Upload
phungthu
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
2º SEMINÁRIO NACIONAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO ÁREA TEMÁTICA: PLANEJAMENTO TERRITORIAL, POLÍTICAS PÚBLICAS
EDUCAÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES:
contradições e fracassos
Luíza Cassiano Rangel1 Ludmila Gonçalves da Matta2
Resumo
O Município de Campos dos Goytacazes é considerado um município com inúmeras fontes de oportunidades e de condições de progresso em diversas atividades econômicas, desde a produção de açúcar e álcool até o petróleo, combustível que sustenta não só a condição de vida de diversos habitantes, mas também a administração pública municipal que, por sua vez, recebe uma arrecadação vultosa dos chamados royalties e participações especiais da exploração do petróleo. Apesar do grande montante de recurso que o município recebe, em 2013 recebeu de royalties e participações especiais R$ 1.375.983.824,37 (INFOROYALTIES, 2014), o mesmo não é nenhum exemplo de qualidade de vida. Os indicadores sociais sinalizam para graves problemas, como o da educação. Em 2011 Campos ficou em último lugar no estado em relação à nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB. Diante desse cenário, o objetivo desse trabalho é apresentar a relação entre os gastos públicos e arrecadação e os resultados obtidos no IDEB e no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDH-M.
Palavras-chave: Educação, IDEB, Gastos Públicos, Políticas Públicas.
Abstract
Campos dos Goytacazes is considered a municipality with numerous sources of opportunities and conditions for progress in various economic activities, such as production of sugar, alcohol and oil, fuel that sustains not only the condition of life for several inhabitants but also the municipal administration which, in turn, receives a sizable collection of so-called royalties and special participation of oil exploration. Despite the large amount of resources that the municipality receives (it was R$ 1,375,983,824.37 (INFOROYALTIES, 2014) in royalties and special participations in 2013), it is not an example of quality of life. Social indicators point to serious problems such as education. In 2011, Campos dos Goytacazes, in Rio de Janeiro state, came last in relation to the position obtained in the Basic Education Development Index - IDEB. Given this scenario, the
1 Especialista em Design e Mídias Interativas e Programadora Visual do Instituto Federal Fluminense - campus Campos-Guarus. Mestranda do programa de Pós-graduação em Planejamento Regional e Gestão de Cidades da Universidade Cândido Mendes/Campos dos Goytacazes - RJ. E-
mail: [email protected] 2 Doutora em Sociologia Política- Professora/pesquisadora do Curso de Mestrado em Planejamento Regional e Gestão de Cidades da Universidade Candido Mendes/Campos dos Goytacazes - RJ. E-mail: [email protected]
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
objective of this paper is to present the relation between public spending and revenues and the results obtained in the IDEB and the Municipal Human Development Index - MHDI. Keywords: Education, IDEB, Public Spending, Public Policy. Apresentação
O Município de Campos dos Goytacazes está situado na região norte do Estado
do Rio de Janeiro, sendo o maior município fluminense em área territorial com 4.026.696
km2 e uma população em 2013 estimada de 477.208 habitantes. (IBGE, 2014) Sua posição
estratégica (entre as capitais do Estado do Rio de Janeiro e do Estado do Espírito Santo)
abrange o norte e o noroeste do estado além do sul capixaba. Está à aproximadamente 280
km da cidade do Rio de janeiro (capital do estado) e a 250 km de Vitória, capital do
Espírito Santo. Atualmente, grandes e médias empresas, nacionais e internacionais se
instalaram no município e produzem desde medicamentos a tubulações para o setor
offshore. Campos também é o maior pólo cerâmico do estado e um dos maiores produtores
de açúcar e álcool do país. (ECONOMIA, 2014)
FIGURA 1 - LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
FONTE: Elaboração própria a partir dos dados do IBGE (IBGE, 2014)
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
Por ser o maior município das regiões norte e noroeste fluminense, Campos
ocupa um papel de grande relevância para o desenvolvimento do interior do estado,
considerada uma cidade com inúmeras fontes de oportunidades em diversas atividades
setoriais, desde o setor primário até o terciário, além dos setores sucroalcooleiro e o
petrolífero, que sustenta não só a condição de vida de diversos munícipes, mas também da
administração pública municipal que, por sua vez, recebe uma arrecadação vultosa dos
chamados royalties da exploração do petróleo. Todavia, a imagem que se projeta em
diversos cantos da região, senão nacionalmente, é da existência de um oásis de
prosperidade econômica que motiva diversas pessoas a um êxodo regional rumo a uma
cidade que guarda oportunidades nos setores de construção civil, petrolíferos e serviços
dos mais diversos e especializados, mas que tem deixado a desejar na qualidade da
educação.
A atual gestão municipal (2012-2016) tem feito reformas e ampliado a rede de
escolas municipais, mas essa oferta ainda está muito aquém da necessidade. Não obstante
do grande montante de recurso que Campos recebe, em 2013 recebeu em Royalties e
Participações Especiais R$ 1.375.983.824,37 (INFOROYALTIES, 2014), o município não
é exemplo em qualidade de vida, os indicadores sociais sinalizam para graves problemas
na educação. Em 2011 a rede municipal de ensino de Campos ficou em último lugar no
Estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB nas séries iniciais e com
a 5ª pior nota nas séries finais, alcançando o 67º lugar dos 77 avaliados (vide anexos I e II).
O objetivo desse trabalho é apresentar a relação entre os gastos públicos e
arrecadação e os resultados obtidos nos Índice de Desenvolvimento Humano Municipal -
IDH-M e IDEB no município. Para tanto, esse trabalho se baseia num levantamento de
dados nos sites do Ministério da Educação e Cultura - MEC, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatísticas - IBGE, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira - INEP e Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes - PMCG, Atlas
Brasil e outros.
O Índice De Desenvolvimento Humano Municipal
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal é elaborado pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, pelo Instituto de Pesquisa
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
Econômica Aplicada - IPEA e pela Fundação João Pinheiro - FJP e tem por objetivo
principal instrumentalizar a sociedade democratizando informações sobre o
desenvolvimento humano e promovendo o conhecimento acerca das realidades municipais.
Ele classifica os municípios de 0 a 1 e quanto mais próximo de 1, maior é o
desenvolvimento humano naquele município.
O IDH-M em Campos dos Goytacazes vem subindo nas últimas décadas,
passou de 0,505 em 1991 para 0,716 em 2010. É um índice alto (de acordo com as faixas
de desenvolvimento) e vale ressaltar que no IDH-M Longevidade o município tem seu
melhor resultado: 0,830 considerado muito alto, conforme ilustra a figura 2.
FIGURA 2 - IDH-M de Campos dos Goytacazes
FONTE: Elaboração própria a partir dos dados do PNUD (2013).
O IDH-M da Educação também melhorou no período, passou de 0,318 para
0,619, o que o classifica na faixa de médio. Entretanto, devemos salientar que por apenas
dois centésimo de diferença ele poderia estar na faixa de IDH-M baixo. Outro ponto
importante é a comparação entre o IDH-M da educação e os outros índices como o da
longevidade e renda que estão bem acima do adquirido em educação.
Este índice (IDH-M Educação) é uma composição de indicadores de escolaridade
da população adulta e de fluxo escolar da população jovem, esses indicadores são obtidos a
partir das respostas ao questionário do Censo Demográfico do IBGE e calculados a partir
dos índices das populações adultas e jovens, observados os pesos 1 para a escolaridade da
população adulta e peso 2 para o fluxo escolar da população jovem. Abaixo observamos os
componentes do IDH-M Campista da Educação.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
TABELA 1 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal da Educação e seus componentes - Campos dos Goytacazes - RJ
IDHM da Educação e componentes 1991 2000 2010
IDHM Educação 0,318 0,474 0,619
% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 33,55 41,76 55,50 % de 5 a 6 anos na escola 51,03 87,83 95,78 % de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental ou com fundamental completo 35,91 55,39 77,30
% de 15 a 17 anos com fundamental completo 22,60 35,70 49,24 % de 18 a 20 anos com médio completo 14,12 22,53 39,31
FONTE: Elaboração própria a partir dos dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. (PNUD, 2013)
O IDH-M Campista da Educação evidencia que menos da metade da população
de 18 a 20 anos possui ensino médio completo, ou seja, menos da metade está apto a
ingressar no ensino superior. Em contrapartida, importantes universidades públicas e
privadas se instalaram na cidade, transformando-a num pólo universitário, referência em
ensino superior para toda a região. Variedade de áreas e formações acadêmicas se
multiplicam; a cada semestre cursos cada vez mais especializados tem sido ofertados em
Campos dos Goytacazes, inclusive pós-graduações lato e stricto sensu.
Em suma, o IDH-M da Educação em Campos tem aumentado, e mensura a
ampliação do acesso da população ao sistema educacional, mas ainda é preciso ampliar
mais para que todos os componentes desse índice ascenda, em especial, o da população de
18 a 20 anos com ensino médio completo para que possam ingressar no ensino superior e
assim, fortalecer o IDH-M da Educação para se aproximar dos demais índices: IDH-M
Municipal, IDH-M Longevidade e IDH-M Renda.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB
A necessidade de avaliar o setor educacional despontou no Brasil anos 60 e 70
com a intenção de atender a maior demanda possível da população escolarizável
maximizando a alocação de recursos, uma vez que esses eram limitados. Nos anos 80 as
inovações tecnológicas e a competição no mercado mundial evidenciaram vantagens
comparativas a sociedades que possuíam qualidade educacional de seus trabalhadores.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
Com isso, a educação se tornou propulsora do desenvolvimento dos países emergentes e
evidenciou a necessidade de análise da qualidade do ensino fornecido no país para refletir a
realidade da forma mais efetiva possível, ampliando e aprofundando avaliações nessa área.
Se a aquisição de educação básica pode ser entendida como a condição essencial para a formação de um indivíduo participativo em uma sociedade democrática e o meio mais acessível e seguro para a manutenção e melhoria do nível de vida da população, é fundamental a verificação e o acompanhamento de como e a que
tipo de educação básica o cidadão brasileiro está tendo acesso, ou seja, é preciso avaliar. (RICO, 2009, p. 56)
Com o objetivo de melhorar a educação no país, o Governo Federal via
Ministério da Educação e Cultura - MEC lançou em 2007 o Plano de Desenvolvimento da
Educação - PDE, fixado pelo Decreto nº. 6.094/2007. O PDE é organizado a partir de
quatro eixos: educação básica; educação superior; educação profissional e alfabetização e
foi elaborado a fim de estabelecer diretrizes para promover uma educação de qualidade a
todos. Para tanto, foi necessário implementar um sistema de avaliação (também meta do
PDE) com o intuito de identificar que unidades estariam mais fragilizadas e, por isso,
necessitariam maior atenção, apoio financeiro e de gestão. (BRASIL, 2007)
O IDEB é um dos eixos desse PDE. Criado em 2007 pelo INEP, o IDEB tem
por finalidade reunir em um só indicador dados sobre aprovação escolar e as médias de
desempenho nas avaliações do INEP. Esse índice pretende levar em conta toda a
diversidade e especificidades das escolas brasileiras. O Censo Escolar tem papel
fundamental nessa conta, uma vez que fornece os dados de fluxo e aprovação para o
cálculo do índice. Já as médias das avaliações são fornecidas pela Prova Brasil, para a rede
municipal e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB para a rede
estadual e federal. Assim o IDEB promove uma prestação de contas transparente à
sociedade de como está a qualidade da educação em cada escola, além de servir de
instrumento para o MEC promover apoio técnico e financeiro para que a educação
brasileira dê um salto de qualidade. (INEP, 2012)
O IDEB vai de zero a dez e quanto mais próximo de 10, melhor o índice. Sua
forma geral é dada por: IDEBji = Nji Pji ; 0 ≤ Nj ≤ 10; 0 ≤ Pj ≤ 1 e 0 ≤ IDEBj ≤ 10 em
que,
i = ano do exame (SAEB e Prova Brasil) e do Censo Escolar;
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
N ji = média da proficiência em Português e Matemática, padronizada para um
indicador entre 0 e 10, dos alunos da unidade j, obtida em determinada edição do exame
realizado ao final da etapa de ensino;
P ji = indicador de rendimento baseado na taxa de aprovação da etapa de ensino
dos alunos da unidade j.
Esse cálculo é feito para os anos iniciais e finais separadamente conforme
apresentado nas tabelas 2 e 3.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do INEP (2012).
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do INEP (2012).
Esse índice expressa em valores, segundo o INEP (2012), os resultados mais
importantes da educação: aprendizagem (N) e fluxo (P). Apesar de apresentar melhorias
nos índices se comparados ao ano anterior, as escolas municipais ainda assim não
atingiram a modesta meta estipulada que era de 3,7 para os anos iniciais, atingindo apenas
a meta para os anos finais, que era de 3,2 (vide tabelas 6 e 7). Com isso, foi possível
identificar que Campos dos Goytacazes precisa aprimorar ambos resultados: as taxas de
aprovação (P) e notas (N) em todas as etapas do Ensino Fundamental, do 1º ao 9º ano,
dado que ainda são índices e metas abaixo dos ideais para uma educação de qualidade.
Vale ressaltar que a média brasileira para os anos iniciais foi de 5,0 e para os
anos finais 4,1 e metas de 4,6 e 3,9 respectivamente. No Estado do Rio de Janeiro, O IDEB
dos anos iniciais foi de 5,1 atingindo a meta que era de mesmo valor e para os anos finais a
nota foi de 4,2 e meta de 4,1. Com quase todas as metas atingidas e valores acima dos
campistas, as médias nacionais e estaduais evidenciam ainda mais a precariedade da
educação básica no município, uma vez que estão acima das municipais.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
Conforme informado pelo INEP, o IDEB 2013 deve ser divulgado a partir da
segunda quinzena de agosto de 2014 e novas metas estão previstas. Para Campos, são elas:
4,0 para os anos iniciais e 3,5 para os finais.
Foi estabelecida, como meta para 2022, que a média brasileira seja 6,0 (seis), o
que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países
desenvolvidos.
Várias são as críticas ao método e ao cálculo do IDEB, que são interpretados
como decretos de sucesso ou fracasso. Porém, a iniciativa de avaliar a qualidade de ensino
no país é extremamente necessária e a tentativa de traduzir esses dados complexos em um
único índice de fácil entendimento é útil para que todos possam acompanhar a evolução da
educação em cada escola, município, estado e consequentemente, no país.
Gastos na educação versus resultados nos índices de qualidade
Segundo a Secretaria de Educação do Município, esses resultados refletem a
precariedade herdada dos governos anteriores, já que a atual prefeita assumiu o cargo em
2009 e, atualmente, está em seu segundo mandato. O IDEB 2013 vai poder indicar se as
políticas desenvolvidas pela atual gestão estão adequadas para, efetivamente, melhorar a
qualidade do ensino da rede municipal. Algumas dessas ações são questionáveis como a
adoção de material didático próprio. O município é o único do estado a não adotar os livros
didáticos do MEC. Ou seja, todos os outros municípios do estado que ficaram melhores
colocados que Campos dos Goytacazes utilizam o material indicado e distribuído
gratuitamente pelo Ministério da Educação.
Amplamente divulgado no portal da prefeitura são os investimento em
educação, a saber: adaptações de creches em creches-modelos, novas escolas e melhorias
nas existentes, além dos concursos para repor os servidores contratados por servidores
aprovados em concurso público. Foram divulgados também um novo plano de cargos para
os professores municipais e um Projeto de Lei sancionado (Projeto de Lei 8.407/2013)
criando uma gratificação para profissionais que atingirem a meta do IDEB. O benefício de
R$ 400,00 (para os servidores da escola que atingir a meta do ano) e de R$ 600,00 (para os
servidores da escola que atingir a meta do ano subseqüente). A gratificação será paga a
partir do mês posterior à divulgação dos resultados oficiais do MEC e terá validade no
interstício até a divulgação do próximo índice. (DELFINO, 2013)
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
Abaixo podemos observar a relação dos municípios da Região Norte
Fluminense em ordem crescente de gastos per capita com Educação no Estado do Rio de
Janeiro. Destaque para Quissamã e São João da Barra, primeiro e segundo colocados. Os
altos gastos por aluno em 2009, não garantiram resultados proporcionais no IDEB do
mesmo ano, porém, foi possível observar um salto no IDEB 2011 nesses municípios (vide
tabelas 6 e 7).
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Anuário 2010 da Frente Nacional de Prefeitos e do INEP (2012).
Um aspecto que merece destaque é o aumento dos gastos per capita com
educação em Campos dos Goytacazes. Conforme Tabela 4, foram despendidos com
educação em 2009 um total de R$ 172.418.166,00 com educação e este era o 38º
município em gastos com educação per capita no estado, com uma despesa de R$ 3.316,00
por aluno. (MORAES, 2011)
A Lei Municipal nº. 8.319/2012 previa um orçamento para a Secretaria
Municipal de Educação em 2013 de R$ 295.621.500,00 e segundo o CENSO Escolar, o
município tinha 53.187 matrículas regulares e 812 especiais, totalizando 53.999 matrículas
no referido ano. Portanto, os gastos per capita com Educação em Campos passaram a R$
5.474,00 por aluno, é possível observar um aumento de 65% no período de 2009 a 2013.
(ORÇAMENTO, 2012) (INEP, 2014) Para 2014, o orçamento previsto foi de R$
326.455.300,00 conforme noticiado no site da Câmara do Vereadores. (CÂMARA, 2013)
Espera-se que, assim como Quissamã e São João da Barra em 2011, o IDEB de
Campos dê um salto no IDEB 2013, corroborando com ideia de Borges (2010), de que os
investimentos em educação são de longo prazo.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do IBGE (2010).
A principal contradição apresentada é a distância entre primeiro lugar no
Produto Interno Bruto - PIB e os últimos resultados no IDEB. O município tem o 3º maior
PIB do Estado do Rio de Janeiro e o 1º. da Região Norte Fluminense. (IBGE, 2010)
Percebe-se que não há uma relação direta do PIB com gastos na Educação e,
menos ainda, com os resultados no IDEB. Porém, questionamentos a respeito da forma
como são adotadas as políticas públicas nesses ricos municípios se fazem necessárias, uma
vez que, esse orçamento possibilita a implantação de políticas adequadas ao aumento da
oferta e qualidade da educação. Na Região Norte Fluminense, temos o exemplo do
município de São Fidélis que possui um PIB e gastos com educação moderados (abaixo
dos gastos de Campos dos Goytacazes) e apresentou bons resultados no IDEB (vide tabelas
6 e 7).
Apesar do significativo aumento no orçamento da Educação no período de
2009 a 2013, esse percentual em relação ao orçamento municipal se estagnou nos últimos
anos, variou 1% como podemos observar abaixo (MORAES, 2012):
Em 2011 o orçamento planejado da Educação foi de R$ 237 milhões (13,1%);
Em 2012 o orçamento planejado da Educação foi de R$ 265,7 milhões
(12,1%);
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
Em 2013 o orçamento planejado da Educação foi de R$ 295,6 milhões
(12,2%);
Em 2014 a previsão de orçamento da Educação é de R$ 326,4 milhões
(13,1%).
É possível observar outra contradição com relação ao ensino superior, dado que
Campos dos Goytacazes tem se tornado destaque no cenário nacional com relação à
qualidade do ensino no nível superior, enquanto a educação básica não atinge nem as
modestas metas propostas.
Em 2012, a Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF, situada em
Campos, foi considerada a melhor universidade do Estado do Rio de Janeiro e a 12ª melhor
do país. Esse sucesso tem sido atribuído à pesquisa e à formação dos docentes que, em sua
totalidade, possuem doutorado e são contratados em regime de dedicação exclusiva.
Realidade esta, muito diferente da encontrada na Rede Municipal de Ensino onde mais de
40% dos professores possuem só o ensino médio, quando todos deveriam ter, por princípio,
pelo menos o nível superior. A realidade estadual é melhor, 83% possuem formação
superior, como podemos observar no gráfico 1. (AVELLAR, 2012)
Vale ressaltar assim os paradoxos: na medida em que, o ensino superior é o
melhor do estado, o ensino fundamental é o pior. Outro é que mais da metade da população
campista de 18 a 20 anos não estão aptos a ingressar no ensino superior e mais de 40% dos
professores do ensino fundamental também não o fazem. Logo, observamos um contraste
quando relacionamos a qualidade da educação superior do município à qualidade da
formação básica da rede municipal de ensino.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Estudo Socioeconômico de Campos dos Goytacazes (2011).
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
Abaixo a relação dos municípios do Norte Fluminense e seus respectivos
índices em ordem decrescente a partir do IDEB 2011 separadamente para os anos iniciais e
finais do Ensino Fundamental.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do INEP (2012).
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do INEP (2012).
Conclusões
Os resultados alcançados pelo município de Campos dos Goytacazes nos
índices educacionais e econômicos expostos são antagônicos e refletem a precariedade da
educação no município mais rico da Região Norte Fluminense.
Estudos como de Piquet (2007) demonstram que o recebimento de recursos não
reverbera em melhorias concretas para a população, o mau uso dos recursos públicos é
frequentemente propalado na mídia e em outros canais de comunicação. A Indústria do
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
Petróleo tampouco tem se mostrado eficaz no desenvolvimento regional, uma vez que
esses recursos não dialogam com a região.
É preciso esclarecer que o bom desempenho nos índices de qualidade de ensino
é decorrente também de outras causas além da econômica, porém esses recursos podem
proporcionar a implantação de políticas públicas adequadas ao aumento da oferta e
qualidade da educação. Fatores intra e extraescolares como comprometimento das
direções, coordenações e professores com a escola, articulação entre os profissionais,
trabalho em equipe, compromisso e apoio dos pais no processo educacional são
fundamentais para atingir os resultados esperados. Freitas (2007) salienta que a elaboração
de políticas de Estado que potencializem ações nos municípios corroboram com a melhoria
do ensino, da mesma forma, as avaliações institucionais o fazem. A gestão escolar deve
valorizar as ações desenvolvidas na escola, não isoladamente, mas relacionando-as com as
políticas públicas já existentes.
A constante discussão a respeito do tema é imprescindível para a melhoria da
educação no país. Assim, as avaliações e seus resultados permitem mais do que classificar
sucesso ou fracasso, nos permite diagnosticar a situação para orientar ações a fim de
corrigir problemas e garantir, conforme direito constitucional, uma educação pública de
qualidade para todos.
BIBLIOGRAFIA CITADA
AVELLAR, Simone. VANINI, Eduardo. Instituições de ensino superior reprovadas no Rio são todas privadas. O Globo, Rio de Janeiro, 7 dez. 2012. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/instituicoes-de-ensino-superior-reprovadas-no-rio-sao-todas-privadas-6972710#ixzz35cASmws0>. Acesso em: 3 jun. 2014.
BORGES, André. Federalismo, dinâmica eleitoral e políticas públicas no Brasil: uma tipologia e algumas hipóteses. Sociologias, Porto Alegre, ano 12, no 24, mai./ago. 2010.
BRASIL. Decreto n°. 6.094 de 24 de abril de 2007. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 25 abr. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6094.htm>. Acesso em: 29 maio 2014.
CÂMARA começa a discutir Orçamento de R$ 2,4 bilhões para 2014. In: Site Oficial da Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes. 2013. Disponível em: <http://www.camaracampos.rj.gov.br/camara-comeca-a-discutir-orcamento-de-r-24-bilhoes-para-2014/>. Acesso em 10 jun. 2014.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
1 DELFINO, JUALMIR. ROSINHA: GRATIFICAÇÃO PARA ESCOLA QUE ATINGIR META DO IDEB. CAMPOS DOS GOYTACAZES, 20 OUT. 2013. DISPONÍVEL EM: <HTTP://WWW.CAMPOS.RJ.GOV.BR/EXIBIRNOTICIA.PHP?ID_NOTICIA=20160>. ACESSO EM: 10 JUN. 2014.
ECONOMIA. In: Campos Turismo. 2014. Disponível em: <http://camposturismo.com.br/informacao/946_economia>. Acesso em: 10 jun. 2014.
ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Campos dos Goytacazes: TCE-RJ, 2011. Disponível em: <http://www.cedca.rj.gov.br/pdf/CamposDosGoytacazes.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2014.
FREITAS, Luiz Carlos de. Eliminação adiada: o ocaso das classes populares no interior da escola e a ocultação da (má) qualidade do ensino. Educ. Soc. [online]. 2007, vol.28, n.100, p. 965-987. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=87313704016>. Acesso em: 10 jun. 2014.
IBGE. Censo Demográfico 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2014. Disponível em: <http://cod.ibge.gov.br/23317>. Acesso em: 29 maio 2014.
_________. Produto Interno Bruto dos Municípios 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pibmunicipios/2010/>. Acesso em: 29 maio 2014.
INEP. Censo Escolar. Brasília: 2014. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/basica-censo>. Acesso em: 10 maio 2014.
_________. Ideb 2011: Brasil continua a avançar. Brasília: 2012. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/portal-ideb/portal-ideb>. Acesso em: 10 maio 2014.
INFOROYALTIES. Royalties e participações especiais. Disponível em: <http://inforoyalties.ucam-campos.br/>. Acesso em: 01 jun. 2014.
MORAES, Roberto. Mesmo com todos os royalties, Campos tem gasto per capita com Educação menor que a média dos municípios do mesmo porte no país. Blog do Roberto Moraes, 17 mar. 2011. Disponível em: <http://www.robertomoraes.com.br/2011/03/mesmo-com-todos-os-royalties-campos-tem.html>. Acesso em 20 jun. 2014.
_________. Orçamento da Saúde e da Educação caem, proporcionalmente, nos últimos três anos em Campos. Blog do Roberto Moraes, 13 out. 2012. Disponível em: <http://www.robertomoraes.com.br/2012/10/orcamento-da-saude-e-da-educacao-caem.html>. Acesso em 20 jun. 2014.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
1.1.1 ORÇAMENTO para 2013 é de R$ 2, 4 bilhões. In: Blog Campos em alerta. 2012. Disponível em: < http://camposemalerta.blogspot.com.br/2012/10/orcamento-para-2013-e-de-r-2-4-bilhoes.html>. Acesso em: 20 de jun. 2014.
PIQUET, Rosélia. Indústria do Petróleo e Dinâmica Regional: reflexões teórico-metodológicas. In: PIQUET, R.; SERRA, R. (orgs). Petróleo e Região no Brasil, o desafio da abundância. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.
PNUD, Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. 2013. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/IDH/Atlas2013.aspx?indiceAccordion=1&li=li_Atlas2013>. Acesso em: 10 jun. 2014.
RICO, Elizabeth Melo (org.). Avaliação Educacional: o sistema nacional de avaliação da educação básica. São Paulo: Cortez, 2009.
ANEXO I
Ensino Fundamental Regular - Anos Iniciais IDEB 2011 e Projeção 2013 da Rede Municipal de Ensino do Estado do Rio de Janeiro
Código do Município
Nome do Município IDEB 2011 Projeção
2013
1 3304706 SANTO ANTONIO DE PADUA 5,9 5,6 2 3302908 MIGUEL PEREIRA 5,8 5,9 3 3304524 RIO DAS OSTRAS 5,7 5,2 4 3305802 TERESOPOLIS 5,7 5,0 5 3305901 TRAJANO DE MORAIS 5,6 6,4 6 3300159 APERIBE 5,5 6,1 7 3303856 PATY DO ALFERES 5,5 4,0 8 3305133 SAO JOSE DE UBA 5,5 6,4 9 3300951 COMENDADOR LEVY GASPARIAN 5,4 5,1
10 3302056 ITALVA 5,4 5,9 11 3303401 NOVA FRIBURGO 5,4 5,7 12 3304557 RIO DE JANEIRO 5,4 5,3 13 3306305 VOLTA REDONDA 5,4 5,7 14 3302601 MANGARATIBA 5,3 5,2 15 3303005 MIRACEMA 5,3 5,9 16 3301306 CASIMIRO DE ABREU 5,2 5,3 17 3304003 PIRAI 5,2 5,3 18 3304201 RESENDE 5,2 5,0 19 3304607 SANTA MARIA MADALENA 5,2 6,0 20 3300100 ANGRA DOS REIS 5,1 4,7 21 3300407 BARRA MANSA 5,1 5,7 22 3304128 QUATIS 5,1 5,1 23 3304151 QUISSAMA 5,1 4,3 24 3304805 SAO FIDELIS 5,1 4,9 25 3300605 BOM JESUS DO ITABAPOANA 5,0 5,5 26 3302205 ITAPERUNA 5,0 5,7 27 3302403 MACAE 5,0 5,4 28 3304110 PORTO REAL 5,0 4,8 29 3305158 SAO JOSE DO VALE DO RIO PRETO 5,0 4,8
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
30 3302254 ITATIAIA 4,9 4,6 31 3302809 MENDES 4,9 5,7 32 3303609 PARACAMBI 4,9 4,5 33 3303906 PETROPOLIS 4,9 5,2 34 3303955 PINHEIRAL 4,9 5,0 35 3301801 ENGENHEIRO PAULO DE FRONTIN 4,8 5,3 36 3303708 PARAIBA DO SUL 4,8 5,0 37 3304300 RIO BONITO 4,8 4,7 38 3305000 SAO JOAO DA BARRA 4,8 4,4 39 3305307 SAO SEBASTIAO DO ALTO 4,8 5,2 40 3305505 SAQUAREMA 4,8 4,4 41 3300704 CABO FRIO 4,7 5,0 42 3300902 CAMBUCI 4,7 5,3 43 3302106 ITAOCARA 4,7 4,7 44 3305208 SAO PEDRO DA ALDEIA 4,7 4,8 45 3306107 VALENCA 4,7 4,9
Código do Município
Nome do Município IDEB 2011 Projeção
2013
46 3306156 VARRE-SAI 4,7 5,8 47 3300225 AREAL 4,6 4,8 48 3300233 ARMACAO DOS BUZIOS 4,6 5,0 49 3300506 BOM JARDIM 4,6 5,4 50 3301405 CONCEICAO DE MACABU 4,6 4,8 51 3301876 IGUABA GRANDE 4,6 4,8 52 3301900 ITABORAI 4,6 4,7 53 3303302 NITEROI 4,6 5,0 54 3304102 PORCIUNCULA 4,6 5,3 55 3304508 RIO DAS FLORES 4,6 4,6 56 3300209 ARARUAMA 4,5 5,0 57 3300258 ARRAIAL DO CABO 4,5 5,0 58 3300308 BARRA DO PIRAI 4,5 5,1 59 3300936 CARAPEBUS 4,5 4,5 60 3302007 ITAGUAI 4,5 4,4 61 3303104 NATIVIDADE 4,5 4,6 62 3305752 TANGUA 4,5 4,3 63 3306008 TRES RIOS 4,5 5,0 64 3303203 NILOPOLIS 4,4 4,1 65 3303807 PARATI 4,4 4,8 66 3304409 RIO CLARO 4,4 5,2 67 3301207 CARMO 4,3 4,7 68 3301603 DUAS BARRAS 4,3 5,0 69 3301702 DUQUE DE CAXIAS 4,3 4,4 70 3301850 GUAPIMIRIM 4,3 4,1 71 3302700 MARICA 4,3 5,0 72 3304755 SAO FRANCISCO DE ITABAPOANA 4,3 4,7 73 3305554 SEROPEDICA 4,3 4,3 74 3301504 CORDEIRO 4,2 5,2 75 3302452 MACUCO 4,2 5,4 76 3304144 QUEIMADOS 4,2 4,8 77 3305109 SAO JOAO DE MERITI 4,2 4,8
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
78 3300803 CACHOEIRAS DE MACACU 4,1 5,0 79 3302858 MESQUITA 4,1 4,8 80 3303500 NOVA IGUACU 4,1 4,7 81 3304904 SAO GONCALO 4,1 4,9 82 3305406 SAPUCAIA 4,1 5,0 83 3305604 SILVA JARDIM 4,1 5,0 84 3306206 VASSOURAS 4,1 4,7 85 3301108 CANTAGALO 3,9 4,5 86 3302304 LAJE DO MURIAE 3,9 5,2 87 3302502 MAGE 3,9 4,4 88 3300456 BELFORD ROXO 3,8 4,6 89 3301157 CARDOSO MOREIRA 3,8 4,6 90 3302270 JAPERI 3,8 4,2 91 3301009 CAMPOS DOS GOYTACAZES 3,6 4,0
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do INEP (2012).
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
ANEXO II
Ensino Fundamental Regular - Anos Finais IDEB 2011 e Projeção 2013 da Rede Municipal de Ensino do Estado do Rio de Janeiro
Código do Município Nome do Município IDEB 2011
Projeção 2013
- 3300605 BOM JESUS DO ITABAPOANA - 4,5 - 3300803 CACHOEIRAS DE MACACU - 4,6 - 3300902 CAMBUCI - 4,6 - 3301108 CANTAGALO - 5,0 - 3301207 CARMO - 5,2 - 3301504 CORDEIRO - 4,6 - 3302304 LAJE DO MURIAE - 5,1 - 3304755 SAO FRANCISCO DE ITABAPOANA - 4,4 - 3305208 SAO PEDRO DA ALDEIA - 4,5 - 3306206 VASSOURAS - 3,6 1 3302908 MIGUEL PEREIRA 5,6 5,9 2 3304102 PORCIUNCULA 5,3 5,5 3 3304706 SANTO ANTONIO DE PADUA 5,1 4,9 4 3304805 SAO FIDELIS 5,0 5,2 5 3303609 PARACAMBI 4,9 4,4 6 3303856 PATY DO ALFERES 4,9 5,2 7 3304607 SANTA MARIA MADALENA 4,9 5,6 8 3300159 APERIBE 4,8 4,6 9 3300258 ARRAIAL DO CABO 4,7 4,0 10 3300308 BARRA DO PIRAI 4,7 4,7 11 3303005 MIRACEMA 4,7 4,8 12 3303955 PINHEIRAL 4,7 4,4 13 3304300 RIO BONITO 4,7 4,3 14 3300506 BOM JARDIM 4,6 4,8 15 3303708 PARAIBA DO SUL 4,6 4,7 16 3302601 MANGARATIBA 4,5 4,5 17 3303401 NOVA FRIBURGO 4,5 5,0 18 3304003 PIRAI 4,5 4,9 19 3304524 RIO DAS OSTRAS 4,5 4,8 20 3304557 RIO DE JANEIRO 4,4 4,6 21 3305802 TERESOPOLIS 4,4 4,5 22 3301157 CARDOSO MOREIRA 4,3 4,9 23 3302056 ITALVA 4,3 4,1 24 3304144 QUEIMADOS 4,3 4,1 25 3305752 TANGUA 4,3 3,8 26 3306305 VOLTA REDONDA 4,3 5,0 27 3302205 ITAPERUNA 4,2 5,4 28 3303906 PETROPOLIS 4,2 4,4 29 3305000 SAO JOAO DA BARRA 4,2 4,2 30 3306008 TRES RIOS 4,2 4,9 31 3300407 BARRA MANSA 4,1 4,9 32 3301405 CONCEICAO DE MACABU 4,1 4,2
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
XIV SIMGeo Simpósio de Geografia da UDESC
33 3301876 IGUABA GRANDE 4,1 4,3
Código do Município Nome do Município IDEB 2011
Projeção 2013
34 3302254 ITATIAIA 4,1 3,7 35 3302403 MACAE 4,1 4,4 36 3303203 NILOPOLIS 4,1 3,5 37 3304201 RESENDE 4,1 4,2 38 3305505 SAQUAREMA 4,1 4,5 39 3300233 ARMACAO DOS BUZIOS 4,0 4,1 40 3302106 ITAOCARA 4,0 4,4 41 3302700 MARICA 4,0 5,0 42 3305158 SAO JOSE DO VALE DO RIO PRETO 4,0 4,2 43 3306107 VALENCA 4,0 5,1 44 3300100 ANGRA DOS REIS 3,9 4,2 45 3300209 ARARUAMA 3,9 4,6 46 3301306 CASIMIRO DE ABREU 3,9 4,2 47 3301801 ENGENHEIRO PAULO DE FRONTIN 3,9 4,6 48 3301900 ITABORAI 3,9 4,4 49 3302007 ITAGUAI 3,9 3,8 50 3304151 QUISSAMA 3,9 4,4 51 3304409 RIO CLARO 3,9 4,2 52 3300704 CABO FRIO 3,8 4,7 53 3300951 COMENDADOR LEVY GASPARIAN 3,8 4,7 54 3306156 VARRE-SAI 3,8 3,6 55 3300225 AREAL 3,7 3,9 56 3302809 MENDES 3,7 4,1 57 3303302 NITEROI 3,7 4,7 58 3304508 RIO DAS FLORES 3,7 4,7 59 3305554 SEROPEDICA 3,7 4,4 60 3301850 GUAPIMIRIM 3,6 3,8 61 3304128 QUATIS 3,6 4,3 62 3305604 SILVA JARDIM 3,6 4,9 63 3301702 DUQUE DE CAXIAS 3,5 3,4 64 3302858 MESQUITA 3,5 4,3 65 3303500 NOVA IGUACU 3,5 4,3 66 3305109 SAO JOAO DE MERITI 3,5 3,5 67 3301009 CAMPOS DOS GOYTACAZES 3,4 3,5 68 3302502 MAGE 3,4 3,8 69 3304110 PORTO REAL 3,4 4,0 70 3300936 CARAPEBUS 3,3 4,0 71 3301603 DUAS BARRAS 3,3 4,2 72 3305406 SAPUCAIA 3,3 4,1 73 3300456 BELFORD ROXO 3,2 3,5 74 3304904 SAO GONCALO 3,2 3,8 75 3303104 NATIVIDADE 3,1 4,1 76 3302270 JAPERI 2,9 3,9 77 3303807 PARATI 2,9 4,9
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do INEP (2012).