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Revista de Imprensa

1. Infarmed lança novo portal RAM, Diário As Beiras, 29/11/2017 1

2. Vacinação. Gripe vai atingir mais pessoas e será mais perigosa, Jornal de Notícias, 29/11/2017 2

3. Vacina contra gripe, mais grave neste ano, é essencial. Marcelo toma-a hoje, Diário de Notícias,29/11/2017

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4. Discurso direto - Entrevista a Venceslau Hespanhol, Correio da Manhã, 29/11/2017 6

5. Gripe das aves está de volta, Jornal de Notícias, 29/11/2017 7

6. Governo denuncia vergonha com baixas no setor da Saúde, Jornal de Notícias, 29/11/2017 8

7. UCFD do Alto Ave, Jornal Médico, 01/11/2017 10

8. Trás-os-Montes quer novo acelerador linear para reforçar tratamentos, Diário de Viseu - Saúde,29/11/2017

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9. Porto: FMUP homenageia Daniel Serrão, Jornal de Notícias, 29/11/2017 14

10. Livre escolha do doente fez disparar espera no "S. João", Jornal de Notícias, 29/11/2017 15

11. Resultados em oftalmologia são projecto inovador, Negócios, 29/11/2017 16

12. Flor da Ria diz que «anomalias são resolvidas», Correio da Manhã - Correio da Manhã Norte, 29/11/2017 18

13. Medicamentos. 12 mil reações adversas, Jornal de Notícias, 29/11/2017 19

14. Países pobres. 10% dos fármacos são falsos, Jornal de Notícias, 29/11/2017 20

15. Ar. Quatro anos sem avaliar qualidade, Jornal de Notícias, 29/11/2017 21

16. Sociedade civil e saúde - contribuições e potencial, Jornal Médico, 01/11/2017 22

17. Prevenção do suicídio, Jornal Médico, 01/11/2017 23

18. Casos de VIH/sida estão a descer há oito anos, Jornal de Notícias, 29/11/2017 24

19. Grupos de risco vão ter acesso a remédios para travar VIH/sida, Público, 29/11/2017 25

20. Porto irredutível na mudança do Infarmed, Jornal de Notícias, 29/11/2017 27

21. Memória futura - Um remédio para reforçar o centralismo, Público, 29/11/2017 28

22. Donos disto tudo, Público, 29/11/2017 29

23. Tribunal Constitucional. Administradores dos SUCH obrigados a mostrar rendimentos, Público,29/11/2017

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24. Mais de 16 milhões de euros vêm para oito cientistas em Portugal, Público, 29/11/2017 31

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 30

Cores: Cor

Área: 12,72 x 22,67 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72444835 29-11-2017

111 Um novo portal da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) permite aos cidadãos e a profissionais de saúde no-tificar reações adversas a medicamentos (RAM) em apenas cinco minutos, anunciou ontem a insti-tuição.

O novo portal RAM, já em funcionamento (http://www.infarmed.pt/web/in-farmed/submissaoram), visa incentivar a notifica-ção de reações adversas e fortalecer a monitorização da segurança dos medica-mentos.

"É muito mais fácil de preencher, bastando ape-nas cinco minutos para co-locar a informação mínima necessária para avaliar a reação adversa. Caso haja maior disponibilidade, o cidadão/profissional de saúde pode indicar mais dados, que facilitarão o tra-tamento e o processamen-to da informação”, refere o Infarmed, em comunicado.

Esta mudança surge em

simultâneo com a nova base de dados europeia de suspeitas de reações adver-sas (EudraVigilance).

Segundo o Infarmed, há quatro dados de preen-chimento obrigatório: a substância ativa/medica-mento utilizado, a reação adversa (efeito indesejado do medicamento) obser-vada, um dado do doente, o concelho do notificador e alguns dados pessoais (protegidos) para facilitar o contacto caso seja neces-sário por parte do Infar-med. Se a reação for a uma vacina ou medicamento biológico, pede-se ainda ao cidadão (doente ou seu representante) ou ao profissional de saúde que indiquem o lote, aconselha a Autoridade Nacional do Medicamento.

"O cidadão só tem de aceder ao Portal RAM para notificar. Depois de preen-cher o formulário online, recebe de imediato a con-firmação da submissão e um resumo dos dados que

preencheu através de um email. Se não houver neces-sidade de esclarecimentos adicionais, o notificador só volta a ser contactado no final do processo para receber a avaliação da sua notificação. Esta avaliação tem de estar concluída em 30 dias. Se entender, pode registar-se para fa-cilitar contactos futuros”, explica ainda o Infarmed. A mesma entidade observa que as vantagens existem também para o tratamento da informação, uma vez que é possível reduzir a du-plicação da informação, aumentar a rastreabilida-de, melhorar a pesquisa e aceder a um repositório nacional em qualquer uni-dade de farmacovigilância.

Mais de 12.300 notifica-ções de reações adversas a medicamentos chegaram, nos últimos cinco anos, ao organismo que regula o setor, com os cidadãos a realizarem apenas oito por cento das participações, re-velou o Infarmed.

Infarmed lança novo portal RAM

Plataforma permite que os cidadãos alertem para reações adversas a medicamentos

DR

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 21,17 x 23,93 cm²

Corte: 1 de 2ID: 72442728 29-11-2017

Ainda há 300 mil vacinas disponivels. Quem tem mais de 65 anos, pode vacinar-se gratuitamente nos centros de saúde

Saúde DGS avisa que o surto pode ser mais grave e atingir mais pessoas. Três já foram internadas

Gripe perigosa reforça o apelo à vacinação Carla Sofia Luz [email protected]

► A gripe pode ser mais perigosa este inverno. Sempre que o vírus dominante é o AH3, a doença ten-de a ser mais grave e a infetar mais pessoas. A atividade gripal em Por-tugal ainda é baixa, mas já estão três pessoas internadas nos cuida-dos intensivos dos hospitais (mais duas do que em igual período do ano passado). A Direção-Geral de Saúde (DGS) garante que a melhor forma de prevenção é a vacinação e reforça o apelo. Hoje à tarde, o presidente da República vai dar o exemplo, vacinando-se no Centro de Saúde de Sete Rios.

As pessoas com mais de 65 anos e com doenças crónicas devem va-cinar-se e podem fazè-lo gratuita-mente nos centros de saúde. Este ano, o Estado oferece, ainda, a va-cina a diabéticos e a bombeiros. Das 1,4 milhões de doses adquiri-das, já foram administradas 1,1 mi-lhões desde outubro, havendo 300 mil disponíveis. O objetivo é vaci-nar, pelo menos, 60% dos idosos. Para a diretora da DGS, Graça Frei-tas, é "quase um imperativo deon-tológico e ético" que os profissio-nais de saúde também se vacinem. Até ao momento, só um terço o fez. As taxas de adesão são historica-mente baixas.

A diretora da DGS, que apresen-tou ontem o Plano de Saúde Sazo-nal, assinalou que as farmácias possuem mais 600 mil doses para venda e aconselhou, em particular, as grávidas a vacinarem-se. O pre-ço da vacina ronda os 3,50 euros. "Quando o vírus dominante é o ví-rus AH3. a intensidade da gripe e a gravidade da doença tendem a ser

maiores", advertiu, sublinhando que as unidades de saúde públicas devem estar preparadas para uma maior afluência e para eventuais internamentos.

Com o tempo frio, aumenta o risco de outras infeções respirató-rias e de intoxicações por monóxi-do de carbono (causadas por fo-gueiras e por lareiras com má ven-tilação). Em caso de suspeita de gri-pe, o contacto inicial deve ser feito através da Linha Saúde 24 (808 242 424). Os doentes devem procurar resposta, primeiro, no centro de saúde, em vez de seguir diretamente para a urgência.

No Plano de Saúde Sazonal, a DGS quer que as instituições do Serviço Nacional de Saúde anteci-pem o aumento da procura. Entre outras medidas, propõe o reforço da capacidade de camas com ex-pansão da área para internamen-tos, a alteração das escalas dos pro-fissionais de saúde para haver mais equipas disponíveis, o prolonga-mento dos horários dos centros de saúde e a criação de um atendi-mento dedicado aos pacientes com gripe. Cada administração regional de saúde ativará essas medidas, caso o intensificar da atividade gri-pal na região o justifique. •

cuidados a ter

Distanciamento social • Os doentes com gripe devem isolar-se para evitar a contami-nação. Nunca espirrar ou tossir em direção aos outros.

Não sa automedicar • A DGS pede à população que não se automedique. Pede, em especial, que não tome antibióti-cos, porque de nada servem con-tra o vírus da gripe e aumentam as resistências. Deve alimentar-se bem e beber multa água.

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Área: 4,56 x 3,13 cm²

Corte: 2 de 2ID: 72442728 29-11-2017

Jorna de Notícias

Quarta-feira 29 de novembro 2017 • www.Jn.pt • Cl • '181 - Ano 130 • Okelk Afonso Limões • dreSeitilaBorringosde Andrade • ~et es David Pomes, Inès (Aos° e Pedro lw (malha • Diretor é Arte Reck° Pimentd

Nova lei impediu 19 mil despejos em ano e meio pi,

Espanha recusa negociar caudais Ministra sugere a Portugal que

construa novas barragens v

• É o serviço público que regista maior absentismo e tem taxas entre 12% e 14%, alerta secretário de Estado • Promete apertar a malha e moralizar os atestados através de sindicância apoiada pela Ordem dos Médicos p.6

Governo denuncia vergonha com baixas no setor da Saúde

Páginas 16 e -17

Choque de feitios no duelo

do Dragão Conceição é efusivo e Vitória tranquilo

ernanth Gomes foi à Nat preocupado com guerra no futebol

Estado valoriza sofrimento na morte pelo fogo Indemnização começa nos 70 mil euros e será decidida por provedora Rigi nas .1 e ri

Vacinação Gripe vai atingir mais pessoas e será mais perigosa rázina 8

Porto Pais de professora desaparecida exigem a verdade Página 22

I:xposição Obras inéditas de Almada Negreiros no Museu. Soares (I( )s Reis Página 38

G RU O MÁLDISPOSTO HOJE NAS BANCAS 3 .0V0 POR APENAS • 12,95C

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 25,50 x 30,00 cm²

Corte: 1 de 2ID: 72442760 29-11-2017

•••• aguda e é transmitida através da tosse ou dos espirros. O período de incubação é de 2 a 3 dias

1. Nariz e boca O vírus transportado pelo ar entra no organismo pelo nariz e pela faringe. O sistema imunológico reage, libertando glóbulos brancos para os combater, o que provoca Inflamações

2. Gargant.,. Aloja-se na garganta dando origem a Initações e tosse seca, pode descer pela traqueia até aos pulmões

3. Organismo Entra na corrente sanguínea e espalha-se por todo o corpo libertando várias toxinas que provocam febre, deres de cabeça e dores no corpo, músculos e articulações

..... 4. Pulmóes Infetadas, as células que revestem o aparelho respiratório explodem. libertando proles do vírus.

PREVENÇÃO A vacinação anual é a principal forma de prevenção contra a gripe. E tam-bém a melhor forma de reduzir o impacto de uma epidemia. As vacinas reduzem a gravidade e a mortalidade entre os idosos e doentes crónicos

A VACINA Chega a levar seis meses aos cientistas para conseguirem produzir urna nova vacina com

o recurso aos métodos tradicionais - uma metodologia que pouco

ou nada foi alterada nas últimas décadas

Nova estirpe do vírus da gripe é identificada pelos cientistas

O vírus replica-se e preenche o ovo. Os conteúdos são retirados, purificados e alterados quimicamente. Só depois são embalados como vacinas

Do contágio à doença • • A gripe pode definir-se como uma infeção respiratória

Como se trata MUTAÇÕES DO VÍRUS O vírus da gripe caracteriza-se por ser muito mutável à passagem pelo organismo humano, de ano para ano

Para a maior parte das pessoas, a gripe dura apenas alguns dias e requer somente tratamentos aos sintomas. O doente deve repousar. alimentar-se bem e ingerir bastantes tiquidos. Em poucos dias, o organismo de uma pessoa saudável consegue dominar a infeção e eliminar o vírus.

tlt

Quando duas ou mais

d

estirpes virais de diferentes origens infetam a mesma

célula hospedeira dá-se uma recombinação antigénica

Vidão Grnunnrw

ipe .11;

Pequenas mutações

*

As gemas de ovos fertilizadas são injetadas com o vírus da gripe

COMO PREVENIR O CONTAGIO

Sempre que tossir ou espirrar tape o nariz e a boca com lenço de papel e deite-o para o lixo

Lave as mãos frequentemente com água e sabão. sobretudo depois de andar em trans-portes públicos

Se tiver sintomas de gripe, evite cumprimentar com abraços, beijos ou apertos de mão

Se tiver sintomas de gripe, ligue para a linha Saúde 24:

808 24 24 24

Se tiver sintomas de gripe fique em casa. não vá traba-lhar nem à escola e evite locais com muitas pessoas

g i

e

A gripe deste ano pode ser mais grave. "Vacinar, vacinar" é a palavra de ordem Saúde. A Direção-Geral da Saúde reforçou o apelo à vacinação. Estirpe que deverá circular neste ano está associada a mais casos e a situações mais graves da doença. Presidente da República e ministro da Saúde tomam hoje a vacina

JOANA CAPUCHO

Influenza A(H3). Deverá ser este o vírus da gripe dominante neste in-verno, o mesmo que no ano passa-do provocou um excesso de morta-lidade de 27% em Portugal. À espe-ra de uma estirpe que costuma provocar mais casos e mais graves, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, reforçou ontem o apelo à vacinação: "Vacinar, vacinar, vaci-nar. É essa a grande precaução em relação à gripe." E para dar o exem-plo, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o mi-nistro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, aceitaram o repto e hoje estarão no centro de saúde de Sete Rios para se vacinarem.

Rui Nogueira, presidente da As-sociação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, afirmou ao DN que há "falta de cuidado" em Portugal na "adequação ao frio" e deixou alguns conselhos aos portugueses.

A gripe e o frio terão provocado a morte a 4467 portugueses no inver-no passado, o que representa um excesso de 27% face ao esperado.

Tal como nos restantes países euro-peus, o vírus da gripe A (H3) foi o predominante, tal como se prevê que seja neste ano. "Quando o vírus dominante A(H3), a intensidade da gripe tende a ser maior e até a gravidade da doença", disse ontem Graça Freitas.

Contactada pelo DN, Raquel Guiomar, virologista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jor-ge (I NSA), explicou que o número de casos identificados em Portugal - onde a atividade gripal ainda é bai-xa - não permite aferir qual será o dominante, mas o panorama inter-nacional indica que deverá ser o A(H3). "Tanto na Europa como nos EUA e no Canadá, tem havido uma cocirculação do InfluenzaA(H3) e B", adiantou, destacando que o pri-meiro tem sido registado em cerca de 70% dos casos. "Pensamos que será um dos que poderão circular neste ano." Historicamente, prosse-gue, quando é este o dominante, "a taxa de incidência é mais elevada e em alguns invernos há um atunen-to da mortalidade".

Apelando à vacinação, Graça Freitas lembrou que "a vacina é fei-

ta de vírus inativados e não tem potencial de infetar", consideran-do "um mito" que se contraia gripe por levar a vacina. Desde outubro foram administradas 1,2 milhões de vacinas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que representa mais 19% face ao mesmo período

4467 > Mortes no último inverno Na época de gripe 2016-17, o número

de óbitos superou em 27% a mortali-dade esperada. A grande maioria das vítimas tinha mais de 45 anos.

1,4 Milhões de vacinas disponíveis

Estado comprou para a época gripal atual 1,4 milhões de vacinas (no ano passado foram 1,2 milhões). Farmácias

têm mais 600 mil para venda.

do ano passado. Restam 300 mil doses disponíveis, além das 600 mil à venda nas farmácias. Pela primeira vez, neste ano a vacina passou também a ser gratuita para pessoas com diabetes e bombeiros que tenham recomendação para a mesma.

Fraca adequação ao frio Rui Nogueira diz que "a gripe ga-nhou uma dimensão maior do que tinha antigamente" porque "exis-tem cada vez mais idosos e mais doentes", sendo estes os grupos mais vulneráveis. E em Portugal há um outro "grande problema": "Os portugueses não estão habituados ao frio." "Como ternos dez meses de calor, de um momento para o outro aparece frio - em dezembro e janeiro - e não temos as casas preparadas, a roupa e calçado ade-quados, não existe o cuidado de evitar o frio", disse o médico de clí-nica geral. A "primeira grande me-dida", alertou, é "evitar apanhar frio". Caso não seja possível, a pes-soa "deve tentar aquecer-se logo de seguida, com roupa e ambiente quentes".

O presidente da APMGF lembrou que há uma "ligação direta" entre a gripe e o frio. "Quando temos seis ou sete dias seguidos de frio surge um surto de gripe", afirmou, acrescen-tando que "a chuva não é tão grave porque as pessoas evitam molhar-se", o que não acontece em relação ao frio. Já o problema das diferenças de temperatura, explicou, "é um mito". "Não fazem mal. Se a pessoa apanhou frio, deve ir para um sítio que está quente. Os vírus gostam de estar onde está frio", esclareceu, adiantando que mantém o consul-tório a 22 graus.

Um outro cuidado importante, destacou, diz respeito às pessoas que foram infetadas pelo vírus: "Devem ficar em casa." E o cum-primento "não é razoável nessa al-tura", pois "o vírus transmite-se com muita facilidade". Nem se-quer o aperto de mão, pois muitas pessoas protegem o espirro e a tosse com a mão e não com o bra-ço, como é recomendado. Como "medida de prevenção primordial, Rui Nogueira diz que "devia haver uma diminuição do IVA nos aque-cedores".

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Meio: Imprensa

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Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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Área: 6,04 x 4,13 cm²

Corte: 2 de 2ID: 72442760 29-11-2017

Ano 1539 N.°54279 1,20euros

Diretor Paulo Baldeia Dtreior adJualo Paulo Tavares Subdiretores bana Petiz e Leonldio Pado Peneira ~tarde arlePedroFernandes

QUARTA FEIRAI 29.11.17 I WWW.DN.PT MAS ~CM

BIRMÂNIA PAPA FALA DA CRISE DOS ROHINGYAS SEM A PALAVRA

I PROIBIDA MG 23

GRU O MALDISPOSTO 3

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DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE

Vacina contra gripe, mais grave neste ano, é essencial. Marcelo toma-a hoje Mau

NAMORE THYSSEN

"Na era digital, os jovens vão ter vários empregos", diz comissária

Taxa das eólicas PENHORAS DO FISCO levou investidores NOVA LEI EVITOU

a desistir de Portugal (1)9DNEIgilDjÁs Energia Primeira votação favorável antes de o PS chumbar proposta do BE visou só ganhar tempo para a analisar, diz Carlos César. Chumbo irritou Bloco e dividiu PS. E não evitou que investidores estrangeiros retirassem projetos de 300 a 400 milhões, lamenta associação de renová-veis, que garante que taxa levaria à falência as empresas do setor. sa4E5

Me. 'o

ENTREVISTA

Santos Pereira: dívida é "perigosa" e "Portugal tem de baixar o IRC" Me. u

COMEÇO DE CONVERSA

Adriano Henriques: "Queremos criar uma nova geração de dentistas" Mas. 30E31

Lei de maio de 2016 que im-pede o fisco de vender casas de habitação própria e perma-nente para pagar dividas travou mais de sete mit processos só neste ano. pAa

LIVRO AS INCRIVEIS AVENTURAS DA SUPERMIUDA OUE TAMBÉM NOS DA MUSICA PÁG-28

P:HT: 3E\HCA O D A EM QUE JÚLIO CESAR DEIXOU A LUZ

O QUE SEPARA VITÓRIA E CONCEIÇAO PA65.32E33

Diário he Notíeía5

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Área: 10,54 x 14,29 cm²

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DISC I DIRETO

Venceslau Hespanhol: Presidente da Soc. Portug. da Pneumonia sobre o vírus da gripe

"HÁ UM RISCO ACRESCIDO DE APARECER PNEUMONIA"

CM - O vírus da gripe deste ano po-derá ser particular-mente perigoso. Qual a razão? Venceslau Hespa - nhol - Os vírus da gripe têm o mesmo tipo de sintomas, podem é ter mais complicações pulmonares. Podem facilitar, além da gri-pe, outras doenças, sobretu-do em pessoas de risco. - Que tipo de doenças? - Há aqui um risco acrescido de aparecer pneumonia e é jeciso estar em alerta por-que a sintomatologia é muito semelhante à da gripe. Ha-vendo sinais de agravamen-to de sintomas como a febre, tosse com expetoração, a

pessoa deve procu-rar ajuda médica. - Que tipos de cui-dados podem ter os portugueses para evitar a gripe? - As pessoas devem

fazer uma boa hidratação, lavar bem as mãos, com fre-quência, porque grande par-te destes vírus passam muito pelas mãos, através das coi-sas onde tocamos, que pode-rão ter material virai, evitar a exposição ao frio ou fazê-lo `em segurança'. No entanto, nada é tão eficaz como a va-cinação e, por isso, sobretu-do as pessoas que pertencem aos grupos de risco (idosos sobretudo) devem fazê-lo

• F.G.

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 52

Cores: Cor

Área: 16,05 x 12,13 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72443696 29-11-2017

Saúde Nações Unidas alertam para o risco de surtos nos próximos meses

Gripe das aves está de volta ► A Organização das Nações Uni-das para a Alimentação e Agricul-tura (FAO) alertou ontem para o risco de aumento de surtos da gri-pe das aves, sendo expectável o aparecimento de casos nos próxi-mos meses.

A especialista da FAO Sophie von Dobschuetz afirmou que vá-rias estirpes do vírus da gripe aviá-ria tornaram-se endémicas na Chi-na, onde as aves estão a ser vacina-das para reduzir a circulação do ví - rus. "Como o país não está em con-dições de eliminar o vírus das po-pulações de aves domésticas aba-tendo-as, a vacinação ajuda a redu-zir a pressão do vírus e a diminuir a exposição humana", afirmou von Dobschuetz.

A medida, explicou. não evita que os animais sejam infetados, mas garante que as aves não fi-

cam doentes e o risco de contágio diminui.

Em 2013, começaram a ser dete-tados pela primeira vez na China casos de pessoas infetadas pelo ví-rus H7N9, capaz de afetar grave-mente os seres humanos.

Uma análise da FAO em julho alertava para o risco de o vírus se introduzir em outros países, por via do comércio, representando uma ameaça à saúde pública e à segu-rança alimentar, face à alta probabi-lidade de contágio. De acordo com dados da Organização Mundial de

Vírus introduzido em vários países através do comércio

Saúde, nos últimos quatro anos fo-ram confirmados 1564 casos de in-feção em seres humanos pelo vírus H7N9 em todo o Mundo, que pro-vocaram a morte a 612 pessoas.

Outro tipo de vírus da gripe das aves altamente patogénico, o H5N1, foi detetado em 2003 e causou 454 mortes em 860 pessoas infetadas em 16 países.

De acordo com a especialista da FAO, as aves selvagens são porta-doras naturais da gripe das aves e. a partir dessas, o vírus pode oca-sionalmente contagiar aves de aviário.

Von Dobschuetz lembrou que as aves selvagens podem voltar a in-troduzir o vírus mais do que uma vez e em locais distantes, o que permitiu a circulação do I-15N8 na Europa, em 2016, e este ano em África. •

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 6

Cores: Cor

Área: 25,50 x 30,00 cm²

Corte: 1 de 2ID: 72442720 29-11-2017

Exaustio e descontentamento resultam em babas, diz a Ordem dos Médicos

O 21,5% estavam aptos para o trabalho

Um quinto (21,5%) dos 224 796 beneficiários de subsídio de doença convocados para Irem a uma junta médica, entre janeiro e setembro, foram considerados aptos para o trabalho. Os números foram divulgados recentemente, depois de o ministro Vieira da Silva ter dito que é preciso "critérios mais finos" para com-

. bater o uso abusivo da baixa por doença.

3,6 milhões de dias de falta por todos os motivos, ocorreram, em 2016, no setor da saúde. São mais 645 mil dias de ausência (21%) face a 2014. As faltas por doença representaram 47% do total de ausências em 2016, segundo dados do Portal do SNS.

Sdúdc Secretário de Estado desconfia da quantidade de baixas por gravidez de

tais Scirradr inesffin.pt

► O secretário de Estado da Saú-de considerou ontem que as au-sências ao trabalho no Serviço Na-cional de Saúde (SNS) são uma "vergonha" a nível nacional e in-ternacionaL Manuel Delgado des-confia da quantidade de baixas por gravidez de risco apresenta-das e quer o apoio da Ordem dos Médicos para fazer uma sindicân-da às faltas.

"O SNS é o serviço público que tem mais ausências ao trabalho. É uma vergonha a nível nacional e internacional", afirmou o gover-nante, no Porto, acrescentando que o absentismo no setor da saú-de anda entre os 12% e os 14%.

Durante uma conferência, or-ganizada pela Associação Portu-guesa de Engenharia e Gestão da Saúde (APEGSaúde) na Secção Re-gional do Norte da Ordem dos Médicos, Manuel Delgado referiu-se às baixas por gravidez de risco também como "uma vergonha".

ausências à lupa :

2,87 ais da faltas aa saúde até omito • De janeiro a outubro, regista-ram-se 2,97 milhões de dias de ausência ao trabalho na saúde, sensivelmente o mesmo núme-ro registado no período homó-logo de 2016 (3 milhões), se-gundo dados do Portal do SNS.

Doença e parantalldade • Em 2016, a doença foi o prin-cipal motivo das faltas (1,7 mi-lhões de dias), seguido da pro-teção na parentalidade (1,2 mi-lhões). Há mais ausências nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (1,36 milhões) e no Norte (1,31 milhões).

68 mil faltas por grava • As greves foram responsáveis por 68 mil dias de faltas em 2016. Até outubro último, os protestos representaram 58 mil dias de ausências ao trabalho.

"Precisamos de uma sindicáncia com o apoio da Ordem dos Médi-cos COMI para avaliar estas situa-ções que representam um ano e meio sem trabalhar", realçou, pe-rante vários administradores de hospitais da região Norte.

Em declarações ao IN, no final da sessão, o secretário de Estado afirmou que "as baixas médicas têm, muitas vezes, a ver com a in-satisfação dos profissionais"; si-tuação que este Governo está a tentar minorar com `o aumento das remunerações. o pagamento mais compensador das horas de qualidade e extraordinárias e a aplicação dos descansos compen-satórios". "Pensamos que, por essa via, possamos diminuir as faltas. Mas temos de combater e moralizar as ausências e os ates-tados médicos que não corres-pondem a reais necessidades de faltar. E isso passa por mais con-trolo, verificando a conformidade da falta com o atestado médico apresentado e vamos apertar essa malha", rematou.

António Araújo, presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, afirmou ao IN que "a OM está sempre dispo-nível para colaborar com o Minis-tério da Saúde, nomeadamente na verificação das baixas prescritas pelos médicos". Mas considera

que muitas das ausências - "não conheço os números, mas pare-cem surpreendentes". disse - re-fletem "o estado de exaustão dos profissionais, as más condições de trabalho e o descontentamento" que tem vindo a ser demonstrado nas várias greves da saúde. •

risco e propõe apoio da Ordem dos Médicos para uma sindicância às ausências

Governo diz que faltas no SNS são "uma vergonha"

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Jorna de Notícias

Quarta-feira 29 de novembro 2017 • www.Jn.pt • Cl • '181 - Ano 130 • Okelk Afonso Limões • dreSeitilaBorringosde Andrade • ~et es David Pomes, Inès (Aos° e Pedro lw (malha • Diretor é Arte Reck° Pimentd

Nova lei impediu 19 mil despejos em ano e meio pi,

Espanha recusa negociar caudais Ministra sugere a Portugal que

construa novas barragens v

• É o serviço público que regista maior absentismo e tem taxas entre 12% e 14%, alerta secretário de Estado • Promete apertar a malha e moralizar os atestados através de sindicância apoiada pela Ordem dos Médicos p.6

Governo denuncia vergonha com baixas no setor da Saúde

Páginas 16 e -17

Choque de feitios no duelo

do Dragão Conceição é efusivo e Vitória tranquilo

ernanth Gomes foi à Nat preocupado com guerra no futebol

Estado valoriza sofrimento na morte pelo fogo Indemnização começa nos 70 mil euros e será decidida por provedora Rigi nas .1 e ri

Vacinação Gripe vai atingir mais pessoas e será mais perigosa rázina 8

Porto Pais de professora desaparecida exigem a verdade Página 22

I:xposição Obras inéditas de Almada Negreiros no Museu. Soares (I( )s Reis Página 38

G RU O MÁLDISPOSTO HOJE NAS BANCAS 3 .0V0 POR APENAS • 12,95C

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Equipa I Isabel Vila, Elisa Torres, Novais de Carvalho, Maria da Paz e Norberto Sá

UNIDADE COORDENADORA FUNCIONAL DA DIABETES DO ALTO AVE

Criação da UCFD veio reforçar a luta contra a doe com bons resultados ao nível do pé diabético e da No Alto Ave, com a criação da UCFD, uniformizaram-se os protocolos na enfermagem e reforçou-se o trabalho já desenvolvido na luta contra a diabetes. Os resultados estão à vista, principalmente na área cio pé diabético e da diabetes gestacional.

O facto de não se ter registado qual-quer amputação major entre janeiro e outubro de 2017, segundo o Sistema de Informação da ARS (SIAM), é uma das conquistas que orgulha a equipa da UCFD do Alto Ave, que foi constituída logo em 2013, aquando da publicação do Despa-cho da Direção-Geral da Saúde que levou à criação das unidades coordenadoras funcionais da diabetes.

Novais de Carvalho, o coordenador da UCFD e presidente do Conselho Clíni-co e de Saúde do ACES Alto Ave, acredita que este resultado só é possível graças à ligação que existe entre os cuidados de saúde primários e os hospitalares.

UCFD é uma ajuda fundamental na luta contra a diabetes porque implica uma es-trutura. As pessoas sentam-se à mesa para es-mbelecer compromissos, que são validados pela Administração Central", refere. O facto de todos se darem "muito bem" também aju-da. "Estamos aqui por gosto e essa maneira de estar faz toda a diferença", remata.

O facto de não ter havido ainda qual-quer amputação major desde o início do ano é exemplo dessa "maneira de estar", "Ainda não há uma Consulta Multidisciplinar de Pé Diabético no Hospital da Senhora da Olivei-ra: em Guimarães, embora esse projeto este-ja para ser concretizado nos próximos tem-pos, mas tanto nos CSP como no hospital apostamos fortemente na avaliação de risco do pé diabético", afirma Novais de Carvalho.

No seu entender, "a assistência melho-rou bastante com a UCFD, sendo que uma das áreas em que se notam mudanças tem que ver com o estabelecimento de protocolos comuns e uniformizados na avaliação e moni-torização dos doentes, quer nas unidades de saúde familiar como no hospital". aponta.

Novais de Carvalho acrescenta ainda que os bons resultados são possíveis graças a todos os profissionais (médicos, enfer-meiros e secretários clínicos) que estão em interação com o doente e também ao tra-balho desenvolvido pela equipa da UCFD.

Verdadeiro trabalho em equipa

No Hospital da Senhora da Oliveira. Elisa lbrres é a médica internista que está

responsável pela Consulta de Diabetes há 14 anos e que representa a equipa médica do hospital na UM. Tal como o "grande amigo e vimaranense" Novais de Carvalho, está muito satisfeita com os resultados al-cançados pela UCFD.

'A Consulta de Diabetes segue e orienta cerca de 2 mil doentes, segundo dados de setembro deste ano; a equipa é constituída por 15 assistentes hospitalares e 10 internos complementares e há duas assistentes hospitalares dedicadas à Con-sulta de Diabetes Gestacional, onde tam-bém se têm conseguido ótimos resulta-dos", aponta Elisa Torres, que acrescenta: "O facto de termos médicas que se dedi-cam a esta área facilita o acompanhamen-to que exige uma grávida; estas mulheres podem necessitar de 2 ou 3 observações semanais."

No caso do pé diabético, Elisa Torres destaca o trabalho e a interajuda que se sente por parte de todas as especialidades envolvidas. "Apesar de não termos ainda uma consulta multidisciplinar oficial de pé diabético, na qual a Cirurgia Vascular tem um papel primordial, estes colegas estão sempre disponíveis com apoio diário", ga-rante.

No seu entender, estes bons resulta-dos devem-se ao trabalho da UM. mas também à aposta de alguns anos na área da diabetes, quer no hospital como nos CSP. "Sempre demos o nosso melhor pelas pes-soas com diabetes, daí que a UCDF tenha sido constituída logo após a publicação do Despacho". informa.

Enfermagem: todas as informações ficam registadas no computador

Na enfermagem, as principais mu-danças que se fizeram sentir prendem-se com a uniformização de procedimentos, "Na Consulta de Enfermagem temos um protocolo que foi partilhado com os co-legas dos CSP, o que facilita a avaliação e a monitorização dos doentes", indica Isabel Vila, enfermeira no Hospital da Senhora da Oliveira e representante da equipa de enfermagem hospitalar na UCFD.

Na prática, antes de ir ao médico, o utente passa pela Consulta de Enferma-gem, na qual lhe são colocadas algumas questões, indicadas no computador, para que não haja falhas.

Nesta Consulta também se aposta no ensino de bons hábitos alimentares, insiste-se na prática de exercício físico —nem que seja uma caminhada de 30 mi-nutos por dia — e na boa utilização dos equipamentos (glicómetros. canetas, bombas perfusoras de insulina). "Por ve-zes, deparamo-nos com casos de pessoas que até cumprem a medicação, mas que, na prática. não estão a receber as doses suficientes de insulina por causa de uma agulha torta...", conta.

Como refere Isabel Vila, na Consul-ta de Enfermagem é preciso despistar todas as situações que podem pôr em causa a adesão à terapêutica e deixa mais um alerta: "Há quem baralhe os vários medicamentos que tem de tomar, daí que a nossa equipa peça sempre à pessoa para os trazer, para não haver falhas."

Como toda a informação é escrita no computador, os médicos também ficam a saber, sem possibilidades de CM e de es-quecimento, todas as informações sobre o doente.

Norberto Sá, que é o representante da equipa da enfermagem dos CSP, tam-bém considera que este protocolo veio facilitar a avaliação e a troca de informa-ção entre enfermeiros e médicos. "Desta forma, trabalhamos todos da mesma ma-neira, é mais fácil fazer a monitorização", reconhece.

A importância de mudar hábitos de vida

Apesar de todos os esforços para que a diabetes deixe de ser um flagelo, a equi-pa da UCFD do Alto Ave não pode fugir ao principal problema associado à► diabetes: a dificuldade na mudança de hábitos de vida.

A diabetes mellitus, sobretudo a de tipo 2. tem aumentado no mundo de forma exponencial nos últimos anos, de

acordo com os mais variados estudos. Por-tugal não foge à regra.

Elisa Torres diz mesmo que ainda deverá ser preciso "uma ou duas gera-ções" para alterar os hábitos e estilos de vida menos saudáveis, que começam em casa. "Na minha geração, levávamos para a escola um pão e uma peça de fruta, que acompanhávamos com leite ou água. No tempo do meu filho era a própria escola a dar um pacote de leite achocolatado, além de haver máquinas que permitiam a venda de croissants com chocolate. batatas fitas e todo o tipo de refrigerantes", recorda.

Atualmente, além 'da alimentação não ser •a mais adequada, a médica intemista está preocupada com a falta de atividade física. "As crianças e os jovens não brincam na rua, ficam muito tempo em casa senta-dos a jogar no computador", lamenta. Os pais também não dão o exemplo, o que é mais um obstáculo na educação para a saúde.

Para Elisa Toffes, é fundamental pas-

sar a mensagem de que a diabetes pode ser pior do que o cancro. "A diabetes co-meça por ser assintomática e os doentes pensam que basta fazer a medicação e ad-ministrar insulina. Se o diagnóstico fosse de cancro teria um impacto muito maior. não obstante a maioria dos cancros, hoje, terem cura e de a diabetes ser incurável e de estar associada a complicações a vários níveis", diz.

E continua: "Os custos diretos e in-diretos desta doença crónica e sistémica são muito elevados, é preciso mudar esta realidade."

Face à sua experiência de 25 anos como internista, Elisa Torres acredita que é preciso trabalhar em conjunto — médi-cos, enfermeiros, sociedade civil —, para que as pessoas adotem estilos de vida .saudáveis, que ajudam a prevenir a diabe-tes e, no caso de quem já é portador da doença, a evitar as complicações e comor-bilidades.

Mas a sua experiência também lhe diz que é preciso ter tempo para estar

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Uma aposta na educação para a saúde

junto da população

A UCFD do Alto Ave conta coma' ajuda de parceiros, nomeadamente autarquias, escolas, LiOrIS Clube Guimarães, instituições culturais, empresas, entre outros, no trabalho com a comunidade.

nça, diabetes gestacional

Utentes satisfeitos com apoio de médicos e enfermeiros

João Freitas, 51 anos. é das Caldas das Taipas. E a primeira vez que vai à consulta no Hospital Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães, após o médico de família ter observado um problema

mais grave no pé. "Sou diabético há al-guns anos, mas agora apareceu-me uma ferida e fui encaminhado para o hospi-tal", diz.

Apesar do desconforto próprio de uma primeira consulta, diz-se satisfeito com a equipa que o recebeu: "Estou a ser muito bem tratado, quer por medi-

cos como por enfermeiros. Do médico de família também não tenho queixa."

Na sala ao lado está Paulo Barbosa. 'rem 46 anos. é de Briteiros. Sabe que tem diabetes tipo 2 desde 2009. "Senti--me muito mal, vim para o hospital e acabei por ficar internado 5 dias."

i.

Foi nessa altura que lhe diagnostica-ram a doença, com a qual teve de apren-der a viver. "Comecei logo com insulina, mas tem corrido bem, ensinam-me o que fazer, não é tão complicado como se possa pensar", desabafa.

com os doentes. "É omito importante haver empada e confiança, saber mais da pessoa e do seu ambiente. para a motivar a mudar hábitos e estilos de vida." Uma boa relação medico doente é muitas vezes um trabalho árduo que pode demorar anos. "Prescrever medi-camentos é fácil, mudar comportamen-tos e muito mais complexo e moroso". adverte.

O papel da Saúde Pública

A Saúde Pública acaba por ter um papel-chave na promoção em saúde. Maria da Paz é a representante da Saú-de Pública na UCFD do Alto Ave e reco-nhece que mudar hábitos é uma tarefa árdua. "Face à atual pandemia da dia-betes. não basta ter bons cuidados de saúde é preciso incutir estilos de vida saudáveis desde que se está na barriga da mãe", comenta.

Apesar das várias ações nas escolas e na comunidade. Maria da Paz defende

que a Saúde Pública precisa de "políticas que ajudem à mudança de hábitos, como já aconteceu com a proibição da venda de determinados produtos nas máquinas existentes nas escolas e em serviços pú-blicos".

O que também traz desafios gran-des a toda a gente são os diabéticos não diagnosticados. Um problema que se pretende ver diminuído com o desafio "Não à Diabetes-. da Fundação Calouste Gulbenkian, no qual estão integradas as USF de Fafe e de Guimarães. Pretende--se, com este projeto. identificar. num período de cinco anos, 50 mil pessoas com diabetes que desconhecem ter a doença. promovendo a sua inclusão no Sistema Nacional de Saúde. para que haja um apropriado controlo e acompa-nhamento.

Desafios que a equipa da l:CFD encara com "empenho e muita vontade de fazer cada vez mais e melhor" pelas pessoas com diabetes da região do Alto Ave.

O que também traz desafios grandes a toda a gente são os diabéticos não diagnosticados. Um problema que se pretende ver diminuído com o desafio "Não à Diabetes", da Fundação Calouste Gulbenkian.

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Três unidades do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras, entre as quais a Conde de

Oeiras, estão envolvidas no Programa de Gestão Integrada de Cuidados ao

Doente Crónico Complexo. Trata-se de um projeto-piloto da iniciativa do

Serviço de Medicina do Hospital de São Francisco Xavier (CHLO), dirigido por

Luís Campos, que conta com o apoio da ARS de Lisboa e Vale do Tejo.

Na foto, o internista com Anabela Costa, da ARSLVT, e o médico de família

Carlos Silva Russo.

4

f Siga-nos

jornal médico

dos cuidados de saúde mimados

A mulher infetada

pelo VIH e a gravidez

P.16

Luís Alves Programa científico com representantes dos cinco

continentes

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Rui Nunes

O paciente é o centro

de todo o processo na

reabilitação auditiva

UCFD do Alto Ave

Reforçar a luta contra

a doença com bons

resultados ao nível do pé diabético e da

diabetes gestacional

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EU ACREDITO.

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Publicações

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Nesta edição

Dossier

Diabetes 1f14 IDE iliint

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Corte: 1 de 1ID: 72444385 29-11-2017 | Saúde

Trás-os-Montes quer novo aceleradorlinear para reforçar tratamentosVILA REAL O Centro Hospi-talar de Trás-os-Montes e AltoDouro (CHTMAD) insiste nanecessidade de um novo ace-lerador linear para aumentaros tratamentos e reforçar aunidade de radioterapia docentro oncológico.

Este novo equipamento, rei-vindicado há muito para ocentro oncológico de Vila Real,foi um dos temas dominantesda segunda edição das Jorna-das de Saúde, realizadas emVila Real, subordinada ao tema'Oncologia no Interior'.

“A oncologia tem uma com-ponente muito forte de radio-ncologia e, por isso, temos quecontinuar a insistir no acelera-dor linear porque o nossoequipamento está no limite dasua capacidade”, afirmou opresidente do conselho de ad-ministração do CHTMAD,João Oliveira.

O responsável sustentou queé preciso “aumentar a ofertapara os doentes” e “fazer alguns

tratamentos que o actual ace-lerador não tem capacidade”.

“Faz sentido este novo ace-lerador e, portanto, é uma in-sistência permanente”, frisou.

Em Maio, durante uma des-locação a Vila Real, o ministroda Saúde anunciou a aquisiçãodeste novo equipamento parareforçar a unidade de radiote-rapia do centro oncológico doCHTMAD, um investimentoque poderá rondar os cincomilhões de euros e vai permitirintroduzir novas técnicas detratamento.

“Há boas indicações e boasnotas da tutela, mas tambémpercebemos que nem sempreas coisas são rápidas comogostaríamos que fossem”, re-feriu o responsável.

É precisa uma autorizaçãoconjunta dos ministérios daSaúde e Finanças para a aqui-sição deste novo equipamento.

O centro oncológico, queabriu em 2008, precisa tam-bém de mais especialistas da

área e ainda obras de amplia-ção do actual edifício.

A unidade já ajudou a evitardeslocações para tratamentosno Porto. Neste momento estáa ir mais longe com a ida dosespecialistas de Vila Real pararealizar tratamentos no Hos-pital de Macedo de Cavaleiros,no âmbito de um protocolo as-sinado com a Unidade Localde Saúde do Nordeste.

Mas o objectivo, segundoJoão Oliveira, é também fazeros tratamentos nas unidadeshospitalares que integram oCHTMAD, nomeadamenteChaves e Lamego, um projectoque só será possível com re-forço da equipa.

Em 2016, foram realizados8.000 tratamentos no centrooncológico. Até ao final de 2017,prevê-se que sejam atingidosos 12.000 tratamentos, jun-tando os números de Vila Reale de Macedo de Cavaleiros.

Em Trás-os-Montes e AltoDouro, região onde as doenças

oncológicas são a segundamaior causa de morte a seguiràs doenças cardiovasculares,os principais cancros detecta-dos são os relacionados como foro digestivo (intestino egástrico), seguidos dos damama e próstata.

O CHTMAD lidera tambémuma candidatura, já submetidaao Horizonte 2020 - Pro-grama-Quadro Comunitáriode Investigação & Inovação,para desenvolver um projectode investigação na área da hos-pitalização domiciliária.

Este projecto conta com aparceria da Universidade deTrás-os-Montes e Alto Douro(UTAD), de uma universidadede Viena (Áustria) e um hospi-tal de Valência (Espanha).

Este hospital espanhol temcerca de 300 camas de hospi-talização domiciliária, uma ex-periência que o CHTMAD querestudar para depois, quandofor viável, implementar em VilaReal. |

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Porto z FMUP homenageia Daniel Serrão

INAUC,IJRAÇA0 A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) inaugurou ontem o "Pátio dos Pensadores", um espaço de convívio para estudantes e docentes, criado com o objetivo de home-nagear o médico, professor e investigador Daniel Serrão.

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Âmbito: Informação Geral

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Livre escolha do doente fez disparar espera no "S. João" ACESSO O Livre Acesso e Circulação (LAC) no SNS fez disparar a procura de consultas no Hospital de S. João e os tempos de espera subiram em mé-dia 30%. A medida que permite aos doentes escolher, com o médico de família, o hospital onde querem ser tratados, com o objetivo de melhorar o acesso aos cuidados de saúde, teve efeito contrário no Porto.

A denúncia foi feita pelo presiden-te do Centro Hospitalar S. João, du-rante uma conferência da APEGSaú-decom o tema "Livre Escolha na Saú-de, e agora?". "No Hospital de S. João, esta medida prejudicou o acesso", afirmou António Oliveira e Silva. Em algumas especialidades, o aumento da procura foi de 50%. O responsável alertou para o facto de o dinheiro não

acompanhar o doente, o que signifi-ca que além dos custos da consulta e da cirurgia, o hospital também tem de suportar a despesa de enviar os doentes para cirurgia no privado, por incapacidade de resposta interna. Questões que também preocupam o presidente do Centro Hospitalar do Porto, Paulo Barbosa.

O secretário de Estado da Saúde,

Manuel Delgado, reconheceu que são necessários "instrumentos correti-vos" para evitar esta acumulação da procura e disse esperar que os médi-cos de família possam aconselhar melhor os doentes na escolha.

Desde que entrou em funciona - mento. em 2016, o LAC já permitiu que 254 818 utentes escolhessem ser tratados fora da área de residência. Is.

254 mil já optaram por hospital fora da área de residência

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o projecto permitirá saber quem faz melhor e dar aos doentes, ás seguradoras e aos sistemas privados de saúde possibilidade

rá cerca de 100 mil euros, grande parte financiada pela indústria far-macêutica, mas também com fun-dos públicos.

No final de 2018, inicia-se um processo semelhante para a área da degenerescência macular. Esta tem um tratamento muito exigen-te, com muitas injecções e em que os hospitais não têm capacidade logística para fazer urna boagestão dos tratamentos. Os resultados para os doentes constatam-se no facto de se estes mantiveram a vi-são, se conseguem lerou continuar a conduzir.

Para Joaquim Murta, o Value Based Healthcare "vai revolucionar a medicina porque coloca o doente no processo", acrescentando que os critérios de volume vão perder im-portância substituídos por indica-dorescom várias valências, nomea-damente as repercussões na quali-dade de vida do doente.

Matosinhos • pioneiro

"Quem está a falar de VBH (Va-lue Based Healthcare) está a falarde unia ferramenta que através de um

conjunto padronizado de indicado-res (cirurgias, actos médicos, etc.) avalia e compara se aqueles trata-mentos e cirurgias resultaram para aquele doente", refere Victor Her-deiro, que está na UISM (Unidade Local de Saúde de Matosinhos) des-de 2008, primeiro comaadministra-dorea partirde 2011como presiden-te, e é da mesma opinião. Considera que "temos um modelo, até de finan-ciamento,muitobaseado em consu-mode cuidados desaúdeetalveznos tenhamos de preocupar mais com a qualidade dos actos e menos com a quantidade".

A ULSM foi criada em 1999 e é constituída pelas seguintes unidades de prestação de cuidados: Agrupa-mento de Centros de Saúde de Ma-tosinhos, Hospital Pedro Hispano e Unidade de Média Duração e Rea-bilitação, que têm intervenção nas áreas dos cuidados de saúde primá-rios, cuidados hospitalares e cuida-doscontinuados, eos cuidadospalia-tivos são intrae extra hospitalares.

Nos seus objectivos esteve sem-pre a integração das várias valências. Para Victor Herdeiro, a integração das áreas logísticas fez-se, mas o im-

pacto mais significativo teve que ver com "a integração clínica realizada a pensar no ( loente".

"0 nosso objectivo é fornecer um ciclo completo de cuidados, um continuum de cuidados." E neste processo, "devemos organizar o ci-clo co- pleto de cuidados, que deve ser organizado em função das ne-cessidades dos nossos utentes, ou seja, não deve ser o doentepue tem de se adaptar ao sistema de saúde". Por isso, cada vez mais com abor-dagens multidisciplinares e menos em função das especialidades mé-dicas. Como refere o líder da ULSM, "implica ouvir tanto sobre os cuidados médicos e terapêuticos como sobre-a organização". Como referiu nos inquéritos de satisfação, 90% dos utentes inquiridos indica-riam os serviços de saúde da ULSM a Um familiar ou amigo.

Na internalização destes meios complementares de dia-gnóstico e terapêutica, a ULSM foi pioneira, como na realização de espirometrias nos centros de saúde, implementando urna rede que funciona em articulação com o Hospital Pedro Hispana A anos-

NEGÓCIOS INICIATIVAS Investir em saúde

Resultados em oftalmologia são projecto inovador

A Avaliação de Outcomes em Oftalmologia através do Sistema ICHOM é um projecto coordenado pelo Health Cluster de Portugal e agrupa 10 instituições da saúde tanto públicas como privadas. Vai começar em 2018 pelas cataratas e depois segue-se a degenerescência maculai-.

"também vai ser útil para os que fi- FILIPE S. FERNANDES carem em pior posição evoluírem

e mudarem as suas práticas". Acrescenta que "esta avaliação da qualidade de serviço não é compe-

tição, mas é uma-forma de através do conhecimento se melhorar o

AAvaliação de Outco- sistema". mes em Oftalmologia A utilização das metodologias é um projecto pionei- do ICHOM (International Consor-ro para a criação de co- ti um for HealthOutcomesMeasu-

nhecimento edeavaliação de resul- rement) vai permitir "envolver o tados na área da oftalmologia, se- doente no sistema de saúde pois vai gundoJoaquimMurta, director do ser ele a dizer qual foi °resultado de Serviço de Oftalmologia do Centro uma intervenção médica e cirúrgi-Hospital ar e Universitário de ca em termos da sua qualidade de Coimbra e coordenador científico , vida". Em oftalmologia, para as ca- do projecto. tantas, obtêm-se resultados em

"E um projecto disruptivo que cerca de três a seis meses e o doen-vai começar, em 2018, pelas cata- te tem a percepção da sua visão, se ratas para se determinar os princi- está a ver melhor, se continua a fa-pais outcomes, resultados", diz o zera suavida normal, sé causou ab-professor universitário. Refere que sentismo. "é uma atitude de grande coragem No projecto está-se a estrutu- que hospitais públicos e privados rar um comité de ética que vai participem numa iniciativa que vai acompanhar todo o processo de in-permitir saber quem faz melhor e quérito e de trabalho decampo, a pode vira dar aos doentes, aos sis- criação de uma plataforma de co-temas privados de saúde, às segu- municação entre o ICHOM e os radoras, possibilidades de esto- hospitais que participam no pro-lha". Mas para Joaquim Murta, jecto. Esta fase do projecto custa-

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 23

Cores: Cor

Área: 25,70 x 25,03 cm²

Corte: 2 de 2ID: 72442815 29-11-2017

de escolha.

Uma iniciativa do Negócios em parceria com a Janssen ).[

ta na prevenção primária e secun-dária da doença passa também pela doença mental, a dermatolo-gia ou na detecção precoce e tra-tamento do cancro de mama.

As principais dificuldades e de-safios estão ligados à autonomia do projecto, à sustentabilidade finan-ceira e a desafios como as questões relacionadas com os doentes com-plexos crónicos. "A nossa visão é de excelência na prestação dos cuida-dos de saúde e constituiu-se como uma referência para o sector", sub-linhou Victor Herdeiro. •

Francisco Rocha Gonçalves é vo-gal executivo do conselho de ad-ministração do IPO do Porto, onde está há seis anos. Especia-lista em saúde, é licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto e doutorado em Gestão pelo ISEG, foi con-sultor da Eurotrials e é professor e investigador em diversas insti-tuições do ensino superior e ciência.

Como é que foi feita a orga-nização em torno dos Por-ter's Integrated Practice Units? Qual foi a sua evolu-ção ao longo do tempo? As clínicas de patologia (IPU

de Porter) representam uma ino-vação da estrutura organizacional dos hospitais. Desde 2007 que se estabeleceram 11 clínicas de pa-tologia para todos os doentes do IPO Porto e foram várias as mu-danças estruturais implementa-das, algumas das quais deelevado carácter inovador, nomeadamen-te o vinco definitivo no trabalho multidisciplinar, a informatiza-ção de todo o ciclo de cuidados e sua melhoria pela introdução de novas tecuologias. Como sem me-dir não conseguimos gerir, esta-belecemos um Outcomes Re-search Lab que monitora outco-Ines em saúde, Patient Reported Outcomes (PROM), em particu-lar a análise da qualidade de vida

dos doentes em tratamento e cus-tos da prestação de cuidados.

O que é que de facto mudou no IPO? Quais foram os ga-nhos em saúde para os doentes? Acentuou-se o carácter do

tratamento centrado no doente e multidisciplinar em toda a sua abordagem. Para os doentes, este tipo de organização permite uma gestão mais eficiente da activida-de a par de uma melhoria na qua-lidade assistencial, maior acesso e aumento da satisfação com o serviço do hospital.

66 As equipas e os doentes sabem aderir a ideias como as de qualidade e de futuro. FRANCISCO ROCHA GONÇALVES vogal executivo do conselho de administração do IPO Porto

Tudo isto, em simultâneo, acrescenta valor não só para o doente, mas também para a orga-nização: mais recursos disponí-veis; aumento do volume e quali-dade geral; menores custos uni-tários; acess) melhorado à popu-lação; capacidade de transferir melhores práticas, por uma rede de afiliação; redução de tempos de es I )era.

Quais foram as maiores di-ficuldades para a sua imple-mentação? Um processo de planeamen-

to, orgailização e dilecção de uma instituição para um modelo orga-nizativo novo, e para uma filoso-fia que supera as expectativas que anos de formação e prática sedi-mentaram, é sempre desafiante. Mas as equipas e os doentes sa-bem aderir a ideias como as de qualidade e de futuro. Por isso a adesão cresceu natural, rápida e espontaneamente.

Nem mesmoo tema económi-co deve ser visto como obstáculo. Será antes umaoportunidade para a afirmação do próprio conceito de VBH (Value Based Healthca-re). A colaboração de diferentes profissionais eespecialidades tem permitido uma gestão mais efi-ciente dos recursos e também um aproveitamento das si ser Wa.s que daí resultam eliminando actos desnect%sários e duplicados.

Quais são os factores críti-cos de sucesso à implemen-tação do Value Baséd Healthcare? Primeiro, a assertividade da

visão implementada e aprofun-dada sistematicamente desde 2007, quanto à definição de hos-pital compreensivo e centrado no doente, e ainda quanto aos objec-tivos e resultados a perseguir. Acresce a forte cultura organiza-tiva do IPO do Porto, cuja géne-se remonta a 1974 com a funda-ção do hospital.

A estratégia actual de VBH assenta nisto e numa determina-ção de incorporar o futuro do di-gital, de construir processos de trabalho partilhados e comuns, partindo silos e fronteiras corpo-rativas, em direcção ao doente, bem como uma orientação para a aprendizagem e a melhoria con-tínua.

Por fim, há competências que são ferramentas de gestão quoti-diana do V131I, como o rigoroso controlo da actividade assisten-cial, das metas estratégicas e a constante busca de aperfeiçoa-mento e decoerência nas práticas de gestão (ser consequente quan-to aos valores de centralidade do doente), a obrigação de ter uma Visão clara e uma palavra deter-minante sobre () futuro dos cuida-dos é da ciência em oncologia em Portugal e na Europa. me

FRANCISCO ROCHA GONÇALVES VOGAL EXECUTIVO DO IPO PORTO

"Sem medir não conseguimos gerir" No IPO do Porto, foram feitas várias mudanças estruturais e inovadoras, como o trabalho multidisciplinar, a informatização de todo o ciclo de cuidados e sua melhoria pela introdução de novas tecnologias.

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A18

Correio da Manhã Norte Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 10,56 x 6,79 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72447672 29-11-2017

PORTO E AVEIRO. AMBULÂNCIAS

Flor da Ria diz que "anomalias são resolvidas" CI A empresa Flor da Ria, que faz transportes de doentes na zona do Porto e de Aveiro, garante que, quando uma ambulância tem um problema, o mesmo é resolvido de imediato. "Dispo-mos das fichas de manutenção, assim como faturas de repara-

ção, em como as anomalias que vão surgindo são prontamente resolvidas", disse a administra-ção. "É nossa prioridade garan-tir um transporte com cumpri-mento de horários e segurança dos nossos doentes e com uma correta higienização das ambu-lâncias", refere.

A ARS /Norte admite que re-cebeu reclamações de utentes, mas assegura que houve uma "melhoria das condições que outrora não se verificavam". •

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A19

Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

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Área: 4,91 x 5,73 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72442796 29-11-2017

Medicamentos 12 mN mações adversas

• O Infarmed recebeu 12 326 notificações de reações adver-sas a medicamentos desde 2012. altura em que os cida-dãos puderam começar a fazé-las. As participações de cida-dãos representam. contudo. apenas 8% das notificações, o que, para o Infarmed, é um in-dicio "da subnotificação de reações adversas em Portugal".

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A20

Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 33

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Área: 4,85 x 5,82 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72443274 29-11-2017

Países pobres 10% dos fármacos são falsos • Um em cada dez medica-mentos usados nos países em desenvolvimento são contra-feitos ou não cumprem requi-sitos mínimos. O alerta é da Organização Mundial de Saú-de, que aponta medicamentos para a malária e a pneumonia, provavelmente responsilvelS pela morte de dezenas de mi-lhares de crianças.

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 4,95 x 5,83 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72442820 29-11-2017

Quatro anos sem avaliar qualidade

• Centros comerciais e ginásios deixaram, há quatro anos, de ter auditorias obrigatórias à quali-dade do ar, devido a urna altera-ção à lei que a Associação Por-tuguesa das Empresas dos Seto-res Térmico, Energético, Eletrô-nico e do Ambiente considera negativa. Os técnicos "encon-travam, além de legionela, ou-tros poluentes como o radio".

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A22

Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Mensal

Âmbito: Saúde e Educação

Pág: 2

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Área: 20,37 x 16,90 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72414609 01-11-2017

Luís Pisco Vice-presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT

Sociedade civil e saúde contribuições e potencial

Os formuladores de políticas de saúde na Europa sabem que ignorar a sociedade civil tem grandes riscos e que trabalhar com ela truz sempre ganhos potenciais. A nível global, mas em alguns países em particular, o trabalho com a sociedade civil tornou-se um mecanismo estabelecido de governação e, particular-mente, de governação para a saúde.

Enaltecer a sociedade civil e confiar nela é muito positivo, mas para criar parce-rias frutíferas é necessário ultrapassar uma série de desafios práticos que sempre se colocam. Trabalhar com a sociedade civil tomou-se uma estratégia importante para a Região Europeia da OMS e para a Saúde 2020, a nova política europeia para a saúde e o benwstiar do séCulo >00, apoiada por Múltiplos estudos e que privilegia a gover-nação intersetorial e interdepartamentaL

Pár isso, a Organização Mundial de Saúde e o Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde publica-ram recentemente o relatório "Socieda-

de civil e saúde - contribuições e poten-cial", que visa ajudar na implementação do quadro regional de pol i icn dy ú. de para a Europa, o Saúde 202i)

Um dos maiores reptos para en-frentar os desafios da saúde de hoje é como quebrar a compartimentação qua-se estanque que domina os projetos, o seu planeamento, a sua implementação, a monitorização e a avaliação das estra-tégias, programas e atividades de saúde.

Muitas vezes, esses compartimen-tos são dominados por um pequeno grupo de especialistas, numa aborda-gem de cima para baixo, sem considerar as principais partes interessadas no pro-cesso de criação de políticas, ou a abor-dagem de baixo para cima, igualmente importante nestes processos.

Isso significa que são Os especia-listas que identificam os problemas e formulam as intervenções, enquanto. as populações mais afetadas e os princi-pais determinantes da saúde raramente

constituem a base para a identificação de problemas e soluções.

As políticas e atividades de saúde são mais significativas quando comuni-dades e grupos alvo estão envolvidos em todos os aspetos de desenvolvimen-to, implementação e avaliação de polí-ticas e programas. A criação de comu-nidades resilientes, em que as pessoas são capacitadas e têm oportunidade. de expressar as suas necessidades e inte-resses no desenvolvimento de políticas, é uma das ações prioritárias para os pró-ximos anos e está no cerne da realização bem-sucedida da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

A sociedade civil pode respon-der rapidamente e com versatilidade aos emergentes desafios da saúde e a áreas de nicho para a política de saúde e desempenhar um papel essencial na atuação corno ponte entre o setor público e as comunidades alvo.

Uma das questões a que este

relatório procura responder é preci-samente o que é a sociedade civil e o que é que ela pode fazer para a saúde? Uma abordagem abrangente da socieda-de vai além das instituições; influencia e mobiliza a cultura- e as comunidades lo-cais e mundiais, as comunidades rurais e urbanas e todos os setores políticos relevantes, corno o sistema educacional, o setor de transportes, o meio ambiente e até mesmo o design urbano, como de-monstrado no caso da obesidade e do sistema alimentar global.

A abordagem global da sociedade é uma forma de governação colaborativa, que pode complementar as políticas pú-blicas e pode aumentar a coordenação e a construção de confiança entre uma grande variedade de atores. Ao envolver o setor privado, a sociedade civil, as co-munidades e os indivíduos, a abordagem da sociedade pode fortaleeer a resiliência das comunidades para resistir a ameaças à sua saúde, segurança e beni.estar

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Mensal

Âmbito: Saúde e Educação

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 16,05 x 10,70 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72414772 01-11-2017

Prevenção do suicídio Se há área indiscutível de prevenção

em Saúde Pública é no.suicidio! O Plano

Nacional de Prevenção do Suicídio pre-

tende dar um contributo significativo

para esse objetivo,

A principal (e quase única) causa

de morte por doenças mentais é o sui-cídio. Segundo Stuckler, Martin McKee,

Sanjav l3asu (2011), "os suicídios são apenas a ponta do iceberg em termos

de problemas de saúde mental. O sui-cídio em si é um evento relativamente

raro, mas sempre que há um aumento

no número de suicídios há também

um aumento de tentativas de suicídio

fracassadas e de novos casos de depres-são",

Com frequência, existe um aumento

de suicídios e de tentativas de suicídio quando existem situações de crise social

e/ou económica.

Em Portugal. as taxas de incidência

Existe um aumento de suicídios e de tentativas de suicídio quando existem situações de crise social e/ou económica.

mais recentes aumentaram em relação

às que se verificavam tradicionalmente,

passando-se de cerca de 10/100.000 ha-bitantestano para 11,6 em 201-t. Contu-

do. temos integrado os países com maior

taxa de mortes de causa indeterminada.

perspetivando-se que cerca. de 20% serão

por suicídio.

A epidcmiologia regista que a maio-

ria destas pessoas procurou um meche()

no ano anterior, muitas no mês ante-

rior. Simultaneamente, o 1.° Estudo

Epidemiológico Nacional de Saúde Mental mostrou que no 1,° ano do apa-

recimento de uma depressão major ape-nas 37,4 em cada 100 consultaram um

médico.

Pode ler mais sobre o Programa

Nacional Para a Saúde Mental em www,

dgs.pt no link:

hups://www.dgs.Npris-e-programa.s/

lprogramas-de,saude-prioritariosisaudv-

-mentalaspx

D G s Direçáo-Geral da Saúde

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 8

Cores: Cor

Área: 5,53 x 23,59 cm²

Corte: 1 de 1ID: 72442737 29-11-2017

Casos de VIH/sida estão a descer há oito anos

RELATÓRIO Portugal contabilizou 1030 novos casos de V1H/sida em 2016, confirmando uma tendência de descida nesta estatística. Des-de 2008 - quando se registaram 2226 casos - que o número de no-vos diagnósticos tem vindo sem-pre a descer, segundo o relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa. Desde 1985, Portugal registou 56 001 diagnós-ticos de VIH/sida.

De acordo com o documento, em 2009 foram diagnosticados 2034 novos casos; em 2010 desce-ram para 1922; em 2011 para 1704; no ano seguinte para 1645; em 2013 para 1585; em 2014 desceram para 1228: em 2015 para 1192; e, fi-nalmente, em 2016 para 1030; sen-do que o número de casos regis-tados no ano passado representa uma descida de 13,6% em relação ao ano de 2015 e uma descida de 35% face ao ano de 2013.

Mais homens do que mulheres Os novos casos encontram-se, maioritariamente, entre heteros-sexuais e mais em homens, com 734 novos diagnósticos em 2016, do que em mulheres (296). O do-cumento mostra também que as relações homossexuais estiveram na origem de 366 novos casos.

As drogas injetáveis estiveram na origem de 30 novos diagnósti-cos, o que também tem vindo a descer. Em 2007 foram 406; em 2012 foram 127; e em 2014 ficou pela primeira vez abaixo de 100, com 54 diagnósticos novos.

A transmissão da infeção de mãe para filho deu origem a três novos casos. LEONOR PAIVA WATSON

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A25

Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 14

Cores: Preto e Branco

Área: 25,70 x 31,00 cm²

Corte: 1 de 2ID: 72443119 29-11-2017

Medicamentos que previnem VIH vão estar disponíveis para grupos de risco

Novos casos em 2016

Evolução de novos casos de VIH diagnosticados na Europa

Fonte: European Centre for Disease Prevention and Control/World Health Organization PÚBLICO

Total UE/EEE

Não pertencentesà UE/EEE

201620152014201320122011

27.573

Em Portugal

201620152014201320122011

500

1000

1500

2000

1030

29.444

Os dados dos diferentes países foramrecolhidos pela OMS via Sistema Europeu

de Vigilância. A excepção é a Rússia.Neste caso, os números foram obtidos

através do Centro para a Prevençãoe Controlo da Sida daquele país, pelo

que aparecem à parte dos totaiscalculados pela OMS para a Europa

RÚSSIA

UE/EEE29.444

27.573

NãoUE/EEE

PORTUGAL

103.438

Pessoas que nos últimos seis me-

ses tenham tido relações sexuais

sem “uso consistente de preserva-

tivo” com alguém que não sabe se

está ou não infectado por VIH, ou

que utilizem drogas injectáveis com

partilha de seringas poderão aceder

a medicamentos que reduzem até

90% o risco de infecção por VIH. A

Direcção-Geral da Saúde (DGS) emi-

tiu ontem uma norma que defi ne os

moldes desta nova frente de ataque

à transmissão do vírus.

A chamada Profi laxia de Pré-ex-

posição da Infecção por VIH (PrEP)

destina-se a reduzir as hipóteses de

alguém que não está infectado, mas

que está sujeito a um alto risco de in-

fecção, poder contrair o vírus em ca-

so de exposição ao mesmo. A norma

da DGS, dirigida a “médicos do siste-

ma de saúde e pessoas colectivas sem

fi ns lucrativos”, determina que deve

ser referenciado para “consulta de

especialidade hospitalar, a efectivar

no prazo máximo de 30 dias” quem

está nesta situação. São ainda con-

sideradas “pessoas com risco acres-

cido”, entre outras, as que têm um

parceiro infectado por VIH que não

recebe acompanhamento médico e

que não utiliza por regra o preserva-

tivo, as que “referem uso de substân-

cias psicoactivas durante as relações

sexuais” e as que pratiquem relações

sexuais para “obtenção de dinheiro”,

também sem preservativo.

A DGS recorda que “a utilização da

PrEP conduz a uma redução até 90%

no risco de aquisição de infecção

VIH, estimando-se uma poupança de

205.000 euros por cada infecção evi-

tada”. Serão utilizados os antivirais

emtricitabina e tenofovir, que impe-

dem a replicação do VIH nas células

humanas. A dispensa será feita nas

farmácias dos hospitais.

Uma série de aspectos devem ser

tidos em conta na avaliação dos can-

didatos. Desde logo, a presença de

doenças que possam contraindicar

o uso de PrEP. Sublinha-se ainda a

importância das “medidas preventi-

vas” — porque “qualquer estratégia

prestes a incluir nas estratégias de

prevenção do contágio pelo VIH ins-

trumentos como os testes de auto-

diagnóstico (que estão a ser analisa-

dos pelo Infarmed e devem ser dispo-

nibilizados dentro de pouco tempo) e

a PrEP já tinha sido avançada ontem

pelo PÚBLICO, horas antes de a nor-

ma ser publicada no site da DGS. E

foi aplaudida pelas associações que

acompanham os doentes no terreno.

Ainda que com alertas.

“Todas as medidas que ajudem a

evitar novos casos de contágio são

bem-vindas”, afi rmou a co-fundado-

ra da Liga Portuguesa Contra a Sida,

Maria Eugénia Saraiva, alertando,

contudo, para alguns aspectos: “O

autoteste é óptimo para as pessoas,

mas é preciso perceber quem o vai

fazer e como, ou seja, com que acom-

panhamento. Por seu lado, é impor-

tante que as pessoas, nomeadamente

os grupos de risco, tenham presente

que a profi laxia pré-exposição não

substitui o preservativo.”

Ana Duarte, uma das coordenado-

ras da Associação Ser +, considerava,

por seu lado, que “por mais que se ba-

talhe pelo uso do preservativo, haverá

sempre pessoas que não o usam”. E

sublinhava a importância de o acesso

à medicação se fazer “por intermédio

de um profi ssional de saúde” com a

“realização de rastreios frequentes”.

Quanto aos autotestes, gostaria de ver

Portugal seguir o exemplo dos países

que adoptaram “soluções intermé-

dias” em que as pessoas têm livre

acesso ao teste mas em que os respec-

tivos resultados são processados em

laboratório. “Então teríamos a certe-

za que seria um profi ssional a dar a

notícia à pessoa que pode eventual-

mente não ter estrutura para aguen-

tar sozinha um diagnóstico positivo.”

O recurso à PrEP como medida

de prevenção vem recomendado no

relatório sobre VIH/sida que a Orga-

nização Mundial da Saúde divulgou

ontem. Em Maio, o secretário de Es-

tado Adjunto e da Saúde, Fernando

Araújo, publicou um despacho em

que elegia a PrEP como um instru-

mento capaz de ajudar à redução de

novos casos.

Activistas sugerem que novos instrumentos sejam acompanhados por campanhas de sensibilização. DGS emitiu norma que defi ne quem pode candidatar-se à Profi laxia de Pré-exposição da Infecção por VIH

Saúde Andreia Sanchese Natália Faria

GUILHERME MARQUES

OMS registou 160 mil novos contágios por VIH na Europa em 2016

tras infecções, seja porque aumenta a

protecção contra o VIH. Defi nido fi ca

também que a prescrição “deve ser

realizada por médicos que integram

a rede de referenciação hospitalar pa-

ra a infecção por VIH”. E que haverá

avaliações periódicas de cada caso.

A notícia de que Portugal estava

[email protected]@publico.pt

de prevenção deverá fazer parte de

uma abordagem combinada”. Por

exemplo: “Aos candidatos à profi la-

xia deve ser realizada educação para

a saúde em todas as avaliações clíni-

cas/consultas” o que passa por aler-

tar para a importância do uso do pre-

servativo, seja porque este evita ou-

O relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e da Delegação Regional

da OMS para a Europa, ontem divulgado, reviu em alta o número de novos diagnósticos de VIH em Portugal em 2016. Subiram para os 1030, acima dos 841 reportados em Maio pelo Programa Nacional para a Infecção VIH, Sida e Tuberculose. A discrepância, diz Isabel Aldir, directora daquele programa, deve-se ao desfasamento na introdução dos dados no programa de vigilância epidemiológica.

O relatório é claro sobre o panorama na Europa: a epidemia continua a fazer novas vítimas, sobretudo a Leste. A Rússia e a Ucrânia contribuíram com 73% para os 160.453 novos diagnósticos em 2016 — um número recorde. Um dos problemas é que 51% destes foram feitos numa fase avançada da doença. Em média, decorreram três anos entre o contágio e o diagnóstico. “É demasiado tempo”, lê-se. O diagnóstico tardio, além de diminuir a qualidade de vida dos portadores da doença, “aumenta o risco de transmissão”. O contágio entre homens que fazem sexo com homens é o mais comum nos países do UE e Espaço Económico Europeu. Já nos países de Leste prepondera o contágio entre heterossexuais e associado à injecção de drogas ilícitas.

Na Europa Ocidental, a taxa de novos diagnósticos de VIH fixa-se nos 5,9 novos casos por 100 mil habitantes. Portugal apresenta uma taxa de novas infecções de 10 por 100 mil habitantes.

Portugal com 1030 novos casos

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52468a16-6218-4d88-baf9-efc702714606

Novos medicamentos reduzem até 90% o risco de transmissão do vírus p14

Cientistas pedem interdição total em 2018. Daqui a um ano tudo pode mudar p18/19

Já ninguém pede a cabeça de Assad na Síria. Rússia é nova potência na região p22/23

Contas são do Ministério da Educação. Medida só deverá ser aplicada até ao 9.º ano p12

Grupos de risco vão ter acesso a remédios para travar VIH/sida

Em Portugal não há “sardinhas jovens para se poder pescar”

Putin está a ganhar a guerra pelo poder no Médio Oriente

Tirar dois alunos a cada turma custará 84 milhões

DANIEL ROCHA

Energia Proposta chumbada pelo PS foi negociada com o GovernoRecuo Secretários de Estado negociaram taxa sobre renováveis com BE. Foi Costa quem travou o acordo e fez o PS votar contra

EDP Primeiro-ministro temia que investimento estrangeiro fi casse em risco. Chineses e australianos seriam os mais afectados

Opinião Francisco Louçã diz que esquerda tem de atacar clientelas “sem nó nem piedade” se quiser vencer Destaque, 2 a 4, 45 e Editorial

ConcertosCarminho regressa para cantar um Jobim que é só seuCultura, 28

FutebolEm lágrimas, Júlio César diz adeus ao Benfica e talvez também à carreiraDesporto, 38

TelevisãoThe Handmaid’s Tale, uma das séries essenciais de 2017, chega agora a PortugalCultura, 31

Edição Lisboa • Ano XXVIII • n.º 10.086 • 1,20€ • Quarta-feira, 29 de Novembro de 2017 • Director: David Dinis Adjuntos: Diogo Queiroz de Andrade, Tiago Luz Pedro, Vítor Costa Directora de Arte: Sónia Matos

ISNN-0872-1548

FinançasGovernofez forcing finalpara conseguirCenteno no Eurogrupop6/7

Ministério da Saúde não vai lançar tão cedo concurso para nova parceria. Novo hospital de Lisboa custa 415 milhões e terá sobretudo quartos individuais p10/11

Atraso em concurso dá mais dois anos à PPP do Hospital de Cascais

II • n.º 10.086 • 1,20€ • Quarta-feira, 29 de

Portu

etuais p10/

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Porto irredutível na mudança do Infarmed INFARMED O Executivo da Câmara do Porto uniu-se ontem contra o "provincianismo da capital" e ga-rantiu que a Invicta tem recursos físicos e massa critica para, pelo menos, manter o atual nível de ati-vidade do Infarmed. A vereação aprovou por unanimidade uma re-solução a apoiar a decisão de des-localizar "a sede e parte relevante dos serviços" daquele organismo para o Porto e que solicita a "elabo-ração de um calendário de transfe-

rências de competências. acaute-lando os diferentes interesses em presença, designadamente os dos trabalhadores envolvidos" para que seja "o inicio de um caminho que conduza a uma efetiva descen-tralização do pais que venha a be-neficiar o todo nacional".

O vereador eleito pelo PSD e ex-presidente da Entidade Regulado-ra da Saúde, Álvaro Almeida, disse ainda que todas as instituições re-guladoras - à exceção do Banco de Moreira tala em lógica umbiguista

Portugal - "não só podem como devem" estar fora de Lisboa "por-que o afastamento do poder politi-co reforça a sua independéncia". Porém, reconheceu que deveria ter havido "outro cuidado", até por-que, "nas duas últimas décadas", o próprio assistiu "ao drama de mui-tas famílias que tiveram de sair do Porto".

Também o vereador do PS Ma-nuel Pizarro reconheceu as legiti-mas preocupações dos trabalhado-

res e das suas famílias. "Outra coi-sa é a ideia peregrina de que a vin-da para o Porto coloca em causa a atividade e qualidade do Infarmed. Isso é o discurso do provincianis-mo da capital". afirmou. citando a expressão de Sophia de Mello Breyner Andresen.

O presidente da Câmara, Rui Moreira, não queria acrescentar mais do que o que estava na reso-lução. mas aproveitou para criticar "o barulho de uma lógica centralis-ta"e o argumentário "facilmente desmentido pela realidade, só para justificar uma lógica umbiguista do país". T.R.A.

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ou de necessidade da sua medida. Não

promoveu um mínimo de negociação

política e laboral. Foi tudo feito de

rompante, de forma voluntarista, deixando

um rasto de fragilidades no processo de

decisão capaz de fazer corar o mais pueril

dos aprendizes de

política.

Até o ministro

da Saúde, até

agora uma fi gura

sólida e sensata,

foi arrastado

no vendaval da

imprevidência e da

ligeireza: um dia,

pede à presidente

da Infarmed que o

“ajude” a cumprir

a decisão de levar

o Infarmed para

o Porto; e três

dias depois, numa

reunião com os

trabalhadores, diz

que não há decisão

nenhuma, apenas

uma “intenção”.

Pelo meio, falou

de estudos que

ninguém conhece,

citou planos

Um remédio para reforçar o centralismo

A confusão do Infarmed podia

ser apenas mais um episódio de

um Governo que se atordoou

no drama dos incêndios,

se confundiu na história de

Tancos, se desorientou com

os remoques do Presidente-

-rei e perdeu o nexo algures

entre as pressões dos seus

parceiros parlamentares e

dos sindicatos. Ninguém aguenta tanta

pancada e tanto infortúnio e é por isso que

a história da mudança que não é mudança

do Infarmed para o Porto é mais do que

uma trapalhada. É um desastre político que

terá consequências. Daqui para a frente

será ainda mais difícil a este ou a qualquer

outro Governo dar passos no caminho da

desconcentração e da descentralização.

A macrocefalia da administração pública

alimenta-se disto. Este erro vai ser usado,

já está a ser usado, pelo pensamento

dominante do centralismo para manter

a confi guração medieval do Estado que

amarra o país à inefi ciência da burocracia,

ao clientelismo da corte e à venalidade dos

interesses instalados.

O Governo de António Costa é sem dúvida

o Governo que nas últimas décadas mais se

preocupou em olhar a sério para o país como

um todo. Viu o que não podia deixar de ver:

que um país com uma cabeça gigantesca

e um corpo anémico não funciona. As

suas estratégias para a descentralização

pecavam por não mostrarem coragem para

assumir que a receita para a criação de

uma administração pública moderna não

exige nada de novo — apenas o regresso

à regionalização administrativa prevista

na Constituição e banalizada pela Europa

fora. Mas, suspeitando que essa batalha

era demasiado onerosa, António Costa e

o seu ministro Eduardo Cabrita tentaram

um atalho para que, ao menos, alguma

coisa pudesse mudar. O país interior frágil,

abandonado e mal gerido revelado pelos

incêndios deu uma boa ajuda aos seus

propósitos.

É neste contexto que surge a ideia de

trocar Lisboa pelo Porto para avançar com

uma candidatura à Agência Europeia do

Medicamento. Depois, é com este espírito

que o Governo tenta compensar a derrota

na Europa com a transferência do Infarmed.

O problema é que, agindo como um grupo

de adolescentes sem experiência e sentido

de responsabilidade, o Governo avançou

ao arrepio do que se exige em qualquer

mudança estrutural. Não produziu estudos

consistentes. Não concebeu uma estratégia

global. Não explicou o sentido de urgência

inscritos na candidatura do Porto à Agência

europeia que ninguém vislumbra. A cada

incongruência, a promessa foi-se esvaziando

pelo ridículo. Os 70% de quadros e funções

que deveriam ser transferidos para o Porto

são hoje resumidos a uma sede de fachada.

Já ninguém acredita em mudança alguma.

Tudo isto seria risível se as anedotas não

servissem por vezes para desqualifi car boas

intenções e para demolir coisas sérias. Foi o

que aconteceu. Os discursos do centralismo

ganharam ânimo. E as reacções absurdas

dos que consideram esta discussão como

uma mera extensão de um FC Porto-

Benfi ca fi zeram-se ouvir como que a provar

que, numa questão crucial para o país, a

racionalidade é um bem escasso. Como

aconteceu no debate da Regionalização,

a caricatura, a demagogia, o medo dos

fantasmas e a cegueira da clubite são

activos tóxicos que alimentam a inércia do

centralismo. Não dizem já os funcionários

do Infarmed que uma mudança para o

Porto comprometeria o abastecimento de

medicamentos?

Era bom que se percebesse que o que

está em causa não é um problema de

Lisboa, mas de uma cultura de Estado

arcaica, injusta e perniciosa. Um texto

de Luís Aguiar-Conraria no Observador

basta para provar que toda esta discussão

sobre o centralismo excessivo não é um

O que não faz sentido é manter tudo como está, onde um centro único se arroga pensar e decidir por tudo e todos

Jornalista. Escreve à [email protected]

ressabiamento do resto do país contra a

capital nem uma imposição dolosa dos

lisboetas aos transmontanos ou beirões: é

uma herança anacrónica, uma realidade

absurda que, tarde ou cedo, com ou sem

queixas dos funcionários ou dos interesses

instalados, terá de mudar. Se as famílias do

Porto, de Bragança ou de Faro assistem ano

após ano à migração dos seus familiares

para a capital por imposição desse excesso

de centralismo, um dia terá de haver o

reverso dessa migração. O Estado é de

todos, todos estamos interessados na

sua efi ciência e na sua justa prossecução

do interesse público. É aqui que todas as

discussões se devem situar.

Seria bom que o Governo pensasse num

plano articulado que ajustasse o interesse

público com a efi ciência, a subsidiariedade

e a proximidade. E aí talvez o Infarmed

pudesse vir para o Porto porque é no

Porto e no Centro que existe o grosso

da indústria farmacêutica e alguns dos

institutos médios mais prestigiados do

país em termos internacionais. Mas se

não viesse o Infarmed, viria seguramente

a AICEP e o IAPMEI, porque é em torno

do Porto que estão as pequenas e médias

empresas e a base exportadora do país

em bens transaccionáveis — o instituto

tem sede no Porto, mas a sua direcção e

os seus quadros estão... em Lisboa. Talvez

o Instituto da Vinha e do Vinho fosse

para Vila Real. Provavelmente o Tribunal

Constitucional poderia ir para Coimbra, o

Turismo de Portugal para Faro, o Instituto

da Biodiversidade e Florestas para Castelo

Branco, o IFAP, que gere os fundos da

agricultura, para Beja, a ASAE para Leiria e o

Ipimar para Viana.

O que não faz sentido é manter tudo

como está, onde um centro único se arroga

pensar e decidir por tudo e todos. Mudar

vai criar problemas? Sim, e o Estado tem o

dever de os mitigar — sem criar injustiças

para professores ou médicos obrigados a

andar com a casa às costas. Mas a situação

actual não causa problemas a milhares de

portugueses que, por isto ou aquilo, têm

de perder dias e dias em peregrinações

a Lisboa? A falta de alternativas para os

jovens beirões ou alentejanos não é um

problema agravado pelo círculo vicioso de

um Estado que acaba por sugar tudo à sua

volta, agravando as assimetrias do país? É

a perguntas como estas que é importante

responder. A menos que aceitemos que

o atavismo centralista e centralizador

continue a ser o que sempre foi: uma fonte

de privilégios e um bloco de interesses que

persiste em olhar o país como o quintal das

traseiras do seu próprio umbigo.

DANIEL ROCHA

Manuel CarvalhoMemória futura

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Farmacêutico

João Cordeiro

Donosdisto tudo

O “Brexit” obrigou a transferir

a Agência Europeia do

Medicamento (EMEA) de

Londres para outra cidade

europeia. O Porto candidatou-

se, e bem, mas a sua

candidatura foi preterida, em

benefício de Amesterdão. No

dia seguinte, o Governo decidiu,

a título de compensação,

transferir o Infarmed de Lisboa para o Porto.

A decisão colheu de surpresa todo o país.

Ninguém sabia, ninguém foi auscultado,

nem houve qualquer estudo de avaliação

de impactos dessa transferência! Foi uma

decisão política no pior sentido da expressão.

Os governantes fazem do nosso dinheiro

o que muito bem entendem, sem dar

explicações a ninguém. Quando foi decidido

transferir a EMEA, a principal preocupação

dos responsáveis foram os impactos

individuais e familiares dessa transferência.

Em Portugal, o Governo tomou a decisão sem

a auscultação dos trabalhadores e, portanto,

sem qualquer preocupação com o impacto

individual e familiar dessa transferência.

O Infarmed é uma instituição de grande

dimensão, cuja transferência vai ter custos

elevadíssimos para o erário público. Uma

decisão destas não pode ser tomada de

ânimo leve, por impulso, sem avaliação séria

das suas consequências. O dinheiro não

é do Governo, é nosso. Se o Governo tem

dinheiro, que pague aos fornecedores. Ainda

recentemente foi anunciado um reforço de

1400 milhões de euros para pagar dívidas

do Ministério da Saúde. Um ministério que

está permanentemente em défi ce crónico,

como é que se permite desperdiçar dinheiro

desta maneira? O que é que esta medida

visa resolver? As mortes por infecção

hospitalar? As mortes por Legionella? A falta

de medicamentos? As listas de espera? Quais

são as prioridades do ministro? Instalar a

EMEA no Porto era um investimento rentável

para o país. Acreditamos que sim. Transferir

o Infarmed de Lisboa para o Porto não é

investimento, é despesa, despesa inútil para

o país. Isto para já não falar também de

todas as actividades, desde a indústria aos

serviços, que estão instaladas em Lisboa,

ou nas proximidades, porque o Infarmed

aqui funcionava. O que é que pensam essas

actividades da transferência do Infarmed?

Esta decisão do Governo é apenas demagogia

e populismo. É caciquismo, com os caciques

a agradecer publicamente a benesse

do Governo. Os responsáveis políticos

continuam a brincar com o nosso dinheiro.

Os donos disto tudo ainda não acabaram.

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Tribunal Constitucional

Administradores dos SUCH obrigados a mostrar rendimentosO Tribunal Constitucional divulgou ontem um acórdão dando conta de que os elementos do conselho de administração do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais estão obrigados, por lei, a depositar naquele tribunal as suas declarações de património, tal como aconteceu no caso do ex-presidente da CGD, António Domingues. A decisão responde a um pedido de uma vogal do SUCH.

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CIÊNCIA

Mais de 16 milhões de euros vêm para oito cientistas em Portugal

Ao todo, oito cientistas em Portugal

vão agora ter uma bolsa do Conse-

lho Europeu de Investigação (ERC),

o que perfaz 16 milhões de euros. As

bolsas de consolidação, como as di-

vulgadas ontem, destinam-se a cien-

tistas a meio da carreira (entre sete

e 12 anos de experiência) e este ano

premiaram 329 cientistas na Europa,

com 630 milhões de euros.

Sete das bolsas que vêm para Por-

tugal são para as ciências da vida, pa-

ra quatro centros da área de Lisboa: a

Fundação Champalimaud, o Instituto

de Medicina Molecular (IMM), o Insti-

tuto de Tecnologia Química e Biológi-

ca (ITQB) e o Instituto Gulbenkian de

Ciência (IGC). Cada bolsa vale entre

dois e 2,5 milhões de euros. Há ain-

da uma bolsa nas ciências físicas e

engenharias para a Universidade do

Minho, de dois milhões de euros.

As novas bolsas vão para 22 países

na Europa. O Reino Unidos (60 bol-

sas), Alemanha (56), França (38) e os

Países Baixos (25) receberam o maior

número. Para este concurso, o ERC

avaliou 2538 propostas.

Criado em 2007 pela União Euro-

peia, o ERC tem, além das bolsas de

consolidação, bolsas de arranque

(para cientistas doutorados no má-

ximo há sete anos), assim como bol-

sas avançadas, bolsas para prova de

um conceito e bolsas de sinergia. Até

agora, incluindo as últimas bolsas, já

houve ao todo 82 bolsas do ERC para

cientistas estabelecidos em Portugal,

o que corresponde a 140 milhões de

euros — entre os 14.400 milhões atri-

buídos no total pelo ERC.

O parasita que nos põe a dormir

Luísa Figueiredo, do IMM, estuda o

parasita da doença do sono, transmi-

tido pela mosca tsé-tsé e que causa

sonolência permanente. Em Maio de

2016, a sua equipa publicou na revista

Cell Host & Microbe uma descoberta

surpreendente: o reservatório prin-

cipal do parasita é o tecido adiposo

(gordo), e não o sangue e o cérebro,

É a última leva de bolsas atribuídas pelo organismo de fi nanciamento da ciência na Europa, criado em 2007. Desde então, vieram para Portugal 140 milhões de euros

Bolsas europeiasTeresa Serafim e Teresa Firmino

Em cima, da esquerda para a direita, Joseph Paton, Susana Lima e Michael Orger; em baixo, à esquerda Luísa Figueiredo, à direita Mariana Gomes de Pinho

artigo na revista Neuron, em que des-

crevia os primeiros mapas da activi-

dade neuronal na totalidade do cére-

bro do peixe-zebra em acção. “Para

percebermos como é que o cérebro

funciona, é imperativo conseguirmos

registar a actividade dos neurónios

e, ao mesmo tempo, relacionar essa

actividade com o comportamento do

animal”, dizia então Orger à Lusa.

Com os dois milhões de euros da

bolsa do ERC, Michael Orger diz, em

comunicado, que vai ter “uma visão

sem precedentes, à escala da célula,

dos circuitos que transformam a in-

formação visual em acção”. Tudo isto

para se perceber como o cérebro nos

permite escolher as acções correctas

baseadas na experiência sensorial.

“Estudando sistemas simples como

o do peixe-zebra, queremos identifi -

car os princípios organizacionais que

irão ajudar-nos a perceber como cére-

como se pensava. Na fase terminal

da doença, os doentes têm perda de

peso excessiva e é isso que Luísa Fi-

gueiredo quer aprofundar com os 2,2

milhões de euros da bolsa. “Se antes

se pensava que o parasita existia em

grande quantidade no sangue e em

menos quantidade no cérebro, os no-

vos resultados vêm alterar esta ideia.

E podem explicar a enorme perda de

peso que costuma estar associada a

esta doença”, dizia então. “São-nos

dadas condições para explorarmos

questões difíceis e arriscadas, mas

potencialmente muito inovadoras”,

diz agora da bolsa.

O comportamento sexual diferente das fêmeas

Susana Lima, da Fundação Cham-

palimaud, vai receber dois milhões

de euros para desvendar como hor-

monas reprodutivas afectam o cére-

bro e controlam o comportamento

sexual das fêmeas — um trabalho

em ratinhos. “Uma das perguntas

mais antigas e interessantes na neu-

rociência e no comportamento ani-

mal é tentar perceber como é que o

mesmo indivíduo pode ter respos-

tas opostas ao mesmo estímulo, de-

pendendo do seu estado interno”,

conta ao PÚBLICO. “No nosso caso,

queremos perceber como é que os

circuitos neuronais levam a que a

fêmea tenha um comportamento

de aceitação e cópula em relação ao

macho, se estiver na ovulação, e de

rejeição quando não está a ovular.”

Como tal, vão estudar-se circuitos

neuronais usados para responder a

estímulos hormonais. A área do cére-

bro analisada será o hipotálamo ven-

tromedial, onde há receptores para o

estrogénio e da progesterona, hormo-

nas femininas. “Estudamos o efeito

combinado dessas duas hormonas

nessa mesma área”, frisa.

E nos humanos? “Há algumas indi-

cações de que o comportamento so-

cial e sexual das mulheres em relação

ao sexo oposto também se altera”,

responde. Contudo, salienta que exis-

tem diferenças entre as respostas das

mulheres e das fêmeas de ratinho.

“[Este estudo] poderá ser aplicado

em humanos. Mas, neste momento,

não é o intuito.”

Sendo a primeira vez que Susana

Lima tem uma bolsa do ERC, o que

sente? “É difícil de descrever, são vá-

rias coisas ao mesmo tempo. Um alí-

vio enorme por saber que podemos

continuar os nossos projectos, validar

as perguntas, hipóteses e metodolo-

gia para atingir objectivos; e um or-

gulho na minha equipa.”

Atrás de cada neurónio do peixe-zebra

Também da Fundação Champali-

maud, Michael Orger estuda a acti-

vidade de cada neurónio do cérebro

da larva de peixe-zebra, enquanto ela

se movimenta e reage a diferentes

imagens. “Quando o peixe vê os ob-

jectos em movimento, tem de tomar

uma decisão rápida — é um predador,

comida ou um peixe companheiro?

Baseado nisto, tem de decidir que

tipo de movimento deve fazer: esca-

par, caçar, explorar, nadar ou virar à

esquerda ou à direita “, explica o bri-

tânico. Depois, através de estímulos

artifi ciais num computador, os cien-

tistas observam a rede da actividade

neuronal em diferentes áreas do cé-

rebro do peixe-zebra.

E por quê este peixe? Como tem

um cérebro transparente e mais pe-

queno do que o humano, pode-se

ter uma visão global sem métodos

invasivos, assim como ver o que es-

tá a ocorrer em cada neurónio, usan-

do técnicas de ponta. Já em 2014, a

equipa de Michael Orger publicou um

TOR STENSOLA

CLARA AZEVEDO/CIÊNCIA VIVAIMM

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MIGUEL FERREIRA/LABORATÓRIO DE LUÍSA FIGUEIREDO

Ilustração do parasita da doença do sono (o Trypanosoma brucei), alvo do trabalho de Luísa Figueiredo

Os cientistas Ana Domingose Luís Teixeira

bros mais complexos, como o nosso,

estão a trabalhar.”

Como passa o tempo para o cérebro

Da Fundação Champalimaud há um

terceiro premiado: Joseph Paton, que

nos últimos anos tem feito com a sua

equipa avanços sobre como é que o

cérebro estima a passagem do tempo.

O norte-americano descobriu como o

tempo é codifi cado em determinados

circuitos neuronais e identifi cou um

conjunto de neurónios que contro-

la a percepção subjectiva do tempo

em roedores — trabalhos publicados

nas revistas Current Biology (2015) e

Science (2016). Como é que os sinais

gerados que informam o cérebro

sobre a passagem do tempo são de-

pois transformados numa acção num

modelo animal? Com os novos dois

milhões de euros, Joseph Paton frisa,

em comunicado, que vai continuar

a dissecar esses mecanismos. Saber

mais sobre este processo é “crucial

para descobrir como o cérebro gera

os sinais internos dinâmicos subja-

centes aos actos cognitivos, como a

aprendizagem e o pensamento”.

Uma bactéria que combate vírus

Luís Teixeira, do IGC, quer compre-

ender como é que os insectos intera-

gem com micróbios, incluindo vírus,

visto que muitas doenças virais são

transmitidas aos humanos pelos in-

sectos. Já descobriu que a bactéria

Wolbachia, presente na maior parte

das espécies de insectos, pode dar

aos hospedeiros uma protecção con-

tra os vírus. E ela já está a ser usada

em mosquitos para combater o vírus

Zika e o da febre de dengue.

“Esta bactéria é transmitida da mãe

para a progénia. Nalgumas situações

pode ser benéfi ca para o insecto, por

exemplo quando protege dos vírus”,

diz Luís Teixeira. “Os níveis da bacté-

ria têm de ser bem regulados. Se não

cresce o sufi ciente, desaparece e não

é transmitida à próxima geração. Se

cresce muito, afecta o insecto em que

vive e, se este fi car muito doente, não

se reproduz e a bactéria não é trans-

mitida à próxima geração.”

Agora, Luís Teixeira recebe dois

milhões de euros para perceber co-

mo é que os níveis da bactéria Wol-

bachia são regulados e como protege

os insectos dos vírus.

A neurobiologia da obesidade

Igualmente do IGC, Ana Domingos

quer continuar a estudar os mecanis-

mos neurobiológicos da obesidade.

Em Abril, a sua equipa publicou, na

Nature Communications, a descoberta

de um mecanismo neuronal ligado à

obesidade. Há uma relação entre o te-

cido adiposo e neurónios do sistema

nervoso periférico (fora do cérebro).

Em ratos, viu-se que estes neurónios

que inervam o tecido adiposo são im-

portantes na degradação da gordu-

ra: ao libertarem uma substância que

“comunica” com as células desse teci-

do, queimam gordura. Em Outubro,

na Nature Medicine, a equipa juntou

à equação da obesidade o sistema

imunitário: descreveu o mecanismo

de acção de um tipo de células imu-

nitárias (os macrófagos) que tem um

papel na infl amação do tecido adipo-

so. Estas células capturam um neu-

rotransmissor (libertado por neuró-

nios do sistema nervoso simpático,

também fora do cérebro e no tecido

gordo) que induz a redução de massa

gorda. “Estas células que descobri-

mos funcionam como aspiradores.

Estão lá a aspirar o neurotransmissor

que os adipócitos precisam de ver e

sentir para começarem a perder gor-

dura”, explicava Ana Domingos.

Com os dois milhões, quer determi-

nar os mecanismos moleculares que

ligam o sistema nervoso simpático

ao sistema imunitário e mapear os

neurónios que inervam os diferentes

tipos de gordura. “Mapear as molé-

culas que governam a ligação entre

o sistema nervoso e o tecido adiposo

irá abrir caminho para novas terapias

anti-obesidade”, diz agora.

Vencer a resistência aos antibióticos

Já Mariana Gomes de Pinho, do ITQB,

estuda a divisão celular da bactéria

Staphylococcus aureus e os seus meca-

nismos para resistir a várias classes de

antibióticos. Em 2012, recebeu uma

bolsa de arranque, que fi nanciou o

estudo desta bactéria, uma das mais

resistentes na Europa a múltiplos

fármacos e uma grande preocupa-

ção da saúde pública. Com os novos

2,5 milhões de euros do ERC vai es-

tudar a regulação do ciclo celular da

Staphylococcus aureus, o que pode

ajudar a torná-la sensível a antibió-

ticos. Quer ainda criar ferramentas

para procurar antibióticos com novos

mecanismos de acção.

Criar tendões no laboratório

Manuela Gomes, do grupo Bioma-

teriais, Biodegradáveis e Biomiméti-

cos da Universidade do Minho, teve

dois milhões de euros para abordar

novas tecnologias de engenharia de

tecidos. “Trabalho na interface entre

desenvolvimento de materiais e a sua

combinação com células, em especial

células estaminais, de tecido adipo-

so, para [criar] substitutos de tecidos

do sistema músculo-esquelético, em

particular osso e cartilagem e, mais

recentemente, para tendões e liga-

mentos”, dizia em 2013 à Lusa.

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Os cienAna Doe Luís T

PÚBLICOFonte: Conselho Europeu de Investigação

Bolsas que o país já ganhouEm milhões de euros

20172016201520142013201220112010200920082007

3,1 2,34,8

10,6

4,1

13,415,8

31,3

16,214,4

24,2

Bolsas de arranque Bolsas avançadas Bolsas de consolidação

2 1 3 7 2 9 10 17 9 9 14

82

N.º de bolsas atribuídas

Total de bolsasatribuídas desde

2007

26,1

56,2

6,62,32,5

4,0 9,17,0

8,9

6,9

4,38,8

17,4

5,9

5,0 4,17,8

6,6

16,2

8,0

57,9

TOTAL140,2

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