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ESTADO DE MINAS - p. 34 - 31.10.2010SENTENÇA

Decisão inédita do Coaf multa antiquários mineiros que comercializavam irregularmente peças sacras históricas. Autuação é resultado da Operação Pau Oco I, deflagrada em 20017

PUNIÇÃO PARA DAR EXEMPLO

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Imagem de Santa Rita, castiçais, crucifixo e toucheiro, recuperados pela Justiça em agosto de 2008, em BH e Ouro Preto

BETO NOVES/EM/D.A PRESS - 1ª/08/08

CONT.... ESTADO DE MINAS - p. 34 - 31.10.2010

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FLÁVIA MARTINS Y MIGUELA juíza da 1ª Vara Cível de Nova Lima determinou a

proibição de construções de novos empreendimentos e pa-ralisação daqueles já iniciados em pelo menos 60 lotes no Vale do Sereno, no município de Nova Lima. A decisão foi concedida, por meio de tutela antecipada, à Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual (MPE) que questiona, em uma ação civil pública, a alteração do zonea-mento da região conhecida como Seis Pistas.

Em 12 de julho deste ano, a Câmara Municipal do mu-nicípio aprovou, por sete votos a um, o projeto de lei 1.091, encaminhados pelo prefeito Carlos Rodrigues (PT), que al-terava o Plano Diretor da cidade. A proposta acabava com o limite de altura das edificações no Vale do Sereno, permitin-do que as construtoras ficassem livres para erguer qualquer tipo de empreendimento nos lotes localizados nos dois lados da rodovia MG-30 - ligação entre Nova Lima e Belo Hori-zonte.

A aprovação gerou a lei 2.168 sancionada pelo prefei-to um dia após a votação. Na data da apreciação do projeto de lei, o vereador Cássio Magnani Júnior (PMDB) solicitou mais tempo para analisar a proposta, mas o pedido foi nega-do. O projeto, de acordo com o Ministério Público, chegou à Câmara na sexta-feira, dia 10 de julho, e foi votado em uma reunião “corrida” na segunda-feira. AbSurDAS

A promotora Andressa de Oliveira Lanchotti, autora da ação, classificou como “absurdas” as alterações no Plano Diretor e pediu à Justiça a declaração de inconstitucionalida-de e nulidade da lei 2.168, além da suspensão de encaminha-mentos por parte da prefeitura de novos projetos que tratem de alteração do Plano Diretor. A promotoria pediu também a proibição de qualquer votação pela Câmara Municipal de projetos referentes ao tema.

A ausência de consulta popular e audiência pública para a apreciação do projeto de lei também é questionada pelo MPE. De acordo com a promotora, a realização da audiência consiste no interesse público da produção de atos legítimos e no interesse dos particulares em apresentar argumentos e provas antes da tomada de decisão.

O MPE questiona, na ação, os graves impactos na região referentes ao adensamento populacional. Outra hipótese se-ria o aumento da especulação financeira relacionada às cons-truções de novos hotéis no entorno.

prefeitura não foi notificadaO procurador geral do município de Nova Lima, Luiz

Henrique Vieira Rodrigues, afirmou ontem que ainda não foi notificado sobre a decisão da Justiça. Rodrigues afirmou, ain-

da, não ter conhecimento da ação civil pública que tramita na 1ª Vara Civil de Nova Lima, questionando a mudança no zoneamento no Vale do Sereno, na região conhecida como Seis Pistas.

Na última sexta-feira, o presidente da Câmara Munici-pal, Ronaldes Gonaçalves Marques (PT), informou à reporta-gem de O TEMPO que não houve estudos sobre os impactos que podem ser provocados na região do Vale do Sereno com a mudança do Plano Diretor. Ele afirmou ainda que “se o pro-jeto gerou polêmica, deve ser discutido de novo”. (FMM)CONSEquêNCIAS

Veja os impactos na região do Vale do Sereno, de acordo com o Ministério Público Estadual (MPE):

- Aumento do tráfego na região, que já apresenta aumen-to comprovado pela fiscalização de trânsito

- Adensamento da população, residente e/ou flutuante, que implicará no consumo de maior volume de água e na geração de maior volume de esgoto sanitário

- A inexistência de limite de altura dos prédios poderá interferir nas condições de insolação e ventilação e na vista da paisagem, principalmente levando em consideração a pro-ximidade da região com a serra do Curral

EmpreendimentosMudança pode gerar prejuízo

Para o advogado especialista em direito imobiliário Kê-nio Pereira, a decisão da Justiça deve ser embasada em ques-tões técnicas. Apesar de ele não ter tido acesso ao conteúdo da lei sancionada pela prefeitura de Nova Lima, nem à deci-são da juíza da 1ª Vara Cível da cidade, o especialista entende ser negativa a paralisação de obras em andamento. Ele afirma que essa posição pode acarretar prejuízos para terceiros.

“Tem que se pensar na construtora, nos compromissos financeiros que ela fez, no comprador, em quem trabalha nes-sas obras. Uma decisão como essa tem que ser tomada se le-vando em consideração o bem da maioria”, afirmou Pereira.

O advogado disse que empreendimentos imobiliários geram emprego e renda para o município, mas que a legis-lação deve respeitar as normas ambientais. “O ideal, nesses casos, é impedir que a obra seja iniciada para evitar transtor-nos maiores”.

De acordo com Pereira, a decisão em paralisar obras já em andamento pode acarretar em uma série de ações judi-ciais, uma vez que os compradores dos imóveis podem re-querer o dinheiro investido e, até mesmo, indenização pelos transtornos. “A situação fica mais complicada se caracteriza-do que o empreendedor promoveu a venda sem ter todas as liberações, o que apontaria uma venda irregular”, lembrou. (Raphael Ramos)

O TEMpO - 1ª p. E - p. 24 - CIDADES - 03.11.2010NOVA LIMA

Justiça proíbe construções no Vale do SerenoDecisão é válida para novos empreendimentos e obras já iniciadas. MP questiona a

lei que acaba com o limite de altura das edificações. Página 24Nova Lima.Decisão impede e paralisa verticalização da região até que ação civil pública do MPE seja julgada

Justiça proíbe construções de imóveis no Vale do SerenoEdificações no Seis Pistas foram liberadas após projeto do prefeito

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HOJE EM DIA – p. 24 – 02.11.2010MárCIO FAguNDES

Com uma mão se dá, com a outra tira...O Ministério Público de Minas conseguiu,

na última semana, liminar que obriga uma em-presa de engenharia a destinar uma faixa de cem metros como sendo a área de preservação perma-nente da barragem de uma hidrelétrica que será construída nos municípios de João Pinheiro e Bu-ritizeiro, no Noroeste do Estado. Para conseguir o instrumento jurídico, os promotores Marcelo

Maffra e Alysson Cembranel alegaram que resolução do Conselho Nacional de Meio Am-biente fixa em cem metros a faixa de proteção no caso de barragens artificiais. Enquanto isso, na Câmara Federal, projeto de autoria do deputado Fernando Lopes (PMDB-RJ), propõe exatamen-te o contrário, isto é, a flexibilização do Código Florestal em relação à utilização das áreas de flo-restas ou outras formas de vegetação situadas nas margens de rios, lagos, lagoas ou reservatórios d’água naturais ou artificiais, quando se tratar de áreas urbanas. O parlamentar entende que as res-trições do atual Código Florestal constituem um “exagero”

público I

“ Embora tenha recebido o nome de “projeto de incre-mento à arrecadação”, tal proposta visa somente a incorpo-ração, pelos gestores, de atribuições próprias e privativas dos auditores, sem que para isso tenham prestado concur-so público para a carreira de audit or fiscal. Reivindicações salariais são legítimas, desde que pleiteadas através de luta, de maneira legal e ética. Ao contrário do que afirma a diretoria do Sinffaz, em nota publicada dia 25 de outubro nessa mesma coluna (“Briga de Galos”), o Sindifisco-MG não está defendendo interesses corporativistas”.

público II “ Em respeito aos 10 milhões de brasileiros que, se-

gundo levantamento do IBGE, estão estudando diuturna-mente para prestar concursos públicos, o Sindifisco-MG defende a realização de concurso público como a forma mais democrática de acesso ao serviço público. Qualquer tentativa de assumir de outra forma as atribuições do Fisco é ilegal, imoral e antiética. Conceitos como ética e legali-dade, entretanto, parecem não fazer parte do vocabulário da atual diretoria do Sinffaz, que recorreu ao mais baixo expediente na tentativa de aprovação de seu “projeto”: poucos dias antes das eleições gerais, a entidade encami-nhou e-mail a toda a categoria dos gestores, recomendando o voto em determinados deputados que, segundo afirmou, retribuiriam o gesto com o apoio ao “projeto”, como se não existisse lei”.

público III“ De posse de documentos que comprovam as reais

intenções do Sinffaz, o Sindifisco-MG já entrou com re-presentação ao Ministério Público e denunciará o fato à ALMG e à sociedade. Recentemente o Sindifisco-MG edi-tou livro com parecer do jurista Celso Bandeira de Mello, atestando a inconstitucionalidade dos gestores fazendários exercerem, sem concurso público, atribuições exclusivas e privativas dos auditores fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais. A publicação está disponível no site do Sin-difisco-MG (www.sindifiscomg.com.br). Lindolfo Fer-nandes de Castro (Presidente do Sindifisco-MG)”.

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HOJE EM DIA - p. 26 - 30.10.2010Minas regulamenta a lei antifumo

NOVA rODOVIárIA

Edital de licitação será publicado em novembroDIárIO DO COMÉrCIO - p. 4 - 30.10.2010

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PM apura esquema para matar 17

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VICTOR HUGO FONSECAUma briga que começou em uma choperia terminou na

morte de um homem de 25 anos, na madrugada de ontem, em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte. Um investigador da Polícia Civil foi preso suspeito de ter cometido o crime e alegou legítima defesa. A vítima teria agredido o irmão do policial horas antes.

Segundo o tenente Noel Rosa, o policial civil Paulo Go-mes, 24, foi preso após ter confessado que efetuou um dis-paro contra duas pessoas. O tiro acertou a coxa do ajudante de produção Carlos Henrique Rodrigues Leal, 25, e perfu-rou a artéria femoral. Leal ainda conseguiu caminhar por um quarteirão e foi socorrido, mas não resistiu.

Em depoimento, Gomes disse que atirou, mas não tinha certeza de que tivesse acertado alguém porque todos cor-reram após os disparos. Segundo o relato dado à PM pelo estudante Sérgio Gomes, 22, irmão do policial, duas horas antes do crime, ele e outros dois amigos estavam em uma choperia. No local, após o estudante esbarrar em Leal, o ajudante de produção o agrediu com um capacete. Militares estiveram no estabelecimento, mas Leal já tinha ido embora

e o estudante dispensou a polícia alegando que chamaria o irmão, um policial civil. Os irmãos voltaram para Matozi-nhos, e no caminho, Sérgio identificou Leal e o amigo dele, Natan Ribeiro, 24, como os responsáveis pela agressão. “O Gomes disse que se identificou e pediu para os dois levan-tarem as mãos, mas o Leal atirou o capacete contra ele e o Ribeiro pôs a mão na cintura como se estivesse armado”, relatou o tenente da PM.

A arma do investigador, uma pistola .40, foi apreendida. A Polícia Civil informou que instaurou inquérito para apurar as causas do fato. Gomes, além do inquérito policial, respon-derá também a sindicância administrativa junto à Correge-doria de Polícia Civil.

Familiares pedem justiçaFamiliares de Carlos Henrique Leal pediram justiça.

“Eles falam em justiça de Deus, mas meu irmão vai para debaixo da terra e eles ficarão soltos”, disse uma irmã.

Um primo contou que ele era tranquilo e trabalhador. Já o tenente Noel Rosa disse que um irmão da vítima contou que ele se envolvia em confusões com frequência. (VHF)

O TEMpO - p. 27 - 03.11.2010

Matozinhos.Ele foi preso e responderá a inquérito e sindicância

Policial é suspeito de matar jovem após briga em choperiaInvestigador alega legítima defesa; vítima teria agredido seu irmão horas antes

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FOLHA DE Sp - p. 01 - CAD ESpECIAL - 01.11.2010

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Fernando Braga e Vânia Cristino Brasília – A promessa parece ser atraente para quem quer

fugir dos altos juros praticados pelos cartões de créditos e cheque especial: reunir num único lugar pessoas que desejam tomar empréstimos e outras que estejam dispostas a entre-gar o dinheiro, em troca de retornos calculados sobre juros negociados em leilões. Vence aquele que ofertar a taxa mais baixa. Essa é a proposta da Fairplace, uma rede social que traz ao Brasil o conceito de empréstimos on-line P2P (ponto a ponto), onde usuários cadastrados transferem valores que chegam a R$ 5 mil diretamente para outras pessoas, sem pas-sar por nenhuma instituição bancária. No entanto, a empresa que atua como intermediária de cliente age à margem da le-gislação brasileira, uma vez que não está credenciada no Ban-co Central (BC), autoridade que regula o setor financeiro do país. É por isso que o Ministério Público agora vai investigar se o site está agindo de forma irregular ao não se submeter a um órgão regulador competente.

Criada há seis meses, a rede social conta com 14 mil pessoas e já realizou 410 operações entre seus usuários, mo-vimentando R$ 1,6 milhão. Para tentar conseguir um em-préstimo, o interessado deve preencher um cadastro, onde é avaliado o seu nível de risco. Com esses dados em mãos, em-prestadores realizam um leilão, em que oferecem o dinheiro com diferentes taxas de juros.

Apesar de inicialmente se mostrar como um serviço prá-tico e vantajoso, com taxas médias de 3,2% ao mês (menor que as de cartão de crédito, de 10,69%, e cheque especial, de 7,47%), a Fairplace não se apresenta ao público como uma entidade financeira. “Trata-se de uma sociedade prestadora de serviços de intermediação e captação de empréstimos en-tre particulares por meio virtual”, argumenta o sócio-funda-dor do site, Eldes Mattiuzzo. “A Fairplace não faz qualquer tipo de concessão direta de empréstimos ou financiamentos. Apenas usamos nossa plataforma na internet para reunir as pessoas interessadas no negócio.”

No entanto, na visão de especialistas, ao não estar cre-denciada junto ao BC, o site não poderia operar. Depois de ser informado sobre a existência da página, o presidente da con-sultoria JL Rodrigues, José Luiz Rodrigues, se mostrou sur-preso. “Para ser intermediário do mercado financeiro é preci-so ser instituição financeira, ou fundo que atue no mercado de capitais. Se há um novo meio que ofereça investimentos ao público, ele deve estar cadastrado junto ao órgão competen-te”, afirma. O professor Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor do Banco Central, concorda com a opinião de Rodrigues e acredita que a autoridade monetária fez certo ao abrir os olhos para a atuação da Fairplace. “Captar recursos junto ao público é privativo de instituições financeiras autorizadas a funcio-nar pelo BC ou de fundos de investimentos licenciados pela CVM”, observa. De acordo com Carlos Eduardo de Freitas uma entidade que capta recursos de terceiros, aparentemente à margem da legislação, gera risco para a poupança popular. Para Freitas, em princípio a Fairplace está irregular nas duas

pontas: captação de recursos e empréstimos. COMO FUNCIONA?CadastroQuem quer o empréstimo se cadastra no site e preenche

uma ficha com dados pessoais e valor que deseja obter.ClassificaçãoO site classifica o usuário de acordo com o seu perfil e

o risco que ele apresenta em não pagar o empréstimo. O site não se responsabiliza por possíveis calotes.

LeilãoPessoas que desejam emprestar o dinheiro participam de

um leilão, cujo vencedor é o que oferece menores taxas de juros.

RetornoSe tudo der certo, o emprestador recebe de volta o di-

nheiro em parcelas com os juros mensais preestabelecidos. LucroEm troca, o site recebe 2% do valor de cada parcela re-

cebida pelo emprestador. Quem captou o dinheiro paga uma comissão que pode variar de 5% a 8% do montante total.

ATENÇÃO É TUDODicas para não se dar malVeja se são autorizadosQualquer um que ofereça investimentos coletivos (como

fundos, clubes de investimento e contratos do tipo ‘boi gor-do’) ou se apresente como intermediário de uma instituição financeira precisa de autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como pessoa física, ou do Banco Central (BC), como pessoa jurídica.

Procure por registrosA CVM mantém o registro de quem atuou de forma ir-

regular no passado. Com CPF ou CNPJ de quem oferece o serviço financeiro, o cidadão pode fazer consultas no site da CVM (www.cvm.gov.br). Basta clicar no link Atos Declara-tórios — Suspensão de Atividade Irregular.

Desconfie de depoimentosUma tática comum dos criminosos é usar depoimentos

de quem parece ter aproveitado a oportunidade e ficado satis-feito. Mas lembre-se: depoimentos de desconhecidos não têm valor para decisões financeiras.

Conheça os representantesMuitos golpistas apresentam o nome de uma instituição

credenciada, mas apresenta dados diferentes para contato. Por isso é importante checar se o suposto prestador de serviços realmente representa uma determinada empresa do setor.

Tenha calmaOs fraudadores costumam pressionar as vítimas e tentar

impedir que elas avaliem com calma as propostas. O discurso costuma envolver uma chance imperdível e a necessidade de pressa para que ela possa ser realizada.

Cuidado em eventosA CVM recomenda que as pessoas tenham um cuidado

especial com abordagens e propostas feitas em eventos, como cursos, feiras de negócios ou mesmo sites.

ESTADO DE MINAS - p. 15 - 03.11.2010 AgIOTAgEM VIrTuAL?

Site de empréstimo sob suspeita do MPFairplace oferece dinheiro com juros abaixo dos praticados pelo mercado e será investigada pelo Ministério Público

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O tempo, com suas inúmeras implicações, tem sido alvo de muitos questionamentos. É comum a sensação de perda de tempo, impaciência, ansiedade ou de “tempo que passa muito rápido”, pressa, entre outros sentimentos e im-pressões variadas. Como administrar o tempo, obter bons resultados o mais rápido possível? A Justiça não escapa da pressão do tempo. As chamadas súmulas vinculantes são uma resposta a esse anseio de celeridade.

A sociedade não quer esperar – até que ponto se pode atender a esse apelo? O objetivo da súmula vinculante é agi-lizar a decisão judicial e o seu alvo são os casos repetitivos, em que a jurisprudência já se encontra pacificada. A institui-ção da súmula vinculante, como é do conhecimento de mui-tos, é uma competência do Supremo Tribunal Federal (STF), tornando-se um entendimento obrigatório. Esse tema, que é relevante e suscita ampla discussão, foi abordado em semi-nário realizado pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em par-ceria com o Instituto Victor Nunes Leal.

Segundo o artigo 2º da Lei 11.417/06, o STF “poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vin-culante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista nesta Lei”.

O parágrafo 1º do artigo citado diz o seguinte: “O enun-ciado da súmula terá por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja, entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pú-blica, controvérsia atual que acarrete grave insegurança ju-rídica e relevante multiplicação de processos sobre idêntica questão”.

Tudo parece, a princípio, bem simples. Existe um en-tendimento unificado que gera uma súmula – daí, ela se tor-na “vinculante”, com o intuito de evitar o grande volume de recursos repetitivos e desafogar o Judiciário, com efeitos até mesmo na esfera da administração pública. No entanto, a vida e a sociedade são dinâmicas. O direito, da mesma for-ma, é renovado constantemente – vários profissionais estão sempre estudando e produzindo novas interpretações.

Recentemente, a imprensa divulgou notícias sobre a de-cisão do presidente do STF, Cezar Peluso, em contratar um casal para cargos de confiança no Supremo, sob a alegação de que a decisão administrativa estaria contrariando a deci-são judicial. Isso, em função da Súmula Vinculante 13, que trata do nepotismo, segundo a qual, “a nomeação de cônju-ge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade no-meante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exer-

cício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos poderes da União, dos rstados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal”.

Essa súmula está sendo revista, conforme informações do próprio STF. Existem críticas até mesmo quanto ao enun-ciado, que tem nada menos que 82 palavras na mesma frase, o que dificulta a interpretação. Um site jurídico (Espaço Vi-tal) chegou a ouvir professores de português sobre o texto da súmula, concluindo que “não tem a clareza que seria de-sejável”.

Muito se tem discutido sobre as possíveis vantagens e desvantagens da adoção de súmulas vinculantes. Entre as vantagens, argumenta-se a possibilidade de conferir um tra-tamento isonômico aos jurisdicionados; a maior previsibili-dade que pode ser atribuída aos julgados; a possível agiliza-ção e desafogamento da atividade judicante e o atendimento aos anseios sociais por uma Justiça célere e eficaz.

Entre as desvantagens, fala-se do enfraquecimento do limite entre a função jurisdicional e a função de legislar; o empobrecimento da argumentação jurídica; a ofensa à li-berdade de convicção dos magistrados; a intensificação do poder conferido ao STF; problemas com a interpretação da nova súmula e a possível ofensa ao princípio do duplo grau de jurisdição.

A súmula vinculante não é ponto pacífico. Pelo contrá-rio, ela gera um debate profundo. Como já foi dito, é in-contestável o poder de renovação do direito. Nesse aspecto, importante destacar que a própria Lei 11.417, artigo 2º, pa-rágrafo 3º, garante que “a edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula com efeito vinculante dependerão de decisão tomada por 2/3 (dois terços) dos membros do Su-premo Tribunal Federal, em sessão plenária”. Sendo assim, as mudanças são possíveis.

Pode-se concluir que, provavelmente, as súmulas terão que ser revistas sempre, para fazer frente às necessidades de mudança. Porém, não se pode negar que elas são impor-tantes para a Justiça e para a sociedade. Por isso, a Esco-la Judicial do TJMG reuniu personalidades renomadas – a ministra do STF Cármen Lúcia, a desembargadora federal Mônica Sifuentes, os desembargadores do TJMG Armando Freire e Edgard Amorim, a magistrada trabalhista Mônica Sette – para a abordagem do tema.

A súmula vinculante, enquanto em vigor, tem força de lei – esse é outro lado polêmico. Mas pode também ser sinô-nimo de celeridade, que é um aspecto muito positivo. Como na Justiça o ideal é o equilíbrio, o desafio é, mais uma vez, reconhecer a medida entre editar uma nova súmula vincu-lante, rever ou cancelar, tendo em vista os interesses maiores da administração pública e da sociedade

ESTADO DE MINAS - p. 01 - DIrEITO & JuSTIÇA - 01.11.2010

Súmula vinculante: resposta aos anseios de celeridadeDesembargador Joaquim Herculano Rodrigues - 2º vice-presidente do Tribunal

de Justiça de Minas Gerais e superintendente da Escola Judicial do TJMG

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