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MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014 (92) 3090-1017 O investidor pode negociar as cotas de um empreendimento por meio da Bolsa de Valores e gerar lucros isentos de impostos Fundo Imobiliário é alternativa para investir em imóveis O Fundo Imobiliário foi estabelecido no Brasil a partir do artigo 3º da lei 8.668 de 1993 e funciona como um meio de se investir em um imóvel por meio de cotas que são negociadas na Bolsa de Valores e fiscaliza- das pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As cotas funcionam como a ação de uma empresa, mas no caso do Fundo Imobiliário, o lucro é gerado a partir de um negócio imobiliário, como hotéis, shoppings, pré- dios comerciais e outros. “Em poucas palavras, é um imóvel de grandes proporções que já gera renda a partir de aluguel dentro deste imóvel e que tem sua propriedade fracionada. Quem detém co- tas do Fundo Imobiliário é praticamente um acionista do imóvel”, explica o espe- cialista em investimentos, Gabriel Pozzetti. Pozzetti, que trabalha em uma empresa credenciada para investimentos em Fun- do Imobiliário em Manaus, aconselha que a prática é recomendada para quem não possui capital suficiente e de- seja adquirir renda imediata no negócio. “É indicado para quem não quer dor de cabe- ça com inquilinos e alugueis atrasados, ou surpresas com eventuais custos de manu- tenção e de venda de imóveis comuns, como a questão da escritura e dos impostos”, diz o profissional. Na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) é possível encontrar mais de 60 fundos imobiliários para investimento, entre eles es- tão empreendimentos como os Shopping Higienópolis e o West Plaza, em São Paulo. “Os preços das cotas variam, de- pendendo do imóvel. É possí- vel encontrar preços por cota de R$ 30 até R$ 600 reais”, aponta Pozzetti. Cadastro De acordo com Pozzetti, para aplicar em um dos fun- dos, o investidor precisa se cadastrar em uma corretora de títulos de valores imobi- liários que está cadastrada na Bolsa de Valores. “Os ban- cos também são cadastrados para realizar essas aplicações em fundos imobiliários, mas as taxas cobradas são caras. O mais aconselhável é procu- rar corretoras cadastradas, que geralmente são filiais que conseguem realizar o pro- cesso. No cadastro é preciso apenas o RG, CPF e preenchi- mento de uma ficha”, diz. O especialista em investi- mentos recomenda que o ca- pital mínimo para se investir e render um bom lucro seria acima de R$ 10 mil. “Com esse valor é possível ter uma renda mensal de R$ 100 por mês. O lucro é proporcional- mente dividido pelo número de cotas. Há variações, mas existem fundos que pagam até 1,29% sobre o valor da cota negociado em Bolsa”, afirma Pozzetti. LUCRO Esse tipo de ação é recomendada para quem não possui capi- tal suficiente e deseja adquirir renda imediata no negócio. A dica é de Gabriel Pozzetti, que trabalha em uma em- presa de investimentos O profissional também esclarece que o mercado para a área dos fundos imobiliários é mais dinâ- mico, tornando possível resgatar o valor investido, caso o cliente se arrepen- da da transação. “É uma das vantagens do negócio. Como as cotas são negocia- das na bolsa, o investidor pode comprar ou vender no mesmo dia, sem longas esperas ou complicações”, ressalta Pozzetti. A prática de aplicar em fundos imobiliários, porém, ainda não é muito usada em Manaus, e um dos mo- tivos é a falta de conheci- mento do negócio, segun- do o especialista. “É uma cultura de investimentos que ainda não está muito disseminada, então mui- tas pessoas desconfiam. Mas, é um negócio devi- damente fiscalizado e que pode gerar frutos se bem administrado”, garante. A empresa Escola de In- vestidores de Gabriel Po- zzetti é uma filial da XP Investimentos, credencia- da a trabalhar com fun- dos imobiliários. O leitor interessado em investir no negócio pode buscar mais informações no número (92) 3642-2100. Área é mais dinâmica, diz profissional O Fundo Imobiliário foi estabelecido no Brasil a partir do artigo 3º da lei 8.668 de 1993 FOTOS: DIVULGAÇÃO

Salão imobiliário - 21 de setembro de 2014

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Salão imobiliário - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Salão imobiliário - 21 de setembro de 2014

MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014 (92) 3090-1017

O investidor pode negociar as cotas de um empreendimento por meio da Bolsa de Valores e gerar lucros isentos de impostos

Fundo Imobiliário é alternativa para investir em imóveis

O Fundo Imobiliário foi estabelecido no Brasil a partir do artigo 3º da lei

8.668 de 1993 e funciona como um meio de se investir em um imóvel por meio de cotas que são negociadas na Bolsa de Valores e fi scaliza-das pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As cotas funcionam como a ação de uma empresa, mas no caso do Fundo Imobiliário, o lucro é gerado a partir de um negócio imobiliário, como hotéis, shoppings, pré-dios comerciais e outros. “Em poucas palavras, é um imóvel de grandes proporções que já gera renda a partir de aluguel dentro deste imóvel e que tem sua propriedade fracionada. Quem detém co-tas do Fundo Imobiliário é praticamente um acionista do imóvel”, explica o espe-cialista em investimentos, Gabriel Pozzetti.

Pozzetti, que trabalha em uma empresa credenciada para investimentos em Fun-do Imobiliário em Manaus, aconselha que a prática é recomendada para quem não possui capital sufi ciente e de-seja adquirir renda imediata no negócio. “É indicado para quem não quer dor de cabe-ça com inquilinos e alugueis atrasados, ou surpresas com eventuais custos de manu-tenção e de venda de imóveis comuns, como a questão da escritura e dos impostos”, diz o profi ssional.

Na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) é possível encontrar mais de 60 fundos imobiliários para investimento, entre eles es-tão empreendimentos como os Shopping Higienópolis e o West Plaza, em São Paulo. “Os

preços das cotas variam, de-pendendo do imóvel. É possí-vel encontrar preços por cota de R$ 30 até R$ 600 reais”, aponta Pozzetti.

CadastroDe acordo com Pozzetti,

para aplicar em um dos fun-dos, o investidor precisa se cadastrar em uma corretora de títulos de valores imobi-liários que está cadastrada na Bolsa de Valores. “Os ban-cos também são cadastrados para realizar essas aplicações em fundos imobiliários, mas as taxas cobradas são caras. O mais aconselhável é procu-rar corretoras cadastradas, que geralmente são fi liais que conseguem realizar o pro-cesso. No cadastro é preciso

apenas o RG, CPF e preenchi-mento de uma fi cha”, diz.

O especialista em investi-mentos recomenda que o ca-pital mínimo para se investir e render um bom lucro seria acima de R$ 10 mil. “Com esse valor é possível ter uma renda mensal de R$ 100 por mês. O lucro é proporcional-mente dividido pelo número de cotas. Há variações, mas existem fundos que pagam até 1,29% sobre o valor da cota negociado em Bolsa”, afi rma Pozzetti.

LUCROEsse tipo de ação é recomendada para quem não possui capi-tal sufi ciente e deseja adquirir renda imediata no negócio. A dica é de Gabriel Pozzetti, que trabalha em uma em-presa de investimentos

O profissional também esclarece que o mercado para a área dos fundos imobiliários é mais dinâ-mico, tornando possível resgatar o valor investido, caso o cliente se arrepen-da da transação. “É uma das vantagens do negócio. Como as cotas são negocia-

das na bolsa, o investidor pode comprar ou vender no mesmo dia, sem longas esperas ou complicações”, ressalta Pozzetti.

A prática de aplicar em fundos imobiliários, porém, ainda não é muito usada em Manaus, e um dos mo-tivos é a falta de conheci-

mento do negócio, segun-do o especialista. “É uma cultura de investimentos que ainda não está muito disseminada, então mui-tas pessoas desconfiam. Mas, é um negócio devi-damente fiscalizado e que pode gerar frutos se bem administrado”, garante.

A empresa Escola de In-vestidores de Gabriel Po-zzetti é uma filial da XP Investimentos, credencia-da a trabalhar com fun-dos imobiliários. O leitor interessado em investir no negócio pode buscar mais informações no número (92) 3642-2100.

Área é mais dinâmica, diz profissional

O Fundo Imobiliário foi estabelecido no Brasil

a partir do artigo 3º da lei 8.668 de 1993

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2 MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014

EXPEDIENTE

EDIÇÃO Bruno Mazieri

REPORTAGEMBruno MazieriSérgio Victor

FOTOSArquivo EM TEMPO

REVISÃODernando MonteiroJoão Alves

DIAGRAMAÇÃOKleuton Silva

TRATAMENTO DE FOTOSKleuton Silva

Oferta de quartos no Rio deve crescer 46% até 2016O aumento, impulsionado pela projeção internacional do Rio, vai se concentrar na Barra, bairro com menos apelo turístico

A oferta de quartos de hotéis no Rio de Janeiro deve aumentar 46% até a Olimpíada, com a construção de 70 empreen-

dimentos na cidade, segundo a Rio Negócios (agência de fomento da pre-feitura). O aumento, impulsionado pela projeção internacional do Rio, vai se concentrar na Barra da Tijuca (42%), bairro com menos apelo turístico que Copacabana e Ipanema.

O ritmo de ampliação da ofer-ta - que cresceu 10% de

2010 a 2013 - preocupa o setor. O presidente da Abih-RJ (Associação da Indústria Hoteleira), Alfredo Lopes, co-gita a possibilidade de quartos fi carem vazios após o evento. “Se não houver trabalho para divulgar mais a cidade, não segurará (a ocupação)”.

A concentração dos empreendimen-tos na Barra é citada por Lopes como outro motivo de receio. “A região ainda é uma desconhecida, até mesmo do carioca”. Menos pessimista, o presi-den te do FOHB (Fórum de Ope-

radores Hoteleiros do Brasil), Roberto Rotter, diz que o Rio tem potencial para evitar a super oferta.

Mesmo assim, prevê que a taxa de ocupação média dos hotéis caia de 70% para 60%, e estima queda nas tarifas. Para discutir essas questões, a Abih-RJ e outras entidades planejam reunião em 2015 com representantes de ex-sedes, como Londres (que recebeu a Olimpíada em 2012) e Barcelona (1992).

Por Folhapress

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Ao todo, 42% desse número vai se concen-trar na Barra da Tijuca

Aneel reajusta energia em SCQuatro cooperativas que

fornecem energia em Santa Catarina terão suas tarifas reajustadas a partir do dia 28 de setembro. Os aumen-tos, autorizados na última se-mana pela Agência Nacional de Energia Elértrica (Aneel), abrange a Cooperativa de Energia Treviso (Certrel), a Cooperativa de Eletricidade Jacinto Machado (Cejama), a Cooperativa de Distribuição de Energia (Cersul) e a Coope-rativa de Eletrifi cação Lauro Müller (Coopermila).

O reajuste médio varia en-tre 0,33% (Certrel) e 17,39% (Cejama). As contas de luz da Coopermila e da Cersul terão

reajustes médios de 15% e 15,19%, respectivamente. Os consumidores de alta tensão da Certrel não terão suas tari-fas reajustadas. Já os de baixa terão aumento de 0,9%. No caso da Cejama, os consumi-dores de alta tensão terão re-ajuste de 16,63%, enquanto os de baixa, vão receber contas reajustadas em 18,31%.

Os consumidores de alta ten-são da Cersul pagarão 14,4% a mais, enquanto os de bai-xa terão reajuste de 16,13%. Já os clientes atendidos pela Coopermila terão aumentos de 13,31% (alta tensão) e de 17,58 % (baixa tensão). Ao todo, 24,4 mil unidades consu-

midoras terão as contas de luz reajustadas: 3,7 mil atendidos pela Certrel no município de Treviso, 4,7 mil pela Cejama em Jacinto Machado, 15 mil péla Cersul em Turvo e 1 mil pela Coopermila no município de Lauro Müller.

Já os cerca de 17 mil mora-dores do município de Morro da Fumaça (SC) vão pagar menos pela energia elétrica, a partir do dia 28 de setem-bro. Com isso, as 11 mil unida-des consumidoras atendidas pela Cooperativa Fumacense de Eletricidade (Cermoful) te-rão uma redução média de 2,54% nas tarifas.

Por Agência Brasil

NACIONAL

As mudanças serão realizadas a partir do dia 28 de setembro em municípios de Santa Catarina

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3MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014

Zona Centro-Sul é a mais procurada para comércioO lançamento de empreendimentos voltados aos negócios, como The Offi ce e Atlantic Tower, fez com que os profi ssionais se concentrassem na região

O centro histórico da ci-dade já foi o lugar mais procurado quando se tratava de comprar

ou alugar uma sala comercial. Porém, com os problemas de infraestrutura que começaram a surgir no local e a criação de empreendimentos voltados aos negócios, os profi ssionais e comerciantes passaram a pen-sar diferente e a buscar outras zonas de Manaus.

Segundo a consultora imobili-ária Jaqueline Andrade, hoje em dia é comum que profi ssionais que busquem salas comerciais, como os dentistas, advogados e contadores, se concentrem na Zona Centro-Sul da cidade, região que abriga prédios como o The Offi ce, The Sky, Atlantic Tower e The Place. “Eles buscam

salas nessas torres pelo confor-to e localização que estes em-preendimentos proporcionam. Devido ao espaço apertado e congestionado, o Centro se tornou muito complicado para eles atuarem, algo que também afetava os clientes”, diz.

Jaqueline informa que a maio-ria dos profi ssionais aluga salas de cerca de 32 metros quadra-dos que podem chegar a preços de R$ 2 mil, além das taxas de condomínio. “Para salas maio-res, como de 60 metros quadra-dos ou 100 metros quadrados, é possível encontrar preços de R$ 5 até 6 mil nos empreen-dimentos como The Sky e The Place”, aponta.

O corretor Joaquim Caetano afi rma que para a compra ou aluguel de casas que podem se

tornar clínicas, escritórios, res-taurantes ou salões de beleza, o bairro Vieiralves é a região mais procurada. “Com o passar dos anos, os habitantes do Vieiralves passaram a vender suas casas e a tornar o bairro essencial-mente comercial. Para aluguel, os preços fi cam entre R$ 1.200 até R$ 6 mil. Já para compra, os preços são de R$ 600 mil para cima. Se o imóvel estiver numa rua principal e for de esquina, o preço chega a R$ 1 milhão. Geralmente, a metragem é aci-ma de 200 metros quadrados”, alega o corretor.

Caetano ressalta que, no mo-mento, o bairro é um bom inves-timento e que a procura pelas casas está maior que as salas comerciais na região. “As casas que foram transformadas em

centros comerciais, com salas de 30 a 45 metros quadrados, tiveram suas galerias fechadas porque os lojistas não conse-guiam pagar o aluguel, que fi cou muito caro. Para um investidor, é melhor buscar casas que dão um retorno de 1% do valor da compra no aluguel. Se você compra de R$ 600 mil e tem um retorno de R$ 6 mil por mês é considerado um bom negócio”, explica.

Para áreas comerciais, o cor-retor esclarece que, atualmente, a cidade dispõe de diversas regiões e que elas comparti-lham do mesmo preço por metro quadrado. “Uma área comercial é aquela que concentra vários serviços no mesmo lugar, como bancos, feiras, shoppings etc. O preço encontrado na Djalma

Batista, na Zona Centro-Sul, na Rua Amazonas da Zona Oeste e na Grande Circular, Zona Leste, acaba sendo o mesmo preço pela área ao redor, que pode chegar de R$ 500 a 1500 por metro quadrado”.

De acordo com Caetano, um lojista que procura um espaço para um grande comércio alu-ga metragens de 500 metros quadrados, com um preço em média de R$ 15 mil. Já para uma loja menor, que chega a ter de 30 a 40 metros qua-drados, os preços variam de R$ 3 a 4 mil nessas regiões. “A localização desses empre-endimentos garante o lucro desses proprietários e mantém o preço elevado tanto para aluguel como para a compra”, assegura o corretor.

O The Offi ce é outro empre-endimento bastante procura-do com intuito comercial

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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4 MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014

Após acompanhar vários clien-tes em vistorias, criei um check list com 50 itens prometidos no memorial descritivo da obra e um kit de utensílios: balde, rodo, toalha, fi ta métrica, entre outros. O resultado de uma visto-ria cuidadosa é a descoberta de vários vícios, ainda não encontrei nenhuma vistoria sem nenhuma observação. O objetivo da visto-ria é, na verdade, simples: vê em detalhes o imóvel, à procura dos chamados vícios aparentes, ou seja, defeitos visíveis.

A primeira dica é nunca ir so-zinho e apressado, se possível vá com o seu corretor. Fotogra-fe cada detalhe duvidoso para usar como prova do estado do imóvel. Com uma trena, meça todo o apartamento, qualquer diferença na metragem ca-racteriza vício e pode resultar em indenização.

Veja se interruptores, tomadas, pontos de luz, de telefone e de antena de TV estão nos locais corretos. Todos os circuitos estão indicados no quadro de luz? Com um carregador de celular, confi ra o funcionamento das tomadas. Use um soquete e uma lâmpada de 220v: se a intensidade da luz for fraca, é sinal de que a toma-da é 110v. Se estiver normal, é 220v. Verifi que a campainha. Se o apartamento ainda não tiver energia quando for vistoriá-lo, mencione isso no termo. E pro-ponha uma nova visita para conferir os itens anteriores.

Abra todas as torneiras para ver se estão funcionando e se a água escoa corretamente – um ponto do qual quase não sai água pode indicar problemas na tubulação. Se tiver aquecimen-to nas pias (do banheiro e/ou

da cozinha), cheque se a água aquece bem. Quando as torneiras estiverem abertas, olhe sob a pia ou a bancada: existe algum gotejamento no sifão ou nos fl exíveis dos metais? Aperte a válvula de descarga dos vasos sa-nitários, reparando na pressão e na quantidade de água e também em possíveis vazamentos.

Acione todas as torneiras e descargas ao mesmo tempo para verifi car a pressão da água. Se estiver baixa, questione o técnico que acompanha a vistoria. Nos ambientes com ralo, confi ra o cai-mento do piso: use um balde para despejar água no chão e observe se ela corre para o ralo.

Observe as paredes contra a luz: se a textura e a cor da pintura forem homogêneas, está tudo certo. Bata de leve nas placas para descobrir se foram bem assentadas: caso o som seja oco, elas correm o risco de se desprender, então solicite o reparo.

Cheque se janelas e portas se movimentam de forma adequa-da e sem ruídos – e se podem ser fechadas delicadamente. Não se esqueça de testar as fechaduras pelos lados de dentro e de fora de cada cômodo. Previna-se de infi ltrações checando se as jane-las estão bem vedadas – elas não podem deixar passar o vento.

Cheque o piso: verifi que o des-nível, uma bolinha de gude tam-bém ajuda a perceber diferenças. Olhe para cima: se o forro for de gesso e apresentar manchas ou umidade, é sinal claro de vaza-mento. Cheque se a distribuição das vagas de garagem é igual à prometida e se nada atrapalha seu veículo. Faça isso e evite aborrecimentos futuros.

Carlos Cé[email protected]

Vistorias: o que preciso saber e fazer?

Carlos Célio é corretor de

imóveis e perito avaliador

Observe as paredes contra a luz: se a textu-ra e a cor da pintura forem ho-mogêneas, está tudo certo. Bata de leve nas placas para descobrir se foram bem assentadas: caso o som seja oco, elas correm o risco de se despren-der”

Tecnisa tem lucro recordeVolume de repasses cresce 182%, margem bruta a apropriar atinge 44% e o lucro líquido foi recorde, atingindo R$ 80 milhões no segundo trimestre desse ano. A companhia entregou sete empreendimentos somente nesse período

A Tecnisa divulgou os resultados do segun-do trimestre de 2014 (2T14). A receita lí-

quida atingiu R$ 503 milhões no período - crescimento de 35% na comparação com o trimestre anterior, totalizan-do R$ 875 milhões no primei-ro semestre. O lucro líquido foi recorde, atingindo R$ 80 milhões no 2T14 e represen-tando uma margem líquida antes de minoritários de 20%. O retorno sobre o patrimônio (“ROE”) anualizado da compa-nhia foi de 25%. Ajustado pelo pagamento de R$ 84 milhões a título dividendos no período, a geração de caixa totalizou R$ 12 milhões no 2T14.

“Os resultados da Tecnisa são consistentes. São seis tri-mestres consecutivos de lu-cros e, neste último trimestre, estabelecemos um novo recor-de. Estamos muito satisfeitos com o que temos conquistado e queremos mais”, afi rma Vas-co Barcellos, diretor fi nanceiro da Tecnisa. No período, foram lançados quatro empreendi-mentos, sendo dois da linha Premium - mais especifi ca-mente as torres da 2ª fase do bairro Jardim das Perdizes - e dois da linha Flex, totalizando R$ 353 milhões - crescimen-to de 214% em relação ao 1T14. O acumulado do ano soma R$ 465 milhões.

As vendas contratadas, líquidas de distratos, repre-

sentaram R$ 215 milhões no 2T14, com aumento de 35% em relação ao trimestre an-terior. No primeiro semestre de 2014, totalizaram R$ 374 milhões. A receita líquida atingiu R$ 503 milhões no 2T14 - crescimento de 35% na comparação com o 1T14 -, totalizando R$ 875 milhões no primeiro semestre.

No 2T14, a margem bruta ajustada atingiu 43%, 6 pon-

tos percentuais superior em relação ao 1T14. A margem bruta a apropriar (REF) ele-vou três pontos percentuais e 0,8 pontos percentuais em relação ao 2T13 e 1T14, respectivamente, atingindo 44% no 2T14.

A companhia entregou sete empreendimentos no 2T14, totalizando 1540 unidades e correspondendo a um VGV de R$ 343 milhões. No acumula-do do ano, as entregas totali-

zaram R$ 728 milhões, em li-nha com o realizado no mesmo período do ano passado. Em relação ao repasse de unida-des a instituições fi nanceiras, no 2T14, foram repassadas 746 unidades, o equivalente a R$ 153 milhões, aumento de 182% em relação ao 1T14. A Tecnisa encerrou o segundo trimestre de 2014 com uma posição consolidada de caixa (Disponibilidades e Aplicações Financeiras) de R$ 411 mi-lhões, volume 31% superior ao registrado no 1T14.

EmpresaCom 36 anos de ativida-

de, a empresa é uma das maiores e mais inovadoras empresas do mercado imobi-liário brasileiro, e está entre as cinco maiores do mercado paulistano. Além de atuar de forma integrada (incorpora-ção, construção e vendas), tem como diferenciais a forte re-putação, foco no atendimento ao cliente e qualidade de seus produtos, vendas pela internet e consistente rentabilidade.

A Tecnisa integra o Novo Mercado da Bovespa e par-ticipa nos índices Brasil 100 (IBRX100), Imobiliário (IMOB), Small Cap (SMLL), Setor In-dustrial (INDX), Governança Corporativa Trade (IGCT), Tag Along Diferenciado (ITAG), Governança Corporativa Dife-renciada (IGC) e é negociada com o código TCSA3.

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O Le Boulevard é um dos empreendimentos de Manaus que levam a assinatura da Tecnisa

QUANTIDADE

7foram entregues somente neste segundo semestre, segundo dados divulgados pela própria empresa

EMPREENDIMENTOS

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5MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014

Mercado imobiliário pode permanecer estável em SPEspecialista defende setor mais constante e gradual na capital paulista, considerado por ele como “positivo”

O mercado imobiliário da capital paulista pode continuar es-tável neste segundo

semestre de 2014. Segundo especialistas da Qualiti Imó-veis, consultoria imobiliária com 19 anos de atuação, o momento é positivo, porém, segue mais constante e gra-dual na cidade.

Para o diretor da Qualiti Imó-veis, Fabiano Neaime, após a Copa o cenário tem sido posi-tivo. “Houve uma recuperação do mercado no que se refere à realização de venda e loca-ções. Para este segundo se-mestre, não teremos aumento e nem queda acentuada na comercialização de imóveis. O mercado vai continuar seu curso, mas em uma velocidade mais constante e gradual”, afi rma. “No caso de variáveis drásticas ou acentuadas, o mercado de crédito imobiliá-rio e emprego na construção civil são os mais atingidos, tanto pelo lado positivo quan-do negativo”, completa.

VendaPara venda de imóveis, com

a estabilidade e o crescimento gradual do valor dos imóveis, as negociações de vendas estão mais reais e positivas

para vendedores e comprado-res. “Sempre há bons negócios para comprar e vender, pois a venda hoje é real e não espe-culativa”, explica Neaime.

Já para locação, o número de imóveis novos no mercado tem possibilitado o valor da locação e a aceitabilidade por parte dos locatários que, atualmente, buscam qualidade, localização

e bom preço. “Deixar o imóvel bem apresentado, limpo e com a documentação regular sem-pre facilitará a venda ou a lo-cação. Outro ponto importante é oferecer soluções, como as-sessoria jurídica para análise de documentação do imóvel e do vendedor, além da apro-vação do crédito imobiliário, caso seja necessário realizar a compra com fi nanciamento

bancário”, explica Neaime.

EmpresaCom 19 anos de atuação no

mercado imobiliário, a Quali-ti Imóveis é especializada na venda, locação e administra-ção de imóveis nacionais e no exterior. No Brasil, comerciali-za imóveis nos bairros de Mo-ema, Campo Belo, Itaim-Bibi, Vila Olímpia, Vila Nova Concei-ção, Brooklin, Chácara Santo Antônio, Vila Mascote e Alto da Boa Vista. Já no exterior, atua em cidades como Miami e Orlando, locando e venden-do imóveis para temporada, férias e moradia. Além disso, também oferece administra-ção de locação imobiliária.

A Qualiti Imóveis também é uma das responsáveis por pesquisas, estudos e levan-tamentos de dados do setor, contribuindo, assim, como grande produtora de conteúdo do mercado imobiliário.

Atualmente, a Qualiti Imó-veis está localizada no bairro de Moema, em São Paulo, e oferece estrutura completa com departamento jurídico próprio e mais de 30 cor-retores de imóveis disponí-veis para atendimento aos clientes. Informações: www.qualitiimoveis.com.br.

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Deixar o imóvel bem apresentado, limpo e com documentação regular facilita na hora da venda

VELOCIDADESegundo Fabiano Neaime, diretor da Qualiti Imóveis, o mercado vai continuar seu curso, mas em um velocidade mais cons-tante e gradual. Tudo isso devido a uma re-cuperação do mercado

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6 MANAUS, DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014

Amazonense se destaca no mercado de OrlandoPor meio da prática “Flip”, Alex Ferreira consegue lucrar reformando casas abandonadas nos Estados Unidos da América

Há 2 anos, Alex Ferreira decidiu se mudar para os Estados Unidos em busca de novas opor-

tunidades e melhores serviços públicos. Chegando ao país, o amazonense encontrou um cenário que havia acabado de sofrer uma das maiores reces-sões econômicas da história, que havia começado, inclusive, no mercado imobiliário.

“O que eu escutava no Brasil era totalmente diferente do que encontrei por aqui. Lendo os jornais, eu pensava que to-dos haviam perdido o emprego, mas o principal ponto era que as casas estavam se desvalori-zando e a maioria das pessoas estava devolvendo as proprie-dades para o banco e indo morar de aluguel”, explica.

Porém, Alex enxergou uma oportunidade que estava sendo pouco explorada no Estado de Flórida, mais especifi camente na cidade de Orlando, onde ele se estabeleceu. “As empresas grandes estavam parando de construir e não se interessa-vam pelas casas abandonadas, que muitas das vezes são da década de 50 ou 60. Foi quan-do decidi abrir meu negócio”, conta o amazonense.

Por meio da prática “Flip”, que se assemelha a expressão

“pulo”, Alex começou a pesquisar casas abandonadas e a refor-mar essas propriedades para colocá-las no mercado mais uma vez. “O “Flip” tradicional por aqui é aquele onde apenas se maquia a casa com mate-riais baratos, vendendo muito rápido, em cerca de dois a três meses. Já o meu “Flip” é um projeto de 6 a 8 meses até a venda, com um trabalho de qualidade e que dá um bom lucro”, esclarece Alex.

O amazonense procura casas com uma faixa de preço que pode ir de U$ 30 mil até U$ 150 mil e, após os trabalhos de reforma, consegue vendê-las por cerca de U$ 200 mil. “Tento vender sempre abaixo de U$ 250 mil porque acima desse valor os fi nanciamentos fi cam mais difíceis pelos bancos daqui que ainda são rigorosos nos créditos devido à crise. A reforma dura de um a dois me-ses dependendo do tamanho da casa e do que é preciso reformar dentro e fora do imóvel. Em cerca de três a cinco meses eu consigo uma venda”, diz.

Alex conta que cada pro-priedade é um caso diferente, quando se trata da reforma. As avarias no imóvel podem ir desde a piscina, até a lareira e o sistema de tubulação da casa.

“Porém, os itens mais caros do processo são a cozinha e o banheiro da suíte do casal, é o que os compradores mais olham. No caso da cozinha, a maioria das casas que acha-mos usa compensado lamina-do, que não é de qualidade, além de armários antigos. Já no banheiro, precisamos focar no piso e revestimento”, res-salta o amazonense.

AlvoO público-alvo de Alex são os

trabalhadores classe média de Orlando, que buscam casas com uma faixa de preço mais aces-sível. “Quando turistas decidem comprar um imóvel na cidade, até mesmo brasileiros, eles ge-ralmente buscam casas mais luxuosas pois têm um poder aquisitivo elevado. Geralmente, as casas que reformo agradam mais as pessoas que moram e trabalham na cidade”, aponta.

O amazonense revela que pretende continuar trabalhan-do na área apesar de que o mercado imobiliário da região esteja ganhando fôlego mais uma vez, valorizando as casas. “As empresas estão começando a construir a todo vapor e, em 2 anos desde que cheguei, os preços dos imóveis já subiram 20%. Porém, ainda é um nicho

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Após a reforma, um imóvel que custou US$ 30 pode chegar em até US$ 200 mil

As reformas são parte do investimento reali-zado pelo amazonense Alex Ferreira

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Investir em imóveis para alugar: uma ótima opçãoInvestir em imóveis para

alugar vem se tornando cada vez mais comum na vida dos manauenses, pois

signifi ca uma ótima opção de investimento, aliada à segu-rança e garantia de retorno fi nanceiro. Quem garante é o presidente do Sindicato da In-dústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon – AM), Eduardo Lopes.

De acordo com ele, a com-pra de imóveis é hoje um dos investimentos mais seguros do mercado por uma série de fatores como valorização e retorno a médio prazo. “In-vestir na compra com foco no aluguel garante um retorno fi nanceiro certeiro para o comprador. Isso sem falar em questões de valorização”, afi rmou o presidente.

Segundo ele, os benefícios são ainda maiores ao se ad-quirir um imóvel na planta. “Quando se compra algo que ainda será construído, existe a facilidade no pagamento. Quando o comprador real-mente começar a pagar o fi nanciamento do bem adqui-rido, o próprio aluguel pode ser usado para a quitação da dívida. Ou seja, ele acaba se pagando sozinho”, explica.

Eduardo afi rma ainda que atualmente o retorno deste investimento é inversamente proporcional ao valor do bem. Assim, quanto mais simples e modesto o investimento, maior a rentabilidade. “Po-demos dizer que empreendi-mentos de menor valor, mas com fatores atrativos como localização e opcionais geram maior rentabilidade que itens de alto padrão”, garante.

O corretor de imobiliário An-drei Machado concorda com o presidente afi rma que apesar dos benefícios evidentes, é preciso muito cuidado na hora

de investir, pois o retorno do investimento virá por meio da valorização do imóvel.

“O ideal é fi car atento na variação de preço do metro quadrado dos imóveis. Na hora de investir, é necessário analisar se o objetivo é viver de renda, ou se sua intenção é lucrar com a valorização da propriedade. Isso porque, dependendo do seu objetivo, a escolha do imóvel vai ser distinta. Para quem quer viver de renda, o melhor é optar

por imóveis menores, como apartamentos de um dormi-tório, preferencialmente com vaga de garagem. Este tipo de imóvel tem grande liquidez e é facilmente alugado ou vendido”, afi rma Andrei.

Como investirDe acordo com a gerente

de marketing da Engeco, Jória Said Guerreiro, para quem deseja obter lucro sobre o valor de compra, o segredo é fazer uma boa escolha na hora de adquirir o imóvel. “Geralmente os clientes que pretendem investir procuram em regiões com tendência a forte valorização, bairros onde serão construídos sho-ppings e centros comerciais, cuja tendência é valorizar os imóveis num curto prazo”, explica a gerente.

O condomínio Piazza Di Fiori leva assinatura da Engeco e tem sido bastante procurado por investidores amazonenses

Tal ação tem se tornado cada vez mais comum, segundo informações de Eduardo Lopes, presidente do Sinduscon-AM

Imóveis, alvos de investidores

VALORESO presidente do Sin-duscon-AM afi rma que, atualmente, o retorno deste tipo de investi-mento é inversamente proporcional ao valor do bem. Assim, quanto mais simples o investimento, maior a rentabilidade

O residencial Smart está entre sugestões de investimento

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Entre os empreendimen-tos da Engeco apontados pela gerente como princi-pais alvos de investidores, Piazza Di Fiori se destaca por suas opções de lazer, que incluem desde pisci-nas para o público adulto e infantil a um espaço exclusivo para animais, no bairro de Flores, o que garante também uma boa localização e valorização.

Outro empreendimen-to apontado por ela é o comercial The Offi ce.

Com salas exclusivas e um dos metros quadra-dos mais valorizados da cidade, o produto vem se destacando na cidade no mercado de prédios em-presariais. “Clientes bus-cam a compra das salas para obterem um retorno rápido e satisfatório com o aluguel das mesmas”, explica Jória. Além destes, ela destaca ainda empre-endimentos como o Re-sidencial Smart, Garden Club e Family.

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Governo amplia Minha Casa, Minha Vida

CASA DO AZULEJO

O programa Minha Casa, Minha Vida deve contratar 350 mil unidades habi-

tacionais a mais no primeiro semestre de 2015. A amplia-ção do programa foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, pela ministra do Planejamento, Miriam Bel-chior, e pelo presidente da Câmara Brasileira da Indús-tria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.

De acordo com Mantega, a medida mais importante é a manutenção das regras da segunda fase do Minha Casa, Minha Vida, que acaba no fi m do ano, para a terceira fase do programa, que começa em 2015 e vai até 2018. Segundo o ministro, a manutenção das regras permitirá que a con-tratação de fi nanciamentos não seja interrompida de um ano para outro.

“As empresas têm de se pre-parar, comprar terrenos e ela-borar projetos. Vamos manter a maior parte das regras em vigor, de modo que não haja difi culda-des e possamos ganhar tempo, contratando 350 mil unidades no primeiro semestre de 2015”, declarou Mantega.

Segundo o presidente da CBIC, a continuidade do pro-

grama habitacional evitará a demissão de pelo menos 500 mil trabalhadores envolvidos diretamente nas obras do pro-grama. “As empresas podem entrar na Caixa (Econômica Federal) e pedir a análise dos projetos ainda neste ano para que os fi nanciamentos possam ser concedidos a partir de janei-ro”, explicou. Martins lembrou que, da primeira para a segunda fase do programa, a concessão de fi nanciamentos fi cou parali-sada por dez meses.

Além da manutenção das regras do Minha Casa, Minha Vida, o governo anunciou a prorrogação, por mais 4 anos, do regime especial de tributa-ção dos empreendimentos do programa. Os imóveis de até R$ 100 mil pagam 1% do fatu-ramento para quitar quatro tri-butos: Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofi ns), Imposto de Ren-da e contribuições sociais. Sem o regime especial, a alíquota corresponderia a 6%.

A segunda fase do programa, informou Mantega, fi nanciou 2,550 milhões de unidades até agora. Mais 200 mil imóveis devem ser contratados até o fi m do ano, alcançando a meta de 2,750 milhões prevista para

o programa habitacional. A ter-ceira fase do programa, que começará em 2015, tem como meta fi nanciar a construção de 3 milhões de unidades, já incluídas as 350 mil anunciadas hoje.

O presidente da CBIC disse que o governo concordou em criar grupos de trabalho para discutir a criação de uma faixa intermediária de benefi ciários do Minha Casa, Minha Vida. Atu-almente, o programa é dividido em duas categorias. As famílias com renda até R$ 1,6 mil pagam prestação de R$ 80 mensais. As famílias que ganham mais de R$ 1,6 mil pagam R$ 300. “Sem dúvida, há a necessidade de uma faixa de transição para que o valor da prestação não suba tanto de uma categoria para outra”, defendeu.

Martins disse ainda que a entidade pediu mudanças no programa de concessões de rodovias, portos, ferrovias e aeroportos, de modo a que favoreçam a contratação de empresas de médio porte. “O modelo precisa sofrer adap-tações para que mais em-presas possam participar das licitações”, destacou. Entre as sugestões, está a divisão dos projetos em lotes.

Por Agência Brasil

Governo amplia Minha Casa, Minha Vida

O programa poderá contar com algumas alterações no que diz respeito às construtoras envolvidas

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De acordo com o ministro da Fazenda, 350 mil habitações serão entregues em 2015

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