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N.07 dezembro 2015 conheça os principais projetos, desafios e oportunidades que transformaram a Martifer numa empresa reconhecida internacionalmente Arnaldo Figueiredo, Presidente da Martifer Metallic Constructions e Administrador do grupo Martifer Birmingham New Street Station - da coordenação à execução, um desafio superado Indústria Naval, a navegar rumo ao futuro entrevista martifer metallic constructions em foco 25 anos

25 anos - MARTIFER · do que o que estávamos há algum tempo atrás. A empresa já fez ajustamentos que tinha que fazer e preparou-se, prevendo que o que estava para vir era um período

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N.07 dezembro

2015

conheça os principais projetos, desafios e oportunidades que transformaram

a Martifer numa empresa reconhecida internacionalmente

Arnaldo Figueiredo, Presidente da Martifer Metallic Constructions e Administrador do grupo Martifer

Birmingham New Street Station - da coordenação à execução, um desafio superado

Indústria Naval, a navegar rumo ao futuro

entrevista

martifer metallic constructions

em foco

25 anos

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EDSU

PROPRIEDADEGrupo Martifer, Apartado 17,3684-001 Oliveira de FradesPortugal

DIRETORCarlos Martins

DIRETOR DE REDAÇÃOPaulo César Ferreira

REDAÇÃOCatarina Teixeira

COLABORARAM NESTA EDIÇÃOAlberto Coelho, Alexandre Kissingler, António Santos Lima, Artur Violante, Belmiro Couto, Carlos Costa, Carlos Serra, Daniel Machado, Daniela Ferreira, Filipe Rosa, Hugo Camacho, Hugo Carneiro, João Lopes, Jorge Martins, Manuel Silva, Marco Lemos Costa, Mário Rui Couto, Miguel Lobo, Nuno Pina, Paulo Neves, Pedro Duarte, Pedro Lages Carvalho, Pedro Moreira, Pedro Rodrigues, Ryma Makhzoumi, Sara Silva

DESIGN E PAGINAÇÃOSandra Cruz

FOTOGRAFIABanco de imagens do grupo Martifer, ECCS, Network Rail Media Centre, Portal da Copa, SAPA Portugal Awards, Ventinveste

PERIODICIDADE Anual

Esta publicação adota o novo Acordo Ortográfico

CAPA

25 anos

Conheça os principais projetos, desafios e oportunidades que transforma-ram a Martifer numa empresa reconhecida inter-nacionalmente

editorial

3 editorial Estamos prontos para redefinir o nosso futuro

4 entrevista Arnaldo Figueiredo, Presidente da Martifer Metallic Construc-tions e Administrador do grupo Martifer

10 preparar o futuroUm plano transversal para uma estratégia global

12 em foco Indústria Naval, a navegar rumo ao futuro

18 presença globalDesporto Global

20 metallic constructions Birmingham New Street Sta-tion – da coordenação à execu-ção, um desafio superado

28 renewables Bons ventos para a Ventinveste

34 empreender 25 anos Martifer

sumário

A Martifer completou, em fevereiro de 2015, 25 anos. Há 25 anos, eu, o Jorge e o António Bastos, tomámos a iniciativa de criar a Martifer. Há 25 anos os nossos objetivos eram ambiciosos mas não imaginávamos a dimensão que a Martifer ganharia. Ao olhar para trás, vejo que esta foi a nossa mais audaz aventura.

Construir 25 anos de história dá muito trabalhoEm 1990, com o início da atividade de fornecimento de pavilhões industriais em estrutura metálica, estávamos ape-nas a responder a uma necessidade do mercado. Os cinco anos seguintes foram muito difíceis. Portugal vivia uma situação económica complicada e todos os dias encerravam empresas. A nossa equipa demonstrou, desde cedo, uma força de trabalho incomparável e não desistimos à primeira. Arriscámos em projetos mais complexos, encontrámos, na adversi-dade do início dos anos 90, o nosso espaço, e descobrimos capacidades que não conheceríamos se não fosse este início atribulado. Em 1995, tornámo-nos líderes nacionais.Nos anos seguintes iniciámos um per-curso de crescimento, começámos a ser mais exigentes, certificámo-nos e esco-lhemos parceiros para a vida. Em 1998, Lisboa recebia a Expo 98 e a Martifer marcava presença no primeiro grande evento internacional. Seguiu-se o Euro 2004 e o esforço da nossa equipa

fez-nos ultrapassar o grande desafio de participar em cinco estádios quase em simultâneo. Nesse momento, a cultura que nos distingue revelou-se: o espírito de sacrifício, a vontade de construir algo maior e o compromisso da equipa Mar-tifer com os seus projetos. Entretanto já tínhamos ultrapassado as fronteiras e lutávamos por grandes projetos noutras geografias.

Novos negócios e um espírito empreendedorEsta força anímica, a maturidade alcança-da, a equipa forte e inovadora e, princi-palmente, as relações de confiança que fomentámos, permitiram-nos criar novos negócios - em 2004 iniciámos atividade nas energias renováveis, um negócio apaixonante, como a nossa natureza. Começámos com a natural evolução de uma metalomecânica para uma fábrica de torres eólicas. Depois, em 2005, fun-dámos a Prio e iniciámos a produção de biocombustíveis. Um ano depois en-trámos para o setor fotovoltaico com a Martifer Solar.Com 17 anos de atividade entrámos em bolsa. Um período frenético com a atividade no setor eólico a intensificar-se. Em 2008, já éramos mais de 2 800 co-laboradores em 20 países e em Oliveira de Frades nasciam novas infraestruturas. Nos anos seguintes construímos grandes obras, ganhámos ainda mais experiência, e explorámos novas oportunidades.

FocalizaçãoEm 2010, com quase 4 000 colabora-dores em todo o mundo, a Martifer precisava de uma mudança. Decisões menos acertadas que, numa conjuntura económica menos favorável, tiveram ain-da maiores consequências, fizeram-nos dar um passo atrás. A partir de 2010 reformulámos a estratégia e assumimos o foco nos negócios core.

Hoje e SempreHoje unimos esforços para recuperar o negócio, centrando o Grupo nas ativi-dades da construção metálica, da cons-trução e reparação naval e da energia. Hoje, com este percurso de 25 anos na memória, estamos prontos para redefi-nir o nosso futuro e continuar a superar os desafios que encontramos. A audácia, a coragem e a humildade com que inici-ámos a Martifer, a experiência adquirida e a confiança que os nossos parceiros depositam em nós, são os nossos maio-res trunfos para uma recuperação sus-tentada. Obrigado por estar connosco e confiar em nós nestes 25 anos.

Carlos Martins Presidente do grupo Martifer

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EN entrevista

Arnaldo Figueiredo conta com mais de 35 anos de experiência no setor da construção e acumula as funções de Presidente da Martifer Metallic Constructions e de administrador do grupo Martifer com a Vice-Presidência da Mota-Engil. Em entrevista, mostra-nos a sua visão

do Grupo, do setor da construção e da economia global.

não há muitas empresas no mundo

com a capacidade técnica de engenharia

que a martifer tem

MNEWS | Sendo uma pessoa com uma vasta experiência no setor da constru-ção, como vê o percurso da Martifer na área de construção metálica?

ARNALDO FIGUEIREDO | O percurso da Martifer no setor da construção metálica tem sido notável. A Martifer é uma empresa com 25 anos, já com uma longa história, e teve um percurso meritório em termos de afirmação da capacidade de produção e de engenharia no domínio da construção metálica.

Este percurso fez da Martifer uma empresa incontornável no setor da construção metálica em Portugal, sendo líder destacada e tendo conseguido marcar uma posição de relevo a nível internacional. É considerada uma das melhores empresas no panorama internacio-nal, em termos de know how e de capacidade de execução, e isso é, de facto, notável e de-monstra o percurso que foi feito, desde a sua criação, do zero, até chegar à expressão que tem nos dias de hoje.

MN | Quais foram os maiores desafios que enfrentou, até agora, na Martifer? E o que mais admira na empresa?

AF | A Martifer, como quase todas as empresas em Portugal e também a nível internacional, não ficou imune à grande crise que se abateu sobre o mundo. O maior desafio que enfrentamos na Martifer é conseguir dar sustentabilida-de à empresa dentro da dimensão e da capacidade de execução que tem, para que a empresa continue o bom trabalho que tem vindo a fazer ao longo dos anos. Esse é um dos grandes desafios que con-tinuamos a enfrentar e temos todos de trabalhar em conjunto para conseguirmos vencer este período difícil.

O que mais admiro na empresa é o know how de engenharia da construção metá-lica e a capacidade de resiliência que tem tido para superar as dificuldades recentes.

É sabido que muitas empresas do nosso setor, não só em Portugal como a nível internacional, já fecharam portas ou estão hoje muito debilitadas e sem capacidade de fazer projetos, enquanto a Martifer continua a seguir o seu rumo com uma grande resiliência e com uma capacidade de execução que continua a mostrar

aquilo de que a engenharia portuguesa, e a Martifer em particular, é capaz.

Esta resiliência é o que nos irá permitir vencer as dificuldades com que nos depa-ramos e estou perfeitamente convencido de que a Martifer continuará, por muito mais anos, o trabalho que tem feito.

MN | Tendo em conta a conjuntura eco-nómica que vivemos atualmente, consi-dera que o pior já passou? Esperam-se bons ventos para a Martifer, especial-mente no setor da construção?

AF | Nós temos que ser otimistas, mas eu não diria que o pior já passou. Acredito que ainda temos pela frente tempos muito complicados. Conseguimos chegar

até aqui, onde muitas empresas não che-garam, o que já é um feito assinalável, e temos perspetivas para continuar.

Considero que os tempos que temos pela frente vão ser tão difíceis como os que vivemos recentemente, mas também estou convencido que estamos hoje muito mais bem preparados para os enfrentar do que o que estávamos há algum tempo atrás. A empresa já fez ajustamentos que tinha que fazer e preparou-se, prevendo que o que estava para vir era um período complicado. Seguiu um caminho que lhe permite hoje ter mais capacidade e enca-rar o futuro com mais otimismo.

Temos de continuar com os pés bem as-sentes no chão para conseguir ultrapassar os desafios que ainda temos pela frente.

O setor da construção é um setor muito difícil, que continua sem grandes perspeti-vas de melhoria, mas é o setor onde nós estamos. Temos que encarar isso. Facilida-des não se esperam com certeza, mas eu acredito que iremos conseguir resistir a estas dificuldades.

MN | Sendo Vice-Presidente da Mota--Engil, e sendo a Mota-Engil um acionista de referência da Martifer há vários anos, como vê a relação entre as duas empre-sas, e como acha que ela deverá ser ou continuar a ser?

Estar fora, por estar fora, não vale a pena. Estamos fora para ganhar dinheiro, para conseguirmos ser rentáveis

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entrevista

AF | A Mota-Engil é de facto acionista da Martifer há muitos anos e com muito gosto. Está disponível, como sempre este-ve, para apoiar a Martifer, embora nunca tenha interferido diretamente na gestão.

Nunca teve participação ativa na empresa, mas sempre a acompanhou. É uma em-presa pela qual a Mota-Engil tem muito apreço, e prevejo que este estado de es-pírito vá continuar no futuro.

Relativamente à relação entre as duas em-presas, todos temos que fazer, diariamente, um esforço para melhorar esta relação. To-dos temos a ganhar se esta relação for de estreita colaboração e cooperação, pautada por uma grande transparência e confiança.

Há situações em que a Mota-Engil é impor-tante para a Martifer, e a Martifer pode tam-bém, à sua dimensão, ajudar a Mota-Engil. Considero que este bom relacionamento que existe, e que deve ser cada vez mais aprofundado e acarinhado, é bom para as duas organizações e assim todos temos obrigação de contribuir para que aconteça.

MN | Nos últimos anos temos assistido a uma redução do peso de Portugal no negócio da Martifer, que se assume cada vez mais como uma empresa internacio-nal. Quais os principais critérios para a escolha dos mercados onde a empresa

atua? E quais são os mercados mais im-portantes para a Martifer atualmente?

AF | De facto, em Portugal, não há negó-cio. O país passou nos últimos anos por uma crise profunda, e eu não prevejo que melhore a muito curto prazo, o que obrigou a Martifer, e outras empresas que quiseram resistir e sobreviver, a ir lá para fora e a encarar o mercado internacional com a importância que tem, efetivamente, para a sustentabilidade das empresas.

Quem não estiver lá fora, hoje, não tem qualquer hipótese. No setor da constru-ção, então, não há absolutamente hipótese nenhuma. Portanto, a Martifer também teve que o fazer. Felizmente, já estava noutros países, não foi um processo novo, mas foi preciso redirecionar toda a ativi-dade e reequacionar onde tínhamos que estar, da forma como queríamos estar e onde tínhamos capacidade para estar de uma forma eficaz.

Estar fora, por estar fora, não vale a pena. Estamos fora para ganhar dinheiro, para conseguirmos ser rentáveis. Se não há negócio, também não vamos ganhar di-nheiro. Portanto, foi isto que a Martifer teve que fazer e que continua a ter que fazer cada vez mais.

Quanto aos critérios para a escolha de mercados, têm de ser mercados onde te-

nhamos capacidade para nos afirmarmos, que não haja uma concorrência excessiva, que seja um mercado em que sejamos tratados de uma forma justa e em que a competência se assuma como um fator de-terminante. Nós temos confiança na nossa capacidade e não tememos a concorrência, mas queremos é que seja pela compe-tência que as coisas se decidam e não por situações que não conseguimos controlar. E, acima de tudo, têm de ser mercados com obras para fazer e com investimento público, para que nós tenhamos obras para concorrer, e que seja um mercado onde tenham capacidade para pagar os projetos. Há muitos mercados que têm obras para fazer mas depois não têm dinheiro para as pagar e temos de ter cuidado, porque não temos condições para fazer trabalhos e não sermos pagos por eles. Estas são as condições determinantes: haver o que fazer, haver mercado e haver dinheiro para pagar às empresas que estão nesse mercado.

Neste contexto, embora a crise hoje seja muito maior e mais abrangente do que era há uns tempos atrás, os nossos principais mercados são Angola, um mer-cado muito importante para nós, o Reino Unido, mais concretamente Inglaterra, a França, a Arábia Saudita e a Argélia. Estou convencido que são e serão os mercados mais importantes no curto/médio prazo, não obstante algumas dificuldades pelas quais estão a passar.

MN | Nos mercados externos, qual tem sido a estratégia de entrada da Martifer? As parcerias têm um papel importante na internacionalização da empresa?

AF | Penso que as parcerias têm um pa-pel determinante na internacionalização das empresas. Tivemos que recentrar o percurso que a Martifer seguiu ao longo dos últimos anos e refizemos o plano estratégico para melhor definirmos onde queríamos estar e como queríamos estar. Nesse plano estratégico, as parcerias são um elemento decisivo para enfrentar com sucesso os mercados externos.

Foi o que fizemos, em bom tempo, na Argélia, criou-se uma parceria que está a funcionar. Aliás, eu diria que nós hoje con-seguimos estar na Argélia porque fizemos esta parceria, senão, face à crise que o país tem atualmente, era impossível, não esta-ríamos lá a fazer nada. E assim, estamos a fazer alguns projetos, embora menos do que o previsto, e temos perspetivas de vir a fazer mais.

De facto, as parcerias têm um papel im-portantíssimo em mercados como este, da Argélia. Também temos uma parceria em Angola, já há muito tempo. Também na Arábia Saudita e no Qatar, já temos uma parceria informal e estamos a pro-curar formalizá-la, para conseguir estar no mercado de uma forma mais segura.

Definimos que queríamos fazer parcerias com empresas locais, para que o conhe-cimento do terreno e a componente comercial (que é sempre mais fácil para quem é local) fosse associado ao nosso know how e à nossa capacidade de produ-ção e conseguíssemos criar uma ligação que fosse mutuamente vantajosa.Isto é o que estamos a privilegiar no pre-sente e penso que devemos continuar a privilegiar no futuro para estarmos de uma forma mais sustentável no exterior.

MN | Ainda no âmbito dos mercados internacionais, quais considera os prin-cipais fatores diferenciadores do Grupo nestes mercados?

AF | A força principal que este Grupo tem é o enorme know how de engenharia de construção metálica. Há muitas empresas de metalomecânica ligeira, mas poucas as que têm grande capacidade de engenharia. A Martifer é uma empresa de engenharia e é aí que nós fazemos a nossa afirmação: pela capacidade técnica de fazer obras de grande complexidade e de grande dimen-são. É nisto que temos que apostar. Fazer mais do mesmo, qualquer um faz. A Mar-tifer tem que apostar naquilo que faz bem e em que é diferenciadora em relação às outras empresas do setor. Não há muitas empresas no mundo com a capacidade técnica de engenharia que a Martifer tem

e temos que tirar partido disso.

Temos feito obras notáveis espalhadas por vários países, reconhecidas e elogia-das, de forma unânime, pela forma como são feitas. Obras de grande complexidade técnica e complexidade de execução, e a Martifer fá-las tão bem ou melhor do que qualquer outra empresa mundial. Essa é que é a nossa grande força. É essa força que temos que preservar e potenciar para dar uma maior sustentabilidade à empresa.

MN | Tendo em conta a estratégia da empresa [ver rubrica preparar o Futuro], da estratégia delineada, o que é que já foi feito e o que falta fazer?

AF | Já muito foi feito. Por força das cir-cunstâncias do mercado e da grande crise que atingiu o país e as empresas, e até o mundo em geral, se a Martifer não tivesse feito nada, não estaríamos aqui a falar, nem estaríamos a pensar no futuro, porque não havia futuro.

De facto, as empresas têm de se ajustar à realidade e quanto mais rápido tiverem essa capacidade de se ajustar, melhor re-sistirão às dificuldades, mas mais do que resistir às dificuldades, preparar-se-ão para o futuro. Ora, a Martifer já fez muito, efe-tivamente, porque era preciso fazer muita coisa para um ajustamento a esta nova realidade com que nos confrontamos todos os dias.

Mas ainda há muito por fazer, ainda não está tudo feito. Aliás, nunca está tudo feito. Há sempre coisas para fazer. As pessoas têm de ter consciência de que o mundo é dinâmico, muda todos os dias, e por isso nós temos que estar sempre preparados para conseguir absorver e perceber o que é que se está a passar e adaptarmo-nos a estas mudanças. E portanto, estas coisas nunca acabam. É um processo contínuo.

Definimos que queríamos fazer parcerias com empresas locais, para que o conhecimento do terreno e a componente comercial fosse associado ao nosso know how e à nossa capacidade de produção

As empresas têm de se ajustar à realidade e quanto mais rápido tiverem essa capacidade de se ajustar, melhor resistirão às dificuldades, mas mais do que resistir às dificuldades, preparar-se-ão para o futuro

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entrevista

Arnaldo Figueiredo é um homem com uma carreira de quase 40 anos ligada ao setor da construção. Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, começou a trabalhar, em 1977, aos 21 anos, na Conduril – Construtora Duriense, onde teve contacto com o mundo laboral, mas também com aquele que afirma ser, hoje, o seu lema de vida: “Na primeira empresa onde trabalhei, quando se entrava, subia-se umas escadas, onde havia uma frase colocada na parede que toda a vida me marcou, desde o primeiro dia de trabalho: «Quando se quer fazer uma tarefa, arranja-se um processo, quando não se quer, arranja-se uma desculpa» ”. Marcado pela cultura de objetivos nessa sua primeira experiência profissional, confessa que, ainda hoje, gosta “de pessoas que resolvem problemas, e não das que inventam desculpas para não os resolver”.

Após 10 anos de trabalho na Conduril, entrou na Mota & Companhia como responsá-vel pelo mercado angolano, tornando-se rapidamente no responsável pela área interna-cional e, mais tarde, em 1993, administrador com o pelouro da área internacional.

Atualmente é vice-Presidente da Mota-Engil, além de Administrador do grupo Mar-tifer e Presidente da Martifer Metallic Constructions.

Assumidamente teimoso, considera que este é o seu principal defeito, “por vezes é difícil convencer-me a mudar de ideias”, mas também a sua maior qualidade, porque “na vida, se não se persistir e não continuarmos a lutar por aquilo que acreditamos ser o correto, não se chega a lado nenhum”.

Nos tempos livres gosta de ler, mas é sobre viagens que fala com mais paixão, falando de lugares onde gosta sempre de voltar “Nova Iorque, Roma, Londres, Praga”. Mas é Paris que lhe está no coração: “posso lá ir todos os anos, que não me importo. Lá sinto-me bem e gosto de usufruir da cidade. Mesmo que não seja para fazer nada, só estar lá, já é bom!”

Aos 60 anos, Arnaldo Figueiredo tem uma certeza: “Sem trabalho nada se consegue. A minha idade garante-me que temos que nos esforçar, ser determinados, de tra-balhar para chegar a algum lado. E esperar que esse trabalho nos dê a recompensa que merecermos.”

ARNALDO FIGUEIREDO60 ANOS

presidente da martifer metallic constructions e administrador do grupo martifer

Agora, havia coisas que efetivamente era preciso e urgente fazer e destas, eu acho que a maioria já foi feita, e o que falta, ficará concluído em pouco tempo. Depois, é preciso ter a empresa prepa-rada, em termos organizacionais, para o futuro, e ir-se adaptando a esta nova re-alidade. Definimos alguns mercados-alvo como estratégicos, mas amanhã pode haver um desses mercados que deixe de ser tão importante, por qualquer razão, porque pode estar com mais dificuldades internas, por exemplo, e pode haver outro novo que surja. Temos de estar abertos a isso e atentos às oportunidades que os mercados nos dão.

Nós temos é de fazer o nosso trabalho de casa. Se ficarmos à espera que as coi-sas aconteçam, elas nunca vão acontecer e portanto temos que criar condições para que o Grupo perceba que a vida hoje é diferente do que era há cinco anos atrás e que há que ajustar muitas coisas, para que possamos ter capacidade para continuar o nosso percurso.

MN | Como vê a Martifer daqui a cinco anos?

AF | A minha expetativa é que daqui a cinco anos exista uma Martifer mais forte do que a que existe hoje. É para isso que estamos aqui todos a trabalhar diariamen-

te. Espero que daqui a cinco anos possa-mos estar a falar de como a empresa está muito mais robusta, com mais capacidade, mais preparada e melhor do que o que estava há cinco anos atrás.Que a crise já tenha passado, tanto aqui em Portugal como a nível internacional, que o mundo esteja melhor, espero eu, e espero que a Martifer também já esteja melhor, dentro desse mundo melhor.

É a minha expetativa. Naturalmente que nós não estamos sozinhos, e vamos de-pender muito de como o mundo evoluir. Agora, também temos de fazer a nossa parte, porque se não a fizermos, ninguém a fará por nós. Mas eu espero, e tenho uma forte convicção, de que daqui a cinco anos vamos estar melhor que hoje.

Não estamos sozinhos, e vamos depender muito de como o mundo evoluir. Agora, também temos de fazer a nossa parte, porque se não a fizermos, ninguém a fará por nós

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PF preparar o futuro

No início de 2015, o grupo Martifer desen-volveu um processo de reflexão que levou à adoção de um Novo Plano Estratégico.Este processo culminou na definição de um Modelo Organizacional, que se pretende que responda cabalmente aos desafios do mercado e ao contexto internacional, promovendo uma visão e gestão integrada do Grupo, uma ambição consciente de crescimento, reforçando o espírito de coesão e solidariedade ins-titucional e a capacidade de resposta às seguintes prioridades delineadas no novo Plano Estratégico:

o reforço da internacionalização como base da estratégia da martifer metallic constructions

A Martifer Metallic Constructions tem na base da sua estratégia a internacionaliza-ção, que lhe permite fazer face ao abran-damento do setor de construção que ocorreu nos últimos anos em alguns dos seus principais mercados. Assim, esta área de negócio baseia a sua atividade em po-los geográficos, de forma a permitir uma maior abrangência das suas atividades:europa ocidental a primeira fábrica do Grupo, localizada em Oliveira de Frades, Portugal, serve toda a Europa Ocidental, nomeadamente os países onde a ativida-de da empresa é mais significativa: Portu-gal, Reino Unido, Espanha e França.europa de leste e médio orientea fábrica na Roménia permite produzir es-truturas metálicas para projetos em toda a Europa de Leste e em países do Médio Oriente. Já conta com vários projetos em curso na Arábia Saudita.áfrica subsariana existem dois polos industriais, um em Angola e outro em Moçambique. São dois países com ca-racterísticas diferentes e orientações de mercado diferentes. A fábrica de Angola procura responder apenas aos projetos angolanos, pela dimensão do país. Enquan-to que a unidade moçambicana poderá servir não apenas Moçambique, mas tam-bém para projetos de países circundantes.norte de áfrica a mais recente fábrica do grupo Martifer é na Argélia e respon-derá às necessidades do mercado argelino. Em mercados específicos, como é o caso, por exemplo, da Argélia (Martimetal) e de Moçambique (Martifer Amal), a Martifer Metallic Constructions procurou estabe-lecer parcerias com empresas que, pelo seu conhecimento do mercado e/ou pela complementaridade de valências, possam

acrescentar valor e criar novas opor-tunidades de negócio.

martifer renewables: da rotação de ativos ao estabelecimento de parcerias

A Martifer Renewables é a empresa do grupo que se dedica ao desen-volvimento de projetos de energias renováveis, essencialmente no setor eólico. Tem uma estratégia baseada numa rigorosa utilização de capitais no desenvolvimento e na construção de projetos. Mais do que acumular megawatts em operação, esta área de negócio procu-ra desenvolver os melhores projetos nas melhores localizações, tendo im-plementado uma política de rotação de ativos que pode incidir quer em projetos que estejam em processo de desenvolvimento, quer em projetos em construção, quer ainda em proje-tos já em operação.A empresa já desenvolveu e construiu mais de 250 MW de ativos renová-veis, tendo efetuado operações de venda de projetos na Polónia (ao grupo Ikea) e no Brasil (à CPFL e ao Banco Santander). Mais recentemente, vendeu em Portugal, através da sua participada Ventinveste, cinco socieda-des titulares de licenças e direitos de interconexão à rede para capacidade de produção eólica a instalar de 216,4 MW à EDP Renováveis.Através desta estratégia, a Martifer procura tirar partido do seu know-how no desenvolvimento e construção de projetos, ao mesmo tempo que ga-rante o seu financiamento através da rotação de ativos e do estabelecimen-to de parcerias com instituições de renome internacional, tanto financeiras como de outros setores.

um plano transversal para uma estratégia global

Estamos convictos que o Novo Plano Estratégico é adequado aos complexos desafios do mercado e do atual contexto internacional, e que o plano de ação em curso permitirá atingir os objetivos delineados. O contexto externo é importante e esperamos que a evolução seja favorável, nomeadamente na vertente geopolítica, associado à recuperação do preço das commodities, em particular do petróleo e gás, e em consequência do investimento e crescimento económico em países como Angola, Argélia e Arábia Saudita.

Focalizar no negócio core da Construção Metálica (Estruturas Metálicas, Alumínio e Vidro, Indústria Naval e Oil & Gas), adequar a atividade da Renewables

Redirecionar e adequar a estrutura ao reforço da Presença Internacional

Reforçar as Funções de Controlo do Negócio e Análise de Risco das propostas Comerciais

Melhorar Processos de Negócio e Eficiência Operacional

Adequar a maturidade de inflows da Atividade Operacional e dos (des)investimentos aos outflows da Atividade de Financiamento

Uniformizar o perfil de amortização da dívida financeira

Reduzir significativamente o custo de financiamento all-in

Aumentar significativamente a maturidade média da dívida (para cerca de oito anos)

Reforçar a estrutura de capital permanente

No âmbito da adoção deste novo modelo organizacional, foi iniciado, no final do ano passado, um processo de focalização no ne-gócio core de construção metálica e de ade-quação da atividade da Martifer Renewables. Reforçou-se a presença internacional nas geografias chave e em oportunidades atrativas em mercados com rentabilidades acima da média, acompanhada por uma adequação da estrutura ao novo footprint

250

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+30%

9M2014 9M2014 2012

Construção Metálica

Renewables

Holding

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2014

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9M2015

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Proveitos OperacionaisM€

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internacional do Grupo - neste cenário, assume particular destaque a recente alienação da atividade no mercado de construção no Brasil.O grupo Martifer tem também desenvol-vido ações para a melhoria dos processos e da eficiência operacional através da otimização da capacidade industrial e dos layouts produtivos.Em paralelo, foi encetado um conjunto de

iniciativas ao nível do desenvolvimento e retenção dos recursos humanos.No que diz respeito à situação financeira, a Martifer chegou a acordo em dezembro de 2015 com um grupo de instituições financeiras credoras para a reestruturação do passivo bancário. O montante global dos financiamentos a reestruturar ascen-de a cerca de 260 milhões de euros. Este acordo permitirá:

Pedro Moreira CFO do grupo Martifer

O Grupo acredita que tem vindo a dar os passos certos no sentido de atra-vessar com sucesso o período turbulento que afetou a generalidade do tecido empresarial português e também os mercados europeus - a recuperação veri-ficada nos resultados do Grupo nos primeiros nove meses do ano, nomeada-mente ao nível operacional (EBITDA e EBIT) que reforçam essa convicção.

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EF em foco

Aveiro e Viana do Castelo são duas cida-des separadas por apenas 120 km (em linha reta). São, no entanto, ligadas pela história das suas populações, que, tendo em comum a sua ligação ao mar e às ativi-dades piscatórias, frequentemente viajavam entre as duas cidades, num intercâmbio cultural e comercial intenso. Esta ligação levou a que se tornassem cidades gemi-nadas em 1910. Duas cidades portuárias, localizadas no eixo atlântico, no centro de várias rotas internacionais.É nestas duas cidades que a Martifer conta com dois estaleiros navais, a Navalria, em Aveiro e a West Sea, em Viana do Castelo.A indústria naval é uma realidade no grupo Martifer desde 2008, ano em que adquiriu a totalidade do capital da Navalria, um estaleiro que, até à data, se dedicava exclusivamente à atividade de reparação naval.

Com a entrada do grupo Martifer, o es-taleiro sofreu um processo de moderni-zação e reabilitação das suas infraestrutu-ras, tendo construído, entre 2008 e 2013, sete embarcações (dois ferry catamarans e cinco navios de cruzeiro fluvial).É no final de 2013, no seguimento de um concurso público internacional, que a Martifer se torna a subconcessionária dos terrenos e infraestruturas dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. O contrato de subconcessão foi assinado em janeiro de 2014, e em maio, a West Sea, empresa criada para gerir a subconcessão, iniciou a sua atividade nos estaleiros.Após a subconcessão, a West Sea passou por um processo de recuperação das ins-talações e dos equipamentos, num inves-timento que, em pouco mais de um ano, ultrapassou os quatro milhões de euros. Hoje, a empresa conta com mais de

200 colaboradores diretos, dos quais cerca de 70 % são ex-colaboradores dos ENVC e reparou ou converteu mais de 50 navios, 85 % dos quais do mercado internacional. A West Sea tem já, em carteira, quatro navios: dois navios cruzeiro para o rio Douro, atualmente em construção, e dois navios patrulha oceânicos que se en-contram atualmente em fase de projeto e iniciarão corte de chapa no primeiro semestre de 2016.Com a entrada em funcionamento da West Sea, a Martifer passou a contar com dois estaleiros que lhe permitem, anualmente, reparar e converter mais de 100 navios com um comprimento má-ximo de 200 metros e transformar mais de 20 mil toneladas de aço para novas construções.

a navegar rumo ao futuroindústria naval

Pedro Duarte Administrador da West Sea e da Navalria

Em pouco mais de cinco anos, e partindo de um pequeno estaleiro de reparação, criámos um segmento de atividade que hoje já representa mais de 20 % do Volume de Negócios da Martifer Metallic Constructions e gerou aproximadamente 300 postos de trabalho diretos. Acreditamos que o setor naval tem ainda muito para dar ao grupo Martifer. Temos as pessoas certas, as infraestruturas necessárias e uma localização privilegiada para nos tornarmos numa referência neste setor. É para isso que trabalhamos diariamente, e é com estas valências e como uma estratégia bem definida que iremos crescer, tanto em Portugal, como no processo de internacionalização.

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14 mnews | dezembro 2015 | n.07 15mnews | dezembro 2015 | n.07

em foco

dois estaleiros, um oceano de oportunidades

Cada um dos dois esta-leiros conta com equipa-mentos que o dotam de características específicas.

Ambos os estaleiros go-zam de uma localização estratégica, no norte e centro de Portugal, com proximidade a vá-rios portos de relevo internacional, tais como Vigo, Leixões (Porto) e Lisboa. A sua localização encontra-se no centro de várias rotas internacionais, nomeadamente as rotas que ligam o Mediterrâ-neo ao Norte da Europa, o Norte da Europa à América do Sul e o Me-diterrâneo à América do Norte.

navalria west seaa - b - c - d - e - f - g - h - i -

a - b - c - d - e - f - g - h - i -

Doca Seca

Pórtico Rolante

Doca Flutuante

Elevador de Navios

Oficina de Montagem de Blocos

Oficina de Mecânica

Carpintaria

Mesa de Alinhamento de Blocos

Armazéns

Docas Secas (2)

Plataforma de Construção

Bacia de Aprestamento

Oficinas de Suporte às docas

Oficina de Mecânica

Oficina de Encanamentos

Linha de Montagem de Painéis

Oficina de Pré-Montagem

Oficinas de Caldeiraria Pesada, Decapagem, Pintura e Caldeiraria

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Marco Lemos Costa Diretor de Construção Naval da West Sea

Com a West Sea, o setor de construção naval conta hoje com conhecimento e capacidade para enfrentar desafios internacionais de valor acrescentado. Temos o maior e mais competitivo estaleiro de construção em Portugal e em tudo se deve aos recursos humanos altamente qualificados e aos meios de que dispomos. A nossa estratégia passa por construir navios com tecnologia avançada. É com base nesta estratégia e nas excelentes valências humanas de que dispomos que enfrentamos o presente com otimismo, nos preparamos para um futuro mais ambicioso e nos propomos a ser uma referência internacional.

navalria west sea

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16 mnews | dezembro 2015 | n.07 17mnews | dezembro 2015 | n.07

em foco

Na comemoração do primeiro ano da West Sea em Viana do Castelo, Carlos Martins, Presidente do grupo Martifer, referiu que “os estaleiros de Viana do Castelo só poderão afirmar-se se estive-rem ligados em rede a outros estaleiros, de forma a responderem a três fatores fundamentais: proximidade, especializa-ção e conhecimento”. A internacionalização é um dos pilares estratégicos da West Sea, que procura a entrada em novos mercados através da criação de parcerias para estaleiros navais próximos de áreas de extração de oil & gas e com forte procura de reparação naval.Os primeiros passos para este novo patamar da empresa foram dados em junho deste ano, após um período de conhecimento mútuo e de trabalho conjunto ao longo de 2014, com a con-cessão de um estaleiro naval da Argélia, em parceria com uma empresa pública

argelina de reparação naval, a ERENAV. Localizado no porto de Arzew, este es-taleiro é especializado na construção e reparação naval. A concessão terá um período de 40 anos, tendo o Conselho de Participa-ções do Estado Argelino, no passado mês de setembro, dado o seu acordo para a constituição da nova joint venture, cujos trâmites de constituição estão atualmente a ser desenvolvidos, entre a ERENAV e a West Sea, que terá a con-cessão dos estaleiros.Para além da atividade de reparação/conversão naval, uma atividade core nos estaleiros do Grupo, outro dos pontos-chave da estratégia da Martifer para o setor naval é a especialização na construção. A empresa está, atualmente, focada em três tipos de produtos:

navios cruzeiroo Grupo conta já com uma experiência

relevante neste tipo de navios

navios militarescom uma forte componente de incor-poração tecnológica e um elevado grau de exigência técnica

outros equipamentos equipamentos e navios com elevada complexidade técnica e com possibili-dade de incorporação do know how do Grupo, tanto na indústria naval, como na construção metalomecânica

É através desta estratégia, complemen-tada com a satisfação dos seus clientes, que as empresas do grupo Martifer que atuam no setor naval esperam continuar a desenvolver o trabalho de sucesso que até então têm demonstrado, garantindo, desta forma, a fidelização dos seus clien-tes e a sustentabilidade do setor no seio do Grupo.

A criação de produtos de valor acrescentado e que incorporem a introdução de know-how no seio do segmento naval do grupo Martifer é fundamental para o posicionamento da West Sea como uma marca de referência neste setor, daí a criação e implementação de uma startup no campo da geração de energia elétrica – Power Barges – fazer todo o sentido, pois a modularidade e a flexibilidade deste tipo de produtos vão de encontro às necessidades dos mercados emergentes e em franca expansão. O desenvolvimento das Power Barges faz uso de todo o domínio e conhecimento técnico já incorporado pelo setor naval, introduzindo um novo conceito e produto de valor acrescentado para a marca West Sea.

É intenção da West Sea reforçar a capacidade de reparação, com a criação de novos espaços de docagem que permitirão, a curto prazo, duplicar a atividade num dos setores mais competitivos do país a nível internacional, sendo os Estaleiros Portugueses dos mais conceituados e os trabalhadores do setor reconhecidos como de excelente qualidade, não só na Europa, mas também no Médio Oriente e em África.

António Santos Lima Diretor de Reparação Naval da West Sea

Filipe Rosa Responsável da Divisão de Gás da West Sea

proximidade, especialização e conhecimento como eixos estratégicos

navios reparados

navios em carteira

2 Navios Cruzeiro para o rio Douro atualmente em construção - um para um cliente nacional e outro estrangeiro, para estarem concluídos em fevereiro de 2016

2 Navios Patrulha Oceânicos para a Marinha Portuguesa, que se encontram atualmente em fase de projeto e iniciarão corte de chapa no pri-meiro semestre de 2016

Eva SchulteNavio Tanque com 145 metros, reparado entre maio e junho de 2015

OrwellDraga com 90 metros, reparada entre março e abril de 2015

Monte BrasilPorta contentores com 126 metros, reparado em julho de 2014

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18 mnews | dezembro 2015 | n.07 19mnews | dezembro 2015 | n.07

PG

estádio do dragãoestádio da luzestádio alvalade xxiestádio do bessapavilhão multiusos de portimão

caja mágicaking abdullah sports city

grand stade olympique lyonnais

arena luanda

secc hydro arenaarena fonte novaarena castelãoarena da amazôniaarena do grêmiocentro de treino olímpicohalls paraolímpico

portugal

espanhaarábia saudita

françaangola

reino unidobrasil

desporto global

presença global

A Martifer conta com uma vasta experiência na construção de infraestruturas des-portivas, tendo participado na construção de vários eventos desportivos de relevo internacional, tais como os Campeonatos Europeus de Futebol de 2004, 2012 e 2016, o Mundial de Hóquei em Patins de 2013, o Campeonato do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

baltic arenapolónia

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20 mnews | dezembro 2015 | n.07 21mnews | dezembro 2015 | n.07

MCA estação Birmingham New Street é a es-tação mais movimentada fora de Londres e a maior estação de transferência do Reino Unido, com um comboio a partir da estação a cada 37 segundos.Construída nos anos 60, a estação foi agora totalmente remodelada, de for-ma a transformar-se num terminal do século XXI, num projeto que envolveu não apenas a remodelação e ampliação da estação, mas também a melhoria das áreas circundantes à estação e a criação de novos postos de trabalho, através do desenvolvimento do centro comercial Pallasades que terá como principal loja a John Lewis, na área sul da estação.A Martifer esteve presente em quatro áreas distintas do projeto.Na unidade comercial (Pallasades), a Mar-tifer teve a seu cargo a fachada da John Lewis, uma loja de uma das cadeias mais emblemáticas do Reino Unido. Trata-se de uma fachada modular de 4 700 m2, distri-buída por cinco pisos, totalmente desen-volvida e instalada pela Martifer Alumínios.

Birmingham New Street Birmingham New Street

Birmingham New StreetBirmingham New Street

A fachada que envolve toda a estação, com uma área total de cerca de 2 400 m2, é uma fachada anti bomba, o que exigiu à Martifer um enorme rigor ao nível da con-ceção, uma vez que está preparada para resistir a explosões a uma distância supe-rior a 25 metros. Esta fachada englobou também a instalação de 84 portas, das quais cerca de metade são automáticas.Além destas duas fachadas, a Martifer foi também responsável pela fachada em aço inox. Esta é composta por mais de 8 500 painéis de aço inox, num total de 12 000 m2. Quase todos os painéis são peças únicas, de forma a responder à geo-metria singular do edifício. Toda a estrutura de suporte em ferro (1 200 toneladas) e alumínio (80 000 metros) foi desenvolvida e executada pela Martifer.Por fim, a Martifer teve também a seu cargo a execução de uma claraboia em estrutura metálica (Atrium) com 700 to-neladas, apoiada em 14 suportes no topo de 14 pilares. Devido à sua configuração, foi necessária a utilização de torres de

escoramento e de macacos hidráulicos para suportar a estrutura e auxiliar durante o processo de montagem. Este módulo representou enormes desafios, sobretudo devido à sua complexidade de montagem.Além da complexidade do projeto, que en-volveu uma necessidade de grande coor-denação entre as equipas da Martifer e os restantes intervenientes na obra, a logística do projeto foi também um desafio, uma vez que não existia um estaleiro em obra, o que obrigou a que os materiais fossem entregues no momento da montagem.A Martifer Metallic Constructions conse-guiu, desta forma, superar com sucesso um projeto que envolveu operações de logística e de coordenação rigorosas, bem como procedimentos excecionais de segurança, uma vez que a estação esteve em funcionamento durante toda a em-preitada e existiram trabalhos sobre as próprias linhas de comboio.

birmingham new street station

metallic constructions

Os projetos desenvolvidos pela Martifer, pela sua complexidade e dimensão, exigem uma organização eficiente, que permita ultrapassar vários desafios, sejam eles técnicos, logísticos ou geográficos. Da área comercial à montagem, passando pela logística e pela produção, todos os aspetos têm de estar alinhados para que os projetos sejam concluídos dentro dos prazos e orçamentos estabelecidos, garantindo a qualidade do trabalho final.

Hugo Camacho COO da Martifer Metallic Constructions

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Em Portugal, a Martifer Metallic Construc-tions teve em mãos, em 2014 e 2015, dois projetos notáveis, ambos na região de Lisboa: a Nova Sede Corporativa da EDP e o Atlântico Estoril Residence / Ho-tel Intercontinental Estoril.Na Nova Sede Corporativa da EDP, em Lisboa, a Martifer teve como cliente direto a Mota-Engil, e desenvolveu uma solução em alumínio, não apenas para evitar pato-logias futuras, mas também para otimizar os custos e processo de fabrico e monta-gem do projeto.A Martifer foi responsável pela produção e montagem de aproximadamente 11 000 m2 de fachada tradicional com sistema SAPA e 3 300 m2 de fachada siliconada.De forma a ir de encontro às premissas

do arquiteto, Aires Mateus & Associados, no que diz respeito à estética do edifício, foi desenvolvido especialmente para este projeto um sistema de fachada que per-mitisse o mínimo de expressões visíveis do alumínio. Este sistema foi testado e homologado por um laboratório inde-pendente certificado.O Atlântico Estoril Residence / Hotel Intercontinental Estoril é um projeto de hotelaria e habitação no Estoril, com um projeto de arquitetura do arquiteto João Paciência. Tendo como cliente a Atlântico Estoril – Construtores ACE e como dono de Obra a ÓNUS – Investimentos Imobili-ários, o projeto destacou-se pela diversida-de de sistemas executados pela Martifer. A empresa foi responsável por 2 500 m2

de caixilharia, num sistema que, pelas suas grandes dimensões, foi homologado e certificado pelo LNEC. A Martifer teve também a seu cargo 15 500 m2 de painel compósito de alumínio com caracte-rísticas retardantes ao fogo, 700 m2 de fachada tradicional, 1,5 km de guardas de vidro, 750 m2 de sombreadores em ogiva e grelhas de sombreamento e 190 tonela-das de estrutura metálica.Com estes dois projetos, a Martifer de-monstrou, uma vez mais, a sua capacidade de desenvolver soluções à medida de cada projeto, indo de encontro às necessi-dades dos clientes e requisitos técnicos e arquitetónicos de cada edifício.

A Martifer concluiu, em 2015, duas obras de elevada complexidade em Espanha.A Torre Serrano, no coração de Madrid, é uma torre com 50 metros de altura, ten-do a sua fachada sido remodelada com o edifício em funcionamento, tanto ao nível dos pisos superiores (escritórios), como no piso térreo (superfície comercial). Este facto exigiu um cuidado adicional, não só com os horários e impacto das interven-ções, com os arranjos interiores a serem realizados segundo um plano rigoroso de trabalhos noturnos e ao fim de semana, para permitir o normal funcionamen-to dos escritórios, mas também com a estética e funcionalidade da proteção envolvente, de forma a não prejudicar o funcionamento da superfície comercial e manter as áreas de circulação dos utiliza-dores do edifício.Neste projeto, a Martifer foi responsável pelas fachadas, tendo montado cerca de 1 370 módulos de fachada distribuídos por 13 pisos, 3,7 quilómetros de forras de pila-res, 800 m2 de fachada cortina com Leds (no piso térreo do edifício) 2 000 m2 de proteções corta-fogo e ainda uma gôndola de manutenção com reforço de estrutura (cerca de 30 toneladas), tendo o sistema de fachada e revestimentos utilizado sido

totalmente desenvolvido pela Martifer.Tendo como cliente a Infinorsa, a nova fachada da Torre Serrano teve arquitetura de Ortiz y León e Direção facultativa da ENAR e foi concluída em março de 2015.Em Sevilha, a Martifer enfrentou também um grande desafio técnico. O Pódio da Torre Triana, com arquitetura de Cesar Pelli, envolveu a produção e montagem de 1 600 módulos de fachada, entre os quais 80 % são de tipologias distintas entre si. Esta singularidade dos módulos exigiu a criação de um software especialmente de-senvolvido para este projeto, que permitisse a colocação dos módulos, grelhas frontais e verticais no desenho técnico de fachada. No total, foram aplicados 7 400 m2 de fachada, 4 310 m de lâminas verticais, 14 000 m de lâminas horizontais e 2 050 m de perfil frontal. Todos os perfis foram criados de raiz para o projeto. O projeto durou nove meses e foi concluído em abril de 2015.Com dois desafios concluídos, a Martifer encontra-se atualmente a trabalhar no pro-jeto do Banco Popular, onde está responsá-vel pela execução da fachada dupla pele em glass fins e vidros de 9,50 metros de altura, num projeto muito singular que se espera concluído até ao final de agosto de 2016.

do setor empresarial à hotelaria e habitação em portugal

de madrid a sevilha, duas torres de elevada complexidade

metallic constructions

Torre Serrano

Torre Serrano

Pódio da Torre Triana

Pódio da Torre Triana Pódio da Torre Triana

Nova Sede Corporativa da EDP

Atlântico Estoril Residence/Hotel Intercontinental do EstorilAtlântico Estoril Residence/Hotel Intercontinental do Estoril

Nova Sede Corporativa da EDP

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metallic constructions

Com fábricas em Angola e Moçambique, é nestas duas geografias que a Martifer desenvolve a maioria da sua atividade na África Subsariana.Em Angola, a empresa encontra-se neste momento a concluir o Edifício Kilamba, uma torre de escritórios localizada na marginal de Luanda, com uma altura de 155 metros, 25 dos quais abaixo da cota do mar.Neste projeto, a Martifer foi responsável pela execução de aproximadamente 6 000 m2 de painel compósito de alumínio, 5 000 m2 de fachada modular, 1 600 m2 de fachada tradicional e 1 000 m2 de elemen-tos corta-fogo. Teve também a seu cargo a execução de 900 metros de lâminas de sombreamento, 644 unidades de proje-tantes e 72 unidades de caixilharia, além de 1 200 m2 de lâminas de ventilação, 500 m2 de guarda corpos em aço inoxi-

dável e cerca de 56 toneladas de serralha-rias, distribuídas por guarda corpos, gradis, canópia, claraboias e escadas.Com uma diversidade de elementos e uma complexidade elevada, o projeto obrigou à elaboração de 1 600 páginas de notas de cálculo e 419 desenhos de pormenor, além das dificuldades logísticas, uma vez que não existia um estaleiro em obra, o que exigiu um planeamento rigo-roso de cargas de acordo com a evolução da obra.Em Angola, além da finalização deste pro-jeto, a empresa iniciou este ano a cons-trução da Sodiba – Fábrica de Cerveja e Água do Bom Jesus, um projeto chave na mão com data de conclusão prevista para novembro de 2016.Em Moçambique, a Martifer, através da sua participada Martifer Amal, esteve presente na construção das torres Rani

(Edifício Horizon), um ícone da cidade de Maputo, localizado a 100 metros do oce-ano Índico.O empreendimento é composto por uma torre de escritórios com 14 pisos, uma torre de apartamentos com 19 pisos e um embasamento comum onde funcio-narão um centro comercial e dois pisos de estacionamento.A Martifer foi responsável pelo forneci-mento e montagem de todas as fachadas de alumínio e vidro, tanto da torre de apartamentos como do edifício de es-critórios. Todas as fachadas exteriores do edifício são elípticas, tendo a zona central dos escritórios uma fachada modular com curvatura tanto no plano vertical como horizontal, exigindo um especial cuidado no seu desenho técnico.

de angola a moçambique, áfrica com projetos martifer

Em 2015, a Martifer continuou a desenvol-ver projetos emblemáticos em França, ten-do concluído os trabalhos no Forum des Halles, em Paris, e no Grand Stade de Lyon.Localizado no coração de Paris, Les Halles foi, durante mais de 800 anos, o principal mercado de alimentos da cidade, tendo sido, nos anos 70, substituído por um centro comercial subterrâneo, Forum des Halles. Em 2012, iniciou-se a renovação do edifício, que consiste na construção do espaço La Canopée, que ocupará uma área total de 20 mil metros quadrados.Tendo como cliente um consórcio consti-tuído pelas empresas Chantiers Modernes Construction, TPI e GTM (subsidiárias da Vinci Construction), a Martifer foi respon-sável pelo fornecimento e montagem de mais de 2 000 m2 de fachadas corta fogo de 7 metros de altura, 1 860 m2 de facha-da de alumínio com módulos VEC e 250 m2 de claraboias.Em Lyon, a Martifer participou em mais uma infraestrutura para um grande even-

to desportivo: o Grand Stade de Lyon, que receberá jogos do Europeu de Fute-bol de 2016.Trata-se de um estádio com mais de 58 mil lugares, que envolveu o fabrico e mon-tagem de mais de 7 525 toneladas de estrutura metálica de elevada complexida-de de fabrico, pela geometria das ligações e exigência de soldadura. A montagem da obra teve início em ou-tubro de 2014, tendo sido concluída em outubro de 2015, e envolveu, no pico da obra, cerca de 130 colaboradores.O processo de montagem envolveu a utili-zação de 15 mega torres de escoramento com 30 metros de altura e 200 toneladas de capacidade, montadas em duas fases para permitir o escoramento temporário das 32 treliças principais do estádio. Estas torres foram retiradas após o descimbre da estrutura com recurso a macacos hi-dráulicos de 200 toneladas, num processo cuja conceção e execução foi integralmen-te assegurada pelas equipas da Martifer.

da estrutura metálica ao alumínio: projetos emblemáticos em frança

Também em França, num projeto de grande importância para o futuro da energia, a Martifer está a participar na construção do ITER, um projeto interna-cional na área da energia. Neste projeto, a Martifer é responsável pelo fabrico e montagem de cerca de 6 000 toneladas de estrutura metálica, além do fornecimento de cerca de 11 000 placas embutidas para os edifícios n.º 11, 14 e 74, com um elevado grau de exigência técnica (classe EXC4 de acordo com a norma EN 1090).A montagem da cobertura foi realizada recorrendo à técnica de “big lift”, que per-mite a elevação da cobertura totalmente montada ao longo da fachada.Os trabalhos da Martifer no projeto foram iniciados em setembro de 2014 e prevê-se a sua conclusão em junho de 2016, tendo, até à data, sido montadas mais de 5 000 toneladas de estrutura metálica.Com a conclusão recente, em França, de dois projetos e com a participação num projeto com a importância do ITER, a Martifer tem dado o seu contributo para a construção de algumas das obras mais emblemáticas do país.

Fórum des Halles

Grand Stade de Lyon

Edifício Horizon Edifício Kilamba

ITER

ITER

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metallic constructions

A Martifer realizou, nos últimos anos, obras de elevada complexidade técnica. Esta capacidade de execução tem sido premiada ao longo dos anos, por diversas entidades.Em outubro, o trabalho da empresa na Arena da Amazônia foi reconhecido pela ECCS - European Convention for Cons-tructional Steelwork, com a atribuição do prémio de excelência a categoria “Public and Cultural”, nos European Steel Design Awards 2015.Estes prémios realizam-se a cada dois anos e premeiam projetos que se distin-guem na área da construção em aço.Já em novembro, em Portugal, o trabalho na área do alumínio foi reconhecido nos SAPA Portugal Awards 2015, cujo objeti-vo é premiar os grandes projetos execu-

tados em 2014 por clientes da Sapa Buil-ding System Portugal em todo o mundo.Entre os 17 projetos distinguidos, a Marti-fer recebeu três distinções: Prémio Hote-laria Nacional, pelo trabalho no Atlântico Estoril Residence / Hotel Intercontinental Estoril, Prémio Engenharia de Soluções Nacional, pelo projeto da Nova Sede Corporativa da EDP, e Prémio Soluções de Proteção e Segurança, relativo ao pro-jeto Birmingham Gateway.Com estes prémios, a Martifer Metallic Constructions volta a afirmar-se como uma referência nos segmentos de estru-turas metálicas e fachadas em alumínio e vidro, reforçando, uma vez mais, a sua vocação obras de elevada complexidade e dimensão.

martifer metallic constructions premiada em 2015

central termoelétrica a gás, localizada em Djelfa – a Martimetal está atualmente em fase final de instalação da sua unidade industrial, localizada em Batna.A nova unidade tem uma área total de cerca de 60 000 m2, dos quais 14 000 m2 são ocupados pela área de produção. Esta unidade iniciou já produção das primeiras peças para o projeto de Djelfa.

A Martifer entrou no mercado argelino em 2014, com a criação da Martimetal, uma empresa detida a 49 % pela Martifer e a 51 % pelo grupo IMETAL, o maior grupo industrial público argelino, que inte-gra toda a fileira do aço, incluindo os dois maiores projetos siderúrgicos da Argélia.Já com um projeto em carteira – a es-trutura metálica do refrigerador de uma

da primeira obra à mais recente fábrica da martifer, na argélia

Presente na Arábia Saudita desde 2012, a Martifer continua a desenvolver diversos projetos no país, estando atualmente na fase de conclusão de duas pontes em Riade, projeto Carwest. Trata-se da cons-trução de um nó de ligação das vias circu-lares a Riade, um projeto que aumentará a capacidade de tráfego entre as várias vias rápidas da cidade, com um tráfego diário de cerca de 600 mil automóveis.Neste projeto, a Martifer é responsável não só pelo projeto das ligações, mas também pelo fabrico e montagem das pontes, que têm como principal desafio a sua configuração e dimensão, que obri-garam ao fabrico local, num dos parceiros da empresa na região.Uma das pontes foi já concluída, estando a outra em fase de montagem com con-clusão prevista para o final do ano.Além da conclusão do projeto Carwest, a empresa está também a participar em dois projetos: o Pavilhão Multiusos de Damman e a ponte Abi Bakr.O projeto do pavilhão multiusos de Damman, é composto por duas fases: o átrio do edifício administrativo (1 110 toneladas) e um pavilhão multiusos (4 850 toneladas), com capacidade para 6 000 espetadores. A Martifer está responsável pelo projeto, fabrico e montagem de toda a estrutura metálica do pavilhão. O átrio do edifício encontra-se atualmente em fase final de montagem, estando a empre-sa a iniciar o fabrico da estrutura para o pavilhão, que se prevê estar concluído em setembro de 2016.Na ponte Abi Bakr, uma ponte com 326 metros de comprimento e 29 me-tros de largura, a Martifer concluiu em setembro a montagem do deck metálico, num projeto cujo prazo de montagem foi o grande desafio a ultrapassar. Os traba-lhos neste projeto irão prosseguir no iní-cio do próximo ano com a montagem de três passagens de peões e da estrutura de suporte da fachada de alumínio da ponte.

das infraestruturas de transportes às infraestruturas desportivas na arábia saudita

Carlos Costa CCO da Martifer Metallic Constructiuons

A Martifer tem procurado ultrapassar o período difícil que vivemos no setor da construção através da entrada em novos mercados e da diferenciação pela qualidade das soluções técnicas de engenharia. Assim, os prémios que temos recebido desempenham um papel importante, porque demonstram e reconhecem a nossa capacidade para desenvolver projetos de elevada complexidade e dimensão.

da estrutura metálica ao alumínio:

Ponte Abi Bakr

Ponte Abi Bakr

Ponte Abi Bakr

European Steel Design Awards

SAPA Portugal Awards

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28 mnews | dezembro 2015 | n.07 29mnews | dezembro 2015 | n.07

A Ventinveste foi criada em 2005, após o lançamento do concurso eólico nacional em Portugal, para a atribuição de licenças para produção de energia eólica. O consórcio ven-ceu a fase B do concurso, ficando, desta forma, responsável pelo desen-volvimento e pela construção de um portefólio eólico de 400 MW.Além da construção dos parques, a Ventinveste também desenvolveu um cluster industrial, que permite uma forte incorporação portuguesa na produção dos equipamentos a instalar nos parques e que contribui para um aumento das exportações do país. Um bom exemplo do sucesso do cluster são as fábricas construídas pela Senvion em Oli-veira de Frades e em Ílhavo. Na primeira são montadas as nacelles e na segunda são produzidas as pás dos aerogeradores. Esta última é considerada umas das melhores e

mais modernas fábricas da Senvion a nível mundial, exportando grande parte da sua produção.No início de 2013, os acionistas da Ventinveste (Galp e Martifer) toma-ram a decisão de iniciar um proces-so de alienação dos projetos eóli-cos. Neste processo, encontraram um investidor estrangeiro com a capacidade e o interesse em investir nos projetos em fase mais avançada de desenvolvimento. Consequente-mente, em dezembro de 2014, foi criado o Projeto Âncora, que asse-gurou o financiamento para a cons-trução de 171,6 MW. Os restantes projetos do consórcio Ventinveste (216,4 MW), que se encontravam numa fase menos madura, foram em outubro de 2015 vendidos à EDP Renováveis. Esta venda está ainda dependente de aprovação pe-las autoridades administrativas e de concorrência competentes.

bons ventos para a ventinveste

RE renewables

Além da construção dos parques, a Ventinveste também desenvolveu um cluster industrial, que permite uma forte incorporação portuguesa na produção dos equipamentos a instalar nos parques e que contribui para um aumento das exportações do país.

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30 mnews | dezembro 2015 | n.07 31mnews | dezembro 2015 | n.07

vale do chão

douro sul

Parque eólicoSernancelhe

12 x MM92 – 100 m

15,4 kmLinha de 400 kV

Diagrama de interconexão

Diagrama de interconexão

Localização

Localização

Ligação à rede

Ligação à rede

Parque eólicoPicos Vale do Chão11x MM92 – 80 m

Parque eólicoTrês Marcos19 x MM92 – 80 m

10 kmLinha de 60 kV

21,5 kmLinha de 60 kV

17 kmLinha de 60 kV

(partilhada)

24,2 kmLinha de 60 kV

Subestação de Penela (REN)

Subestação de Moimenta

30/60/400kV

Localizado na Serra da Lousã, nos concelhos de Pêra e Gois

Localizado no distrito de Viseu, nos muni-cípios de Moimenta da Beira, Sernancelhe, Viseu e Castro Daire

A ligação à rede será efetuada a 60 kV, de forma a ligar com mais precisão a uma linha existente

Esta ligação entre o parque eólico e a linha existente será efetuada através de uma linha similar

Os 10 km de linha a serem construídos serão propriedade da Vale do Chão SPV

A ligação à rede elétrica pública será feita a 400 kV, na subestação da REN em Armamar

A infraestrutura de ligação à rede a ser cons-truída inclui uma subestação de 30/60/400 kV localizada em Moimenta, 15 km de linha de 400 kV, bem como duas linhas de 60 kV cada, necessárias para a ligação dos parques eólicos de Sernancelhe e Três Marcos à subestação de Moimenta.

Todas as linhas e subestações a construir serão propriedade da Douro Sul SPV, exceto a linha de 400 kV que será transferida para a REN

Parque eólicoMoimenta

42 x MM92 – 100 m

Subestação de Armamar (REN)

400 kV

VALE DO CHÃO DOURO SUL

PICOS VALE DO CHÃO MOIMENTA TRÊS MARCOS SERNANCELHE

Localização Lousã Moimenta da Beira Viseu Sernancelhe

MW 22,55 86,10 38,95 24,00

N.º de turbinas 11 42 19 12

Modelo das turbinas MM92 – 80 m MM92 – 100 m MM92 – 80 m MM92 – 100 m

Data prevista de conclusão dezembro 2015 agosto 2016 outubro 2016 maio 2016

renewables

O Projeto Âncora é uma parceria entre a Ventinveste e a Ferrostaal, que visa a construção de 171,6 MW distribuí-dos por dois projetos: Douro Sul com 149,05 MW, que inclui os parques de Moimenta (86,1 MW), Três Marcos (38,95 MW) e Sernancelhe (24,00 MW), e Vale do Chão, com um parque eólico de 22,55 MW.A construção dos parques teve início

ainda em dezembro de 2014, e prevê-se que estes estejam totalmente operacio-nais no final de 2016. O valor total do investimento é de 220 milhões de euros, dos quais 175 milhões foram financiados por um sindicato bancário constituído pelos bancos BPI, ING e Santander.Os parques terão a instalação total de 84 turbinas fornecidas pela Senvion. As torres eólicas e os anéis de fundação

são fornecidos à Senvion pela Martifer Metallic Constructions e estão a ser fabricados na unidade da empresa em Oliveira de Frades, assegurando um ano de trabalho ininterrupto nesta fábrica. Após a conclusão dos projetos, e consi-derando os 12 MW já em operação, a Ventinveste terá uma capacidade instala-da total de 184 MW em Portugal.

projeto âncora: um novo estímulo para a ventinveste

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32 mnews | dezembro 2015 | n.07 33mnews | dezembro 2015 | n.07

A Martifer Renewables concluiu, em outubro, o seu quarto parque eólico na Polónia, um projeto com 36 MW,

localizado em Gizalki.Este projeto foi desenvolvido pela Mar-tifer Renewables em parceria com um

developer local até à sua fase ready-to-build, após a qual a Martifer assegurou um acor-do preliminar de aquisição do parque e

de financiamento com o grupo Ikea.Com a venda definitiva do parque em

novembro de 2015, Gizalki tornou-se no quarto projeto entregue pela Martifer

Renewables ao grupo Ikea com sucesso, dentro do prazo e do orçamento, refor-çando, desta forma, a relação com um

importante parceiro e cliente da Martifer. A Martifer Renováveis, subsidiária da Martifer Renewables no Brasil, vendeu, em novembro, dois projetos de energia solar, totalizando 170 MW.Ambos os projetos estão localizados no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. O primeiro projeto, Floresta, com 80 MW, situado no municí-pio de Areia Branca, foi vendido à Solaire Direct. O segundo projeto, Assú, situado no município com o mesmo nome, com 90MW, foi vendido à Tractebel. Ambas as empresas pertencem ao Grupo Engie, o maior grupo independente de produção de energia do mundo.Esta venda vem dar continuidade ao su-cesso alcançado pela Martifer Renováveis no Brasil que, desde a sua criação, em 2008, já construiu cerca de 110 MW de projetos energias renováveis como co--proprietária e vendeu cerca de 400 MW de projetos de energia solar e eólica em diferentes estágios de desenvolvimento.A Martifer Renováveis acredita na conti-nuidade deste sucesso. O Brasil tem assis-tido a um grande crescimento na área das energias renováveis, tendo adicionado, nos últimos anos, cerca de 1 GW de projetos de energia solar e 2 GW de projetos de energia eólica à sua matriz energética, através de leilões públicos anuais.

quarto parque eólico concluído na polónia

170 mw de energia solar

no brasil

Jorge Martins CEO Martifer Renewables

A Martifer Renewables soube posicionar-se no mercado das energias renováveis condicionado pelas dificuldades de acesso ao crédito e garantias bancárias, focando-se em geografias onde conseguimos dirimir o risco e fazendo parcerias com investidores que complementam o nosso saber fazer. É desta forma que queremos prosseguir gerando resultado e fluxo de caixa.

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34 mnews | dezembro 2015 | n.07 35mnews | dezembro 2015 | n.07

EM empreender

1995

1998

2003

2005

1996

1999

2000

2004

2006

1990 foi o ano internacional da alfabetização, pela ONU, o ano em que

Nelson Mandela foi libertado após 27 anos de prisão, e o ano da

reunificação da Alemanha.

É neste ano que, a 21 de fevereiro, nasce a Martifer, uma empresa que

ambicionava o fornecimento de naves industriais construídas em

estrutura metálica.

A Martifer completou, em 2015, 25 anos de existência. Conheça melhor

o percurso da empresa ao longo do seu primeiro quarto de século.

Evolução da empresa, que passa da construção de naves industriais simples para estruturas complexas, iniciando-se também na construção de Centros Comerciais e outros grandes projetos.

Fundação da Martifer como sociedade por quotas, com um capital social de aproximada-mente 22 500 euros e sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, localidade onde se man-tém até aos dias de hoje. A primeira obra da

empresa foi um pavilhão da Isocar.

Preparação para a certificação de Qualidade ISO 9001. A certificação foi obtida em 1997.Preparação para a Expo 98.

Construção da segunda fábrica da empresa, em Benavente.Inauguração das novas instalações da empresa em Oliveira de Frades.

Realização da Expo 98 em Portugal, com a participação da Martifer na construção da praça Sony e da torre Vas-co da Gama.Transformação em sociedade anónima, alterando a es-trutura acionista. O capital social passa a ser detido pela MTO SGPS (atualmente I’M SGPS) e pela ENGIL SGPS (hoje Mota-Engil SGPS). A partir de 2001, estas posições passaram a ser igualitárias.

Início da construção da fábrica de estruturas metálicas na Polónia, a primeira fora de Portugal, que iniciou produção em 2004.Construção dos Estádios do Euro 2004 em Portugal.

Início da atividade de estruturas metálicas na Roménia.Início da atividade na área da Agricultura e de Biocombustíveis.Participação de 25,4 % na REpower Systems, tornando-se num dos acionistas de referência da empresa alemã.Constituição da Repower Portugal, com vista ao mercado de construção de parques eólicos, assistência e assembla-gem de aerogeradores.Criação da M Energy (hoje, Martifer Renewables) com o principal propósito de centralizar a gestão de todas as atividades na área da promoção de energias renováveis.

FEV

21

estruturas complexas

fundação da martifer

1990

expo 98

euro 2004

diversificação

certificação da qualidade

novas instalações

internacionalização

energias renováveis

setor solar

Início do processo de internacionalização, com a entra-da em Espanha.

Início de atividade no setor dos equipamentos para energia renovável, através da Martifer Energia. Esta em-presa dedica-se ao fabrico de torres metálicas para ae-rogeradores eólicos e está instalada na Zona Industrial de Oliveira de Frades.Compra de 2 % de participação na REpower Systems.Criação da Martifer SGPS, S.A., que tem como objetivo ge-rir as participações sociais das empresas do grupo Martifer.

Início da atividade no setor solar fotovoltaico, com a constituição da Martifer Solar.Criação do Consórcio Ventinveste para o Concurso Eólico Nacional, em parceria com a Galp.

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36 mnews | dezembro 2015 | n.07 37mnews | dezembro 2015 | n.07

2014

2015

2007

OPA sobre a REpower Systems, em parceria com a Suzlon. Obtenção, pela Ventinveste, do primeiro lugar da “Fase B” do concurso público lançado pelo governo Português para a atribuição de 400 MW energia eólica.Entrada em Bolsa da Martifer SGPS, através de uma oferta pública inicial (IPO). Após o IPO, a Empresa contava com 65 mil novos acionistas.

Início da atividade no estaleiro da West Sea, em Viana do Castelo e assinatura, no final do ano, do primeiro contrato de construção naval da nova empresa.Realização do Campeonato do Mundo de Futebol no Brasil. A Martifer Metallic Constructions participou na construção de três arenas e a Martifer Solar realizou a cobertura Fotovoltaica de uma arena.Início da atividade na Argélia: criação da Martimetal, uma empresa detida a 49 % pela Martifer.Focalização no negócio de Construção Metálica: construção metalomecânica, fachadas em alumínio e vidro, indústria naval e infraestruturas para oil & gas.Criação do Projeto Âncora, entre a Ventinveste e a Ferrostaal para a construção de 171,6 MW de energia eólica.

Redefinição estratégica e adoção de um novo modelo organizacional.Assinatura de um contrato para a construção de dois Navios Patrulha Oceânicos para a Marinha Portuguesa.Venda do segmento de construção metálica no Brasil.Conclusão e venda do quarto parque eólico da Martifer Renewables na Polónia, localizado em Gizalki.

mundial de 2014

redefinição estratégica

entrada em bolsa

2008

2010

2012

2009

2011

Obtenção de licenças para 217,8 MW de energia no 1.º leilão eólico realizado no Brasil pela Martifer Renewables, que neste ano ultrapassa os 100 MW de capacidade instalada.Venda da participação na REpower Systems.

Venda da participação na Repower Portugal.Entrada no mercado brasileiro de construção metálica.

Entrada no setor naval, com a aquisição da Navalria, em Aveiro.Início da produção nas unidades industriais de assembla-gem de aerogeradores, de componentes para parques eólicos e de módulos fotovoltaicos.Início da construção da fábrica de estruturas metálicas em Angola.

Conclusão da construção, pela Martifer Solar, dos dois maiores parques fotovoltaicos do continente africano, localizados em Cabo Verde, nas ilhas do Sal e de Santiago. Venda de 11 % da Prio Energy e da Prio Foods.

Início da operação da fábrica de estruturas metálicas no Brasil.Criação da Martifer Amal, participada da Martifer em Moçambique.Conquista de dois projetos de referência na Arábia Saudita (King Abdullah Sports City e King Abdullah Financial District).Expansão da Martifer Solar para a Ucrânia, Roménia, México e Brasil, no ano em que atinge cerca de 264 MW instalados em todo o mundo.

novas unidades industriais

projetos solares em áfrica

arábia saudita

martifer renováveis

construção metálica no brasil

2013

Vitória no concurso público para a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC.Início da operação da unidade de alumínios no Brasil.Construção, pela Martifer Solar, do maior parque foto-voltaico da América Latina, no México.

west sea

Estes foram os momentos mais importantes da história da Martifer. No entanto, a história de uma empresa não é apenas feita de momentos. É também feita de cada peça de aço transformada em estrutura, de cada megawatt produzido, de cada obra concluída.

Mas, acima de tudo, a história da Martifer é feita de todos aqueles que a acompanham. Dos clientes que confiam à Martifer os seus projetos, dos parceiros que acompanham a empresa não apenas nos sucessos, mas também nas adversidades e, principalmente, dos colaboradores, que diariamente dão o melhor de si e superam todas as expetativas para ajudar a Martifer a ultrapassar cada desafio, e que se empenham de corpo e alma a cada projeto, da obra mais pequena à mais complexa, em qualquer parte do mundo.

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