2o Questionário

RONY A. HERGERT - RG nº 15.615.426-2/[email protected] -f.: 011.8063-0697

PROBEM – 1º ano – Questionário 02 – 13/08/2011

“NOSSO LAR” – André Luiz-Chico Xavier”

01. Quem são os espíritos “mutilados” segundo os esclarecimentos de Lísias?

Resp.: Aqueles que contraíram os germes de perversão da saúde

divina e agregaram ao corpo sutil, pelo descuido moral, o desejo

de gozar mais que os outros. Assim é que, multidões sem conta

erram em todas as direções nos círculos imediatos à crosta

planetária, constituídas de loucos, doentes e ignorantes. Entre

tais, p. ex., o homem imprevidente, que gastou os olhos no mal,

chega à pátria espiritual de órbitas vazias; o malfeitor

interessado em utilizar o dom da locomoção fácil nos atos

criminosos, experimenta a desolação da paralisia; os pobres

obsediados nas aberrações sexuais costumam chegar em extrema

loucura. Esta é a multidão à qual adverte o Evangelho que muitos

foram os chamados, porém, poucos os escolhidos na Terra __ o

Senhor dela não se esqueceu; todavia, raríssimos são os homens que

d’Ele se recordaram (2010; p. 40/43).

02. Qual foi o preciso aviso que Clarêncio fez a André Luiz?

Resp.: Não falar excessivamente de si mesmo, nem comentar a

própria dor. Lamentação denota enfermidade mental e enfermidade de

curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar

pensamentos novos e disciplinar os lábios. Quanto mais utilizar o

verbo por dilatar considerações dolorosas, no círculo da

personalidade, mais duros se tornarão os laços que nos prendem a

lembranças mesquinhas. O pranto da desesperação não edifica o bem;

entretanto, a dor significa possibilidade de enriquecer a alma; a

luta constitui caminho para a divina realização; aceitar o

trabalho áspero é uma benção (2010; p. 47/49).

03. Quais são os três requisitos fundamentais para a realização nobre?

Resp.: Primeiro, desejar; segundo, saber desejar; terceiro,

merecer; ou, por outros termos, vontade ativa, trabalho

persistente e merecimento justo (2010; p. 55).

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04. Quais são os seis ministérios de Nosso Lar?

Resp.: Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do

Esclarecimento, da Elevação e da União Divina; cada qual orientado

por 12 Ministros. Os quatro primeiros Ministérios nos aproximam

das esferas terrestres, os dois últimos nos ligam ao plano

superior, visto que “Nosso Lar” é uma zona de transição, de

refazimento e instrução. No Ministério do Auxílio, p. ex.,

atendem-se a doentes, ouvem-se rogativas, selecionam-se preces,

preparam-se reencarnações terrenas, organizam-se turmas de socorro

aos habitantes do Umbral, ou aos que choram na Terra, estudam-se

soluções para todos os processos que se prendem ao sofrimento

(2010; p. 57/58).

05. Qual era a proposta da governadoria para as questões de alimentação em Nosso Lar?

Resp.: Atenuar todas as expressões de vida que recordassem os

fenômenos puramente materiais. Para tanto, a Governadoria contou

com a colaboração de duzentos instrutores de uma esfera muito

elevada os quais, espalharam novos conhecimentos relativos à

ciência da respiração e da absorção de princípios vitais da

atmosfera. Àqueles que, inicialmente, mostraram-se reticentes a

tais mudanças devido às próprias lembranças e dependências de

proteínas e carboidratos de quando encarnados, o Governador nunca

os castigou, não entrou em combate, nem ofensiva, mas sim adotou

resistência resoluta. Convocava, pois, os adversários da medida a

palácio e expunha-lhes, paternalmente, os projetos e finalidades

do regime; destacava a superioridade dos métodos de

espiritualização, facilitava-lhes variadas excursões de estudo em

planos mais elevados. Destarte, os serviços de alimentação em

“Nosso Lar” foram reduzidos à inalação de princípios vitais da

atmosfera por meio da respiração e água misturada a elementos

solares, elétricos e magnéticos. Só existe maior suprimento de

substâncias alimentícias que lembram a Terra nos Ministérios da

Regeneração e do Auxílio, onde há sempre grande número de

necessitados. Nos demais há somente o indispensável, isto é, todo

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o serviço de alimentação obedece a inexcedível sobriedade.

Reduziu-se a expressão física e surgiu maravilhoso coeficiente de

Espiritualidade (2010; p. 63/68).

06. Segundo Lísias quais são as funções da água em Nosso Lar?

Resp.: Lá a água tem outra densidade. Muito mais tênue, pura,

quase fluídica. Por ser um veículo dos mais poderosos para os

fluidos de qualquer natureza, ela é empregada sobretudo como

alimento e remédio. Há repartições no Ministério do Auxílio

absolutamente consagradas à manipulação de água pura, com certos

princípios suscetíveis de serem captados na luz do sol e no

magnetismo espiritual. Outrossim, o sistema de alimentação de

“Nosso Lar” tem nela suas bases, cabendo ao Ministério da União

Divina, cujos ministros são detentores de maior padrão de

Espiritualidade Superior, a magnetização geral das águas do Rio

Azul, a fim de que sirva a todos os habitantes da Colônia com a

pureza imprescindível. Esta é uma das raras tarefas materiais

deste Ministério o qual, faz o serviço inicial de limpeza da água,

enquanto os demais institutos realizam trabalhos específicos no

suprimento de substâncias alimentares e curativas. Por fim,

destaque merecido é o Bosque das Águas, uma das mais belas regiões

de “Nosso Lar” onde, ocorrem excursões dos amantes que ali vão

tecer as mais lindas promessas de amor e fidelidade para as

experiências da Terra (2010; p. 71/72).

07. O que cada ministério em Nosso Lar requer de seus colaboradores?

Resp.: Por viverem em círculo de demonstrações ativas, as tarefas

de Auxílio são laboriosas e complicadas; os deveres do Ministério

da Regeneração constituem testemunhos pesadíssimos; os trabalhos

na Comunicação exigem alta noção de responsabilidade individual;

os campos do Esclarecimentos requisitam grande capacidade de

trabalho e valores intelectuais profundos; o Ministério da

Elevação pede renúncia e iluminação; as atividades da União Divina

requerem conhecimento justo e sincera aplicação do amor universal.

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A Governadoria, por sua vez, é sede movimentada de todos os

assuntos administrativos, numerosos serviços de controle direto,

como, p. ex., o de alimentação, distribuição de energias

elétricas, trânsito, transporte e outros (2010; p. 78).

08. Qual a finalidade do Umbral?

Resp.: Funciona como região destinada a esgotamento de resíduos

mentais onde se queima a prestação o material deteriorado das

ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o

sublime ensejo de uma existência terrena. Assim, há legiões

compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são

suficientemente perversas para serem enviadas a colônias de

reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas

a planos de elevação. Concentra-se, aí, tudo o que não tem

finalidade para a vida superior. É uma zona obscura de quantos no

mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres

sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão

ou no pântano dos erros numerosos. (2010; p. 82/83).

09. Qual o mecanismo que possibilita prestar ajuda a quem quer que seja?

Resp.: O espírito de humildade e de trabalho (2010; p. 90).

10. Por que André Luiz não poderia de início trabalhar em Nosso Lar como médico?

Resp.: Primeiro porque, segundo a própria consciência dele, seria

temerário repetir os erros humanos, dentro dos quais a vaidade não

tolera outro gênero de atividade senão o correspondente aos

preconceitos dos títulos nobiliárquicos ou acadêmicos. Segundo

porque, conforme apontamentos do Ministro Clarêncio, quando moço e

sadio, cometeu numerosos abusos dentro do quadro de trabalho a que

Jesus o conduziu; muita imprevidência, numerosos abusos e muita

irreflexão em seus quinze anos de clínica na Terra. Com efeito,

não haveria como se transformar, de um momento para outro, em

médico de espíritos enfermos, quando, encarnado, fez questão de

circunscrever observações exclusivamente à esfera do corpo físico.

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Para atuar coo médico em Nosso Lar haveria que penetrar alma,

sondar-lhe as profundezas eis que, muitos profissionais da

Medicina, no planeta, são prisioneiros das salas acadêmicas,

porque a vaidade lhes roubou a chave do cárcere. Raros aqueles que

conseguem atravessar o pântano dos interesses inferiores,

sobrepor-se a preconceitos comuns e, para essas exceções,

reservam-se as zombarias do mundo e o escárnio dos companheiros

(2010; p.96/99).

11. Quais foram as orientações que André Luiz recebeu de sua mãe?

Resp.: Que a nossa dor, não nos edifica pelos prantos que vertemos

ou pelas feridas que sangram em nós; mas sim, pela porta de luz

que nos oferece ao espírito, a fim de sermos mais compreensivos e

mais humanos. Lágrimas e úlceras constituem o processo de bendita

extensão dos nossos mais puros sentimentos (2010; p. 105).

12. Por que o pai de André Luiz não conseguia receber ajuda? Perceber a esposa?

Resp.: Porque, apesar de na Terra, apresentar-se fiel às tradições

da família, arraigado ao cavalheirismo do alto comércio, a cujos

quadros pertenceu até o fim da existência, bem como, aparecer

fervoroso externamente ao culto em matéria religiosa; no fundo,

era fraco e mantinha ligações clandestinas fora do lar doméstico;

sobretudo com duas mulheres, a quem fizera muitas promessas e as

quais, por sua vez, estavam mentalmente ligadas a uma vasta rede

de entidades maléficas. Sr. Laerte, infelizmente, não podia

compreender que após a morte do corpo físico a alma se encontrava

tal qual viveu intrinsecamente. Tendo gasto muitos anos a fingir,

viciou a visão espiritual, restringiu o padrão vibratório e, como

resultado, achou-se tão só na companhia das relações que cultivou

irrefletidamente, pela mente e pelo coração, por falta de

perseverança no bom e reto pensamento. Desta forma, não podia

perceber a esposa porque seu potencial vibratório era muito baixo,

permanecendo inativo em si mesmo, entre a indiferença e a revolta

(2010; p. 108/110).

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13. “Jesus alegra-se conosco sempre que recebemos um amigo no coração”. Medite:

você tem sido amigo de alguém? Qual a sensação de ser amigo? Relate se desejar seus

sentimentos e dificuldades.

Resp.: Em relação aos outros, acredito que sempre fui amigo. Por

outro lado, em relação dos outros para comigo, conheci muitas

decepções; se bem que ... recentemente (de uns 8 meses até agora),

tenho tido a grata surpresa e inesperada demonstração de apoio e

amizade de novas pessoas.

14. “Amor o alimento das almas”. Como aprimorar esse sentimento divino em você dentro

do seu lar?

Resp.: Alimentando uns aos outros, no campo da fraternidade e da

simpatia; vale dizer, através da conversação amiga, do gesto

afetuoso, da bondade recíproca, da confiança mútua, da luz da

compreensão e do interesse fraternal (2010; p. 121).

15. O que dizer das desarmonias durante o momento das refeições? Quais as

consequências para a nossa saúde física e espiritual?

Resp.: Qualquer pessoa que manifeste perturbação ou desgosto

durante as refeições emite fluidos pesados e venenosos que,

automaticamente, misturam-se às substâncias alimentares,

contaminando pois, com a ingestão, o equilíbrio geral de todos

(2010; p. 125).

16. “O lar é conquista sublime que os homens vão realizando vagarosamente”. “Na

maioria, os casais terrestres passam a horas sagradas do dia vivendo a indiferença ou o

egoísmo feroz”. Como você poderá investir mais em seus relacionamentos? O que é o

amor para você?

Resp.: Perdoe-me a franqueza meu Irmão; contudo, sem nenhuma

indelicadeza, se eu realmente conhecesse o quê é o amor entre os

homens eu não estaria reencarnado; justamente Aqui e Nessa Época.

17. Por que Dona Laura não passou pelo Umbral depois da morte?

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Resp.: Porque o suor do corpo ou a preocupação justa, nos campos

da atividade honesta, constituíram-lhe valiosos recursos para a

elevação e defesa da alma. A existência laboriosa livrara-a das

indecisões e angústias do Umbral, colocando-a a coberto de muitas

e perigosas tentações (2010; p. 138).

18. Qual o significado do bônus hora?

Resp.: É o padrão de pagamento a todos os colaboradores da

Colônia, não só na administração, como também na obediência. Não é

propriamente uma moeda, mas sim uma ficha de serviço individual,

funcionando como valor aquisitivo eis que, quaisquer utilidades em

Nosso Lar, são adquiridas pelos moradores à custa de esforço e

dedicação. Cada residente de Nosso Lar que trabalha, deve dar, no

mínimo, oito horas de serviço útil, nas 24 horas que o dia se

constitui. A Governadoria permite quatro horas de esforço

extraordinário aos que desejam colaborar no trabalho comum, de boa

vontade. Desse modo, há muita gente que consegue 72 bônus-hora por

semana, sem falar dos serviços sacrificiais, cuja remuneração é

duplicada e, às vezes, triplicada. Seja na orientação, seja na

subalternidade, o trabalho é de sacrifício pessoal e a expressão

remunerativa é justamente multiplicada. Assim, para o plano

espiritual superior, não se especifica o teor de trabalho sem a

consideração dos valores morais despendidos. De fato, o verdadeiro

ganho da criatura é de natureza espiritual, e o bônus-hora, em

Nosso Lar, modifica-se em valor substancial, segundo a natureza

dos serviços de lá. Neste diapasão, o homem que empregou cinco mil

horas em serviços regeneradores efetuou esforço sublime, em

benefício de si mesmo; o que despendeu seis mil horas de atividade

no Ministério do Esclarecimento estará mais sábio. Ademais, quanto

maior a contagem do tempo de trabalho, maiores são as intercessões

que se podem fazer em proveito de terceiros. Bem se vê, pois, que

ao se examinar o ganho espiritual, é razoável que a documentação

de trabalho revele a essência do serviço. Neste sentido, as

aquisições fundamentais constituem-se de experiência, educação,

enriquecimento de bênçãos divinas, extensão de possibilidades; 7




logo, sob esse prisma, os fatores assiduidade e dedicação

representam em Nosso Lar quase tudo (2010; p. 137, 143/148).

19. A qual compromisso “dos habitantes equilibrados da colônia” se referiu Lísias?

Resp.: O de não se emitirem pensamentos contrários ao bem.

Dessarte, o esforço da maioria se transforma numa prece quase

perene. Daí nascerem as vibrações de paz que lá se observa (2010;

p. 152).

20. O que o ministério da União Divina esclareceu a respeito da 2ª Guerra Mundial?

Resp.: Que a humanidade carnal, como personalidade coletiva,

estava nas condições do homem insaciável que devorou excesso de

substâncias no banquete comum; daí, a crise orgânica ter sido

inevitável. Nutriram-se, há época, várias nações de orgulho

criminoso, vaidade e egoísmo feroz e, por conseguinte,

experimentaram a necessidade de expelir os venenos letais (2010;

p. 162).

21. Qual foi a principal sugestão de Dona Laura para André Luiz?

Resp.: Abandonar, o quanto lhe fosse possível, os propósitos de

mera curiosidade porquanto, mesmo a curiosidade sadia, aos

indecisos e inexperientes poderia conferir dores amargas, sem

proveito para ninguém. Não se limitar apenas a observar, mas sim,

meditar no trabalho e atirar-se a ele na primeira ocasião que

fosse oferecida. Aprender a construir o próprio círculo de

simpatias e não se esquecer que o espírito de investigação deve

manifestar-se após o espírito de serviço eis que, pesquisar

atividades alheias, sem testemunhos no bem, pode ser criminoso

atrevimento. Não se considerar humilhado por atender às tarefas

mais simples até porque, o Maior Trabalhador da Terra não

desdenhou o serrote pesado de uma carpintaria. Converter as

observações feitas em tarefa útil. A ciência de recomeçar é das

mais nobres que nosso espírito pode aprender (2010; p. 165/167).

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22. “Quando o servidor está pronto o serviço aparece”. Qual o significado dessa

expressão do Ministro Genésio?

Resp.: Quando o trabalhador adquire a disposição de colaborar,

compreendendo a responsabilidade do trabalho, aceita o dever de

servir. Tal atitude é sumamente favorável à concretização dos seus

desejos. No plano espiritual superior estima-se a compreensão, o

esforço próprio, a humildade sincera (2010; p. 172).

ESTUDO DO EVANGELHO

1. Qual o significado de oferecer a outra face?

Resp.: Para o orgulhoso, esta máxima parece uma covardia, porque

ele não compreende que há mais coragem em suportar um insulto, que

em se vingar. E isto, sempre, por aquele motivo que não lhe

permite enxergar além do presente. Por essas palavras, Jesus não

proibiu a defesa, mas condenou a vingança. Dizendo-nos para

oferecer uma face quando formos batidos na outra, disse, por

outras palavras, que não devemos retribuir o mal com o mal. Que o

homem deve aceitar com humildade tudo o que tende a reduzir-lhe o

orgulho; que é mais glorioso para ele ser ferido que ferir;

suportar pacientemente uma injustiça que cometê-la; que mais vale

ser enganado que enganar, ser arruinado que arruinar os outros. A

fé na vida futura e na justiça de Deus, que jamais deixa o mal

impune, é a única que nos pode dar a força de suportar,

pacientemente, os atentados aos nossos interesses e ao nosso amor-

próprio. Eis porque devemos voltar os nossos olhos para o futuro

pois, quanto mais nos elevarmos, pelo pensamento, acima da vida

material, menos seremos feridos pelas coisas da Terra.

2. Por que amar os inimigos? Como amar os inimigos?

Resp.: Se amar ao próximo é o princípio da caridade, amar aos

inimigos é a sua aplicação sublime, porque essa virtude constitui

uma das maiores vitórias conquistadas sobre o egoísmo e o orgulho.

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Amar aos inimigos não é ter por eles uma afeição que não é natural

pois, não se pode ter para com ele as efusões da amizade, desde

que se sabe que é capaz de abusar delas. Mas é não lhes ter ódio,

nem rancor, ou desejo de vingança. É perdoá-los sem segunda

intenção e incondicionalmente, pelo mal que nos fizeram. É não

opor nenhum obstáculo à reconciliação. É desejar-lhes o bem em vez

do mal. É alegrar-nos em lugar de aborrecer-nos com o bem que os

atinge. É estender-lhes a mão prestativa em caso de necessidade. É

abster-nos, por atos e palavras, de tudo o que possa prejudicá-

los. É, enfim, pagar-lhes em tudo o mal com o bem, sem a intenção

de humilhá-los. Se devemos não nos queixar das provas pelas quais

passamos, de igual sorte, não devemos queixar-nos dos que lhe

servem de instrumentos; em lugar de lamentarmos, devemos agradecer

a Deus por experimentar-nos através da mão que se nos oferece a

ocasião de mostrarmos a nossa paciência e a nossa resignação.

3. Como recomendou Jesus fazer as nossas orações?

Resp.: Quando orarmos, não nos colocarmos em evidência, mas

orarmos em secreto. Não fingirmos orar demasiado, porque não será

pelas muitas palavras que seremos atendidos, mas pela sinceridade

delas. Antes de orar, se tivermos alguma coisa contra alguém,

perdoemo-la, porque a prece não poderia ser agradável a Deus, se

não partisse de um coração purificado de todo sentimento contrário

à caridade. Orarmos, enfim, com humildade. Examinarmos os nossos

defeitos, e não as nossas qualidades, e se nos compararmos aos

outros, procurarmos o que existe de mau em nós.

4. Qual o significado que Jesus dava a: Pai dos Céus – Pai Celeste – Pai Nosso – Pai

Perfeito?

Resp.: A infinitude do poder e bondade de Deus eis que, por toda a

parte vemos a prova da solicitude paternal. A harmonia do Universo

é a prova de uma sabedoria, de uma prudência, e de uma previdência

que ultrapassam todas as faculdades humanas. O nome de um Ser

soberanamente grande e sábio está inscrito em todas as obras da

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criação, desde a relva humilde e do menor inseto, até os astros

que se movem no espaço.

5. O que são tesouros no céus?

Resp.: “Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça”

(Mateus, 6:33). Realmente, todas as ações humanas obedecem a um

móvel, isto é, são determinadas por um ideal ou um desejo mais

intenso. Assim, aquilo que o indivíduo coloca em primeiro plano na

vida exerce tal influência em sua conduta que, consciente ou

inconscientemente, seus pensamentos, sua conversação, seus hábitos

etc., entram a girar em torno desse alvo, e todos os seus passos

para convergem. Imprescindível, pois, que os cristão coloquem os

valores espirituais acima de tudo eis que, na aquisição deles é

que havemos de encontrar a verdadeira felicidade (O SERMÃO DA

MONTANHA. Rodolfo Calligaris; 18ª ed., p. 132/133, FEB, Rio de

Janeiro, 2010).

6. Por que Jesus pedia para não nos preocuparmos?

Resp.: “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o dia de

amanhã a si mesmo trará seu cuidado. Basta a cada dia a sua

própria aflição” (Mateus, 6:34). O que está faltando à Humanidade,

para que ela se tranquilize e seja relativamente feliz, tanto

quanto o permitam as condições deste mundo de expiações e de

provas, é, pura e simplesmente: fé em Deus. Possuíssem os homens

essa preciosa virtude, estivessem plenamente convictos da

solicitude do Pai celestial para com todas as criaturas, e outra

seria a maneira de reagirem à frente das vicissitudes da

existência. Compreenderiam que, sendo Deus a expressão máxima do

Amor, só deseja o nosso bem, a nossa felicidade; assim, não

desampara ninguém e sempre encontra meios de prover-nos do “pão de

cada dia”. Mas, como é também a Justiça perfeita, deixa que

sintamos as consequências de nossos erros, para que os procuremos

evitar, assim como permite que soframos o choque de retorno de

nossas maldades, para que aprendamos a “não fazer aos outros

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aquilo que não queremos que nos façam”. Lembrados do que dizem as

Escrituras: “Nenhum passarinho cairá por terra sem a vontade do

Pai e até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados”

(Mateus, 10:29 e 30), [os homens] conheceriam que tudo obedece aos

soberanos desígnios de Deus. Suportariam, então, pacientemente,

toda e qualquer situação penosa que não pudessem remover, por

sabê-la justo resgate de faltas pretéritas, quando não uma

experiência útil e necessária à lapidação de suas almas, condição

indispensável a que se aproximem do Criador, tornando-se partícipe

de sua glória. Não nos deixemos vencer pelo desânimo, pelo

pessimismo, pela descrença. Por maiores que sejam os nossos

padecimentos no dia de hoje, lembremo-nos de que “amanhã será

outro dia” e bem pode ser que Deus, em sua misericórdia, lhes

ponha fim. Por outro lado, alijemos de nossa mente e de nosso

coração pensamentos funestos, apreensões e temores, porquanto

muitas e muitas vezes nos atormentamos à toa, por coisas que nunca

chegam a realizar-se (O SERMÃO DA MONTANHA. Rodolfo Calligaris;

18ª ed., p. 134/135, FEB, Rio de Janeiro, 2010).

7. O que Jesus recomendou que buscássemos acima de tudo?

Resp.: “Não queirais entesourar para vós tesouros na terra, onde a

ferrugem e a traça os consumem, e onde os ladrões os desenterram e

roubam. Mas entesourai para vós tesouros no céu, onde não os

consomem a ferrugem nem a traça, e onde os ladrões não o

desenterram nem roubam. Porque onde está o tesouro, aí está também

o seu coração” (Mateus, 6: 19-21, 25-34). Se a riqueza material é

a fonte de muitos males, se excita tantas más paixões, se provoca

mesmo tantos crimes, não é ela que devemos ater-nos, mas ao homem

que dela abusa, com abusa de todos os dons de Deus. Pelo abuso,

ele torna pernicioso o que poderia ser-lhe mais útil, o que é uma

consequência do nosso estado de inferioridade do mundo terreno. Se

a riqueza material só tivesse de produzir o mal, Deus não a teria

posto na Terra. Cabe ao homem transformá-la em fonte de bem. Se

ela não é uma causa imediata do progresso moral, é, sem dúvida, o

primeiro meio de execução, sem ela não haveria grandes trabalhos, 12




nem atividade, nem estímulo, nem pesquisas: com razão, pois, é

considerada um poderoso elemento do progresso.

8. Por que nem todo aquele que disser Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus?

Resp.: Todos os que reconhecem a missão de Jesus dizem: Senhor!

Senhor! – Mas, de que serve lhe chamarem Mestre ou Senhor, se não

lhe seguem os preceitos? Serão cristãos os que o honram com

exteriores atos de devoção e, ao mesmo tempo, sacrificam ao

orgulho, ao egoísmo, à cupidez e a todas as suas paixões? Serão

seus discípulos os que passam os dias em oração e não se mostram

nem melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes para com

seus semelhantes? Não, porquanto, do mesmo modo que os fariseus,

eles têm a prece nos lábios e não no coração. Pela forma poderão

impor-se aos homens; não, porém, a Deus. Em vão dirão eles a

Jesus: “Senhor! não profetizamos, isto é, não ensinamos em teu

nome; não expulsamos em teu nome os demônios; não comemos e

bebemos contigo?” Ele lhes responderá: “Não sei quem sois;

afastai-vos de mim, vós que cometeis iniquidades, vós que

desmentis com os atos o que dizeis com os lábios, que caluniais o

vosso próximo, que espoliais as viúvas e cometeis adultério.

Afastai-vos de mim, vós cujo coração destila ódio e fel, que

derramais o sangue dos vossos irmãos em meu nome, que fazeis

corram lágrimas, em vez de secá-las. Para vós, haverá prantos e

ranger de dentes, porquanto o reino de Deus é para os que são

brandos, humildes e caridosos. Não espereis dobrar a justiça do

Senhor pela multiplicidade das vossas palavras e das vossas

genuflexões. O caminho único que vos está aberto, para achardes

graça perante ele, é o da prática sincera da lei de amor e de

caridade.”

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