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Relatório de Gestão de Riscos 3º Trimestre 2010 www.bancoguanabara.com.br

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Relatório de Gestão de Riscos 3º Trimestre 2010

w w w . b a n c o g u a n a b a r a . c o m . b r

Relatório da Gestão de Riscos Setembro/2010

Gestão de Riscos Página 1

Introdução

Em atendimento a Circular n.° 3.477, editada pelo Banco Central do Brasil em 24 de dezembro de 2009,

apresentamos a seguir nossas informações relativas à gestão de riscos, ao Patrimônio de Referência

Exigido ( PRE ), e à adequação do Patrimônio de Referência ( PR ), referentes ao terceiro trimestre

findo em 30 de setembro de 2010.

Patrimônio de Referência ( PR ) e Patrimônio de Referência Exigido ( PRE ) Para cálculo e monitoramento do Patrimônio de Referência ( PR ) e do Patrimônio de Referência

Exigido ( PRE ) a Instituição dispõe de um sistema informatizado específico para a gestão e controle da

alocação de capitais, em função da exposição aos riscos operacional, de crédito, de mercado e de

liquidez a que o Banco está exposto em função de suas atividades, operações, produtos e serviços.

A Instituição mantém um Patrimônio de Referência, nível I, no valor de R$ 116.782 milhões, que

somados ao Patrimônio de Referência, nível II, composto pela dívida subordinada, no valor de

R$ 33.917 milhões, já ponderados, chegamos ao total do Patrimônio de Referência de R$ 150.699

milhões.

Não existem instrumentos híbridos de capital e dívida compondo o nível I do Patrimônio de Referência.

O Patrimônio de Referência nível II é composto pela dívida subordinada e seu Vencimento será em

13/04/2015.

Não existem ativos registrados na carteira de negociação ( trading book ). A Instituição calcula o seu

Value at Risk – VaR, para os ativos registrados fora da carteira de negociação ( banking book ),

diariamente, adotando um intervalo de confiança de 99%. Para fins de exigência de capital é levado em

consideração que e Instituição levará dez dias para se desfazer de suas posições, para o mês de

Setembro/10 seu valor foi de R$276 mil.

Relatório da Gestão de Riscos Setembro/2010

Gestão de Riscos Página 2

Nossos ativos ponderados pelos fatores de risco chegam ao total de R$ 548.424 milhões, sendo

necessária a alocação de capital, para cobertura dessa exposição, no valor de R$ 60.327 milhões (Risco

de Crédito).

Utilizamos a metodologia básica para alocação de capital para cobertura do Risco Operacional (POPR),

baseado na média de 15% sobre o resultado operacional dos últimos exercícios aonde chegamos ao

valor de R$ 7.002 milhões.

Demonstrativo Patrimônio de Referência ( PR ) e Patrimônio de Referência

Exigido ( PRE )

Junho/ 2010 Setembro / 2010

Patrimônio de Referência (PR) 147.496.766,34 150.698.647,96

Patrimônio Nível I .......................... 114.442.718,34 116.781.655,96

Patrimônio Nível II .......................... 33.054.048,00 33.916.992,00

Ativos Ponderados ................................ 497.842.875,66 548.424.234,18

Exigência (PRE + RBAN)........................... 61.613.487,06 67.604.546,61

Margem de Capital ................................ 85.883.279,28 83.094.101,35

Margem para novos Ativos .................... 780.757.084,36 755.400.921,36

Total disponível para Ativos .................. 1.278.599.960,02 1.303.825.155,54

Limite de Imobilização .......................... 73.708.288,30 75.311.388,60

Margem para limite de imobilização ..... 71.284.852,96 72.795.012,12

Índice de Imobilização .......................... 1,64% 1,67%

Índice de Basiléia .................................. 26,42% 24,62%

PRE ....................................................... 61.413.654,18 67.328.500,94

POPR .................................................... 6.650.937,86 7.001.835,18

PEPR ..................................................... 54.762.716,32 60.326.665,76

RBAN .................................................... 199.832,88 276.045,67

Limites Operacionais

Relatório da Gestão de Riscos Setembro/2010

Gestão de Riscos Página 3

Detalhamento do Patrimônio de Referência ( PR ) e do Patrimônio de

Referência Exigido ( PRE )

Conta Nome da conta Valor Contábil Fator de Pond.

100 Patrimônio de Referência (PR) 150.698.647,96

110 Patr. Ref. Nivel I 116.781.655,96

110.01 Patr. Liquido 114.524.178,16

110.02 Contas Result. Credoras 51.146.524,07

110.05 Contas Result. Devedoras 48.812.699,54

110.13 Ativo Permanente Diferido 76.346,73

120 Patr. Ref. Nivel II 33.916.992,00

120.02 Dívida Subordinada (CDBS) 42.396.240,00 0,20

130 Deduções do PR 0,00

102 PR_LI 150.622.777,21

106 Titulos Patrimoniais 75.870,75

150 Limite para Imobilização 75.311.388,61

160 Valor Sit. Limite Imob. 2.516.376,49

160.01 Ativo Permanente 166.428.618,38

160.02 Imobilizado de Arrendamento 163.760.024,41

960 Margem ou insuf. (M/I) 72.795.012,12

101 PR_LB 150.698.647,96

105 Excesso no ativo permanente 0,00

510 Disponibilidades 0,00

510.01 Caixa 644.526,45 0,00

510.02 Reserva Livre em Espécie 106.285,46 0,00

520 Aplicações Interf. Liquidez 18.501.680,37

521.01 Operações Compromissadas 254.498.162,90 0,20

526.01 Depósitos Interfinanceiros 30.349.229,97 0,50

526.01 Depósitos Interfinanceiros 16.635.326,95 0,20

530 Tit. Valores Mobiliarios 0,00

530.01 Titulos Pub. Federais 22.054.739,54 0,00

530.06 Outros Tit. E valores Mob. 0,00 1,00

530.07 Instrumentos Financeiros Derivativos 0,00 1,00

530.08 Instrumentos Financeiros Derivativos 0,00 0,50

540 Relações Interfinanceiras 3.636.724,14

540.01 Créditos BACEN 2.119.132,39

540.05 Outros 3.636.724,14 1,00

550 Operações de Crédito 405.248.694,96

550.11 Demais oper. Credito 405.248.694,96 1,00

560 Oper de arrendam mercantil 94.559.619,50

560.02 Arrendamento financeiro 94.559.619,50 1,00

570 Outros Direitos 7.826.358,64

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Gestão de Riscos Página 4

570.03 Outros adiantamentos 180.101,75 1,00

570.04 Demais direitos 7.646.256,89 1,00

580 Outros Valores e bens 6.125.504,27 1,00

590 Permanente 2.668.593,97

590.01 Investimentos 1.543.182,75 1,00

590.02 Imobilizado de Uso 853.377,41 1,00

590.04 Diferido 272.033,81 1,00

620 Garantias Prestadas 9.933.405,06

620.02 Inst. Financ. Autorizada pelo BC 3.341.240,00 0,50

620.04 Prestadas a Pes. Fis. E jur. 8.262.785,06 1,00

630 Creditos Tributarios 0,00 3,00

670 Deduz. Do PR deduz. Do Pepr (76.346,73)

670.03 Ativo permanente diferido 76.346,73 (1,00)

700 EPR 548.424.234,18 858.076.924,19

705 Valor da Parc. PEPR antes do adic. de fator F 60.326.665,76

720 PEPR 60.326.665,76

870 POPR 7.001.835,18

871 Abord. do Indicador Básico 7.001.835,18

871.10.00 Indicador de exposição em T-3 38.533.450,34

871.20.00 Indicador de exposição em T-2 50.791.032,12

871.30.00 Indicador de exposição em T-1 50.712.221,22

871.99.00 Indicador de exposição em T-0 12.789.705,17

890 RBAN 276.045,67

900 PRE 67.328.500,94

950 Margem ou Insuficiência p/ lim. de Basiléia 83.094.101,35

960 Margem ou Insuficiência p/ lim. de Imobilização 72.795.012,12

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Gestão de Riscos Página 5

Política da Gestão Integrada de Riscos

Objetivo

O processo de gestão de riscos no Banco Guanabara tem por objetivo sistematizar a identificação,

mensuração, avaliação, monitoramento, controle e mitigação dos riscos incorridos na atividade

bancária, visando maximizar os retornos de seus acionistas, com redução da volatilidade nos

resultados, contando, para isso, com controles internos mais eficazes e racionalização dos processos e

recursos disponíveis. A competitividade existente no setor obriga as instituições a desenvolverem

processos mais eficazes, com rígidos controles internos, capazes de adequar os níveis de risco aos

resultados desejados. Esse gerenciamento é de fundamental importância para o alcance dos objetivos

e metas de nossa instituição, garantindo a continuidade normal de suas atividades, oferecendo

segurança aos acionistas, subsidiando o processo decisório e proporcionando o retorno desejado nas

operações, produtos e serviços do Banco, contribuindo ainda para permitir a otimização da relação

risco/retorno no Banco Guanabara.

Os riscos que fazem parte da Gestão Integrada do Banco Guanabara são os seguintes:

� Risco de Crédito;

� Risco de Liquidez;

� Risco de Mercado e

� Risco Operacional.

Premissas básicas

Objetivando a mitigação dos riscos a que o Banco está exposto em função de suas atividades,

operações, produtos e serviços, destacam-se as seguintes premissas básicas:

� O Banco Guanabara não possui investimento em títulos de renda variável – carteira de ações,

nem tampouco realiza operações nos mercados futuro, de opções ou a termo desses ativos;

Relatório da Gestão de Riscos Setembro/2010

Gestão de Riscos Página 6

� O Banco Guanabara não realiza operações nos mercados à vista e futuro de moedas e

commodities, nem tão pouco, assume posições especulativas nesses ativos ou derivativos;

� O Banco Guanabara não arbitra posições nos mercados futuros de juros;

� O Banco não realiza operações com ouro, tanto no mercado à vista, quanto no mercado futuro

ou termo;

� O Banco não administra recursos de terceiros através de fundos de investimento, clubes ou

carteiras;

� O Banco não realiza operações de “tesouraria”.

� O Banco não realiza operações com instrumentos financeiros e mercadorias, inclusive

derivativos, destinados a revenda, a obtenção de benefício dos movimentos de preços, efetivos

ou esperados ou arbitragem, classificadas na carteira de negociação ( trading book );

� As posições próprias de títulos públicos ou privados são carregadas com recursos líquidos,

originários, em sua grande maioria, da captação através de CDB - Certificados de Depósitos

Bancários;

� As operações de crédito a serem contratadas, em função de seu valor podem ser hedgeadas

por operações de Swap de indexadores, com prazos e valores compatíveis, de acordo com as

determinações do Comitê de Investimentos;

� O Banco respeita e monitora continuamente os limites de concentração e diversificação

determinados pelo Banco Central do Brasil.

Relatório da Gestão de Riscos Setembro/2010

Gestão de Riscos Página 7

Risco de Mercado

O Banco Guanabara tem como objetivo a gestão desses riscos otimizando a relação risco-retorno

através de modelos terceirizados, amplamente testados. As ferramentas e parâmetros utilizados nessa

abordagem levam em consideração, entre outros fatores, a diversificação de riscos e limites máximos

de exposição. Para tal é enfatizado a análise do seguinte risco:

� Risco de taxa de juros – o risco de taxas de juros refere-se ao nível de exposição da situação

financeira de uma Instituição a movimentações das taxas de juros, que sejam contrárias as suas

posições. Esse tipo de risco pode afetar não apenas os resultados das instituições financeiras,

bem como valor econômico de seus ativos, passivos e instrumentos não constantes do balanço.

A despeito de ser o risco de taxa de juros normal à atividade bancária, seu excesso pode

ameaçar, consideravelmente, os ganhos e a base de capital de uma instituição financeira. As

formas mais comuns de risco de taxas de juros a que as instituições financeiras estão

tipicamente expostas são as exposições a riscos de mercado e são controladas e administradas

através da gestão dos descasamentos de moedas, vencimentos e taxas de juros. Títulos,

derivativos, empréstimos e financiamentos devem ser analisados tanto de maneira individual

como consolidada.

Critério para carteira de negociação e riscos associados:

O Banco não realiza quaisquer operações que devam ser classificadas na Carteira de Negociação (

trading book ), conforme estabelecido pelo BACEN através da Resolução n.º 3.464/07.

Ferramentas de risco de mercado

� VaR:

Emprega-se a metodologia do "valor em risco" (value at risk), ou VaR, para avaliar os riscos das

operações classificadas fora da carteira de negociação ( banking book – parcela Rban ). O VaR é

definido basicamente como o prejuízo potencial no transcorrer de um determinado horizonte

de tempo, em virtude de movimentos de mercado regulares e adversos, baseando-se em

análise de probabilidades. O modelo de risco utiliza um nível de confiança de 99% (2,33 desvios

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Gestão de Riscos Página 8

padrões) e o horizonte de tempo de 1 dia para calcular o VaR diariamente. A análise captura os

ativos e passivos financeiros, inclusive instrumentos derivativos.

� Testes de estresse:

O teste de estresse é parte integrante da Gestão de Riscos do Banco Guanabara. Cenários de

manutenção, rápida deterioração e melhoria das condições do mercado são realizadas e

revisadas mensalmente. Além disso, sempre que se prevêem eventos políticos ou econômicos

que podem afetar o mercado financeiro, novos cenários são gerados e as posições são

reavaliadas para entendimento dos impactos para o banco. O uso dessas ferramentas resulta na

emissão periódica de relatórios e posições assumidas pelo banco.

Comparativo Carteira de Exposição e Var – Meses Junho / Setembro

Carteira Exposto VAR Exposto VAR

Total Geral ................ 387.462.108 150.462 386.646.461 87.205

Junho Setembro

O Banco Guanabara procede ao constante gerenciamento do risco de mercado a que está exposto,

identificando, mensurando, avaliando, monitorando, mitigando e controlando os riscos associados.

Não houve por parte do Banco Central do Brasil, no terceiro trimestre de 2010, nenhuma restrição ou

limites para nossas operações.

A estrutura do Banco Guanabara para o gerenciamento do risco de mercado é compatível com a

natureza de nossas operações, respectiva complexidade e exposição ao risco. Calculamos diariamente

o VaR (Value at Risk), através de sistema específico para o gerenciamento deste risco, contratado junto

à empresa de grande reputação no mercado.

O Banco Guanabara atua de forma conservadora em relação a exposição a esse risco e o seu

Patrimônio de Referencia está enquadrado nos limites legais.

Não houve exposição relevante nem variações significativas sobre a posição do capital próprio do

Banco Guanabara, estando o Risco de Mercado sob controle.

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Gestão de Riscos Página 9

Risco de Liquidez

Objetivando o gerenciamento adequado da exposição ao Risco de Liquidez, e em observância às

normas consignadas na Resolução n.º 2.804, de 21/12/2000, do CMN, O Banco Guanabara administra

seu fluxo de caixa, com vistas a mensurar exposições ao risco de liquidez, através de um sistema

informatizado, terceirizado de um fornecedor de grande reputação e experiência no mercado, o qual

está em linha com as exigências da pré-falada resolução, bem como, com as determinações emanadas

do Conselho de Administração, observando ainda a:

� Existência de sistema gerencial para a confecção dos fluxos de caixas considerando todos os

investimentos, captações e crédito;

� Existência de padrões mínimos de liquidez, pré-estabelecidos pelo Comitê de Riscos;

� Existência de balanço de ativos, passivos, moedas, com prazos, taxas, etc.;

� Existência de modelos para avaliação de liquidez dos produtos das carteiras;

� Realização de Testes de Estresse e Cenários.

Para confecção do fluxo de caixa, o banco conta com um sistema onde os dados são importados

através de arquivos gerados pelos sistemas legados, considerando todos os investimentos, captações e

operações de crédito.

O risco de Liquidez da Instituição está sob controle. A Instituição apresenta um alto colchão de

liquidez, na ordem de R$ 254,0 milhões, aplicados em Operações Compromissadas, que proporciona

honrar seus compromissos seja para resgates de aplicações financeiras (CDB), ou para cumprir a sua

programação de liberações de novas operações.

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Gestão de Riscos Página 10

Risco Operacional A Política de Risco Operacional (RO), do Banco Guanabara tem como objetivo definir diretrizes para a

implantação e implementação de uma estrutura de gerenciamento do Risco Operacional, e

disseminação da cultura de controles internos e de gestão desse risco, em todos os níveis hierárquicos

da instituição. Estabelecendo ainda atribuições e responsabilidades para cumprimento dos objetivos e

metas traçados pela alta administração.

O gerenciamento de risco operacional está estruturado para:

� Identificar, mensurar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar o risco operacional;

� Documentar e armazenar as informações referentes às perdas associadas ao risco operacional;

� Elaborar relatórios que permitam a identificação e correção tempestiva das deficiências de

controle e de gerenciamento do risco operacional;

� Realizar testes de avaliação dos sistemas de controle de riscos operacionais implementados;

� Elaborar e disseminar a política de gerenciamento de risco operacional em todos os níveis

hierárquicos da instituição, estabelecendo papéis e responsabilidades, inclusive para os prestadores

de serviços terceirizados;

� Assegurar condições de continuidade normal das atividades para limitar graves perdas

decorrentes de risco operacional;

� Implementar, manter e divulgar o processo estruturado de comunicação e informação.

Relatório da Gestão de Riscos Setembro/2010

Gestão de Riscos Página 11

Risco de Crédito A Política da Gestão do Risco de Crédito do Banco Guanabara tem como objetivo atender o disposto na

Resolução n.º 3.721, emitida pelo Banco Central do Brasil em 30 de abril de 2009, que determinou a

implementação de estrutura de gerenciamento do risco de crédito compatível com a natureza das

operações e a complexidade dos produtos e serviços oferecidos e proporcional à dimensão da

exposição ao risco de crédito das instituições.

Em linha com as recomendações do acordo de Basiléia II e observadas às melhores práticas de gestão

de risco, nossa política objetiva a identificação, mensuração, controle e mitigação do Risco de Crédito,

através de monitoramento integrado e contínuo desse risco, buscando garantir a integridade e a

qualidade dos ativos do Banco, adequação dos níveis de Patrimônio de Referência ( PR ) aos riscos

assumidos, níveis adequados de risco e controle e previsibilidade de perdas, contribuindo para o

equilíbrio do lucro da instituição e para a consecução dos objetivos e metas pré-estabelecidos.

O Banco Guanabara estabelece sua política de crédito com base em fatores internos e externos,

relacionados ao ambiente econômico e está amparado em procedimentos de análise desenvolvidos

pela sua experiência e tradição. A aprovação do crédito segue a política de gestão do risco de crédito

onde são estabelecidas as alçadas competentes, procedimentos e metodologias, formando um sistema

eficiente e eficaz, capaz de mapear, identificar, controlar e mitigar o risco relativo à probabilidade do

não pagamento pelo tomador ou da contraparte.

O Banco conta com um sistema de gestão de risco de crédito que torna possível medir o valor da perda

esperada para carteira de crédito. O sistema utiliza a metodologia Credit Risk com simulações Monte

Carlo, análise descritiva e análise paramétrica para estimar o Credit VAR baseado nas probabilidades

de default (PD) e loss given default (LGD).

Para uma melhor compreensão de nossa política e da estrutura de gerenciamento do risco de crédito,

faz-se necessário destacar que:

Relatório da Gestão de Riscos Setembro/2010

Gestão de Riscos Página 12

O Banco Guanabara é uma instituição tradicional em seu nicho de mercado, com perfil conservador,

atuando como braço financeiro do grupo Guanabara, focando principalmente operações de crédito

com garantias.

As operações estão segmentadas uma parte para transporte rodoviário, atuando no fomento àquele

setor através de financiamento de veículos novos e usados, contando com a garantia dos bens

financiados; e no outro segmento são operações de crédito de Middle Market onde possuem, na sua

essência, direitos creditórios como garantia.

O Banco não realiza operações de crédito ou investimentos em títulos, valores mobiliários ou

instrumentos financeiros derivativos em outros países. Portanto, não se expondo ao Risco País, nos

termos definido pelo BACEN.

O Banco não realiza suas operações de crédito através de intermediadores ou de convênios. Portanto,

não se expondo ao risco de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos

termos pactuados por parte intermediadora ou convenente de operações de crédito.

O Banco não realiza quaisquer operações que devam ser classificadas na Carteira de Negociação (

trading book ), conforme estabelecido pelo BACEN através da Resolução n.º 3.464/07.

Teste de Stress de Crédito

No cálculo do Risco de Crédito em cenários de Stress, são realizados choques nas variáveis relevantes

(PD e LGD) para o cálculo do Credit V@R, adotando-se as recomendações geralmente utilizadas

internacionalmente formando um conjunto padronizado de 9 (nove) alternativas.

Além dos cenários padronizados de Stress, são analisadas outras condições específicas cobrindo

choques segmentados por diversas visões tais como: setor econômico, localização geográfica, entre

outros.

Descrição das variáveis de Stress de Crédito

Probabilidade de Default (PD): Cada ativo de crédito (ou conjunto homogêneo de ativos de crédito)

tem a respectiva PD calibrada em função de seu comportamento histórico ajustado às perspectivas de

cenário econômico futuro em 03 (três) possibilidades: (i) Cenário Normal; (ii) Stress 1 (agravamento da

PD em 30%); (iii) Stress 2 (agravamento da PD em 60%) .

Relatório da Gestão de Riscos Setembro/2010

Gestão de Riscos Página 13

Perda em evento de Default (LGD): Cada ativo de crédito (ou conjunto homogêneo de ativos de

crédito) tem a respectiva LGD associada às garantias, calibrada em função de seu comportamento

histórico ajustado às perspectivas de cenário econômico futuro em 03 (três) possibilidades: (i) Cenário

Normal; (ii) Stress 1 (agravamento do LGD acrescido de 5%); (iii) Stress 2 (agravamento do LGD

acrescido de 10%).

Exposições ao Risco de Crédito

Exposições Saldo EPR

Julho/2010 821.218.957,73 526.927.863,36

Agosto/2010 849.363.759,12 544.144.530,94

Setembro/2010 858.076.924,19 548.424.234,18

Média no trimestre 842.886.547,01 539.832.209,49

Região Geográfica Saldo Financeiro Saldo de Atraso Total Provisão (PDD)

Centro Oeste 14.778.872,52 177.763,59 14.956.636,11 907.569,55

Nordeste 203.592.913,86 2.847.622,96 206.440.536,82 8.099.600,62

Norte 8.668.353,28 959.061,41 9.627.414,69 1.337.427,07

Sudeste 264.117.370,08 5.609.324,30 269.726.694,38 12.013.772,43

Sul 22.468.715,70 64.032,86 22.532.748,56 1.117.346,65

Total geral 513.626.225,44 9.657.805,12 523.284.030,56 23.475.716,32

Atividade Econômica Saldo Financeiro Saldo de Atraso Total Provisão (PDD)

Comércio 88.612.819,90 684.202,04 89.297.021,94 4.832.737,38

Indústria 55.420.821,15 3.773.531,36 59.194.352,51 6.950.658,07

Interm. Financ. 2.675.442,39 0,00 2.675.442,39 0,00

Serviços 349.429.520,44 5.046.051,70 354.475.572,14 11.526.670,95

Pessoas Físicas 17.487.621,56 154.020,02 17.641.641,58 165.649,92

Total geral 513.626.225,44 9.657.805,12 523.284.030,56 23.475.716,32

Relatório da Gestão de Riscos Setembro/2010

Gestão de Riscos Página 14

Exposição dos dez maiores clientes em relação a carteira

Montante de Operações por faixa de atrasos

Fluxo das operações levadas a prejuízo no trimestre

Exposição (R$) 73.296.480,00

% em relação a carteira 14,01%

Carteira em 30/09/2010 523.284.030,56

Média de participação p/ cliente 1,40%

Atrasos Saldo Atraso

Até 60 dias 3.183.814,20

Entre 61 e 90 67.690,07

Entre 91 e 180 4.357.831,51

Acima de 180 1.762.425,72

Total 9.371.761,50

Levado a perda Total

jul/10 40.247,89

ago/10 931.646,31

set/10 550.132,45

Total geral 1.522.026,65

Relatório da Gestão de Riscos Setembro/2010

Gestão de Riscos Página 15

Montante de provisões para perda

Produto Valor Contábil PDD % PDD em relação a Carteira

CCB 11.915.800,77 2.079.370,51 0,40%

CCBP 1.799.917,32 0,00 0,00%

CDC 36.886.742,37 1.586.961,72 0,30%

CESSAO 11.412.263,63 358.319,17 0,07%

CPPF 4.828.891,60 56.346,21 0,01%

DESCONTOS 3.415.807,48 362.329,88 0,07%

FINAME 170.841.687,09 3.848.015,86 0,74%

FINAME LEASING 51.232.042,07 1.229.933,57 0,24%

GIRO 182.888.681,42 10.449.753,64 2,00%

HOTM 0,00 0,00 0,00%

LEASING 48.062.196,81 3.504.685,81 0,67%

Total geral 523.284.030,56 23.475.716,37 4,49%

9%

0%

7%

2%

0%2%

16%

5%44%

0%15%

Provisão em relação a carteira

CCB

CCBP

CDC

CESSAO

CPPF

DESCONTOS

FINAME

FINAME LEASINGGIRO

HOTM

LEASING

Relatório da Gestão de Riscos Setembro/2010

Gestão de Riscos Página 16

Considerações finais

O Banco Guanabara procede ao constante gerenciamento do risco de crédito a que está exposto,

identificando, avaliando, monitorando e controlando os riscos associados.

Não houve por parte do Banco Central do Brasil, no terceiro trimestre de 2010, nenhuma restrição ou

limites para nossas operações.

A estrutura do Banco Guanabara para o gerenciamento do risco de crédito é compatível com a

natureza de nossas operações, respectiva complexidade e exposição ao risco. O Banco Guanabara atua

de forma conservadora em relação a este tipo de risco e o seu Patrimônio de Referencia está

enquadrado nos limites legais.

A unidade executora da atividade de auditoria interna é terceirizada, segregada e não há sobreposição

de funções.

O Banco Guanabara continuará com a manutenção do procedimento de alternativas com cenários

menos favoráveis (testes de estresse).

A Diretoria e o Conselho de Administração, mantém a aprovação e revisão, anualmente, da política de

risco de crédito, ajustando-a quando cabível.

Não houve exposição relevante nem variações significativas sobre a posição do capital próprio do

Banco Guanabara, estando o Risco de Crédito sob controle.

Rio de Janeiro, 28 de Fevereiro de 2011

Pedro Aurélio Barata de Miranda Lins

Diretor Presidente