além das opções de cor”, aponta Garcia.

AcessóriosO proprietário da Riolax afi r-

ma que o acessório mais esco-lhido pelos clientes é o frigobar. Instalado próximo do complexo do Spa, o item agrega con-veniência e entretenimento ao produto fi nal. “Além do conforto experimentado na hidro, o usuá-rio pode ter a sua bebida de pre-ferência ao alcance, sem muito esforço e sem deixar a área. Sem dúvidas, é uma das opções mais visadas no momento da aquisição do produto”.

Charles Garcia, da Riolax, diz que os spas são os favoritos

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INSTALAÇÃODe acordo com Char-les Garcia, da Riolax, o produto pode ser instalado em áreas externas e internas, priorizando a descon-tração no imóvel e, claro, a privacidade dos clientes

Os custos do equipamento são elevados, segundo Charles Garcia. Enquanto as banheiras e ofurôs apresentam valores iniciais de R$ 4 e R$ 5 mil, os spas chegam a custar apro-ximadamente R$ 15 mil em

média. “Sem contar com os acessórios que infl uenciam no preço fi nal. É um item muito exclusivo, com uma durabilida-de e funcionalidade incríveis, e que pode fazer uma grande diferença num imóvel. Não fa-

zemos a instalação, porém, ela não toma muito tempo. Um equipamento modelo ‘Taylor’ pode ser instalado num perío-do de 3 a 4 horas”, assegura.

A Riolax fi ca localizada na rua João Valério, 670, na es-

quina da rua Rio Madeira, Viei-ralves, bairro Nossa Senhora das Graças. Para mais infor-mações (92) 3084-2009 e dú-vidas podem ser esclarecidas pelo [email protected].

Spas em casa podem custar até R$ 15 mil

Tecnologia aliada com conforto e decoração em banheiras

O conforto é umas preocupação do empresário Charles Garcia A marca Riolax possui 25 lojas espalhadas por todo o país

Tendência em todo o mun-do, os spas

em casa estão conquistando

adeptos em Manaus

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4 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

Atualmente, temos nos depara-do com uma infi nidade de ofertas de imóveis à venda, muitos ainda em fase de construção. Como é sabido, não raros são os defeitos encontrados nos imóveis após a entrega, tais como problemas estruturais, rachaduras, infi l-tração nas paredes, etc. Dessa forma, torna-se importante sa-ber o que nosso ordenamento jurídico dispõe sobre a respon-sabilidade dos construtores e, principalmente, o prazo em que é possível reclamar dos vícios eventualmente encontrados.

A partir do momento em que o consumidor recebe o imóvel pronto, começam a valer os prazos de garantia. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece um prazo de 90 dias para defeitos aparentes de fácil constatação. Se o defeito for difícil de se perceber, o prazo de 90 dias somente começa a correr a partir do momento em que se tornar evidente.

No caso de acidentes decor-rentes dos vícios no imóvel e que comprometam a segurança do consumidor, o prazo para pedir indenização pelos danos sofridos na justiça é de cinco anos. Isso signifi ca que, mesmo depois do imóvel pronto e da chave entregue ao comprador, a construtora tem o dever de arcar com os defeitos, chamados vícios de construção, e respon-derá se esses vícios provocarem danos ao consumidor.

Quando o consumidor notar algum defeito no imóvel, como problemas de infi ltração, fi ação elétrica ou rachaduras, deve co-municar à construtora, por carta com aviso de recebimento, a na-tureza e a origem do problema.

A construtora deverá fazer uma inspeção e, constatado que o defeito não foi causado por mau uso ou falta de conservação do imóvel, deverá fazer o reparo. Em casos de problemas nas áreas comuns do edifício, o síndico deve se encarregar de comunicar o caso à construtora.

De acordo com o Art. 618 do Código Civil, o construtor res-ponde pela solidez e segurança da obra pelo prazo de cinco anos: Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou ou-tras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de 5 anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo. Deve-se ressaltar que esse prazo de cinco anos refere-se ao prazo de garantia da construção e não a prazo de decadência ou de prescrição.

Como visto, o construtor res-ponde pela solidez e segurança da obra pelo prazo de 5 anos, nos termos do Art. 618 do Código Civil. Tal prazo é de garantia, o que signifi ca dizer que os defeitos que vierem a surgir no imóvel durante esse o prazo devem ser reparados pelos construtores, que devem ser acionados dentro do prazo prescricional legal.

A construtora deve entregar ao condomínio um jogo comple-to dos projetos em papel e uma versão digital da planta. O pro-prietário deve observar atenta-mente as instruções constantes do Manual do Proprietário, en-tregue com as chaves de seu imóvel, para manter a manu-tenção preventiva em dia e não perder seu direito às garantias contratuais e legais.

Carlos Cé[email protected]

Os imóveis e suas garantias

Carlos Célio é corretor de

imóveis e perito avaliador

Com visto, o construtor responde pela solidez e segurança da obra pelo prazo de 5 anos, nos termos do artigo 618 do Código Civil. Tal prazo é de garantia, o que signifi ca dizer que os defeitos que vierem nesse prazo devem ser aciona-dos dentro da lei”

De acordo com o levantamento, o índice atingiu 83,8 pontos, inferior à média de 121,4. O resultado é o pior desde 2010, segundo a pesquisa do Ibre/FGV

Confi ança da construção cai

O Índice de Confi ança da Construção (ICST) caiu pela terceira vez seguida ao registrar,

em fevereiro, variação de 6,9%. Esse foi o pior desempenho da pesquisa iniciada em julho de 2010, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Ge-tulio Vargas (Ibre/FGV). No mês passado, o ICST foi 6,2%.

De acordo com o levantamen-to, o índice atingiu 83,8 pontos, inferior à média de 121,4. O resultado é o pior desde 2010. Por meio de nota, a coordena-dora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo,

destacou que o resultado refl ete o pessimismo do setor. “Dois pontos vêm se destacando na sondagem da construção: a de-terioração muito rápida e forte da confi ança dos empresários nesses primeiros meses do ano e sua disseminação entre os segmentos do setor”.

Ela observou que esse com-portamento pode refl etir mais um ano de retração da constru-ção civil em 2015. O Índice da Situação Atual (ISA-CST), que registrou baixa de 7,6%, em janeiro, acentuou a queda, em fevereiro, para 9,7% ao atingir 72,7 pontos. O Índice de Expec-

6,9%tativas (IE-CST) recuou 4,6% em fevereiro, com 94,8 pontos, um pouco menos do que em janeiro, quando a variação foi negativa em 5,1%.

O ICST refere-se à pes-quisa da sondagem da construção feita com 702 empresas entre os dias 2 e 20 deste mês. O levantamento serve para moni-torar e antecipar as tendências econômicas e orientar a tomada de decisões dos governos e do setor privado.

P o r Agência Brasil

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AÇÃO

O ICST refere-se à pesquisa da son-dagem da cons-

trução, feita com 702 empresas

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5MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

[email protected]

Arquitetando

O que não poderia faltar em um projetoPaulo Ricardo

Sachs atuante no mercado

nacional de móveis e altadecoração

Todo trabalho, inde-pendentemente do estilo, possui uma marca, uma caracte-

rística que pode ser imper-ceptível por parte do clien-te. Quando falamos em um quarto infantil, se busca a segurança, dentre elas: não mobiliar este espaço com ob-jetos pontiagudos, mesa de atividades na altura correta, papel de parede como reves-timento, para a cada fase de crescimento, deixando mais fácil trocar o tema do quarto a cada ciclo. Dica inteligente!

A arquiteta Anete Perrone diz que funcionalidade plena e respeito ao cliente em relação ao seu gosto e orçamento, são imprescindíveis. A cor para a arquiteta Mylena Bonfi m é algo que não pode faltar, principalmente, no tom ama-relo. Para o arquiteto Sérgio Monteiro de Paula, peças do acervo da família tem de estar presentes e a combinação do

novo, do antigo, do moderno e contemporâneo é “in”.

Darcleine Mainarte, ar-quiteta e urbanista, coloca o vermelho como principal característica em seus proje-tos, traduzindo no vermelho a alegria e o amor. Leila Barakat fala que não pode faltar arte em um projeto. As arquitetas Theka Men-des, Renata Scherer e Larissa Guerra do escritório Espaço Projeto, sinalizam que não pode faltar é um bom projeto luminotécnico.

A iluminação tem o poder de trazer aconchego. Dica importante: optar por lâm-padas e peças de origem desconhecida ou duvidosa, pode trazer prejuízos fi nan-ceiros e ainda não alcançar o efeito desejado. Já para a arquiteta Betinha Valeiko, a alma da casa mora nos de-talhes como fl ores, plantas, o verde. Então verde nunca irá faltar em seus projetos.

Não pode faltar em um bom projeto de arquitetura, urbanismo e paisagismo, o minimalismo”

Cores e suas variantes são indispensáveis para Mylena Bonfi m

Mistura de épocas é essen-cial, segundo Sérgio Mon-teiro de Paula

Theka Mendes e Larissa Guerra afi rmam que lâmpadas e acessó-rios devem ter boa procedência

Peças do acervo da família estão sempre em alta

Leila Barakat considera a arte importante em seus projetosIluminação valorosa compõe o ambiente, diz Renata Scherer

Mercado prevê possível crescimentoNACIONAL

Apesar da crise fi nanceira pela qual passa o Brasil, o mercado imobiliário mantém a expecta-tiva de crescimento constante. Uma prova disso, são os inves-timentos feitos pelo setor e a procura pela compra de imóveis. No ano passado o mercado cres-ceu cerca de 10% em relação a 2013 e neste ano espera-se o mesmo patamar.

Daniele Akamine, sócia-di-retora da Akamines Negócios Imobiliários e advogada es-pecializada em direito civil e penal, afi rma que os negócios estão aquecidos. “Será um ano de ajustes, mas certamente de crescimento. O volume de fi nan-ciamentos imobiliários deixou de se concentrar nos grandes

centros urbanos e se espalhou pelo interior do país”, conta.

Foi por causa deste cenário que a empresa, especializada em facilitar o trâmite burocrático da área imobiliária, inaugurou duas fi liais no Nordeste, uma em Luís Eduardo Magalhães (BA) e outra em Juazeiro do Norte (CE). “O mercado está ganhando robus-tez e desde 2007 a participação do crédito imobiliário no PIB cresceu sete pontos percentuais. Estamos em um período pós-boom imobiliário, o que torna ainda mais importante o serviço de consultoria”, aponta Daniele.

A especialista ressalta que o consultor irá auxiliar o cliente em todas as etapas do processo, inclusive absorvendo parte dos

trabalhos feitos pelas agências bancárias e com um atendimen-to personalizado. A Akamines atua em diversas frentes: como correspondente bancário, análi-se de crédito, identifi cação de riscos jurídicos que possam afe-tar a futura cessão dos recebíveis imobiliários e na consultoria e planejamento tributário. Para Daniele, apesar do cenário eco-nômico instável, a procura pelo crédito continuará a subir.

Entre os destaques, está o programa “Minha Casa, Minha Vida”, que entrará na sua ter-ceira edição em 2015, com a perspectiva de contratar 350 mil unidades ainda no primeiro semestre e um aumento de 15% nos valores de faixa de renda.

Entre os des-taques está o programa

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6 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

Acabamento e refeição encarecem a construçãoO cálculo, feito pelo (Ibre/FGV), mostra que em fevereiro aumentou a intensidade de alta no custo dos materiais

O Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado (INCC-M) variou 0,5% em fe-

vereiro, abaixo do resultado de janeiro (0,7%). Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 6,8%. Em um ano, a mão de obra fi cou 7,73% mais cara e os materiais, equipamentos e serviços, 5,8%.

O cálculo, feito pelo Insti-tuto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), mostra que em fevereiro aumentou a inten-sidade de alta no custo dos materiais, equipamentos e ser-viços (de 0,62% para 0,77%). Essa elevação foi puxada, principalmente, pelos itens de acabamento, com um avanço de 1,24% ante 0,8% registrado em janeiro. Em serviços, os cus-tos com as refeições foram os que mais contribuíram para a alta no setor, ao aumentar, em média, 1,51%, e fi car acima da variação de janeiro (0,18%).

Já em relação à mão de obra, houve alta de 0,26%. Essa va-riação é inferior à de janeiro (0,77%). O resultado refl ete o reajuste salarial da construção civil em Belo Horizonte e as ante-cipações dos reajustes salariais em Porto Alegre e Salvador.

A pesquisa indica que em

cinco das sete capitais onde é feito o levantamento houve au-mento no INCC-M. Em Salvador, o custo variou de 0,35% para 0,69%; em Brasília, de 0,23% para 0,26%; no Rio de Janeiro, de 0,39% para 0,41%; em Porto Alegre, de 0,53% para 1,15%, e em São Paulo, de 0,3% para 0,43%. Nas demais, as altas foram inferiores às do mês pas-

sado: Belo Horizonte (de 3,62% para 0,42%) e no Recife (de 0,34% para 0,3%).

O INCC-M é um dos compo-nentes do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de alu-guel, por exemplo. O resultado de fevereiro refere-se à coleta de preços entre os dias 21 de janeiro e 20 de fevereiro.

Por Agência Brasil O INCC-M é um dos componentes do Índice Geral de Preços do Mercado, usado no reajuste de contratos de aluguel, por exemplo

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PESQUISAO cálculo, feito pelo Ibre/FGV, mostra que em fevereiro aumentou a intensidade de alta no custo dos mate-riais, equipamentos e serviços. As refeições contribuíram para esse aumento

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7MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

‘Casa Nova’ é aposta do mercado local para 2015Evento que será realizado em abril reunirá as construtoras, incorporadoras e imobiliárias para movimentar o setor de imóveis

O Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Amazo-nas (Creci-AM/RR) e

a Rede de Imóveis da Amazô-nia (Rimam) realizam de 10 a 12 de abril , no Centro de Convenções Vasco Vasquez, a “Casa Nova Amazonas 2015”. O evento vai reunir em Manaus as maiores incorporadoras, construtoras e corretoras de imóveis da Região Norte.

A iniciativa conta com o apoio institucional do Sindi-cato da Indústria da Cons-trução Civil do Amazonas (SIinduscon-AM), Associação de Jovens empreendedores do Amazonas (AJE), Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Amazonas (AEAA), Conselho Regional de Engenharia e Ar-quitetura do Amazonas (Crea-AM) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AM).

O mercado imobiliário tem acompanhado a rotina econô-mica e fi nanceira do Brasil. As evoluções conquistadas até agora demonstram o ama-durecimento do mercado e dos profi ssionais que atuam nele. Com a intenção de reu-nir os maiores especialistas do segmento imobiliário, o evento vem apresentar tam-bém, as técnicas utilizadas para otimizar as transações comerciais de sucesso, dentro do Setor Comercial do Estado do Amazonas “Estamos certos de que o evento vai gerar grandes resultados para os parceiros e patrocinadores do evento. Além das imobiliárias e incorporadoras”, disse Lean-dro Dias, diretor de eventos do Creci/AM-RR.

Profi ssionaisA formação, tanto de pro-

fi ssionais quanto de clientes, vai motivar a qualifi cação do mercado e promover a cria-ção de processos de vendas cada vez mais transparen-tes. Dentro do maior evento imobiliário do Amazonas, de-nominado assim em virtude da participação dos maiores operadores do Estado, vai es-tar abrigada a vantagem de encontrar os principais em-preendimentos oferecidos na cidade, o que vai possibilitar a geração de números reais e consolidados para uma pes-quisa mais qualifi cada.

Ofertas e vantagens vão envolver as principais mar-

cas do mercado, contribuindo diretamente na liquidez dos produtos novos, ou estoca-dos das construtoras. Para isso, paralelamente ao evento, palestras serão ministradas por especialistas do mercado nacional com a intenção de agregar valor aos processos de formação de profi ssionais preparados para atender a um mercado muito exigente.

O evento deve movimentar as classes, de A, B, e C. O planejamento de marketing abraça uma campanha que

fl utue no interesse do público-alvo formado, eminentemen-te, por um conjunto de grupos distintos com características semelhantes, que busca o consumo tendo com foco um novo imóvel. O planejamento de marketing desenvolvido para o evento, busca tocar os clientes com tickets médios de consumo a partir de R$ 300 mil, também sendo aberto as oportunidades e vantagens para tickets menores.

Com o perfil de somar todas as oportunidades e vantagens do mercado em um mesmo evento, nosso projeto é desenvolvido para atender à necessidade do consumidor, de uma maneira completa e facilitada.

Durante os dias de realiza-ção do “Casa Nova Amazo-nas 2015”, estarão reunidas no Centro de Convenções, as principais construtoras, in-corporadoras e imobiliárias, que atuam no mercado do Amazonas. É uma oportunida-de imperdível para avaliação das condições privilegiadas que só serão apresentadas durante o evento. Os planos, de pagamento e promoções, terão esses quatro dias para serem colocados à disposição aos clientes interessados em fechar bons negócios.

Além da apresentação nos estandes, paralelamente, as salas do local vão estar re-cebendo nomes importantes do mercado brasileiro para palestras e cursos de atua-lização e qualifi cação com a intenção de dotar o merca-do com níveis de excelência comparado aos grandes mer-cados mundiais, tanto para quem compra quanto para quem vende.

FOCODurante os dias de realização do evento, estarão reunidas as principais construto-ras, incorporadoras e imobiliárias que atuam no mercado do Amazo-nas. É uma oportunida-de imperdível

Durante o evento, cinco food trucks, sendo quatro de alimentação e um de bebi-das, vão estar estacionados no local, oferecendo novida-des gastronômicas e bebidas especiais para quem estiver visitando a feira. Os food trucks tem sido uma “febre mundial, que tem atingido o Brasil em vários estados, com versatilidade e lança-mentos culinários deliciosos. Além disso, as máquinas mais desejadas do mercado de motos vão estar sendo expostas, durante a feira. A Harley Davidson com fábri-ca instalada em Manaus vai

apresentar os modelos mais tradicionais da marca.

O “Casa Nova” traz, ain-da, um espaço inteiramente dedicado à cultura. Música, exposição e apresentações de talentos locais fazem par-te da programação que vai tornar a visitação, durante o evento, um momento único, tanto para fazer bons negó-cios quanto para entreteni-mento com a família, sob a coordenação do Pedagogo e criador do projeto cultural “Curupira”, Helso Brasil.

Para as crianças, um espa-ço especial para as horas de visitação. Enquanto os pais

escolhem entre os vários produtos que serão ofereci-dos, os fi lhos poderão estar no Espaço Kids, em vários brinquedos montados den-tro do Casa Nova.

IngressoA visitação é aberta ao

público, no entanto, com a intenção de apoiar ações que benefi ciam pessoas que precisam muito em projetos sociais, um ingresso solidá-rio estará à disposição para ser adquirido no valor de R$ 5. Todo o dinheiro arre-cadado será doado a uma instituição benefi cente.

Comodidade e diversão no evento

O lançamento do evento foi realizado no início deste ano e contou com empresários locais

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O passo inicial é a definição de uma legislação condizente com as demandas atuais e futuras

Viabilização de reuso depende de legislação

Milhões de brasi-leiros vêm en-frentando uma nova realidade,

até então vivenciada somen-te em uma área delimitada do país. A escassez de chu-vas que marca o semiárido nordestino ameaça algumas das regiões brasileiras mais populosas, como os Estados de São Paulo – incluindo a capital paulista -, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A situação até hoje inima-ginável tem assustado os moradores das cidades que nunca se preocuparam com a falta de água. As razões propagadas são diversas: desde o desmatamento da região amazônica, a qual afeta o clima da região Su-

deste, passando pela seca historicamente prolongada, a falta de investimentos e planejamento por parte dos governantes, o consu-mo per capita crescente, até a despreocupação com o desperdício por parte dos consumidores, trouxeram como consequência a crise hídrica agora vivenciada, sem precedentes em nossa história recente.

Essa condição assusta e tende a levar as pessoas a construírem uma nova visão sobre o uso que se tem feito até o momento desse recurso tão importan-te. Lembrando que vivemos num país privilegiado pela natureza, com grandes e im-portantes recursos hídricos,

e nos vemos agora diante de novos e urgentes desafi os.

A população em geral, empresários, profi ssionais do setor e meio acadêmi-co são chamados a pen-sar em novas soluções, que passam por tecnologias e também por novos há-bitos de consumo, pa-ralelamente à realiza-ção de investimentos públicos voltados à redução de desper-dícios na distri-buição de água e no armazena-mento mais e f i c i en te da água d a s c h u -vas.

Muito se fala em reduzir o tempo no banho, usar a máquina de lavar roupas menos vezes e aproveitar essa água na lavagem de pisos ou na descarga, ins-talar bacias e válvulas de menor consumo, fechar as torneiras durante a esco-vação dos dentes ou na retirada da barba. Todas são ações importantes de conscientização sobre o uso desse bem, porém uma melhor utilização da água passa também pelos segmentos comercial, in-dustrial e agrícola e o reuso de água tratada pode ser uma das soluções, a custos bastante viáveis.

A prática do reuso, já bastante disseminada em países como os Estados Unidos e Cingapura, tem sido mais procurada nos últimos tempos, mas ainda esbarra na falta de legisla-ção, seja em âmbito fede-ral, estadual ou municipal. Atualmente, a falta de pa-râmetros defi nidos em lei para cada fi nalidade de reu-

tilização da água difi culta muito a propagação desta medida, a qual seria um importante instrumento de minimização dos efeitos da escassez de água.

DisponibilidadeO Brasil dispõe de tecnolo-

gias acessíveis e efi cientes para permitir a institucio-nalização de água de reu-so, que se tornam, porém, inviáveis diante das indefi -nições e de parâmetros em voga no mercado, por serem bastante restritivos. Muitos interessados em reutilizar a água tratada, originária de esgoto doméstico, fi -cam sem caminho a seguir e acabam por usar água potável para fi ns menos no-bres como na irrigação de jardins, lavagem de pisos ou descarga sanitária.

Entramos em uma nova era no que se refere à questão hídrica e, por isso, precisamos de uma legis-lação mais coerente com a realidade e as tecnologias disponíveis, que podem

contribuir para diminuir a escassez e garantir o abas-tecimento humano. Portan-to, as indefi nições no que dizem respeito às leis não deveriam inviabilizar os projetos de reutilização.

O reuso pode parecer uma prática distante diante do grande percentual de brasi-leiros que não tem, ao menos, acesso à água encanada ou a esgoto, mas o país têm regi-ões com realidades distintas, cada qual com caminhos di-ferentes a serem tomados. A necessidade, no entanto, é a mesma para todos: acesso à água, que garanta a sobrevi-vência do ser humano.

Por Diego Domingos

Ação pode ajudar a reduzir custos

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