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INSTITUTO DE MACROMOLÉCULAS PROFESSORA ELOISA MANO Universidade Federal do Rio de Janeiro VII Semana de Polímeros RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados Elton Rodrigues, Roberto Cucinelli

343o de Materiais Nanoestruturados - FIN) · Matriz polimérica segundo o modelo micela franjada. RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

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INSTITUTO DE MACROMOLÉCULAS PROFESSORA ELOISA MANOUniversidade Federal do Rio de Janeiro

VII Semana de Polímeros

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais

Nanoestruturados

Elton Rodrigues, Roberto Cucinelli

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

Sumário

1. O que é?

2. Em que se baseia?

3. Principais sequências de pulso: T1 e T2.

4. Quais informações esta técnica pode fornecer?

5. Requisitos da amostra para análise.

6. O equipamento e os procedimentos básicos.

7. Exemplos de aplicação e interpretação de resultados.

8. Considerações Finais.

1.O que é?

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

• Técnica espectroscópica

• Campo magnético baixo (2 a 23 MHz)

• Excitação dos núcleos de hidrogênio com ondas de RF

• Tempo de relaxação após a excitação

Ressonância Magnética Nuclear (RMN)

RMN

Deslocamento Químico

Estrutura Química e Morfologia (limitado)

Tempo de Relaxação

Morfologia (amplo)

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

1.O que é?

1.O que é?

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

Fonte

: avogadro

.co.u

k

2. Em que se baseia?

Matriz polimérica segundo o modelo micela franjada.

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

2. Em que se baseia?

+1/2 -1/2

Cada hidrogênio comporta-se como um imã, dispersos na matriz polimérica.

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

2. Em que se baseia?

Desta forma, estes pequenos imãs podem ser alinhados perante um campo

magnético maior (Bo).

RF

Emissor

Relaxação

ReceptorBo

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

2. Em que se baseia?

Modelo vetorial para ilustrar o processo de excitação e relaxação nuclear.

Amostra

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

2. Em que se baseia?

FID: Free Induction Decay (Decaimento Livre de Indução). Sinal emitido na

relaxação do hidrogênio.

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

Mz (t) = Moz (1-2e-t/T1)

T1 = Relaxação Longitudinal

3. Principais sequências de pulso: T1 e T2

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

3. Principais sequências de pulso: T1 e T2

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

T2 = Relaxação Transversal

Mxy (t) = Moxy . e-t/T2

Curva de Relaxação e Curva de Distribuição de Domínios

3. Principais sequências de pulso: T1 e T2

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

Sin

al (

u.a

.)

Tempo (ms)

T2H = 142,5 ms

Gel Polimérico Hidratado

0 1000 2000 3000 4000 5000

-300

-200

-100

0

100

200

300

Homopolímero

Sin

al (

u.a

.)

Tempo (ms)

T1H = 61ms

Transformada

Inversa de

Laplace

0,1 1 10 100 10000

20

40

60

80

100

Am

plit

ud

e (u

.a.)

Tempo (ms)

0,5

10

77

0,01 0,1 1 10 100 1000 100000

20

40

60

80

100

Am

plit

ud

e (u

.a.)

Tempo (ms)

4,09,0

146

1610

Informações qualitativas e quantitativas sobre morfologia,

rigidez, homogeneidade e contribuição de diferentes fases.

4. Quais informações esta técnica pode fornecer?

T1 (T1H) T2 (T2H)• Cristalinidade

• Reticulação

• Intercalação / Esfoliação

• Dispersão / Interação da

nanocarga

• Plastificação

• Degradação / Despolimerização

• Estudo sobre a Tg

• Energia de ativação

• Cristalinidade

• Reticulação

• Teor de água em matrizes sólidas

• Estabilidade de emulsões

• Teor de petróleo em rochas /

porosidade

• Teor de óleo em sementes

• Quantificação de fases sólidas e

líquidas em geral

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

5. Requisitos da amostra

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

1. Ter hidrogênio!!!!

2. Ser sólida (filme, pó, pellet, fios) ou

líquida

3. Presença de interferentes (Fe,

eletrólitos)

4. Quantidade: o suficiente para

preencher entre 0,5 e 3,0 cm de um

tubo de 18 mm de diâmetro de forma

compacta.

6. Equipamento e Procedimentos Básicos

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

Preparo da amostra

Inserção no equipamento

Calibração do sinal

Obtenção da Curva de Relaxação

Obtenção da Curva de Distribuição de Domínios

7. Exemplos de aplicação e interpretação

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

Estrutura com 2 níveis

BA

Estrutura com 3 níveis

BAB

Relaxação Transversal – T2H

A = Hidrofóbico

B = Hidrofílico

(DE GRAAF et al., 2011)

7. Exemplos de aplicação e interpretação

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

Relaxação Transversal – T2H

Verificação do ponto gel

Aos 10 min., o material

passa a estar reticulado

(RODRIGUES, 2013)

7. Exemplos de aplicação e interpretação

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

Relaxação Transversal – T2H

R2 = 1/T2

Processos dinâmicos

(ALONSO et al., 2010)

7. Exemplos de aplicação e interpretação

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

Relaxação Transversal – T2H

Efeito da reticulação

Deslocamento para

esquerda = maior rigidez

Curvas de domínio - ILT

(RODRIGUES, 2013)

7. Exemplos de aplicação e interpretação

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

Relaxação Transversal – T2H

Mesma quantidade de H2O

Quantidade variável de sílica

Curvas de domínio - ILT

(RODRIGUES; TAVARES, 2012)

7. Exemplos de aplicação e interpretação

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

Relaxação Transversal – T2H

Sensibilidade de T2

R1 = 1/T1

R2 = 1/T2

(ALONSO et al., 2010)

Investigar o efeito da adição de

argila montimorillonita em

matrizes de polipropileno.

Curvas de relaxação longitudinal obtidas

por saturação-recuperação para o PP puro

e para o nanocompósito PP-MMT com 5%

de argila modificada.

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

7. Exemplos de aplicação e interpretação

Relaxação Longitudinal – T1H

(XU et al.,2009):

7. Exemplos de aplicação e interpretação

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

Relaxação Longitudinal – T1H

0,1 1 10 100 1000

Am

plit

ud

e (u

.a.)

Tempo (ms)

filme com 1mg de sílica

filme com glicerol

filme sem glicerol

amido em pó

amido pó

filme sem glicerol

filme com glicerol

filme com 1mg de sílica55

60

65

70

75

80

85

90

95

T1H

(m

s)

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

Cri

stal

inid

ade

(%)

(NETO et al., 2010)

8. Considerações Finais

RMN de Baixo Campo Magnético na Caracterização de Materiais Nanoestruturados

1. Técnica não-destrutiva;

2. Amostra in natura;

3. Análises rápidas e simples;

4. Grande variedade de sequências de pulso, de

acordo com o sistema e as informações a

serem obtidas;

5. Possibilidade de variação de temperatura.

Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano – Universidade Federal do Rio de JaneiroAv. Horácio Macedo, 2030 . Centro de Tecnologia . Bloco J . Cidade Universitária . CEP 21941-598

Caixa Postal 68.525 . Rio de Janeiro, RJ . Brasil . Fax: 55 0XX21 2270-1317 . www.ima.ufrj.br

OBRIGADO!!!

Contato:

[email protected]

[email protected]

Laboratório J121

Responsável: Profª. Maria Inês Bruno [email protected]

Tel.: 2562-8260 / 2562-8103

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REFERÊNCIASALONSO, B. C.; RAYMENT, P.; CIAMPI, E.; ABLETT, S.; MARCIANI, L.; SPILLER,R. C.; NORTON, I. T.; GOWLAND, P. A. NMR relaxometry and rheology of ionicand acid alginate gels. Carbohydrate Polymers, v. 82, p. 663-669, 2010.

DE GRAAF, A. J.; BOERE, K. W. M.; KEMMINK, J.; FOKKINK, R. G.; VAN NOSTRUM, C. F.; RIJKERS, D. T. S.; VAN DER GUCHT, J.; WIENK, H.; BALDUS, M.; MASTROBATTISTA, E.; VERMONDEN, T.; HENNINK, W. E. Looped structure of flowerlike micelles revealed by 1 H NMR relaxometry and light scattering. Langmuir, v. 27, p. 9843-9848, 2011.

NETO, R. P. C.; MOREIRA, L. A.; SILVA, E. M. B.; TAVARES, M. I. B. Preparação e Caracterização de Nanocompósitos Biodegradáveis de Amido de Milho. In: XXXII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural, 2010, Rio de Janeiro, Brasil.

RODRIGUES, E. J. R. Relaxometria na caracterização do poli(álcool vinílico) reticulado. 2013. 138 f. Dissertação (Mestrado em Ciências, em Ciência e Tecnologia de Polímeros) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Macromoléculas Professora Eloísa Mano – IMA.

RODRIGUES, E. J. R.; TAVARES, M. I. B. Investigation of poly(vinyl alcohol)/silica hybrid hydrogels molecular

dynamics by relaxometry. In: IV Ibero-American NMR Meeting, 2012, Aveiro, Portugal. Anais… Aveiro, 2012.

XU, B.; LEISEN, J.; BECKHAM, H. W.; ABU-ZURAYK, R.; HARKIN-JONES, E.; MCNALLY, T. Evolution of Clay Morphology in Polypropylene/Montmorillonite Nanocomposites upon Equibiaxial Stretching: A Solid State NMR and TEM Approach, Macromolecules, v. 42, p. 8959–8968, 2009