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  Julho/Agosto 20 12  Ano XLII - nº 358 Directora: Isabel de Castro e Lemos ISSN: 1645-443X - Depósito Legal: 86929/95 Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL Fax: 226165769 - E-mail: [email protected]    L    A    I    C    A    D    O    D    O    M    I    N    I    C    A    N    O Directora: Cristina Busto ISSN: 1645-443X - Depósito Legal: 86929/95 Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL CARTA À MINHA, NOSSA AMIGA ISABEL Não é uma carta de despedida, querida Isabel, porque a fé que comungamos contigo e da qual sempre deste real e comunicativo nos faz acreditar que nos reencontraremos contigo sempre positiva, dinâmica e organizadora por vocação; deves estar a organizar com êxito e alegria uma qualquer excur- são ou festa aí com os anjos e arcanjos… e eles que se acautelem porque tu sempre soubeste mandar! Saudades cá por baixo vamos tendo e muitas, fazes-nos muita falta… quantas vezes dou comigo a pensar que te vou telefonar e visitar… Fazes falta na nossa Fraternidade, tu que foste dominicana de vários modos e feitios, e deste à ordem muito do teu tempo, alegria e entusiasmo. Fizeste amizade em vários quadrantes e ambien- tes sociais e a tua aristocracia era sobretudo domi- nada pelo coração. Coração grande e generoso, capaz de ficar sem o dinheiro para férias para que alguém recém conhe- cido pudesse mandar vir as cinzas de um filho mor- to no estrangeiro. Mesmo nesta última fase da tua vida, confinada à cama e à cadeira o teu dinamismo recalcado e impotente não te deixou azedar; se tinhas algumas quebras, na maioria das vezes logo que melhoravas a tua moral se levantava e a comunicavas aos outros. Mas sei que ansiavas por vezes pela partida para “a mão direita do Pai onde por fim repousarás o teu coração” como diz o poeta Antero. Passaste e deixaste rasto… não terás agradado a todos como Jesus Cristo, tu que trabalhaste com jovens adultos e velhos, para os meus netos eras e serás sempre a única a quem chamavam tia Isabel. Mas eras, és certamente e continuarás a ser uma personalidade solar, e radiante, quente e luminosa, mais uma estrela o céu e uma amiga que tudo fará para continuar a olhar por todos nós.  Até breve, I sabel; até lá ficaremos g uardiões fiéis da tua memória.  Valeu mesmo a pena ter-te conhecido… Maria do Carmo Ramos, O.P.

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 Julho/Agosto 2012 Ano XLII - nº 358 

Directora: Isabel de Castro e Lemos ISSN: 1645-443X - Depósito Legal: 86929/95Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL 

Fax: 226165769 - E-mail: [email protected] 

   L   A   I

   C   A   D   O   D

   O   M   I   N   I

   C   A   N   O

Directora: Cristina Busto ISSN: 1645-443X - Depósito Legal: 86929/95Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL 

CARTA À MINHA, NOSSA AMIGA ISABEL 

Não é uma carta de despedida, querida Isabel,porque a fé que comungamos contigo e da qualsempre deste real e comunicativo nos faz acreditarque nos reencontraremos contigo sempre positiva,dinâmica e organizadora por vocação; deves estar aorganizar com êxito e alegria uma qualquer excur-são ou festa aí com os anjos e arcanjos… e eles quese acautelem porque tu sempre soubeste mandar!

Saudades cá por baixo vamos tendo e muitas,fazes-nos muita falta… quantas vezes dou comigo apensar que te vou telefonar e visitar…

Fazes falta na nossa Fraternidade, tu que fostedominicana de vários modos e feitios, e deste àordem muito do teu tempo, alegria e entusiasmo.

Fizeste amizade em vários quadrantes e ambien-tes sociais e a tua aristocracia era sobretudo domi-nada pelo coração.

Coração grande e generoso, capaz de ficar sem odinheiro para férias para que alguém recém conhe-cido pudesse mandar vir as cinzas de um filho mor-to no estrangeiro.

Mesmo nesta última fase da tua vida, confinadaà cama e à cadeira o teu dinamismo recalcado eimpotente não te deixou azedar; se tinhas algumasquebras, na maioria das vezes logo que melhoravasa tua moral se levantava e a comunicavas aosoutros.

Mas sei que ansiavas por vezes pela partida para

“a mão direita do Pai onde por fim repousarás oteu coração” como diz o poeta Antero.Passaste e deixaste rasto… não terás agradado a

todos como Jesus Cristo, tu que trabalhaste comjovens adultos e velhos, para os meus netos eras eserás sempre a única a quem chamavam tia Isabel.

Mas eras, és certamente e continuarás a ser umapersonalidade solar, e radiante, quente e luminosa,mais uma estrela o céu e uma amiga que tudo farápara continuar a olhar por todos nós.

 Até breve, Isabel; até lá ficaremos guardiões fiéisda tua memória.

 Valeu mesmo a pena ter-te conhecido…

Maria do Carmo Ramos, O.P.

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PALAVRA DO PROMOTOR 

Fr. Rui Carlos de Almeida Lopes, o.p.

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POSTULARE Toda a conversa é um tipo qualquer de auto-expressão;

pregar é procurar comunicares-te naquele nível mais profundode nós mesmos no qual, como S. Tomás diz, encontramosDeus. Assim fazemos a modesta e extravagante afirmação queser um dominicano é simplesmente ser dedicado a realizar e

explorar o mistério de ser humano, chegar a Deus ao entrarno que é ser humano, o que é ser este animal, este animallivre, criativo, que usa símbolos [...].

— HERBERT MCCABE, OP, “Sobre Ser Dominicano”

 A 7 de Maio, o presidente da fraternidade leiga deS. Domingos no Porto (Nossa Senhora do Rosário e Cris-to-Rei), José António Caimoto, fez-me três perguntas.Perguntou inicialmente: “O que pedes?” Respondi: “Peçopara fazer parte da Família Dominicana, pela misericórdiade Deus e a sua.” Tendo em conta a pergunta, a resposta

foi directa, enumerada como um pedido. Sublinha, por-tanto, a importância da minha decisão de pedir para fazerparte desta família dentro da Igreja. A menção da miseri-córdia está relacionada com um entendimento com raizno Judaísmo e na palavra hesed. Na sua tradução latinadas Escrituras, S. Jerónimo traduziu-a como misericordia, oamor gratuito e incondicional, fruto da doação total e daperfeita compaixão. Ninguém se torna dominicano semsentir este amor de Deus (de que somos fruto) e daordem (de que se vai tornar membro). Ser misericordiosoé reagir a um miserável (miser ) coração (cordis), às suas afli-ções. Respondi reconhecendo a atenção desse outro que

me fez a pergunta, a voz da fraternidade, e desse outroabsoluto que é Deus. A misericórdia é a capacidade dealguém sentir o sofrimento alheio e de lidar com isso atra-

 vés de um gesto radical de amor. Ao responder, desejeique também eu me deixe ser mais habitado por essa capa-cidade para que tal gesto brote de mim com mais frequên-cia e intensidade.

O primeiro momento foi de recepção — como setivesse tocado à porta para entrar e me tivessem questio-nado acerca do que queria. O segundo momento centrou-se no meu propósito ao dar este primeiro passo de inte-gração na Ordem dos Pregadores. O José dirigiu-se a mim

com estas palavras: “Queres tu, Sérgio, com firme inten-ção, caminhar fielmente numa vida nova como homemevangélico que deseja buscar a própria salvação e a dosoutros?” “Sim, eu quero, com a ajuda de Deus e a vossa”,afirmei eu. Na verdade, esta intenção não é diferente dode qualquer outro leigo. A constituição dogmática sobre aIgreja do Concílio Vaticano II, Lumen Gentium, explicitaque os leigos

São chamados por Deus para que, aí, exercendo o seupróprio ofício, guiados pelo espírito evangélico, concorrampara a santificação do mundo a partir de dentro, como o fer-

mento, e deste modo manifestem Cristo aos outros, antes demais pelo testemunho da própria vida, pela irradiação da suafé, esperança e caridade. (par. 31).

 A importância da segunda questão está no modocomo prepara a terceira, traçando um percurso do geralpara o particular. A última pergunta, à qual respondiexactamente da mesma maneira, foi: “Queres abraçar a

 vida evangélica mediante a conversão do coração, segun-

do o propósito apostólico de S. Domingos?” Não disseapenas que sim, que queria. Disse também que o queriacom a auxílio de Deus e dos membros da fraternidade eda ordem — estavam presentes Fr. David Kammler, Pro-motor Geral do Laicado Dominicano, e Fr. João Leite,promotor da fraternidade. O caminho da vida e da fé nãose faz sozinho. É na medida que nos relacionamos comDeus e com as pessoas que nos circundam que nos defini-mos, fortalecendo a nossa determinação, e facilitando arealização do que queremos realizar. De coração converti-do, seguirei o espírito de S. Domingos, procurando orien-tar a minha vida espiritual para continuar o trabalho

apostólico iniciado pelo fundador da ordem — na entregaao estudo e à partilha dos frutos desse estudo, no persis-tente zelo pela verdade, no respeito e na generosidadepelos interlocutores, na rejeição da riqueza material, noamor por tudo e todos, na constante gratidão a Deus.

Não há uma escolha a fazer entre o pensar e o sentir.Há que viver as maravilhas que Deus nos oferece atravésda inteligência e da sensibilidade em simultâneo. S.Tomás expressa bem isto no seu Comentário sobre a Metafí- 

sica: “A razão, no entanto, pela qual o filósofo pode sercomparado ao poeta é esta: ambos se ocupam do maravi-lhoso.” Tem sido essa a minha peregrinação intelectual eestética e a minha ocupação. Cheguei aqui porque mecruzei com irmãos e irmãs que me estenderam a mão eme deram um testemunho extraordinário do que é sercristão através da vivência do carisma da ordem — gesto etestemunho que tentei acolher o melhor que pude.

(Continua na página seguinte) 

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(Continuação da página anterior) 

Cheguei aqui porque me cruzei com irmãos e irmãsque me estenderam a mão e me deram um testemunhoextraordinário do que é ser cristão através da vivência docarisma da ordem — gesto e testemunho que tentei aco-lher o melhor que pude. Neles estão aqueles que li e leio(S. Alberto Magno, Sta. Catarina de Sena, S. Tomás de

 Aquino, Meister Eckhart, Fr. Albert Nolan, Fr. HerbertMcCabe, Fr. Timothy Radcliffe) e aqueles com quem con-

 vivi ou convivo (Fr. José Augusto, Fr. Filipe, Ir. GraçaMaria, Cristina, Gabriel).

Ser postulante é postular, pedir, mas é sobretudo con- 

cretizar o desejo que nos leva a pedir . O desejo é o que é pró-prio do coração, do espírito humano. Como a necessida-de é o que é próprio do corpo humano. Há uma forma de

falar sobre a espiritualidade cristã que é de negação e obri-gação. Esse ponto de vista é-me totalmente estranho — é,em rigor, estranho à própria Igreja. Se a espiritualidadereligiosa não se enraíza na liberdade, não é um caminhoincerto e surpreendente que temos de percorrer, mas umcorredor para o qual fomos empurrados. É portanto uma

 via afirmativa, devota, composta por uma sucessão deescolhas, que aprofundam a nossa amizade e sintoniacom Deus. Os maiores exemplos desse desejo ardente, desseencontro transformador com Cristo, desse fogo interiorque impele à intimidade com Deus até à supressão donosso ego, são para mim Sto. Agostinho e Sta. Catarina.

Em muitas orações, ela chama-lhe por isso desejo sagrado.Que este desejo, que é fonte de vida abundante ( Jo 10,10), não se extinga e se intensifique.

Sérgio Dias Branco 

“E quem é o meu próximo?” Lc 10, 29

“Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiunas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem eencherem de pancada, o abandonaram, deixando-o meiomorto. Por coincidência, descia por aquele caminho umsacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. (...)

Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pédele e, vendo-o, encheu-se de compaixão. Aproximou-se,ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estala-gem e cuidou dele.” Lc 10, 30-31, 33-34

Haverá algum de nós que não se lembre do que sentiunum momento em que um olhar de uma outra pessoaprovocou em si um estremecimento que o fez parar,recuar nas certezas que tinha, para a seguir mudar o senti-do daquilo que fazia. Qual será o nome desse momento

ínfimo, em que temos a percepção do humano, entre aperturbação que nos foi causada pelo outro, à vertigemque nos perpassa, em que projectamos em nós o que sepassa com ele?

Será nomeável essa capacidade de percepção do outro,de nos soltarmos da nossa mesma pele para lhe acrescen-tarmos mais, nem que seja apenas por instantes, e experi-mentarmos o que o outro sente, e sentirmos o seu sofri-mento ou o seu bem?

Essa projecção faz parte da percepção sensível, mas seráque é também um comportamento humano mimético?Será que se encontra inscrita na matéria humana, quaseque como se fosse um músculo que nos compele a “pré-sentir” o outro, que ele existe, sente e está ali.

Quão humano me fará de mim esse balanço entremim e o outro? Tornar-me-à mais pessoa, a possibilidadede o sentir?

 A viagem até ao seu interior faz-me capaz de experi-mentar a multiplicidade na sua diferença, ao tornar-me

mais humano porque já não sou apenas eu.

Maria da Paz Silva Ramos 

O CRISTIANISMO — A RELIGIÃO DO VÍNCULO

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TARDES DE SETEMBRO

Em Setembro de 2010, o PapaBento XVI criou oficialmente umnovo dicastério: o Conselho Pontifí-cio para a Promoção da Nova Evange-lização. Este gesto profético, nas pala-

 vras de Rino Fisichella, actual presi-dente deste organismo, vem no segui-mento de uma longa interpelaçãofeita à Igreja, iniciada com o Concílio

 Vaticano II (em Outubro de 2012comemoram-se os 50 anos de abertu-ra), continuada nos apelos dos PapasPaulo VI e, sobretudo, João Paulo IIe agora materializada na fundação

deste Conselho Pontifício.Em numerosas ocasiões, nestes

últimos anos, muitas foram as vozesque insistiram no tema da nova evan-

gelização. Mas saberemos do que setrata? Estará a Igreja Católica cons-ciente do desafio que uma nova evan-gelização, num tempo histórico desig-nado como pós-moderno, acarreta?Quais as dificuldades que uma socie-dade pós-moderna coloca à tarefa daevangelização? Quais as soluções?

Por ocasião dos 50 anos do iníciodos trabalhos conciliares do VaticanoII, a Igreja prepara-se para um novo

sínodo dos bispos onde estas e outrasquestões serão equacionadas demaneira a conseguir delinear estraté-gias para os próximos anos em maté-ria de evangelização.

Por esta razão, o Instituto SãoTomás de Aquino (ISTA) propõe ànossa reflexão, durante o mês deSetembro, três conferências que certa-mente nos ajudarão a entender oalcance de uma nova evangelizaçãoem tempos pós-modernos.

fr. José Manuel Correia Fernandes, O.P.

Presidente do ISTA 

LISBOA  — 12/09/2012: Fr. Bento Domin-

gues, opConsequências eclesiais da chama-da cultura pós-moderna

— 13/09/2012: Fr. José Nunes, op

Os ‘Lineamenta’ do Sínodo dosBispos sobre a Nova Evangelização

— 14/09/2012: Dr. Alfredo TeixeiraNova Evangelização e dinâmicas

sociais em Portugal

Local: Convento de São DomingosRua João de Freitas Branco, 121500-359 LISBOA Hora da conferência: 18.30hInscrição (antes das conferências): 5 € 

PORTO — 26/09/2012: Fr. Bento Domin-

gues, op

Consequências eclesiais da chama-da cultura pós-moderna— 27/09/2012: Fr. José Nunes, op

Os ‘Lineamenta’ do Sínodo dosBispos sobre a Nova Evangelização

— 28/09/2012: Dr. Alfredo TeixeiraNova Evangelização e dinâmicassociais em Portugal

Local: Centro Paroquial de Cristo-ReiRua Santa Joana Princesa, 384150-667 PORTOHora da conferência: 18.30hInscrição (antes das conferências): 5 € 

InformaçõesInstituto São Tomás de AquinoTel: 210 322 300 / 217 228 379Email: [email protected]

 AGENDA DA FAMÍLIA DOMINICANA 

DIA DA FAMÍLIA DOMINICANA 

Na reunião do Conselho Nacional da Família Dominicana realizada no dia 9 de Junho de 2012 foi decidido queeste ano o DIA NACIONAL DA FAMÍLIA DOMINICANA será celebrado em Fátima, no Convento dos Padres Dominicanos, no próximo dia 10 de Novembro. E isto porque o dia 7, em que tradicionalmente celebramos esta fes-ta de comunhão, calha à quarta feira. E em Fátima, porque há vários membros de diferentes ramos que nesse dia esta-rão em Fátima.

 Assim, teremos a celebração da Eucaristia no convento às 12h seguida de um almoço partilhado no salão do con- vento.

Fraternalmente, em S. Domingos.

Fr. José Geraldes, O.P.

(Coordenador do Sec. Nac. da Família Dominicana) 

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PROVÍNCIA PORTUGUESA DA ORDEM DOS PREGADORES – COLÓQUIO A RESTAURAÇÃO DA PROVÍNCIA DOMINICANA EM PORTUGAL – MEMÓRIA E DESAFIOS 

6 DE OUTUBRO DE 2012CONVENTO DE CRISTO-REI

PORTO

 A Província Portuguesa da Ordem dos Pregadoresachou que, entre as várias comemorações da sua Restaura-ção (1962‐2012), deveria promover um Colóquio querefletisse sobre o seu passado, presenças e apostolados.

Este Colóquio encerra, portanto, no Porto, o conjuntode celebrações que se iniciaram em Fátima, onde se restau-rou a Província há cinquenta anos, continuaram em Lis-boa, no encontro Europeu dos Provinciais da Europa,

com a presença do Mestre da Ordem, e na paróquia deSão Domingos de Benfica, uma das nossas presençasatuais em Portugal, e terminam agora no Porto, não sócomo presença conventual mas também como uma dasmarcas dominicanas de pregação e evangelização.

Esta proposta de reflexão quer ser também um mo-mento de encontro com toda a família dominicana: mon-jas, irmãs e leigos que contribuíram, cada um à suamaneira, para que os frades desta Província pudessem re-alizar a sua missão apostólica, seguindo as pegadas de SãoDomingos.

PROGRAMA 1º PAINEL UM OLHAR PARA O PASSADO1º Tema: Da extinção à restauração das ordens e congre-

gações em Portugal (séc. XIX e XX) - Dr. Paulo Fontes

2º Tema: Madre Teresa de Saldanha e a vida dominicanaem Portugal - Madre Rita Nicolau,I.D.S.C.S.

3º Tema: D. Domingos Maria Frutuoso e o recomeço deuma caminhada - Cónego Bonifácio (Dioc. Portalegre -Castelo Branco)

4º Tema: Das diversas tentativas de recomeço da Provín-cia - F r. Rui Carlos Lopes /fr. Domingos Nunes

2º PAINEL  A PRESENÇA DOMINICANA EM PORTUGALNOSÉC. XX 1º Tema: A figura de D.Francisco Rendeiro - Fr. José Car-

los Almeida2º Tema: A presença dos Padres Canadianos - Fr. Miguel

dos Santos3º Tema: A Teologia em Fátima: O Studium de Fátima –

Eduardo BentoOs cursos de teologia (Coimbra e ISTA) - Fr. BentoDomingues

4º Tema: A presença dominicana em Portugal: espaços, vozes-… Dr. Moisés Martins5º Tema: O retomar das missões - Fr. José Nunes

3º PAINEL MARCASDOMINICANAS1º Tema: Espiritualidade e Pregação—Dr. José Carlos

Gomes da Costa2º Tema: A Família Dominicana - Ir. Deolinda Rodri-

gues, I.M.D.R.3º Tema: Espaços e Prioridades Dominicario… - Fr. José

Manuel Fernandes4º Tema: Contributos dominicanos para a arquitectura

religiosa moderna em Portugal—Arq. João Alves daCunha

LOCAL Centro Paroquial de Cristo Rei - PortoRua Santa Joana Princesa, 38Secretário do Colóquio: fr. Rui Carlos Antunes e

 Almeida Lopes, opE-mail: [email protected]óvel: 919354421

HORÁRIO09.30h: Sessão de abertura10.00: 1º Painel13h: Almoço *14.30: 2º Painel16.30 3º Painel18.00 Encerramento do Colóquio* Possibilidade de almoço no Convento de Cristo

Rei (11 euros). Inscrições até dia 15 de Setembro(contatar o Secretário do Colóquio)

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Laicado Dominicano Julho/Agosto 2012

 As palavras que escrevemos oudizemos nunca são nossas.Lemo-las em algum texto ououvimo-las de alguém e, en-

quanto algumasentram a cem e

saem a duzentos, outras encon-tram em nós acolhimento,num lento trabalho de perlabo-ração, de diálogo interno,

renovam o sentido das palavras que já moravam cá dentroe, às vezes, até chegam a reconfigurar o sentido da nossa

 vida. Hoje peço emprestadas e partilho convosco palavrassimples e sábias, que me tocaram, lidas no  Almanaque das

Missões, editado pelos Missionários da Boa Nova. Este Almanaque, que compro e leio há anos, além dos dadosimportantes do calendário civil e litúrgico que nos aju-dam a situar no tempo e a saber a quantas andamos, re-corda-nos o que há a fazer nos campos, hortas e jardins,conta-nos pequenas histórias ou deliciosas anedotas queacordam o nosso bom-humor. É pois com a devida véniae agradecimento ao  Almanaque Boa Nova 2012 que hojedeixo aqui um texto que ali vem a páginas 102 e 103, daautoria de José Luís Martín Descalzo, intitulado 23 manei- 

ras simples de amar .

1. Por princípio, pensar bem de toda a gente.2. Aprender o nome das pessoas que trabalham conno-

sco, ou com quem nos cruzamos no elevador ou naescada, e tratá-las pelo seu nome.

3. Estudar os gostos alheios e procurar satisfazê-los.4. Ter a mania de fazer o bem, sobretudo aos que teori-

camente não o merecem.5. Sorrir. Sorrir a todas as horas, com vontade ou sem

ela.

6. Multiplicar a saudação, mesmo aos semi-conhecidos.7. Visitar os doentes, sobretudo se são crónicos.8. Emprestar livros, ainda que se percam alguns. Tu,

porém, devolve-os sempre.9. Fazer favores e concedê-los mesmo antes de os pedi-

rem.10. Esquecer as ofensas e sorrir especialmente aos ofen-

sores.11. Aguentar os “chatos” e não fazer cara de vinagre ao

escutá-los.12. Tratar com os antipáticos. Conversar com os surdos

sem ficar nervoso.13. Responder, se possível, a todas as cartas.14. Brincar com as crianças pequeninas. Não pensar que

se está a perder o tempo com elas.15. Animar os idosos. Não os enganar como crianças e

 ver todos os aspetos positivos que neles encontramos.16. Recordar os aniversários e as datas marcantes dos con-

hecidos e amigos.17. Oferecer presentes muito pequenos, que demonstram

o carinho, mas não criam obrigação de serem re-tribuídos com outra oferta.

18. Comparecer pontualmente aos encontros marcados,ainda que tenhas de esperar.

19. Contar às pessoas as coisas boas que alguém dissedelas.

20. Não contradizer sistematicamente os que conversam

connosco.21. Expor as nossas razões nas discussões, mas sem ma-

goar.22. Mandar em tom suave. Nunca levantar a voz.23. Corrigir de modo que se note que te custa fazê-lo.

 José Carlos Gomes da Costa, O.P.

23 MANEIRAS SIMPLES DE AMAR  

Querido S. Domingos:

Como é bom pertencer à tua família!Existem muitos de nós, novos e velhos,homens e mulheres,que querem seguir os teus passos.

Queremos seguir Jesus como tu seguiste:perseverantes na oração,simples no nosso estilo de vida,generosos no serviço aos nossos irmãos eirmãs,corajosos nos nossos trabalhos.

Queremos ser gratos pela nossa alegria,animados na nossa dor,

fortes no nosso cansaço,

sinceros na nossa partilha.

 Ajuda-nos a descobrir Deus na nossa vida diária,encontrar Deus na nossa oração e estudo,

 ver a Deus no amor dos outros,buscar Deus quando o amor está ausente.

Tu que disseste aos teus amigosque sempre os ajudarias,por favor faz o que prometeste, querido pai,e ajuda-nos hoje com a tua presença.

 AmenFr. David Michael Kammler, O.P.

ORAÇÃO A S. DOMINGOS

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F i c h a T é c n i c a Jornal bimensal Publicação Periódica nº 119112ISSN: 1645-443X Propriedade: Fraternidade Leigas de São DomingosContribuinte: 502 294 833Depósito legal: 86929/95Direcção e RedacçãoCristina Busto (933286355)Maria do Carmo Silva Ramos (966403075)

 Administração:Maria do Céu Silva (919506161)Rua Comendador Oliveira e Carmo, 26 2º Dtº2800– 476 Cova da PiedadeEndereço: Praça D. Afonso V, nº 86,

4150-024 PORTO

E-mail: [email protected]: 435 exemplares

O s a r t i g o s p u b l i c a d o s e x p r e s s a m a p e n a sa o p i n i ã o d o s s e u s a u t o r e s .

Laicado Dominicano Julho/Agosto 2012

No passado sábado dia 21 de Julho, foram muitos oselvenses que assistiram à bênção da imagem do Beato

 Aleixo Delgado natural de Elvas e Mártir do Brasil. A imagem foi benzida pelo Senhor Arcebispo de ÉvoraD. José Alves na igreja do Salvador e levada em procissão,conjuntamente com a imagem Peregrina de Nossa Se-nhora da Conceição de Vila Viçosa, até à igreja de São

Domingos onde foi celebrada a Eucaristia Solene e honrados Mártires do Brasil presidida pelo Senhor Arcebispo deÉvora e concelebrada por 10 sacerdotes, entre eles o Padre

 João Caniço SJ, Vice-postulador da causa de Canonizaçãodos Mártires do Brasil e o Padre Provincial dos Dominica-

nos, Frei José Nunes.No final da eucaristia a

imagem foi colocada num Al-tar junto do seu companheirode Martírio, o Beato ÁlvaroMendes.

No Domingo às 16.30 hfoi rezado o terço a Nossa Sen-hora e no final foi levada parao seu Santuário em Vila

 Viçosa onde participaram mui-

tas as pessoas que qui-seramacompanhar Nossa Senhoraaté Vila Viçosa.

Fraternidade Leiga de São Domingos de Elvas 

FESTAS DOS MÁRTIRES DO BRASIL EM ELVAS

No passado dia 28 de junho,com 75 anos de idade, faleceu airmã Maria Olinda Oliveira

Ferreira.Pertencia à Fraternidade daParede, e tinha promessa defini-tiva.

 A presidente da Fraternidade daParede, Maria de Jesus Neves

No passado dia 23 de julho faleceu o frei Paulo Silva,em Vigo, vítima de síncope cardíaca, aquando de umpasseio com presbíteros da diocese de Braga.

Fr. Paulo Silva nasceu em Vinhós (Fafe), em 25 de Ou-tubro de 1936. Estudou nas instituições dominicanas e fezProfissão religiosa em 4 de Agosto de 1955, em Fátima.Foi ordenado Presbítero em 8 de Abril de 1961.

Passou algum tempo pelo Colégio Clenardo e vivendono Convento de Queluz. Contudo, é na paróquia de S.Domingos de Benfica que exerce o seu primeiro longo

apostolado, durante cerca de 20 anos, só abandonado pelofacto de ter sido eleito Prior do Convento de Fátima, em1986.

Em 1989, vai para o Convento do Corpo Santo, emLisboa, como Prior, sendo também Sócio do P. Provinciale Ecónomo da Província.

Em 1994, aceita generosamente ir como missionáriopara Angola, onde vive o segundo grande apostolado dasua vida, durante 15 anos, o qual lhe deixará marcas parasempre. Ali viveu nas 3 comunidades do Vicariato, tendodesempenhado serviços de Superior e ecónomo.

Em Março de 2010, regressa a Portugal e é assignado

ao Convento do Porto.

Notícia retirada do blogue da Província portuguesa da Ordem de S. Domingos 

FALECIMENTOS