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acosagricultoresdosul ovelha revista N.º 63 | ABRIL 2016 | ANO XXIX | PREÇO 2,50 EUROS | ISSN 0805356 In memoriam Manuel de Castro e Brito 1950 - 2016 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 33ª OVI BEJA 21 a 25 de Abril de 2016 TODO O ALENTEJO DESTE MUNDO

33ª OVI BEJA · 2019. 11. 7. · de negócios, de apresentação e discussão dos temas da actuali dade. É uma feira das pessoas. Construída e vivida por quem nela participa. A

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acosagricultoresdosul

ovelharevista

N.º 63 | ABRIL 2016 | ANO XXIX | PREÇO 2,50 EUROS | ISSN 0805356

In memoriamManuel de Castro e Brito1950 - 2016

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

33ªOVIBEJA21 a 25 de Abril de 2016TODO O ALENTEJO DESTE MUNDO

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02 | revista ovelha | crónica

Este grande em que me integro

Aflige-me, em geral, o desmedido, a enormidade, o grande em demasia. Esse esmaga-me, atormen-

ta-me. O Alentejo é o grande que não temo. É um grande que me é íntimo. Que nunca me foi excessivo. O Alentejo é grande, mas comporta a grandeza com-patível com a minha pequenez.

Martinho Marques

Martinho Marques é um dos mais conhecidos escritores bejenses, com uma obra subs­tancial já publicada. Nasceu em Albernoa a 15 de Dezembro de 1949 e foi professor de Matemática em Beja entre 1975 e 2008, ano em que se aposentou.Da sua obra, vasta e polifacetada, que incide muitas vezes sobre o Alentejo, destacam­se, entre outras, O nómada sentado, 1995, Alentejo: Uma terra nos planos do mar, 1997, Mítica e íntima Índia, 1998: Mais alta a água – o Guadiana e a nova tradução da terra, 2004, Com o tamanho do tempo – por Beja, onde são maiores as horas e os horizontes, 2008, Gerún-dio, 2014; Desenvenena-mentos – orações para a saúde do mundo, 2014, e os mais recentes Um ermo que não o era, 2015 e Registos que o tempo deixa, 2015

Depois do palavrão nosso de cada dia, aquieta-me pousar na vastidão desta terra. Apazigua-me o

canto, o das aves e o dos homens. É neste sul que frequen to que oriento frequentemente a alma desnorteada. Magnético, o Alentejo é-me a bússola maior quando ando em busca de mim. Eu não consigo

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crónica | revista ovelha | 03

José Francisco

José Francisco é um dos novos valores da pintura e da ilustração. Reside em Beja e desenha desde pequeno. Os seus “brinquedos” eram preferencialmente o papel, lápis e borracha.Licenciado em Artes Plásticas e Multimédia, conta no seu percurso artístico com experiên­cia na realização de trabalhos nas áreas da Pintura, com par­ticipação regular em exposições individuais e exposições colectivas, Ilustração, Banda Dese­nhada, Artes gráficas e na formação artística para crianças e adultos.A sua obra de ilustra­ção já é substancial, tendo ilustrado livros de Alexandra Graça, Jorge Serafim e José Luis Peixoto.

ser ele, mas ele é-me quase tudo. Se longe, sinto-lhe a falta, falta que receio tanto como a ausência dos seres mais amados. Quando o deixo, não passo sem dormir, mas nele descanso melhor. Ele é o meu melhor quarto para não pernoitar sobressaltado. Está nele a cama mais fofa, ainda que cheire a feno e só tenha por dossel

a copa de uma azinheira. Ela mune-me da paz para melhor eu poder travar a guerra dos dias. A alma da minha escrita, se existe, nasceu aqui, perto das ervas, dos bichos, talvez abusivamente mineral, animal e vegetal, aguçada e pegajosa, do contacto com o xisto, com o barro, com o tojo, com o rasmono e a esteva.

Mas dou razão a quem me repreenda, dizendo não ser possível viver neste ou noutro sítio apenas

com os sentimentos, ainda que se use a alma toda, vibrando com a natureza que cumpre estações do ano, perante o sol que se ergue ou que declina no céu. Eu louvo também os homens que permitem e acrescentam a vida no Alentejo. Que vão buscá-la ao gado, às uvas, aos olivais, aos cereais, aos forasteiros que atraem e acolhem. Sem ferirem de morte os equilíbrios. Sem beliscarem o céu. Sem macularem o mar. Sem magoarem as plantas que, a bem dizer, principiam a sua vida no alto. Têm raízes na terra, mas dependentes da água de nuvens que andem no céu. O que nem sempre acontece. Daí Alqueva ter sido, primeiro, um sonho e, depois, uma maneira de guardar a água que chova em outros lugares. Um louvor também aos homens que conseguiram provar que o nosso cante e os chocalhos, soando de corgo em corgo, tão vulgares e tão íntimos, podiam vir a ser considerados património imaterial de toda a humanidade, estenden-do a viabilidade da vida que aqui vivemos.

Não podendo passar sem recordar que intimamente ligadas à vida e à agro-pecuária alentejanas eram

as feiras de Beja, a de Maio e a de Agosto, as velhas feiras de quando eu era novo, parece-me aceitável concluir que a Ovibeja é a sua mais forte sucedânea, agora com atracção de mais país e mais mundo, que aqui vêm pro-var e aprovar a nossa ruralidade. É uma das grandes fes-tas anuais do Alentejo, que se apresenta e convida.

Eu aceitei o convite para aqui vir e aqui estar, com palavras que não escondem a minha enorme

devoção à terra, a que agradeço a grandeza que me dá, que nunca me atemoriza e que, estando entre as inúmeras grandezas que eu admiro, é indubitavel-mente das poucas em que me integro.

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04 | revista ovelha | ovibeja

Ovibeja

Ovibeja é uma marca. E se a necessidade aguça o engenho, a

marca “Ovibeja” é a construção partilhada, o passo em frente que

é preciso dar sempre, continuadamente à procura de novas

soluções. A Ovibeja é a marca de uma feira inclusiva. Encorajadora.

Motor impulsionador das diferentes dinâmicas por que é com­

posta a sociedade. É uma feira que apela à participação activa, ao

exercício da cidadania, à construção de mais­valias resultantes de

todos os sectores de actividade ao encontro da afirmação das

di ferentes dinâmicas, sejam do sector agrícola e agro­pecuário,

dos desenvolvimentos tecnológicos, da investigação científica, do

saber fazer e do saber ser. É uma feira que nasce na terra e se

desenvolve na cidade.

A Ovibeja é uma feira agrícola. Da produção. Mas também da

transformação, dos serviços, uma mostra institucional, um centro

de negócios, de apresentação e discussão dos temas da actuali­

dade. É uma feira das pessoas. Construída e vivida por quem nela

participa.

A Ovibeja é uma feira diferente. Sem preconceitos. De todas as

idades. Da diversidade do campo. Das diferentes expressões da

cidade. Ergue­se com respeito à mais pura ruralidade, mas cons­

trói­se de modernidade, numa paleta de todas as cores. A Ovibeja

é a construção do sonho. “Todo o Alentejo deste Mundo”!

ACOS – Agricultores do Sul

A

Nota da direcção da ACOS

A Direcção da ACOS – Associação de Agricultores do Sul, consciente da responsabilidade e do papel insubstituível que a Associação desempenha no sector agrícola e na região, bem como do legado que recebeu do seu malogrado Presidente, Engº Manuel de Castro e Brito, reuniu extraordinaria-mente em 5 de Abril de 2016 e deliberou por una-nimidade o seguinte:• Agradecer publicamente as inúmeras mani-festações de pesar manifestadas à Associação pela perda do seu Presidente, o que se traduz, como o

próprio Presidente da República sublinhou, “numa perda largamente irreparável”;• Prestar homenagem pública ao Engº Manuel de Castro e Brito no decurso da presente edição da Ovibeja;• Manifestar total disponibilidade, determi-nação e empenho para continuar o notável tra-balho, até aqui protagonizado pelo Engº Manuel de Castro e Brito, nomeadamente na defesa intransigente da Agricultura e dos Agricultores Alentejanos, na realização da Ovibeja e na con-tinuidade das actividades de prestação de serviços aos associados;• Tomar as disposições regulamentares necessárias

à nomeação do novo Presidente da ACOS.Sobre a 33ª Edição Ovibeja, a realizar de 21 a 25 de Abril, a Direcção procedeu a uma avaliação dos trabalhos preparatórios e da programação de activi dades a levar a cabo, perspectivando-se que a mesma se traduza mais uma vez num enorme sucesso.Deliberou por unanimidade designar o Doutor Claudino Matos (Assessor da Direcção) como Porta-voz da respectiva Comissão Organizadora.

Beja, 5 de Abril de 2016A Direcção da ACOS

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sumário | revista ovelha | 05

Ficha Técnica Revista Ovelha | n.º 63 | ano XXIX | Diretor Manuel Castro e Brito | Redação Carlos Júlio, Joana Gomes, Ana Garcia, António Carrapato (fotografia) | Colaboradores Martinho Marques, João Francisco (ilustração), José Ferrolho e arquivo do “Diário do Alentejo (fotografia) | Design Gráfico Conversa Trocada, LDA | Edição ACOS Agricultores do Sul | Departamento de Relações Públicas Filomena Maltez | Secretariado Manuela Realista, Joana Gomes, Raquel Flores | Redação, Administração e Publicidade ­ ACOS ­ Rua Cidade de S. Paulo, Apartado 296 7801­904 Beja | Telf: 284 310 350 | Fax 284 323 439 | E­mail: [email protected] | Impressão Tipografia Jorge Fernandes, Lda

tema 18

O Cante, o Artesanato e os Ofícios

Ovinoites22David CarreiraD.A.M.A.CarlãoNelson Freitas

Dossier do Azeite6.º Concurso Internacional de Azeites Virgem­ExtraPrémio CA Ovibeja30

OPINIÃO

In Memoriam6

Manuel de Castro e Brito8

Mensagens10

Entrevista

Terra fértil20

AMAlentejo24 “É preciso dar voz ao Alentejo”26 João Proença: “Queremos que os alentejanos possam decidir sobre o seu futuro”28 Ceia da Silva: “A Ovibeja é já um excelente produto turístico”

José Gouveia

José J. Gaforio

Heiko Schmidt

Manuel Vasco de Castro e Brito

Aníbal Martins

Luís Folque

Brigido Chambra

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MANuEl EfIgéNIO

CANO DE CAsTrO

E BrITO1950-2016

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08 | revista ovelha | in memoriam

Mensagem do Presidente da república

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa enviou uma mensagem de condolências à Família do Engenheiro Manuel Castro e Brito, Presidente da ACOS – Associação de Agricultores do Sul, promotora da

Ovibeja e da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo.

“O Presidente da República louva a persistente e mobilizadora luta do Senhor Engenheiro Manuel Castro e Brito na defesa da agri-cultura e dos agricultores, e sublinha o papel essencial na organiza-ção e presidência da Ovibeja.

Recorda, com saudade, a sua amiga presença e solidariedade em momentos cívicos vividos em conjunto.

Testemunha o seu profundo pesar à Família e às instituições a que dava as suas constantes dedicação e experiência”.

Marcelo Rebelo de Sousa

“Os mais profundos sentimentos de pesar pela inesperada morte de Castro e Brito, ilustre e reputada figura da sociedade bejense, que marcou positivamente o seu tempo. Destacou-se pela ligação à agricultura e ao movimento associativo do setor, foi o grande impulsionador e o principal responsável pelo sucesso da maior feira agropecuária do sul do País, a Ovibeja, e manteve, desde sempre, com o município, a melhor das cooperações, no âmbito do desenvolvimento e da promoção da cidade, do concelho e da região”.

Câmara Municipal de Beja

“uma grande perda para o Alentejo e para a agricultura da região. Deixa como legado principal a Ovibeja, um certame que é hoje uma referência nacional e a melhor montra de tudo o que o Alentejo tem de bom e posi-tivo. foi uma notícia que me comoveu bastante, dado tratar-se de uma pessoa com quem tinha um relacionamento de mais de 30 anos, sempre pautado por um grande

respeito mútuo”.

Capoulas Santos, ministro da Agricultura

“Castro e Brito fazia parte do movimento AMAlentejo, cujo projeto abraçou desde o primeiro momento. O mais profundo pesar e consternação pela súbita e inesperada morte do destacado presidente da ACOs e da federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (faaba). Trata-se de uma perda irreparável de mais um grande alentejano cujo nome perdurará sempre como o grande animador da Ovibeja, onde estava sempre presente todo o seu amor pelo Alentejo”.

Movimento AMAlentejo

Hoje deixou-nos Manuel de Castro Brito. Um grande homem da minha terra. O Manuel era num só homem tudo o que nós alentejanos temos de bom: - lutador,

sonhador e apaixonado pela sua terra.Lutou como ninguém pelo nosso Alentejo sempre

disponível e sempre presente. Lembro-me dos momentos que passámos juntos a falar sobre o Alqueva e sobre a necessidade de financiamento para a conclusão do rega-dio. Conhecia os detalhes como ninguém e mostrava-me com grande orgulho tudo o que o Alentejo mudou com essa grande obra. Levava-me pelos campos para me mos-trar os detalhes de todas as culturas e nunca se cansava.

Levantava-se todos os dias e lutava por aquilo que acreditava como uma energia como nunca vi. Sempre o vi com um sorriso. Nunca desistiu e moveu mundos e fun-dos para que o financiamento para a conclusão do regadio fosse possível. O Alentejo deve-lhe essa e outras lutas.

Depois era um sonhador. O seu maior sonho era ver o Alentejo ser falado no mundo e reconhecido como uma das regiões mais extraordinárias da Europa. No princípio dos anos 90 tive um jantar com ele e com a sua querida mulher em Paris no “Chez Leon” que nunca esquecerei. Nessa noite falou-me do seu grande lema “Todo o Alentejo desse Mundo” e confessou-me que quanto mais viajava mais gostava do Alentejo. Dizia-me: “Tu que estás aqui em Paris tens que nos ajudar a dar a conhecer o nosso Alentejo. Tens que trazer estes franceses à Ovibeja.” Era essa sua paixão que o movia e era essa paixão que nunca o deixava descansar. Trabalhava dia noite pelo seu Alentejo. Todos lhe devemos muito. O Alentejo perde o seu maior embaixador. Eu perco um grande amigo.

Até sempre Manel!

*Comissário Europeu

Manuel Castro e Brito

um grande Homem.

um grande Alentejano

Carlos Moedas*

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in memoriam | revista ovelha | 09

Voto de pesar da Assembleia da república

O falecimento precoce do Comendador Manuel Castro e Brito, Presidente da Associação de Agricultores do Sul e alma mater da criação e do funcionamento da OVIBEJA é uma perda não só para região que serviu com empenho e visão, mas sobre-

tudo para o país que orgulhosamente defendia e promovia através da agricul-tura e da preservação dos seus patrimónios, do qual o sucesso da OVIBEJA é exemplo. A sua forte personalidade humanista, de grande visão, abrangência e cultura esteve sempre ao serviço da nossa região do baixo alentejo, com elevado sentido de missão, procurando desinteressadamente acrescentar valor e méritos. Hoje é um dia de dor para todos nós, que ficamos mais pobres com a sua partida prematura, mas também um momento de profundo reconhecimento, mais do que justificado pela sua vivência, do Homem, do Dirigente Associativo e do Cidadão que abriu as portas para todo o Alentejo deste mundo.

Os Deputados Pedro do Carmo (PS) Nilza de Sena (PSD )Aprovado por unanimidade

Nos últimos dias muito se tem falado de si como ser humano, como alentejano, como cidadão. Aqui quero falar da pessoa que amamos, do nosso pai que-

rido.Tive, ao seu lado, uma vida plena. Tivemos as nossas tensões e os nossos arrufos –

que são parte insubstituível dos laços de sangue entre o melhor pai do mundo e os seus filhos.

Eu sei que esta nossa família, construída com laços fortes e muitas emoções, foi também um cami-nho, uma aprendizagem para si. Se há uns anos atrás, o seu bigode escuro e sério disfarçava uma certa insegurança e um ar desajeitado para lidar com as nossas efervescências, nos últimos anos os seus cabelos já mais brancos e a doçura infinita do seu olhar foram sempre um porto de abrigo para os momentos menos bons.

“fervoroso defensor da agricultura, Castro e Brito foi uma das principais vozes na reivindicação do projeto Alqueva e na promoção da região, dando expressão pública aos sentimentos da classe que representava, numa luta constante pela melhoria das condições profissionais dos agricultores e do Alentejo. uma voz que se apagou inesperadamente, deixando de luto todos quantos viam em Castro e Brito o homem que nunca baixava os braços em defesa das suas convicções. O Alentejo perdeu uma voz e a agricultura alentejana perdeu um defensor. Alqueva deve-lhe a determinação da sua defesa”.

EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva

“Trata-se de um ilustre e reputado Homem da nossa sociedade, que soube marcar favoravelmente muito para além do tempo em que viveu. Destacou-se pela sua ligação à terra e ao movimento associativo do sector agrícola. foi, sem dúvida, o maior impulsio-nador e o responsável pelo sucesso da maior feira do sul – a Ovibeja. Desde sempre man-teve as melhores relações de cooperação com esta comunidade, quer no âmbito da Ovibeja, quer na defesa das grandes causas que apelam à dignidade, pelo desenvolvi-mento deste território”.

Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal)

Nas encruzilhadas da minha vida, sempre vivi-das com muita emoção e com o coração nas mãos, tive, no meu pai, o melhor conselheiro. Tinha sem-pre, uma história, uma metáfora, uma “parte” (como se diz por cá) que me fazia ver mais além, em perspetiva. Nunca querendo diminuir as minhas ansiedades, dizia-me sempre “Calma…, tens que ter paciência”. Se antes eu achava que era com emoção, com frontalidade e com o sangue quente nas veias que devia enfrentar o que me atormentava, hoje compreendo a sua maneira muito peculiar de estar na vida e de encarar as vicissitudes do dia-a-dia, a importância dos seus silêncios, dos seus olhares e da sua calma.

Tive no meu pai um amigo, também ele amigo dos meus amigos. Conheceu-os todos e sempre os recebeu bem. Gostava de ter a casa cheia, de nos ver todos reunidos à mesa. E, para que nunca faltasse nada, tratava ele das compras, do borrego, dos bolos e bolinhos. E a nossa casa, numa aldeia perdida no Alentejo profundo, foi e será sempre um local de encontros e reencontros de amigos, tão variados e de tantas partes do mundo.

Ensinou-me que as amizades são uma coisa séria e que os amigos são para preservar e tratar bem.

Foi um excelente avô. Adorava os netos e trata-va-os com muita dedicação e carinho. Ainda são pequeninos mas prometo que irão sempre lembrar-se do seu querido avô Bebé ou avô “Castos”.

Se o Homem nasce para se realizar através do amor, da família e da amizade, posso dizer que o pai, nesta vida, se realizou. A morte é apenas o culminar dessa realização, imortalizando-o nas nossas memórias e nos nossos corações.

Tudo que temos, e que não temos. É o tempo. Só gostava de ter tido mais tempo consigo, meu pai, e especialmente de me ter podido despedir de si e dizer-lhe o quanto o amo ainda em vida.

Que descanse em paz.Obrigado por tudo. Até sempre, pai.

* Texto lido na Missa de 7.º Dia, em memória de Manuel Castro e Brito

Querido Pai – estas

palavras são

para si*Luísa Castro e Brito

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10 | revista ovelha | in memoriam

Esta foi a última entrevista do

presidente da ACOs a um jornalis-

ta antes da sua morte prematura

a 29 de Março. Como era hábito,

todos os anos, cerca de um mês

antes da OVIBEJA, Manuel Castro

e Brito dava uma entrevista so-

bre a grande feira do sul em pre-

paração e sobre a agricultura em

geral, que depois era distribuída

e publicada por diversos órgãos

de informação, parcialmente ou

na íntegra. A distribuição desta

entrevista, que Castro e Brito ain-

da leu e fez algumas propostas

de correcção de pormenor, esta-

va marcada precisamente para

o dia da sua morte. Não chegou a

sê-lo. O “Diário do Alentejo” publi-

cou alguns excertos. é agora pub-

licada na íntegra.

Manuel de Castro e Brito, presidente da direcção da ACOS

“A OVIBEJA representa o espírito alentejano que é leal e saudoso da sua terra”A menos de um mês do início da Feira qual a expectativa gerada pela OVIBEJA? Tem havido boa adesão por parte dos expositores?Sim, a Feira está com muita procura, a expectativa é a do costume. A Feira vai fazendo o seu trajecto tranquilamente com sucesso e sempre com muita procura também porque trabalhamos para que haja inovação.

O número de expositores relativamente a outras edições vai-se, portanto, manter?Sim, vai manter-se ou, eventualmente, pode aumen-tar.

Ao longo destes 33 anos têm existido algumas transformações na OVIBEJA. A Feira, que ao princípio era essencialmente agro-pecuária, tem-se vindo a diversificar e a abranger outros sec-tores.Nos últimos anos temos apostado mais na imagem do Alentejo e este ano vamos insistir também com o artesanato e algumas exposições sobre os produtos daqui, sobretudo alguns que vão ficando esquecidos como o barro, a lã… Isso tem trazido reconheci-mento por parte das pessoas e tem trazido mais afluência de uma faixa que não está tão envolvida na agricultura, mas que aprecia muito tudo aquilo que está ligado à nossa região.

Mas ainda é o sector agrícola que marca a OVIBEJA.Sim. O próprio sector agrícola tem crescido muito na OVIBEJA e tem-se especializado mais. Isso é notório com a exposição de maquinaria agrícola aqui naquilo a que chamamos o Campo da Feira, onde as empresas de maquinaria agrícola e de factores de produção que estão ligadas à agricultura expõem e que já ocupa cinco hectares. Depois, também as temáticas da agri-cultura aqui presentes, como o azeite com o Concurso de Azeite Virgem Extra e a Exposição da Terra Fértil, que envolve uma nova agricultura e com o sector do regadio de Alqueva já a funcionar quase em pleno aqui no Alentejo.

Apesar de mais dinâmica a agricultura actual,

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verificou-se uma enorme diminuição no número de agricultores na generalidade do território português. Isso também se verificou no Alentejo, onde a propriedade média tem maiores dimen-sões?Essa é uma realidade em todo o país, mas sobretudo noutras regiões do país e não tanto no Alentejo. Há, de facto, uma racionalização, se assim se pode dizer, do sector agrícola, aumentando a dimensão das explorações, que cada vez têm que ter mais econo-mia de escala, e diminuindo outras explorações mais pequenas, muitas de tipo familiar e de auto-aprovi-sionamento que têm desaparecido. Penso que isto não é um drama. O drama pode ser o facto de existirem muitas pessoas que saem do sector porque também saem da região e aí estará o problema prin-cipal da falta de pessoas no interior do país e muito aqui no Alentejo.

O regadio de Alqueva

O regadio e Alqueva trouxeram a necessidade de maiores investimentos por parte dos agricul-tores. Isto não está a fazer também com que mui-tas explorações familiares estejam a ser substituí-das por empresas agro-pecuárias de grande dimensão?Para as empresas familiares, individuais, é um imperativo terem que se transformar em empresas, com uma gestão mais eficaz e um maior know how, uma vez que os investimento no regadio são muito altos.

Quem atravessa o Alentejo, mas sobretudo o dis-trito de Beja, nota uma grande alteração na pais-agem e no tipo de agricultura que é praticada. Concorda?Sim, essa é uma realidade principalmente no eixo que vem de Grândola para Beja porque é aqui que está implantado o regadio do Alqueva e as pessoas que vêm pela estrada são confrontadas com essa evolução.

Isso tem a ver apenas com Alqueva?Isso tem a ver unicamente com Alqueva. Os outros

Há, de facto, uma racionalização do sector agrícola, aumentando a dimensão das explorações, que cada vez têm que ter mais economia de escala. Penso que isto não é um drama. O drama pode ser o facto de existirem muitas pessoas que saem do sector porque também saem da região e aí estará o problema principal da falta de pessoas no interior do país.

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12 | revista ovelha | in memoriam

tipos de explorações de sequeiro são explorações tradi-cionais, de criação de gado, duma agricultura extensiva, de sequeiro, que não está nos melhores dias.

A pecuária neste momento também atravessa alguma crise.Sim. A crise tanto da pecuária como dos cereais de sequeiro ou da oleaginosas de sequeiro tem também muito a ver com o preço dos produtos agrícolas que desceram muito e anda também muito ligada à baixa do petróleo, aos embargos à Rússia e outras situações que têm um grande impacto no preço dos produtos agrícolas.

A OVIBEJA já retrata essa nova agricultura do Alentejo?Sem dúvida nenhuma. Retrata tanto a nível de expositores, a nível de colóquios, mas também a nível de uma movimentação mais política que tem a ver com a defesa de outros sectores, neste caso do regadio e principalmente na necessidade de uma moderação nos preços da água. Esta movimentação é uma situação nova, como também o tem sido desde há dois anos a movimentação em defesa da continuação das obras de Alqueva. A Ovibeja teve neste aspecto uma posição importantíssima para que o regadio do Alqueva fosse concluído.

Algo que ainda não aconteceu.De facto, o regadio do Alqueva ainda não está total-

mente concluído. Falta ainda uma parte na zona de Moura e também mais a norte que terá possibili-dades, segundo o ministro da agricultura, de conse-guir financiamento para estar pronto dentro de dois anos.

Relativamente ao preço da água. O preço da água de Alqueva teve um período de transição durante os anos de implantação do regadio. Como é que os agricultores vêm a evolução deste preço?Os agricultores têm noção de que a água é um factor de produção que tem custos e que tem que ser pago. No entanto, entendem que eles próprios, através das asso-ciações de regantes poderão gerir melhor e diminuir os custos da água, que continua a ser gerida por uma empresa cem por cento do Estado que é a EDIA.

Há uns anos houve a proposta de que a EDIA acabasse com a conclusão das obras de Alqueva e a gestão da água fosse assegurada por associações de regantes. É um debate ainda em cima da mesa?É natural que estas estruturas tendam a perpetuar-se, mas o papel principal da EDIA, que é a cons-trução do regadio de Alqueva, está particamente feito e está bem feito. A gestão da água deverá caber aos agricultores.

E sendo gerida pelos agricultores a água seria mais barata?

O regadio do Alqueva ainda não está totalmente concluído. falta ainda uma parte na zona de Moura e também mais a norte que terá possibilidades, segundo o ministro da agricultura, de conseguir financiamento para estar pronto dentro de dois anos.

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in memoriam | revista ovelha | 13

É o exemplo que temos de outras associações de regantes, tanto em Portugal, como em todo o mundo, porque este é o modelo de gestão da água a nível mundial.

A água, o azeite, o vinho, o montado, os produtos transformados… Todas estas componentes têm tido sempre muito peso aqui na Ovibeja. Continuam ainda a ser os produtos-âncora da economia alentejana?O azeite é um deles, sem dúvida. Quer a Ovibeja, quer a ACOS têm apostado muitíssimo nesse sector e na promoção do azeite com o único Concurso Internacional de Azeite que há em Portugal, patroci-nado pelo Crédito Agrícola, que neste momento está no topo dos concursos de azeite em todo o mundo. Está no primeiro lugar entre 19 concursos mundiais exaequo com o Concurso Mario Solinas que é promovido pelo COI (Comité Oleícola Internacional). É um concurso que tem uma grande qualidade, uma grande procura e é composto por um júri internacional com peritos de todo o mundo.

É desse júri também que lhe vem a qualidade.Sim. Daí e também do tipo de azeites que se apre-sentam a concurso, bem como da diversidade e da categoria desses azeites que vêm de todo o mundo.

Os azeites alentejanos têm tido sucesso quando comparados com outros azeites a nível mundial?No ano passado houve algumas menções honrosas para azeites alentejanos e quem ganhou o concurso foi uma empresa de Trás-os-Montes, a Cooperativa de Valpaços.

Valorização do Artesanato

No ano passado, a Feira teve uma inovação mar-cante, o Espaço do Cante, que teve a ver com o facto do Cante Alentejano ter sido classificado como Património Imaterial da Humanidade pela Unesco, facto assinalado também pelo encontro na Feira de cerca de dois mil elementos de grupos que cantaram em conjunto cinco modas. Esse espaço vai manter-se este ano?Vamos continuar nesse caminho e este ano, de novo, vamos convidar muitos grupos corais para virem aqui cantar. É um ponto de encontro dos alente-janos e o cante alentejano é o hino do Alentejo. A criação deste espaço no ano passado foi muito posi-tivo, as pessoas ficaram muito agradadas, e foi um espectáculo muito emocionante ver tanta gente a cantar a uma só voz.

Portanto, o Espaço do Cante vai-se manter, embora não se esperem este ano duas mil pessoas a cantarem ao mesmo tempo…

Quer a Ovibeja, quer a ACOs têm apostado muitíssimo na promoção do azeite com o único Concurso Internacional que há em Portugal.Neste momento está no topo dos concursos de azeite em todo o mundo. Está no primeiro lugar entre 19 concursos mundiais exaequo com o Concurso Mario solinas que é promovido pelo Comité Oleícola Internacional.

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Mas vai ser, de certeza, muito concorrido. É um espaço muito descontraído e informal, que este ano vai ser complementado com uma exposição sobre a lã, com trabalhos ao vivo, nos teares, e também sobre o barro e sobre os chocalhos, como não podia deixar de ser.

Que também foram recentemente classificados como Património da Humanidade…Sim, e que apareceram pela primeira vez aqui na OVIBEJA há já quase 20 anos.

A exposição de artesanato, que é apresentada como um dos aspectos inovadores este ano da OVIBEJA, vai estar localizada também neste Pavilhão do Cante?Sim. Este projecto artesanato, que já estamos a tra-balhar há algum tempo, pretende fazer com que apareça um artesanato genuíno e com qualidade, muito embora se pretenda em muitos casos um tipo de artesanato mais inovador.

O cartaz de espectáculos da OVIBEJA 2016 é entendido, por muitos, como o mais popular dos últimos anos. D.A.M.A., Carlão, Nelson Freitas, David Carreira são alguns dos nomes já confir-mados.A OVIBEJA é uma feira popular. Os queques também podem vir, mas o povo e a juventude é quem faz a OVIBEJA. Por isso, penso que o cartaz está adequado ao tipo de festa que se faz aqui, que geralmente dura até quase de manhã e continuando na senda de trazer aqui grupos nacionais. Os que trazemos este ano pareceu-nos serem os mais adequados.

Falando em jovens, a OVIBEJA tem mantido sempre a característica de receber muitas escolas de todo o Alentejo, com miúdos das mais diversas idades. É um traço que se mantém desde o tempo em que a OVIBEJA durava nove dias. Vai-se man-ter este ano?Sim. É uma oportunidade que damos às escolas, como também a grupos de pessoas mais velhas que vêm juntos visitar a OVIBEJA. Essa é uma tradição que é positiva e que vamos continuar.

A Região necessita de ter voz

A Feira é também sempre marcada pela presença de políticos de todos os quadrantes.A Feira é, de alguma maneira, uma oportunidade para que venham políticos a Beja, porque há uma grande necessidade desta região ter visibilidade e isso não tem acontecido, em muitos casos devido à crise de qualidade que se atravessa no mundo políti-co local.

Esta OVIBEJA coincide, aliás, com uma grande

A OVIBEJA é uma feira popular. Os “queques” também podem vir, mas o povo e a juventude é quem faz a OVIBEJA. Por isso, penso que o cartaz está adequado ao tipo de festa que se faz aqui, que geralmente dura até quase de manhã e continuando na senda de trazer aqui grupos nacionais.

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movimentação em termos regionais, uma vez que recentemente foram constituídos vários movimentos de opinião chamando a atenção para a regionalização, num casos, noutros para a neces-sidade da defesa do Baixo Alentejo. Como é que a OVIBEJA se situa face a estes movimentos?Seria uma pena se algumas dessas manifestações fossem estéreis, porque é necessário as pessoas esta-rem unidas e não divididas. Estamos fartos de capelinhas, de protagonismos mais ou menos pes-soais e o Alentejo precisa de uma grande união e de ter uma voz de modo a inverter a situação em que está, de não ter pessoas.

Esse é um problema comum ao Alentejo no seu conjunto, aos vários distritos, e não apenas ao Baixo Alentejo.Exactamente. Não tendo pessoas, não existe opinião pública, não existe influência e, portanto, quanto a mim, será bom que as pessoas estejam unidas para desenvolver a sua região e para conseguirem ter credibilidade também junto do governo e das insti-tuições. Se estamos todos os dias a fazer um movi-mento penso que isso não é bom para ninguém.

Portanto, estes movimentos deviam actuar em conjunto, é isso?Quanto a mim deveriam actuar em conjunto.

Partindo da vossa experiência, quer na ACOS,

quer na OVIBEJA, sentem que a região tem vindo a perder peso?A região não tem perdido peso porque conseguiu esta obra do regadio de Alqueva, que constitui o maior investimento recente que se fez no país. E conseguiram-se ultimamente também verbas a fundo perdido da comunidade para que as obras que estavam em curso fossem finalizadas, pelo que, neste aspecto, a região não tem perdido peso. E isto também porque houve um lobby muito actuante que exigiu que a agricultura não acabasse no Alentejo, que era o que estava programado. Acabando no Alentejo acabava no país. O Alentejo tem perdi-do votos, tem perdido capacidade de influenciar e tem perdido qualidade nalguns sectores, entre os quais o ensino. E isso é gravíssimo. Concluindo, esta é uma situação que tem que ser revista urgente-mente, que tem que ser equacionada, e para a qual tem que haver autoridade para repor a qualidade que é necessária.

O CEBAL tem que ser apoiado

Essa crítica relativamente ao ensino é, sobretudo, dirigida a quê ou a quem?Estamos a falar aqui no distrito de Beja que é onde está a maior área do regadio de Alqueva, num inves-timento brutal, quer público, quer privado, que tem forçosamente que ter um acompanhamento do ensi-no, da investigação e da experimentação na área da

Estamos fartos de capelinhas, de protagonismos mais ou menos pessoais e o Alentejo precisa de uma grande união e de ter uma voz de modo a inverter a situação em que está, de não ter pessoas.

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agricultura, com qualidade para que possa ajudar esses investimentos a terem mais-valias.

O Instituto Politécnico de Beja não tem estado à altura dessas responsabilidades?É evidente que não. E mais ainda. Alguns núcleos que foram criados como o CEBAL estão a ser preju-dicados por uma mentalidade individualista, que olha para o seu umbigo com medo do futuro e daquilo que forçosamente virá, que é o Conhecimento.

O CEBAL é um Centro de investigação muito ligado à água e ao regadio de Alqueva…Está completamente ligado. É um Centro de Investigação para a agricultura, para os produtos agrícolas, completamente ligado ao regadio e aos novos produtos que precisam de um tratamento especial, nomeadamente no que diz respeito às embalagens, à conservação, ao frio, à sua preparação, etc.. É urgentíssimo que exista um centro desses aqui em Beja. E houve um esforço muito grande, tanto da parte de autarquias como de empresas, de pessoas em nome individual, de associações para que isto fosse para a frente.

E porque é que o CEBAL não está a cumprir essas funções para que foi criado?O CEBAL, que é o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo, cumpre, mas precisa de construir redes, de se abrir, e o primeiro interlocutor teria que ser o Politécnico de Beja, que não tem que-rido assinar os protocolos necessários com Universidades exteriores para que esta expansão se verifique e possam vir mais cientistas, mais investiga-dores, mais pessoas para aqui. O CEBAL, que já estava com cerca de 40 investigadores, neste momento terá 12 ou 13. Isto é gravíssimo porque não tem financia-mento nem instalações, porque está num barracão no Politécnico de Beja, sem quaisquer condições. O apelo que faço é para que haja uma visão diferente da que tem existido. O Politécnico em si não tem culpa, os professores não têm culpa, os alunos estão inocen-tes. O problema é exclusivo da miopia de alguns directores do Instituto Politécnico de Beja.

Novo presidente e novo governo

Esta OVIBEJA realiza-se também num quadro diferente da Feira anterior: um novo governo, um novo ministro da Agricultura, um novo presi-dente da República. Quais as expectativas?A expectativa acerca do presidente da República, quanto a mim, é óptima, porque é uma pessoa muito interventiva e muito humana.

Naturalmente vai ser convidado para visitar a Ovibeja…

O CEBAl, que já estava com cerca de 40 investigadores, neste momento terá 12 ou 13. Isto é gravíssimo porque não tem financiamento nem instalações, porque está num barracão no Politécnico de Beja, sem quaisquer condições. O apelo que faço é para que haja uma visão diferente da que tem existido.

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Com certeza. Sobre o novo governo, foi esta a solução que se encontrou e, da parte da agricultura, penso que os agricultores que conhecem o dr. Capoulas Santos ficaram mais descansados porque ele é uma pessoa com muita experiência e com o conhecimento absoluto do sector.

A ACOS e a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo mantiveram com Capoulas Santos alguns braços de ferro quando ele foi anteriormente também ministro da agri-cultura. Desta vez esperam um relacionamento também difícil?A ACOS sempre disse que conhaque é conhaque e serviço é serviço. Tenho consideração e até ami-zade pelo dr. Capoulas Santos, que conheço há muitíssimos anos e que sempre nos apoiou na OVIBEJA - nunca faltou a nenhuma OVIBEJA tanto quando esteve no governo ou na oposição. É uma pessoa que está com este projecto, embora tenha havido alturas em que foi preciso haver definições. Isto é normal porque o dinheiro é só um e as regiões do país e os agricultores são mui-tos e há sempre uma disputa. Acrescenta a isto o facto de aqui no Alentejo haver poucos votos, o que também é complicado. As coisas irão correr bem, porque ele conhece a região, está empe-nhado e tem experiência. Também a sua influên-cia no partido do governo tornará possíveis as verbas suficientes do Orçamento de Estado para

cumprir o programa comunitário de Portugal 2020 para a agricultura.

Nestes escassos meses em que o ministro está em funções têm mantido canais de diálogo?Sim. O diálogo, aliás, manteve-se sempre, mesmo quando ele estava na oposição e como deputado europeu.

Também agora como comissário europeu, Carlos Moedas é de Beja. Tem mantido algum relaciona-mento com a OVIBEJA?Carlos Moedas não esteve na última OVIBEJA, o que é normal porque tinha acabado de tomar posse como comissário há muito pouco tempo. Mas aproveito para dizer que esta região deverá estar sempre grata ao engenheiro Carlos Moedas porque ele foi dos principais responsáveis por haver finan-ciamento para a conclusão do regadio de Alqueva. E, como tal, tenho por ele a maior das conside-rações e gostaria muito que ele viesse a esta OVIBEJA.

Para concluir, está tudo a ser feito para esta OVIBEJA ser mais um sucesso.Sem dúvida. A OVIBEJA está aí para esta edição e para muitos e muitos anos e penso que para muitas gerações, porque a OVIBEJA representa também o espírito alentejano que é leal e saudoso da sua terra.

A OVIBEJA está aí para esta edição e para muitos e muitos anos e penso que para muitas gerações, porque a OVIBEJA representa também o espírito alentejano que é leal e saudoso da sua terra.

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O Cante Alentejano que juntou o ano pas-sado, em uníssono, mais de três mil cantadores, regressa este ano à Ovibeja numa matriz ainda mais partilhada. O

Pavilhão do Cante, das Artes e dos Ofícios é um projeto com um forte cariz cultural e social, um regresso às raízes que cruza tradição e modernidade, memória e futuro.

Coincidindo com a classificação do Cante Alentejano enquanto Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, a Ovibeja apresentou na sua edição do ano passado um Pavilhão do Cante e uma exposição dedicada a esta tradição profundamente enraizada em todos os alentejanos.

Este ano o Pavilhão foi acrescentado de uma zona dedicado ao artesanato e aos ofícios tradicionais, onde a lã e os chocalhos – cujo fabrico foi recentemente reconhecido pela UNESCO como “Património

Pavilhão do Cante, do Artesanato e dos Ofícios

Onde se cruzam tradição e modernidade

Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente” - vão merecer especial atenção. Mas também outras matérias e objetos que nos contam reveladoras histórias de quem vive esta imensa planície e mais além vão estar presentes.

Este Pavilhão que reúne cante, petiscos e artesa-nato e a que chamámos Pavilhão do Cante, das Artes e dos Ofícios é dedicado a todos os alentejanos de alma e coração e contempla exposição e venda de artesanato, tertúlias e apresentações, provas de vinho e degus-tações gastronómicas, zona de projeção de docu-mentários e a exposição temática “O Nosso Cante”.

É um espaço de partilha, de ecos e sonoridades, uma mostra de artesanato e ofícios tradicionais, mas também de ideias e formas renovadas de viver e sentir o Alentejo, num regresso às raízes que cruza tradição e modernidade, memória e futuro. É um espaço inclu-sivo. Um ponto de encontro e de reencontros. Sem “Este Pavilhão

que reúne cante, petiscos e artesanato e a que chamámos Pavilhão do Cante, das Artes e dos Ofícios é dedicado a todos os alentejanos de alma e coração

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preconceitos. Da diversidade do campo e das diferentes expressões da cidade, numa paleta de todas as cores.

A zona do artesanato contempla, além da mostra e comercialização, vários espaços com artesãos a traba-lhar ao vivo. Um conceito onde se cruzam diferentes ambientes numa linguagem estética contemporânea com elementos da ruralidade.

Do ano passado vem a Exposição Temática O NOSSO CANTE que nos dá uma possível abordagem da história do Cante Alentejano através de uma linha cronológica que ilustra as diferentes fases da sua evolução como expressão antropológica e sociológica.

Ainda que com um cariz etnográfico e tradi-cional, o Cante revela-se também como um fenó-meno dinâmico e com forte implantação na sociali-zação dos alentejanos. É uma manifestação cultural atual, viva e em permanente atualização. Os repor-tórios tradicionais coexistem com novas temáticas, o que revela uma notável capacidade dos Grupos Corais em gerir a tradição e a contemporaneidade, vestindo muitas vezes um traje tradicional e cantan-do modas com temas da atualidade - fenómeno muito particular no contexto da música tradicional portuguesa.

Todo o espaço foi concebido como um espaço informal e de festa no qual a cultura alentejana é o mote para tertúlias e apresentações, para o Cante, para o convívio entre provas de vinho e degustações gas-tronómicas. Para este efeito, o espaço expositivo não vai ter um palco, mas sim uma grande mesa corrida onde vão acontecer todas as atividades programadas.

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Terra fértil Inovação e agronegócios

A 33ª Ovibeja expandiu o conceito Terra Fértil, que já vem de edições anteriores, dedicando um pavilhão inteiro às novas culturas agrícolas, ao agroalimentar e às

agroindústrias. Um espaço que reúne os diferentes atores que operam a ‘tão aclamada’ reconversão e modernização agrícola a acontecer no Alentejo e re vela a sua importância para a economia agrícola nacional.

São cada vez mais os expositores interessados nesta temática que funciona como um centro de excelência da promoção e venda do que de melhor se faz no campo e a partir do campo. Desde as novas culturas, ao agroalimentar e às agroindústrias, passando pelos equi-pamentos e tecnologias de ponta, bem como pelas mais recentes técnicas de marketing.

No Pavilhão Terra Fértil está em destaque uma mostra com um forte cariz empresarial e tecnológico que reúne empresas nacionais e internacionais, mar-cas, entidades e organizações de produtores que ope-

ram na inovação das culturas tradicionais e nas novas culturas e fileiras agrícolas. Em foco vai estar a sua incontornável importância para a afirmação e desen-volvimento do setor agrícola e para a economia agrí-cola nacional.

O Pavilhão Terra Fértil contempla uma zona de apresentações ao dispor dos expositores com uma pro-gramação própria. Estas iniciativas, que contam com o envolvimento de entidades oficiais, técnicos e peritos dos mais variados setores agrícolas, têm como meta o fortalecimento de relações de proximidade com o público interessado, para identificar e debater os dife-rentes desafios e oportunidades de um setor em franca expansão.

Para garantir uma dinâmica empresarial e de net-working vai estar também ao dispor uma zona destinada a reuniões entre empresas (B2B) e potenciais clientes e parceiros (B2C), num contexto de Unique Selling Point, uma abordagem integrada da produção ao con-sumidor final.

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Num cenário de crescimento demográfico a nível mundial, de modificações nos padrões de con-sumo, de desenvolvimento tecnológico acelerado e de alterações climáticas com impactos na sustenta-

bilidade dos recursos naturais, a produção agrícola e a transfor-mação agroalimentar assumem uma importância estratégica reforçada a nível global, criando oportunidades ímpares a todos os agentes destes setores. Essas oportunidades estão à porta e serão captadas por aqueles que estiverem melhor preparados para as perceber e para se ante-ciparem relativamente aos demais.

Para que possamos estar mais preparados, pre-cisamos de inputs (científicos, tecnológicos, orga-nizacionais e financeiros) para obter melhores out-puts (produtos ou serviços).

No caso do sector agrícola, em que o nível de integração com o setor da transformação e da dis-tribuição é muito marcado, os consumidores tor-nam-se essenciais para promover o “ciclo da mudança” e para promover o aparecimento de novas oportunidades. Se a empresa não tem com-petências internas que permita identificar oportu-nidades, ter capacidade para as concretizar e gerir, não vai ser capaz de aproveitar o “ciclo de mudança” que possa aparecer.

Nos últimos três ou quatro anos vimos aparecer muitas reportagens sobre o setor e muitos programas de televisão sobre todo o tipo de produtos e de produtores. Nós que estamos no setor sabemos que muitos desses projetos não são bem o que parecem e sabemos bem as dificuldades inerentes à implemen-tação de uma nova atividade ou do dia-a-dia de uma exploração agrícola. Mas para a imagem do setor isso tem sido muito importante e muito contribuiu para que a agricultura tenha hoje uma imagem mais “cool”, mais moderna e, sobretudo, mais qualificada.

Os agricultores passaram a ser vistos com outros olhos e têm hoje uma imagem renovada junto da sociedade. Mas, da mesma forma que se criou esta imagem, podemos rapidamente voltar a ter uma imagem negativa. A solução para evitar essa “reviravolta” tem de estar no próprio setor. Temos de ser “nós” a mostrar que estamos, e somos, diferentes. E isso implica que sejamos mais qualificados e mais empresariais. A mensagem tem de estar neces-sariamente ligada à dinâmica empresarial e o discurso do agricul-tor tem de ser similar ao do empresário ligados às novas tecnolo-gias.

É crucial que se desenvolvam ações que contribuam para a qualificação do sector, e que contribuam para aumentar o nível quantitativo e qualitativo da produção agrícola, sem esquecer a

sustentabilidade financeira das. Dessa forma, será possível tornar o sector mais atrativo.

Como em todas as outras atividades económicas, é necessário garantir que o modelo de negócio seja consistente e ambicioso, e que se assentem as apostas de futuro no conhecimento e na tecno-logia para maximizar o capital investido.

Desde logo, é crucial garantir que os projetos tenham os necessári-os recursos humanos, físicos (terra), materiais e finan-ceiros, que garantam a viabilidade dos projetos. Por exemplo, e isto acontece com muita frequência, os recursos financeiros apenas estão dimensionados para fazer face ao investimento inicial e não têm em conta as necessidades de fundo de maneio necessário para estabilizar a operação (que normalmente é superior ao que se estima no início).

Por outro lado, a dimensão das explorações, sendo muitas vezes decisiva para a rentabilização dos projetos, pode ser minimizada com a organiza-ção da produção que garanta escala na abordagem dos mercados ou com a agregação de processos de armazenagem e/ou transformação. Neste aspeto, Portugal tem um longo caminho a percorrer.

A existência de canais de escoamento consistentes é um aspeto determinante para o sucesso de qualquer projeto de produção agrícola. Pode parecer estranho, mas este é um aspeto recorrente-mente esquecido por quem quer entrar numa atividade que desconhece. O nível de informação existente contribuiu para que a decisão de investir seja mais consciente e mais sustentada em factos e menos em sentimentos.

Muito do trabalho que desenvolvemos na CONSULAI está precisamente ligado à criação de mais consistência aos projetos, novos ou consolidados, do setor agrícola e do setor agroalimentar. Por exemplo, a CONSULAI lançou, em parceria com o ISEG e com o ISA, uma pós-graduação em Agribusiness no sentido de responder às necessidades que sentimos por parte de todos aqueles que exercem ou pretendem exercer funções nestes setores. A pós-graduação inclui disciplinas como “Economia da Cadeia Alimentar”, “Negociação e Técnicas de Vendas”, “Estratégia, Inovação e Modelos de Negócio”, “Marketing e Internacionalização de Produtos Alimentares”, “Gestão de Pessoas”, “Politica, Regulamentação e Incentivos ao Sector”, “Sistemas de Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar” e “Contabilidade de Gestão”, que são ferramentas cruciais para o dia-a-dia de qualquer negócio.

Esperamos desta forma contribuir para tonar o nosso setor mais competitivo, mais moderno e mais qualificado. Queremos continuar a ser parceiros dos melhores projetos agrícolas em Portugal.

Agribusinessuma ferramenta de qualificação

Pedro santosDiretor geral da CONsulAI

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A Ovibeja é uma feira de inovação e de agronegócios, em simbiose com as raízes do campo, mas também é festa. Muita festa. Entre muitas outras propostas cul-

turais que acontecem durante todo o dia, em cada um dos dias da feira, são os concertos da noite que atraem largos milhares de fãs das bandas convidadas.

As noites, também conhecidas como “ovinoites”, vão ser inauguradas a 21 de Abril com as sonoridades

dos D.A.M.A. Francisco Maria Pereira (Kasha), Miguel Coimbra, Miguel Cristovinho cantam e encantam os largos milhares de fãs através de ritmos entre o Pop-Rap e Hip-Hop.

A banda portuguesa, que se destaca por sonoridades diferentes e pela empatia com o público nos seus con-certos, reforçou a sua aposta na produção, resultando numa evolução mais cativante para o público.

Entre muitas surpresas, os fãs dos D.A.M.A. po derão

Noites cheias de muita música

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escutar músicas do novo álbum “Dá-me um Segundo”.A noite de 22 de Abril vai ser preenchida com

Carlão, ex-membro dos The Weasel, que surpreendeu em 2015 os fãs com “Quarenta” o seu primeiro disco a solo. Além de muitos outros êxitos, é autor de “A minha cena”, com um videoclip considerado um dos melhores do mesmo ano em Hip Hop.

A noite de 23 de abril vai ser entregue a Nelson Freitas, cantor, compositor, produtor e também dono da sua própria editora – NelsonFreitas Music. “Magic” é o seu primeiro álbum a solo, seguindo-se “My Life”, num sucesso em crescendo, tanto na venda de cópias, como por parte da crítica. “Elevate” é o seu 3º álbum, lançado em 2013 onde Nelson Freitas se apresenta com uma dose reforçada de criatividade e muitos singles novos como “Bo Tem Mel”, “Something Good”, “Simple Girl”, entre outros. Além da criativi-dade e da sua performance em palco, Nelson Freitas ousa mis-turar todos os estilos que o influ-enciam, tal como as suas origens cabo-verdianas, a paixão pelo Hip-Hop, R&B e House Music

A 24 de abril os palcos da Ovibeja vão ser de David Carreira que começou a sua digressão na música com “Nº 1” tornando-se rapidamente o novo ídolo teenager de Portugal. “A Força Está em Nós” titula o seu segundo CD de originais

em Portugal seguindo-se, no final de 2015, o seu novo trabalho de originais designado “3”. Neste álbum “o artista presenteia o público com temas de dança, baladas, canções alegres e cheias de ritmo a fazerem o contraponto com músicas onde a melancolia se faz sentir…(…). Muitas são as expectativas em torno deste artista, nacional e interna-cional, cujo lema é “mantém-te firme se acreditas que estás no caminho certo!”.

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Castro e Brito homenageado

no Congresso do AMAlentejo

é preciso dar voz

ao Alentejo

A “necessidade do Alentejo fazer ouvir a sua voz” juntou no sábado, dia 2 de Abril, cerca de 500 con­gressistas em Tróia, num encon­tro em defesa da regionalização. Durante o Congresso, organizado pelo movimento AMAlentejo (ver entrevista com João Proença), foi feita uma homenagem a Manuel Castro e Brito e a Nicolau Breyner, ambos aderentes de primeira hora ao movimento e recentemente fa­lecidos. No Congresso de Tróia foi decidido continuar a luta pela aprovação da regionalização ad­ministrativa, prevista na Constitui­ção, e até lá propor a criação de uma Comunidade Regional.

Para isso foi aprovado lançar uma cam-panha de recolha de 35 mil assinaturas para avançar com um projeto-lei na Assembleia da República sobre a criação

dessa comunidade regional até à regionalização.“O mais importante foi colocar este ponto na agen-

da e o que se segue é conseguirmos entregar um pro-jeto-lei”, revelou António Ceia da Silva, membro da comissão promotora do AMAlentejo, em declarações à agência LUSA.

O também presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo explicou que o movi-

mento vai tentar recolher as 35 mil assinaturas necessárias para avançar com o projeto-lei na Assembleia da República, apresentado como iniciativa legislativa de cidadãos.

“É um processo que vai ter que ter elaboração jurídica constitucional e estamos a falar de um processo que não é imediato para amanhã, vai demorar o tempo que for necessário”, afirmou o responsável.

Ceia da Silva adiantou que as conclusões do congresso, inscritas na chamada “Declaração de Tróia”, vão ser enviadas para o Governo, Presidente

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da República, Assembleia da República e grupos parlamentares.

Nesta declaração, o AMAlentejo propõe a criação de uma Comunidade Regional do Alentejo como “solução transitória” até à regionalização e alternativa ao “falhado e ilegítimo” modelo de governação regio-nal existente.

Realçando que a existência de regiões administrati-vas “já se verifica em toda a Europa”, Ceia da Silva defendeu a criação em Portugal de “um poder regional efetivo para que seja possível à região decidir as suas dinâmicas de desenvolvimento, os fundos estruturais e a execução dos planos de ordenamento”.

O responsável fez um balanço positivo do congres-so, que contou com a participação de quase 500 pessoas, incluindo autarcas e sindicalistas, considerando que o movimento AMAlentejo deu “um contributo para que a questão da regionalização, sempre falada, mas sempre adiada, possa estar no topo da agenda da discussão política a nível nacional”.

O AMAlentejo foi criado em abril de 2015 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento económico e social do Alentejo, desenvolver ações conducentes à regionalização e apoiar, valorizar e defender o poder local, e conta com adesões de mais de 80 instituições e cerca de 300 personalidades.

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Cantar o Alentejo ao mundo

Enquanto nos dirigíamos ao escritório onde decorreria a entrevista, e entre os muitos olhares boquiabertos de turistas que entravam no pátio principal do

antigo Palácio de Alverca, João Proença cumprimen-tava algumas caras familiares. “É difícil vir cá e não encontrar nenhum alentejano conhecido”, dizia, orgulhando-se de este espaço ser “uma referência, um porto de abrigo” para quem vive longe das origens. E é também este sentimento de pertença que deu a co nhecer o Alentejo ao mundo, aquando do reco-nhecimento do Cante como Património Imaterial da Humanidade.

Pouco mais de um ano depois da classificação da UNESCO, esta arte “é muito mais apreciada. Se os outros já reconheceram virtudes, então nós temos que ter mais atenção a isto”, exclama com ironia Proença, adiantando que a grande mudança foi o facto dos cantadores estarem a “deixar de pagar para cantar”. “Não se pretende profissionalizar, mas sim conseguir que haja uma cobertura dos custos básicos por parte das entidades que os solicitam”, numa altura em que os convites vão desde participações em grandes espetáculos ou aparições em supermercados

João Proença

“Queremos que os alentejanos possam decidir sobre o seu futuro”Ana Garcia

Passar pela Casa do Alentejo, em Lisboa, é sempre um privilégio. Já tra­balhar naquele que noutros tempos foi o lar de uma família aristocrática “é um desafio muito interessante”. Quem o diz é João Proença, Presidente desta Casa de portas abertas e alentejano de gema, nascido em Borba. Embora grande parte do seu percurso seja contado pelas ruas da capital, ora no Ministério do Exército, ora na já extinta empresa de comunicações Standard Eléctrica, ora nas estruturas sindicais, a ligação à planície nunca se perdeu. Foi candidato à Câmara Municipal de Borba e aí esteve como Presidente durante 12 anos. Hoje, vive o Alentejo a partir daquela que afirma ser “a maior associação regional da Península Ibérica”.

ou restaurantes. “[O Cante] ainda não está como o fado mas está a caminhar para lá”, declara com entu-siasmo.

Lembrando o I Grande Encontro do Cante, que no ano passado levou à OVIBEJA mais de 90 grupos corais, João Proença afirma que aquele foi “um encontro de famílias e de raízes” à boa maneira alentejana, sem qualquer pretensiosismo. Familiares, amigos e gentes das terras de origem dos cantadores rumaram à grande feira do sul e contribuíram também para tornar o dia memorável. “Ouvir o Hino ao Alentejo com aquela envolvência foi único e só se consegue no Alentejo”, salienta Proença.

A regionalização de volta à ordem do dia

Mas não só de Cante se faz o Alentejo e hoje “há várias necessidades identificadas na região que pre-cisam de ser tratadas”, frisa o ex-autarca. Foi com este mote que, numa conversa de amigos na Casa do Alentejo, surgiu o AMAlentejo. Mais do que um movi-mento, este assume-se como um encontro de alente-janos empenhados em fazer diferente. “O que aconte-ceu até agora, desde o 25 de abril, não deu resultado” considera João Proença, também membro da Comissão

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Promotora do projeto. Esta consciência resultou num Congresso, no passado dia 2 de Abril, sob o tema “Mais Poder Local. Mais Democracia. Melhor Alentejo”.

A principal reivindicação, quanto a si, é simples: pôr os alentejanos, através dos seus eleitos locais, a decidir sobre o seu próprio futuro. “Quem decide hoje na região nas CCDR [Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional], são pessoas nomeadas pelo Governo, que não conhecem o que lá se passa”. Lamentando por “não termos a regionalização, como em tantos outros países da Europa”, Proença explica que esta discussão não podia ser mais atual já que “temos um programa comunitário que prevê apoios para a região e ninguém melhor que quem lá está pode decidir quais são as prioridades”.

E as prioridades, segundo o Presidente da Casa do Alentejo, podem sintetizar-se num eixo fundamental: o combate ao desemprego e à desertificação. “Não há Alentejo sem pessoas”, afirma o alentejano, acres-centando que as Universidades e Politécnicos formam pessoas que depois a região não consegue reter, que a terra não está a produzir o que podia e que “com Alqueva é possível dar resposta ao que o Alentejo pre-cisa a esse nível”.

Mas não há só más notícias. “Ainda hoje falava com uma pessoa que está motivadíssima para pôr o aero-

Casa do Alentejo em números

l A origem da Casa remonta ao ano de 1923l Atualmente, há cerca de 2000 sócios alentejanosl Dos 47 concelhos alentejanos, 42 são associadosl Aconteceram 83 tardes culturais em 2015 (lançamentos de livros, sessões musicais, teatro, dança...)l Em média, passam pela Casa 600 visitantes por dia (maioritariamente turistas)l Os encontros do cante, aos sábados, são a atividade cultural de maior afluêncial Existem 2 espaços dedicados à gastronomia regional (restaurante e taberna típica)

porto de Beja a funcionar com a exportação de produ-tos frescos para todo o mundo”, conta João Proença. Numa altura em que abandonam a região em média 8 pessoas por dia, a esperança faz-se de trabalho e de empenho.

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Num momento em que, por todo o país, se verifica um aumento da procura – e da oferta – turística, em grande parte devido à situação inter-

nacional e ao terrorismo em zonas tradicionalmente procuradas como destinos turísticos, o Alentejo tem visto aumentar o numero de turistas, a sua per-manência na região e a procura de novos destinos, dentro da região, não apenas relacionados com o sol e o mar.

Segundo Ceia da Silva, o turismo no Alentejo, “registou em 2015 o seu maior crescimento de sempre em números. Ultrapassámos as 950 mil dormidas de turistas portugueses e as 500 mil dormidas de turistas estrangeiros, o que é muito interessante”.

A este número deve-se acrescentar ainda o forte crescimento da oferta que representou “cerca de 394 milhões de euros de investimentos nos últimos cinco anos, no quadro do sistema de incentivos e financia-mentos, sem falar do PRODER, o que significou quase 100 novas unidades hoteleiras, algumas delas de cinco estrelas”.

“Tínhamos um hotel de cinco estrelas há três anos e meio e temos agora dez, há um aumento subs tancial da qualidade, da qualificação e da procura de otimiza-ção por parte dos agentes empresariais. O Alentejo

Ceia da silva

A OVIBEJA é um excelente

produto turístico

“A OVIBEJA é um excelente produto turístico no sector das feiras e outros certames do género. Atrai muitas pessoas todos os anos e é um dos atractivos turísticos mais importantes do Alentejo nesta área”, considera Ceia da Silva, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.

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tem crescido imenso em números, mas também no perfil do turista. Por isso também tem crescido muito o número de empresas ligadas às actividades relacionadas com o turismo. Hoje temos boas infra-estruturas e estamos a estruturar os produtos turísti-cos, diferenciado-os, porque entendemos que temos, cada vez mais, um turista culto, exigente e informa-do, um turista diferenciado e que exige novos produ-tos”, diz.

Defensor da regionalização e fortemente empe-nhado na realização do Congresso sobre o Alentejo que decorreu em Tróia no início deste mês de Abril (ver texto), considera, no entanto, que a Entidade Regional de Turismo deve ser sempre uma estrutura autónoma, não integrada na CCDRA ou numa futura Comunidade Regional. Segundo Ceia da Silva, a flexibilidade e a capacidade de promoção autónoma e definição de objectivos das Entidades Regionais de Turismo são essenciais, até pela especificidade do sector em que actuam.

Relativamente ao futuro do turismo no Alentejo, Ceia da Silva refere que a diversificação e a qualifi-cação das rotas e das estruturas turísticas vão permitir que este aumento da procura na região não seja efémero, mas que permaneça e possa mesmo aumen-

tar, ainda que a estabilidade regresse aos antigos des-tinos turísticos do norte de África.

“Estamos a tentar fazer tudo para dar sustentação a esta actividade e estes anos são essenciais para fixar o turismo na região. E uma dessas apostas é a criação das rotas que permitam valorizar o território no seu conjunto. Para isso, estamos a criar formatos no sen-tido do Tejo, do Alqueva, do rio Mira, do rio Guadiana, poderem ter operadores turísticos a vender esses produtos o que deverá acontecer já nos próximos anos”, diz Ceia da Silva, referindo que são diversas as rotas que podem ser criadas: naturais, ambientais, culturais, “podemos imaginar uma Rota das Catedrais, a Rota do Judaico ou tantas outras”.

Em termos de imagem a classificação de produtos como Património da Humanidade pela UNESCO também tem sido uma aposta ganha. Depois da clas-sificação do Centro Histórico de Évora como Património da Humanidade, há 30 anos, o Alentejo viu serem classificadas as Fortalezas de Elvas, o Cante Alentejano e a Arte Chocalheira. Para breve estará a classificação do Montado Alentejano como Património da Humanidade, um dossier que está a ser elaborado pela própria Entidade Regional de Turismo.

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6º Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra - Prémio CA Ovibeja

Medalhas de ouro para empresas espanholas, portuguesa e italiana

Frutado MaduroPaís Nome Prémio

ES Aceites Campoliva, SL 1º OUROPT Cooperativa de Olivicultores de Valpaços, CRL 2º PRATAES Molino del Genil 3º BRONZEPT Erta, Sociedade Agrícola Lta Menção Honrosa

ES Almazara “As Pontis” - Agropecuária Carrasco Menção Honrosa

PT Fio da Beira, Lda Menção Honrosa

Frutado Verde LigeiroPT Quinta do Crasto, S.A. 1º OUROPT Elaia Lagar - Produção e Comercialização de Azeites S.A. 2º PRATAPT Cooperativa de Olivicultores de Valpaços, CRL 3º BRONZEPT Sovena Portugal - Consumer Goods, S.A. Menção Honrosa

PT Trás-os-Montes Prime, Lda. Menção Honrosa

PT Celso Hernâni Gastalho Madeira Menção Honrosa

Frutado Verde MédioIT Hazienda Agrícola Leone Sabino 1º OUROES Conde Mirasol 2º PRATAES Sociedad Olivarera La Purísima 3º BRONZEES Almazaras de la Subbética Menção Honrosa

GR Kyklopas Olive Mill, S.A. Menção Honrosa

ES Aceites Oro Bailén - Galgón 99 Menção Honrosa

Frutado Verde IntensoES Aceites Finca la Torre 1º OUROIT Paolo Bonomelli 2º PRATAES Sucessores de Hermanos Lopez 3º BRONZEES Almazaras de Muela, SL Menção Honrosa

ES Explotaciones Jame Menção Honrosa

PT Cooperativa de Olivicultores de Valpaços, CRL Menção Honrosa

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Os 42 jurados representantes de 13 nacionalidades estiveram em Beja, durante dois dias, a provar 140 amos-tras de azeite entregues ao 6º Concurso

Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja.

Em escrutínio estavam 4 categorias de azeites: Frutado Maduro, Frutado Verde Ligeiro, Frutado Verde Médio e Frutado Verde Intenso, em cada uma das quais foram classificados os três primeiros lugares e três menções honrosas.

Das 62 amostras de azeites a concurso prove-nientes de Portugal, foram premiadas 10, sendo que Espanha arrecadou 11 prémios, de Itália saíram dois vencedores e da Grécia um. Recordamos que havia ainda amostras provenientes de Israel, Eslovénia, Chile e Alemanha.

O presidente do Júri foi, como nos anos ante-riores, o Professor José Gouveia, especialista nacional em azeites.

Os prémios aos vencedores do Concurso vão ser entregues na Ovibeja, a 23 de Abril (sábado), pelas 12 horas, na Arena do Azeite – Pavilhão Terra Fértil. Os azeites premiados vão estar disponíveis na feira, de 21 a 25 de Abril, para provas comentadas por espe-cialistas. As provas são abertas aos visitantes.

O Concurso é organizado pela ACOS – Associação de Agricultores do Sul em parceria com a Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal. O Concurso é patrocinado em exclusivo pelo Crédito Agrícola e inscreve-se na grande dinâmica que o sector do azeite tem tido nos últimos anos no Alentejo.

O olival e o azeite são hoje dos principais produtos regionais, beneficiando em grande parte da água de Alqueva e de fortes investimentos no sector, nome-adamente na plantação de novos olivais, modernos sistemas de rega e também novos e modernos laga-res.

É um sector dinâmico que abordamos, em detalhe, nesta revista “Ovelha”, dedicada à 33ª Ovibeja, em que o sector do azeite vai estar, mais uma vez, em destaque.

O olival e o azeite são hoje dos principais produtos regionais, beneficiando em grande parte da água de Alqueva e de fortes investimentos no sector, nomeadamente na plantação de novos olivais, modernos sistemas de rega e também novos e modernos lagares.“

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Concurso Internacional de Azeite Virgem ExtraPrémio CA Ovibeja 2016

O azeite, usado na gastronomia desde a antiguidade, é um ingrediente obrigatório na dieta mediterrânea. A sua composição química, única, coloca-

o numa posição privilegiada entre todos os óleos e gorduras comestíveis. Com benefícios para a saúde, já largamente conhecidos e comprovados, e excepcionais qualidades organolépticas, o azeite é um alimento cada vez mais procurado pelo consumidor.

Nos últimos anos, os nutricionistas vieram reforçar a consciência da superioridade sanitária dos produtos vegetais e o consumo de azeite tem vindo a aumentar, inclusivé em países onde normalmente não fazia parte dos hábitos alimentares.

A crescente procura de azeite, consequência dos efeitos benéficos que traz para a saúde e das excepcio-nais qualidades gastronómicas, tem feito dinamizar a produção internacional que, alertada para o facto, tem vindo a aumentar as plantações de olival, não só nos países tradicionalmente produtores, mas também em países onde as oliveiras não constavam das listas das suas culturas. São exemplo disso a Austrália, a África do Sul, alguns países orientais como a China e outros da América Latina como a Argentina, o Perú e o Chile.

O azeite, extraído apenas por processos físico-mecânicos, sem recurso a qualquer agente químico, é um dos poucos óleos que é comestível após a extração, sem ter que sofrer qualquer tratamento de refinação, desde que tenha qualidade.

Mas que azeite é que se está a consumir?Naturalmente, o ou os azeites que primam pela

qualidade, que proporcionam às pessoas que o comem não só bem-estar mas também prazer.

Estamos a falar de azeite virgem extra, aquele que carrega consigo tudo o que de bom a mãe natureza lhe doou por uma herança, mais do que tudo, genética. Não nos esqueçamos que o azeite é um sumo de fruta e como tal deve ser fresco.

No século XIX, o azeite era o óleo mais importante para consumo directo na alimentação, a manteiga era um alimento de luxo para as populações citadinas e a banha e o unto eram as gorduras do pobre.

E porquê comer azeite?Porque é um ingrediente inigualável na con-

tribuição que dá às iguarias culinárias e porque é uma gordura que faz bem à saúde.

Azeite é cor, cheiro e sabor. É o eixo fundamental, em torno do qual se elabora a maioria dos pratos da dieta mediterrânea.

O azeite não só é benéfico por si mesmo, mas tam-bém porque favorece o consumo de outros produtos que sem ele resultariam menos apetecíveis, nomeada-mente as verduras e hortaliças.

Como escolher e consumir azeite?A variedade de azeitona influencia, decisivamente,

o aroma e o sabor dos azeites. Quantas vezes além do frutado de azeitona, verde ou maduro, se aliam outros frutos frescos como maçã, figo, banana, tomate, pimen-to ou alfarroba, ou frutos secos como amêndoa, noz ou mesmo avelã ou frutos vermelhos como framboesa, amora, groselha, mirtilo ou morango. Nos azeites vir-gens extra pode, igualmente, notar-se sensações florais, de flores silvestres, giesta ou mesmo rosas, ou aromas mais delicados como cogumelos, canela baunilha e menta.

A região, e mesmo o local, em que as oliveiras estão plantadas são factores influentes nas características de cheiro e sabor dos azeites. Não raro, a mesma variedade plantada em locais distintos origina azeites com especi-ficidades diferentes.

Para além do frutado de azeitona e de outros frutos, os azeites podem cheirar e saber a verde nas suas várias facetas (folha, erva, alcachofra, casca de amêndoa, casca de banana, etc), e serem amargos (o amargo detecta-se na parte posterior da cavidade bucal) e picantes (o picante é uma sensação táctil, ao fundo da cavidade bucal) e, por vezes, ligeiramente adstrin-gentes (quem não deu já uma dentada num dióspiro?). Estes últimos atributos têm a ver, principalmente, com o teor em polifenóis, antioxidantes naturais, os princi-pais responsáveis pelo elevado valor dietético dos azeites virgens.

Quando não são amargos e picantes, os azeites dão uma sensação virtual de “doces”, pois eles não têm açu-

José GouveiaElaiólogo

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cares. Estes azeites são também designados na gíria popular de “suaves”.

São estas especificidades que nos devem levar à descoberta dos azeites, pois é nessa multiplicidade de características que reside grande parte da sua riqueza e encanto.

Com um conjunto tão alargado de cheiros e sa bores, o consumidor pode e deve lançar-se à descoberta dos azeites virgens extra e desfrutar, a seu belo prazer, da sua utilização nos temperos de saladas e molhos, ou nos ricos cozinhados portugueses como o borrego ou o bacalhau assado.

Evidentemente, que não há regras fixas e as pessoas utilizarão os azeites a seu gosto e a seu belo prazer. O que interessa mesmo é que estejam alertadas para o facto de existirem azeites com características muito diferentes que podem ser usados em cru, em sopas, em grelhados, em assados, em refogados e estufados, em pastelaria, na doçaria ou com os queijos, nos gelados e também para fritar.

E não deve esquecer-se que o maior partido dos azeites virgens extra se tira nas marinadas, nas emul-sões (com coentros, pimento, baunilha, etc.) e quando utilizados no final das cozeduras, para que a tempera-tura destas não eliminem as substâncias voláteis responsáveis pelo melhor que o azeite tem que é o cheiro e o sabor.

E as tibornas, tradicionalmente feitas no lagar mas que podemos experimentar em nossas casas. Não sabe o que é? Trata-se de pão de mistura torrado, com azeite virgem extra e sal ou açúcar amarelo, mas que podem ser enriquecidas com tomate moído, alho e presunto.

E não esqueça:A escolha de um azeite não deve recair, apenas, na

acidez e preço, mas sim nas características de cheiro e sabor que são as que, verdadeiramente, diferenciam os azeites uns dos outros.

Sendo os azeites virgens extra tão diferentes uns dos outros, é natural que as pessoas, público em geral e profissionais do sector oleícola, se debrucem, cada vez mais à avaliação, pela prova ou análise sensorial, prin-cipalmente do cheiro e sabor, com vista a fazer as suas escolhas ou mesmo com o intuito de comparar os seus produtos com os demais.

O aparecimento de grupos de pequenas cavidades abertas nas superfícies rochosas, em estações epipale-olíticas (10 500 a 8300 anos a. C.), pode significar as primeiras vezes que o homem provou azeite.

Prova incipiente esta que se fazia, certamente, e que se manteve com poucas melhorias até à década de oitenta do século passado, altura em que o Conselho Oleícola Internacional formou um grupo de trabalho, que incluiu o Laboratório de Estudos Técnicos do ISA,

tendo dado origem, pela primeira vez, ao método de análise sensorial para azeites virgens que ainda hoje se mantém em vigor, mesmo com algumas pequenas modificações que tem sofrido ao longo dos tempos. Passou-se a ter um método objectivo de prova dos azeites e passou-se, cada vez mais, a conhecer os atribu-tos positivos dos azeites virgens e também os negativos, os defeitos.

Na base do método em questão, os consumidores, embora lentamente, têm-se lançado à descoberta dos azeites e os agentes económicos à participação em con-cursos.

Em Portugal, começou a febre dos concursos de azeites e muitas foram as regiões que se candidataram a tal. À nossa dimensão, em minha opinião, houve um exagero de concursos, de nível regional, que não terão tido os resultados esperados. Aliás, também hoje se assiste, a nível mundial, a algo parecido com o que se passou em Portugal: muitos concursinhos, com objec-tivos duvidosos, a não ser, em alguns casos, encher os bolsos de alguns particulares ou de algumas entidades.

Contam-se pelos dedos, os concursos sérios, como por exemplo o Concurso à Qualidade do Conselho Oleícola Internacional – Mario Solinas, em Madrid, o Concurso Internacional “Armonia” – Troféu ALMA – em Itália, o Concurso Internacional Azeites do Mundo – AVPA – em Paris, o Concurso EXPOLIVA – Prémio de Qualidade Azeites Virgem Extra – em Jaén – Espanha e, em Portugal, o Concurso Nacional Azeites de Portugal, em Santarém e naturalmente, o Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja, em Beja.

Cabe-me a honra de presidir, com muito orgulho, ao Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja desde a sua primeira edição, em 2011. Este concurso surgiu da vontade da Associação de Agricultores do Sul (ACOS), em parceria com a Casa do Azeite de realizar em Portugal um concurso interna-cional que destacasse os azeites de excelência produzi-dos no país e no mundo. A promoção e o reforço da qualidade dos azeites portugueses e a sua posição no mercado exportador são também objetivos dos organi-zadores do Concurso.

Actualmente, conta com o patrocínio exclusivo da Caixa de Crédito Agrícola. Os azeites são classificados em 4 categorias de acordo com o tipo e intensidade do frutado: Frutado Maduro, Frutado Verde Ligeiro, Frutado Verde Médio e Frutado Intenso. Depois de classificados, nestas categorias, por laboratórios certifi-cados, são provados por um júri internacional que irá escolher os melhores em cada categoria.

O Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja é o único de âmbito internacional,

A crescente procura de azeite, consequência dos efeitos benéficos que traz para a saúde e das excepcionais qualidades gastronómicas, tem feito dinamizar a produção internacional que, alertada para o facto, tem vindo a aumen­tar as plantações de olival, não só nos países tradicionalmente produtores, mas também em países onde as oliveiras não constavam das listas das suas culturas.

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realizado em Portugal, e é também o único, a par do Concurso à Qualidade do Conselho Oleícola Internacional (COI) - Mário Solinas, que cumpre as normas estabelecidas pelo COI no que diz respeito às condições das amostras e à sua selecção.

As condições em que se realiza, a quantidade de amostras nacionais e estrangeiras e o elevado número de provadores de diversas nacionalidades levaram a ser considerado, na imprensa internacional, como um dos melhores concursos do mundo. É classificado na World’s Best Olive Oils como o 1º melhor do mundo, a par ao Concurso do COI – Mario Solinas.

A primeira edição contou com a presença de 41 amostras provenientes de Portugal e Espanha, que foram avaliadas por um júri composto por provadores portugueses, espanhóis, italianos e gregos.

Em 2012, participaram 60 amostras provenientes de Portugal, Espanha, Grécia e Chile e, em 2013, 73 amostras originárias de Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Argélia e Chile que foram provadas por um júri composto por elementos de Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, Grécia, Tunísia, Chile e Argentina.

Em 2014, 99 amostras e na edição de 2015, 116 amostras provenientes de Portugal, Espanha, Grécia, Itália, Uruguai, Alemanha, Eslovénia, Chile, Israel e Turquia provadas por um júri internacional composto por elementos de Portugal, Espanha, Grécia, Itália, Argentina, Chile, Alemanha, Tunísia, Israel, Japão e Estados Unidos.

Mais amostras de azeite e mais países concorrentes é o resultado do trabalho de promoção do concurso que tem vindo a ser feito e que culmina com o número

recorde de amostras na sexta edição do concurso, em 2016: 60 de Portugal (44,9%), 56 de Espanha (41,8%), 5 da Grécia (3,7%), 5 de Israel (3,7%), 3 de Itália (2,2%), 2 da Alemanha (1,5%), 2 da Eslovénia (1,5%) e 1 do Chile (0,7%), ou seja, um total de 134 amostras prove-nientes de Portugal, Espanha, Grécia, Itália, Eslovénia, Chile e Israel.

As amostras recebidas nesta edição de 2016 incluíram-se nas seguintes categorias: 39 (29,1%) de Frutado Maduro, 14 (10,4%) de Frutado Verde Ligeiro, 51 (38,1%) de Frutado Verde Médio e 30 (22,4%) de Frutado Verde Intenso e vão ser avaliadas por 40 prova-dores originários de: 17 (42,5%) de Portugal, 12 (30%) de Espanha e 1 (2,5%) de cada um dos seguintes países, Itália, Grécia, Alemanha, Eslovénia, Israel, Tunísia, Brasil, Argentina, Chile, Estados Unidos da América e Japão.

É de louvar a presença de todos eles e julgo que, em nome de Portugal, devemos estar reconhecidamente agradecidos.

Como se pode ver, o Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja tem tido uma evolução muito positiva em termos de amostras e pro-vadores, fruto da sua notoriedade, resultante de um conjunto de esforços das equipas que querem sempre fazer mais e melhor. Para isso, não são alheios os eleva-dos índices de profissionalismo e a boa vontade da equipa da ACOS, Claudino Matos, Manuel Castro e Brito, Aires Guerreiro e Helena Monteiro com a sua equipa de laboratório e pela Casa do Azeite, Mariana Matos e Teresa Zacarias.

As melhorias em termos de equipamentos foram notórias: por exemplo, estufas para aquecimento das amostras, computadores e programa informático. A este respeito, de salientar a colaboração excelente de Eduardo Abade, o mentor, a título gracioso, do pro-grama informático que permite qualidade de resulta-dos e celeridade.

O Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja melhorou também em termos de instalações, primeiro na Pousada de São Francisco, depois no Hotel Melius e, nas duas últimas edições, no Hotel Vila Galé Clube de Campo. Em todas elas o acol-himento e a atenção dos funcionários foram exce-lentes.

Infelizmente, a edição de 2016 que se pensava ser, à imagem das demais, uma jornada de confraternização e alegria, está, este ano, marcada pela tristeza, pelo pesar e luto pela perda irremediável do Presidente da ACOS, o Engº Manuel Efigénio Cano de Castro e Brito, companheiro de muitos anos que com grande sereni-dade soube sempre levar a bom porto todas as suas intenções. Para ele o nosso Bem Haja e fica a nossa saudade.

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“As condições em que se realiza, a quantidade de amostras nacionais e estrangeiras e o elevado número de provadores de diversas nacionalidades levaram a ser considerado, na imprensa internacional, como um dos melhores concursos do mundo. É classificado na World’s Best Olive Oils como o 1º melhor do mundo, a par ao Concurso do COI – Mario Solinas.

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Em tempos de crise como a que estamos a viver, poupar é uma necessidade ine-vitável. Neste contexto, o preço do azeite para consumo torna-se um factor quase

decisivo para a compra. Os azeites extra virgem são mais caros do que outros tipos de azeite, mas dão-nos certos benefícios para a saúde que devem ser considera-dos antes da opção de compra. Porque é que devo comprar e consumir azeite virgem?

A comunidade científica é unânime em destacar os atributos saudáveis dos azeites virgem. O que os torna diferentes de outras gorduras vegetais ou animais é a sua composição química peculiar. O que destacamos neste sentido? Os componentes principais são os ácidos gordos, triglicéridos ou constituintes de triacilgliceróis, formados por glicerol e por três moléculas de ácidos gordos. Destas, a mais abundante é o ácido oléico, o ácido gordo monoinsaturado com propiedades sau-dáveis amplamente aceites.

Aproximadamente 2% dos azeites virgem é con-stituído pelos componentes chamados minoritários, entre os quais se encontram os compostos fenólicos, pigmentos, hidrocarbonetos, esteróis, etc. Apesar de estarem presente em pequenas quantidades, a evidên-cia científica disponível demonstra os seus indubitáveis efeitos salutares. Além disso, estes compostos também estão relacionados com as características organolépti-cas dos azeites virgens, como o sabor, odor, inclusive a cor. O que sabemos agora é que é no efeito combinado e sinergético entre os componentes principais e minor-itários que residem os especiais atributos saudáveis deste alimento.

Todos os componentes a que me referi até agora estão presentes no fruto, a azeitona. Por conseguinte, o azeite que possui todos os componentes originalmente presentes na azeitona será o mais benéfico para a saúde. Sem dúvida que o azeite de maior qualidade pelas suas propriedades organolépticas e por conter todos estes componentes bioativos é o Azeite Extra Virgem, e, portanto, este tipo de azeite é aquele que possui um maior potencial nos benefícios para a saúde. As azeitonas de colheita precoce, dão azeites com pro-priedades organolépticas muito apreciadas pela elevada presença de componentes menores, como polifenóis. Isto confere-lhes proproedades especiais em termos de saúde. Pelo contrário, quando os azeites virgens são refinados perdem a maioria dos componentes mino-ritários, reduzindo o seu potencial saudável.

O nosso grupo de investigação estuda já há algum tempo os efeitos sobre a nossa saúde de alguns dos componentes minoritários. Interessa-nos especial-mente os seus efeitos sobre a inflamação, stress oxida-tivo, e o possível efeito preventivo contra o desenvolvi-mento de certos tumores, tais como o cancro da mama. Os estudos epidemiológicos realizados desde há algum tempo por muitos grupos de investigação mostram que existe uma relação directa entre o consumo regular de azeite virgem e uma menor incidência de certos tumores, entre os quais o da mama. O que falta ser determinado é, qual ou quais dos componentes pre-sentes no azeite virgem pode ser responsável por isso e quais são os seus mecanismos de acção. Este é precisa-mente o tema das nossas investigações: quais os pos-síveis efeitos dos componentes minoritários nos efeitos preventivos contra tumores, especialmente o cancro da mama. Além disso, estudos recentes têm destacado o papel do azeite virgem na prevenção primária de doenças cardiovasculares.

O número de componentes minoritários é muito elevado, há mais do que 230. O nosso grupo de inves-tigação estuda sistematicamente, há algum tempo, um grupo de compostos seleccionados, como o hi droxitirosol, tirosol, esqualeno, uvaol, ácido maslínico eritrodiol, ácido oleanólico. Os resultados que foram obtidos mostram-nos que alguns destes componentes reduzem o stress oxidativo e protegem o ADN de dano oxidativo nas células epiteliais de mama saudáveis. Isto significa que têm o potencial para explicar, pelo menos parcialmente, o efeito de protecção contra o desenvolvimento de tumores, tais como cancro da mama e que se relaciona com o con-sumo regular de azeite virgem. Com os resultados obtidos pelo nosso grupo e outros, é cada vez mais claro que não é o efeito de um único componente que é responsável pelos efeitos benéficos, mas sim o efeito combinado e sinergético de múltiplos componentes presentes nestes azeites.

Em conclusão, refira-se que o que diferencia os azeites virgens dos outros óleos vegetais, a partir de sementes (girassol, de soja, etc.), é a abundância de ácido oleíco e, especialmente, a presença de compo-nentes minoritárias, que estão praticamente ausentes nos óleos feitos a partir de sementes. A prova evidente disso é a falta de gosto e odor nestes últimos, ao con-trário dos azeites virgens extra em que as características organolépticas são muito florais.

Motivos para consumir azeites virgens

José J. GaforioProfesor de InmunologíaDirector del Centro de Estudios Avanzados en Olivar y Aceites de OlivaUniversidad de Jaén (Espanha)

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Numa só geração praticamente duplicou o consumo mundial de azeite com um aumento de 73% nos últimos 25 anos que mudou a dieta dos cidadãos em

muitos países desde o Japão ao Brasil, da Russia aos Estados Unidos, da Grã-Bretanha à Alemanha.

No ano de 2015 consumiu-se a nível mundial um total de 2,990 milhões de toneladas de azeite, tendo como picos Itália com 581 milhões de quilos e Espanha com 490 milhões de quilos, mas os Estados Unidos subiram, surpreendentemente, ao pódium com um consumo de 308 milhões de quilos, o que constitui um aumento recorde de 250% em 25 anos.

Este crescimento do consumo teve lugar no espaço de uma geração e atingiu também outros países impor-tantes, como o Japão, em que o aumento foi de 1400% para um consumo de 60 milhões de quilos em 2015, enquanto que no Reino Unido houve um aumento de 763%, chegando a 58 milhões de quilos, e na Alemanha o aumento foi de 465%, atingindo os 59 milhões de quilos. Uma revolução na dieta verificou-se também em países como o Brasil, em que o aumento foi de 393% para um total de 66,5 milhões de quilos, Rússia, em que o aumento foi de 320%, ainda que as quanti-dades continuem limitadas a 21 milhões de quilos e França, com um aumento de 268%, superou os 103 milhões de quilos.

No entanto, a situação é muito diferente nos países tradicionalmente produtores como Itália ,em que o consumo durante os últimos 25 anos se manteve prati-camente estável (+8%), ou Espanha em que houve um epqueno aumento de 24%, enquanto que na Grécia houve mesmo uma pequeña queda de 27%.

Consumo de Azeite em diversos países (milhares de toneladas)

País 1990/91 2015/16 Diferença

Japão 4,0 60,0 400%

Reino Unido 6,8 58,7 763%

Alemanha 10,3 58,2 465%

Uma das razões para o aumento da procura mun-dial é, sem dúvida, o efeito positivo para a saúde asso-ciado ao consumo de azeite, que está demonstrado por numerosos estudos científicos que, por sua vez, impul-

sionaram a procura por parte do segmento da popu-lação, cada vez maior a nível mundial, que está atenta à qualidade do que consome.

Este facto tem sido também uma oportunidade para Itália que em 2015 exportou quase 320 milhões de qui-los de azeite para todo o mundo, dos quais quase 100 milhões para os Estados Unidos. No entanto, as expor-tações de azeite italiano cairam 16% relativamente ao ano anterior, devido também a uma diminuição signi-ficativa para os EE.UU., que são o principal mercado de exportação fora da U.E.

É um sinal preocupante num ano em que existe uma forte exigência de transparência acerca da origem real do azeite embalado em garrafas que se vende como italiano e, tanto assim é, que 99% dos consumidores estrangeiros consideram ser uma fraude a venda de azeite virgen extra italiano feito com azeitonas procedentes de outros países, de acordó com um inquérito da Unaprol/IXE’. A credi-bilidade é a chave para se obter êxito nos mercados internacionais em que se posicionam novos e agres-sivos concorrentes e que devem ser abordados com um renovado compromisso ao nivel ambiental, social e económico.

Por outro lado, é preciso comparar os valores de produção com o próprio consumo e exportação. Na produção, Espanha continua em primeiro lugar com uma produção de 1500 e consumo de 490 milhões de quilos. Itália produz uma quantidade de 450 milhões e consome 580 milhões de quilos enquanto exporta ainda mais 320 milhões de quilos, quantidades que à primeira vista não se enquadram e põem a nú os pro-cessos que se criticam há anos e aos quais, debaixo do famoso selo “made in Italy”, se exige transparência, e que obviamente não podem ser assim. (ver gráfico na página ao lado)

Todos estes números reflectem em primeiro lugar a

produção e o consumo de azeite em geral e incluem todos os tipos e qualidades de azeite, desde o “azeite” até ao “virgen extra”. A maior parte do azeite virgem que se encontra, sobretudo, em supermercados e nas lojas “discount” efectivamente não correspondem à denominação da categoría superior de “virgen extra”, Isso foi comprobado últimamente pela alemã “Stiftung

O azeite conquista o mundo Consumo cresce 73% numa geração

Heiko SchmidtEspecialista em Azeites Virgens

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Warentest” (fundação criada em 1964 por ordem do Parlamento Alemão para proporcionar análises com-parativas de bens e serviços). Na análise executada com azeite comprado sem supermecados, lojas bio e delica-tessen em Agosto de 2015, ao nível químico e sensorial, os resultados foram os esperados pelos especialistas. De um total de 26 azeites examinados, apenas um obteve um “notável”, 13 foram suspensos por diversos motivos tais como defeitos sensoriais, presença de residuos, fa lhas na declaração e na origen e apenas 12 tiveram uma qualidade aceitável. Os resultados desta análise provocaram, sobretudo, uma intensa discussão sobre o tema dos residuos no azeite, quer tivessem origem nos óleos minerais ou compostos policiclicos aromáticos, os assim chamados MOSH/MOAH. Tudo isso com-prova que os consumidores estão bastante alertados para estes temas e que a cada momento se publicam noticias novas sobre resíduos em alimentos. A única solução para os produtores de azeite se diferenciarem dos seus concorrentes é apostarem no caminho para a excelência e na produção de azeites de alta gama.

Fontes Coldiretti, Informe Unaprol / Ixe. 26/02/2016, Consejo

Oleícola Internacional, Stiftung Warentest

Ranking Mundial dos Países Produtores de Azeite(milhares de toneladas - 2013/2014 Estimativa)

Numa só geração praticamente duplicou o consumo mundial de azeite com um aumento de 73% nos últimos 25 anos que mudou a dieta dos cidadãos em muitos países desde o Japão ao Brasil, da Russia aos Estados Unidos, da Grã­Bretanha à Alemanha.

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O Baixo Alentejo, com especial relevância para o distrito de Beja é, de longe, a principal região produtora de azeite em Portugal. Segundo dados do SIAZ –

Sistema de Informação sobre o Azeite e a azeitona de Mesa “a região Alentejo passou a representar cerca de 76% da produção nacional de azeite”. Este volume traduz um crescimento de cerca 41% relativamente à produção média das últimas cinco campanhas (70,2 mil toneladas), e de 63% em relação à produção da campanha 2014-2015.

Ainda segundo dados do SIAZ este crescimento resultou, essencialmente, da entrada em produção de cruzeiro de novos olivais, em regime intensivo e super-intensivo de regadio e com variedades de oliveiras mais produtivas, no Alentejo: a quantidade de azeitona entrada nos lagares aumentou significativamente e o rendimento da azeitona laborada foi superior, ultra-passando os 15%.

Dos mais de 340 mil hectares de olival em Portugal, 165 mil correspondem ao Alentejo, sendo que 40% cor-responde a área de regadio na região. Acresce que das cerca de 23 mil explorações do País especializadas em olivicultura, 8 262 estão situadas no Alentejo, com a percentagem mais alta do País. Se traduzirmos estes dados por área, cerca de 160 mil hectares correspondem à área das explorações especializadas no País, sendo que 100 200 pertencem ao Alentejo.

A campanha de 2015/2016 atingiu uma produção estimada de 106 mil toneladas de azeite. Em Portugal existem atualmente 474 lagares.

Neste momento, o Baixo Alentejo e o distrito de Beja em especial, contam com 45 mil hectares de olival regados pela água de Alqueva, sendo que a este número há a acrescentar 10 mil hectares que estão atualmente com regadio precário prontos a serem ligados a Alqueva.

Em resultado do grande investimento dos agricul-tores alentejanos no regadio de Alqueva e no aper-feiçoamento das suas capacidades técnicas e empre-sariais, em concreto no olival, o nosso país passou de deficitário a auto-suficiente na produção de azeite,

aumentou as exportações e continua a melhorar cada vez mais a qualidade da azeitona e do azeite.

Com benefícios cada vez mais confirmados cientifi-camente na saúde, o azeite é um óleo alimentar que carece de um grau de classificação e de pureza sem mar-gem para equívocos.

O órgão máximo que estabelece as directrizes técni-cas para análises aos azeites é o Conselho Oleícola Internacional (COI) num trabalho permanente dos seus peritos. É a partir dos resultados trabalhados pelo COI e das suas orientações técnicas que são definidos os regulamentos sobre a matéria a vigorar no espaço europeu.

Quando falamos na importância do Painel Oficial de Análise Sensorial de Azeite, falamos daquilo que é reconhecido pela Norma do COI e das regras de enquadramento do regulamento europeu (Regulamento (CEE) nº2568/91), aplicado desde 1 de Março de 2014. O que está em causa é a garantia da qualidade e auten-ticidade dos lotes de azeite, a facilitação das conse-quentes relações comercias tanto no País, como nos mercados de exportação e de importação mas, acima de tudo, a proteção dos interesses dos consumidores.

Um Painel Oficial de Análise Sensorial de Azeite deve ser constituído por peritos e reconhecido pelo COI e acreditado pelo Regulamento comunitário.

De que falamos quando falamos em Painel Oficial de Análise Sensorial de Azeite? A resposta é dada através da classificação de muitos parâmetros de análise e verificação dos lotes de azeite. E entre os parâmetros em análise contam as características organoléticas dos azeites, a harmonia ou o equilíbrio entre os estímulos olfativos, gustativos, tácteis e cinestésicos porque se encontram nas relações de concentração adequadas, o aspeto, o atributo ou propriedades/ características per-cetíveis, o cheiro, a prova, a compensação quando se avalia a interação de um conjunto de estímulos, a dis-criminação quando é feita a diferenciação qualitativa e/ou quantitativa dos vários estímulos, a experiência e o grau de especialização de cada perito, provador ou jurado.

Em Portugal existem apenas três painéis reconheci-

Aumentar a qualidade do azeite e zelar pela saúde do consumidorA Importância do Painel Oficial de Análise sensorial de Azeite

Manuel Vasco Miranda de Castro e BritoEng. Agrónomo e oleólogo

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dos e acreditados, sendo que na região de maior produção, o Alentejo, está um em processo de reco-nhecimento e acreditação. Grande parte das análises sensoriais dos azeites portugueses, e em concreto os da região, são feitas em Espanha por laboratórios já reco-nhecidos e acreditados.

Pelo trabalho que já tem vindo a demonstrar por via do Laboratório de Química – de azeites e de azeitonas – acreditado pela norma flexível intermédia NP EN ISO IEC 17025, a ACOS encontra uma lacuna na falta de complementaridade de análises, uma vez que para classificar os azeites são obrigatórias análises químicas e também sensoriais, pois, uma delas pode inviabilizar a outra no que diz respeito à classificação final do azeite.

O Laboratório de Química da ACOS está vocacio-nado para a análise de azeitona e azeite. Funciona desde Outubro de 2012 e Foi o primeiro laboratório do país a obter a acreditação para ensaios de azeitona.

Beja, o Alentejo e o nosso País têm vindo a dar car-tas a nível da qualidade do azeite e das regras técnicas para a sua avaliação através do Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja. Já na sua 6ª edição, tem vindo a aumentar a sua qualidade de ano para ano, assim como a notoriedade internacional. Este ano foi classificado em 1º lugar no ranking dos melhores do mundo. Esta é uma das razões por que tem vindo a captar a adesão de cada vez mais países partici-pantes e o número de amostras entregues para escrutínio. Uma qualidade com o selo de “Todo o Alentejo deste Mundo!”.

Dos mais de 340 mil hectares de olival em Portugal, 165 mil correspondem ao Alentejo, sendo que 40% corresponde a área de regadio na região. Acresce que das cerca de 23 mil explorações do País especializadas em olivicultura, 8.262 estão situadas no Alentejo, com a percentagem mais alta do País. Se traduzirmos estes dados por área, cerca de 160 mil hectares correspondem à área das explorações especializadas no País, sendo que 100.200 pertencem ao Alentejo.

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A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB) foi fundada em 1954, por 45 sócios e actualmente é composta por 4.000 sócios dos quais 1.200 são olivicultores.

As produções médias da CAMB por campanha ron-dam os 35 milhões de quilos de azeitona o que corresponde a 7 milhões de quilos de Azeite, extraído exclusivamente através de processos mecânicos.

Como factor diferenciador salientamos o AZEITE DE MOURA DOP, a primeira e mais antiga DOP - Denominação de Origem Protegida de Azeite em Portugal, que assenta nas variedades autóctones Galega, Cordovil e Verdeal, representando a maior produção nacional de Azeites DOP.

Os olivais tradicionais e o know-how dos nossos associados per-mitem-nos produzir um Azeite português, único e de elevada quali-dade, um verdadeiro ex-líbris da nossa região. Tão fino como o AZEITE DE MOURA é um ditado popular qualificando, por analogia, a finura de espírito de alguém.

A estratégia dominante na CAMB é a de produção de Azeite de elevada qualidade, onde começamos por acompanhar o nosso asso-ciado, através de aconselhamento técnico especializado, monitori-zando as zonas chave para detectar e prevenir pragas e doenças de

modo a garantir a melhor qualidade das nossas Azeitonas e conse-quentemente do nosso Azeite. No Lagar, todas as fases são considera-das, desde a recepção da azeitona, onde é feita uma triagem por varie-dade e por categoria de qualidade, passando pela monitorização das diversas linhas de extracção e sala de decantação até aos depósitos finais e por fim no embalamento, tudo acompanhado por técnicos muito profissionais e por um rigoroso controlo organoléptico e labo-ratorial, de forma a garantirmos todas as características provenientes destas variedades.

Atendendo às previsões de aumento de produção de azeitona para os próximos anos, em Abril de 2015 submetemos uma candidatura ao PDR2020, porque precisamos de continuar a investir no reforço das capacidades de recepção, extracção, armazenamento e embalamento.

Actualmente, podemos encontrar o Azeite da CAMB na maioria dos super e hipermercados assim como no pequeno retalho.

O AZEITE DE MOURA DOP ao longo dos anos tem recebido diversas distinções e ganho muitos prémios, tanto nacionais como internacionais. O SABOR DO ANO 2016, APROVADO PELOS CONSUMIDORES, foi a mais recente distinção recebida. Estes reco-nhecimentos permitem-nos continuar motivados a fazer mais e me lhor, todos os dias, em prol dos interesses dos nossos Cooperantes.

Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos

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Em 1 de Julho de 2008, num movimento cooperativo histórico da região de Beja, nasceu a Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, C.R.L., resultante da fusão das

duas Cooperativas Agrícolas anteriores de Beja e de Brinches. Deste projeto resultou uma só entidade, desde já considerada uma das de maiores dimensão ao nível nacional, do sector cooperativo e na sua ativi-dade, provendo um substancial reforço do seu posi-cionamento competitivo á escala ibérica.

Esta união teve por base uma decisão estratégica, fortemente incentivada e apoiada pelo poder político, tendo como objetivo melhor defender o futuro das cooperativas e agricultores associados, bem como desenvolver uma situação sustentável de forma a fazer frente as dificuldades que no futuro possam vir a enfrentar.

O projeto de fusão pretende traduzir-se em ganhos muito significativos não só para a empresa como para o sector. Para a empresa, trouxe a oportunidade de reestruturar organizacionalmente os ativos, recursos e capacidades anteriormente existentes e desenvolver um plano de atividade futura, com subsequente plano de ações conducentes a implementação de uma gestão por processos, da implementação da atividade de pla-neamento e orçamentação financeira, dos sistemas de informação e de gestão com evidentes consequências ao nível económico e financeiro. Para o sector agrícola baixo alentejano, porque ambas se encaixavam perfei-tamente uma na outra. Se a Cooperativa Agrícola de Beja possuía uma enorme força no sector dos cereais, a congénere de Brinches apresenta grande dinâmica no domínio da olivicultura e produção de azeite, um sec-tor com larga margem de crescimento que vai tornar-se o principal pilar da lavoura regional. Por outro lado, o centro de gravidade da olivicultura está a ser criado num arco entre Brinches, Serpa e Beja, onde agora se estendem centenas e centenas de hectares de novo olival. Esta será a zona de excelência para a produção de azeitona nos próximos anos.

Com a fusão, a Cooperativa de Beja e Brinches CRL (CABB) detém uma quota na ordem dos 5% da produção nacional de azeite, ganhando em termos de mercado um peso completamente diferente daquele que as Cooperativas detinham inicialmente de forma

isolada. No seu conjunto, a CABB concentra cerca de 2400 cooperantes e desenvolve atividades principais no âmbito das fileiras olivícola e cerealífera numa parte significativa do Alentejo, abrangendo 460 mil hectares. Refira-se que estas duas Cooperativas já integravam a União de Cooperativas Agrícolas do Sul (Ucasul), onde Beja e Brinches controlavam 80% do capital social, sendo que com esta associação já se controla todo o mercado dos bagaços de azeitona, através da unidade que se possui em Alvito. A UCASUL possui um impor-tante papel na eliminação eficiente e na valorização dos subprodutos do olival e dos bagaços.

A CABB presta apoio aos seus cooperantes ao nível da receção, processamento e comercialização de azei-tona e cereais, para além de todo o apoio ao nível administrativo e do desenvolvimento das suas ativi-dade, quer através da comercialização de equipamento e materiais necessários para a agricultura, quer através de suporte técnico aos agricultores.

A Cooperativa funciona como uma empresa mas visa essencialmente a prestação de serviços uteis aos cooperantes (principalmente o escoamento oportuno e aos melhores preços dos produtos agrícolas por eles produzidos). A CABB tem, por isso, para alem de um efeito económico, um efeito social reforçado pelo facto de muitos dos seus cooperantes serem pequenos e médios agricultores que, se não fosse a atividade da Cooperativa, teria dificuldades de acesso ao mercado e/ou teriam nele uma fraca posição negocial.

Cooperativa Agrícola de Beja e BrinchesAníbal MartinsGerente

O projeto de fusão pretende traduzir­se em ganhos muito significativos não só para a empresa como para o sector. (...) Se a Cooperativa Agrícola de Beja possuía uma enorme força no sector dos cereais, a congénere de Brinches apresenta grande dinâmica no domínio da olivicultura e produção de azeite, um sector com larga margem de crescimento que vai tornar­se o principal pilar da lavoura regional.

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A história do Grupo Sovena começa nos finais do seculo XIX com a criação da Companhia União Fabril (CUF) por Alfredo da Silva. Durante este percurso, tanto o sector dos

óleos como o dos azeites foram estratégicos para o seu desenvolvimento. Já depois do 25 de Abril de 1974, e após as privatizações, o sector das gorduras comestíveis voltou a ter um papel de enorme relevância no plano estratégico da Nutrinveste, holding de empresas do Dr. Jorge de Mello que englobavam, entre outras, a Sovena, a Nacional, a Triunfo, a Nutricafés e a Compal.

No início do século XXI, e após reflexão estratégica, tomou-se a decisão de focar as energias da Nutrinveste no sector das gorduras comestíveis, com especial foco no mercado do azeite. Assim realizaram-se um conjunto de aquisições que tornaram a Sovena, nos dias de hoje, líder mundial de comercialização de azeites e líder peninsular na comercialização de óleos. Em 2015 o Grupo Sovena atingiu uma faturação de 1.400 milhões de euros, tem cerca de 1.200 colaboradores e os seus produtos podem ser encontrados em mais de 70 países. Falar da Sovena é falar de qualidade, de eficiência, de sustentabilidade, de respon-sabilidade social e de desenvolvimento.

Atualmente, e em termos industriais, o Grupo é cons-tituído pela Sovena Portugal (refinação e embalamento de óleos e azeites para os mercados português, africano e brasileiro), Sovena Oilseeds Portugal (produção de biodie-sel e extração e refinação de óleos para os mercados portu-guês e africano), Sovena España (refinação e embalamento de óleos e azeite para os mercados espanhol e exportação), Moltuandujar (extração, refinação e embalamento de óleos para o mercado espanhol), Sovena USA (embala-mento de óleos e azeites para o mercado norte americano), Sovena MENA (embalamento de óleos e azeites para os mercados do médio oriente e norte de África) e Exoliva (transformação e comercialização de azeitonas de mesa).

O projeto ELAIA, para plantação de olivais e extração de azeite em parceria com o fundo de capital de investi-mento ATITLAN, começou em 2006 e neste momento apresenta cerca de 13.600 ha espalhados por Portugal, Espanha e Marrocos, assim como quatro lagares que lhes dão apoio: dois em Portugal, um em Espanha e um em Marrocos.

Portugal representa para a ELAIA mais de 10.000 ha plantados e 10 milhões de oliveiras (uma por cada portu-guês), fundamentalmente entre Ferreira do Alentejo, Beja,

Moura, Elvas, Campo Maior e Avis. Os sistemas de plan-tação utilizados são o superintensivo (cerca de 80%) e o intensivo (20%) e as variedades predominantes são a arbe-quina, arbosana, koroneiki. A picual e cobrançosa estão também presentes, mas em menor dimensão. É relevante salientar as extraordinárias condições proporcionadas pelo Alentejo para esta cultura, consequência não só do solo e do clima, mas também dos importantes investimentos públi-cos realizados e que permitiram o exemplar desenvolvi-mento da plantação de olival, como é o caso do Alqueva.

Em termos de produção de azeite, construíram-se em Portugal dois lagares: o “Lagar do Marmelo” em Ferreira do Alentejo com uma capacidade diária de transformação de 1.100 tons de azeitona e o “Lagar do Paínho” em Avis com uma capacidade diária de transformação de 900 tons de azeitona. Em 2014 e 2015 o “Lagar do Marmelo” foi considerado o melhor lagar do mundo (world’s Best Olive Mill). É deste lagar que sai a marca de azeites Oliveira da Serra, vencedora dos principais concursos mundiais, com destaque para o concurso da Ovibeja e para a competição mais prestigiada a nível internacional, o Mario Solinas Quality Award, cujo concurso o azeite Oliveira da Serra acabou de vencer pelo terceiro ano consecutivo, sendo desta forma eleito o melhor azeite do mundo. A marca Oliveira da Serra é atualmente a marca de azeite português mais premiada, é aquela que tem liderado a inovação e a preferências dos consumidores portugueses. Para todo este sucesso muito tem contribuído a aposta da marca em inovação, de que são exemplos a embalagem LEVE e a tampa Pop Up, tendo esta segunda vencido o prémio de inovação (Produto do Ano 2009).

O sucesso da marca cresce e a produção acompanha este êxito. Na campanha 2015/2016, o Grupo ELAIA produziu cerca de 15.500 tons de azeite, representando estas apenas cerca de 8% das necessidades atuais de todo o Grupo Sovena. Desta forma, são de enorme importância e estratégicas as relações e parcerias com os diferentes produtores de azeite.

Concretamente para o Alentejo, a estratégia futura do Grupo passará por dois vetores em concreto: sedi-mentar e ampliar as relações comerciais com os lagares; e continuar a aproveitar as condições privilegiadas para plantação de olival, para que de uma forma sustentável se possa contribuir para o desenvolvimento da região, criação de postos trabalhos e favorecimento da econo-mia local e nacional.

sovena: O azeite que conquista os portugueses

Luís Folque Engenheiro,Administrador do Grupo Sovena

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Brigido Chambra, gerente do Grupo Chambra Agrária, chega ao Alentejo no ano 2000, adquirindo a primeira her-dade em 2001. Com distintas empresas

e uma equipa formada com técnicos da região, foi transformando e assessorando distintos grupos de investidores, assim como agricultores Espanhóis e Portugueses.

No início do século estava à procura de terrenos com água em Espanha, mas a escassez de terrenos para venda e a pouca disponibilidade de água, trouxe-nos a oportunidade de procurar algumas Herdades no perímetro do lago “Alqueva”.

Confiava extremamente na cultura do Olival e sem-pre acreditei no crescimento do consumo mundial de azeite, algo assumido, porque desde 2000 até 2015 o consumo mundial quase duplicou, multiplicando se por 1,8.

Com distintos grupos de investidores e distintas empresas, transformámos mais 21.000 hectares nos últimos 15 anos.

Atualmente, em sociedade com Pedro Marques e a sua empresa familiar estamos a desenvolver um projeto de um Lagar, o qual tem o nome de “Lagar do Vale”.

Temos também vários projetos de inúmeras plan-tações que rondam uma área com cerca de 2.000 hec-tares, em propriedade entre ambas as empresas.

Atualmente voltaram a ativar-se novas plantações que necessitam de novos técnicos de gestão, levando-nos dessa forma a seguir com uma enorme aposta na produção de azeite.

É de salientar que a nossa aposta sempre tem sido direcionada à melhora produtiva, tentando assim, alcançar a máxima produtividade através de uma me lhora agronómica.

A componente Agro- Industrial, mais propria-mente, o “Lagar do Vale” iniciará a sua atividade na campanha de 2017, sendo num princípio o azeite produzido direcionado para a venda a granel, no entanto, estamos também a estudar a possibilidade de entrar no mercado de embalamento direcionado para o mercado internacional.

Pensamos que o azeite embalado para o mercado Português tem pouca margem e está muito “atomiza-do” com infinitas marcas.

De um modo geral, num futuro próximo, com a

qualidade dos azeites produzidos no Alentejo seria interessante o Ministério da Agricultura ou Associações Agrárias avaliarem uma marca denominada “Alentejo” que englobasse a produção e dessa forma tentasse preencher um espaço importante nos mercados Internacionais.

Em suma, podemos afirmar que a estratégia é con-tinuar a melhorar e a evoluir o conhecimento agronómico, melhorar as produtividades, conhecer e testar novas variedades, testar novas densidades de plantação, melhorar e evoluir nos sistemas de poda, melhorar o controlo de doenças e pragas, etc…, sem-pre compatível com uma Agricultura integrada no meio.

É importante tentar diferenciar os azeites produzi-dos no Alentejo, valorizando as suas qualidades para que num futuro próximo este seja justamente valori-zado e creditado.

Brigido Chambra

Chambra AgráriaDe Espanha a Portugal

De um modo geral, num futuro próximo, com a qualidade dos azeites produzidos no Alentejo seria interessante o Ministério da Agricultura ou Associações Agrárias avaliarem uma marca denominada “Alentejo” que englobasse a produção e dessa forma tentasse preencher um espaço importante nos mercados Internacionais.

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PAVILHÃO 1Institucional e Agro-Alimentar

ACIPS - ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE PONTE SORR DE TIMOR, LTE 35NINHO DE EMPRESAS7400-214 PONTE DE SORTelef: [email protected]

AGDA - ÁGUAS PÚBLICAS DO ALENTEJO, S.A.R DR ARESTA BRANCO, 517800-310 BEJATelef: [email protected]

AGROGARANTE - SOCIEDADE DE GARANTIA MÚTUA, S.A.R JOÃO MACHADO, 863000-226 COIMBRATelef: [email protected]

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº 2 DE BEJAR S JOÃO DE DEUS7800-478 BEJATelef: [email protected]

AJAP - ASSOCIAÇÃO DE JOVENS AGRICULTORES DE PORTUGALR D PEDRO V, 108 - 2º1269-128 LISBOATelef: [email protected]

ALENTEJO XXI - ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO MEIO RURALR DA MISERICÓRDIA, 107800-285 BEJATelef: [email protected]

ALLOLIVA, UNIPESSOAL, LDAR MANUEL MARTINS ALVES 16 C2130-143 SANTO ESTEVÃOTelef: [email protected]

AMORBA - ASSOCIAÇÃO MOVIMENTO PRÓ REGIÃO ADMINISTRATIVA BAIXO ALENTEJOLG DO CARMO, 77800-417 [email protected]

ANTÓNIO JOSÉ ALVES DO ROSÁRIOURB CASAIS S. JACINTO, LT 6 - ESQ2500-299 CALDAS DA RAINHATelef: [email protected]

ASSOCIAÇÃO DE BENEFICIARIOS DA OBRA DE REGA DE ODIVELAS - ABOROAV GAGO COUTINHO E SACADURA CABRAL7900-562 FERREIRA DO ALENTEJOTelef: [email protected]

ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DO PATRIMÓNIO DE MÉRTOLALG VASCO DA GAMA, S/N7750-328 MÉRTOLATelef: [email protected]

BELMIRO CORDEIRO UNIPESSOAL, LDACABANITACX POSTAL 221P8200-461 PADERNETelef: [email protected]

BISARO - SALSICHARIA TRADICIONAL, LDAR CORONEL ÁLVARO CEPEDAGIMONDE5300-553 BRAGANÇATelef: [email protected]

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE BEJA E MÉRTOLALG ENG DUARTE PACHECO, 127800-019 BEJATelef: [email protected]

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A.AV JOÃO XXI, 631000-300 LISBOATelef: [email protected]

CÂMARA MUNICIPAL DE ALJUSTRELAV 1º DE MAIO7600-010 ALJUSTRELTelef: [email protected]

CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLAPC LUÍS DE CAMÕES7750-329 MÉRTOLATelef: [email protected]

CÂMARA MUNICIPAL DE OURIQUEAV 25 DE ABRIL, 267670-250 OURIQUETelef: [email protected]

CÂMARA MUNICIPAL DE SERPAPC DA REPÚBLICA7830-389 SERPATelef: [email protected]

CÂMARA MUNICIPAL DE VIDIGUEIRAPC DA REPÚBLICA7960-225 VIDIGUEIRATelef: [email protected]

CARITAS DIOCESANA DE BEJAR AFONSO LOPES VIEIRA, 187800-273 BEJATelef: [email protected]

CENTRO DE ESTUDOS E FORMAÇÃO AQUILES ESTAÇO, LDAESTR DE PORTEL, 27960-212 VIDIGUEIRATelef: [email protected]

CH BUSINESS CONSULTING, SACAMPO PEQUENO, 48 - 4º ESQ.EDIFICIO TAURUS1000-081 LISBOATelef: [email protected]

CHOCOLICOR, LDAR ANTÓNIO OLIVEIRA, 5, ZN INDUSTRIALAPARTADO 8042500-271 CALDAS DA RAINHATelef: [email protected]

CIMBAL - COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO BAIXO ALENTEJOPCT RAINHA D. LEONOR, 17801-953 BEJATelef: [email protected]

COCAS PRODUÇÕES PRODUÇÃO DE EVENTOS, LDAR DR AFONSO COSTA, 287800-496 BEJATelef: [email protected]

COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJOAV ENG ARANTES E OLIVEIRA, 1937004-514 ÉVORATelef: [email protected]

COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE, SAPÇA DA REPÚBLICA, 40BEJA7800-427 BEJATelef: [email protected]

CONFAGRI, CCRLR MARIA ANDRADE, 131199-013 LISBOATelef: [email protected]

CONFEDERAÇÃO DOS AGRICULTORES DE PORTUGAL - CAPR MESTRE LIMA DE FREITAS, 11549-012 LISBOATelef: [email protected]

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA - CNAR DO BRASIL, 1553030-175 COIMBRATelef: [email protected]

CORO DE CÂMARA DE BEJAAPARTADO 97800 BEJATelef: [email protected]

CRISTINA MARIA DE SA RODRIGUESRUA DE VISEU, Nº 45 A - 3º DTO.AVEIRO3800-280 AVEIROTelef: [email protected]

CUREL - VCI, LDAZN INDUSTRIAL, 262500-773 STA CATARINA CLDTelef: [email protected]

DANIEL REIS AMARELOZN INDUSTRIAL DO FUNDÃOAPARTADO 1014COVA DA BEIRA6230-483 FUNDÃOTelef: [email protected]

DELEGAÇÃO REGIONAL DO ALENTEJO DO INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, IPR DO MENINO JESUS, 47 - 51ÉVORA7000-601 ÉVORATelef: [email protected]

DINIS FERNANDO VALADA PORTUGAL NETOR DE SOUSA, 545LODARES4620-227 LOUSADATelef: [email protected]

EDP DISTRIBUIÇÃO - ENERGIA, S.A.R CAMILO CASTELO BRANCO, 43 6º1050-044 LISB0ATelef: [email protected]

ELÍDIO JOÃO REIS MENDESR TENENTA ALVES SOUSA, 47VILA NOVA PAIALVO2305-918 TOMARTelef: [email protected]

EMAS - EMPRESA MUNICIPAL DE ÁGUA E SANEAMENTO DE BEJA, EMR CONDE DA BOAVISTA, 167800-456 BEJATelef: [email protected]

EMVIAGEMR SERPA PINTO, 27520-241 SINESTelef: [email protected]

ENCONTRO D’IGUARIAS - PRODUTOS ALIMENTARES, LDAR DO POÇO, 4CAIXA POSTAL 157700-2335 ROSÁRIOTelef: [email protected]

ERFOLCONTER, LDAAV. JOSÉ AUGUSTO MEDEIROS, 24LOJA 203240-301 [email protected]

ESCOLA PROFISSIONAL BENTO DE JESUS CARAÇAR D MANUEL I, 19 - 1º7800-306 BEJATelef: [email protected]

ESPAÇO VISUAL - CONSULTORES DE ENGENHARIA AGRONÓMICA, LDAASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE GONDOMAR4420-620 GONDOMARTelef: [email protected]

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DAS ASSOCIAÇÕES DE SUINICULTORES - FPASAV ANTÓNIO AUGUSTO DE AGUIAR, 179 - R/C ESQ1050-014 LISBOATelef: [email protected]

FERNANDO MANUEL ESTRELA COXINHO - PASTELARIA ESTRELAR AQUILES ESTAÇO, 147960-229 VIDIGUEIRATelef: [email protected]

FERNANDO MANUEL SARMENTO RODRIGUES VINAGRER VIEIRA DA SILVA, LT 457040-010 ARRAIOLOSTelef: [email protected]

FRUTOS SECOS CARAMELIZADOS - MOHAMMED SANBIURB COTOVIAS, LT 1 2º DTº I8700-224 OLHÃOTelef: [email protected]

GALAXIA GULOSA, LDA.R JOSÉ JOAQUIM DE ALMEIDA, 836 - A 1º ANDAR2775-594 CARCAVELOSTelef: [email protected]

GRUPO DE APOIO DE BEJA - LIGA PORTUGUESA CONTRA O CANCROR INFANTE D. HENRIQUE, 1 - A7800-318 BEJATelef: [email protected]

ILUSÃO MEDIEVAL, UNIPESSOAL, LDA.RUA ANTÓNIO ROSA BRITO, Nº 30, 3º ESQ.S. BRÁS DE ALPORTEL8150-118 S. BRÁS DE ALPORTELTelef: [email protected]

INOVINTER - CENTRO DE FORMAÇÃO E DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICAAV ALM REIS , 45 - RC DTO1150-010 LISBOATelef: [email protected]

INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJAR PEDRO SOARES, SNAPARTADO 6155CAMPUS DO IPBEJA7800-295 BEJATelef: [email protected]

INSTITUTO PORTUGUÊS DO DESPORTO E DA JUVENTUDER PROF JANEIRO ACABADO, SN7800-506 BEJATelef: [email protected]

48 | revista ovelha | lista de expositores

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lista de expositores | revista ovelha | 49

ITS-INDUSTRIA TRANSFORMADORA DE SUBPRODUTOS, SAHERDADE DA PALMEIRAS. JOSÉ DA LAMAROSA2100-406 CORUCHETelef: [email protected]

JOÃO DORESR PRESIDENTE RAMALHO EANES, 157200-051 ALDEIAS DE MONTOITOTelef: [email protected]

JOAQUIM MANUEL CHARRITO CACHOPAS - QUEIJARIA CACHOPASQTA DA LAGE, 1, ESTR DAS SALVADASCANAVIAIS7000-839 ÉVORATelef: [email protected]

JORGE MANUEL LOBINHO PIRESR DA FERRENHA, 5RIO DE MOINHOS7150-379 [email protected]

LÁCTEO DORES & DORES, LDAR PRESIDENTE RAMALHO EANES, 157200-051 ALDEIAS DE MONTOITOTelef: [email protected]

LACTOBAIÃO - UNIPESSOAL, LDAR ENG LOPES CARDOSO, 1 - 2º ESQ7800-904 BEJATelef: [email protected]

LETRAS AO LUAR, LDATERREIRO DOS VALENTES, 4 - 1º C7800-523 BEJATelef: [email protected]

LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE BEJAR DR ANTÓNIO FERNANDO COVAS LIMA7800-849 BEJATelef: [email protected]

MAM/GPP MINISTÉRIO DA AGRI-CULTURA DO MARPC DO COMÉRCIO1149-010 LISBOATelef: [email protected]

MANUEL ANTÓNIO DOS ANJOS ALVITOMONTE DO CARRASCALÃO7800-340 [email protected]

MANUEL JOAQUIM CONCEIÇÃO DE MATOSAPARTADO 8026CORTE DA VELHA7750-307 MÉRTOLATelef: [email protected]

MANUEL RUI AZINHAIS NABEIRO, LDAAV CALOUSTE GULBENKIAN7370-025 CAMPO MAIORTelef: [email protected]

MARIA ARMINDA

ALEGRIA SANTOS MATOS - CHOCO-ARTER DA BOA FÉ, LT 2CAIA7300-561 PORTALEGRETelef: [email protected]

MARIA DO CARMO ALVES SILVA NETOCUMEADA,PORTELA DA MÓ 665 E8375-065 S. BARTOLOMEU DE MESSINESTelef: [email protected]

MARIA ODETE SANTOS FERREIRA - SHOW BOMBOMALTO DOS PINHEIRAIS, LT 53240-202 ANSIÃOTelef: [email protected]

MAVILDIA MARIA RAINHO REMIGIOTV DO VALVERDE, 6ORDEM2430-368 MARINHA GRANDETelef: [email protected]

MENDES E IRMÃOS, S.A.TV DO PARQUE, 2APARTADO 172671-901 LOURESTelef: [email protected]

MOREIRA E SERRANO, LDALARGO DE SANTA MARIA, 217800-133 BEJATelef: [email protected]

MUNICÍPIO DE ALMODÔVARR SERPA PINTO, 107700-081 ALMODÔVARTelef: [email protected]

MUNICÍPIO DE BEJAPC DA REPÚBLICA7800-427 BEJATelef: [email protected]

MUNICÍPIO DE CUBAR SERPA PINTO, 847940-172 CUBATelef: [email protected]

MUNICÍPIO DE FERREIRA DO ALENTEJOPC COMEND INF PASSANHA, 57900-571 FERREIRA DO ALENTEJOTelef: [email protected]

MUNICÍPIO DE PORTELPC D NUNO ÁLVARES PEREIRA, 47220-375 PORTELTelef: [email protected]

NERBE / AEBAL - ASS. EMPRESARIAL DO BAIXO ALENTEJO E LITORALR CIDADE DE S. PAULOAPARTADO 2747800-904 BEJATelef: [email protected]

NIVELNATURAL ACTIVIDADES DE SAÚDE UNIP.LDAR AFONSO ALBUQUERQUE, 7 1º7800-442 BEJATelef: [email protected]

NOVALVITO - ENSINO PROFISSIONAL COOPERATIVA DE INTERESSE PÚBLICO DE RESPONSABILIDADE, LDA.R DA MACEIRA, SN7920-037 ALVITOTelef: [email protected]

PADISOFALR DE S PEDRO, 27 - 297830-437 SERPATelef: [email protected]

PANISILGUEIROS - PASTELARIAS, LDAR DO LAPÃO, 49BEIJÓS3430-516 CARREGAL DO SALTelef: [email protected]

PARTIDO ECOLOGISTA OS VERDESAV D.CARLOS I, 146 1º DTº1200-651Telef: [email protected]

PAULO JORGE MENINO DE OURO CARDOSOQTA DO MALINO, ESTR SENHOR DOS AFLITOSSR DOS AFLITOS7000 - 874 É[email protected]

PORTELA & CRUZ, LDAR POÇA DA MANSANÚCLEO INDUSTRIAL DE ANTAS4740-016 ANTASTelef: [email protected]

PSICOLÓGICO - RESTAURAÇÃO, LDAPRAÇA DA REPÚBLICA, 38 - 1º DTº3000-343 COIMBRATelef: [email protected]

QUADRANTE APETECÍVELR CONSELHEIRO MENEZES, 577800-282 BEJA

QUEIJARIA ALMEIDA - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE QUEIJOS, LDAZN INDUSTRIAL DE CASTELO BRANCO, RUA 5, LT 466000-459 CASTELO BRANCOTelef: [email protected]

QUEIJARIA ARTESANAL MOINHO DE ALMOCREVA, LDALG FRANCISCO MIGUEL DUARTE, 107800-351 PENEDO GORDOTelef: [email protected]

QUEIJARIA CHARRUA, LDAR S. MARCOS, 17780-000 ENTRADASTelef: [email protected]

QUEIJOS FIALHO E VALVERDE, LDARUA DA HORTA, N.º37220-301 ORIOLATelef: [email protected]

RÁDIO PAX - COOPERATIVA DE SERVIÇOS, CRLR DE ANGOLA, TR C - 11ºAPARTADO 3487801-904 BEJATelef: [email protected]

RESIALENTEJO - TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DE RESIDUOS, EIMHERDADE DO MONTINHOAPARTADO 6272STA CLARA DO LOUREDO7801-903 BEJATelef: [email protected]

RITRIZ - PUBLICIDADE E MARKETING II, LDACAMPO GRANDE, 28 - 5º C1700-093 LISBOATelef: [email protected]

RUI ALBERTO PRATES VIEIRA - BORQUEIJOSR VICENTE GOMES, LT 1ºS LOURENÇO7100-669 ESTREMOZTelef: [email protected]

SABORES COM TRADIÇÃO - COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTARES, LDAR NOVA, 34LIVRAMENTO2765-379 ESTORILTelef: [email protected]

SABORES DE TUELA - FUMEIRO E PRODUTOS REGIONAIS, LDABR DO EIRÓQUINTA DE RIASSOS S/N5320-309 VINHAISTelef: [email protected]

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA ALVAR DE STO ANTÓNIO, S/N7940-383 VILA ALVATelef: [email protected]

SAÚL MANUEL FIALHO CAEIROR NOVA DE REGUENGOS, 5 - A7200-053 MONTOITOTelef: [email protected]

SECURITAS DIRECT PORTUGALPCT PROF ALFREDO SOUSA, 31495-241 ALGÉSTelef: [email protected]

SISTRÁGUA - SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA, UNIPESSOAL, LDAR PRINCIPAL, 76AZERVADINHA2100-016 CORUCHETelef: [email protected]

SMEG PORTUGAL UNIPESSOAL LDA.R ANTÓNIO MARIA CARDOSO, 141200-027 LISBOATelef: [email protected]

SOCIEDADE CENTRAL DE CERVEJAS E BEBIDASESTR DA ALFARROBEIRAAPARTADO 152626-244 VIALONGATelef: [email protected]

SUÉLI RODRIGUES DE MATOSR AFONSO ALBUQUERQUE, 82 1º FRENTE8100-532 LOULÉ[email protected]

TELETEJO - TELECOMUNICAÇÕES DO RIBATEJO, SAR DO MATADOURO, 122080-107 ALMEIRIMTelef: [email protected]

TERRAS DENTRO - ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADOR ROSSIO DO PINHEIRO7090-049 ALCÁÇOVASTelef: 266948070elsa.branco @terrasdentro.pt

TOMÁS BATISTA SANTIAGO DO NASCIMENTOR DO FUNCHAL, 9 1º2500-178 CALDAS DA [email protected]

TURISMO DO ALENTEJO, ERTPC DA REPÚBLICA, 12 - 1ºAPARTADO 3357800-427 BEJATelef: [email protected]

UNIÃO DE EXPORTADORES DA CPLPPARQUE DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES DE BEJA - AV. SALGUEIRO MAIABEJA7800-522 BEJATelef: [email protected]

UNICRE - INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO S.A.AV ANTÓNIO AUGUSTO DE AGUIAR, 122 - 8º PISO1050-019 LISBOATelef: [email protected]

UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO BAIXO ALENTEJO, EPER DR ANTÓNIO FERNANDO COVAS LIMA7801-849 BEJATelef: [email protected]

VALE DA ROSA - SOCIEDADE AGRÍCOLAHERDADE VALE DA ROSAAPARTADO 1117900-909 FERREIRA DO ALENTEJOTelef: [email protected]

VAROFUMEIRO - ENCHIDOS REGIONAIS VAROSAPONTE NOVAMONDIM DA BEIRA3610-054 TAROUCATelef: [email protected]

Page 52: 33ª OVI BEJA · 2019. 11. 7. · de negócios, de apresentação e discussão dos temas da actuali dade. É uma feira das pessoas. Construída e vivida por quem nela participa. A

50 | revista ovelha | lista de expositores

ZURICH INSURANCE PLC - SUCUR-SAL EM PORTUGALR DOS AÇORES, 167800-492 BEJATelef: [email protected]

PAVILHÃO 2Pavilhão Multiusos/ /Comércio e Serviços

A. MATOS CAR - COMÉRCIO AUTOMÓVEL, S.A.R DA CIÊNCIA, LT A - 2/4PQ INDUSTRIAL7800-010 BEJATELEF: [email protected]

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE APOIO AOS DOENTES ONCOLÓGICOS E SEUS FAMILIARESAV PADRE ALBERTO NETO, 66 1º DT.2605-289 BELASTELEF: [email protected]

AUTO SALUQUIA BEJA REPARADORA, LDAR D AFONSO III, 55APARTADO 2517800-050 BEJATELEF: [email protected]

BOUTIGEST, MOBILIDADE AUTOMÓVEL SAR DA CIÊNCIA, 6PQ INDUSTRIAL7800-010 BEJATELEF: [email protected]

CAMEIRINHA - MÁQUINAS AGRÍCOLAS, LDA (HYUNDAI)R D AFONSO III, 537800-050 BEJATELEF: [email protected]

CAMEIRINHA COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, LDA (MERCEDES)R ZECA AFONSO, 47800-522 BEJATELEF: [email protected]

CAMEIRINHA, BELCHIOR E MACHADO, LDA (MITSUBISHI)R ZECA AFONSO, SNAPARTADO 687800-522 BEJATELEF: [email protected]

CARLOS JOÃO MARGALHO VARANDASAV TOMAZ ALCAIDE, 277100-502 [email protected]

CLEMENTE & ROSA, LDA - RAINBOW BEJAAV FIALHO DE ALMEIDA, 51BEJA7800-395 BEJATELEF: [email protected]

FORÇA AÉREA PORTUGUESA - BASE AÉREA N.º 11ESTADO MAIOR DA FORÇA AÉREA - AV. LEITE DE VASCONCELOS, N.º4AMADORA2614-506 AMADORATELEF: [email protected]

FUELTEJO - COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES, S.A.R MARCOS DE ASSUNÇÃO, 4ESCRIT. 2.092085-290 ALMADATELEF: [email protected]

GUARDA NACIONAL REPUBLICANAR MQ DE POMBAL, SN7800-067 BEJATELEF: 284310770ct.bja.soiirp@g

HAPPY END - ARTESANATO, BRINQUEDOS E ARTIGOS DE FESTA, UNIPESSOAL, LDATV DA PENSOA, 14 - 2º DTO2970-635 SESIMBRATELEF: [email protected]

IRMÃOS LUZIAS - MÁQUINAS E ALFAIAS AGRÍCOLAS, LDAR D AFONSO III, 43APARTADO 3407801-904 BEJATELEF: [email protected]

LUIS MANUEL BARROCASR DA BARREIRA, 29 1º ESQ.7800-457 BEJATELEF: [email protected]

MOTOREX - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, LDAR D AFONSO III, 517800-050 BEJATELEF: [email protected]

MULTIAUTO - SOCIEDADE DE COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, S.A.R DO COMÉRCIO, 2/87800-115 BEJATELEF: [email protected]

NELSON ROGÉRIO DA SILVA - COMÉRCIO DE PEÇAS E AUTOMÓVEIS UNIP. LDAESTRADA DA CANCELINHA LOTE 3VIDIGUEIRA7960-212 VIDIGUEIRATELEF: [email protected]

ONDABEJA - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, LDA (HONDA)R ZECA AFONSO7800-522 BEJATELEF: [email protected]

ONDABEJA - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, LDA (KIA)R ZECA AFONSO7800-522 BEJATELEF: [email protected]

PANOPLIA DE ENCANTOS, UNIP. LDAR BERNARDO SANTARENO, 5 2º ESQº7800-450 BEJAgeral@peproduções.com

POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA . COMADO DISTRITAL DE BEJAR DR NUNES ÁLVARES PEREIRA, EDF DO GOVERNO CIVIL7800-054 BEJATELEF: [email protected]

REGIMENTO DE INFANTARIA N.º 3 - EXÉRCITO PORTUGUÊSESTR DE MÉRTOLA7801-906 BEJATELEF: [email protected]

SUZETI BLASCO GRUBER - SIMARAQUINTA DAS CORREIAS, LTE 402070-159 CARTAXOTELEF: [email protected]

TERESA ISABEL PINHEIRO CASTILHOR 1º DE DEZEMBRO, 677800-190 BEJATELEF: [email protected]

WIND-CENTRO DE ACTIVIDADES DE MONTANHAR EDUARDO MONDLANE, 442835-116 BAIXA DA BANHEIRATELEF: [email protected]

YSNARA FERNANDA DE ALCANTARA PESSOAESTR DE ALVÔR, LT 4 - R/C DTO8500-521 PORTIMÃOTELEF: [email protected]

PAVILHÃO 3Pecuária

ABERDEEN ANGUS PORTUGAL - ASSOCIAÇÃO DE CRIADORESR DA GUARITA - 186 ACONCEIÇÃO9700-096 ANGRA DO HEROÍSMOTelef: [email protected]

ACL - ASSOCIAÇÃO PORTU-GUESA DE CRIADORES DA RAÇA BOVINA LIMOUSINER COMBATENTES DA GRANDE GUERRA, 1APARTADO 337630-158 ODEMIRATelef: [email protected]

ACOS - RAÇA OVINA CAMPANIÇAR CIDADE DE S. PAULOAPARTADO 2967801-904 BEJATelef: 284310350

AGROLEX II - RAÇÕES, LDAZN INDUSTRIAL, LT 302070-681 CARTAXOTelef: [email protected]

ANCORME - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CRIADORES DE OVINOS DA RAÇA MERINAR DO MARÉ, SALA EE01MARÉ7005-873 ÉVORATelef: [email protected]

ANCPA - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS CRIADORES DO PORCO ALENTEJANOR DIANA DE LIZ, HORTA DO BISPOAPARTADO 717002-501 ÉVORATelef: [email protected]

APORMOR - ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE BOVINOS OVINOS E CAPRINOS REGIÃO MONTEMORPARQUE DE LEILÕES / EXPOSIÇÕES7050-020 MONTEMOR-O-NOVOTelef: [email protected]

ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DO PORCO ALENTEJANO - ACPAR ARMAÇÃO DE PÊRA, 27670-259 OURIQUETelef: [email protected]

CHOCALHOS PARDALINHO, LDAZONA INDUSTRIAL DAS ALCÁÇO-VAS, 127090-099 ALCÁÇOVASTelef: [email protected]

JOSÉ RODRIGUES AMENDOEIRAPEREIRAS DE ALMANCILCX POSTAL 218135 ALMANCIL

MTL - MADEIRAS TRATADAS, LDAR DE FONTE COVA, 51APARTADO 42426-908 MONTE REDONDO LRATelef: [email protected]

PLURIVET - VETERINÁRIA E PECUÁRIA, LDAR PROF MANUEL BERNARDES DAS NEVE, 30 - LOJA2070-112 CARTAXOTelef: [email protected]

RAÇÕES ZÊZERE, S.A.R ANTÓNIO TEIXEIRA ANTUNES, 1269APARTADO 24GRAVULHA - ÁGUAS BELAS2240-037 FERREIRA DO ZÊZERETelef: [email protected]

RIBAMÁQUINA - EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS E INDUSTRIAIS, LDA.RUA DR. VIRGÍLIO ARRUDA, N.º 3, 2.º ESQ.SANTARÉM2000-217 SANTARÉMTelef: [email protected]

SORGAL - SOCIEDADE DE ÓLEOS E RAÇÕES, S.A.ESTR NACIONAL 109LUG. DA PARDALA3880-728 OVARTelef: [email protected]

SOCIEDADE AGRICOLA VARGAS MADEIRA, LDA. 932605957 Corte do Gafo de Cima - Mértola

DRAPAL - CENTRO DE EXPERIMENTAÇÃO DO BAIXO ALENTEJO 962045839 Herdade do Vale Formoso - Serpa

MANUEL PIRES BOTELHO MONTEIRO967805935 Herdade da Carapetosa - Barrancos

JOÃO CARLOS PELICA MARQUES COELHO 966525063 Monte Volta dos Nogais – Bar-rancos

ROTA VIOLETA, LDA. 967582228 Malhada do Lobo – Sobral da Adiça LUÍS MIGUEL DE BARAHONA DA FONSECA PASSANHA917629071 Herdade do Freixo e Montinhos Velhos – Selmes – Vidigueira

DRAPAL - CENTRO DE EXPERIMENTAÇÃO DO BAIXO ALENTEJO 962917820 Herdade da Abóbada - V. N. S. Bento - Serpa

FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ALMEIDA961521337 Herdade da Cartuxa - Évora

ANA MARIA CAMARATE CAMPOS965836404 Herdade da Tagarria - Baleizão - Beja

JOÃO JOSÉ DE CARVALHO NUNES COMENDA 969022299 Herdade dos Hospitais - Montemor o Novo

CASA AGRÍCOLA ALEXANDRE RELVAS914288133 Redondo

JOAQUIM MÁXIMO NOVAIS DE CALÇA E PINA, HERDEIROS917307402 Sousel LUÍS MIGUEL DE BARAHONA DA FONSECA PASSANHA917629071 Herdade do Freixo e Montinhos Velhos – Selmes – Vidigueira

DRAPAL - CENTRO DE EXPERIMENTAÇÃO DO BAIXO ALENTEJO284560010 Herdade da Abóbada - V. N. S. Bento - Serpa

IPB - ESAB 963099199 Quinta da Saúde - Beja

PETIGAPE, AGRO-PECUÁRIA E LEILÕES UNIPESSOAL, LDA.967053533 Monte da Paz - Amareleja - Moura

Page 53: 33ª OVI BEJA · 2019. 11. 7. · de negócios, de apresentação e discussão dos temas da actuali dade. É uma feira das pessoas. Construída e vivida por quem nela participa. A

lista de expositores | revista ovelha | 51

NUNO MANUEL COELHO PALMA DE CARVALHO 962698310 Vale Vinharia - Santana da Serra - Ourique

JDR, SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA.961933110 Monte das Courelas - Alter do Chão

AVESSADAS SAG, LDA.966212989 Herdade das Avessadas - Elvas

LUÍS DENTES CAMPOS966100982 Monforte

MANUEL JOÃO VELEZ VESTIA937273845 Monte da Sofia - Veiros - Estremoz

CASA AGRÍCOLA ALEXANDRE RELVAS914288133 Redondo JOÃO GORDO MENDES, HERDEIROS965859960 Herdade de Monte Juntos - Elvas CARLOS FILIPE GIL DANIEL915323618 Monte da Atalaia – Évoramonte – Estremoz

MARIA ALICE SOUSA ESTEVES964671093 Quinta da Amiosa – Valadares – Monção

JOSÉ MANUEL BELCHIOR BENTO917309296 Panóias – Ourique

LUÍS MIGUEL CALHAU BANDEIRA937712310 Quinta de Vale Couvo - Igrejinha – Arraiolos

JOSÉ AUGUSTO GONÇALVES919023933 Vimieiro – Arraiolos

JOSÉ MANUEL DA COSTA PAULINO966917027 Vale d’Ouro – Ferreira do Alentejo JOSÉ MANUEL DA COSTA PAULINO966917027 Vale d’Ouro – Ferreira do Alentejo RICARDO MALAGUEIRA926806470 Monte do Sapal – Montemor o Novo

INOVAGROPEC, LDA. 964280131 Fazenda do Engenho – Montemor o Novo RICARDO MALAGUEIRA 926806470 Monte do Sapal – Montemor o Novo DRAPAL - CENTRO DE EXPRIMENTAÇÃO DO BAIXO ALENTEJO962917820 Herdade da Abóbada - Vila Nova de S. Bento - Serpa

CAMILA DOS PRAZERES - CABEÇA DE CASAL DA HERANÇA966800342 Herdade dos Covões - Viana do Alentejo

HERDADE DA CONTENDA, EM963703883 Herdade da Contenda - Stº. Aleixo da Restauração - Moura GONÇALO GEORGE, UNIPESSOAL LDA.969873411 Monte das Aves - Vila de Frades - Vidigueira ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DE BOVINOS DA RAÇA ALENTEJANA963819510 Herdade da Coutada Real - As-sumar - Monforte

HERDADE DA MALHADINHA NOVA - SOCIEDADE AGRÍCOLA E TURÍSTICA, S.A.969022501 Herdade da Malhadinha Nova - Albernoa - Beja

SATEG- SOCIEDADE AGRÍCOLA TELLO GONÇALVES, LDA.963030771 Herdade do Forte do Conde - Vila Viçosa

MADALENA MARIA BORGES COUTINHO DE NORONHA SILVEIRA918064804 Herdade da Maiteca - Alcácer do Sal

SOCIEDADE AGRÍCOLA DAS ESPADAS, LDA. 966898249 Herdade João Boim - Vila Viçosa

SOCIEDADE AGRÍCOLA DA SERRA DO CONDE, LDA. 266741292 Herdade Moita e Anexas - Évora

CASA AGRÍCOLA MÁRIO BARROS, UNIPESSOAL, LDA.

967127112 Herdade da Rola - Moura

FRANCISCO JOSÉ ROMÃO DE MOURA963819514 Monte do Alcaide – Urra - Portalegre

MANUEL FRANCISCO DE MOURA TAVARES, HERDEIROS914764874 Herdade D’Agosto – Assumar - Monforte

SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SEGÓVIA, LDA. 963819502 Herdade de Segóvia - Elvas

SOCIEDADE AGRÍCOLA DA TORRE DE ALVARENGA, LDA.963819502 Herdade da Torre de Curvo - Monforte

JOÃO JOSÉ DE CARVALHO NUNES COMENDA 969022299 Herdade dos Hospitais- Montemor-o-Novo

JOÃO MARIA TAVARES FESTAS966503096 Herdade de S. Bento do Zambujal – Redondo VITOR MANUEL DOS SANTOS CRUZ PALMA 962682655 Herddade da Brunheirinha – Cabeça Gorda – Beja

SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA DA AMEIJOAFA SAG, LDA.917221704 Herdade da Ameijoafa – Santiago do Cacém

ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DE BOVINOS MERTOLENGOS937715852 Herdade dos Souséis de Baixo - Torre de Coelheiros - Évora DRAPAL - CENTRO DE EXPERIMENTAÇÃO DO BAIXO ALENTEJO Monte Novo – Vale de Vargo - Serpa FRANCISCO VAZ INÁCIO963054250 Monte do Tacão- Mértola

REINALDO ANTÓNIO GONÇALVES ENGROSSA935560307 Herdade da Namo-rada - S. Brissos - Beja

AGRICIMOR, S.A.938045029 Herdade da Defesa de Cima – Torre de Coelheiros – Évora MANUEL BRITO NOBRE FAUSTINO914136006 Monte Novo do Ameixial- Panóias- Ourique SOCIEDADE AGRICULTURA DE GRUPO DAVID, LDA.966458258 Herdade do Quintal - Grandaços - Ourique

ANTÓNIO CORREIA DE BRITO COSTA966655844 Monte do Salto - S. Marcos da Atabueira - Castro Verde

MANUEL PACHECO MARTINHO964788995 Casa Nova da Alcaria – S. Teotónio – Odemira

DAVID CATITA DANIEL965551644 Herdade da Fonte do Corcho - Serpa

SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA CORTE DO PARAÍSO UNIPESSOAL, LDA.917811486 Herdade Sernada - Figueira de Cavaleiros - F. do Alentejo

MARIA DA GRAÇA NUNES MEXIA CASTELO BRANCO, SOC. UNIPESSOAL, LDA912229499 Herdade das Carias - Arraiolos

JOAQUIM JOSÉ DOS SANTOS PRATES937262307 Quinta da Fonte Santa - Évora ANTÓNIO MANUEL MESTRE

COELHO FIGUEIRA 963006965 Herdade dos Cardeais - Trindade - Beja

ANTÓNIO FRANCISCO VILHENA LOUÇÃO AMARO 965032114 Monte do Zambujeiro - Vale de Santiago - Odemira

ANTÓNIO MARTINS FERNANDES MONTES967090290 Monte Novo do Deserto - S. Mar-cos da Ataboeira - Castro Verde

CASA AGRÍCOLA MONTE NOVO DO AMEIXIAL, LDA 965403794 Panóias – Ourique

FERNANDO JOSÉ ABRUNHOSA NOBRE FÉLIX 968025935 Monte da Rocha - Ourique

JOÃO LUÍS REBOLO MAMEDE968231771 Monte Malhão do Touro - Rosário - Almodôvar

JOSÉ CÂNDIDO DE MATOS FÉLIX NOBRE, HERDEIROS966648975 Junqueira - Ourique

JOSÉ LUÍS DE JESUS CRAV-INHO965070592 Courela da Texugueira - Alcaria Ruiva - Mértola

JOSÉ MANUEL DA CONCEIÇÃO BRITO COELHO 964280202 Monte dos Sardinheiros - Trindade - Beja

MANUEL BRITO NOBRE FAUSTINO914136006 Monte Novo do Ameixial - Panóias - Ourique

NUNO MANUEL MATOS CRAVINHO964185316 Courela da Achada - Alcaria Ruiva - Mértola

SÉRGIO MANUEL DIAS GUER-REIRO BÁRBARA 286516165 Monte Novo da Sobreira – Ourique

ANTÓNIO JOSÉ GUERREIRO DIAS BÁRBARA 936104966 Monte do Coelho – Ourique

MANUEL BELCHIOR, LDA.939472006 Atabueira – Rosário – Almodôvar

HBO – ACTIVIDADES FLO-RESTAIS, LDA.932304434 Monte dos Bispos – Beja

MIGUEL ÂNGELO PEREIRA NUNES 926752603 Sobral – Santiago do Cacém

DUARTE NUNO SALVADOR SIMÕES967989713 Montes Altos – Ourique

PAVILHÃO 4Terra Fértil

4 ENERGY - SK SROKREMNICKA 2485101 BRATISLAVATelef: [email protected]

ADEGA COOPERATIVA DE VIDIGUEIRA, CUBA E ALVITO, CRLBR INDUSTRIAL7960-305 VIDIGUEIRATelef: [email protected]

ADEGA RURALR DAS AMENDOEIRAS, 79MOURA7860-144 MOURATelef: [email protected]

AGGRARIA SIGLO XXI, LDAR ARISTIDES SOUSA MENDES, 3B7800-511 [email protected]

AGRIMARKETING UNIPESSOAL, LDAZN INDUSTRIAL DO CADAVAL, LT 212550-171 CADAVALTelef: [email protected]

AGROMAISZONA INDUSTRIAL DE RIACHOAPARTADO 242354-908 RIACHOTelef: [email protected]

ANEFA – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EMPRESAS FLORESTAIS, AGRÍCOLAS E DO AMBIENTER DOS ARNEIROS, 72 A - C/V A1500-060 LISBOATelef: [email protected]

ANPOC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PRODUTORES DE CEREAISAV HERÓIS DO ULTRAMAR, 56 RC7005-161 ÉVORATelef: [email protected]

AQUAGRI, LDA.R CARLOS VIEIRA RAMOS, 472780-216 OEIRASTelef: [email protected]

Page 54: 33ª OVI BEJA · 2019. 11. 7. · de negócios, de apresentação e discussão dos temas da actuali dade. É uma feira das pessoas. Construída e vivida por quem nela participa. A

52 | revista ovelha | lista de expositores

ASSOCIAÇÃO DE EMPRESÁRIOS DA REGIÃO DA VIDIGUEIRARUA CÂNDIDO DOS REIS, 227960-231 VIDIGUEIRATelef: [email protected]

ATMOSVERDE - APROVEITAMENTO DE BIOMASSA LDA.CABEÇO DA BARCA S/NRIO DE VIDE3220-035 MIRANDA DO CORVOTelef: [email protected]

BALANÇAS MARQUESPQ INDUSTRIAL, 2ª FASEEDIFÍCIO BALANÇAS MARQUES4705-414 CELEIRÓS BRGTelef: [email protected]

BIOSTASIA PROJETOS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA LDA.RUA QUINTA DO BRAVO, 532810-269 ALMADATelef: [email protected]

CÂMARA AGRÍCOLA LUSOFONAAV BRASÍLIAAPARTADO 120661050-214Telef: [email protected]

CÂMARA MUNICIPAL DE CALDAS DA RAINHAPRAÇA 25 DE ABRIL2500-110 CALDAS DA RAINHATelef: [email protected]

CBH PORTUGAL UNIPESSOAL, LDAEST NACIONAL 260 KM 1,67800-102 BEJATelef: [email protected]

CEBAL - CENTRO DE BIOTECNOLOGIA AGRÍCOLA E AGRO-ALIMENTAR DO BAIXO ALENTEJO E LITORALR PEDRO SOARES, S/NAPARTADO 61587801-908 BEJATelef: [email protected]

CENTRO OPERATIVO E DE TECNOLOGIA DE REGADIO - COTRQTA DA SAÚDEAPARTADO 3547801-904 BEJATelef: [email protected]

COBERMAT, SAR PRINCIPAL Nº 1122435-530 RIO DE COUROS - OURÉMTelef: [email protected]

CONSULAI - CONSULTORIA AGROINDUSTRIAL LDA.R DA JUNQUEIRA, 61 G CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA, PISO 1 SALA 31300-307 LISBOATelef: [email protected]

COOPERATIVA AGRÍCOLA DE MOURA E BARRANCOS, CRLR DAS FORÇAS ARMADAS, 97860-034 MOURATelef: [email protected]

COTEIS - PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO AGRO-ALIMENTAR, LDAR DE S LOURENÇO, 167860-042 MOURATelef: [email protected]

CRSOLAR UNIPESSOAL LDA.R DA RIBEIRA CP 207ROSÁRIO7700-235 ROSÁRIOTelef: [email protected]

DIMENSÃO ACTIVA UNI, LDAR ANTÓNIO BATISTA RICO, 17170-068 REDONDOTelef: [email protected]

EXPLORAÇÃO APÍCOLA SERRA DE PORTEL - ADELAIDE FERRADOR DOS SANTOS ALMEIDAR DA LIBERDADE, 287220-386 PORTELTelef: [email protected]

FAIRFRUIT PORTUGAL UNIPESSOAL, LDAR DA LOBATA, 13, 2º DTº7800-463 BEJATelef: [email protected]

FREGUESIA DE CANAVIAISPÇA JOSÉ JOAQUIM CALADO PITEIRA, 17005-247 CANAVIAISTelef: [email protected]

GRUPO ALVES BANDEIRAZONA INDUSTRIAL DA PEDRULHA, LTE 12MEALHADA3050-183 CASAL COMBATelef: [email protected]

HERDADE DA MALHADINHA NOVA, S.A.HERDADE DA MALHADINHA NOVAALBERNOA7800-601 BEJATelef: [email protected]

HERDADE DOS GROUSALBERNÔA7800-601 BEJATelef: [email protected]

HERDADE GRANDE - ANTÓNIO MANUEL BAIÃO LANÇAR LUÍS PASTOR DE MACEDO, 3 7º ESQ.1750-155 LISBOATelef: [email protected]

HOTELPOR ACTIVIDADES TURISTICAS, SAHERDADE DE MONTE SANTOSALQUEVA7220-021 ALQUEVATelef: [email protected]

IMPER REGAS, LDAZONA INDUSTRIAL DO MONTE DA BARCA, LT 32100-909 CORUCHETelef: [email protected]

IRRICAMPO - SISTEMAS DE REGA, LDAQTA DO MATA BODESAPARTADO 5167801-906 BEJATelef: [email protected]

ISAGRILUSO - INFORMÁTICA AGRÁRIA UNIPESSOAL, LDAR DOS SALAZARES, 8424149-002 PORTOTelef: [email protected]

MAGOS BEJA - IRRIGATION SYSTEMS, SARUA DOS ELECTRICISTAS, Nº 30SÍTIO DAS PEDREIRAS7800-133 BEJATelef: [email protected]

MESTRE CACAU - CHOCOLATE ARTESANALR CATARINA EUFÉMIA, 18NOSSA SRA DAS NEVES7800-651 BEJATelef: [email protected]

MOYANO GOMEZ S.C.C/ DEHESAS, 244156-7 [email protected]

NUTRIPRADO, LDAFONTAINHAS - APART. 93APARTADO 93FONTAINHAS7350-902 ELVASTelef: [email protected]

ORIVARZEA, ORIZICULTORES DO RIBATEJO S.A.LAGOA DAS DONZELAS2121-901 SALVATERRA DE MAGOSTelef: [email protected]

PENTA IBÉRICA - SOC. IBÉRICA EMBALAGENS, LDAZONA INDUSTRIAL NORTE , 5 - ARMAZÉM 10 BVALE DE CANAS2560-381 TORRES VEDRASTelef: [email protected]

PLASTDIVERSITY, LDARUA DOS ALENTOJEIROS, Nº 136APARTADO 43091-902 MARINHA DAS ONDASTelef: [email protected]

PUBLIAGRO PUBLICAÇÕES AGRÍCOLAS, LDAR ALVARO DE CAMPOS, 20 - 1º DTO2675-225 ODIVELASTelef: [email protected]

RURAL GLOBALQUINTA DE LINHARESAPARTADO 147230-999 [email protected]

SAMUEL SALGADO UNIPESSOAL, LDALUGAR DA SURATESTA S/N7800-241 BEJATelef: [email protected]

SAPRODER, LDART J LTE 111PARQUE INDUSTRIAL TOR-TOSENDO6200-823 TORTOSENDOTelef: [email protected]

SFTOP - COMÉRCIO DE ABRASIVOS E MATERIAL DE SEGURANÇA, LDAZIL 2 RUA F LTE. 1597520-309 SINESTelef: [email protected],

SOCIEDADE AGRÍCOLA ENCOSTA DO GUADIANA, LDAMONTE DO PAÇO DO CONDEAPARTADO 25BALEIZÃO7801-901 [email protected]

SOCIEDADE AGRÍCOLA MONTE NOVO E FIGUEIRINHA, LDATERREIRO DOS VALENTES, 57800 BEJATelef: [email protected]

SOVENA PORTUGAL CONSUMER GOODS, S.A.R DR ANTÓNIO LOUREIRO BORGES, 2, EDF ARQUIPARQUE 2, 3º ANDAR1495-131 ALGÉSTelef: [email protected]

SULREGAS, LDAPQ INDUSTRIAL E TECNOLÓGICO DE ÉVORA, SECTOR 2 - LT 17000-171 ÉVORATelef: [email protected]

SUNCREATIONS LDAPRACETA DE PORTUGAL, 7 - R/C2835-038 BAIXA DA BANHEIRATelef: [email protected]

TECFIL - TÉCNICA DE FABRICO DE FIOS, LDAR DAS MADRESSILVASESCOURA2431-904 MARINHA GRANDETelef: [email protected]

TECNICOEMBALAGENS - TRANSFORMAÇÃO DE PAPEL, SAR PRINCIPAL, VENDAMACEIRA2405-909 MACEIRATelef: [email protected]

UCASUL - UNIÃO DE COOPERATIVAS AGRÍCOLAS, UCRLRUA MIRA FERNANDES 2BEJA7801-901 BEJATelef: [email protected]

VEGENATCTRA BADAJOZ-MONTIJO EX 209 KM 24PUEBLONUEVO DEL GUADIANA06-184 BADAJOZTelef: [email protected]

VINOMATOS, LDACASAL TOUROAPARTADO 82OURÉM2435-612 SEIÇATelef: [email protected]

PAVILHÃO 7Pavilhão Central /Comércio e Serviços

ACS DECORAÇÃO E DESIGN, UNIP., LDAR GENERAL DANIEL DE SOUSA, 142900-342 SETUBALTelef: [email protected]

AGUALÂNDIA - CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO, LDAR DAS MINAS DE FERRO, 2174570-450 RATESTelef: [email protected]

AMAZING PARADE, UNIP.LDAR CIDADE DE TOMAR, 2472775-183 PAREDETelef: [email protected]

ANA RITA DIAS BERNARDINOR DO ALTO, 18NADADOURO2500-591 CALDAS DA [email protected]

APOSENTO REAL - IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO, LDA.R TOMÁS DE FIGUEIREDO, 16 - A1500-599 LISBOATelef: [email protected]

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE APOIO HUMANITÁRIO- MIMOS SOLIDÁRIOSR JAIME FERREIRA DIAS Nº 40 R/C2815-776 SOBREDA DA CAPARICATelef: 212972412msap.associaçã[email protected]

BORNER IBERICA, LDAQUINTA DA LAPARDASAPATARIA2590-419 SOBRAL DO MONTE AGRAÇ[email protected]

Page 55: 33ª OVI BEJA · 2019. 11. 7. · de negócios, de apresentação e discussão dos temas da actuali dade. É uma feira das pessoas. Construída e vivida por quem nela participa. A

lista de expositores | revista ovelha | 53

CARLOS JOÃO MARGALHO VARANDASAV TOMAZ ALCAIDE, 277100-502 [email protected]

CASA CUBAIXO - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E DECORAÇÃO, LDAR DO SOBRAL, 897830-082 VL NOVA DE S BENTOTelef: [email protected]

CASA DAS PELES - CONFECÇÕES, S.A.ALTO DO GÁIO2070-211 CARTAXOTelef: [email protected]

CASA PARA TODOS UNIPESSOAL, LDAPRACETA RIBEIRO SANCHES, Nº 2 ABARREIRO2830-146 BARREIROTelef: [email protected]

CATARINA ALEXANDRA NUNES CARTAR DOS MACHADOS, 20 A R7CH2070-090 [email protected]

CENTRO ABCREAL PORTUGAL, CRL COOPERATIVA DE SOLIDARIEDADE SOCIALPC COMAND JOSÉ BRÁS, 7 - 2º ESQ2805-349 ALMADATelef: [email protected]

CENTRO DE PARALISIA CEREBRAL DE BEJAR CIDADE DE S. PAULOAPARTADO 57800-453 BEJATelef: [email protected]

CERCIBEJA - COOPERATIVA DE EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO DE CRIANÇAS INADAPTADASQTA DOS BRITOSAPARTADO 61157800-908 BEJATelef: [email protected]

CÉSAR JAIME TABANGO MALDONADO - ARTESANATO DO EQUADOR YURIR POMBAL, 75 A 1ºMATARRAQUE2785-474 S DOMINGOS DE RANATelef: [email protected]

DEMONSTRAR - UNIPESSOAL, LDAR PRINCIPAL, 13CAMPINA PEQUENA2605-012 IDANHA - BELASTelef: [email protected]

DIVERVALOR, SAR DE MÉRTOLA, 102 A7800-000 BEJATelef: [email protected]

ESCOLA PROFISSIONAL BENTO DE JESUS CARAÇAR D MANUEL I, 19 - 1º7800-306 BEJATelef: [email protected]

EUNICE ISABEL CAMPOS CALDEIRINHAS CAETANOR DA LIBERDADE, 109 2ºTARDOZ2840-347 SEIXALTelef: [email protected]

F.REIS CALÇADOS, LDATAPADA DO CHAFARIZ, 19 - LT 1 R/C DTO2200 [email protected]

FERNANDO POMPEU VITERBO DA SILVAR JOSÉ MARTINS MARQUES, 1274510-585 FANZERES GONDOMARTelef: [email protected]

FERNETO, S.A.ZN INDUSTRIAL DE VAGOS, LT 59APARTADO 423844-909 VAGOSTelef: [email protected]

FERPAINEL S.A.RUA JOÃO PAULO IIPRISCOS4705-504 BRAGATelef: [email protected]

FUTUROCOL - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS ORTOPÉDICOS, LDAR DAS INDÚSTRIAS, 3298LANTEMIL, SANTIAGO BOUGADO4785-626 TROFATelef: [email protected]

GRUPO SIRIAK 2010 SLAV GARRAF IS B POL. LES SALINESCUBELLES0888-0 BARCELONATelef: [email protected]

HERMES CHANGALR DAS GAIAS, LT. 20, 19 1º ESQ.BR. ZAMBUJAL - BURACA2610-082 AMADORATelef: [email protected]

ILÍDIO MOTA OLIVEIRA - MEIAS & MEIASR DE S. MIGUEL , Nº 130LOUSADA4620-465 SILVARES LSD.Telef: [email protected]

J.F. METAL - JOAQUIM PEREIRAR S. SALVADOR, N.º 213SILVEIROS4775-224 BARCELOSTelef: [email protected]

JOÃO E RUTE MATIASCENTRO COMERCIAL BANDARRA - LJA A 27860-035 MOURATelef: [email protected]

JOAQUIM ANTÓNIO FERREIRA PEDERNEIRA - ASSENTIMÓVELR VISCONDES DE ASSENTIZ, 422040-536 ASSENTIZTelef: [email protected]

JOAQUIM DA GRAÇA DUARTE, UNIPESSOAL, LDAR ILIDIO DE OLIVEIRA GUERRA, 36 VV 122430-364 MARINHA GRANDETelef: [email protected]

JOEL DA COSTA RODRIGUESR DA FEITEIRA, 407 - 1º BL 14415-391 PEDROSOTelef: [email protected]

JOMIL’S - JORGE MANUEL MACHADO DIASR JOSÉ AFONSO, 134 - R/C4700-392 BRAGATelef: [email protected]

JOSÉ LUIS SANCHEZ - PALENCIA GARCÍAC/ CRISTO VERA CRUZ, 2SANLUCAR LA MAYOR41800 SANLUCAR LA MAYORTelef: [email protected]

JOSÉ PINTO DA COSTAR VALE DE CAMBRA, 703700-296 S. JOÃO DA MADEIRATelef: [email protected]

LUXCORT DE EUGÉNIA PINTO PAIVA TEIXEIRAR NOVA, 21A5000-651 VILA REALTelef: [email protected]

MADIESTOFO UNIPESSOAL, LDAR DE FONTÃO, 685CARVALHOSA4590-052 PAÇOS DE FERREIRATelef: [email protected]

MAGNIFIC II, LDAPQ EMPRESARIAL DE SOUTELO, LT 5VILA VERDE4730-581 SOUTÊLOTelef: [email protected]

MANUELA DA GRAÇA GONÇALO CALDEIRAR QUINTA DA LAVADEIRAS, 7 - 1ª C/V ESQ1750-237 AMEIXOEIRATelef: [email protected]

MARCO TABANGO - ECUADOR INKAURB DO BREJO, LT 1 - 1º ESQ2135-230 SAMORA CORREIATelef: [email protected]

MARIA DA ASCENÇÃO RAMALHO INÁCIO COELHOR PRINCIPAL, 44FREIRES2475-029 BENEDITATelef: [email protected]

MARIA DA CRUZ D’EL TORO TORONJO GUERREIROR DR MANUEL PACHECO NOBRE, 105 - 5º DTO2830-080 BARREIROTelef: 211919478maria [email protected]

MARIA DE FÁTIMA NUNES VIEIRATV DOS CELEIROS2070-149 CARTAXOTelef: [email protected]

MOTODIANA - MOTOCICLOS, LDAR DA INDUSTRIA, 9BAIRRO DA TORREGELA7005-363 ÉVORATelef: [email protected]

MOV SOLUÇÕESR S. SEBASTIÃO, 15 C2460-781 VIMEIROTelef: [email protected]

MÓVEIS AGUIAR, LDAR DUQUE DA TERCEIRAAPARTADO 267565-059 ALVALADE SADOTelef: [email protected]

ORIGINAL GECKOLA ROCITA, 2LA CODOSERA0651-8 LA CODOSERATelef: [email protected]

OSCAR RODRIGO TABANGO MALDONADOURB DO BREIJO, LT 1 1º ESQ2135-230 SAMORA CORREIATelef: [email protected]

OSWALDO TABANGO MALDONADO - ARTESANATO DO EQUADOR YARINAPCT FLORBELA ESPANCA, VI J. RIBEIRO, 162785-449 S DOMINGOS DE RANATelef: [email protected]

PAULO MIRANDAR DAS FONTAINHAS, 144705-174 [email protected]

PRESTIGE MODAR DAS FONTES, 20PORTELA3140-495 TENTÚGALTelef: [email protected]

REGRA PRINCIPAL - REVESTIMENTOS, UNIP., LDAR DAS ÍNSUASCEDRIM3740-014 [email protected]

RICARDO JORGE DA SILVA MORAIS UNIPESSOAL, LDAR ESTRADA REAL, 8654520-025 ESCAPÃESTelef: [email protected]

ROSA MARIA CABAÇO NISA DE NAZARÉ BARBOSAPCTA JOSÉ PICÃO TELLOTORRE 5 - 7 A7350-132 ELVASTelef: [email protected]

SLEEP CONFORT - COLCHÕES ORTOPÉDICOS E MEDICINAIS, LDAR DE S. MAMEDE, 10164745-456 S. MAMEDE DO CORONADOTelef: [email protected]

SOFIA COTRIMR DA COVILHÃ, 18 2º DTº2605-743 CASAL DE CABRATelef: bijusdafifas

TERESA MARIA DA CRUZ CONSTANTINOPCTA D. ALFREDO ANJOS - TORRE 2 - 7º B2660-213 SANTO ANTÓNIO DOS CAVALEIROSTelef: [email protected]

TUBBI-FRUTTI - MARIA ARMINDA ALEGRIA SANTOS MATOSR DA BOA FÉ, LT 2CAIA7300-561 PORTALEGRETelef: [email protected]

VITOR MANUEL BATISTA FELINOBR MANUEL PEDRO PAZ, LT 117330-215 STO ANTÓNIO DAS AREIASTelef: [email protected]

X MANIA, LDAPRAÇA DO DOURO, 37CRUZ DE PAU2825-007 AMORATelef: [email protected]

XSXL KIDS - MARIA JOSÉ GONÇALVES BRITO FIGUEIRA LAMPREIAR INFANTARIA 17, 17800-470 BEJATelef: [email protected]

PAVILHÃO 9 Cante, Artes e Ofícios

ACD - CANTADORES DO DESASSOSSEGOR CAPITÃO JOÃO FRANCISCO DE SOUSA, 307800-451 [email protected]

ANTÓNIO AUGUSTO SIM-SIMR VITOR CORDON, 16 - A7100-560 [email protected]

Page 56: 33ª OVI BEJA · 2019. 11. 7. · de negócios, de apresentação e discussão dos temas da actuali dade. É uma feira das pessoas. Construída e vivida por quem nela participa. A

54 | revista ovelha | lista de expositores

CAROLA & BORRALHO - UNIPESSOAL, LDAZN INDUSTRIAL, LT 57450-145 [email protected]

ECOLÃ - JOÃO CLARA DE ASSUNÇÃOAMIEIROS VERDES6260-028 [email protected]

GRUPO DESPORTIVO CULTURAL DO ALCOFORADOLG DO POÇO, 8VL AZEDO7800-655 [email protected]

H. UVA, S.A.R MARTINHO ANTÓNIO DA CRUZ CAVACO, 157800-390 [email protected]

JOSÉ MARCOS MAROTO BARBASR CROMELEQUE, 17GUADALUPE7000-222 É[email protected]

MUNICÍPIO DE VIANA DO ALENTEJOR BRITO CAMACHO, 137090-237 VIANA DO [email protected]

NUNO MANUEL MATOS CRAVINHOVALE DE AÇOR DE BAIXOVALE DE AÇOR7750-055 VALE DE AÇ[email protected]

OLARIA MAQUENISTAR PADRE MANUEL GRANJA, 297170-069 [email protected]

PEDRO LÚCIO VALENTIM - ARTESANATO VALENTIMR DA CAPELA, LT 32070-160 [email protected]

Campo da Feira

2AB - COMÉRCIO E SERVIÇOS DE EQUIPAMENTOS, LDAESTR NACIONAL 1, KM 82APARTADO 1392476-901 BENEDITATelef: [email protected]

ACOS - CAMPO DA FEIRA - ANTÓNIO SAIÃO GOMESR CIDADE SÃO PAULOAPARTADO 2967801-294

AGRIKPRODUCTS, SAZONA INDUSTRIAL DE MONTE CAVALO3670-273 VOUZELATelef: [email protected]

AQUAGRI, LDA.R CARLOS VIEIRA RAMOS, 472780-216 OEIRASTelef: [email protected]

ASSOCIAÇÃO ORNITOLÓGICA DO BAIXO ALENTEJOMERCADO MUNICIPAL, LOJAS 3 E 47800 [email protected]

DEBATÁREA UNIPESSOAL, LDAESTRADA DE FÁTIMA, 80CASAL DA QUINTA2440-101 BATALHATelef: [email protected]

FIALHO CORREIA & LAMPREIA, LDAR METALURGICA ALENTEJANA, 297800-007 BEJATelef: [email protected]

IRMÃOS LUZIAS - MÁQUINAS E ALFAIAS AGRÍCOLAS, LDAR D AFONSO III, 43APARTADO 3407801-904 BEJATelef: [email protected]

MAQUIRURALR AFONSO III, 397800-050 BEJATelef: [email protected]

METEO ALENTEJOR JOÃO VALENTIM, 227830-356 SERPATelef: [email protected]

MOTO-LAVRA MÁQUINAS AGRÍCOLAS, LDAESTRADA CARREIRA DA AREIA 1592NOGUEIRA4620-038 LOUSADATelef: [email protected]

ORIANA PLANTAS DO SUL, LDAR FERNANDO NAMORA, 28 - 1º DTO7800-502 BEJATelef: [email protected]

POITARA, LDAZONA INDUSTRIAL DE BOLEIROSVALE ZAMBUJO2496-908 FÁTIMATelef: [email protected]

RULIMOV - INVESTIMENTOS, LDAESTRADA VELHA DOS PAÇOS, 902080-524 FAZENDAS DE ALMEIRIMTelef: [email protected]

SULCATE PEÇAS - COMÉRCIO DE PEÇAS, MÁQ. E OUTRAS VIATURAS LDA.PQ INDUSTRIAL, LT 137, APT. 79VILA VIÇOSA7160-999 VL VIÇOSATelef: [email protected]

SULCO - COMÉRCIO DE MÁQUINAS E REPRESENTAÇÕES, LDACOITOS DA ADUAAPARTADO 6226ESTR NACIONAL 187801-903 BEJATelef: [email protected]

TRACTOMOZ, S.A.ZN INDUSTRIALAPARTADO 417101-909 ESTREMOZTelef: [email protected]

PAVILHÃO 11 Aves

ASSOCIAÇÃO “CANTINHO DOS ANIMAIS”APARTADO 1297801-902 BEJATelef: [email protected]

ILHA EXOTICAR DE BRAGA, LT1 - LJ 1ALCABIDECHE2755-275 CASCAISTelef: [email protected]

PLEASANTPROPOSAL UNIPESSOAL, LDA.E.N 2, Nº 1258VILA SECA5000-022 ADOUFETelef: [email protected]

Exterior Avenida

A. MATOS CAR - COMÉRCIO AUTOMÓVEL, S.A.R DA CIÊNCIA, LT A - 2/4PQ INDUSTRIAL7800-010 BEJATelef: [email protected]

BANCO BPIR TENENTE VALADIM, 2844100-476 PORTOTelef: [email protected]

CACHAPUZ - EQUIPAMENTOS PARA PESAGEM, LDAPQ INDUSTRIAL DE SOBREPOSTAAPARTADO 20124701-952 BRAGATelef: [email protected]

CANUDO LANÇA, LDAR 1º DE MAIO, 627940-121 CUBATelef: [email protected]

CRUZ VERMELHA PORTUGUESA - DELEGAÇÃO DE BEJAR DA CASA PIA, 197800-144 BEJATelef: [email protected]

FIAT CRYSLER AUTOMOBILES PORTUGAL S.AEMPREENDIMENTOS LAGOAS PARKEDIFÍCIO 15 PISO 22740-262 PORTO SALVOTelef: [email protected]

JAVIER CAMARA INDUSTRIAS GANADERAS, S.L.POLG IND ALLENDE-DUERO, CTRA VALLADOLIDARANDA DE DUERO09400 BURGOSTelef: [email protected]

LANÇA E FILHO, LDAR DOS TIPOGRAFOS, 2 - 4BR S MIGUEL7800-401 BEJATelef: 284327863

PAULO JORGE DOS SANTOS CARRAPATOR DUBADOURA, 9 2º ESQ.8150-127 SÂO BRÁS ALPORTELTelef: [email protected]

RÁDIO VOZ DA PLANÍCIE - COOPERATIVA CULTURAL DE ANIMAÇÃO RADIOFÓNICAR DA MISERICÓRDIA, 47800-285 BEJATelef: [email protected]

SUD EURO SKI, LDAR 1º DE MAIOAPARTADO 28ALCÓRREGO7480-028 [email protected]

TALLERES CASTANO - D. EULOGIO CASTANO BENITOCTRA DE MAJUGES, 27VITIGUDINO37210 SALAMANCATelef: [email protected]

UNILEVER JERÓNIMO MARTINS, LDALG MONTERROIO DE MASCAR-ENHAS, 11099-081 LISBOATelef: [email protected]

Restauração

ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DE BOVINOS MERTOLENGOS - ACBMR DIANA DE LIZ, HORTA DO BISPOAPARTADO 4667002-506 ÉVORATelef:[email protected]

CARNALENTEJANA - AGRUPAMENTO DE PRODUTORES DE BOVINOS DA RAÇA ALENTEJANAESTR DO MOINHO DE VENTOAPARTADO 167350-901 ELVASTelef:[email protected]

EABL - CARNE MARINHÔAR S. JOÃO - QTA DA MEDELAVERDEMILHO3810-455 AVEIROTelef:[email protected]

EULÁLIA MARIA BALTEIRO R NUNES CALADOBR DO ROSSIO, LT 747250-065 TERENATelef:[email protected]

JOAQUIM AUGUSTO FONSECA COSTA - RESTAURANTE O COSTAR DR SOUSA COSTA, 16 R/C,5000-552 VL REALTelef:[email protected]

MARIA JOSÉ DE PINHO COELHO DIAS, UNIPESSOAL - RAÇA AROUQUESALUGAR DE ALBISQUEIROS4540-025 ALVARENGATelef:[email protected]

NUNO MIGUEL COELHO MACHADO - RAÇA MIRANDESAR CAMPO DE AVIAÇÃO, 225300-694 BRAGANÇ[email protected]

QUADRANTE APETECÍVELR CONSELHEIRO MENEZES, 577800-282 BEJATelef:

RESTAURANTE TASCA ALGARVIA - ANA FILIPA ANTUNESPCT DR ANTÓNIO AGOSTINHO JUNIOR, 9 - 6º ESQ8005-157 FAROTelef:[email protected]

ROSINHA E RODRIGUES, LDA - COMERES BARROSÕESZONA EMPRESARIAL DO PADRÃO, LT.45460-330 BOTICASTelef:[email protected]

RURAL GLOBALQUINTA DE LINHARESAPARTADO 147230-999 BARRANCOSTelef:[email protected]

Bares

ACR - ASSOCIAÇÃO CULTURAL RECREATIVA ZONA AZULR FREI MANUEL DO CENACULO, 17APARTADO 47800-901 BEJATelef: [email protected]

ANTÓNIO GUERREIRO BOTELHO MADEIRAR DE MOURA, 2BALEIZÃO7800-611 BEJATelef: [email protected]

ANTÓNIO J. ABAMBRES CARNEIROR PROF JANEIRO ACABADO, 3 - R/C DTO7800 [email protected]

Page 57: 33ª OVI BEJA · 2019. 11. 7. · de negócios, de apresentação e discussão dos temas da actuali dade. É uma feira das pessoas. Construída e vivida por quem nela participa. A

lista de expositores | revista ovelha | 55

ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJAR PEDRO SOARESCAMPUS IPBEJA7800-902 [email protected]

BEB+1, LDAARCO DAS PORTAS DE MOURA, 117800 BEJATelef: [email protected]

BEJA BASKET CLUBER JORNAL ALA ESQUERDA, 2 A7800-301 [email protected]

CAIPIRINHA’S BAR - PEDRO MANUEL JORGE LUÍSSÍTIO DAS QUATRO ESTRADAS, VIVENDAS IDALINA, C8900-054 VL NOVA DE [email protected]

CARLA ALEXANDRA MORAIS SARAIVA DE MELOR ACTOR JOSÉ PINHEIRO AMADO, 12 - R/C DTO2790-005 CARNAXIDETelef: [email protected]

CARLOS MANUEL DA CONCEIÇÃO GALHOFA SALVADORR GRANDE, 18MINA DA JULIANA7800-731 SANTA VITÓRIA

CHOCOLICOR, LDAR ANTÓNIO OLIVEIRA, 5, ZN INDUSTRIALAPARTADO 8042500-271 CALDAS DA RAINHATelef: [email protected]

CONQUEIROS, INVESTHERDADE DOS CONQUEIROSALVALADE SADO7565-100 ERMIDAS DO SADOTelef: [email protected]

DAVID JOSÉ RIPADO DOS REISR DR ALVARO CUNHAL, 397800-017 [email protected]

DIOGO GARCIA FERREIRAR DO CARMO VELHO, 64BR DA ESPERANÇA7800-160 BEJATelef: [email protected]

GALAXIA GULOSA, LDA.R JOSÉ JOAQUIM DE ALMEIDA, 836 - A 1º ANDAR2775-594 CARCAVELOSTelef: [email protected]

GALAXIA GULOSA, LDA.R JOSÉ JOAQUIM DE ALMEIDA, 836 - A 1º ANDAR2775-594 CARCAVELOSTelef: [email protected]

GRUPO DE FORCADOS AMADORES DE BEJAQTA DA SAUDADE7800-660 BEJATelef: [email protected]

JACINTO JOSÉ MARTINS - TASCA GADOR DA BOAVISTA, 117960-035 PEDROGÃ[email protected]

JOÃO SIDÓNIO ANTUNES JOSÉR PE ANTÓNIO VIEIRA, 105ARROTEIAS2860-168 ALHOS [email protected]

JUVENTUDE DESPORTIVA DAS NEVESR BENTO GONÇALVES, 2NOSSA SENHORA DAS NEVES7800-651 [email protected]

LUÍS JOSÉ MALDONADO POTRAR PROF. BENTO DE JESUS CA-RAÇA, 49 A 2º DTO.7800-511 [email protected]

LUÍS MIGUEL FILIPE DE PINHOR NOVA, 7 - A7800-702 SALVADATelef: [email protected]

MANUEL DE JESUS DOMINGUESR GLÓRIA BARATA RODRIGUES, 66 - 1º PORTA 1QTA DE STO ANTÓNIO2415-577 [email protected]

MARCO AURÉLIO GINGÃO PINTOR MARTINHO ANTÓNIO CRUZ CAVACO, 5 1º DTO7800-390 [email protected]

MARCO EMANUEL PEREIRA DA SILVAR DE PEDREIRA, 26TUBARAL2420-164 [email protected]

MARGARETE C. C. LOPESR D AFONSO HERIQUES, 972040-273 RIO [email protected]

PAULO ALEXANDRE DAS DORES GUERREIRO RODRIGUES PAIXÃOR DR. FRANCISCO SÁ CARNEIRO, 7 R/C DRT.7800-295 BEJApaixã[email protected]

PEDRO FILIPE PALMA BAROSA - VILLA CLUBPENILHOSCX POSTAL 48S. JOÃO DOS CALDEIREIROS7750-510 MÉRTOLATelef: [email protected]

PEDRO FILIPE PALMA BAROSA -COUNTRY CLUBPENILHOSCX POSTAL 48S. JOÃO DOS CALDEIREIROS7750-510 MÉRTOLATelef: [email protected]

QUADRANTE APETECÍVELR CONSELHEIRO MENEZES, 577800-282 BEJA

Divertimentos / Farturas e outros

CARLOS ALBERTO AUGUSTO BICHOR CATARINA EUFÉMIA, 2 - ANOSSA SRA DAS NEVES7800-651 BEJA

CLARA CRISTINA ANJOS AUGUSTOR GENERAL HUMBERTO DELGADO, LTE.27 2º DT7005-500 ÉVORA

DIOGO LOPES DOS SANTOSR JOSÉ REGIO, 267800-380 [email protected]

EDGAR PAULO ALMEIDA MALDONADOR MOVIMENTO DAS FORÇAS ARMADAS, 23 6º DPAIVAS2845-380 AMORATelef: 961254424

FARTURABAR - DIONISIO JOÃO BENTO VARRASQUINHOR DE IRENE LISBOA, 177800-375 BEJATelef: [email protected]

FRANCISCO MANUEL ROSA BICHOBR DA ESPERANÇAR ASSOCIAÇÃO DE MORADORES, 57800-142 BEJATelef: 965563558

JAIME RICARDO ROSA BICHOBR DA ESPERANÇAR ASSOCIAÇÃO DE MORADORES, 57800-142 [email protected]

JOÃO CARLOS COLAÇO ROLIMR LONGA, 57830-117 BRINCHES

JÚLIA AUGUSTA ROSA POTRABR DA ESPERANÇAR ASSOCIAÇÃO DE MORADORES, 57800-142 BEJA

MANOLO MACHADO AMÁVELR CARVALHO ARAÚJO, 172490-528 OURÉMTelef: 937737928

MARIANA AUGUSTA POTRAR ASSOCIAÇÃO DE MORADORES, 33BAIRRO DA ESPERANÇA7800-142 BEJA

TÂNIA ALEXANDRA RICARDO TAVARESR ASSOCIAÇÃO DOS MORA-DORES, 5BR DA ESPERANÇA7800-141 [email protected]

Correarias

CALÇADO ARTESANAL O ALAZÃO DE SIMÃO MONSANTOTV DA OLARIA, 42080-169 ALMEIRIMTelef: [email protected]

CORREARIA DANTAS - DOMINGOS ALBERTO FERNANDES DANTASLG CONSELHEIRO ARNALDO NOR-TON DE MATOS, LT 3 - LJ M4990-081 PONTE DE LIMATelef: [email protected]

HORSEFIRE - ARTIGOS DE EQUITAÇÃO, LDALUG DE ESPEZESCX POSTAL 103MILHAZES4755-331 BARCELOSTelef: [email protected]

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