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Boletim Ambiental 30 de Março de 2012 Alameda Campinas, n. o 728 - 6 o andar, Cj. 64 - Jardim Paulista CEP 01404-001 - São Paulo - SP - Brasil Tel.: +55 (11) 2985 1070 - www.tabet.com.br Recursos Hídricos Brasil Segurança Alimentar. Em 22.03.2012, foi celebrado o Dia Mundial da Água. Todo ano, desde 1993, nessa mesma data, a Organização das Nações Unidas - ONU adota essa campanha com o propósito de chamar a atenção internacional para a importância da água doce e o gerenciamento sustentável dos recursos hídricos. Em 2012, o tema da campanha está focado na questão da Água associa- da à Segurança Alimentar. A agricultura é a maior consumidora de água potá- vel no mundo. Dessa forma, o tema de 2012 ganha cada vez mais importância por conta da crescente população global e o aumento na demanda pela pro- dução de alimentos. Além disso, para agravar a situação, as mu- danças climáticas implicam um risco de aumento da escassez de água, com potenciais impactos negativos para a segurança ali- mentar. Com o objetivo de conscientizar todos os setores e atores globais (incluindo governos, organiza- ções, comunidades e indivíduos) de que o uso sustentável da água deve ser assegurado para se ga- rantir a segurança alimentar e nutricional da população mundi- al, a ONU preparou uma série de documentos e publicações infor- mativas. Dentre as publicações, destacam-se a “Brochura Oficial”, que descreve brevemente o cená- rio mundial, as tendências e os desafios relacionados à água, e o “Guia de Promoção”, que sugere ações com o pro- pósito de divulgar e difundir a cam- panha e seus pro- pósitos. Os docu- mentos encon- tram-se disponí- veis nos seguintes endereços ele- trônicos, respectivamente: http://bit.ly/z6z51p e http:// bit.ly/HfXM7k. Ainda no âmbito da comemora- ção do Dia Mundial da Água, a ONU apresentou a 4ª edição do Relatório sobre o Desenvolvi- mento Mundial da Água (“WWDR4”, em inglês), que foi lançado no 6º Fórum Mundial das Águas, realizado entre os dias 12 a 17.03.2012, em Marselha, França. O Relatório divide-se em três volumes: (i) Gerenciando a Água sob Incertezas e Riscos; (ii) Base de Conhecimento; e (iii) En- frentando os Desafios. Em linhas gerais, o WWDR4 analisa os Nesta Edição: Recursos Hídricos - segurança alimentar / aproveitamento da água de chuva e uso de água subterrânea em Goiás Resíduos Sólidos - óleo lubrifi- cante / projetos em São Paulo / plano de gestão no Maranhão /resíduos de serviços de saúde no Rio de Janeiro / chamada pública em São Paulo Mudanças Climáticas - padroni- zação de linhas de base para projetos de MDL Poluição Atmosférica - controle de poluição veicular em São Paulo Agronegócio - queima da palha da cana-de-açúcar Petróleo, Gás e Biocombustíveis - gasodutos / política nacional para biocombustíveis Administração Ambiental - ICMBio / vigilância de saúde ambiental no Mato Grosso do Sul Governança Ambiental - ques- tionário ISE 2012 Ambiente Global - Seminário Internacional de Direito Ambiental Empresarial no Rio de Janeiro Recursos Florestais - exploração florestal em Minas Gerais Produtos Perigosos - laborató- rios para agrotóxicos Áreas Especialmente Protegidas - manifestação do órgão gestor no licen- ciamento ambiental no Rio de Janeiro Biodiversidade - controle do desmatamento no Cerrado / Atlas de espécies ameaçadas Proteção à Fauna - caranguejo no Espírito Santo Tributação Ambiental - crédito presumido de ICMS em Santa Catarina Ambiente Urbano - audiências públicas na Paraíba Conexões Globais - Chile / EUA

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Bo l e t im Amb i en t a l

30 de Março de 2012

Alameda Campinas, n.o 728 ­ 6o andar, Cj. 64 ­ Jardim Paulista CEP 01404­001 ­ São Paulo ­ SP ­ Brasil

Tel.: +55 (11) 2985 1070 ­ www.tabet.com.br

Recursos Hídricos

Brasil

Segurança Alimentar. Em 22.03.2012, foi celebrado o Dia Mundial da Água. Todo ano, desde 1993, nessa mesma data, a Organização das Nações Unidas ­ONU adota essa campanha com o propósito de chamar a atenção internacional para a importância da água doce e o gerenciamento sustentável dos recursos hídricos. Em 2012, o tema da campanha está focado na questão da Água associa­da à Segurança Alimentar.

A agricultura é a maior consumidora de água potá­vel no mundo. Dessa forma, o tema de 2012 ganha cada vez mais importância por conta da crescente população global e o aumento na demanda pela pro­dução de alimentos. Além disso, para agravar a situação, as mu­danças climáticas implicam um risco de aumento da escassez de água, com potenciais impactos negativos para a segurança ali­mentar.

Com o objetivo de conscientizar todos os setores e atores globais (incluindo governos, organiza­ções, comunidades e indivíduos) de que o uso sustentável da água deve ser assegurado para se ga­

rantir a segurança alimentar e nutricional da população mundi­al, a ONU preparou uma série de documentos e publicações infor­mativas. Dentre as publicações, destacam­se a “Brochura Oficial”, que descreve brevemente o cená­rio mundial, as tendências e os desafios relacionados à água, e o “Guia de Promoção”, que sugere

ações com o pro­pósito de divulgar e difundir a cam­panha e seus pro­pósitos. Os docu­mentos encon­tram­se disponí­

veis nos seguintes endereços ele­trônicos, respectivamente: http://bit.ly/z6z51p e http://bit.ly/HfXM7k.

Ainda no âmbito da comemora­ção do Dia Mundial da Água, a ONU apresentou a 4ª edição do Relatório sobre o Desenvolvi­mento Mundial da Água (“WWDR4”, em inglês), que foi lançado no 6º Fórum Mundial das Águas, realizado entre os dias 12 a 17.03.2012, em Marselha, França. O Relatório divide­se em três volumes: (i) Gerenciando a Água sob Incertezas e Riscos; (ii) Base de Conhecimento; e (iii) En­frentando os Desafios. Em linhas

gerais, o WWDR4 analisa os

Nes t a Ed i ç ão :

Recursos Hídricos ­ segurança alimentar / aproveitamento da água de chuva e uso de água subterrânea em Goiás

Resíduos Sólidos ­ óleo lubrifi­cante / projetos em São Paulo / plano de gestão no Maranhão /resíduos de serviços de saúde no Rio de Janeiro / chamada pública em São Paulo

Mudanças Climáticas ­ padroni­zação de linhas de base para projetos de MDL

Poluição Atmosférica ­ controle de poluição veicular em São Paulo

Agronegócio ­ queima da palha da cana­de­açúcar

Petróleo, Gás e Biocombustíveis ­ gasodutos / política nacional para biocombustíveis

Administração Ambiental ­ ICMBio / vigilância de saúde ambiental no Mato Grosso do Sul

Governança Ambiental ­ ques­tionário ISE 2012

Ambiente Global ­ Seminário Internacional de Direito Ambiental Empresarial no Rio de Janeiro

Recursos Florestais ­ exploração florestal em Minas Gerais

Produtos Perigosos ­ laborató­rios para agrotóxicos

Áreas Especialmente Protegidas ­ manifestação do órgão gestor no licen­ciamento ambiental no Rio de Janeiro

Biodiversidade ­ controle do desmatamento no Cerrado / Atlas de espécies ameaçadas

Proteção à Fauna ­ caranguejo no Espírito Santo

Tributação Ambiental ­ crédito presumido de ICMS em Santa Catarina

Ambiente Urbano ­ audiências públicas na Paraíba

Conexões Globais ­ Chile / EUA

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2 Este Boletim destina­se aos clientes deste Escritório e tem por objetivo informar sobre as principais alterações na legislação brasileira e notícias relevantes no campo ambiental. Para esclarecimentos adicionais, os advogados encontram­se à sua disposição.

recursos mundiais de água do­ce existentes, além da demanda e do abastecimento de água. O WWDR4 ainda avalia o papel dos ecossistemas para manutenção dos recursos hídricos e o impacto dos desastres naturais sobre a qualidade da água. Os três volu­mes do Relatório encontram­se disponíveis, respectivamente, nos seguintes endereços eletrôni­cos: http://bit.ly/Anv9iG; http://bit.ly/zdEEqu; e http://bit.ly/ADn06P.

Goiás I. A Lei Estadual n.o 17.582, publicada em 15.03.2012, alterou a Lei Estadual n.o 17.128/2010, tornando obrigató­ria a instalação de equipamen­to para aproveitamento de água de chuvas em estabeleci­mentos que realizam lavagem de veículos, tais como postos de combustíveis e empresas pres­tadoras de serviços de lavagem de veículos, dentre outros. O equipamento deverá ser instala­do em até um ano, quando a Lei entrará em vigor. Por força da Lei Estadual n.o 17.128/2010, tais estabelecimentos já estavam e continuam ainda obrigados a também possuir equipamento para tratamento e reutilização da água utilizada na lavagem dos veículos. Os infratores serão no­tificadas para a instalação dos equipamentos em até 90 dias, sob pena do pagamento de multa diária.

Goiás II. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recur­sos Hídricos ­ SEMARH, por meio da Instrução Normativa n.o 5, publicada em 05.03.2012, re­gulamentou o procedimento de outorga para usos de água sub­terrânea em Perímetros Urba­nos ou Zonas de Expansão Urba­na. Estão enquadrados no rol desses usos as cisternas e mini­poços. A Instrução Normativa descreve os documentos que de­vem ser entregues pelo interessa­do para requerer a outorga, bem como o prazo de resposta do ór­gão competente.

Resíduos Sólidos

Óleo Lubrificante. O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONA­

MA, por meio da Resolução n.o 450, publicada em 07.03.2012, alterou a Resolução n.o 362/2005, que dispõe sobre recolhimen­to, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou conta­minado (“OLUC”). Com a altera­ção, foi instituída a obrigação, para o produtor e importador de óleo lubrificante, de prestar informações relativas à produção de óleo lubrificante e geração, coleta e destinação dos OLUC, no âmbito do Cadastro Técnico Fe­

deral. Nesse mesmo contexto, poderão ainda ser exigidas infor­mações similares dos coletores, rerrefinadores e demais re­cicladores. Conforme o dispos­to na Resolução CONAMA n.o 450/2012, essas mesmas infor­mações poderão ser ainda exigi­das pelo órgão ambiental estadu­al ou municipal.

São Paulo. O Decreto Estadual n.o 57.817, publicado em 29.02.2012, instituiu, sob a coordenação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (“SMA”), o Programa Estadual de Implementação

de Projetos de Resíduos Só­lidos, para realização de ações necessárias à execução da Políti­ca Estadual de Resíduos Sólidos (Lei Estadual n.o 12.300/2006). O Programa consiste em: (i) ela­boração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos; (ii) apoio à gestão municipal de resíduos só­lidos e às atividades de recicla­gem, coleta seletiva e melhoria na destinação final dos resíduos sólidos; e (iii) educação ambien­tal para a gestão de resíduos sóli­dos.

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3 Este Boletim destina­se aos clientes deste Escritório e tem por objetivo informar sobre as principais alterações na legislação brasileira e notícias relevantes no campo ambiental. Para esclarecimentos adicionais, os advogados encontram­se à sua disposição.

Maranhão. No período de 21.03 a 16.04.2012, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais está realizan­do uma consulta pública sobre a versão preliminar do Plano Estadual de Gestão de Resí­duos Sólidos (“PEGRS”).

O Plano faz um diagnóstico dos resíduos sólidos dos seguintes setores, dentre outros: (i) urba­no; (ii) construção civil; (iii) in­dustrial; (iv) transporte rodoviá­rio e ferroviário; (v) portos e ae­roportos; (vi) mineração. Com base nesse diagnóstico, são apre­sentadas diretrizes, estratégias e metas para redução, reutilização e disposição final ambientalmen­te adequada para cada setor.

A versão preliminar do PEGRS encontra­se disponível no se­guinte endereço eletrônico: http://bit.ly/GH7bpv. As suges­

tões deverão ser encaminhadas para o seguinte correio eletrôni­co: [email protected].

Rio de Janeiro. O Instituto Esta­dual do Ambiente – INEA, por meio da Resolução n.o 50, publi­cada em 02.03.2012, estabeleceu procedimentos para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (“PGRSS”), como docu­mento integrante do processo de licenciamento ambiental.

A Resolução aponta e descreve ações relativas ao manejo dos resíduos de serviços de saúde, contemplando aspectos referen­tes à geração, segregação, acon­dicionamento, coleta, armazena­mento, transporte, reciclagem, tratamento e disposição final. A Resolução ainda elenca as ativi­dades e empreendimentos que deverão elaborar e entregar o

PGRSS ao INEA e, em seu Anexo 1, especifica todas as informações que deverão ser apresentadas no documento.

São Paulo, SP. O Fundo Espe­cial do Meio Ambiente e Desen­volvimento Sustentável – FEMA, por meio do Edital n.o 9, publica­do em 10.03.2012, abriu chama­da pública para apresentação de projetos que contribuam para a implementação de ações visando à minimização, redução, reutilização e reciclagem de resí­duos sólidos.

Os projetos deverão promover a inclusão social, a saúde pública e a qualidade ambiental, em áreas públicas e privadas do Município de São Paulo. As propostas deve­rão ser entregues na Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA até o dia 30.04.2012.

Mudanças Climáticas

MDL. Entre 27.02 e 02.03.2012, ocorreu, na cidade de Bonn, Ale­manha, a 66ª Reunião do Conse­lho Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (“MDL”).

O MDL é um dos mecanismos de flexibilização do Protocolo de Quioto (1997), que permite que países desenvolvidos, obrigados a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (“GEE”), adqui­ram créditos de carbono oriun­dos de projetos de redução de emissões implantados em países em desenvolvimento como o Bra­sil. Os créditos de carbono adqui­

ridos nesse contexto podem ser contabilizados para cumprimen­to de parte das metas de redução de emissões assumidas pelos paí­ses desenvolvidos.

Além da eleição do novo presi­dente do Conselho, o chinês Maosheng Duan, assim como o

vice­presidente, diretores, vice­diretores e membros para os pai­néis e grupos de trabalho, a reuni­ão teve como principal resultado a aprovação de diretrizes para a padronização de linhas de base de projetos semelhantes, representados por uma mesma classe ou setor de atividade. De modo simplificado, a linha de ba­se representa o cenário de emis­sões que ocorreria na ausência do projeto e é utilizada como refe­rência para o cálculo da redução pretendida. Até então, as linhas

de base eram elaboradas para

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4 Este Boletim destina­se aos clientes deste Escritório e tem por objetivo informar sobre as principais alterações na legislação brasileira e notícias relevantes no campo ambiental. Para esclarecimentos adicionais, os advogados encontram­se à sua disposição.

Poluição Atmosférica

São Paulo. Em 09.03.2012, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (“SMA”) publicou o Plano de Controle de Polui­ção Veicular (“PCPV”) do Esta­do de São Paulo para o período 2011­2013, incorporando as con­tribuições complementares apro­vadas recentemente pelo Conse­lho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA, conforme noticia­do na edição de 29.02.2012 deste Boletim.

O PCPV apresenta ações que pro­movem o controle das emissões atmosféricas dos veículos, inclu­indo a inspeção ambiental, a fis­calização, a gestão de frotas e o incentivo à manutenção preven­tiva e qualificada dos veículos. Além disso, o PCPV recomenda ações abrangentes na área de transportes, que permitirão a redução global das emissões de poluentes locais e de gases de efeito estufa, a redução do consu­mo de combustíveis fósseis e a melhoria da eficiência energéti­ca.

cada projeto. Com a medida, o Conselho pretende dar maior agilidade ao MDL¸ sem, contudo, comprometer a qualidade dos dados utilizados nos projetos.

Na mesma reunião, foram tam­bém aprovados: (i) o Plano de Negócios para os próximos dois anos e o Plano de Administração de 2012; (ii) o Plano de Trabalho de Comunicação e de Alcance do MDL; (iii) os Planos de Trabalho para os Painéis e Grupos Temáti­

cos; (iv) o calendário de encon­tros para 2012; (v) as decisões adotadas na 17a Conferência das Partes (“COP17”) da Convenção­Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada em Durban, África do Sul, no final de 2011, acerca do conceito de ma­terialidade para modalidades e procedimentos de captura e ar­mazenamento de carbono em formações geológicas.

Agronegócio

Cana­de­Açúcar. Em recente acórdão (Recurso Especial n.o 1.285.463­SP), a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça – STJ, por unanimidade, deu provimento ao recurso interpos­to pelo Ministério Público do Es­tado de São Paulo contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – TJSP que enten­deu que a queima da palha da cana­de­açúcar como método facilitador da colheita não seria proibida e que a fuligem decor­rente da queimada seria apenas um incômodo de efeitos estéti­cos.

O TJSP havia sustentado que a indústria sucro­alcooleira resol­ve questão de natureza econômi­

co­social ao propiciar empregos e estimular o uso de energias re­nováveis.

O STJ, por sua vez, com base no princípio da precaução, con­cluiu que a ausência de certezas científicas não impede que sejam adotadas medidas eficazes para a proteção ambiental, mesmo quando seja permitido o empre­go do fogo em práticas agropas­toris ou florestais em localidades com peculiaridades justificáveis.

O STJ ainda entendeu que em­presas com alto poder econômico não podem valer­se do emprego do fogo como método facilitador da colheita de cana, uma vez que disporiam de condições financei­ras para adotar outros métodos menos ofensivos ao meio ambi­ente, concluindo que estaria ve­dado à Administração Públi­ca emitir autorização para queima neste caso, salvo quan­do a autorização seja específica para tais fins e que seja precedi­da de estudo de impacto ambien­

tal e licenciamento, com a imple­mentação de medidas que viabi­lizem amenizar os danos e recu­perar o meio ambiente degrada­do.

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5 Este Boletim destina­se aos clientes deste Escritório e tem por objetivo informar sobre as principais alterações na legislação brasileira e notícias relevantes no campo ambiental. Para esclarecimentos adicionais, os advogados encontram­se à sua disposição.

Petróleo, Gás e Biocombustíveis

Gasodutos. O Ministério de Minas e Energia, por meio da Portaria n.o 94, publicada em 06.03.2012, estabeleceu procedi­mentos para que terceiros pos­sam requerer a construção ou a ampliação de gasodutos de transporte de gás natural. A Portaria estabelece que o reque­rimento deverá ser acompanha­do de estudo contendo a caracte­rização e análise socioambi­ental da área abrangida pelo empreendimento.

Biocombustíveis. Em 01.03.2012, a Representação Brasileira no Parla­mento do MERCOSUL – PARLA­SUL aprovou o Projeto de Lei do Senado (“PLS”) n.o 219/2010, de autoria da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, que dispõe sobre a Política Nacio­nal para os Biocombustíveis. O PLS prevê a diferenciação das alíquotas do Imposto sobre Pro­dutos Industrializados (“IPI”) de carros a partir dos seguintes cri­térios, entre outros: (i) tecnolo­gia que permita o uso de biocom­bustíveis; (ii) consumo de com­bustível; (iii) emissão de gases poluentes. O PLS ainda prevê a criação da Etiqueta de Efici­ência Energética e Emissão de Gases Poluentes (“EGP”), que será obrigatória para os veí­

culos montados no Brasil. O PLS foi analisado pela Representação Brasileira no PARLASUL com o fim de modificar a nomenclatura comum do bloco em relação aos tipos de veículos. A matéria con­tinuará em discussão no Senado, devendo ser submetida às Co­missões de Agricultura e Refor­ma Agrária; de Assuntos Econô­micos; e de Constituição, Justiça e Cidadania.

Administração Ambiental

ICMBio. Em sessão plenária realizada em 08.03.2012, o Su­premo Tribunal Federal ­ STF acolheu questão de ordem susci­tada pelo Advogado­Geral da União, julgando improcedente a Ação Direta de Inconstitucionali­dade (“ADI”) n.o 4029, ajuizada pela Associação Nacional dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ­ IBAMA, referente à Lei n.o 11.516/2007, que dispõe sobre a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversi­dade – ICMBio. A referida Lei originou­se da conversão da Medi­

da Provisória (“MP”) n.o 366/2007, sendo que a autora da ADI alega­va a inconstitucionalidade formal da Lei, uma vez que a MP não fora examinada por comissão mista de deputados e senadores, conforme exigido pela Constitui­ção Federal. Além disso, a autora também argumentava que a MP não teria atendido aos requisitos de relevância e urgência. Embora o STF tivesse reconhecido que a tramitação da MP não respeitou o disposto na Constituição Fede­ral e, inicialmente, tivesse dado provimento à ADI (decisão pro­ferida em 07.03.2012), dada a enorme quantidade de MP já ex­

pedidas (cerca de 500) com estas mesmas características, o STF reviu seu posicionamento e deci­diu que, somente a partir de ago­ra, as novas MP expedidas e que vierem a ser encaminhadas pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional terão de observar o rito previsto constitucionalmente. Com a decisão final, o STF pro­curou evitar um caos legislativo e judicial no País.

Mato Grosso do Sul. A Porta­ria Conjunta n.o 7 da Secretaria de Estado de Saúde e da Secreta­ria de Administração, publicada

em 02.03.2012, aprovou o

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6 Este Boletim destina­se aos clientes deste Escritório e tem por objetivo informar sobre as principais alterações na legislação brasileira e notícias relevantes no campo ambiental. Para esclarecimentos adicionais, os advogados encontram­se à sua disposição.

ação no meio ambiente, sane­amento e saúde pública. Além disso, a Coordenadoria deverá gerenciar os sistemas de in­formação relativos à vigilância de contaminantes ambien­tais na água, ar e solo, de impor­tância e repercussão na saúde

Regimento Interno da Secreta­ria de Estado de Saúde. De acor­do com o Regimento Interno, a Coordenadoria Estadual de Vigilância da Saúde Ambien­tal é competente para propor normas e mecanismos de contro­le a outras instituições, com atu­

pública, bem como à vigilância e prevenção dos riscos decorrentes dos fatores físicos, ambiente de trabalho, desastres naturais e acidentes com produtos perigo­sos.

Governança Ambiental

ISE. O Conselho do Índice de Sustentabilidade Empresari­al (“ISE”), durante a reunião inaugural do processo ISE 2012, realizada em 06.03.2012, anun­ciou o início do período de con­sulta pública online para apri­moramento do questionário ISE versão 2012, que está dis­

ponível no seguinte endereço ele­trônico: http://bit.ly/GD6vln.

O ISE foi criado em 2005 e serve de referência para a constituição de uma carteira de ações de compa­nhias listadas na BM&FBOVESPA que são reconhecidas por sua sus­tentabilidade empresarial e compro­

metimento socioambiental. A con­sulta pública ficará disponível até 05.04.2012.

Ambiente Global

Seminário Inter­nacional. No dia 31.05.2012, será realizado, na cida­

de do Rio de Janeiro, o Seminá­rio Internacional de Direito Ambiental Empresarial. O evento está sendo organizado pe­lo escritório Tabet Advogados e contará com a participação já confirmada de advogados da mai­oria dos escritórios membros da RIELA ­ Rede Interamericana de Especialistas em Legislação Am­

biental (www.riela.org) e tam­bém profissionais de outras or­ganizações nacionais e estrangei­ras. Serão realizadas apresenta­ções e painéis de debates sobre os principais temas ambientais de interesse para o setor empre­sarial, incluindo os seguintes: (i) Rio+20 e Economia Verde; (ii) Mapa de Riscos Jurídicos Ambi­entais dos Empreendimentos de Energia, Petróleo, Gás e Biocom­bustíveis; (iii) Sustentabilidade no Agronegócio e Exploração de

Florestas; (iv) Desafios Ambien­tais nas Grandes Obras de Infra­estrutura e nas Atividades Mine­rárias; (v) Gestão de Produtos; (vi) Responsabilidade Ambiental dos Bancos; (vii) Prevenção e Resposta a Acidentes Ambientais; e (viii) Pagamento por Serviços Ambientais. Maiores informações podem ser obtidas com Ana Paula da Silva, por meio do seguinte correio eletrônico: [email protected].

RESERVE

NA

AGENDA

Recursos Florestais

Minas Gerais. O Decreto Estadual n.o 45.919, publica­

do em 02.03.2012, alterou o Decre­to n.o 43.710/2004, que regulamen­ta a Política Florestal e de

Proteção à Biodiversidade. As alterações dizem respeito à exploração florestal. Foram fixados percentuais anuais máxi­mos para o consumo de produto ou subproduto de formação nati­

va oriunda do uso alternativo do solo, para aqueles que industria­lizam, comercializam, benefici­am, utilizam ou consumam pro­duto ou subproduto da flora no

Estado de Minas Gerais, em

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quantidades iguais ou superio­res a determinados patamares. A exploração de vegetação nativa ou de florestas plantadas fica condi­cionada à reposição florestal. O responsável pela reposição po­derá optar por uma ou mais das seguintes alternativas, entre ou­tras: (i) plantar florestas em áreas já antropizadas; (ii) participar em associações de reflorestamento; (iii) participar onerosamente em programas socioambientais en­volvendo melhoramento de espé­cies florestais, extrativismo, ma­nejo de espécies nativas, recupe­ração ou restauração de ambien­tes naturais; (iv) realizar recom­posição florestal; (v) colaborar para a implantação de unidades de conservação. Para cada uma dessas opções, o Decreto detalha ainda o procedimento, requisitos

7 Este Boletim destina­se aos clientes deste Escritório e tem por objetivo informar sobre as principais alterações na legislação brasileira e notícias relevantes no campo ambiental. Para esclarecimentos adicionais, os advogados encontram­se à sua disposição.

e condições a serem observadas. O Decreto ainda estabelece que o Poder Executivo deverá elaborar, em até 100 dias, Programa de Incentivos a Aquisição e Plantio de Florestas de Pro­dução de Base Sustentável, incluindo sistemas de comerci­alização de créditos de car­bono, tais como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, dentre outros, com o objetivo de gerar incentivos econômicos adi­cionais para o plantio de novas florestas.

Produtos Perigosos

Laboratórios. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci­mento, por meio da Portaria n.o 30, publicada em 08.03.2012, submeteu a consulta pública, pelo prazo de 30 dias, o Projeto de Instrução Normativa que aprova­rá os requisitos específicos para o credenciamento e funciona­mento de laboratórios analíticos da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários, para fins de reali­zação de Controle Oficial de Produtos Agrotóxicos. O Pro­jeto estabelece normas para ga­rantir a proficiência desses labo­ratórios e a suspensão do respec­tivo credenciamento no caso de falhas reiteradas na consecução de bons trabalhos. Os interessa­dos em encaminhar comentários e sugestões deverão fazê­lo por escrito, com a devida fundamen­tação técnica, para a Coordenação­Geral de Apoio Laboratorial em Brasília, até 06.04.2012. O Proje­to encontra­se disponível no se­guinte endereço eletrônico: http://bit.ly/GC17dK.

mento ilegal, ordenamento ter­ritorial e incentivo a atividades econômicas ambientalmente sustentáveis, manutenção de

Áreas Especialmente Protegidas

cada em 08.03.2012, disciplinou o procedimento administrativo de manifestação do órgão ges­tor das unidades de conser­vação estaduais quando mais de uma for afetada por uma mes­ma atividade ou empreendimento objeto de licenciamento ambi­ental. Conforme o disposto na Resolução, para esses casos, de­verá ser elaborado apenas um pa­recer técnico conjunto.

Rio de Janeiro. O Instituto Es­tadual do Ambiente – INEA, por meio da Resolução n.o 51, publi­

Biodiversidade

ta de municípios situados no Bioma Cerrado, para medidas e ações prioritárias de monitora­mento e controle do desmata­

Cerrado. Em 26.03.2012, foi publicada a Portaria n.o 97 do Mi­nistério do Meio Ambiente (“MMA”), que dispõe sobre a lis­

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8 Este Boletim destina­se aos clientes deste Escritório e tem por objetivo informar sobre as principais alterações na legislação brasileira e notícias relevantes no campo ambiental. Para esclarecimentos adicionais, os advogados encontram­se à sua disposição.

Proteção à Fauna

Caranguejo. O Ministério da Pesca e Aquicultura e

o Ministério do Meio Ambiente, por meio da Instrução Normativa Interministerial n.o 04, publicada em 02.03.2012, proibiram a captura, manutenção em ca­tiveiro, transporte, benefici­amento, industrialização, armazenamento e comercia­lização de qualquer indivíduo da espécie Ucides cordatus, co­nhecido popularmente como ca­ranguejo­uçá, no Estado do Espírito Santo, em períodos es­pecificados nos meses de março a abril de 2012, para garantir a re­produção da espécie.

florestamento localizado no Estado de Santa Catarina. Para o setor industrial de papel e papelão, o Decreto ainda prevê a concessão de crédito presumi­do quando realizadas aquisições de produtos recicláveis para utilização, como matéria­prima, pelo próprio estabelecimento.

áreas nativas e recuperação de áreas degradadas.

O Maranhão é o Estado com a maior quantidade de municípios com índices elevados de desma­tamento no Cerrado. Em seu le­vantamento, o MMA levou em consideração o desmatamento observado entre os anos de 2009 e 2010, em áreas superiores a 25 Km2, assim como as áreas de ve­getação nativa remanescente su­

perior a 20% da área do municí­pio ou a presença de áreas prote­gidas.

Espécies Ameaçadas. Em 13.03.2012, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Bio­diversidade – ICMBio iniciou consulta pública para revisão do Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação Federais, que se encontra dis­ponível no seguinte endereço ele­trônico: http://bit.ly/xarEyf.

Com a revisão, pretende­se tam­bém incluir no Atlas as espécies da flora ameaçadas de extinção. Os pesquisadores interessados em contribuir com informações deverão preencher os formulá­rios eletrônicos específicos para

fauna ou flora, os quais se encon­tram disponíveis, respectivamen­te, nos seguintes endereços ele­trônicos: http://bit.ly/GBXqa4 e http://bit.ly/GCEPIL. As contri­buições deverão ser encaminha­das até 15.04.2012.

Tributação Ambiental

Santa Catarina. O Decreto Estadual n.0 851, publicado em 07.03.2012, alterou o Regula­mento do Imposto sobre Circula­ção de Mercadorias (“ICMS”), estabelecendo a concessão de cré­dito presumido, até 31.12.2012, relativo às saídas de madeira serrada em bruto oriunda de re­

Ambiente Urbano

Paraíba. A Lei Estadual n.o 9.666, publicada em 16.03.2012, tornou obrigatória a realização de audiências públicas previa­mente aos procedimentos de de­sapropriação de imóveis de uso residencial ou comercial ur­bano com finalidade pública e

social. A audiência pública deve­rá contar com um representante do Poder Público, que deverá es­clarecer de forma detalhada, cla­ra e precisa, os impactos de natureza ambiental, social, urbanística, dentre outros aspec­tos relevantes.

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9 Este Boletim destina­se aos clientes deste Escritório e tem por objetivo informar sobre as principais alterações na legislação brasileira e notícias relevantes no campo ambiental. Para esclarecimentos adicionais, os advogados encontram­se à sua disposição.

Conexões Globais

Chile. Como parte dos desdobramen­tos das alterações introduzidas em

2010 na Lei 19.300/1994, que redesenhou o arcabouço jurídico da política ambiental no Chile, em fevereiro/2012, o Congresso Chileno aprovou a lei que institui os Tribunais Ambientais. Os Tribunais Ambientais terão com­petência para decidir sobre con­trovérsias envolvendo questões ambientais em geral, incluindo, entre outros (i) padrões ambien­tais e normas para emissões; (ii) planos de prevenção e remedia­ção; (iii) recuperação de danos ambientais; e (iv) decisões e atos administrativos de cunho ambi­ental.

Os Tribunais Ambientais estarão subordinados à Suprema Corte e serão estabelecidos inicialmente nas cidades de Antofagasta, San­tiago e Valdívia, com jurisdição sobre as 15 regiões administrati­vas do país.

Para entrar em vigor, a lei que cria os Tribunais Ambientais precisa ser ratificada pela Corte Constitucional e promulgada pe­lo Presidente do Chile.

(por Juan Carlos Urquidi, do es­critório Urquidi Abogados – San­tiago, Chile)

EUA. Em 27.03.2012, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados

Unidos (“USEPA”, na sigla em in­

glês) propôs o primeiro pa­drão para poluição por car­bono oriunda de usinas de geração de energia.

A proposta, que a USEPA chama de uma abordagem de “senso comum”, disciplina a maior cate­goria de fontes estacionárias de emissões de gases de efeito estu­fa nos Estados Unidos.

Se aprovada, a norma estabelece­ria uma nova fonte de padrões de performance para usinas de ge­ração de energia elétrica (“EGU”, na sigla em inglês) que utilizam combustíveis fósseis com capaci­dade maior do que 25 MW na porção continental dos Estados Unidos e limitaria as emissões de dióxido de carbono de EGU mo­vidas a combustíveis fósseis a 454,5 Kg por MW/h. Ao anunciar a norma em questão, a USEPA observou que sua “proposta re­flete a tendência corrente no se­tor de energia – uma mudança na direção de usinas de geração mais limpas que façam uso de tecnologias modernas que se tor­narão a próxima geração de usi­nas de geração de energia”. Vide por favor o descritivo que suma­riza a norma proposta por meio do seguinte endereço eletrônico: http://1.usa.gov/HESnUI.

O padrão de performance pro­posto está baseado na perfor­mance da tecnologia do ciclo combinado de gás natural (“NGCC”, na sigla em inglês), sendo esperado que novas usinas de geração de energia a gás natu­

ral atendam ao padrão proposto pela USEPA, sem necessidade de controles adicionais.

A USEPA estima que 95% das usinas geradoras de energia a gás natural construídas nos Estados Unidos desde 2005 atenderiam ao padrão de 454,5 Kg por MW/h. No entanto, espera­se que a nor­ma crie um obstáculo para novas usinas de geração de energia a carvão e coque de petróleo nos Estados Unidos. Essas usinas precisariam utilizar tecnologia cara para a captura e estocagem de carbono (“CCS”, na sigla em inglês) para cumprir com o pa­drão, aumentando assim o custo dessas usinas em relação às mo­vidas a gás natural. A USEPA su­gere que na medida em que a tec­nologia CCS amadureça e se tor­ne menos cara, a diferença no custo será reduzida.

A proposta inclui uma opção de 30 anos em média para demons­trar conformidade, reconhecen­do que a tecnologia CCS se en­contra em fase de aprimoramen­to. Ao utilizar essa opção, uma usina nova a carvão ou coque de petróleo poderia escolher o aten­dimento ao padrão de carbono por meio do emprego inicial de aproximadamente 50% de taxa de captura e estocagem de dióxi­do de carbono na unidade de e­xaustão de gás ou por meio da utilização posterior de uma CCS mais efetiva, com um padrão ini­cial de 818,2 Kg por MW/h antes

da instalação do CCS.

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10 Este Boletim destina­se aos clientes deste Escritório e tem por objetivo informar sobre as principais alterações na legislação brasileira e notícias relevantes no campo ambiental. Para esclarecimentos adicionais, os advogados encontram­se à sua disposição.

A norma não seria aplicada às usinas atualmente em operação ou usinas licenciadas até a data da proposta que iniciem sua construção nos doze meses se­guintes.

A USEPA realizará audiên­cias públicas e aceitará co­mentários do público sobre a norma proposta por um pe­ríodo de 60 dias após a iminente

publicação da proposta no Regis­tro Federal.

(por Aileen Hooks, do escritório Baker Botts LLP – Austin, EUA)

Contato: Fernando Tabet [email protected] Tel. +55 (11) 2985 1070 (r. 4)

Lucas Baruzzi [email protected] Tel. +55 (11) 2985 1070 (r. 6)

Eduardo Leme [email protected] Tel. +55 (11) 2985 1070 (r. 5)

André Marchesin [email protected] Tel. +55 (11) 2985 1070 (r. 7)

Elaine Böhme Pellacani [email protected] Tel. +55 (11) 2985 1070 (r. 7)

Colaboração especial:

(legislação chilena):

Juan Carlos Urquidi URQUIDI ABOGADOS [email protected] Tel. +56 (2) 231 2030 (legislação dos EUA):

Aileen Hooks BAKER BOTTS LLP [email protected] Tel. +1 (512) 322 2616