Upload
dario-alves
View
74
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
18/03/2010
1
ROCHAS MAGMÁTICA
2. Classificação das rochas
magmáticas
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE PETROLOGIA E METALOGENIA
CAMPUS DE RIO CLARO
Prof. Dr. Antonio Misson Godoy - DPM-IGCEUNESP
ROCHAS MAGMÁTICAS –ÍGNEAS-MAGMATITOS
* ROCHAS - São produtos da consolidação por resfriamento do magma;
*MAGMA/LAVA-Material fundido, de alta temperatura, composição
predominantemente silicática, com altos teores de voláteis e mobilidade;
* ORIGEM - Formado no interior da terra, pela fusão de material da crosta ou do manto.
Portanto apresentando variações composicionais, tanto em função de sua área fonte ou
através de processos de fracionamento magmático. Estes processos podem ser:
segregação magmática, separação da fase fluida, assimilação, fusão parcial e mudanças
na marcha de cristalização (P+T).
* Composição dos óxidos (%):
Granito Granodiorito Sienito Diorito Gabro Peridotito
SiO2 - 75,5 73,9 62,5 54,1 48,6 43,0
AlO3 - 13,2 15,8 17,6 16,9 17,8 1,1
FeO - 0,4 1,9 2,1 3,2 2,1 1,9
Fe2O3 - 0,7 2,8 2,7 4,5 5,2 5,9
CaO - 0,2 2,1 0,9 4,2 8,2 43,1
MgO - 0,9 2,8 2,3 6,8 13,7 0,1
Na2O - 3,6 3,3 5,9 3,4 2,6 0,3
K2O - 4,8 3,1 5,2 2,2 0,6 0,1
18/03/2010
2
1. A classificação das rochas magmáticas quanto aos
aspectos mineralógicos e químicos envolve:
A- ASPECTOS MINERALÓGICOS
Estrutura;
Textura;
Grau de cristalinidade
Tamanho dos cristais;
Tamanho relativo dos cristais;
Grau de visibilidade;
Forma geométrica dos cristais:
Arranjo ou Trama;
B- ASPECTOS QUÍMICOS
Acidez;
Índice de Coloração;
Composição dos Feldspatos Presentes (alcalino/plagioclásio);
Índice de Alumina-Saturação (IAS);
Alcalinidade;
1. A classificação das rochas magmáticas quanto
aos aspectos mineralógicos envolve:
A. Estruturas;
B. Texturas;
1. Grau de cristalinidade
2. Tamanho dos cristais;
3. Tamanho relativo dos cristais;
4. Grau de visibilidade;
5. Forma geométrica dos cristais:
6. Arranjo ou Trama;
18/03/2010
3
A classificação baseada na mineralogia da rocha é fundamentada naproporção entre seus minerais principais e podem ser agrupados emdois tipos: félsicos (minerais claros e leves: quartzo, feldspatopotássico, plagioclásio, feldspatóides, etc) e máficos (minerais escurose densos: micas, anfibólios, piroxênios, minerais opacos e acessórioscomo epidoto, allanita, granada, carbonatos primários, etc).
CLASSIFICAÇÕES
1. IUGS
2. AMBIENTES: Intrusivas/Plutônicas;
Hipoabissais/Subvulcânicas; Efusivas/ Vulcânicas - subaerea e/ou
subaquática.
3. MINERALÓGICOS:
Densidade Quimismo Cor
Leves - d<2,8 Félsicos (Al+Si) Claros índice
Pesados - d>2,8 Máficos (Fe+Mg) Escuros índice
Composição Freqüência Origem
Silicáticos Essenciais >10% Primário
Não silicáticos Acessórios <10% Secundário
Acidentais - esporádicos
Classificação Mineralógica
Apresentação dos
Minerais Silicatados
18/03/2010
4
Apresentação dos Minerais Não Silicatados (Óxidos)
Quadro de classificação das principais rochas
magmáticas em função dos minerais presentes:
minerais abundantes (essenciais)
minerais pouco abundantes (acessórios)
minerais raros (acessórios)
Rochas
MagmáticasPrincipais Minerais
PLUTÓNICAS
VULCÂNICASQuartzo
Feldspato
potássico
Feldspato
Calco-
sódico
Moscovite Biotite Anfíbólio Piroxênio Olivina
GRANITO
RIÓLITO
SIENITO
TRAQUITO
DIORITO
ANDESITO
GABRO
BASALTO
18/03/2010
5
Classificação Q-A-P
Classificação e nomeclatura
Para rochas vulcânicas Q-A-P
(Foid)itos
10
60 60
35 65
10
20 20
60 60
F
A P
Q
Riolito Dacito
Traquito Latito Andesito/Basalto
Fonolito Tefrito
Traquito
Apresentando (Foids)
Latito
Apresentando (Foids)
Andesito/
Basalto
Apresentando
(Foids)
18/03/2010
6
Classificação e nomeclaturas de Rochas Máficas e
Ultramáficas segundo Streckeisen (1976):
Olivina
ClinopiroxenioOrthopiroxenio
Herzolito
Websterito
Orthopiroxenito
Clinopiroxenito
Olivina Websterito
Peridotito
Piroxenito
90
40
10
10
Dunito
Plagioclasio
OlivinaPiroxenio
Olivina Gabro
Plagioclase-bearing ultramafic rocks
90
Anortosito
Classificação de Rochas Piroclásticas:
Glass
Rock Fragments Crystals
VitricTuff
Lithic
Tuff
CrystalTuff
(a)
Blocos e Bombas
Tufo
Lítico
Tufo
Vítreo
Tufo
Cristal
Vidro
Fragmentos de
Rocha
Cristais
Ash (< 2 mm)
(> 64 mm)
Tufo
Pedra Pume - Tufo
Brecha
TufoPedra
Pume
30 30
7070Rochas
Piroclásticas
Brechas ou
Aglomerados
Pedra Pume
18/03/2010
7
Classification of Igneous Rocks
Contagem Modal
A contagem modal pode ser feita em lâmina ou em amostra de mão, com oobjetivo de quantificar a rocha (conhecer a porcentagem (%) de minerais datrama), de modo a qualificar a rocha com o nome mais adequado.
O esquema abaixo mostra passo a passo a quantificação em lâmina delgada no microscópio com ajuda do Charriot.
18/03/2010
8
Quando se torna dificil classificar uma determinada
rocha devido a cor dos fedspatos aplica-se o
Método de Colorimetria
Tipos de Rochas:Extrusivas:1. Lavas; 2. Rochas piroclásticas
Intrusiva: 1. Rochas Plutônicas
18/03/2010
9
Tipos de
Rochas
Magmáticas
A. Estruturas Magmática:Correspondem às feições globais ostentadas pelas rochas sem
levar em consideração a natureza de seus constituintesmineralógicos. As estruturas refletem as condições nas quaisocorreu a consolidação de magmas e lavas. São subdivididasem três escalas: Mega estrutura (escala de afloramento), Macroestrutura (escala de mão) e Micro estrutura (escalamicroscópica).
Nas ROCHAS EFUSIVAS, as estruturas refletem as principaiscaracterísticas da consolidação das lavas, dadas por um rápidoresfriamento, escape de gases liberado pela rápidadescompressão sofrida pelo magma rumo à superfície emovimentação.
Nas ROCHAS PLUTÔNICAS, dado que a consolidação dosmagmas ocorre à profundidades relativamente grandes, apreservação das estruturas é restrita, via de regra, às partesmarginais da intrusão, onde o resfriamento é mais rápido e osmovimentos diferenciais em relação às rochas encaixantesmais intensos.
18/03/2010
11
-Disjunção colunar em basaltos da Bacia do Paraná. Torres, Rs.
Foto: R. Machado
B – Derrame de lava vulcânicaA – Vulcão em erupção
Fluxo Piroclástico e Estururas resultantes
Flow
Vertical eruptionand column collapse(Mt. Pinatubo,Soufriere)
a.
Airborne
b.
c.
d.
Lateral blast(Mt. St. Helens)
Low pressure boiling over(Mt. Lamington, Papua)
Dome collapse(Mt. Pelée)
Ash FallDeposit
Pyroclastic Flow
Deposit
Pyroclastic
Surge Deposit
18/03/2010
12
BLOCO DIAGRAMA ESQUEMÁTICO - MOSTRANDO AS FORMAS DE OCORRÊNCIA DE ROCHAS
MAGMÁTICAS (DERRAMES, SILLS, DIQUES, DIQUES RADIAIS, BATÓLITO, STOCKS, NECK
VULCÂNICO E LACÓLITO).
A. ESTRUTURAS
18/03/2010
13
ESTRUTURAS EFUSIVAS:
1. Estrutura de escape de gases:a - Vesicular: porção de rocha > porção de vazios, “buracos”sem
preenchimento;
b - Celular (Pedra Púmice): porção de vesículas (orientadas) > porção
de rocha;
c - Escoriácea: porção de vesículas (sem orientação) > porção de
rocha;
d - Amigdaloidal: vesículas preenchidas por material secundário;
2. Estruturas de movimentação de lava:
a - Fluidal: registra o fluxo da lava através de cristais tabulares e/ou
colunares orientados, amígdalas orientadas, fragmentos orientados
ou fino bandamento dado por fluxo da lava diferencial;
b - Brecha de Derrame: fragmentação do topo do derrame, já
consolidado, englobado por parte interna de matriz fina;
c - Blocos: estrutura, fragmentos de grande porte (a-a);
d - Cordata: estrutura novelo de cordas (pa hoe hoe);
18/03/2010
14
3. Estruturas de resfriamento rápido de lavas:
a - Diáclases: fraturas de alívio de tensão. Rocha + fina = menor
espaçamento entre os planos;
b - Fratura conchoidal: planos de ruptura côncavos, maior intensidade
à partir da maior % de vidro, ou granulação menor da rocha;
c - Almofadada: Consolidação de lava em ambientes subaquáticos,
lembrando a forma de sacos ou almofadas;
d - Compacta: sem feições marcantes, apenas uma massa;
e - Perlítica: pequenas bolhas de vidro com dimensões <1cm,
resultante de microfraturas conchoidais;
f - Esferulítica: pequenas esférulas formadas por agregados de cristais
em disposição radial divergente, que crescem a partir de um centro
comum;
ESTRUTURAS PLUTÔNICAS:
Ocorre principalmente nas partes marginais da intrusão, onde o
resfriamento é mais rápido e os movimentos diferenciais, mais intensos.
1. Estruturas ligadas ao resfriamento:
a-Maciça: mais freqüente, sem estruturação;
b-Diáclases: fraturas de alívio de tensão mais espaçadas, devido a
granulação;
c-Zona de contato: zoneamento de cor ou minerais em corpos hipoabissais,
diques;
2. Estruturas de movimentação do magma:
a - Xenolítica: fragmentos de rocha encaixante (xenólitos), englobados pelo
magma, quando do seu alojamento;
b - Fluidal: orientação de xenólitos e minerais alongados, na borda da
intrusão;
c - Bandada: bandas ou leitos paralelos, resultantes da cristalização
diferencial de minerais;
18/03/2010
15
3. Estruturas ligadas à variação local das condições de
cristalização:
a - Orbiculóide: ocorrência de formas bandeadas concêntricas,
arredondadas ou ovaladas dada pela variação de cor, composição ou
granulação;
b - Miarolítica: resulta da concentração de voláteis, com cristalização
em pequenas cavidades;
c - Schlieren: são corpos lentiformes ou ovalados, geralmente difusos,
com dimensões métricas à decimétricas resultado de variações
locais de granulação, cor ou minerais;
d - Maculada: manchas coloridas, formadas por grandes minerais ou
agrupamento deles;
As principais estruturas estão ligadas ao resfriamento, à movimentação
do magma e às variações locais nas condições de cristalização, sendo:
Estruturas de Rochas Efusivas
Ligadas a escape de gases
Ligadas à
movimentação das
lavas
Ligadas ao resfriamento rápido das
lavas
vesicular cordada fratura conchoidal
amigdaloidal fluidal perlítica
escoriácea compacta
celular
esferulítica
Estruturas de Rochas Intrusivas
Ligadas ao refriamento
Ligadas à
movimentação do
magma
Ligadas a variação local nas condições
de cristalização
compacta fluidal shlieren
xenolítica maculada
bandeada
18/03/2010
16
Exemplo das principais estruturas ligadas ao resfriamento:
Estrutura Vesicular
Estrutura escoriácea Estrutura Conchoidal
Estrutura Amigdaloidal
18/03/2010
17
Obsidiana "snow-flake", rocha vítrea, rica em amígdalas preechidas por zeólitas.
Estrutura Cordada em traquito
Estrutura Cordada em dacito
Orbiculoide
18/03/2010
18
Exemplo de Juntas colunares em fluxo basaltico.
VesicularFlow Top
UpperColonnade
Entablature
LowerColonnade
Approx.
verticalscale in
meters
10
0
18/03/2010
19
Maar: Hole-in-the-Ground, Oregon (cortesia de USGS).a. Estrutura de fluxo
vulcânico, b. estrutura circular de um vulcão c. anel de Tuff: Cabeça de diamante,
Oahu, o Havaí (cortesia de Michael Garcia). d. cone de Scoria, Surtsey, Islândia, 1996
(cortesia de © o Bob e Barbara Decker). b
c
d
a
Rocha granítica sendo
envolvida por lava basálticaXenólito de Rocha de origem
sedimentar dentro do monzogranito
Autólito máfico em
Granodiorito fino
O Magma pode
digerir / assimilar
ou envolver e
preservar
porções das
rochas
encaixantes.
18/03/2010
20
B
A C
D
E
A. ESTRUTURAS
Exemplo das principais estruturas ligadas a rocha intrusivas:
Estrutura Compacta em Anortosito
Estrutura bandeada
Estrutura compacta
Estrutura maculada
18/03/2010
21
Após a deposição das cinzas vulcânicas o líquido intersticial (vermelho) penetra
entre bolhas no púmice (esquerda) e formam estas estruturas como mostra a foto ao lado.
Elas se formam porque os fragmentos podem se deformar e dobrar resultando nestas
formas contorcidas por estarem suficientemente mornos (quando ocorreu a pulverização
ou depois de acumulação da cinza). b. in the photomicrograph of the Rattlesnakeignimbrite, SE Oregon. Width 1 mm. © John Winter.
Estrutura ligada a cinzas vulcânicas
B. Texturas
Texturas Magmáticas – São as feições de uma rocha, determinadas pela análise
global de suas principais características (formas, dimensões, estruturas
internas, etc...), de seus constituintes, bem como das relações que estas
guardam entre sí..
1. GRAU DE CRISTALINIDADE - Define-se como grau de
cristalinidade a proporção entre o material cristalino e vítreo de uma
rocha. De acordo com estes critérios as rochas são classificadas em:
Holocristalina Rochas constituídas só de material cristalino;
Hipocristalina Rochas constituídas predominantemente de
material cristalino;
Hipovítrea Rochas constituídas predominantemente de
material vítreo;
Holovítrea Rochas constituídas só de material vítreo.
18/03/2010
22
1. Grau de Cristalização
2. GRAU DE VISIBILIDADE: O grau de visibilidade indica a
fração cristalina de uma rocha visível com a vista desarmada. Quanto
ao grau de visibilidade, as rochas são classificadas em:
Fanerítica São constituídas integralmente de
material cristalino identificável com a vista
desarmada;
Subfanerítica São constituídas apenas parcialmente por
material cristalino identificável com a vista
desarmada;
Afanítica Não contém material cristalino identificável
com a vista desarmada.
18/03/2010
23
Fanerítica – Constituída de material cristalino
identificável
Subfanerítica-Parcialmente de material cristalino identificável
Afanítica-Não contêm material cristalino identificável.
18/03/2010
24
3. TAMANHO DOS CRISTAIS
De acordo com o tamanho dos cristais, as rochas magmáticas se
classificam, quanto a granulação, em:
Gigantes----------------------Cristais com mais de 10 cm;
Muito grossa-----------------Cristais entre 3 à 10cm;
Grossa------------------------Cristais entre 1 à 3 cm;
Média-------------------------Cristais entre 1 à 10 mm;
Fina---------------------------Cristais entre 0,1 à 1 mm;
Densa-------------------------Cristais entre 0,009 à 0,1 mm;
Vítrea--------------------------Sem cristais (material vítreo).
18/03/2010
25
Granulação grossa:
Monzogranito Rapakivi porfirítico com quatzo
azul como os de Brangança Paulista Biotita Monzogranito
Quarto azul-sienito
porfirítico
Álcalis feldspato granito (granito 2) e rochas relacionadas: A-Álcali feldspato granitode caráter não alcalino (Granito Vermelho Capão Bonito-SP); B-Álcali sienito com
quartzo (Granito Marrom Caldas-MG); C-Álcali sienito com quartzo da Illha de Vitória-SP). O mineral vermelho escuro do Granito Vermelho Itú, que ocupa cerca de 70% do
volume é feldspato alcalino.
Granitos:
Exemplos de granulação grossa:
18/03/2010
26
Exemplos de Granulação Média:
Monzogranito
Exemplo de Granulação fina:
Gabro
Tonalito
Vidro Vulcânico
18/03/2010
27
4. TAMANHO RELATIVO DOS CRISTAIS
Trata-se da comparação relativa das dimensões dos diversos cristais de
uma rocha, enquadrando as rochas nas categorias:
Equigranular------------------Os cristais de uma rocha tem aproximadamente omesmo tamanho;
Inequigranular---------------Os cristais apresentam dimensões variáveis;
Megaporfirítica---------------Coexistem na rocha grandes cristais (fenocristais),inseridos numa matriz de granulação média;
Porfirítica---------------------Rochas com pequenos fenocristais, imersos numamatriz de granulação fina a densa. O termopórfiro, é usado para os casos em que osfenocristais perfazem mais de 50% dovolume da rocha;
Vitrofírica---------------------Coexistem pequenos cristais, inseridos numamatriz essencialmente vítrea (vitrófiros).
Exemplos de texturas relacionadas ao tamanho relativo do cristal
Equigranular
Inequigranular-
Porfirítica
Vitrofírica
18/03/2010
28
Tamanho relativo dos
cristais e Freqüência
Afanítica Fanerítica
Subfanerítica
1.)Rocha e 2.)Lamina de Fonolito fino
com textura afanítica
(1)
(6)
5.)Rocha e 6.)Lamina de Gabro com textura subfanerítica
3.)Rocha e 4.)Lamina de Granito com
textura Fanerítica
(3)
(4)(5)
(2)
18/03/2010
29
Após a deposição das cinzas vulcânicas o líquido intersticial (vermelho)
penetra entre bolhas no púmice (esquerda) e formam estas estruturas como mostra a
foto ao lado. Elas se formam porque os fragmentos podem se deformar e dobrar
resultando nestas formas contorcidas por estarem suficientemente mornos (quando
ocorreu a pulverização ou depois de acumulação da cinza). in the photomicrograph
of the Rattlesnake ignimbrite, SE Oregon. Width 1 mm. © John Winter.
Estrutura ligada a cinzas vulcânicas
18/03/2010
30
Brecha Vulcânica
Textura de Fluxo Laminar em gabroTextura porfirítica em traquito,fenocristais de plag, envoltos em matriz fina
Afloramento Lâmina de Brecha vulcanica
com matriz vidrea
Rochas Ígneas
Exemplo de obsediana apresenta textura esferulítica que irradia cristais fibrosos de alcali-feldspato ou silica.
A-Amostra de mão gabro; A1- Lâmina do gabro; B-Diabásio; B1- Lâmina do diabásio
A A1
B
B1
18/03/2010
31
5. FORMA GEOMÉTRICA DOS CRISTAIS:Caracterização textural fundamentada na proporção entre minerais euhedrais ( minerais delimitados por faces externas cristalinas), subhedrais (parcialmente delimitados por faces cristalinas) e anhedrais(desprovidos de face cristalina) constituintes da rocha.
Panidiomórfica ou Automórfica---------------Predominam mineraiscom formas euhedrais (olivinas,piroxênios, feldspatos);
Hipautomórfica ou Hipidiomórfica----------Predomínio de mineraiscom formas subhedrais (piroxênios,anfibólios, micas, plagioclásios);
Xenomórficas ou Alotriomórfica-------------Predominam mineraiscom formas anhedrais (quartzo, feldspato
K, feldspatóides).
18/03/2010
32
6. ARRANJO (TRAMA): É a disposição espacial relativa das diferentes espécies
minerais constituíntes de uma rochas, destacando-se os seguintes tipos texturais
principais:
Sal e Pimenta Tipo granular, formada por quantidades semelhantes de cristais
claros e escuros;
Aplítica Formada por cristais anhedrais de feldspato potássico e quartzo,
justapostos por contatos retilíneos ou lobulados (aplitos e
granitos);
Calçamento Justaposição de cristais mais ou menos equidimensionais e com
formas poligonais (dunitos, peridotitos, etc);
Granular Predomínio de minerais aproximadamentes equidimensionais
(anhedrais, subhedrais);
Intersticial Malha de cristais de forma tabular, na qual os interstícios são
ocupados por cristais anhedrais;
Ofítica Formada por piroxênios prismáticos que englobam ripas de
plagioclásios;
Subofítica Cristais ripiformes de plagioclásio parcialmente incluidos em cristais de
piroxênios (gabros;diabásios);
Intergranular Cristais euhédricos, subhédricos ripiformes de plagioclásio contendo grãos
intersticiais de clinopiroxênio (basalto; diabásio). Na variação desta é a "
intersetal" por apresentar pequenas quantidades de vidro intersticial;
Hialofítica Cristais ripiformes de plagioclásio e augita em matriz vítria (basaltos);
Pilotaxítica Variedade do tipo anterior onde os cristais ripiformes e micrólitos de
plagioclasio encontam-se iso-orientados em matriz holocristalina ou hipovítrea;
Poiquilítica Cristais maiores englobam vários cristais menores, de uma ou mais espécies
minerais (ultramáficas e peridotitos);
Pegmatítica Rochas de granulação grossa a gigante;
Maculada Manchas coloridas representadas por megacristais ou por agregados minerais
que se destacam na matriz da rocha (granitos cinzentos com megacristais róseos;
granitos esbranquiçados com agregados de turmalina preta);
Rapakivi Textura maculada de certos granitos, cujos megacristais de feldspato potássico
apresentam anel externo de albita ou oligoclásio;
Spinifex Trama de cristais alongados e esqueléticos de olivina em matriz fina de vidro e
clinopiroxênio;
18/03/2010
33
Textura Granular- Rocha granítica com cristais aproximadamente eqüidimensionares
Textura Granular- Rocha granítica com cristais aproximadamente
eqüidimensionares
T
18/03/2010
34
Textura Spinifex
Textura Pilotaxítica
Textura Intergranular – Exemplo em basalto, Columbia River Basalt Group, Washington. Width 1 mm. © John Winter and Prentice Hall.
18/03/2010
35
Textura Ofítica – Cristal de piroxenio envolvido por cristiais bem
desenvolvidos de plagioclasios, aproximadamente 1 mm.
Skaergård intrusion, E. Greenland. © John Winter and Prentice Hall.
Textura Sal e Pimenta em Quartzo diorito
Textura Poikilítica
em Olivina gabroTextura Afanítica
em basalto
Textura Fanerítica em basalto
Textura Coronada
em Olivina gabro
18/03/2010
36
Textura Traquítica – Fenocristais subédricos alinhados, envoltos por matriz iso-orientada formada por cristais ripiformes e micrólitos de plagioclasio, formados por fluxo magmático. Exemplo em Traquito.
Width 1 mm. © John Winter and Prentice Hall
Textura Pilotaxítica - Cristaisripiformes e micrólitos de plagioclasioencontam-se iso-orientados emmatriz holocristalina ou hipovítrea,exemplo em basalto – andesítico.
Width 1 mm. © John Winter and PrenticeHall
Exemplos de Texturas
Exemplo de Komatito com textura
spinifex. Foto: G.A.J.Szabó.
Exemplo de textura poikilítica
Exemplo de textura
Hialofítica
Exemplo de textura spinifex
18/03/2010
37
Texturas de Intercrescimento
Mimerquítica Intercrescimento entre cristais de plagioclásio ou feldspato potássico e
vênulas de quartzo em forma de bastões (rochas graníticas);
Gráfica Intercrescimento orientado entre quartzo e feldspato (runitos);
Granofírico Comum em rochas graníticas hipo-abissais. Se caracteriza pelo
intercrescimento entre feldspato potássico e quartzo, estes com formas
vermiculares, globulares, dendríticas ou irregulares.
Texturas especiais
classificadas de acordo
com o Arranjo (trama):
Matriz Fenocristais
18/03/2010
38
Fenocristais de k-Feldspato (Microclina) com geminação tipo Xadrez apresentando textura mimerquítica (intercrescimento do quartzo em vermes no contado entre o k-feldspato e plagioclasio)
K. feldsp.
Mimerquita
Plag.
Qtz
a-Textura Granofírica: quartz-alkali feldspar intergrowth at the margin of a 1-cm dike. Golden Horn granite, WA. Width 1mm.
b. Textura Gráfica: a single crystal of cuneiform quartz (darker) intergrown with alkali feldspar (lighter). Laramie Range, WY. © John Winter and Prentice Hall.
Textura Gráfica
18/03/2010
39
Texturas Cumuláticas
Resultam do acúmulo de minerais segregados por decantação ainda no estado líquido. Écomposta por uma fração cúmulus, dado pelos cristais decantados, e por uma fraçãointercumulus, de cristais anhedrais, resultante da cristalização do líquido magmáticointersticial que preenche os poros entre os cristais segregados.
Ortocumulática------A fração intercumulus é significativa e seus mineraisenglobam parte dos minerais cúmulus. Os minerais cúmulus não se tocam eapresentam intenso zonamento externo;
Mesocumulática-----A fração intercumulus é reduzida. Os cristais da fraçãocúmulus se tocam e tem anel externo pós-cúmulus bem desenvolvido;
Adcumulática-------O crescimento pós-cúmulus da fração decantada, à expensasdo líquido intersticial é muito grande, produzindo cumulus " homogêneo," semzoneamento externo (rochas monominerálicas);
A. Ortocumulado- B. Ortocumulado ou Mesocumulado-C. Adcumulumado-
D. Poiquilitica ou Heteradcumulado.
18/03/2010
40
Textura de Brecha vulcânica
Textura de calçamento em Dunito Tufo Vulcânico
Textura maculada em Dunito
Textura Subofítica Textura Rapakivi
Textura Maculada Textura Mimerquítica
18/03/2010
41
Textura hipocristalina de
uma rocha vulcânicaTextura Pertítica em Feldspato
Postássico
Tonalito porfirítico - Matriz equigranular
média destacando fenocristais de Biotita
Granodiorito porfirítico- Matriz equigranular
fina destacando fenocristais de plagioclásio
Extinção Xadrez ou cruzada em microclina.
Field widths ~1 mm. © John Winter and Prentice Hall.
Textura Individuais em Minerais
18/03/2010
42
A- Plagioclásio (Ortoclásio) mostrando geminação tipica do tipo Carlsbad
B- Plagioclásio com geminação do tipo Albita com maclas bem formadas.
Pyx
Hbl
BtChl
A. Piroxenio substituido por
hornblenda. Alguns piroxenios (Pyx),remanecentes ainda aparecem
localmente como no núcleo dahorneblenda. Width 1 mm.
B. Clorita (Verde) formada por
substituição da biotita (Marronescura) ao longo da clivagem.
Tonalite. San Diego, CA. Width 0.3mm. © John Winter and Prentice
Hall.
18/03/2010
43
a. Horneblenda composicionalmente zonada com forte variação de coloraçãovisivem em luz, com 1 mm aproximadamente. b. Plagioclásio zonado com extinsão carlsbad law. Andesite, Crater Lake, OR. Field width 0.3 mm. © John Winter and Prentice Hall.
Bibliografias AconselhadasPara Microscopia:
Adams, A. E., MacKenzie, W. S. & Guilford, C. (1991): Atlas of sedimentary rocks under the microscope. Ed. Longman Scientific & Technical.
Blatt, H. & Tracy, R. (1996): Petrology: igneous, sedimentary and metamorphic. Ed. W. H. Frimman. N.Y.
Deer, W. A., Howie, R. A. & Zussman, J. (1981): Minerais constituintes das rochas – uma introdução. Fundação Calouste Gulbenkian.
Dorado, A. C. (1989): Petrografia básica – texturas, clasificación y nomenclatura de rocas. Ed. Paraninfo, Madrid.
Ehlers, Ernest G.(1987). Optical mineralogy. theory and technique . Blackwell Scientific Publications. theory and technique
Kerr, Paul F. (1959) Optical mineralogy. Ed.4. New York. McGraw-Hill. -. 492 p.
Machado, F.B.; Moreira, C.A.; Zanardo, A; Andre, A.C.;Godoy, A.M.; Ferreira, J. A.; Galembeck, T.; Nardy, A.J.R.; ARTUR, A.C.; OLIVEIRA, M.A.F.de. Enciclopédia Multimídia de Minerais e Atlas de Rochas. [on-line]. Disponível na Internet via WWW. URL: http://www.rc.unesp.br/museudpm.
MacKenzie, W. S. (1997): Atlas en color de rocas y minerales en lámina delgada. Ed. Masson, Barcelona.
MacKenzie, W. S., Donaldson, C. H. & Guilford, C. (1991): Atlas of igneous rocks and their textures. Ed. Longman Scientific & Technical.
Roubault, M. (1991): Determination des minéraux des roches au microscope polarisant. Ed. Lamarre-Poinat, Paris.
Shelley, D. (1995): Igneous and metamorphic rocks under the microscope: classification, textures, microstructures and mineral preferred orientations. Ed. Shapman Hall.
Yardley, B. W. D., MacKenzie, W. S. & Guilford, C. (1990): Atlas of metamorphic rocks and their textures. Ed. Longman Scientific & Technical.
Para o estudo geral das Rochas Magmáticas:
BARBARIN, B. (1990) - Granitoids: main petrogenetic classification in relation to origin and tectonic seting. Geol. J. Vol 74: 311-328.
BARD, JP. (1986) - Microtextures de Rocas Magmáticas y Metamórficas. Ed Mason. Madri. Espanha. 134p.
BEST, M. (1982) - Igneous and Metamorphic Petrology. Freemann and Company. London. 630p.
BEST, M. & CHRISTIANSEN, E.H. (2001) - Igneous Petrology. Blackwell Eds. 458p.
CLARKE, DB (1992) - Granitoid Rocks. Chapman & Hall. 280p.
18/03/2010
44
CONDIE, K. (2000) - Plate Tectonics and Crustal Evolution. Fourth Ed. BH Ed. 283 p.
COX, KG.; BELL, JD. and PANKHURST, RJP. (1984) - The Interpretation of the Igneous rocks. George Allen and Unwim Publish. London. 430p.
DEER, WA; HOWIE, RA. and ZUSMANN, J. (1981) - Minerais Constituintes de Rochas : Uma Introduçäo. Fund. Calouste Gulbekian. Lisboa. 584p.
Wernick, Eberhard. (1975)- Sistematica das rochas magmaticas. UNESP. 161p.EHLERS, E (1972) - The Interpretation of Geologic Diagrams. Dover Publish. 280p.
FAURE, G. (2001) - Origin of Igneous Rocks. The Isotopic Evidence. Springer. 496p.
FAURE, G (1986) - Principles of Isotope Geology. John Willian and Sons. 2a. Ed. 589p.
HALL, A. (1987) - Igneous Petrology. Longman . London. 573p.
HATCH, FH.; WELLS, AK. and WELLS, MK. (1987) - Petrology of Igneous Rocks. George Allen and Unwim Publish. London. 15ª Ed. 551p.
HUGHES, CJ. (1985) - Igneous Petrology. Elsevier Scientific Publish. Amsterdam. 2ª Ed. 551p.
HYNDMAN, C. (1985) - Petrology of Igneous and Metamorphic Rocks. Mc Graw Hill Comp. N. York. 786p.
MACKENZIE, WS.; DONALDSON, CM. and GUILFORD, C. (1982) - Atlas of the Igneous rocks and their textures. Longman. London. 148p.
MACKENZIE, WS. and GUILFORD, C. (1981) - Atlas of Rock Forming Minerals in Thin Section. Longman. London. 98p.
MIDLEMOST, EAK. (1985) - Magmas and Magmatic Rocks. Longman. 226p.
NOCKOLDS, SR.; KNOX, RWD. and CHINER, GA. (1985) - Petrology for Students. Cambridge Univers. Press. Cambridge. 435p.
RODRIGUES, B. e BRAVO, M. (1983) - Interpretaçäo de diagramas de Fases de interesse Geológico. Univ. Lisboa. 163p.
ROLLINSON, H. (1995) - Using geochemical data: evaluation, presentation,interpretation. Longman Ed., UK. 352p.
SIAL, AN e Mc REATH, I. (1984) - Petrologia Ignea. SBG/CNPq/Bureau. Salvador. 181 p.
WILIANS, H.; TURNER, FJ. and GUILBERT, CM. (1970) - Petrografia. Ed. Polígono. S. Paulo.
WYLLIE, PJ. (1971) - The Dynamic Earth. John Willey and Sons. N. York. 415p.
WILSON, M. (1989) - Igneous Petrogenesis. A Global Tecctonic Approach. Unwin Hyman. London. 466p.