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Origem da palavra ética (grego) = ethike

Conceito de ética: estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do bem do mal. Conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano. (Dicionário Aurélio, 2000)

Conceito de ética: código de comportamento que governa a conduta de um grupo ou de um indivíduo. Série de princípios morais ou sistema filosófico que procura diferenciar entre o certo e o errado. (Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais, 2001)

Conceito de ética ambiental: aplicação da ética social a questões de comportamento em relação ao ambiente. (Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais, 2001)

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Segundo Junges (2004), se o modo de ser do cuidado é a maneira apropriada de o ser humano estar

ecologicamente no mundo, a ética correspondente a esse modo de ser. Não pode ser uma ética de

princípios e normas que defendem direitos, mas uma ética da virtude que suscita atitudes e forma o caráter

dos agentes humanos. Modos de agir que se sustentem sobre uma conscientização ecológica

cultural e sobre uma transformação da sensibilidade sobre a vida. As exigências do cuidado não podem ser reduzidas a normas e responder a direitos; dependem de atitudes interiorizadas e de contextos culturais que

valorizam a vida. O cuidado não é normatizável em regras de conduta. Ele expressa-se em valores e

atitudes para os quais é necessário educar-se. Por isso, seria urgente verificar quais são as virtudes

condizentes com a vida e o respeito às comunidades bióticas.

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Os problemas ambientais não dependem de uma simples solução técnica; pedem uma resposta ética, requerem uma mudança de paradigma na vida pessoal, na convivência social, na produção de bens de consumo e, principalmente, no relacionamento com a

natureza. A crise ecológica necessita antes de mais nada, ética, ou seja, a sensibilidade para

orientar os comportamentos. Somente a resposta jurídica não resolverá os problemas

ambientais. ( Junges, 2004)

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Para uma ética ecológica são importantes certas tradições culturais, porque desenvolvem uma ética da compaixão universal. Ela intenciona a harmonia, o respeito e a veneração entre todos os seres e não a vantagem do ser humano. Tudo o que existe merece existir e coexistir pacificamente. Ética significa a "ilimitada responsabilidade por tudo o que existe e vive". (Boff, 1993).

O ser humano vive eticamente quando renuncia estar sobre os outros para estar junto com os outros. Quando se faz capaz de entender as exigências do equilíbrio ecológico, dos seres humanos com a natureza e dos seres humanos com os outros seres humanos e quando, em nome do equilíbrio, impõe limites a seus próprios desejos. (Boff, 1993).

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Quem é compassivo, amoroso, paciente, tolerante, clemente, etc., de certa forma reconhece o impacto potencial de suas ações sobre os outros e pauta sua conduta de acordo com isso. (Dalai Lama, 2000).

Um ato ético é aquele que não prejudica a experiência ou a expectativa de felicidade de outras pessoas.

No campo da atividade econômica, perseguir o lucro sem levar em conta as conseqüências potencialmente negativas pode, sem dúvida, trazer sentimentos de grande alegria quando se alcança

o sucesso. Mas, no final, há sofrimento: o meio ambiente fica poluído, nossos métodos inescrupulosos levam outras pessoas à falência, as bombas que fabricamos causam mortes e ferimentos. A ética é o meio de garantir que não prejudiquemos os outros.

(Dalai Lama, 2000).

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Os 10 mandamentos da Ética:Os 10 mandamentos da Ética:

1° - Fazer o bem;

2° - Agir com moderação;

3° - Saber escolher;

4° - Praticar as virtudes;

5° - Viver a justiça;

6° - Valer-se da razão;

7° - Valer-se do coração;

8° - Ser amigo;

9° - Cultivar o amor;

10° - Ser feliz;

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● Fazer o bemFazer o bem: este primeiro mandamento é como o Sol para os navegantes, como conhecimento seguro da estrela que nos serve como ponto de referência para as nossas ações. A busca de toda a atividade humana é o bem.

● Agir com moderaçãoAgir com moderação: é como uma bússola, o meio-termo nos conduzirá passo a passo ao rumo a materialização dos bens a que aspiramos em nossa vida e para a vida dos outros. Será a medida de nossas ações – dosando nossas forças criativas, nossa vontade, nossas emoções e idéias de modo a aproveitar melhor e o máximo de cada uma – e será a medida de nós mesmos – pois é também o iluminado caminho para nosso conhecimento. A moderação é o modelo de toda conduta ética.

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● Saber escolherSaber escolher: Somos conduzidos por um caminho interior, o autoconhecimento, o do conhecimento de nossa vontade, daquilo que nos condiciona, ao mesmo tempo que permite que sejamos verdadeiramente livres. Mais do que sinais externos e específicos, devemos buscar as indicações dadas por nossa mente e por nosso coração. As escolhas revelam o nosso caráter.

● Praticar as virtudesPraticar as virtudes: o seu desenvolvimento é natural. Então é a hora de juntar o princípio do meio-termo às escolhas que determinam o nosso caráter, objetivando a nossa conduta. Ao cultivarmos a liberalidade e o bom humor, ao sermos amáveis e sinceros, ao agir com a dose certa de ousadia e empenho, fazemos de nós representantes vivos dos preceitos da ética. As virtudes são as várias faces da excelência moral.

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● Viver a justiçaViver a justiça: sem dúvida é um dever inquestionável, mas em si representa um desafio, diante da dificuldade inerente ao estabelecimento de regras de conduta e as mais variadas obrigações, por meio de palavras escritas. Mesmo que o papel aceite tudo, as leis precisam ser vivificadas pelo espírito humano, pelas ações reais das pessoas que partilham o espaço geográfico e social. A justiça é a excelência mais completa.

● Valer-se da razãoValer-se da razão: muitos são os erros que podem ser cometidos por qualquer um de nós. Graças a razão, somos capazes de enxergar através das ilusões e vislumbrar a verdade, o farol que nos conduz ao porto seguro . Mas a inteligência não é suficiente para nos dirigir ao bem, à felicidade. A razão precisa das emoções como um planeta precisa de um sol. A razão é a precisão do intelecto.

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● Valer-se do coraçãoValer-se do coração: Somos gentil e luminosamente comandados a exercitar ao máximo todas as potencialidades de nosso intelecto, segundo as suas diferentes disposições. O coração aliado ao intelecto, garante a temperatura certa para a gestação e a nutrição do bem.

● Ser amigoSer amigo: refere-se ao nossos relacionamentos interpessoais, os sentimentos que nutrimos por nossos companheiros, nossos amigos verdadeiros, dentro da comunidade em que vivemos, num sentido mais amplo. Os amigos nos ligam ao mundo.

● Cultivar o amor: estamos conectados. Ao refletirmos sobre a amizade e o amor, somos levados a enxergar que a chave para cultivar qualquer relacionamento bem-sucedido e frutífero é a disposição ao serviço. Amar mais que ser amado.

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● Ser felizSer feliz: viver os verdadeiros prazeres, desta vez libertos das sombras da culpabilidade que tantas vezes pesa sobre a vida das pessoas. Libertos, porque aqui se fala da felicidade real, aquela que materializa o que podemos chamar, sem macular a idéia de livre-arbítrio, de destino de todos nós: a felicidade.

“Acreditar é nunca deixar de ter esperança”

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REFERÊNCIAS:

BOFF, Leonardo. Ecologia, mundialização, espiritualidade. São Paulo: Editora Ática. 1993. 180p.

CHALITA, Gabriel Benedito Issaac. Os dez mandamentos da ética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003.

DALAI LAMA, Sua Santidade. Uma ética para o novo milênio. 7ª ed. Tradução Maria Luiza Newlands. Rio de Janeiro: Sextante, 2000. 256p.

ART, Henry W. Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais, 2ª ed. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2001.

JUNGES, José Roque. Ética ambiental. São Leopoldo: Editora Unisinos. 2004. 120 p.

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Obrigada pela atenção!!!