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SUMÁRIO 1 - O QUE É HERESIA?............................................................................................... 3 2 - CATOLICISMO ROMANO ....................................................................................... 4 2.1. RESUMO HISTÓRICO .................................................................................................. 4 2.2. PAGANIZAÇÃO DA I GREJA ROMANA ............................................................................... 5 2.3. É PEDRO O FUNDAMENTO DA I GREJA?.......................................................................... 6 2.4. O PURGATÓRIO.......................................................................................................... 8 2.5. A TRADIÇÃO E A BÍBLIA ............................................................................................ 10 2.6. A VIRGEM MARIA ..................................................................................................... 11 2.7. A MISSA ................................................................................................................. 12 3 - O ESPIRITISMO................................................................................................... 14 3.1. RESUMO HISTÓRICO ................................................................................................ 14 3.2. SUBDIVISÕES DO ESPIRITISMO................................................................................... 14 3.3. A TEORIA DA REENCARNAÇÃO ................................................................................... 16 3.4. UMA TEORIA ABSURDA ............................................................................................. 17 3.5. A I NVOCAÇÃO DOS MORTOS ...................................................................................... 17 3.6. SAUL E A MÉDIUN DE EN-DOR .................................................................................. 18 3.7. VOCABULÁRIO ESPÍRITA ............................................................................................ 19 3.8. O ESPIRITISMO E AS SUAS CRENÇAS .......................................................................... 20 4 - O EVOLUCIONISMO............................................................................................. 22 4.1. CONCEITO DA ORIGEM DO HOMEM ............................................................................ 22 4.2. ARGUMENTOS CONTRA O EVOLUCIONISMO .................................................................. 23 4.3. O HOMEM FOI CRIADO POR DEUS.............................................................................. 24 5 - O HOMEM, IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS .................................................. 25 5.1. O HOMEM, IMAGEM DE DEUS ................................................................................... 25 5.2. O HOMEM, SEMELHANÇA DE DEUS ............................................................................ 26 6 - O NEOMODERNISMO TEOLÓGICO....................................................................... 26 6.1. A TEOLOGIA DE KARL BARTH .................................................................................... 27 6.2. A DOUTRINA NEOMODERNISTA .................................................................................. 27 7 - UMA SOLENE ADVERTÊNCIA .............................................................................. 30 7.1. EVITANDO OS FALSOS TEÓLOGOS .............................................................................. 30 8 - COMUNISMO MARXISTA ..................................................................................... 31 8.1. A RADICAL MUDANÇA............................................................................................... 32 8.2. VÍTIMA DA FALSA TEOLOGIA ...................................................................................... 32 8.3. O QUE PREGA O MARXISMO ...................................................................................... 32 8.4. O MARXISMO E O PROBLEMA DA LIBERDADE ............................................................... 33 8.5. MARXISMO VERSUS I GREJA ....................................................................................... 33 9 - OPÇÃO PELA DEMOCRACIA E PELA LIBERDADE ................................................ 34 9.1. A DEMOCRACIA GARANTE A LIBERDADE DE CULTO....................................................... 35 9.2. PORQUE PREFERIR A DEMOCRACIA ............................................................................ 35 10 - O RACIONALISMO CRISTÃO ............................................................................ 36 10.1. A PROPOSTA DO RACIONALISMO CRISTÃO.................................................................... 36 10.2. A DOUTRINA RACIONALISTA....................................................................................... 37 10.3. PROPAGAÇÃO DO RACIONALISMO CRISTÃO .................................................................. 37 10.4. AS SEÇÕES DE LIMPEZA PSÍQUICA ............................................................................. 37 10.5. DOUTRINA RACIONALISTA.......................................................................................... 38 10.6. O RACIONALISMO CRISTÃO DESMASCARADO ............................................................... 41

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SUMRIO 1 -O QUE HERESIA?...............................................................................................3 2 -CATOLICISMO ROMANO .......................................................................................4 2.1.RESUMO HISTRICO .................................................................................................. 4 2.2.PAGANIZAO DA IGREJA ROMANA ............................................................................... 5 2.3. PEDRO O FUNDAMENTO DA IGREJA?.......................................................................... 6 2.4.O PURGATRIO.......................................................................................................... 8 2.5.A TRADIO E A BBLIA ............................................................................................ 10 2.6.A VIRGEM MARIA..................................................................................................... 11 2.7.A MISSA................................................................................................................. 12 3 -O ESPIRITISMO...................................................................................................14 3.1.RESUMO HISTRICO ................................................................................................ 14 3.2.SUBDIVISES DO ESPIRITISMO................................................................................... 14 3.3.A TEORIA DA REENCARNAO ................................................................................... 16 3.4.UMA TEORIA ABSURDA............................................................................................. 17 3.5.A INVOCAO DOS MORTOS ...................................................................................... 17 3.6.SAUL E A MDIUN DE EN-DOR .................................................................................. 18 3.7.VOCABULRIO ESPRITA............................................................................................ 19 3.8.O ESPIRITISMO E AS SUAS CRENAS .......................................................................... 20 4 -O EVOLUCIONISMO.............................................................................................22 4.1.CONCEITO DA ORIGEM DO HOMEM ............................................................................ 22 4.2.ARGUMENTOS CONTRA O EVOLUCIONISMO.................................................................. 23 4.3.O HOMEM FOI CRIADO POR DEUS.............................................................................. 24 5 -O HOMEM, IMAGEM E SEMELHANA DE DEUS ..................................................25 5.1.O HOMEM, IMAGEM DE DEUS ................................................................................... 25 5.2.O HOMEM, SEMELHANA DE DEUS............................................................................ 26 6 -O NEOMODERNISMO TEOLGICO.......................................................................26 6.1.A TEOLOGIA DE KARL BARTH .................................................................................... 27 6.2.A DOUTRINA NEOMODERNISTA .................................................................................. 27 7 -UMA SOLENE ADVERTNCIA ..............................................................................30 7.1.EVITANDO OS FALSOS TELOGOS .............................................................................. 30 8 -COMUNISMO MARXISTA.....................................................................................31 8.1.A RADICAL MUDANA............................................................................................... 32 8.2.VTIMA DA FALSA TEOLOGIA...................................................................................... 32 8.3.O QUE PREGA O MARXISMO...................................................................................... 32 8.4.O MARXISMO E O PROBLEMA DA LIBERDADE............................................................... 33 8.5.MARXISMO VERSUS IGREJA ....................................................................................... 33 9 -OPO PELA DEMOCRACIA E PELA LIBERDADE................................................34 9.1.A DEMOCRACIA GARANTE A LIBERDADE DE CULTO....................................................... 35 9.2.PORQUE PREFERIR A DEMOCRACIA ............................................................................ 35 10 -O RACIONALISMO CRISTO............................................................................36 10.1.A PROPOSTA DO RACIONALISMO CRISTO.................................................................... 36 10.2.A DOUTRINA RACIONALISTA....................................................................................... 37 10.3.PROPAGAO DO RACIONALISMO CRISTO .................................................................. 37 10.4.AS SEES DE LIMPEZA PSQUICA ............................................................................. 37 10.5.DOUTRINA RACIONALISTA.......................................................................................... 38 10.6.O RACIONALISMO CRISTO DESMASCARADO ............................................................... 41 RELIGIES E SEITAS - 2 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] 11 -O ECUMENISMO.............................................................................................. 45 11.1.PROPSITO DO ECUMENISMO .................................................................................... 45 11.2.ALCANCE DO ECUMENISMO....................................................................................... 46 11.3.OBJEES AO CMI E AO ECUMENISMO ...................................................................... 46 12 -PENTECOSTALISMO ....................................................................................... 47 12.1.CONGREGAO CRIST NO BRASIL............................................................................. 47 12.2.ASSEMBLIA DE DEUS.............................................................................................. 47 12.3.EVANGELHO QUADRANGULAR.................................................................................... 47 12.4.DEUS AMOR......................................................................................................... 48 12.5.CRISTOS INDEPENDENTES ....................................................................................... 48 13 -PROTESTANTISMO......................................................................................... 49 13.1.PROTESTANTISMO HISTRICO.................................................................................... 49 13.2.LUTERANOS ............................................................................................................ 49 13.3.METODISTAS........................................................................................................... 49 13.4.PRESBITERIANOS ..................................................................................................... 50 13.5.BATISTAS................................................................................................................ 50 14 -SEITAS ........................................................................................................... 50 14.1.O QUE UMA SEITA? .............................................................................................. 50 14.2.TCNICAS DE RECRUTAMENTO................................................................................... 52 14.3.POR QUE ALGUM SEGUIRIA UMA SEITA?................................................................... 52 14.4.COMO AS PESSOAS SO MANTIDAS NA SEITA?.............................................................. 52 14.5.COMO PODEMOS TIRAR ALGUM DE UMA SEITA? ......................................................... 53 RELIGIES E SEITAS - 3 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] 1 -O QUE HERESIA? Heresia deriva da palavra grega hiresis e significa: "escolha", "seleo", "preferncia". Da surgiu a palavra seita, por efeito de semntica. Do ponto de vista cristo, heresia o ato de um indivduo ou de um grupo afastar-se doensinodaPalavradeDeuseadotaredivulgarsuasprpriasidias,ouasidiasde outrem, em matria de religio. Em resumo, o abandono da verdade. O termo hiresisaparece no original em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22. Por sua vez, "heresia" aparece em Atos 24.11; 1 Corntios 11.9; Glatas 5.20 e 2 Pedro 2.1. O estudo da heresiologia importante, sobretudo pelo fato de os ensinos herticos e o surgimentodasseitasfalsasserempartedaescatologia,isto,umdossinaisdostempos sobre os quais falaram Jesus e seus apstolos. OapstoloPaulo,porexemplo,nosdoisprimeirosversculosdocaptuloquatroda sua primeira epstola a Timteo, escreve: "Mas o Esprito afirma expressamente que, nos ltimos tempos alguns apostataro da f, por obedecerem a espritos enganadores e a ensinos de demnios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que tm cauterizada a prpria conscincia". O apstolo Pedro escreve tambm: "Assimcomonomeiodopovosurgiramfalsosprofetas,assimtambmhaverentre vsfalsosmestres,osquaisintroduzirodissimuladamenteheresiasdestruidoras,atao ponto de negarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruio. E muitos seguiro as suas prticas libertinas, e, por causa deles, ser infamado o caminho da verdade; tambm, movidos por avareza, faro comrcio de vs, com palavras fictcias; para eles o juzo lavrado h longo tempo no tarda, e a sua destruio no dorme" (2 Pe 2.1-3). Umaseitaidentificada,emgeral,poraquiloque elaprega arespeitodosseguintes assuntos: A Bblia Sagrada A Pessoa de Deus A queda do homem e o pecado A Pessoa e a obra de Cristo A salvao O porvir SeoqueumaseitaensinasobreestesassuntosnosecoadunacomasEscrituras, podemos estar certos de que estamos diante duma seita hertica. Entre as muitas razes para o surgimento de seitas falsas no mundo, hoje, destacam-se as seguintes: A ao diablica no mundo (2 Co 4.4). A ao diablica contra a Igreja (Mt 13.25). A ao diablica contra a Palavra de Deus (Mt 13.19). O descuido da Igreja em pregar o Evangelho completo (Mt 13.25). A falsa hermenutica (2 Pe 3.16). A falta de conhecimento da verdade bblica (1 Tm 2.4). A falta de maturidade espiritual (Ef 4.14). RELIGIES E SEITAS - 4 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] Esperamos,pois,quematerialpossadealgumaformaajudarquelesqueesto procura da verdade libertadora, Jesus Cristo (Jo 8.38). 2 -CATOLICISMO ROMANO Athbempoucotempo,osmelhoreslivrosescritossobreseitaseheresiasno incluamaIgrejaCatlicaRomananoseuesquemadeestudos,talvezdevidoaofatode grandepartedelesteremsidoescritosempasesondeessaigrejanoexerciasuficiente influncia para ser notada como tal. No esse o caso do Brasil, onde a grande maioria dos membros denossasigrejas,teoricamente,veiodocatolicismoromano,jqueessaigreja majoritria(pelomenosnominalmente)emnossaptriadesdeoseudescobrimento,em 1500. 2.1. Resumo Histrico A Igreja Catlicamencionaoano33 d.C.comoadatadasuafundao.Isto vem do fatodequetodaramificaodoCristianismo costumaligar asua origemIgrejafundada porJesusCristo.Porm,quantoaodesenvolvimentodaorganizaoeclesisticae doutrinriadaIgrejaRomana,muitodifcilfixarcomexatidoadatadesuafundao, porque o seu afastamento das doutrinas bblicas deu-se paulatinamente. A.ComeodaDegenerao.DuranteosprimeirostrssculosdaEraCrist,a perseguioIgrejaverdadeiraajudouamanterasuapureza,preservando-adelderes mauseambiciosos.Nessapoca,sercristosignificavaumgrandedesafio,eaquelesque fielmente seguiam a Cristo sabiam que tinham suas cabeas a prmio, pois eram rejeitados e perseguidos pelos poderosos. S os realmente salvos se dispunham a pagar esse preo. Graas tenacidade e coragem dos Pais da Igreja e dos famosos apologistas cristos, o combatedaIgrejasheresiasquesurgiramnessapocaresultounumaexpressomais clara da teologia crist. Quando os imperadores propuseram-se a exterminar a Igreja Crist, s os que estavam dispostos a renunciar o paganismo e a sofrer o martrio declaravam sua f em Deus. Logo no incio do sculo IV, Constantino ascendeu ao posto de imperador. Isso parecia serotriunfofinaldoCristianismo,mas,narealidade,produziuresultadosdesastrosos dentrodaIgreja.Em312,ConstantinoapoiouoCristianismoeofezreligiooficialdo Imprio Romano. Proclamando a si mesmo benfeitor do Cristianismo, achou-se no direito de convocarumConcilioemNicia,pararesolvercertosproblemasdoutrinriosgeradospor determinadossegmentosdaIgreja.NesseConciliofoiestabelecidoochamado"Credodos Apstolos". B.CausasdaDecadnciadaIgreja.Adecadnciadoutrinria,moraleespiritualda Igrejacomeouquandomilharesdepessoasforamporelabatizadaserecebidascomo membros,semteremexperimentadoumarealconversobblica.Verdadeirospagosque eram, introduziram-se no seio da Igreja trazendo consigo os seus deuses, que, segundo eles, eram o mesmo Deus adorado pelos cristos. Nessetempo,homensambiciososesemotemordeDeuscomearamabuscar posiesnaIgrejacomomeiodeobterinflunciasocialepoltica,ouparagozardos privilgiosedosustentoqueoEstadogarantiaatantosquantosfizessempartedoclero. Destemodo,oformalismoeascrenaspagasiam-seinfiltrandonaIgrejaatonvelde paganiz-la completamente. C. Razes do Papado e daMariolatria.Desde o ano 200 a.C.at oano 276 da nossa Era,osimperadoresromanoshaviamocupadoopostoeottulodeSumoPontficeda Ordem Babilnica. Depois que o imperador Graciano se negara a liderar essa religio no-crist, Dmaso, bispo da Igreja Crist em Roma, foi nomeado para esse cargo no ano 378. Uniram-seassimnumaspessoatodasasfunesdumsumosacerdoteapstataeos poderes de um bispo cristo. RELIGIES E SEITAS - 5 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] Imediatamentedepoisdesteacontecimento,comeou-seapromoveraadoraoa MariacomoaRainhadoCueaMedeDeus.Daprocederamtodososabsurdos romanistas quanto humilde pessoa de Maria, a me do Salvador. EnquantosedesenvolviaaadoraoaMaria,oscultosdaIgrejadeRomaperdiam cada vez mais os elementos espirituais e a perfeita compreenso das funes sobrenaturais da graa de Deus. Formas pagas, como a nfase sobre o mistrio e a magia, influenciaram essaigreja.Osacerdote,oaltar,amissaeasimagensdeesculturaassumirampapelde preponderncia no culto. Aautoridadeeracentralizada numa igrejadita infalvel eno na vontade de Deus, conforme expressada pela sua Palavra. D. O CismaEntre oOriente e o Ocidente. O cisma entre o Oriente e o Ocidente logo tornou-seevidente.Orompimentofinalaconteceu,em1054,comaIgrejaOcidental,ou Romana,sediadaemRoma,entoCapitaldoImprio,porpartedaIgrejaOriental,ou Ortodoxa, que assim separou-se da Igreja Romana, ficando sediada em Constantinopla, hoje Istambul,naTurquia.AIgrejaOrientalguardouaprimaziasobreospatriarcadosde Jerusalm, Antioquia e Alexandria. Desdeento,aIgrejaRomana,nitidamentedesviadadosprincpiosensinadospor Jesus noseu Evangelho, esteve como um barco deriva, semsaber onde aportar. At que veioaReformaProtestante,lideradaporMartinhoLutero.Foimaisumcismanaj combalida Igreja Romana. 2.2. Paganizao da Igreja Romana Note a seguir o processo da gradual paganizao da Igreja Catlica Romana, desde que ela comeou a abandonar a simplicidade do Evangelho de Cristo, at os nossos dias: AnoDogma ou Cerimnia 33-196Nesse perodo da Histria, a Igreja no aceitou nenhuma doutrina anti-bblica. 197Zeferino, bispo de Roma, comea um movimento hertico contra a divindade de Cristo. 217CalixtosetornabispodeRoma,pondo-sefrentedapropagandaherticae levando a Igreja de Roma para mais longe do caminho de Cristo. 270Origem da vida monstica no Egito, por Santo Antnio. 370CultodossantosprofessadoporBasliodeCesariaeGregriodeNazianzo. Primeirosindciosdoturbulo(incensrio),paramentosealtaresnasigrejas, usos esses introduzidos pela influncia dos pagos convertidos. 400Oraes pelos mortos e sinal da cruz feito no ar. 431Maria proclamada a "Me de Deus". 593O dogma do Purgatrio comea a ser ensinado. 600OlatimpassaaserusadocomolnguaoficialnasVIcelebraes litrgicas. 609Comeo histrico do papado. 758A confisso auricular introduzida na igreja por religiosos do Oriente. 789Incio do culto das imagens e das relquias. 819A festa da Assuno de Maria observada pela primeira vez. 880Canonizao dos santos. 998Estabelecimento do Dia de Finados. 998Quaresma. RELIGIES E SEITAS - 6 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] 1000Cnon da Missa. 1074Probe-se o casamento para os sacerdotes. 1075Ossacerdotes casados devem divorciar-se, compulsoriamente, cada um de sua esposa. 1095Indulgncias plenrias. 1100Introduzem-se na igreja o pagamento da missa e o culto aos anjos. 1115A confisso transformada em artigo de f. 1025Entre os cnegos de Lio aparecem as primeiras idias da Imaculada Conceio de Maria. 1160Estabelecidos os 7 sacramentos. 1186O Concilio de Verona estabelece a "Santa Inquisio". 1190Estabelecida a venda de indulgncias. 1200Uso do rosrio por So Domingos, chefe da inquisio. 1215A transubstanciao transformada em artigo de f. 1220Adorao hstia. 1226Introduz-se a elevao da hstia. 1229Probe-se aos leigos a leitura da Bblia. 1264Festa do Sagrado Corao. 1303AIgrejaCatlicaApostlicaRomanaproclamadacomosendoanica verdadeira, e somente nela o homem pode encontrar a salvao... 1311Procisso do Santssimo Sacramento e a orao da Ave-Maria. 1414Definiodacomunhocomumselemento,ahstia.Ousodoclicefica restrito ao sacerdote. 1439Os 7 sacramentos e o dogma do Purgatrio so transformados em artigos de f. 1546Conferida Tradio autoridade igual a da Bblia. 1562Declara-se que a missa oferta propiciatria e confirma-se o culto aos santos. 1573 estabelecida a canonicidade dos livros apcrifos. 1854Definio do dogma da Imaculada Conceio de Maria. 1864Declarao da autoridade temporal do papa. 1870Declarao da infalibilidade papal. 1950A assuno de Maria transformada em artigo de f. 2.3. Pedro o Fundamento da Igreja? A Igreja Catlica Romana considera o apstolo Pedro como a pedra fundamental sobre aqualCristoedificouasuaIgreja.Parafundamentaresseensino,apela,principalmente, para a passagem de Mateus 16.16-19: "E Simo Pedro, respondendo, disse: Tu s o Cristo, o FilhodeDeusvivo.EJesus,respondendo,disse-lhe:Bem-aventuradostu,Simo Barjonas, porque to no revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que est nos cus. Pois tambm eu te digo que tu s Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno no prevalecero contra ela; e eu te darei as chaves do Reino dos cus; e tudo o RELIGIES E SEITAS - 7 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] que ligares na terra ser ligado nos cus, e tudo o que desligares na terra ser desligado nos cus". Dessa passagem, a Igreja Romana deriva o seguinte raciocnio: Pedro a rocha sobre a qual a Igreja est edificada. A Pedro foi dado o poder das chaves, portanto, s ele detm o poder de abrir a porta do Reino dos cus. Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma. TodaautoridadefoiconferidaaPedroatnossosdias,atravsdalinhagemde bispos e papas, todos vigrios de Cristo na Terra. A.UmaInterpretaoAbsurda.Partindodesteraciocnio,opadreMiguelMaria Giambelli pe o versculo 19 de Mateus 16 nos lbios de Jesus, da seguinte maneira: "Nesta minhaIgreja,queoreinodoscusaquinaterra,eutedareitambmaplenitudedos poderesexecutivos,legislativosejudicirios,detalmaneiraquequalquercoisaquetu decretares,euaratificareilnoCu,porquetuagirsemmeunomeecomaminha autoridade" (A Igreja Catlica e os Protestantes, p. 68). Numa simples comparao entre a teologia vaticana e a Bblia, a respeito do apstolo Pedro e sua atuao no seio da igreja nascente, descobre-se quo absurda a interpretao romanistaarespeitodapessoaeministriodesseapstolodoSenhor.Mesmonuma despretensiosa anlise do assunto, conclui-se que: PedrojamaisassumiunoseiodoCristianismonascenteaposioeas funes que a teologia catlico-romana procura atribuir-lhe. Osubstantivofemininopetradesignadogregoumarochagrandeefirme.Jo substantivo masculino petros aplicado geralmente a pequenos blocos rochosos, mveis, bemcomoapedraspequenas,taiscomoapedradearremesso.Pedropetros=bloco rochosoemvele nopetra=rochagrandee firme.Portanto,uma igrejasobreaqualas portas do inferno no prevaleceriam no poderia repousar sobre Pedro. De acordo com a Bblia, Cristo a pedra. "Estavas vendo isso, quando uma pedrafoicortada,semmo,aqualferiuaesttuanospsdeferroede barro e os esmiuou" (Dn 2.34). "Edificados sobre o fundamento dos apstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo a principal pedra da esquina" (Ef 2.20). Nestes versculos, "pedra" se refere a Cristo e no a Pedro. Diz o apstolo Pedro: "Este Jesus a pedra rejeitada por vs, os construtores, a qual se tornou a pedra angular" (At 4.11, cf. Mc 12.10e 11). (Se desejar leia ainda Romanos 2.20; 9.33; 1 Corntios 10.4 e 1 Pedro 2.4.) B.OTestemunhodosPaisdaIgreja.DosoitentaequatroPaisdaIgrejaantiga,s dezesseis crem que o Senhor se referia a Pedro quando disse "esta pedra". Dos outros Pais daIgreja,unsdizemqueestaexpressosereferepessoadeCristomesmo,outros, confissoquePedroacabaradefazer,eoutros,ainda,atodososapstolos.Portanto,se apelarmosparaosPaisdaIgrejadosprimeirosquatrosculos,aspretensesdaIgreja Romana com referncia a Pedro, redundam em sofismas. S a partir do sculo IV comeou-se a falar a respeito da possibilidade de Pedro ser a pedrafundamentaldaIgreja,eistoestavaintimamenterelacionadocomapretenso exclusivista do bispo de Roma. luz das palavras do prprio apstolo Pedro, Cristo apetra (= rocha grande e firme): "Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa" (1 Pe 2.4). RELIGIES E SEITAS - 8 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] Todos os crentes so petros = blocos rochosos e moveis, "...vs mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdcio santo, a fim de oferecerdes sacrifcios espirituais, agradveis a Deus, por intermdio de Jesus Cristo" (1 Pe 2.5). 2.4. O Purgatrio A idia do Purgatrio tem suas razes no budismo e em outros sistemas religiosos da antigidade. At a poca do papa Gregrio I, porm, o Purgatrio no havia sido oficialmente reconhecido como parte integrante da doutrina romanista. Essepapaadicionouoconceitodefogopurificadorcrena,entocorrente,deque havia um lugar entre o cu e o inferno, para onde eram enviadas as almas daqueles que no eram to maus, a ponto de merecerem o inferno, mas tambm, no eram to bons, a ponto demereceremocu.Assim,surgiuacrenadequeofogodoPurgatriotempoderde purificar a alma e todas as suas escrias, at faz-la apta a se encontrar com Deus. A.AlegadasRazesDesseDogma.BuscandoprovaraexistnciadoPurgatrio,a IgrejaRomanaapelaparaalgumaspassagensbblicas,dasquaisextraiapenasfalsas inferncias, e nada mais. Entre os versculos preferidos, destacam-se os seguintes: "SealgumproferiralgumapalavracontraoFilhodohomemser-lhe-isso perdoado; mas se algum falar contra o Esprito Santo, no lhe ser isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir" (Mt 12.32). "Digo-vosquetodapalavrafrvolaqueproferiremoshomens,deladarocontano dia de juzo" (Mt 12.36). "...seaobradealgumsequeimar,sofrereledano;masesse mesmosersalvo, todavia, como que atravs do fogo" (1 Co 3.15). B.UmaDescriodoPurgatrio.Deacordocomateologiaromanista,oPurgatrio, almdeserumlugardepurificao,tambmumlugarondeaalmacumprepena; pelo queofogodoPurgatriodevesertemidograndemente.OfogodoPurgatriosermais terrveldoquetodoosofrimentocorporalreunido.Umnicodianesselugardeexpiao poder ser comparado a milhares de dias de sofrimentos terrenos. OescritorcatlicoMazzarellifazseusclculosbasedetrintapecadosveniaispor dia,e,paracadapecado,umdianoPurgatrio,perfazendoumtotaldemileoitocentos anos,casoopecadortenhasessentaanosdevidanaTerra,devendo-seacrescentaraos veniais os pecados mortais absolvidos, mas no plenamente expiados. C.QuemVaiParaoPurgatrio?Apergunta:Queespciedegentevaiparao Purgatrio?respondeopapaPioIV:"1.Osquemorremculpadosdepecadosmenores, quecostumamoschamarveniais,equemuitoscristoscometemeque,oupormorte repentina,ouporoutrarazo,sochamadosdestavida,semquesetenhamarrependido destasfaltasordinrias.2.Osque,tendosidoformalmenteculpadosdepecadosmaiores, no deram plena satisfao deles justia divina" (A Base da Doutrina Catlica Contida na Profisso da F). D.OraoPelosMortos.Edesesuporqueaprticaromanistadeintercederpelos mortostenha-segeradodafalsainterpretaosseguintespalavrasdePaulo:"Antesde tudo, pois, exorto que se use a prtica de splicas, oraes, intercesses, aes de graa, em favor de todos os homens" (1 Tm2.1). E. Missas. As missas so tidas como os principais recursos empregados em benefcio das almas que esto no Purgatrio, pois, segundo o ensino romanista, a missa beneficia no s a alma que sofre no Purgatrio, como tambm acumula mritos queles que as mandam dizer. F. Esmolas. Dar esmolas com a inteno de aplic-las nas necessidades da alma que penanoPurgatrio"jogarguanaschamasqueadevoram".PretendeaIgrejaRomana que, "exatamente como a gua apaga o fogo mais violento, assim a esmola lava o pecado". RELIGIES E SEITAS - 9 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] Ainda sobre o Purgatrio, o Concilio de Trento declarou: "Desde que a Igreja Catlica, instrudapeloEspritoSantonossagradosescritosepelaantigatradiodosPais,tem ensinadonossantosconclios,eultimamente,nesteConcilioEcumnico,queho Purgatrio, e que as almas nele retidas so assistidas pelos sufrgios das missas, este santo concilioordenaatodososbisposque,diligentemente,seesforcemparaqueasalutar doutrinaconcernenteaoPurgatriotransmitidaanspelosvenerveispaisesagrados conclios seja crida,sustentada, ensinada e pregada em toda parte pelos fiis de Cristo" (Seo XXV). Refutao do Purgatrio OPurgatrionosomenteumafbulaengenhosamentemontada,masasua doutrina se constitui num vergonhoso sacrilgio honra de Deus e num desrespeito obra perfeitaefetuadaporCristonacruzdoCalvrio.Essadoutrina,almdeabsurdaecruel, supe os seguintes disparates e blasfmias: NoobstanteDeusdeclarequej nenhumacondenaohparaosque estoem Cristo Jesus (Rm 8.1), contudo, Ele se contradiz a si mesmo quando lana o salvo no Purgatrio, para expiar os pecados j purgados. DeusnoqueimaosseusfilhosnoPurgatrioparasatisfazersuajustiaj satisfeita pelo sacrifcio de Cristo, mas para satisfazer a si mesmo! Ao lanar seus filhos no Purgatrio, Deus est com isto dizendo que o sacrifcio do seu Filho foi imperfeito e insuficiente! Jesus,quedoscusintercedepelospecadores,v-seimpossibilitadodelivraras almas que esto no Purgatrio, porque s o papa possui a chave daquele crcere! Dizer que as almas expiam suas faltas no Purgatrio atribuir ao fogo o poder do sacrifcio de Jesus, e ignorar completamente a obra que Cristo efetuou no Glgota! Que o castigo do pecado fica para depois de perdoado! Estesdisparatesprovmdumerrodateologiavaticana,segundooqualaobra expiatria de Cristo satisfeza pena devida aos pecados cometidos antes do batismo, e no daqueles que foram cometidos posteriormente. TodasestasincoernciassobreodogmadoPurgatrioestoemcontradiocomas seguintes afirmaes bblicas: Quanto perfeita libertao do pecado (Jo 8.32,36). Quanto ao completo livramento do juzo vindouro (Jo 5.24). Quanto completa justificao pela f (Rm 5.1,2). Quanto intercesso de Cristo (1 Jo 2.1). Quanto ao atual estado dos salvos mortos (Lc 23.43;Ap 14.13). Quanto bem-aventurada esperana do salvo (Fp 1.21,23;2Co5.8). OqueaIgrejaCatlicaRomanachama"Purgatrio",aBbliachama"Gehenna",ou "Inferno",lugardesuplcioeterno,deondeaquelesquenelesolanados,jamaissairo (leiaLucas16.19-31evejaquenadapoderserfeitoemfavordaquelesinfelizesqueso lanadosnesselugardeterrvelsuplcio).Aessesestordenadomorreremumasvez, vindo depois disto o juzo (Hb 9.27), quando sero julgados e condenados ao Lago de Fogo. A salvaooferecida por Cristo uma salvao perfeita e total, pois ela o resultado da misericrdia de Deus e do sangue do seu amado Filho. "Se, porm, andarmos na luz, como ele est na luz, mantemos comunho uns com os outros,eosanguedeJesus,seuFilho,nospurificadetodopecado.Seconfessarmosos nossospecados,elefielejustoparanosperdoarospecadosenospurificardetoda injustia" (1 Jo 1.7,9). O purgatrio do crente o sangue de Jesus. RELIGIES E SEITAS - 10 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] 2.5. A Tradio e a Bblia Em 1929, sobre a Bblia, escreveu o padre Bernhard Conway: "A Bblia no a nica fontedef,comoLuteroensinounosculoXVI,porque,semainterpretaodeum apostoladodivinoeinfalvel,separadodaBblia,jamaispoderemossaber,comcerteza, quaissooslivrosqueconstituemasEscriturasinspiradas,ouseascpiasquehoje possumosconcordamcomosoriginais.ABblia,emsimesma,nomaisdoqueletra morta, esperando por um intrprete divino; ela no est arranjada de forma sistemtica; obscura,ededifcil entendimento,comoSoPedrodizdecertaspassagensdasCartasde Paulo (2 Pe 3.16, cf. At 8.30,31); como ela , est aberta falsa interpretao. Alm disso, certonmerodeverdadesreveladastmchegadoans,somentepormeiodaTradio divina" (The Question Box). No Compndio do Vaticano II, l-se o seguinte: "No atravs da Escritura apenas que a Igreja deriva sua certeza a respeito de tudo que foi revelado. Por isso ambas (Escritura e Tradio) devem ser aceitas e veneradas com igual sentido de piedade e reverncia" (p. 127). A. Estabelecida a Tradio. Desde que muitas inovaes anticrists comearam a ser aceitas pela Igreja Romana, esta comeou a ter dificuldades em como justific-las luz das Escrituras. Desse modo, em vez de deixar o paganismo e voltar-se para a Bblia, o clero fez exatamenteocontrrio:noConciliodeTolosa,em1229,tomaramamedidaextremade proibir o uso da Bblia pelos leigos. AtaReformaProtestante,aIgrejaCatlicaRomananohaviaaindatomado nenhumaposionosentidodeconferirTradioautoridadeigualdaBbliaSagrada. IstodevidogeneralizadaignornciadopovoarespeitodasEscrituras.Porm,como advento da Reforma Protestante no sculo XVI, o valor da Bblia, como nica regra de f e prtica do cristo, foi exaltado, e a sua mensagem pregada onde quer que se fizesse sentir a influncia desse evento. Como a maioria dos dogmas da Igreja Romana no tivesse o apoio daBblia,ocleroemmaisumademonstraoderejeiodasEscrituras,foilevadoa estabelecer a Tradio como autoridade para apoiar os seus dogmas e enganos. A nfase bblica da mensagem reformada forou o clero da Igreja Romana a reavaliar a deciso do Concilio de Tolosa, e passou a permitir a leitura da Bblia pelos leigos, desde que satisfeitas as seguintes exigncias: Que a Bblia fosse editada ou autorizada pelo clero; Que os leigos no formassem juzo prprio dos seus ensinos; Que os leigos s aceitassem a sua interpretao quando feita pelo clero. ImpedidosdeinterpretaraBbliaporsimesmos,osleigosestavamprivadosda possibilidade de ver quo desrespeitosos Bblia so os dogmas acobertados pela Tradio. Sdessaforma,osdogmasfundamentadosnaTradioestariamresguardadosde julgamento e a Bblia reduzida, assim, a um livro ininteligvel e destitudo de autoridade. "A questo da autoridade na Igreja Romana foi sempre uma dolorosa questo, mas a Histriarevelaqueasuatendnciasemprefoideflutuardeumparaoutroponto,com propenso para fincar-se no papado. Esta foi a evoluo da autoridade: das Escrituras para a Tradio, desta para a Igreja, da Igreja para o clero e deste para o papado que, em 1870, diria: A tradio sou eu" (F e Vida, maio de 1943). B.TradioTraioaoEvangelho.ATradiodaIgrejaRomana,semdvida alguma,um"outroevangelho"(Gl1.8);anttese doEvangelhodoSenhorJesusCristo.Ela no tinha lugar na igreja primitiva. OEvangelho s,contm "todo oconselho de Deus" (At 20.27), dispensando, portanto, a tradio vaticana. Paulo,omaiorescritoredoutrinadordoNovoTestamento,cujoministrioestava fundamentadonoEvangelho,falousobreasuficinciadestequandoescreveu:"Antesde tudo vos entreguei o que tambm recebi; que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Co 15.3,4, nfase do autor). RELIGIES E SEITAS - 11 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] ATradionopoderesistiraumaanliseporpartedefamososcristosda antigidade, tampouco diante das Escrituras. Cipriano, no sculo III, disse: "A tradio, sem a verdade, o erro envelhecido". Tertulianoafirmou:"CristoseintitulouaVerdade,masnoatradio...Oshereges so vencidos com a Verdade e no com novidades". Noano450,disseVenncio:"Inovaessocoisasdeheregesenodecrentes ortodoxos". Jernimo,otradutorda"Vulgata",traduooficialdaBbliausadapelaIgreja Romana, escreveu: "As coisas que se inventam e se apresentam como tradies apostlicas, sem autoridade e testemunho das Escrituras, sero atingidas pela Espada de Deus". AConfissodeFdeWestminstertraznumdosseusdecretosalgoqueoscatlicos deveriam ler e no esquecer, que diz: "O Supremo Juiz, pelo qual todas as controvrsias de religiosodeterminadasetodososdecretosdeconclios,opiniesdeescritoresantigos, doutrinasdehomenseespritosprivadosseroexaminadosecujassentenasdevemos acatar, no pode ser outro seno o Esprito Santo, falando atravs das Escrituras." 2.6. A Virgem Maria A essncia da adorao na Igreja Catlica Romana gira no em torno do Pai, do Filho e do Esprito Santo, mas da pessoa da Virgem Maria.Nodecorrerdossculosasmaisdiferenteseabsurdascrendicestmsido criadas em torno da humilde me do Salvador. A.ATeologiaMariana.DecretaoConcilioVaticanoII:"Osfiisdevemvenerara memria primeiramente da gloriosa sempre Virgem Maria, Me de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo". Dentre as muitas declaraes em torno de Maria, destacam-se as seguintes: Concebidasempecado."DanoadmiraquenosSantosPadresprevaleceo costume de chamar a Me de Deus toda santa, imune de toda mancha de pecado, comoqueplasmadapeloEspritoSantoeformadanovacriatura"(Compndio Vaticano II, p. 105). Sempre Virgem. "Maria sempre foi virgem: Esta doutrina tradicional da Igreja Catlica. No entantoagrandemaioriadasIgrejasProtestantesafirmaqueMarianoguardouasua virgindade e teve outros filhos alm de Jesus" (A Igreja Catlica e os Protestantes, p. 88). MedianeiraeIntercessora."ABem-aventuradaVirgemMariainvocadanaIgreja sob os ttulos de Advogada, Auxiliadora, Adjutriz, Medianeira" (Compndio Vaticano II, p. 109). B. O Cmulo do Absurdo. H alguns anos foi publicado na imprensa de uma capital latino-americana um discurso de um cardealcatlico-romano.O eminente prelado recorda estesonho.Elesonhouqueestavanacidadecelestial.Ouviu-sebaterporta.Foi comunicadoaDeusqueumpecadordaTerraestavapedindoentrada."Cumpriueleas condies?"foiapergunta.Arespostafoi:"No!""Entonopodeentrar",foioveredicto. Nesse ponto, a virgem Maria, que estava sentada direita do seu Filho, falou: "Se esta alma no entrar eu me ponho fora". A porta abriu-se e o pecador entrou. Refutao da Teologia Mariana Maria no foi concebida sem pecado. O que a Bblia declara que "todos pecaram e carecem da glria de Deus" (Rm 3.23). S a respeito de Cristo que pode ser dito: "Com efeito nos convinha um sumo sacerdote, assim como este, santo, inculpvel, sem mcula, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os cus" (Hb 7.26). Mariateveoutrosfilhos.AlmdeJoo2.12,oNovoTestamentoserefereaos irmos de Jesus, ainda em Mateus 12.46; 13.55,56; Marcos 3.31; Lucas 8.19; Joo 7.3,5,10;Atos1.14;1Corntios9.5eGlatas1.19.Osensinadoresromanistas RELIGIES E SEITAS - 12 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] dizemqueaquelesaquemoNovoTestamentochamadeirmosdeJesus,na realidadesoseusprimos.Estainterpretaoerrneaevisafortalecerodogma daperptuavirgindadede Maria (leiaLucas1.36,eveja que irmoseprimosso distintos no Novo Testamento). O fato de Maria ter sido virgem no ato da concepo de Jesus ponto pacfico nas Escrituras,porm,afirmarqueelacontinuouvirgemapsopartoanttesede Mateus 1.25: "Contudo, no a conheceu, enquanto no deu luz um filho, a quem ps o nome de Jesus". Marianoexercemediaoafavordopecador."PorquehumsMediadorentre Deuseoshomens,CristoJesus,homem"(1Tm2.5)."Se,todavia,algumpecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo" (1 Jo 2.1). SCristointercedepelo pecador."Porissotambmpodesalvartotalmenteosque por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7.25). oEpifnio, grande apologistacristo dosculo IV,diz o seguinte aos catlicos dehoje:"Nosedevemhonrarossantosalmdoquejusto,masdeve-se honrar o Senhor deles. Maria, de fato, no Deus nem recebeu do cu o seu corpo,masdeumaconcepodeumhomemedeumamulher.Santoo corpo de Maria; ela virgem e digna de muita honra mas no foi dada para adorao, antes, ela adora aquele que nasceu da sua carne. Honre-se Maria, masadore-seoPai,oFilhoeoEspritoSanto.NingumadoreaVirgem Maria". oAo mesmo tempo, disse Ambrsio de Milo: "Maria era o templo de Deus, no oDeusdotemplo.Deve-seadorarentosomenteaquelequeoperano templo". 2.7. A Missa Dentreosmuitoschamados"sacramentos"daIgrejacatlicaRomana,destaca-sea missa. OqueamissanocontextodoCatolicismoRomanodefinidopelopadreMiguel Maria Giambelli: "Oquens,catlicos,chamamos'missa',osprimeiroscristosdeJerusalm chamavamde'partirdopo',porquefoiexatamenteistooquefezJesusnaltimaceia: 'Tomou o po, deu graas e partiu...'" S. Paulo lembra aos corntios que todas as vezes que eles se renem para comer deste po e beber deste clice, anunciam a morte do Senhor, isto , eles renovam o sacrifcio do Calvrio. "OapstoloPauloalertaoscorntiosdequeaquelepoeaquelevinho,apsas palavras consagradas,noso mais poevinhocomuns,massoalgodemisteriosoque esconde o corpo sagrado de Jesus, e quem, portanto, se atrever e comer deste po e beber deste vinho sem as devidas condies espirituais, comete uma profanao to sacrlega que o torna ru de um crime contra o corpo e o sangue do Senhor Jesus. Da porque So Paulo continua alertando os corntios a tomarem muito a srio o ato de comer deste po e beber destecliceconsagradonaeucaristia,porquequemoscomeebebesemcrerfirmemente que so corpo vivo de Cristo, e, portanto, sem fazer distino entre o po comum da padaria epoconsagrado'comeebebesuaprpriacondenao!'"(AIgrejaCatlicaeos Protestantes, p. 27). Deste ensino deduz-se que Giambelli afirma: Missa e santa ceia do Senhor so a mesma coisa. A missa renova o sacrifcio do Calvrio. O po e o vinho usados na missa so transubstanciados no prprio corpo de Cristo no momento da celebrao. RELIGIES E SEITAS - 13 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] Quemnodiferenaropoqueservidonamissadoquevendidonapadaria, "come e bebe sua prpria condenao". Refutao da Missa Esse ensino errado, portanto, contrrio quilo que as Escrituras Sagradas ensinam. O recurso que a Igreja Romana usa para confundir o significado da expresso "... em memria..."comapalavra"...renovar",seconstituinumaincoerncia,primeiroluzda Bblia,edepoisluzdagramtica.NoDicionriodaLnguaPortuguesa,deAugusto Miranda,aexpresso"emmemria"temcomosinnimoaexpresso"emlembrana"; enquanto a palavra "renovar" tem como sinnimo a palavra "recompor". Portanto, uma nada tem a ver com a outra. Se a morte de um amigo nos vem memria, isto no a mesma coisa que renov-la. Existemvriosversculos na Bblia que falam da impossibilidade de se renovar osacrifcio de Cristo, entre os quais se destacam: Hebreus 7.26,27; 10.12-14; 1 Pedro 3.18 e Romanos 6.9. A.Transubstanciao.NohumsversculonasEscriturasemapoiotesedo Concilio de Trento de que o po e o vinho usados na missa, ao serem consagrados, tornam-se, ou transubstanciam-se, em Jesus, fsica e espiritualmente, assim como Ele est no cu. Veja, por exemplo: Mesmoapsaressurreio,noobstantegozandodoprivilgiodeumcorpo espiritual,Jesusnobilocou-se,isto,Eleno esteveemdoislugaresaomesmo tempo. Se estava em Emas, no estava em Jerusalm. Ele estava num s lugar de cadavez.Comopretende,pois,ateologiavaticanaprovarqueJesusestejafisica-mente,tantonocucomonashstiasespalhadasnossacrriosdostemplos catlicos por todo o mundo? Quando Jesus diz: "E eis que estou convosco todos os dias at aconsumao dos sculos"(Mt28.10),Elenosugerequeestariafisicamenteatravsdopoedo vinho da missa, mas espiritualmente, assim como esteve com Paulo, conforme Atos 18.9,10. OcorpodeCristohojenaTerranoopoeovinhousadosnacelebraoda missa,masasuaIgreja,conformemostramasseguintespassagensbblicas:1 Corntios 10.16,17; 12.27; Efsios 1.22,23; 4.15,16; 5.30. Outra prova de que missa e santa ceia do Senhor so cerimnias diferentes, que na missaoscomungantesstomamumelemento(ahstia)enquantoovinhotomado exclusivamentepelopadrecelebrante,quandoaordemnovitestamentria:"Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do po e beba do clice" (1 Co 11.28). 2.8. Os Livros Apcrifos Muitasperguntastmsidofeitasemuitasquestestmsidolevantadasquantoaos livros apcrifos. Os catlicos chegam mesmo a afirmar que a Bblia usada pelos evanglicos (aos quais chamam "protestantes") incompleta e falha por faltarem nela os livros apcrifos. Muitos evanglicos, por sua vez, perguntam por que a nossa Bblia no contm tais livros. Definio de Apcrifo Empregamosaquiotermoapcrifonumsentidorestrito,forandoumpoucoo sentidooriginaldapalavra,epondodeparteocarterdecertosescritos,aosquaiso referidotermoseaplica.Apalavra"apcrifo",literalmente,significa"oculto".Porm,no decorrerdostemposeemrazodouso,otermojnotemosentidode"oculto",masde "esprio", isto , "no-puro". NotempodaReforma,otermo"apcrifo"foidefinitivamenteaplicadoaesseslivros no-cannicoscontidosnaVulgata,poisnofaziampartedocnonhebraico.Seu significado oposto ao termo "cannico" acarretou, para esses livros, o desprezo que se sentia pela literatura apocalptica e oculta, tanto judaica como crist-judaica. RELIGIES E SEITAS - 14 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] 3 -O ESPIRITISMO Oespiritismo,semdvida,umadasheresiasquemaiscrescenomundohoje.O Brasil, particularmente, detm o triste recorde de ser o maior reduto espiritista do mundo. O seu crescimento se d, em grande parte, devido ao fascnio que os seus ensinos exercem sobre as mentes das pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento, e alienadas de Deus. AlheioPalavradeDeus,edivorciadodetodaaverdade,oespiritismotemse constitudonumaespciede"profundezasdeSatans",prontoatragarpessoasincautas que esto a buscar a Deus em todos os lugares e por todos os meios. 3.1. Resumo Histrico O espiritismo constitui-se no mais antigo engano religioso j surgido. Porm, emsua formamodernacomohojeconhecido,oseuressurgimentosedeveaduasjovensnorte-americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydeville, Estado de Nova Iorque. Emdezembrode1847,MargareteKate,respectivamentededozeedezanos, comearamaouvirpancadasemdiferentespontosdacasaondemoravam.Aprincpio julgaramqueessesrudosfossemproduzidosporcamundongoseratosqueinfestavama casa.Contudo,quandoosleniscomearamaserarrancadosdascamaspormos invisveis, cadeiras e mesas tiradas dos seus lugares, e uma mo fria tocou no rosto de uma das meninas, percebeu-se que o que estava acontecendo eram fenmenos sobrenaturais. A partirda,asmeninascriaramummeiodecomunicar-secomoautordosrudos,que respondia s perguntas com um determinado nmero de pancadas. Partindodesseacontecimento,querecebeuamplacoberturadosmeiosde comunicaodapoca,sessesespritaspropagaram-seportodaaAmricadoNorte.Na Inglaterra,porm,aconsultaaosmortosjeramuitopopularentreascamadassociais maiselevadas.Porconseguinte,osmdiunsnorte-americanosencontraramalisolofrtil ondeasementedosupersticionismoespiritistahaveriadesersemeada,nascer,crescer, florescerefrutificar.Napoca,outrospasesdaEuropatambmforamvisitadoscom sucesso pelos espritas norte-americanos. NaFrana,afiguradeAllanKardecaprincipaldosarraiaisespiritistas.Lon Hippolyte Rivail (o verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lio, em 1804, filho de um advogado, tomou o pseudnimo de Allan Kardec por acreditar ser ele a reencarnao de um poeta celta com esse nome. Dizia ter recebido a misso de pregar uma nova religio, o que comeou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou O Livro dos Espritos, que muito contribuiu na propaganda espiritista. Dotado de inteligncia e inigualvel sagacidade, estudoutodaaliteraturaafimdisponvelnaInglaterraenosEstadosUnidos,ediziaser guiadoporespritosprotetores.Notabilizou-seporintroduzirnoespiritismoaidiada reencarnao.De1861a1867,publicou quatrolivros:LivrodosMdiuns,OEvangelho Segundo o Espiritismo, Cu e Inferno e Gnesis. Homem dotado de caractersticas fsicas e mentais de grande resistncia, Allan Kardec foi apstolo das novas idias que haveriam de influir na organizao do espiritismo. Fundou ARevistaEsprita,peridicomensaleditadoemvriosidiomas.Elemesmoassentouas bases da "Sociedade Continuadora da Misso de Allan Kardec". Morreu em 1869. 3.2. Subdivises do Espiritismo Emboraconsideremosoespiritismoigualem todaasuamaneiradeser, osprprios espritas admitem haver diferentes formas de espiritismo, assim designadas: A. Espiritismo Comum. Dentre as muitas prticas dessa classe de espiritismo, desta-cam-se as seguintes: Quiromancia-Adivinhaopeloexamedastinhasdasmos.Omesmoque "quiroscopia". RELIGIES E SEITAS - 15 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] Cartomancia - Adivinhao pela decifrao de combinaes de cartas de jogar. Grafologia-Estudodoselementosnormaiseprincipalmentepatolgicosdeuma personalidade, feito atravs da anlise da sua escrita. Hidromancia - Arte de adivinhar por meio da gua. Astrologia - Estudo e/ou conhecimento da influncia dos astros, especialmente dos signos,nodestinoenocomportamentodoshomens;tambmconhecidacomo "uranoscopia". B. Baixo Espiritismo. O baixo espiritismo, tambm conhecido como espiritismo pago, inculto e sem disfarce, identifica-se pelas seguintes prticas: Vodu-Cultodenegrosantilhanos,deorigemanimista,equesevaledecertos elementos do ritual catlico. Praticado principalmente no Haiti. Candombl - Religio dos negros ioruba, na Bahia. Umbanda-Designaodoscultosafro-brasileiros,queseconfundemcomosda macumbaedoscandomblsdaBahia,xangdePernambuco,pajelanada Amaznia, do catimb e outros cultos sincrticos. Quimbanda - Ritual da macumba que se confunde com os da umbanda. Macumba-Sincretismoreligiosoafro-brasileiroderivadodocandombl,com elementosdevriasreligiesafricanas,dereligiesindgenasbrasileirasedo catolicismo. C. Espiritismo Cientfico.Oespiritismocientficotambmchamado"AltoEspiritis-mo","EspiritismoOrtodoxo","EspiritismoProfissional"ou"Espiritualismo".Elese manifesta, inclusive, como "sociedade", como, por exemplo, a LBV (Legio da Boa Vontade), fundada e presidida por muitos anos pelo j falecido Alziro Zarur. Esta classe de espiritismo tem sido conhecida tambm como: Ecletismo-Sistemafilosficodosquenoseguemsistemaalgum,escolhendode cada um a parte que lhe parece mais prxima da verdade. Esoterismo- Doutrinaouatitude deesprito quepreconizaqueo ensinamentoda verdadedevereservar-seaumnmerorestritodeiniciados,escolhidosporsua influncia ou valor moral. Teosofismo-Conjuntodedoutrinasreligioso-filosficasquetmporobjetivoa unio do homem com a divindade, mediante a elevao progressiva do esprito at a iluminao.IniciadoporHelenaPetrovnaBlavastky,msticanorte-americana (1831-1891), fantica adepta do budismo e do lamasmo. D.EspiritismoKardecista.OespiritismoKardecistaaclassedeespiritismo comumentepraticadanoBrasil,etem,comoprincipais,entreassuasmuitasteses,as seguintes: Possibilidade de comunicao com os espritos desencarnados. Crena da reencarnao. Crenadequeningumpodeimpedirohomemdesofrerasconseqnciasdos seus atos. Crena na pluralidade dos mundos habitados. A caridade virtude nica, aplicada tanto aos vivos como aos mortos. Deus, embora exista, um ser impessoal, habitando um mundo longnquo. Mais perto dos homens esto os "espritos-guias". Jesus foi um mdium e reformador judeu, nada mais que isto. RELIGIES E SEITAS - 16 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] Evidentemente,odiaboumdemagogomuitoverstilemalevel,capazdemuitas transformaes.Aospsiclogos,elediz:"Trago-vosumanovacincia".Aosocultistas, assevera:"Dou-vosachaveparaosltimossegredosdacriao".Aosracionalistase telogosmodernistas,declara:"No estoua.Nemmesmoexisto".Assimfazoespiritismo: muda de roupagem, como o camaleo muda de cor, de acordocom o ambiente, ainda que, na essncia, continue sempre o mesmo: supersticioso, fraudulento, mau e diablico. 3.3. A Teoria da Reencarnao Ateoriadareencarnaoseconstituinocernedetodaadiscussoespiritista. Destruda esta teoria, o espiritismo no poder subsistir. Sobreoassunto,escreveuAllanKardec:"Areencarnaofaziapartedosdogmas judaicos sob o nome de ressurreio... A reencarnao a volta da alma, ou esprito, vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, pp. 24,25). Refutao Bblica da Reencarnao A Bblia jamais faz qualquer referncia palavra "reencarnao", tampouco confunde-acomapalavra"ressurreio".SegundoodicionrioEscolardaLnguaPortuguesa,de Francisco da Silveira Bueno, "reencarnao" o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existncias com um s esprito; enquanto a palavra "ressurreio", no grego, anstasis e gersis, ou seja, levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situao para outra. No latim, "ressurreio" o ato de ressurgir, voltar vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo "ressurreio" como o mesmo que ressurgir dos mortos, e, em linguagem mais popular, unio da alma e do esprito ao corpo, aps a morte fsica. No decorrerdetodaanarrativabblica,somencionadosoitocasosde ressurreio, sendosetederestauraodavida,isto,ressurreioparatornaramorrer,eumde ressurreio no sentido pleno, final o de Jesus. Este foi diferente, porque foi ressurreio para nunca mais morrer, no somente pelo fato de Ele ser Jesus, mas porque, ao ressurgir, tornou-se Ele o primeiro da ressurreio real (1 Co 15.20,23). A expresso "ressurreio dentre os mortos", como em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, implicaumaressurreiodaqualsomenteosjustosparticiparo.Osparticipantesda verdadeiraressurreionomaismorrero(Lc20.36).Areferidaexpressoetraduo correta do original. A palavra "dentre" indica que os mortos mpios continuaro sepultados quando os santos ressurgirem. OsseteoutroscasosderessurreionaBblia,porordem,so:ofilhodavivade Serepta(1Rs17.19-22);ofilhodasunamita (2 Rs4.32-35);odefuntoquefoilanadona cova de Eliseu (2 Rs 13.21); a filha de Jairo (Mc 5.21-23,35-43); o filho da viva de Naim (Lc 7.11-17); Lzaro (Jo 11.1-46); Dorcas (At 9.36-43). OcasodaressurreiodeJesus,que,comojdissemos,diferente,acha-se registradoemMateus28.1-10;Marcos16.1-8;Lucas24.1-12;Joo20.1-10e1Corntios 15.4,20-23. Quantoressurreiopropriamentedita,escreveAllanKardec:"Aressurreio implicaavoltadavidaaocorpo jmortooqueacinciademonstrasermaterialmente impossvel,sobretudoquandooselementosdessecorpoforam,depoisdemuitotempo, dispersos e absorvidos". E evidente que esta teoria de Allan Kardec no pode prevalecer, uma vez que se baseia em conceitos de homens e no nas Escrituras, que declaram a possibilidade da ressurreio dosmortos.Norelevantecitarmosaquioscasosdemortosqueforamressuscitados antesdeseremlevadossepultura.Vamoscitarapenasdoiscasosdemortosqueforam levantados dentre os mortos aps quatro e trs dias de sepultados: Lzaro e Jesus. Lzaro. O testemunho de Joo captulo 11 que Lzaro: estava morto (vv.14,21,32,37); RELIGIES E SEITAS - 17 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] estava sepultado j havia quatro dias (vv. 17,39); j cheirava mal (v.39); ressuscitou ainda amortalhado (v.44); ressuscitoucomomesmocorpoecomamesmaaparnciaquepossuaantesde morrer (v.44). Jesus. O testemunho das Escrituras quanto morte e ressurreio de Jesus Cristo, que: Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19.33). Jos de Arimatia e Nicodemos sepultaram-no (Jo 19.38-42). Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.6). Mesmo aps ressuscitado, Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mos, para mostrarqueseucorpo,agoravivo,eraomesmonoqualsofreracrucificao, porm, glorificado (Lc 24.39; Jo 20.27). 3.4. Uma Teoria Absurda Procurando dar sentido bblico absurda teoria da reencarnao, Allan Kardec lana modocaptulo3deJooparadizerqueJesusensinousobreareencarnao.Os tradutores da obra de Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, usaram a verso bblica do padre Antnio Pereira de Figueiredo como texto base de sua traduo, grifando o versculo 3 do citado captulo de Joo: "Na verdade te digo que no pode ver o reino de Deus senoaquelequerenascerdenovo"(nfase minha),quandooversculonaquelaverso escritodaseguinteforma:"Naverdade,naverdade,tedigo,quenopodeveroreinode Deus, seno aquele que nascer de novo" (nfase minha). "Renascer"jsignificanascerdenovo,enquanto"renascerdenovo"constitui-se numaintolervelredundncia,masnosempropsitoporpartedoespiritismo,quepor tudo procura provar que a absurda teoria da reencarnao tem fundamento na Bblia. 3.5. A Invocao dos Mortos Reencarnao e invocao de mortos so as duas principais estacas de sustentao de todaafraudeespiritista.Seambaspuderemserremovidas,oespiritismoruir irremediavelmente. Refutao Bblica da Invocao dos Mortos AoshebreusquesaramdoEgitoeseaproximavamdeCana,porintermdiode Moiss, disse o Senhor Deus: "QuandoentraresnaterraqueoSenhor,teuDeus,teder,noaprendersafazer conforme asabominaesdaquelasnaes.Entreti senoacharquemfaapassar pelo fogoo seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um esprito adivinhante, nem mgico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa abominao aoSenhor,eporestasabominaesoSenhor,teuDeus,aslanaforadediantedeti. Perfeito sers, como o Senhor, teu Deus. Porque estas naes, que hs de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porm a ti o Senhor, teu Deus, no permitiu tal coisa" (Dt 18.9-14). CombasenestaspalavrasdeMoiss,noseulivroOCueoInferno,aduzAllan Kardec:"...Moissdevia,pois,porpoltica,inspirarnoshebreusaversoatodosos costumes que pudessem ter semelhana e pontos de contato com o inimigo". RELIGIES E SEITAS - 18 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] Alegar que Moiss se opunha aos costumes pagos dos cananeus baseado em razes simplesmentepolticas,comoafirmaAllanKardec,atestaacompletaignornciado espiritismo quanto s Escrituras Sagradas. Aproibiodivinadeconsultar osmortosnoprovaquehaviacomunicaocomos mortos.Provaapenasquehaviaaconsultaaosmortos,oquenosignificacomunicao real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicao. Na prtica de tais consultas aos mortos,sempreexistiramembustes,mistificaes,mentiras,farsasemanifestaesde demnios.oqueacontecenassessesespritas,ondeespritosdemonacos,espritos enganadores, manifestam-se, identificando-se como pessoas amadas que faleceram. Alguns dessesespritostmaparecido,identificando-secomosnomesdegrandeshomens, ministrando ensinos e at apresentando projetos ticos e humanitrios, que terminam sem-pre em destroos. So espritos que se prestam ao servio do pai da mentira, Satans. O povo de Deus, porm, possui a inigualvel revelao de Deus pela qual disciplina a suavida: "Quandovosdisserem:Consultaiosquetm espritosfamiliareseosadivinhos, quechilreiamemurmuramentredentes;norecorrerumpovoaoseuDeus?Afavor dosvivos interrogar-se-oosmortos?leieaotestemunho! Seelesnofalaremsegundo esta palavra, nunca vero a alva" (Is 8.19,20). OtestemunhogeraldasEscriturasqueosmortos,devidoaoestadoemquese encontram, no tm parte em nada do que se faz e acontece na Terra. Consulte os seguintes textos: Eclesiastes 9.5,6; Salmos 88.10-12; Isaas 38.18,19; J 7.9,10. Nenhumdostextosbblicosmencionadoscontradizaesperanabblicada ressurreio dos mortos, uns para a vida eterna, outros para vergonha e perdio eterna. Os citados textos mostram, sim, que o homem aps a morte, na sepultura, jamais poder voltar vida de outrora, e que na sepultura nada poder fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos que ainda esto na Terra. 3.6. Saul e a Mdiun de En-Dor (Antesdeprosseguir, tomeasuaBblia,abrindo-anocaptulo28de 1Samuel. Leia todo esse captulo e em seguida volte leitura deste livro.) Concluda a leitura desta poro das Escrituras, vm mente perguntas, tais como: ounopossvelcomunicar-secomosespritosdepessoasfalecidas?FoiounoSamuel quemapareceuna sessoespritadeEn-Dor?Muitasrespostas poderiamserdadasaqui, como por exemplo: A assemblia judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela ocasio. Essa tambm era a opinio de alguns dos mais destacados lderes da Igreja dos primeiros sculos, entre eles, Justino Mrtir e Origenes. J Tertuliano, Jernimo, Lutero eCalvinoacreditavamqueumdemnioapareceuemformadepessoa,personificando Samuel. At mesmo uma despretensiosa anlise de 1 Samuel 28 mostra com clareza meridiana que um esprito de engano, e no Samuel, foi quem apareceu na sesso esprita de En-Dor. DentreasmuitasprovascontraaopiniodequeSamuelapareceunaquelaocasio, destacam-se as seguintes: Nem a mdium nem o seu esprito de mediunidade exerciam qualquer poder sobre a pessoa de Samuel. S Deus exercia esse poder; pelo que no iria permitir que seu fiel servo viesse a se tornar parte de uma prtica que o prprio Deus condenou (Dt 18.9-14). ApsinformaraSaulqueDeus otinha rejeitado,Samuel nuncamaisdissecoisa alguma a esse rei. SefosseSamuelquemapareceranaocasio,elenoteriamentido,dizendoque Saulperturbaraseudescanso,seDeus,enoSaul,lhetivesseordenado;nem dizendo que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (vv.15,16). OprprioSauldissequeDeusjnolherespondianempeloministriodos profetas e nem por sonhos (vv. 6,15), pelo que Deus, no ltimo momento, RELIGIES E SEITAS - 19 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] ono teria cedido ao desejo de Saul de receber outra revelao; ono teria entrado em contradio com a sua Palavra, que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (J 7.9,10; Ec 9.5,6; Lc 16.31); ono teria criado a impresso de que tentar entrar em contato com os mortos no to mau como antes Ele mesmo dissera ser (Dt 18.9-14); onoteriaafirmadoqueSauldeveriamorrerporcausadaconsultafeita mdium (1 Cr 10.13). Saul disse mdium a quem deveria chamar. oDeacordocomoestudodosfenmenospsquicos,amdiumterialidona mentedeSaulqualseriaaaparnciadeSamuel,eadescreveracomoSaul costumava v-lo. A mdium temeu porque: oemseutranseelareconheceuSaul (v.12),queeraconhecidocomo inimigo das prticas espiritistas; ou, oelaviuumespritoadejandoporcimadaapario,quecom"prodgiosde mentira" se fazia passar por Samuel. O prprio Saul no viu Samuel. De acordo com a descrio da mdium, ele mesmo sups que a personagem descrita era Samuel. Quantoprofeciaabordadadurantea sessoemEn-Dor,J.K. Van Baalen, noseu livro O Caos das Seitas, d as seguintes possibilidades: oa mulher percebeu o medo de Saul, de que o seu fim era iminente, e isso ela predisse; oamulhertomouconhecimentodaprofeciafeitaantesporSamuel(1Sm 15.16,18), que vinha perseguindo Saul (1 Sm 16.2; 20.31, etc), pelo que lhe disse o que ele esperava ouvir; oseumdemniosefaziapassarporSamuelefaloupormeiodamdium, ento a mulher ter-se-ia lembrado da profecia de Samuel, fazendo uso dela. No era necessrio que algum fosse perito ou estrategista em guerras para prever a derrota de Saul e de Israel diante dos filisteus. Em todos os tempos, o salrio do pecado a morte. No captulo 15 de 1 Samuel, a questo dessa guerra j havia sido levantada bem antes de Saul consultar a mdium. A parte final do vaticnio da mdium no foi verdadeira no seu cumprimento, pois nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos. 3.7. Vocabulrio Esprita Assimcomoapessoaconhecidapelovocabulrioqueusa,deigualmodoo espiritismomaisbemidentificadoporseuvocabulrio,usadoparacomunicarosseus enganos.evidentequemuitasdaspalavrasseguintes,usadasnolinguajarespiritista, podemterdiferentessentidos,porexemplo,deacordocomacincia.Porm,narelaoa seguir, vamosdarosignificadodecadapalavra,deacordocomainterpretaodadapelo prprio espiritismo. Do grande universo de termos usados pelo espiritismo, destacam-se os seguintes: Mdium-Pessoaaquemseatribuiopoderdesecomunicarcomespritosde pessoas mortas. Mediunidade-Eofenmenoemqueumapessoarecebeumoutroesprito, supostamentedeumapessoafalecida,sendoqueesseespritorecebidopassaa dominaramentedomdiumquerecebeocontroleeodomniodoseuprprio corpo. RELIGIES E SEITAS - 20 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] ClarividnciaeClariaudincia-Fenmenossegundoosquaisumapessoapode sentir,observareverosespritosquearodeiam,servindodeelodeligaoe comunicao entre o mundo visvel e o invisvel. Levitao - Fora psquica gerada por uma ou mais mentes na imposio de mos, ondeumobjetoouumapessoapodeelevar-sedosolo.Emuitopraticadana parapsicologia, que uma falsa cincia. Telepatia-Comunicaoporviasensorialentreduasmentesdistncia; transmisso de pensamento. Criptestesia - E o fenmeno da sensao do oculto, ou seja, o conhecimento de um fato transmitido por um morto, sem conhecimento de nenhum vivo. Premonio - Sensao, pressentimento do que vai suceder. Metagnomia-aresoluodeproblemasmatemticos,obrasartsticasquese produzem e lnguas desconhecidas que se decifram (lembre-se de que isto nada tem a ver com nenhum dos dons do Esprito Santo). Telecinesia - Movimentos de objetos, toque de instrumentos musicais, alteraes de balanos sem o toque de mos. Idioplastia - a alterao do corpo fsico em virtude do pensamento. 3.8. O Espiritismo e as Suas Crenas Jdissemosqueasduasprincipaisestacasdesustentaodoespiritismosoo dogmadareencarnaoeaalegadapossibilidadedeosvivossecomunicaremcomos espritos dos mortos. Mas a doutrina espiritista muito mais que isto, como mostrado a seguir. O conjunto de doutrinas do espiritismo grande e complexo. Na verdade constitui-se num esquema de negao de toda a doutrina bblica crist. Veja, por exemplo, o que cr o espiritismo acerca dos seguintes temas da doutrina crist. A.Deus."AbrogamosaidiadeumDeuspessoal"(ThePhysicalPhenomenain Spiritualism Revealed). "Deve-se entender que existem tantos deuses quantas so as mentes que necessitam de um deus para adorar; no apenas um, dois, ou trs, mas muitos" (The Banner of Light, 03.02.1866). B.Cristo."QualosentidodapalavraCristo!No,comosesupegeralmente,o FilhodoCriadordetodasascoisas?QualquerserjustoeperfeitoCristo"(Spiritual Telegraph, n 37). "No obstante, parece que todo o testemunho recebido dos espritos avanados mostra apenasque Cristoeraummdium eum reformadordaJudia,equeagoraumesprito avanado na sexta esfera" (Palavras do Dr. Weisse, citado por Hanson, em Demonology or Spiritualism). "Cristo foi um homem bom, mas no poderia ter sido divino, exceto no sentido, talvez em que todos somos divinos" (Mensagem por um "esprito", citado por Raupert em Spiritist Phenomena and Their Interpretatior). C.AExpiao."AdoutrinaortodoxadaExpiaoumremanescentedosmaiores absurdos dos tempos primitivos, e imoral desde o mago... A razo dessa doutrina que o homemnascenestemundocomopecadorperdido,arruinado,merecedordoinferno.Que mentiraultrajante!...Porventuraosanguenofervedeindignaoantetaldoutrina?" (Mdium and Daybreak). D. AQueda. "Nuncahouvequalquerevidnciadeuma quedadohomem" (A. Conan Doyle). RELIGIES E SEITAS - 21 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] "Precisamosrejeitaroconceitodecriaturascadas.Pelaquedadeve-seentendera descida do esprito matria" (The True Light). E. OInferno."Possodizerqueo infernoeliminadototalmente,como hmuitotem sido eliminado do pensamento de todo homem sensato. Essa idia odiosa, to blasfema em relaoaoCriador,originou-sedoexagerodefrasesorientais,etalveztenhatidosua utilidadeemumaerabrutal,quandooshomenseramassustadoscomchamas,comoas feras so espantadas pelos viajantes" (A. Conan Doyle, em Outlines of Spiritualism). F. A Igreja. "Passo a passo avanou a Igreja Crist, e ao faz-lo, passo a passo a tocha doespiritismofoiretrocedendo,atquequasenosepodiamaisperceberumafagulha brilhante em meio s trevas espessas... Por mais de mil e oitocentos anos a chamada Igreja Cristsetemimpostoentreosmortaiseosespritos,barrandotodaoportunidadede progresso e desenvolvimento. Atualmente, ela se ergue como completa barreira ao progresso humano, como j fazia h mil e oitocentos anos" (Mmd and Matter, 08.05.1880). "SeoCristianismosobreviver,oespiritismodevemorrer;eseoespiritismotiverde sobreviver,oCristianismodevedesaparecer.Soaantteseumdooutro..."(Mmdand Matter, junho de 1880). G.ABblia."Asseverarqueela[aBblia]umlivrosantoedivino,equeDeus inspirou os seus escritores para tornar conhecida a vontade divina, um grosseiro ultraje e um logro para com o pblico" (Outlines of Spiritualism). "Gostamos pouco de discutir baseados na Bblia, porque, alm de a conhecermos mal, encontramosnela,misturadoscomosmaissantosesbiosensinamentos,osmais descabidos e inaceitveis absurdos" (Carlos lmbassahy, O Espiritismo Analisado). Refutao Bblica A Bblia Sagrada, a espada do Esprito Santo, lana a doutrina espiritista por terra, e declara em alto e bom som, que: A. Deus. um ser pessoal (Jo 17.3; SI 116.1,2; Gn 6.6; Ap 3.19); um ser nico (Dt 6.4; Is 45.5,18; 1 Tm 1.17; Jd 25). B. Jesus Cristo. foi superior aos homens (Hb 7.26); apresentadonaBbliacomoprofeta,sacerdoteerei,enuncacomomdium(At 3.19-24; Hb 7.26,27; Fp 2.9-11). C. A Expiao. foi um ato voluntrio de Cristo (Tt 2.14); alcanada como conseqncia da f (At 10.43); adquirida pelo sangue de Cristo, segundo a riqueza da sua graa (Ef 1.7). D. A Queda. sobreveio como conseqncia da desobedincia de Ado (Rm 5.12,15,19); decorreu da tentao do diabo (Gn 3.1-5; 1 Tm 2.14). E. O Inferno. foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41); fica embaixo (Pv 15.24; Lc 10.15); ser a habitao final e eterna dos perversos (SI 9.7; Mt 25.41). F. A Igreja. RELIGIES E SEITAS - 22 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] foi fundada por Jesus Cristo (Mt 16.18); jamais ser vencida (Mt 16.18); guardada pelo Senhor (Ap 3.10). G. A Bblia. a Palavra de Deus (2 Sm 22.31; SI 12.6; Jr 1.12); foi escrita sob inspirao divina (1 Pe 2.20,21); absolutamente digna de confiana (SI 111.7); descrita como pura (SI 19.8), espiritual (Rm 7.14), santa, justa e boa (Rm 7.12), ilimitada(SI119.96),perfeita(SI19.7,Rm12.2),verdadeira(SI119.142),no pesada (1 Jo 5.3). Disse Henrique Heine, o famoso poeta lrico alemo: "Depois de haver passado tantos e tantos longos anos de minha vida e correr as tabernas da filosofia, depois de me haver en-tregueatodasaspolitiquicesdoespritoeterparticipadodetodosossistemaspossveis, sem neles encontrar satisfao, ajoelho-me diante da Bblia". 4 -O EVOLUCIONISMO ABbliaensinaclaramenteadoutrinadeumacriaoespecial,ouseja,queDeus crioucadacriatura"conformeasuaespcie"(Gn1.24).Istoquer dizerquecadacriatura, seja homem ou animal, foi criada como a conhecemos hoje. No decorrer dos sculos, mais precisamente no sculo passado e no atual, muitas vs filosofias, falsos ensinos e teorias insustentveis tm procurado lanar dvida sobre o relato bblico da Criao. Entre as teorias que se tm insurgido contra a doutrina criacionista, destaca-se a da evoluo,concebidaelargamentedifundidapelonaturalistainglsCharlesDarwin,que viveu entre 1809e 1889. De dezembro de 1831 a outubro de 1836, Darwin viajou como naturalista a bordo do "Beagle", um navio de pesquisas, em expedio cientfica. Ao longo dessa expedio visitou asilhasdoCaboVerdeeoutrasilhasdoAtlntico,ebemassimas costasdaAmricado Sul, as ilhas Galapagos, perto do Equador, a Ilha Tarti, Nova Zelndia, Austrlia, Tasmnia, a Ilha Keeling, as ilhas Falkland (Malvinas), as ilhas Mauricias, as ilhas de Santa Helena e Ascenso, e o Brasil. Foioestudodosbancosdecoraisquedemodoespecialointeressoueolevoua formularasuateoriadatransmutaodeespciesea"seleonatural"pelaqualficou famoso. Emnovembrode1859,DarwinpublicouseulivroAOrigemdasEspcies,ouA preservaodasraasfavorecidasnalutapelavida.Desdeentoestelivroveioase tornar a Bblia da causa evolucionista. No obstante Darwin, antes de morrer, tenha abandonado essa teoria por ele pregada aolongodesuavida,aindahojeelaaceitaedisseminada,principalmentenoscrculos acadmicos e universitrios. 4.1. Conceito da Origem do Homem Ateoriaevolucionistatemcomopontode partidaaafirmaodequeohomemeos animaisemgeralprocedemdeummesmotronco,equehoje,homemeanimalsoum somatrio de mutaes sofridas no decorrer de milnios. Em suma: o homem de hoje no o homem do princpio. Desse conceito surgiu o ensino estpido de que o homem de hoje ummacacoemestgiomaisdesenvolvido.E,paraproduzirmaiorconfuso,ateoriada RELIGIES E SEITAS - 23 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] evoluocolocaoinciodavidahumanana Terraamilhesdeanosantesdo tempo indi-cado pala Bblia. bom lembrar que, quando tratamos da evoluo, estamos lidando com uma teoria, com suposies, e no com uma cincia. Sevoclerumcompndiosobreevoluo,hdeencontrarcommuitafreqncia chaves, tais como: "cr-se que...", "admite-se que...", "talvez...", "possivelmente...", "mais ou menos...",etc.Assimtovulnervelefalha,conseqentementeosistemaqueelaadvoga no h de subsistir diante do argumento das Escrituras (Gn 2.7). DeacordocomaBblia,ohomemjfoifeitohomem.Ochamado"Homemde Neanderthal" ou o "Homem de Heidelberg" no tm em si nenhum elemento, por menor que seja,capazdeprovarqueohomem,noprincpio,tivesseascaractersticasdeummacaco encurvado. O africano de elevada estatura, o pigmeu, o asitico de nariz achatado, o negro com suas caractersticas distintivas todos so o resultado de variaes comuns dentro da famliahumana.Assim,tambmohomemdaantigidadevariavadeumparaooutro,e tambm se diferenciava de ns, hoje em dia. 4.2. Argumentos Contra o Evolucionismo Oargumentobblico, apartirdoprimeirocaptulodeGnesis,que araahumana descende de um scasal, Ado eEva (Gn 1.28), criado por Deus no princpio. A narrativa subseqente ao captulo 1 de Gnesis mostra claramente que as geraes que surgiram at o Dilvio permaneceram em contnua relao gentica com o primeiro casal, de maneira que a raa humana constitui no somente uma unidade especfica, uma unidade no sentido de que todos os homens participam da mesma natureza, mas tambm uma unidade gentica e genealgica. Este fato cristalino em Atos 17.26. Muitosargumentossesomamemapoioidia bblicadaunidadedaraahumana, dentre os quais se destacam os seguintes: A. Argumento Teolgico. Romanos 5.12,19 e 1 Corntios 15.21,22 indicam a unidade orgnica da raa humana, tanto na primeira transgresso como na proviso de Deus para a salvao da raa humana na Pessoa de Jesus Cristo. B. Argumento Cientfico. A cincia tem confirmado, de diferentes maneiras, o testemu-nhodaEscrituracomrespeitounidadedaraahumana.Evidentemente,nemtodosos homens de cincia crem nisso. Por exemplo, os antigos gregos tinham teoria autoctonista, segundo a qual os homens surgiram da Terra por meio de uma classe de geraes espontneas. Como essa teoria no possuafundamentosslidos,logofoidesacreditada.Agassis,porsuavez,propsateoria doscoadamitas,segundoaqualexistiramdiferentescentrosdecriao.Noanode1655, Peirerius desenvolveu e defendeu a teoria preadamita, que tem como origem a suposio de que haviahomensnaTerraantes que Adofossecriado.Estateoriafoiaceita edifundida por Winchell, que, ainda que no negasse a unidade da raa humana, contudo considerava Adocomooprimeirohomemsdaraahebraica,emvezdecabeadetodaaraa humana. Emanosmaisrecentes,Fleming,semserdogmticosobreoassunto,dissehaver razes para se aceitar que houve raas inferiores ao homem antes da apario de Ado no cenrio mundial, pelos idos do ano 5500 a.C. Segundo Fleming, essasraas, no obstante inferioresaosadamitas,jtinhamfaculdadesdistintasdosanimais,enquantoohomem adamitafoidotadodefaculdadesmaioresemaisnobres,eprovavelmentedestinadoa conduzirtodoorestantedaraalealdadeaoCriador.FalhandoAdoemconservarsua lealdade a Deus, Deus o proveu de um descendente, que, sendo homem, era muito mais do que homem, para cumprir aquilo que Ado no foi capaz de cumprir. Naverdade, Fleming nunca pde oferecer provas da veracidade dessa sua teoria. C.ArgumentoHistrico.Astradiesmaisantigasdaraahumanaapontam decididamente para o fato de que os homens tiveram uma origem comum. RELIGIES E SEITAS - 24 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] Ahistriadasmigraesdohomem,porexemplo,tendemademonstrarquetem havido uma distribuio de populaes primitivas partindo de um s centro, isto , de um mesmo lugar. D. Argumento Filolgico. Os estudos feitos acerca das lnguas da humanidade indicam queelastiveramorigemcomum.Porexemplo,aslnguasindo-germnicasencontramsua origememumalnguaprimitivamentecomum,naqualexistemresquciosdosnscrito. TambmhevidnciasquedemonstramqueoantigoEgitooeloentreaslnguasindo-europias e as semticas. E. Argumento Psicolgico. A alma a parte mais importante da natureza constitutiva dohomem,eapsicologiarevelaclaramenteofatodequeasalmasdoshomens,sem distino de tribo e nao a que pertenam, tm essencialmente as mesmas caractersticas. Possuememcomumosmesmosapetites,instintosepaixes,asmesmastendncias,e, sobretudo, as mesmas qualidades, as caractersticas que s existem no homem. F. Argumento da Cincia Natural. Os mestres de filosofia comparativa formulam juzo comumquantoaofatodequearaahumanaconstitui-senumasespcie,equeas diferenas entre as diversasfamlias da humanidade so consideradascomo variedades de uma espcie original. A cincia no afirma categoricamente que a raa humana procedeu de um s casal, mas a Palavra de Deus afirma isso com toda clareza em Atos 17.26. 4.3. O Homem Foi Criado por Deus ABblianosapresentaumduplorelatodaorigemdohomem,harmnicosentresi. Ambos esto em Gnesis 1.26,27 e 2.7. Partindo desses textos e de todo o contexto que trata da obra da criao, conclui-se que: A.ACriaodoHomemfoiPrecedidaporumSoleneConselhoDivino.Antesde Moiss tratar da criao do homem com maiores detalhes, ele nos leva a conhecer o decreto divino quanto a essa criao, nas seguintes palavras: "Faamos o homem nossa imagem, conforme a nossa semelhana..." (Gn 1.26). AIgrejageralmentetemaceitadooverbofaamos,noplural,paraprovara autenticidadedadoutrinadaTrindade.Algunseruditos,porm,sodeopinioqueesta palavra expressa o plural majesttico; outros a tomam como plural de comunicao, no qual DeusincluiosanjosemdilogocomEle;eoutrosaconsideramcomoopluraldeauto-exortao.Tem-severificado,porm,queestastrs ltimasopiniessocontrriasquilo quepensameexpressamospensadoresetelogosmaisconservadores.Esses,comoa Igreja, crem que o plural faamos uma aluso direta Trindade Divina em conselho para a formao do homem. B. A Criao do Homem um Ato Imediato de Deus. Algumas das expresses usadas no relato da criao do homem mostram que isso aconteceu de uma forma imediata, ao con-trriodoqueaconteceunacriaodosdemaisseresecoisasdacriaoemgeral.Por exemplo, leia Gnesis 1.11,20 e compare com Gnesis 1.27. Qualquerindciodemediaonaobradacriaoqueseachacontidanasprimeiras declaraes,referentescriaodasavesdoscusedosseresmarinhos,inexistena declaraodacriaodohomem.Isto,Deusplanejouacriaodohomem,levando-aa efeito imediatamente. Note que isto contrrio ao que ensina o evolucionismo, que o homem o resultado de uma srie de transformaes de outros elementos. C.OHomemfoiCriadoSegundoumTipoDivino.Comrespeitoaosdemaisseres vivos,lemosqueDeusoscriou'segundoasuaespcie".Istoquerdizerqueelespossuem formastipicamenteprpriasdesuasespcies.Ohomemnofoicriadoassim.Pelo contrrio,Deusdisse:"Faamosohomemnossaimagem,conformeanossa semelhana..." (Gn 1.26). Assim, em todo o relato bblico, o homem surge como um ser que recebeu de Deus cuidados especiais na sua criao. D.OsElementosdaNaturezaHumanaseDistinguem.EmGnesis2.7,vemosa distino clara entre a origem do corpo e da alma, elemento espiritual do homem. O corpo RELIGIES E SEITAS - 25 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] foiformadodopda terra,material preexistente.Nacriao daalma, noentanto,no foi necessrioousodematerialpreexistente,massimaformaodeumanovasubstncia. Isto quer dizer que a alma do homem foi uma nova criao de Deus. A Bblia diz que Deus soprou nas narinas do homem, e "o homem foi feito alma vivente" (Gn 2.7). OEspritodoHomem.Oespritoomagoeafontedavidahumana, enquanto a alma possui essavida e lhe d expresso por meio docorpo. Assim, a alma o esprito encarnado. A alma sobrevive morte porque o esprito a dota de capacidade; por isso alma e esprito so inseparveis. A Alma do Homem. A alma a entidade espiritual, incorprea, que pode existir dentro de um corpo ou fora dele (Ap 6.9). O Corpo do Homem.Dos trselementosque formamoserhumano,ocorpo aquele sobre o qual a Bblia menos fala. Sabe-se, no entanto, que o corpo humano o instrumento, o tabernculo, a oficina do esprito (2 Co 5.1-4; 1 Co 6.9). Ele o meio pelo qual o esprito se manifesta e age no mundo visvel e material. O corpo o rgo dos sentidos e o lao que une o esprito ao universo material. Os filsofos pagos falavam do corpo com desprezo, e consideravam-no um empecilho ao aperfeioamento da alma, pelo que almejavam o dia quando a alma estaria livre de suas complicadas roupagens. Porm as Escrituras tratam do corpo do homem como uma obra de Deus,oqualdeveserapresentadocomoofertaaDeus(Rm12.1).Ocorpodossalvos alcanar a sua maior glria na ressurreio, na vinda de Jesus (Jo 19.25-27; 1 Co 15; 1 Jo 3.2). 5 -O HOMEM, IMAGEM E SEMELHANA DE DEUS Um dos ensinos cardeais da Bblia que o homem foi criado imagem e semelhana deDeus,paraobedecer-lhe,am-lo,esegui-lo.Vestgiosdestaverdadeencontram-senos escritos de grandes vultos, at mesmo da literatura gentlica. "Homem"vemdolatim homo,palavraque,segundoopiniodealgunsfillogos,vem de hmus (terra). No hebraico, lngua original do Antigo Testamento, adam, nome dado ao primeiro homem, Ado, traduzido por "aquele que tirou sua vida da adamah", da terra. Em abril de 1985, a professora Llia Coyne, pesquisadora da NASA (Agncia Espacial dosEstadosUnidos) e docente da Universidadede San Jos, na Califrnia,surpreendeu o mundo cientficocom a afirmao da descoberta de que a vida humana na Terracomeou emestratosdeumaargilamuitofinaebranca,ocaulim,usadonaindstriacomo branqueadordepapeleisolantetrmico."Avanamosmuitonesseterreno",dissea pesquisadora."Falta-nosaindaaprovadefinitiva,masjconseguimosobastantepara saber que estamos no caminho certo", acrescentou a doutora Coyne. "Se tivesse de apostar uma resposta ficariacom a teoria daargila", escreveu o astrnomo americano Carl Sagan, autor do "best-seller" Cosmos. "A argila pode ser comparada a uma fbrica de vida", acres-centou em Glasgow, na Esccia, o bioqumico Graham Cairns-Smith. Aquiloqueparaoscientistasepesquisadores,mesmoosmaismoderados,ainda umaincerteza,paraocrente,naBblia,plenacerteza.Ohomemfoiformadodopda terra (Gn 2.7). 5.1. O Homem, Imagem de Deus Otermo"imagemdeDeus"relacionadoaohomem,faladaindelvelconstituiodo homemcomoumserracional,ecomoumsermoralmenteresponsvel.Aimagemnatural deDeusgravadanohomemconsistenosseguinteselementos:opoderdemovimento prprio, o entendimento, a vontade e a liberdade. Neste particular est a diferena marcante entre o homem e os animais irracionais. RELIGIES E SEITAS - 26 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] Oprimeiropontodedistinoentreohomem,comoimagemdeDeus,eosanimais irracionais a conscincia prpria. Dascriaturas terrenas s o homem tem o dom de fixar emsimesmoopensamento,eistoofazconscientedasuaprpriapersonalidade.A faculdade que ele tem de proferir o pronome EU abre um abismo intransponvel entre ele e os animais irracionais. Nenhum animal, mesmo o macaco, jamais pronunciou EU, e a razo que eles no tm conscincia prpria. Como imagem de Deus que , o homem se distingue dos irracionais ainda no seguinte: pelo poder de pensar em coisas abstratas; pela lei moral que se evidencia no seu comportamento em busca de uma perfeio maior; pela natureza religiosa que, em potencial, existe em cada ser humano; pela capacidade de fixar um alvo maior a ser alcanado no tempo e na eternidade; pela conscincia da intensidade da vida humana; pela multiplicidade das atividades humanas, que, conjuntas, somam o bem comum daquele que as desenvolve. 5.2. O Homem, Semelhana de Deus Intelectualmente,ohomemassemelha-seaDeus,porque,senohouvesseessa conformidade mental, seria impossvel a comunicao de um com ooutro, e o homem no poderiareceberarevelaodeDeus.Estasemelhanaestgrandementeprejudicadapor causa do pecado. O simples fato de Deus se manifestar ao homem prova que o homem pode receber e compreender esta manifestao. Haindaasemelhanamoral,porqueassimfoiohomemcriadoporDeus.Essa semelhana consiste nas qualidades morais inerentes ao carter de Deus. Eclesiastes 7.29 diz que "Deus fez o homem reto..." Isto quer dizer que o homem foi criado bom e dotado de relativa justia. Todas as suas tendncias eram boas. Todos os sentimentos do seu corao inclinavam-se para Deus, e nistoconsistia asua semelhana moral com o Criador. Devido aopecado,asemelhanamoralentreDeus eohomem enfraqueceumais emais.Porisso Cristo morreu, com o propsito de restaurar esta semelhana entre o homem e Deus, o que comea a partir da converso. Comoficoupatente,oevolucionismoumateoriainspiradanoinferno,como propsito de desacreditar asEscrituras, principalmente no que diz respeito criao como umatosoberanodeDeus.Porm,ocrentearraigadonaBbliaSagrada,enoemteorias humanas, pela f entende "que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se v no foi feito do que aparente" (Hb 11.2). 6 -O NEOMODERNISMO TEOLGICO Modernismo"ou"NeomodernismoTeolgico"soexpressesmuiconhecidas, largamente usadas no mundo da teologia nos dias modernos. Em linhas gerais, designam o desvioteolgicodalinhadecompromissocomaverdadedivina,noatodeinterpretare comunicar as Escrituras. OModernismoTeolgico,deacordocomestudiososdateologiaemnossosdias,est maisvinculadoaocomplexosistemateolgicoedoutrinriodeKarlBarth,telogosuo, nascido em 1886, e falecido em 1968, aos 82 anos de idade. sabido,porm,queoneomodernismoabriufronteiras,rompendooslimitesda teologiabarthiana.Destemodo,estesistemateolgicosefazpresentenomovimento ecumnico,levadoaefeitopordeterminadossegmentosdocristianismo,e,maisrecente-mente, na chamada "Teologia da Libertao", que tanta confuso est causando. RELIGIES E SEITAS - 27 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] 6.1. A Teologia de Karl Barth KarlBarthfoi,semdvida,umtelogocultoeumescritorprolifero.Dentreas principais obras que escreveu, destacam-se: A Palavra de Deusea Teologia, A Teologia e a Igreja, O Novo Mundo da Bblia, Questes Bblicas, Necessidades e Promessas da PregaoCrist,APalavradeDeuscomoDeverdaTeologia,DoutrinaReformada- SuaEssnciaeDevereFundamentosDogmticos.Mas,foicomapublicaodoseu livro Comentrios Sobre Romanos que ele tornou-se mundialmente conhecido. So duas as razes por que tomamos a pessoa de Karl Barth como ponto de partida da especulaodateologianeomodernista:Primeiro,grandenmerodetelogosmais conservadoresdaatualidadeoconsideramassim.Segundo,suateologiatemcontribudo paraquedeterminadossetoresdateologia,nosdiashodiernos,demumaguinada, passando do verdadeiro e lgico para o absurdo e anti-bblico. Ateologiabarthianateminfluenciadotantoopensamentoteolgicodosdias modernos, que muitos telogosconsideram Barth uma espcie de "profeta" e "reformador". Porm,nohcomoesconderoerroembutidoemsuasconclusesteolgicas,que infelizmente esto se infiltrando em vrios seminrios em nosso pas e sendo adotadas por muitos ministros evanglicos brasileiros. 6.2. A Doutrina Neomodernista Dentreosmuitospontoscontroversosdateologiabarthianaemodernistaliberal, destacam-se os seguintes: A.ABblia.ABblia"decapaacapapalavrashumanasefalveis...Segundoo testemunhodasEscriturassobreoshomens,quetambmserefereaeles(isto,aos profetaseapstolos),elespodiamerrar,etambmtmerrado,emtodapalavra...mas, precisamente com essa palavra humana, falvel e errada pronunciaram a palavra de Deus" (Fundamentos Dogmticos, vols. I, II, pp. 558/588). SegundoBarth,ainfalibilidadedaBbliaumafantasia,saceitaporcrentes ignorantes.Paraele,nemmesmoaspalavrasdeCristo,relatadasnosEvangelhos,so infalveis.ElevaimaisalmeafirmaqueosensinamentosdeJesus,conformedadosno Evangelho,sotoafastadosdaverdadeacercadeDeuscomoasmaiscruisidiasda primitiva religio. Portanto,concluiele,aBblia noadivina einspirada Palavrade Deus,anoser queDeusresolvaus-la comomeiodesuarevelao,oque,segundoBarth,ssesucede quando ela pregada pela Igreja. B.OPecadoeaQueda.Apergunta:"Comoohomemsetornoupecador?"responde Barth: "No por uma queda do primeiro homem. A entrada do pecado no mundo, por Ado, noumeventofsico-histricoemqualquersentido"(ComentrioSobreRomanos,p. 149).Isso,naturalmente,significaqueopecadonocomeouporumalivreescolhapela qual o homem preferiu desobedecer lei divina. De fato, segundo Barth, o pecado pertence naturezadohomemcomoumsercriado.Dessemodo,naqualidadedehomem,at mesmo nosso Senhor Jesus Cristo foi carne pecaminosa afirma Barth irreverentemente. Seopecadopertencenaturezadohomem,naqualidadedesercriado,podeele, nessecasoserperdoadoesalvodoseupecado?EvidentementeBarthfaladeperdode pecado,mas"perdo"nosignifica,paraele,queohomemsejatransformadoesetorne uma nova criatura. Tudo quanto criado pecaminoso, e o crente to pecaminoso quanto omais inquodoshomens.SegundoBarth,"opecadohabitou,habita ehabitarnocorpo mortal enquanto o tempo for tempo, o homem for homem e o mundo for mundo". No vemos esperana de real salvao para os neomodernistas, uma vez que crem na Bbliae em Deusaoseuprpriomodo.Narealidade,elesmutilamaBbliaedescremde Deus. RELIGIES E SEITAS - 28 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] C. A Pessoa de Cristo.Quem l o livro Credo,de Barth, tem a impresso de que ele crnonascimentovirginaldeJesusCristo,oquenocorrespondeverdade,luzdo contexto geral da teologia barthiana. De acordo com Barth, na histria tudo relativo e incerto. Isso, evidentemente, aplica-sevidaterrenadeCristo. Porconseguinte,elepode falarsobreonascimento virginalde Cristo, mas como um "mito". D.AMortedeCristo.BarthensinaqueCristomorreuemdesespero,equeissoa indicao mais clara de que o homem no tem meios de chegar a Deus por sua religio! Em umdeseussermes,disseeleacercadeCristocrucificado:"Elesetornouhumilhado, derrotado esacrificado, pois no queria outracoisa senovencero eu humano e dar tudo nasmosdoPai".OsignificadodamortedeJesus,dessaforma,apenasqueElese sacrificou, e nada mais. E. A Ressurreio de Cristo. No seu livro Comentrios Sobre Romanos, Barth chega adizerqueoateuD.F.StrausstalveztivesserazoemexplicararessurreiodeCristo como "um embuste histrico". Mas Barth mesmo quem afirma: "A ressurreio de Cristo, ou o que d no mesmo, a sua vida, no um acontecimento histrico". F.AEscatologia.Ensinaobarthianismoqueaescatologianadatemavercomo futuro,equeasegundavindadeCristonoumacontecimentovindouro.Ensinaque esperar pela vinda do Senhor acrescentar ansiedade nossa situao real. G.ARessurreiodosMortos.Segundoateologianeomodernista,apalavra "ressurreio"naBblianadatemavercomaressurreiodohomemdamortefsica.De fato, Barth ensina que a ressurreio j aconteceu. H. O Cu. Barth destaca em seu ensino que a esperana que o crente nutre de ir para ocuumaprovadocristianismoegostaqueestvivendo.Porisso,dizelequeo verdadeiro crente no necessita da imortalidade da alma, nem do julgamento final e nem do cu. Refutao Bblica das Doutrinas Neomodernistas Aorefutaroneomodernismooubarthianismo,aBblianegatodaequalquer possibilidade de salvao aos neomodernistas aprisionados nosseus prprios erros. Veja o que dizem as Escrituras a respeito dos temas abordados: A. A Bblia. A Bblia a Palavra de Deus, e, portanto, : o Livro infalvel e imutvel dos sculos (SI 119.89); divinamente inspirada (2 Pe 1.21); absolutamente digna de confiana (1 Rs 8.56; Mt 5.18); pura (SI 19.8); santa, justa e boa (Rm 7.12); perfeita (SI 19.7; Rm 12.2); verdadeira (SI 119.142). B. O Pecado. Deus no autor nem cmplice do pecado, pois: Ele no pratica perversidade, nem comete injustia (J 34.10); Ele fez o homem reto (Ec 7.29); o homem foi advertido de no pecar (Gn 2.16,17); o homem caiu em pecado por sua prpria escolha (Gn 3.6,7); aquelequeconfessaoseupecadoeodeixa,alcanadoSenhormisericrdiae perdo (Pv 28.13; 1 Jo 1.9). C. A Pessoa de Cristo. Cristo era uma Pessoa real: RELIGIES E SEITAS - 29 Instituto de Teologia Logos Preparando cristos para a defesa da f! www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected] Ele nasceu duma virgem (Is 7.14; Lc 1.27); Ele foi isento de pecado (Hb 7.26); Ele foi visto por Joo Batista(Jo 1.29), Ans (Jo 18.12,13), Pilatos (Jo 18.28,29) e Herodes (Lc 23.8). D. A Morte de Cristo. A morte de Cristo foi um fato histrico e real: foi t