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Ouro Preto, MG 16-10-2014 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO Estudo da aplicação da Autorização Ambiental de Funcionamento como instrumento de regularização ambiental em Minas Gerais para a atividade de extração de areia e cascalho para construção civil Angelina Maria Lanna de Moraes, MSc. José Francisco Prado Filho, Dr. OS NOVOS RUMOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

2º CONGRESSO BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DE …avaliacaodeimpacto.org.br/wp-content/uploads/2014/11/Sessão-17... · 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE ... Manutenção periódica dos motores

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Ouro Preto, MG

16-10-2014

2º CONGRESSO BRASILEIRO DE

AVALIAÇÃO DE IMPACTO

Estudo da aplicação da Autorização Ambiental de Funcionamento como

instrumento de regularização ambiental em Minas Gerais para a atividade

de extração de areia e cascalho para construção civil

Angelina Maria Lanna de Moraes, MSc.

José Francisco Prado Filho, Dr.

OS NOVOS RUMOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

AMBIENTAL

Contextualização

1980 a 1990 - Lei 7.772/80 – Decreto 21.228/81 – Deliberações

Normativas – DNs

1990 a 2004 – DN 01/90 >regras para o licenciamento

ambiental em Minas Gerais

2003/04 uma nova sistemática de regularização ambiental -

licença de operação - LO e Autorização Ambiental

Funcionamento - AAF

2004 - Alteração da DN 01/90 e publicação da DN 74/04

Alterações de porte e potencial poluidor

Introdução da Autorização Ambiental de Funcionamento –

AAF com base em autodeclaração de conformidade

ambiental

INTRODUÇAO

Questões para o estudo:

Volume de concessões de AAF – período 2004 – 2008 (6789 AAF)

Conflito de normativas federais e estaduais

Fiscalização insuficiente pós-regularização

Reclamações de não conformidade de empreendimentos pós-

regularização ambiental

Questionamentos sobre efetividade da AAF

Questionamentos sobre efetividade da AAF

Como exemplo, cita-se o Seminário Estadual sobre

Licenciamento Ambiental SEMAD/Associação Mineira de Defesa

do Ambiente (AMDA), em 2006.

Objetivo do estudo:

Avaliar uma amostra de empreendimentos para se verificar a

efetividade das AAFs em relação ao cumprimento das

premissas do Termo de Compromisso, em que os

empreendedores declaram documentalmente que operam de

acordo com a normas legais e técnicas de controle ambiental no

exercício da atividade.

MATERIAIS E MÉTODOS

Materiais: Levantamento de dados e informações; Processos de AAF,

Autos de Fiscalização

Método: Técnica de amostragem aleatória simples sem reposição

Atividade selecionada: Extração de areia e cascalho para uso na

construção civil

Área de estudo:SUPRAMs: Central Metropolitana- CM (16 municípios)

Sul de Minas – SM (16 municípios)

Zona da Mata- ZM (15 municípios)

Coleta de Dados (fonte): Sistema de Informações Ambientais de Minas

Gerais – SIAM, pesquisa documental no SISEMA e consulta digital

sobre o tema via internet;

atividade de campo (GEDAM e GFISC/FEAM)

MATERIAIS E MÉTODOS

1. Levantamento das atividades previstas na Deliberação Normativa

COPAM 74/04 sujeitas à concessão de AAF para definição do

objeto de estudo

2. Identificação da tipologia e seleção das amostras para o estudo

3. Definição da amostra

4. Determinação do índice ambiental

5. Definição das ações a serem avaliadas na verificação in loco

(FORMULARIO GEDAM)

Execução dos trabalhos de campo e preenchimento do formulário de

verificação in loco (GFISC)

6. Avaliação dos resultados obtidos e da eficácia da AAF no controle

ambiental

Atividade ASF CM JEQ LN NM NOR SM TM ZM TOTAL

Extração de água mineral ou potável de mesa 2 7 0 1 1 0 6 2 1 20

Extração de areia e cascalho para

utilização imediata na construção civil 49 73 8 23 11 17 79 69 76 405

Extração de argila usada no fabrico de cerâmica vermelha 10 3 1 19 14 5 12 68 6 138

Extração de rocha para produção de britas com ou sem

tratamento 3 11 1 4 3 0 4 6 14 46

Lavra a céu aberto com ou sem tratamento, rochas

ornamentais e de revestimento (ardósias) 0 2 0 0 0 0 0 0 0 2

Lavra a céu aberto com ou sem tratamento, rochas

ornamentais e de revestimento (exceto granitos,

mármores, ardósias, quartzitos)

12 21 17 29 12 0 42 9 22 164

Lavra a céu aberto com ou sem tratamento, rochas

ornamentais e de revestimento (quartzito) 0 0 1 0 0 0 9 1 0 11

Lavra a céu aberto com ou sem tratamento, rochas

ornamentais e de revestimento (mármores e granitos) 1 1 19 10 7 0 0 0 5 43

Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a

seco - minerais metálicos, exceto minério de ferro 1 19 4 1 0 0 65 0 6 96

Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a

seco minerais não metálicos, exceto em áreas cársticas

ou rochas ornamentais e de revestimento

14 35 13 8 5 8 9 18 28 138

Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a

seco minério de ferro 1 27 1 3 0 0 0 0 0 32

Lavra em aluvião, exceto areia e cascalho 5 6 9 2 2 5 1 46 3 79

Lavra subterrânea com tratamento a úmido (pegmatitos e

gemas) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Lavra subterrânea sem tratamento ou com tratamento a

seco (pegmatitos e gemas) 2 11 5 24 2 0 1 0 0 45

TOTAL 100 216 79 124 57 35 228 219 162 1220

Fonte: ESTE TRABALHO

Autorizações Ambiental de Funcionamento- AAF

listagem A DN COPAM 74/04 – Atividades Minerárias 2004 a 2008

∑ = 228 processos de AAF

Seleção das unidades amostrais / referência a tabela de números

aleatórios, publicada por Scheaffer, Mendenhall e Ott (1990).

Admitindo um erro de

estimação de 0,10, um nível

de confiança de 90%

Resultado

correspondeu a 68

empreendimentos

Mapa contendo os limites de jurisdição das SUPRAMs definidas para o estudo

Fonte: FEAM (2010)

50,29% dos municípios do Estado (429 municípios )

1. estocagem do solo,

2. viveiro de mudas,

3. manutenção periódica dos motores,

4. proteção das bordas laterais da balsa,

5. acondicionamento e manuseio adequados de óleo e graxas,

6. sistema de separação de óleos e graxas,

7. utilização de abafador de ruídos e protetores auriculares,

8. racionalização do número e espaçamento entre dragas,

9. ação/intervenção para estabilização dos taludes,

10. tratamento de efluentes líquidos,

11.monitoramento da qualidade da água,

12.disposição adequada dos resíduos sólidos,

13. implantação do sistema de drenagem,

14. revegetação das áreas mineradas,

15. aspersão de água na vias de acesso,

16. implantação de sinalização de segurança na área,

17. caçambas com lonas nos caminhões,

18.apresentação de projeto de reabilitação e uso futuro da área minerada.

Listagem das ações/intervenções ambientais indicadas para verificação

da situação ambiental dos empreendimentos de extração de areia sob o

ponto de vista operacional

CLASSIFICAÇÃO ÍNDICE AMBIENTAL CONDIÇÃO

Grupo A 1.

Se atendido todas variáveis

legais, ambientais e operacionais

Grupo B

0,5≤ IA <1,0

.

Se atendido todas variáveis legais

e mais de 50% das variáveis

ambientais – operacionais

Grupo C <0,5

Se não atendido uma variável

legal e menos de 50% das

variáveis ambientais -

operacionais

Classificação dos empreendimentos para avaliação da

efetividade do instrumento AAF

concessões de AAF por SUPRAM

períodos: 2004-2008 e 2009-2012

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

concessões de AAF para a atividade de extração de areia para

uso na construção civil por SUPRAM

períodos: 2004-2008 e 2009-2012

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

quantitativo de concessões de AAF e Licença de Operação

período 2004 - 2012

Distribuição das concessões de AAF por SUPRAMS

período: 2004 a 2008

período: 2009 a 2012

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Tipo de documento Central Metropolitana - CM Sul de Minas - SM Zona da Mata - ZM Total

(Emp.) / % Atendimento (28) % (20) % (20) % (68) %

Documento Autorizativo do

DNPM 28 100 20 100 19 95 67 99

Substância autorizada 28 100 20 100 18 90 66 97

Área requerida junto ao DNPM ≤

50 ha 22 78 14 70 14 70 50 74

Certidão da Prefeitura Municipal 28 100 20 100 20 100 68 100

Outorga para derivação de águas

públicas(1) 14 50 15 75 6 30 35 51

Documento Autorizativo de

Intervenção Ambiental – DAIA (2) 19 68 18 90 15 75 52 76

Anotação de Responsabilidade

Técnica - ART: 28 100 20 100 18 90 66 97

Nota: (1) Associado ao tipo de extração (2) Em substituição a Autorização para Exploração Florestal - APEF

Fonte: ESTE TRABALHO.

documentação constante dos processos de AAF

por SUPRAM, Minas Gerais, 2004-2008

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Formação acadêmica segundo ART Central

Metropolitana

Sul de

Minas

Zona da

Mata Total

Biólogo 0 0 1 1

Engenheiro Agrícola 0 1 1 2

Engenheiro Agrônomo 1 6 2 9

Engenheiro Civil 3 1 2 6

Engenheiro Florestal 1 3 0 4

Engenheiro Geólogo 5 0 0 5

Engenheiro Mecânico 0 2 0 2

Engenheiro de Minas 9 4 5 18

Geólogo 7 3 3 12

Tecnólogo em Saneamento Ambiental 1 0 4 5

Não informado 0 0 2 2

Total 28 20 20 68

Formação acadêmica das Anotações de Responsabilidade Técnica – ART

2004-2008

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Ação/Intervenção Ambiental CM SM ZM Geral

E % E % E % E %

Estocagem do solo 2 12 10 71 12 92 24 55

Existência de viveiro de mudas 1 6 1 7 0 0 2 5

Manutenção periódica dos motores 10 83 2 17 2 18 14 40

Proteção das bordas laterais da balsa 3 25 8 67 5 46 16 46

Acondicionamento e manuseio adequados de óleos e

graxas 4 24 3 21 5 38 12 27

Sistema de separação de óleos e graxas 5 29 0 0 2 15 7 16

Uso de abafador de ruídos e protetores auriculares 5 29 0 0 3 23 8 18

Racionalização do número e espaçamento entre

dragas 8 67 10 83 8 73 26 74

Ações/intervenção para estabilização dos taludes 4 24 6 43 5 38 15 34

Tratamento de efluentes líquidos 2 12 2 14 2 15 6 14

Monitoramento da qualidade da água 1 6 1 7 0 0 2 5

Disposição adequada dos resíduos sólidos 4 24 5 36 3 23 12 27

Implantação do sistema de drenagem 7 41 4 29 2 15 13 30

Revegetação das áreas mineradas 7 41 8 57 2 15 17 39

Aspersão de água nas vias de acesso 1 6 1 7 1 8 3 7

Implantação de sinalização de segurança na área 4 24 2 14 3 23 9 20

Uso de lona para cobertura das caçambas nos

caminhões de transporte 8 47 7 50 1 8 16 36

Apresentação de projeto de reabilitação e uso futuro da

área minerada 8 47 2 14 2 15 12 27

Legenda: E =Executam

Nota: Para os itens 4 e 8 há 35 empreendimentos que utilizam o método de lavra - dragagem: 12 para a Supram Central Metropolitana, 12 para

Sul de Minas e 11 para Zona da Mata; para as demais ações há em atividade 44 empreendimentos: 17, 14 e 13, respectivamente.

Fonte: ESTE TRABALHO.

Execução das ações de proteção ambiental

empreendimentos na Supram Central Metropolitana (CM), Sul de Minas (SM) e

Zona da Mata (ZM), 2004 a 2008

Ação/intervençãoambiental Tamanho da amostra Proporção Limite inferior Limite superior

Proteção das bordas laterais da balsa 35 0,46 0,33 0,59

Racionalização do número e espaçamento entre dragas 35 0,74 0,63 0,85

Estocagem do solo 44 0,55 0,44 0,66

Existência de viveiro de mudas 44 0,05 0,00 0,10

Manutenção periódica dos motores 44 0,32 0,21 0,43

Acondicionamento e manuseio adequados de óleos e graxas 44 0,27 0,17 0,37

Sistema de separação de óleos e graxas 44 0,16 0,08 0,24

Utilização de abafador de ruídos e protetores auriculares 44 0,18 0,09 0,27

Estabilização dos taludes 44 0,34 0,23 0,45

Tratamento de efluentes líquidos 44 0,14 0,06 0,22

Monitoramento da qualidade da água 44 0,05 0,00 0,10

Disposição adequada dos resíduos sólidos 44 0,27 0,17 0,37

Implantação do sistema de drenagem 44 0,30 0,20 0,40

Revegetação das áreas mineradas 44 0,39 0,28 0,50

Aspersão de água nas vias de acesso 44 0,07 0,01 0,13

Sinalização de segurança na área 44 0,20 0,11 0,29

Caçambas com lonas nos caminhões 44 0,36 0,25 0,47

Apresentação de projeto de reabilitação e uso futuro da área

minerada 44 0,27 0,17 0,37

Fonte dos dados básicos: Fundação Estadual do Meio Ambiente (2010).

Nota: O tamanho da amostra foi definido pelo número de empreendimentos em atividade, sendo as duas primeiras ações aplicas-se a extração por dragagem com

balsa. Foi realizado um cálculo aproximado para o intervalo de 90% de confiança, pois não se conhece o número de empreendimentos nas três Superintendências:

CM, SM e ZM que usam dragas, visto não haver solicitação da informação quando do preenchimento do FCE.

Ações ambientais (com intervalo de 90% de confiança) que são executadas pelos

empreendimentos de extração de areia em atividade para Minas Gerais no período

2004-2008

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

CLASSIFICAÇÃO ÍNDICE AMBIENTAL CONDIÇÃO

Grupo A 1. Se atendido todas variáveis legais,

ambientais e operacionais

Grupo B

0,5≤ IA <1,0

.

Se atendido todas variáveis legais e

mais de 50% das variáveis

ambientais – operacionais

Grupo C <0,5

Se não atendido uma variável legal e

menos de 50% das variáveis

ambientais - operacionais

Classificação dos empreendimentos para avaliar a efetividade

do instrumento de regularização ambiental AAF

7

0

56

ATENDIMENTO

68 AMOSTRAS

5 empreendimentos com atividade encerrada, sem ações de recuperação;

19 empreendimentos com atividade paralisada;

44 empreendimentos em atividade

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

CONCLUSÕES

No conjunto de 164 atividades, três delas foram responsáveis por 54% do total de 6.789

concessões de AAF. São elas: postos de combustíveis (29%), mineração (18%),

transporte de produtos perigosos (7%).

Os resultados demonstraram um cumprimento ineficiente e precário das exigências e

obrigações ambientais por parte do empreendedor, tanto do ponto de vista legal quanto

operacional em relação ao que ficou registrado na declaração de conformidade

ambiental constante do termo de responsabilidade associado à Anotação de

Responsabilidade Técnica – ART que subsidiou a concessão da AAF para o

empreendimento.

Uma pequena parcela dos empreendimentos desenvolve ações para conservação e

proteção da área afetada, visto que o índice ambiental correspondeu a 0,28.

Estima-se com 90% de confiança, que se todos os 228 empreendimentos de extração

de areia e cascalho para uso na construção civil localizados nessas três

Superintendências (CM, SM e ZM) tivessem sido visitados, o índice ambiental não

seria inferior a 0,17, mas também não seria superior a 0,38. Isto quer dizer que em

média menos da metade (0,50) das ações ambientais estariam sendo executadas

pelos empreendimentos dessa região para atividade estudada.

CONCLUSÕES

Os resultados demonstraram também que a preocupação da sociedade

civil em relação à implantação da AAF, quando do Seminário Estadual

sobre Licenciamento Ambiental SEMAD/Associação Mineira de Defesa do

Ambiente (AMDA), em 2006, que motivou este estudo, e os questionamentos

do Ministério Público Estadual, em 2010, em relação a esse processo de

regularização ambiental, tem forte e responsável fundamento e

respalda a sensação que os empreendedores têm de que a probabilidade

de serem fiscalizados pelo Estado é tão baixa que eles acabam

negligenciando a adoção de boas práticas operacionais, como é o que

se constatou nas atividades da extração de areia para uso na construção

civil.

Também, pode-se inferir que enquanto as regras não forem revistas, o

acompanhamento e gerenciamento das ações previstas quando da

concessão de AAFs continuarão sendo um desafio para a gestão ambiental,

quer pelo órgão ambiental estadual ou pelos demais setores intervenientes

no assunto.

SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

Observando que a função principal do licenciamento ambiental é evitar riscos e

danos ao ser humano e ao meio ambiente, com base no princípio da precaução e

prevenção, sugere-se a título de contribuição ao órgão ambiental estadual e aos

demais setores intervenientes no assunto os seguintes pontos:

1) Considerar as recomendações da Diretiva COPAM nº 2, de 26-5-2009, que

estabelece diretrizes para revisão das normas regulamentares do COPAM por

meio da incorporação do critério locacional, especialmente as normas referentes

aos mecanismos e critérios para a classificação de atividades ou

empreendimentos modificadores do meio ambiente sujeitos a regularização

ambiental;

2) Desenvolver um Formulário de Cadastro Caracterizando o Empreendimento

– FCCE ou Memorial Descritivo com: descrição do empreendimento e/ou

atividade, enfocando o processo produtivo e os aspectos ambientais relacionados

à localização, instalação e operação, sua caracterização, a identificação dos

impactos ambientais e das medidas de controle, de mitigação e de compensação.

O formulário deverá conter as informações necessárias para balizar a

fiscalização, com croqui de localização e detalhamento de acesso para aqueles

empreendimentos localizados em áreas rurais ou mistas e relatório fotográfico do

empreendimento e dos sistemas de controle implantados;

SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

3) Exigir que na formalização do processo de regularização ambiental seja

apresentado o comprovante de registro e cadastramento no Cadastro

Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental e o

Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou

Utilizadoras de Recursos Ambientais do empreendimento e do responsável

técnico junto ao IBAMA, bem como a apresentação do Certificado de

Regularidade Ambiental.

4) Apresentar, a SUPRAM correlata, ao final do terceiro ano de vigência da

Autorização Ambiental de Funcionamento concedida, relatório de avaliação do

desempenho ambiental assinado pelo responsável pelo gerenciamento dos

sistemas de controle ambiental do empreendimento, informando as atividades

desenvolvidas e as melhorias implementadas, acompanhado de registro

fotográfico, para subsidiar a decisão quando da concessão da revalidação da

AAF.

5) Constar das orientações a necessidade de registro de comunicado do

empreendedor ou solicitação de cancelamento da AAF em relação à

paralisação e ao encerramento da atividade, de forma a permitir que o órgão

ambiental proceda a fiscalização das instalações para verificação da necessidade

de adoção de medidas complementares que poderão contribuir para evitar futura

“área contaminada”.

SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

Considera-se oportuno realizar nova pesquisa, utilizando a mesma

metodologia de verificação sobre as ações/intervenções ambientais adotadas

pelos empreendimentos, para comparar os resultados sobre a efetividade da

AAF para a mesma atividade deste estudo de caso, no período de 2009-2012,

nas SUPRAMs escolhidas para este estudo. Considera-se oportuno ainda,

expandir a pesquisa para as demais SUPRAMs.

Obrigada.

amlmoraes@ yahoo.com.br