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3 2 4 Direitos iguais para todos/todas Trabalho sindical Há que continuar a defender trabalhadores migrantes Sector da construção Inscrições para os cursos em Portugal estão abertas Formação Profissional Projecto Progredir abre uma janela para o sucesso Nr. 7 | Oktober 2009 | português Erscheint als Beilage zur Zeitung «work» | Redaktion T +41 31 350 21 11, F +41 31 350 22 11 | [email protected] | www.unia.ch A manifestação, convocada pelos sindicatos, a 19 de Se- tembro, em Berna contou com 30 mil pessoas que exi- giram uma mudança do rumo das políticas do governo e da maioria parlamentar, no que diz respeito às medidas de combate à crise. Sob o mote «Assegurar trabalho, salá- rio e reforma» a manifestação, con- vocada pelos sindicatos e apoiada por algumas forças políticas, encheu de cor e de barulho a capital suíça, no passado dia 19 de Setembro. Ficou bem patente que uma boa parte da po- pulação na Suíça quer outra política por parte de quem a governa. Os tra- balhadores não estão dispostos a ter que pagar em duplicado, com a per- da de postos de trabalho e cortes na segurança social, por uma crise pela qual não têm qualquer responsabili- dade. O governo tem que adoptar me- didas de protecção do emprego, asse- gurar salários compatíveis com a in- flação, e proteger os seguros sociais. Está na hora de estabelecer limites aos salários e às bonificações dos gestores de bancos e empresas, para que a ri- queza neste país seja repartida de for- ma mais justa. As reivindicações de combate ao desemprego As principais reivindicações apresen- tadas pelos dirigentes sindicais e que já estão a ser integradas no trabalho sindical são as seguintes: Combater o desemprego: perante o aumento constante do número de de- sempregados (de momento 210 mil pessoas), reivindicam um programa conjuntural de reconstrução ecológi- ca, medidas eficazes contra o desem- prego juvenil, trabalho com horários reduzidos em vez de despedimentos, e promoção da formação contínua. Acabar com a discriminação contra migrantes: a favor de trabalhadores migrantes exigem medidas de inte- gração laboral, cursos de língua e de formação profissional para migrantes, o reconhecimento de diplomas es- trangeiros, e garantia da manutenção da autorização de estadia em caso de perda de emprego. Mais salário e poder de compra: pe- rante o anunciado aumento dos pré- mios das caixas de doença, os salários têm que ser aumentados, para com- pensar a subida da inflação e manter o poder de compra, e os aumentos dos prémios das caixas de doença têm que ser compensados. Defender os seguros sociais e as re- formas: em tempos de crise os segu- ros sociais e reformas têm que ser de- fendidos e não restringidos como o governo quer. Assim a luta contra o corte das reformas do 2° pilar, o au- mento da idade da reforma para as mulheres e a redução do subsídio de desemprego tem que continuar. A 12 de Setembro decorreu mais uma reunião da Co- missão de Migração do Unia. Em discussão estiveram as- pectos ligados à política de migração e à situação dos/das migrantes no mundo de trabalho. Um dos pontos altos da reunião foi a despe- dia da Margarida Pereira. Na reunião da Comissão de Migração, no passado dia 12 de Setembro, ficou, mais uma vez, bem patente o em- penho de muitos membros, delega- dos, e secretários sindicais do Unia no trabalho em defesa dos direitos dos/das migrantes. Postos à discussão estiveram temas, como o combate à discriminação de trabalhadores es- trangeiros no mercado de trabalho e em tempos de crise; as medidas dis- criminatórias levadas a cabo pelas au- toridades suíças em relação à proi- bição ou anulação de ca- samento para alguns ci- dadãos estrangeiros; a ini- ciativa contra a cons- trução de minaretes, entre outros. Margarida Pereira despede-se do Unia Na referida reunião foram apresentadas algumas al- terações em termos de pes- soal no âmbito do traba- lho de migração, no secretariado cen- tral do Unia. Cristina Mansour Anli- ker passa a assumir as funções como coordenadora da área de Migração, e Mónica Ferreira passa a ser a respon- sável pelos trabalhadores e sócios sin- dicais de língua portuguesa a nível central. Um dos momentos altos da reunião foi a despedida de Margarida Pereira que, após cerca de 6 anos ao serviço do Unia, deixa o sin- dicato para desem- penhar uma outra profissão, a de pro- fessora num escola primária suíça. A Margarida agradeceu a cooperação a todos os colegas e a todas as colegas, com que du- rante os últimos anos teve o prazer de tra- balhar, e a todos os membros do Unia, com quem muito aprendeu. A Margarida declarou que vai continuar a empenhar-se a favor da igualdade de direitos e justiça so- cial. Afirmou, ainda, que deixa de tra- balhar para o Unia, mas não o aban- dona, pois continua disponível, sem- pre que necessário e desejado, para co- laborar com esta organização sindical no trabalho importante que leva a ca- bo. O Unia, em colaboração com o Ins- tituto de formação ECAP, lança o Projecto Progredir, um projecto ino- vador no âmbito da formação pro- fissional, que se destina a mulheres de língua portuguesa que trabalham nos ramos do comércio, da limpeza ou da hotelaria - restauração. Os cur- sos de formação profissional terão o seu início em Janeiro 2010 no cantão Vaud. Percurso de formação personalizado O projecto é composto por variados módulos de formação que abran- gem várias área, como o aprofunda- mento da língua francesa, a apren- dizagem de técnicas profissionais, entre outros. Uma avaliação profissional e pessoal efec- tuada no iní- cio do percur- so permite es- tabelecer um plano de for- mação individualizado. As participantes que reúnam as con- dições podem apresentar-se no final da formação a exame, para a ob- tenção de uma atestação ou de um certificado profissional federal. Para mais informações sobre este as- sunto, leia a entrevista com a coor- denadora local do projecto na pági- na 3 deste jornal. Manifestação contra os efeitos da crise 30 mil pessoas exigiram mudança de rumo Projecto Progredir Formação para mulheres de língua portuguesa Comissão de Migração Migrantes do Unia reúnem-se A praça federal, frente ao Parlamento suíço, encheu-se de manifestantes. O Unia oferece uma nova oportunidade de formação pro- fissional para mulheres de língua portuguesa nos ramos do comércio, da limpeza e da hotelaria – restauração. Margarida Pereira Manifestação contra os efeitos da crise 30 mil pessoas exigiram mudança de rumo

30 mil pessoas exigiram mudança de rumo - wallis.unia.ch filesoal no âmbito do traba-lho de migração, no secretariado cen-tral do Unia. Cristina Mansour Anli-ker passa a assumir

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Direitosiguais paratodos/todas

Trabalho sindicalHá que continuar a defender trabalhadores migrantes

Sector da construção Inscrições para os cursos em Portugal estão abertas

Formação ProfissionalProjecto Progredir abre uma janela para o sucesso

Nr. 7 | Oktober 2009 | português

Erscheint als Beilage zur Zeitung «work» | Redaktion T +41 31 350 21 11, F +41 31 350 22 11 | [email protected] | www.unia.ch

A manifestação, convocadapelos sindicatos, a 19 de Se-tembro, em Berna contou com 30 mil pessoas que exi-giram uma mudança do rumodas políticas do governo e damaioria parlamentar, no quediz respeito às medidas decombate à crise.

Sob o mote «Assegurar trabalho, salá-rio e reforma» a manifestação, con-vocada pelos sindicatos e apoiada poralgumas forças políticas, encheu decor e de barulho a capital suíça, no

passado dia 19 de Setembro. Ficoubem patente que uma boa parte da po-pulação na Suíça quer outra políticapor parte de quem a governa. Os tra-balhadores não estão dispostos a terque pagar em duplicado, com a per-da de postos de trabalho e cortes nasegurança social, por uma crise pelaqual não têm qualquer responsabili-dade. O governo tem que adoptar me-didas de protecção do emprego, asse-gurar salários compatíveis com a in-flação, e proteger os seguros sociais.Está na hora de estabelecer limites aossalários e às bonificações dos gestores

de bancos e empresas, para que a ri-queza neste país seja repartida de for-ma mais justa.

As reivindicações de combate ao desempregoAs principais reivindicações apresen-tadas pelos dirigentes sindicais e quejá estão a ser integradas no trabalhosindical são as seguintes:� Combater o desemprego: perante oaumento constante do número de de-sempregados (de momento 210 milpessoas), reivindicam um programaconjuntural de reconstrução ecológi-

ca, medidas eficazes contra o desem-prego juvenil, trabalho com horáriosreduzidos em vez de despedimentos,e promoção da formação contínua.� Acabar com a discriminação contramigrantes: a favor de trabalhadoresmigrantes exigem medidas de inte-gração laboral, cursos de língua e deformação profissional para migrantes,o reconhecimento de diplomas es-trangeiros, e garantia da manutençãoda autorização de estadia em caso deperda de emprego.� Mais salário e poder de compra: pe-rante o anunciado aumento dos pré-

mios das caixas de doença, os saláriostêm que ser aumentados, para com-pensar a subida da inflação e mantero poder de compra, e os aumentos dosprémios das caixas de doença têm queser compensados.� Defender os seguros sociais e as re-formas: em tempos de crise os segu-ros sociais e reformas têm que ser de-fendidos e não restringidos como ogoverno quer. Assim a luta contra ocorte das reformas do 2° pilar, o au-mento da idade da reforma para asmulheres e a redução do subsídio dedesemprego tem que continuar.

A 12 de Setembro decorreumais uma reunião da Co-missão de Migração do Unia.Em discussão estiveram as-pectos ligados à política demigração e à situaçãodos/das migrantes no mundode trabalho. Um dos pontosaltos da reunião foi a despe-dia da Margarida Pereira.

Na reunião da Comissão de Migração,no passado dia 12 de Setembro, ficou,mais uma vez, bem patente o em-penho de muitos membros, delega-dos, e secretários sindicais do Unia notrabalho em defesa dos direitosdos/das migrantes. Postos à discussãoestiveram temas, como o combate àdiscriminação de trabalhadores es-trangeiros no mercado de trabalho eem tempos de crise; as medidas dis-criminatórias levadas a cabo pelas au-toridades suíças em relação à proi-

bição ou anulação de ca-samento para alguns ci-dadãos estrangeiros; a ini-ciativa contra a cons-trução de minaretes, entreoutros.

Margarida Pereira despede-se do UniaNa referida reunião foramapresentadas algumas al-terações em termos de pes-soal no âmbito do traba-lho de migração, no secretariado cen-tral do Unia. Cristina Mansour Anli-ker passa a assumir as funções comocoordenadora da área de Migração, eMónica Ferreira passa a ser a respon-sável pelos trabalhadores e sócios sin-dicais de língua portuguesa a nívelcentral.Um dos momentos altos da reuniãofoi a despedida de Margarida Pereiraque, após cerca de 6 anos ao serviço

do Unia, deixa o sin-dicato para desem-penhar uma outraprofissão, a de pro-fessora num escolaprimária suíça. AMargarida agradeceua cooperação a todosos colegas e a todas ascolegas, com que du-rante os últimos anosteve o prazer de tra-balhar, e a todos os

membros do Unia, com quem muitoaprendeu. A Margarida declarou quevai continuar a empenhar-se a favorda igualdade de direitos e justiça so-cial. Afirmou, ainda, que deixa de tra-balhar para o Unia, mas não o aban-dona, pois continua disponível, sem-pre que necessário e desejado, para co-laborar com esta organização sindicalno trabalho importante que leva a ca-bo.

O Unia, em colaboração com o Ins-tituto de formação ECAP, lança oProjecto Progredir, um projecto ino-vador no âmbito da formação pro-fissional, que se destina a mulheresde língua portuguesa que trabalhamnos ramos do comércio, da limpezaou da hotelaria - restauração. Os cur-sos de formação profissional terão oseu início em Janeiro 2010 no cantãoVaud.

Percurso de formação personalizadoO projecto é composto por variadosmódulos de formação que abran-gem várias área, como o aprofunda-mento da língua francesa, a apren-dizagem de técnicas profissionais,

entre outros.Uma avaliaçãoprofissional epessoal efec-tuada no iní-cio do percur-so permite es-tabelecer umplano de for-mação individualizado.As participantes que reúnam as con-dições podem apresentar-se no finalda formação a exame, para a ob-tenção de uma atestação ou de umcertificado profissional federal.Para mais informações sobre este as-sunto, leia a entrevista com a coor-denadora local do projecto na pági-na 3 deste jornal.

Manifestação contra os efeitos da crise

30 mil pessoas exigiram mudança de rumo

Projecto Progredir

Formação para mulheres de língua portuguesa

Comissão de Migração

Migrantes do Unia reúnem-se

A praça federal, frente ao Parlamento suíço, encheu-se de manifestantes.

O Unia oferece uma nova oportunidade de formação pro-fissional para mulheres de língua portuguesa nos ramos docomércio, da limpeza e da hotelaria – restauração.

Margarida Pereira

Manifestação contra os efeitos da crise

30 mil pessoas exigiram mudança de rumo

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O observatório suíço do di-reito de asilo e de estrangei-ros (ODAE/SBAA) denunciaque na aplicação da lei de asi-lo e de estrangeiros os prin-cípios fundamentais da con-venção dos direitos dascrianças não são sempre res-peitados. Em numerosos ca-sos investigados as necessi-dades e o bem estar dacriança não foram conside-rados. Actualmente na Suíça,a aplicação de uma políticade migração restritiva estáem primeiro plano.

Num relatório, publicado no dia 1 deSetembro, o observatório suíço do di-reito de asilo e de estrangeiros analisaa aplicação da lei de asilo e de estran-geiros do ponto de vista dos direitosda criança. O resultado mostra que aconvenção dos direitos das criançasda Organização das Nações Unidas(ONU), ratificada pela Suíça em 1997,é, em muitos dos casos, ignorada. Emtodas as medidas, acerca das crianças,a convenção dos direitos das criançasexige que o bem estar da criança temque ser considerado prioritário. O di-reito de uma vida em família e a pro-

tecção da relação entre filhos e pais sãoaspectos importantes.

«Danos colaterais»A investigação do ODAE verificou queestes princípios não têm prioridade,mas é a exigência de uma política demigração restritiva que está em pri-meiro plano. As consequências incisi-vas para uma criança de uma decisãosão admitidas «danos colaterais». Istoé o caso, quando, por uma decisão res-tritiva, a união da família é destruída,porque o pai é expulso do país, ou umamãe, em caso de separação ou divór-cio, tem de deixar a Suíça com os seus

filhos (em alguns casos os filhos têm anacionalidade suíça). Para as criançasnão é possível manter uma relação es-tável e regular com o própio pai. Ouquando crianças que já vivem hà mui-tos anos na Suíça, frequentam aqui aescola e que estão bem integradas, têmque ir viver num país sem ter alí nen-hum tipo de vínculo. O relatório tam-bém informa que as famílias, com umaajuda de emergência, não podem ga-rantir uma alimentação saudável aospróprios filhos.

São as crianças que sofremO ODAE afirma que a proibição de dis-

criminação, fixada na convenção, de-verá, em todos os casos, ser aplicada.Isto quer dizer que os direitos da con-venção valem para todas as crianças eadolescentes que vivem na Suíça, in-dependentemente do estatuto legalda criança, da/do adolescente ou dosseus pais. A Suíça ratificou a con-venção e por isso tem a obrigação derespeitar o conteúdo – sem discrimi-nar as crianças!

� Hilmi Gashi

Quais são os objectivos do observatório suíço?O observatório suíço do direito de asilo e de estrangeiros (ODAE/SBAA) mostra, em casos documen-tados, os efeitos da lei de asilo e de estrangeiros e as consequên-cias para as pessoas afectadas. O ODAE indica em casos concretosviolações contra o Estado de direi-to, contra a constituição da Confe-deração e contra as convenções in-ternacionais, ratificadas pelaSuíça. Mais informações na página da Internet: www.beobachtungsstelle.ch.

Observatório suíço do direito de asilo e de estrangeiros

Os direitos das crianças são muitas vezes desrespeitados

Todas as crianças são iguais e todas têm os mesmos direitos.

horizonte Nr. 7 | Oktober 2009 | português 2

Indústria de máquinas, deelectrotécnicos e de metal:Aumento real de salário de 2 por centoMais de 100 delegados das co-missões de trabalhadores da indústriaMEM (indústria de máquinas, de elec-trotécnicos e de metal) avaliaram nodia 22 de Setembro em Berna a si-tuação na indústria e fixaram as rei-vindicações para as negociações sa-lariais do período 2009/2010. Muitosdelegados do Unia da indústria MEMestão revoltados com o renúncio deum aumento salarial da associaçãodos empregados da Suíça. Esta de-cisão enfraquece a posição das co-missões de trabalhadores e dos sin-dicatos nas negociações salariais enão ajuda as famílias a compensar oenorme aumento dos prémios das cai-xas de doença. Para manter o poderde compra os delegados das co-missões de trabalhadores exigem,com o apoio do Unia, um aumento re-al de salário de 2 por cento e reivindi-cam que nenhum salário mínimo sejaabaixo de 4500 francos suíços ( e o13.° mês para todas/todos) para co-laboradores com aprendizagem e de3800 francos suiços (e o 13.° mêsppara todas/todos) para colaborado-res sem aprendizagem e a exami-nação e adaptação dos salários dasmulheres para nivelar a diferença sa-larial ainda existente entre mulheres ehomens.

Uma festa contra a deslocaçãoStuder tem que ficar em Regensdorf!Os 100 trabalhadores da Studer Pro-fessional Audio GmbH em Regens-dorf decidiram unanimamente natarde do dia 22 de Setembro de pa-rar de trabalhar. Com uma festa noareal da empresa protestaram contraa deslocação da produção para a em-presa Soundcraft na Grã-Bretanha.Com a deslocação da empresa Stu-der que economicamente está está-vel e que faz lucros, os gestores que-rem sanear e salvar a empresaSoundcraft que está a falir. Numa re-solução os trabalhadores reivindi-cam a retractação da eliminação depostos de trabalho, a cessação dasmedidas de deslocação e o início denegociações para encontrar soluçõesalternativas. O Unia apoiará os tra-balhadores nesta luta!

Insatisfação nas VendasUma marcha de protestoem ZuriqueMais de 300 empregadas e emprega-dos do ramo das vendas reclamaramnuma marcha de protesto, no dia 18de Setembro, na Bahnhofstrasse, nacidade de Zurique que as condições detrabalho são cada vez mais precárias.«Não contra um abertura dos negócioscada vez mais prolungada! Não contracondições de trabalho cada vez pio-res.» As empregadas e os empregadosassinaram uma carta aberta à asso-ciação dos negócios de Zurique (CityVereinigung Zürich) e reivindicaramque a associação das empregado-ras/dos empregadores tem que assu-mir a sua responsabilidade e imple-mentar condições de trabalho equili-bradas. Após a manifestação passa-ram pelas cinco maiores lojas de Zuri-que e deixaram à porta um autoco-lante de um metro e mei: «Sábado atéàs 20 horas? Connosco não!» O Uniaconsidera a situação no ramo das ven-das escandalosa e luterá para que ascondições de trabalho sejam modifi-cadas a favor das empregadas e dosempregados no ramo das vendas.

Notícias breves

Os sindicatos são organi-zações importantes que con-seguiram já muito na políticade migração – seja na nego-ciação salarial, na equivalên-cia de habilitações estran-geiras ou na luta contra a dis-criminação no mercado detrabalho ou no mercado deaprendizagem.

Paul Rechsteiner, presidente da Uniãosindical suíça e conselheiro nacional,explicou a evolução da política de mi-gração suíça e sublinhou as conquis-tas dos sindicatos nos últimos anos. Eleafirmou que, apesar da agravação dalei dos estrangeiros, conseguiram-semelhoramentos para as/os migrantes.

Lei de igualdadeEle apresentou este ano uma iniciati-va parlamentar para uma lei de igual-dade. Esta iniciativa foi rejectada pe-la comissão de direito do conselho na-cional. A comissão do conselho de es-tado discutirá no próximo ano sobrea iniciativa parlamentar. Para a Uniãoeuropeia (UE) a anti-discriminação éum argumento importante. Os paísesmembros têm de realizar princípios edirectivas para a anti-discriminação.Os sindicatos têm de reflectir sobreuma iniciativa para a igualdade.

Discriminação salarialDoris Bianchi, neste momento res-ponsável para a migração na USS, ex-plicou no seu discurso que os jovens,

com experiência migratória, são dis-criminados quando estão à procura deum posto de aprendizagem. Não é odiploma ou o certificado que tem im-portância, mas sim o nome de famí-lia. Um indicador para esta forma dedesigualdade é o barómetro de apren-dizagem. No último mês de Abril 72 por centodos jovens suíços já tinham um pos-to de aprendizagem. Dos jovens mi-grantes apenas 44 por cento tinhamassinado um contrato de aprendiza-gem. Existe também a discriminaçãosalarial entre jovens suíços e jovensmigrantes. Os jovens migrantes ga-nham menos de 35 por cento. O es-tatuto de estadia influencia a discri-minação salarial. Quanto mais inse-

guro é o estatuto de estadia, mais bai-xo é o salário.

Discussão e grupos de trabalhoNa discussão sobre as negociações doscontratos colectivos discutiu-se sobreo desenvolvimento da integração e aluta contra a discriminação, como porexemplo, a possibilidade de uma cam-panha para a formação contínua euma campanha para o aperfeiçoa-mento do idioma, salários mínimos,equivalência de diplomas estrangei-ros. Na segunda parte da conferênciaos participantes poderam analisar emgrupos de trabalho os aspectos diver-sos dos contratos colectivos.

� Cristina Anliker Mansour

A divisão das Nações Unidas para aEmancipação da Mulher, o InstitutoInternacional de Investigação e Ca-pacitação para a Promoção da Mulher(INSTRAW), assim como o Gabinetedo Assessor Especial para Assuntos deGénero (OSAGI) integrarão umaagência especializada que visa a pro-moção e defesa dos direitos da mul-her. Num comunicado da presidên-

cia sueca da União Europeia (UE) foiexpresso a satisfação pela decisãoadoptada pelos 192 países da Assem-bleia-Geral da ONU, depois de maisde três anos de negociações.

Direitos da mulherA União Europeia atestou que a no-va agência levará a cabo «melhoriasmuito necessárias na maneira como

as Nações Unidas protegem os direi-tos da mulher e promove a sua parti-cipação no desenvolvimento e cons-trução da paz» e a ministra sueca doDesenvolvimento, Gunilla Carlsson,afirmou que «o trabalho da ONU nes-ta área foi, durante muito tempo, de-masiado débil e alcançaram-se pou-cos recursos para melhorar a situaçãoda mulher».

Poder de força para a nova entidadePara que não se perca o impulso comesta agência e para que se possa co-meçar a trabalhar concretamente pa-ra os direitos da mulher, é preciso no-mear rapidamente a pessoa que vaiencabeçar a nova entidade. Um pró-ximo passo importante será a defi-nição clara dos estados-membros pa-ra a agência especializada em pro-moção e defesa dos direitos da mul-her.

Fonte: Lusa

A Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) adoptou por consenso, no dia 14 de Setembro, uma resolução em que se dá luz verde à criação de uma nova «super-agência» para a promoção e defesa dos direitos da mulher.

Conferência da União sindical suíça (USS/SGB) no dia 5 de Setembro, em Berna

Já conseguimos muito, mas tambémainda temos muito por fazer

Direitos da mulher

«Super-agência» promove e defende direitos da mulher

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Os casos de despedimentos anti-sin-dicais que têm ocorrido nos últimosmeses são a prova clara de que a pro-tecção dos representantes sindicaisdentro das empresas é insuficiente.Por este motivo, numa jornada sindi-cal realizada no mês passado, decidiu-se lançar a campanha: «Despedimen-tos anti-sindicais: Basta!», com o ob-jectivo de sensibilizar a opinião pú-blica sobre esta matéria e exigir dospolíticos uma protecção mais eficaz.

Mais protecção em tempos de criseA legislação suíça classifica de abusi-vo um despedimento motivado porrazões pessoais ou pelo facto do tra-balhador exercer direitos que lhe cor-respondem, como por exemplo, o di-reito à participação num sindicato ounuma comissão da empresa. Contu-do, a entidade patronal não é obriga-da a empregar o trabalhador despedi-do abusivamente, mas apenas a pagaruma indemnização que poderá ir atéseis meses de salário. É especialmen-te em tempos de crise, em que os re-

presentantes do pessoal e os delegadossindicais têm que defender postos detrabalho e lutar para evitar cortes depessoal, que é mais necessário au-mentar a protecção perante os despe-dimentos anti-sindicais. Pois só assimse poderá evitar que sejam aqueles osprimeiros a ser despedidos sempre quese trata de despedimentos colectivos,como tem acontecido ultimamenteem várias empresas.

Carta aberta ao ConselhofederalNuma carta aberta dirigida ao Con-selho federal os representantes dopessoal de várias empresas, delegadossindicais, assim como pessoal quetem sido vítima de despedimentosabusivos, instigam o governo a intro-duzir, de uma vez por todas, as alte-rações necessárias na legislação suíçapara que os delegados sindicais e re-presentantes do pessoal possam exer-cer as suas funções sem medo de re-presálias. Esta carta, assim como maisinformação a este respeito podem serobtidas em www.unia.ch.

Por que é que o Projecto Progre-dir é considerado inovador?Porque toma em conta a situação in-dividual de base das participantes e al-guns módulos da formação são reali-zados em português.

Quais são as ofertas deste projecto?As participantes que reúnam as con-dições podem apresentar-se no finalda formação a exame, para a ob-tenção de uma atestação ou de umcertificado profissional federal, com apossibilidade de melhorar as suas con-dições de trabalho e o salário.

A quem se destinam?Destina-se a todas as mulheres de lín-gua portuguesa que trabalham ouquerem trabalhar na limpeza, hotela-ria-restauração ou comércio.

Porquê um projecto só para mulheres e de língua portuguesa?Porque a comunidade de mulheres delíngua materna portuguesa na Suíçanestes últimos anos aumentou e con-tinua a aumentar em comparaçãocom outras nacionalidades e sendoum projecto piloto, é o ponto de par-tida para um futuro projecto abran-gendo todas as outras nacionalidades.

E porquê no cantão de Vaud?Porque é o cantão onde a comunida-de de língua portuguesa é representa-da em maior número, sendo nestecantão onde o grupo dos migrantes doUnia está mais organizado.

Quais as vantagens para as participantes?A vantagem mais importante é a damulher de língua portuguesa ter aoportunidade de adquirir uma for-mação reconhecida na Suíça e possi-velmente em Portugal, valorizando-aa nível pessoal, profissional e social.

E em termos de custos? Quanto éque cada participante terá de pa-gar?Uma pequena participação será pedi-da a todas as participantes segundo osmódulos que frequente. Para as sóciasda Unia os custos serão suportados em50% pelos Fundos de apoio para oaperfeiçoamento profissional.

Com que apoios conta o projecto?Da Comissão federal para a Igualda-de, do Departamento federal de for-mação profissional e tecnologia, dascomissões paritárias cantonais e na-cionais para os ramos da limpeza e dahotelaria-restauração, e da Direcçãogeral de ensino pós-obrigatório docantão de Vaud.

Como coordenadora local do pro-jecto, que mensagem gostaria dedeixar a possíveis interessadas?Nós abrimos uma janela, proporcio-nando uma melhor formação, valori-zação pessoal e profissional. As mu-lheres que aproveitarem esta novaoportunidade encontrarão várias por-tas abertas para o sucesso.

Para mais informações sobre esteprojecto é favor contactar:[email protected] ou T 021 647 08 44.

Delegados sindicias assinam a carta dirigida ao Conselho federal.

No passado mês de Setembro realizou-se uma jornada parase analisar a situação legal dos delgados sindicais e lançou--se uma campanha para melhorar a protecção dos represen-tantes dos trabalhadores.

horizonte Nr. 7 | Oktober 2009 | português 3

Assédio sexual no posto de trabalho

As mulheres têm o direito de se defender

A 26 de Setembro os eleitoressuíços votaram a favor de umreforço financeiro para o Se-guro de invalidez (IV/AI).

Com 54% dos votos a proposta de re-forçar financeiramente o Seguro de in-validez suíço foi aprovada nas urnas.Tal significa que o imposto sobre o va-lor acrescentado (IVA) será gradual-mente aumentado, de modo a bene-ficiar o financiamento do seguro IV/AI e a ajudar a sanear os problemas fi-nanceiros do mesmo. A União dos sin-dicatos suíços (USS) congratula-secom este resultado e considera que omesmo é um sinal da confiança po-pular no sistema de segurança social.Para além das medidas financeiras, aoabrigo da próxima 6° revisão do se-guro IV/AI será importante asseguraruma melhor integração de pessoascom incapacidades no mercado detrabalho. Neste âmbito os emprega-dores e os agentes económicos têmque estar dispostos a assumir um pa-pel activo.

Campanha para melhorar a protecção perante despedimentos anti-sindicais

Basta de despedimen-tos anti-sindicias

O Unia, em colaboração com o Instituto de formação ECAP,avança com um projecto inovador, no âmbito da formação pro-fissional, destinado a mulheres de língua portuguesa nos ra-mos do comércio, da limpeza e hotelaria–restauração, nocantão Vaud. A redacção do Horizonte falou com a coorde-nadora local do Projecto Progredir, Paula da Silva.

Paula da Silvaapresenta-se:

Nome: Paula da SilvaIdade: 46 anosResidência: Vevey, Suiça

Formação: Administração e comér-cio, Informática e formação de adul-tos em Higiene e Segurança no tra-balho em Portugal. Formação contí-nua em questões do trabalho, Códi-go das obrigações e Lei do trabalhona Suiça.

Experiência profissional: limpeza,hotelaria-restauração e comércio naSuiça. Contabilista, escriturária ad-ministrativa e formadora de adultosem Portugal.

Outras experiências: Coordenado-ra de marketing de eventos juvenispela Câmara Municipal do Seixal, mi-litante activa em questões sociais doPartido Socialista no Seixal, Portugal.Membro do Unia, membro da co-missão dos migrantes e grupo dasmulheres da secção de Vevey, Suíça.

Função actual: Coordenadora deprojectos na ECAP para os migrantesdo cantão de Vaud.

Praticamente cada terceiramulher é vítima de assédiosexual no posto de traba-lho, no decurso da sua vidaprofissional. Seja na hotel-aria-restauração, no sectordas vendas, da limpeza ouem qualquer outro local detrabalho, o assédio sexualé, infelizmente, uma reali-dade.

Muitas vezes, torna-se difícil para asmulheres afectadas lidar com tal si-tuação. São numerosas as perguntasque surgem, como por exemplo: oque é assédio sexual, ou como umamulher se pode defender, ou ainda,quem a apoia, se ela se quer defen-der contra um determinado assédio.

Assédio sexual no postode trabalho – é ilegalEm caso de assédio sexual no postode trabalho, pode-se apresentarqueixa não só contra o autor/a au-tora, mas também contra o empre-gador/a empregadora. Ele/Ela tem aobrigação legal de a proteger contraassédio sexual. Nem sempre é fácildefender-se contra o assédio sexual.Mas as mulheres não devem esque-cer que têm o direito de se defender!

Para ajudar as mulheres que se sen-tem afectadas pelo assédio sexualno seu local de trabalho e informá-las sobre os seus direitos, o Unia pu-blicou uma brochura em várias lín-guas (incluindo o Português) a esterespeito. A referida brochura ajudaas mulheres afectadas a compreen-der melhor, quais os comporta-mentos que podem representar as-sédio sexual e quais as possibilida-des que existem para reagir.

A brochura poderá ser obtida nos secretariados locais do Unia ou pode ser pedida directamente através de [email protected].

Projecto Progredir

«Nós abrimos uma janela para o sucesso»

«Vitalina – Pais activos paracrianças saudáveis» é o nomede um novo projecto para es-timular a saúde de criançasaté aos 5 anos e prevenir aobesidade infantil.

Uma estatística do Departamento deSaúde de Baselland mostra que umquarto das crianças na idade do Jar-dim de Infância são obesas, sendo boaparte crianças com origem migrante.Pensando nisso o Sector de Promoçãoda Saúde em Baselland, juntamentecom o HEKS (Hilfswerk der Evange-lischen Kirchen Schweiz), lançou oprojecto Vitalina, para motivar pais ecrianças a ter uma alimentação sau-dável e fazer exercícios diários. O pro-jecto faz parte da «Acção em favor dopeso saudável» (www.agk.bl.ch).

Mais apoio para paisA ideia é atingir os pais que não têmacesso a ofertas já existentes. Os me-diadores e mediadoras interculturaisdo HEKS ajudam a contactar pessoas

com menos conhecimento dealemão, pois também viveram umaexperiência de migração, falam a lín-gua materna dos pais a serem atingi-dos e conhecem seus hábitos e cultu-ra. Cuidados com os dentes, consumode açúcar ou a importância de uma ali-mentação variada são alguns dos te-mas abordados. Na fase piloto, o Vi-talina está concentrado em Liestal,Pratteln, Füllinsdorf, Lausen, Sissache região. A proposta é expandir paraoutras cidades do cantão.

Mais informações com:Andrea Ruder, HEKS-Regionalstellebeider Basel, T 061 367 94 [email protected]

Projecto para pais migrantes

Cuidado com a saúdecomeça cedo

Pais discutem sobre alimentaçãosaudável.

Votação popular a favordo Seguro IV/AI

Seguro de invalidez será reforçado

Page 4: 30 mil pessoas exigiram mudança de rumo - wallis.unia.ch filesoal no âmbito do traba-lho de migração, no secretariado cen-tral do Unia. Cristina Mansour Anli-ker passa a assumir

Formação para trabalhadores portugueses da construção

Projecto Portugal:as inscrições para 2010estão abertaspción termina el 13 de noviembreÀ semelhança de anos anteriores, no ano de 2010 organizar-se-ão cursosde formação profissional para trabalhadores do sector da construção, emLisboa e no Porto. As inscrições estão abertas até ao dia 13 de Novembro.De 4 de Janeiro a 26 de Fevereiro de 2010 decorrem em centros de formação profissional em Lisboa (Prior Velho) e no Porto (Avioso) cursosde especialização para operários do sector da construção suíça.

As vantagens do cursoA frequência dos cursos traz inúmeras vantagens, nomeadamente:� certificado profissional suíço;� conhecimentos técnicos;� subida de categoria profissional com correspondente aumento salarial (classe salarial A);� 80 % do salário suíço durante o período de frequência do curso;� compensação das despesas de deslocação e estadia.

InscriçõesAs inscrições estão abertas e devem serfeitas através da empresa. Os interessa-dos devem comunicar a sua intenção emfrequentar o curso ao seu empregador. Oprazo das inscrições termina no dia 13de Novembro.

InformaçõesInformações mais detalhadas podem serobtidas nos secretariados do sindicatoUnia ou através do [email protected]. A ficha de inscriçãopoderá ser descarregada da página daInternet www.baumeister.ch.

AproveiteO número de lugares é limitado! Inscre-va-se, se for trabalhador da construção,nos cursos do ‘Projecto Portugal’! Apro-veite esta oportunidade de aperfeiçoa-mento profissional!

horizonte Nr. 7 | Oktober 2009 | português 4

Beilage zu den Gewerkschaftszeitungen work, area, Événement syndical | HerausgeberVerlagsesellschaft work AG, Zürich, Chefredaktion: Marie-José Kuhn; Événement syndical SA,Lausanne, Chefredaktion: Alberto Cherubini; Edizioni Sociali SA, Lugano, Chefredaktion: Françoise Gehring Amato | Redaktionskommission M. Akyol, M. Pereira, D. Filipovic, H. Gashi,M. Martín | Sprachverantwortliche Margarida Pereira | Layout Simone Rolli, Unia | DruckRingier Print, Adligenswil | Adresse Redaktion «Horizonte», Weltpoststrasse 20, 3000 Bern 15, [email protected]

www.unia.ch

Pergunte, que nós respondemos

Desde alguns meses que estou desempre-gado e tenho que poupar. O meu vizinho in-formou-me que, com uma mudança de cai-xa de doença, posso poupar muito dinhei-ro. Ainda tenho tempo para mudar a caixade doença para o ano 2010? Como devo pro-ceder?

Sim, ainda tem tempo de mudar a caixa de do-ença para o ano 2010. Veja primeiro quais sãoas possibilidades de economizar na actual caixade doença, por exemplo, com uma alteração domodelo de seguro (HMO – modelo médico de fa-mília, Tellmed, etc.) ou com um aumento da fran-quia. Se decidir mudar de caixa de doença, deveproceder da seguinte maneira.Faça um pedido de oferta às caixas de doença.Pergunte também aos seus conhecidos e/ou ami-gos quais foram as experiências que fizeram comas suas caixas. Envie uma fotocópia da sua apó-lice de seguro de saúde actual, para que a caixade doença possa fazer uma oferta com a mesmacobertura.

Após ter escolhido uma nova caixa de doença,deverá proceder da seguinte maneira:� Inscreva-se na nova caixa de doença. É impor-tante saber que a caixa de doença tem que acei-tar todas/todos para o seguro básico de saúde.A rejeição por motivos de estado de saúde ou pormotivos de idade não é permitida. A exigência deum formulário sobre o seu estado de saúde (emcomparação com um seguro complementar)também não é autorizada.Verifique que os prémios ou as participações doscustos (retenção) estejam pagos, senão não po-de mudar de caixa de doença.� Envie a sua carta de rescisão do seguro bási-co de saúde à sua actual caixa de doença. A car-ta de rescisão deverá chegar até ao dia 30 de No-vembro respectivamente até ao último dia útil domês de Novembro para rescindir o contrato parao dia 31 de Dezembro. O prazo de rescisão (ouaviso prévio) não depende do prémio – seja ele

mais alto, mais baixo ou igual. Recorde-se quesem prémios ou participações dos custos (re-tenção) pagos, não é possível mudar de caixa dedoença! Por isso: Pague todas as facturas!

� Só com uma confirmação da futura caixa de do-ença, está assegurado. Até que a sua caixa de do-ença não receba esta confirmação, você continuaa estar assegurado na mesma. Se a confirmaçãochegar com um atraso, a mudança será efec-tuada para o futuro e não retroactivamente, pa-ra que não esteja assegurado simultaneamenteem duas caixas de doença. Se a futura caixa dedoença não confirmar a sua adesão ou a confir-mação for feita com um atraso, será ela a pagara diferença monetária dos prémios e/ou das des-pesas suplementares.

Informações sobre a mudança da caixa de doença e a comparação de prémios dascaixas de doença nas páginas da Internetwww.bag.admin.ch/themen/krankenversicherung e www.comparis.ch.

Atenção aos seguros complementares!Todas as caixas de doença que valem para a suaresidência têm o dever legal de aceitar to-das/todos para o seguro básico obrigatório. Es-te dever legal também aplica-se independen-temente da idade, do estado de saúde ou emcaso de gravidez.Nos seguros complementares é diferente. Umamudança dos seguros complementares facul-tativos não é sempre garantida. Muitas vezesos prazos de rescisão não são idênticos aos doseguro básico obrigatório. Rescinda a sua cai-xa de doença após ter recebido a confirmaçãoda futura caixa de doença e informe-se primei-ro sobre os prazos de rescisão dos seguros com-plementares.

Seguro básico de saúde: Mudar de caixa de doença

Organizada pela Câmara de Comércio de Basel-land, em conjunto com a Associação de Pro-fissões da região e em parceria com o Cantão deBaselland, a exposição dará uma visão geral decada área de trabalho. Assim os jovens ampliamos seus conhecimentos sobre o assunto e podemescolher uma profissão com mais segurança. Ospais poderão também se informar e dialogar comos seus filhos a esse respeito.

Visita guiada em língua portuguesaMuitas famílias que migraram para a Suíça des-conhecem o sistema de formação profissional lo-cal. Por isso o projecto «Elterntreff Berufswahl»,do Departamento de Ensino e Aconselhamen-to Profissional de Baselland, em cooperação com

o Serviço ao Estrangeiro de Pratteln, oferece du-rante a Feira uma visita guiada em diversos idio-mas, possibilitando responder a questões sobreas profissões e sobre as opções de carreira.A visita guiada em português será no sábado, dia24 de Outubro, às 14h30. O ponto de encontroé o estande de Informações da feira.

Mais detalhes nas páginas da Internetwww.berufsschau.ch e www.elterntreffberufswahl.ch.

Redução de prémios: seja activa/activo!A redução de prémios é sempre um beneficio individual. A regulamentação da redução de prémios depende de cantão para cantão. Existem multiplos modelos diversos da redução de prémios. Os critérios decisivos são: o salário, os bens e o número de filhos. Também o sistema de distribuição é diverso. Como o limite da quantia e o sistema de distribuição são diversos, depende da sua iniciativa a obtenção de uma redução de prémios. Informe-se nos serviços sociais da sua localidade ou na caixa de compensação cantonal. Também a sua caixa de doençatem as informações sobre o direito à redução de prémios e sobre a distribuição dos mesmos. Principalmente as/os migrantes que pagam os impostos na fonte (ou na origem) têm de ser activas/activos quanto ao requerimento da redução de prémios. O automatismo no cálculo do direito de redução de prémios funciona somente para as pessoas que têm uma autorização deestabelecimento (tipo C), porque fazem a declaração de impostos anualmente.

A União sindical suíça (USS) quer mais reduções de prémios

Os prémios das caixas de doença apertamcom as finanças das famíliasOs prémios das caixas de doença au-mentarão no próximo ano em média10 por cento. A USS exige um aumen-to da redução de prémios para man-ter o poder de compra.

Com o aumento dos prémios das caixas de do-ença a população suíça tem cada vez menos di-nheiro no porta-moedas. Isto quer dizer con-cretamente: menos de 2 mil milhões de francossuíços. Uma família com dois filhos tem que pa-gar no próximo ano mais de 1500 francos suíçosanualmente para os prémios das caixas de do-ença.

Um prejuízo conjunturalA diminuição do poder de compra não agravasomente a situação financeira das famílias, mastambém prejudica gravemente a conjuntura.Quanto mais altos são os prémios das caixas de

doença, menos dinheiro no porta-moedas dasfamílias. A economia interna mantem-se de mo-mento ainda satisfatória, mas será afectada a mé-dio prazo pela queda do poder de compra. Mui-tos postos de trabalho estão em perigo!

Dinheiro da venda das obrigaçõespara a redução de prémiosA USS exige os 1,2 mil milhões de francos suíçosque a Confederação recebeu da venda das obri-gações do banco UBS para aumentar a reduçãode prémios – acrescentando este montante aos200 milhões de francos suíços que já foram pro-postos para a redução de prémios. Com um au-mento da redução de prémios pode-se com-pensar as consequências negativas conjunturaisdo aumento dos prémios das caixas de doença.Pois não são as famílias a pagar a crise causadapelos especuladores financeiros.

Conheça de perto o «Mundo das Profissões»De 21 a 25 de Outubro de 2009 será realizada no Centro cultural e desporti-vo (Kultur- und Sportzentrum) de Pratteln, a 7ª Exposição das Profissões, reu-nindo mais de 150 profissões e também diversos cursos de formação pro-fissional e estudos universitários. Serão apresentadas também opções pa-ra a especialização dos adultos.