36701903-APOSTILA-GERAL-SEGURANCA-DO-TRABALHO-AUTOMACAO

  • Upload
    luizfj

  • View
    292

  • Download
    27

Embed Size (px)

Citation preview

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. CURSO TCNICO DE AUTOMAO MDULO III HIGIENE, SEGURANA DO TRABALHO E COMBATE INCNDIO APOSTILA GERAL SEMESTRE 2010/1 Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. SUMRIO Capitulo 1.0 -FUNDAMENTOS DA SEGURANA NO TRABALHO 1.1 Introduo 1.2 -Principais fatores que causam os acidentes e doenas profissionais 1.3 Definies importantes Capitulo 2.0 PREVENO E COMBATE A INCNDIO 2.1 -Histrico do fogo 2.2 -Combusto 2.3 -Tringulo do fogo 2.3.1 -Tetraedro do fogo 2.3.2 -Combustvel 2.3.3 -Fonte de Calor 2.3.4 -Comburente (Oxignio O2) 2.3.5 -Reao em Cadeia 2.4 -Produtos da Combusto 2.5 -Pontos Notveis da Combusto 2.6 -Classes de incndio 2.7 -Causas de incndio 2.8 -Principais causas de incndio 2.9 -Propagao do incndio 2.10 -Mtodos de extino 2.11 -Agentes extintores de incndio 2.12 -Extintor de Incndio Porttil 3.0 INSTALAES ELTRICAS EM REAS CLASSIFICADAS OU POTENCIALMENTE EXPLOSIVAS (EX) 3.1 Atmosfera explosiva 3.2 -reas Classificadas (EX) 3.3 Risco de exploso 3.4 Limites de inflamabilidade 3.5 Classe de temperatura 3.6 Grupo dos gases 3.7 Plano de reas classificadas 3.8 Uso de equipamentos eltricos em reas Classificadas (EX) 3.9 Relao de alguns produtos que podem tornar uma rea Classificada (EX) Cpitulo 04 ELETRICIDADE E A NR-10. 4.1 4.2 4.3 4.4 -Objetivo e Campo de aplicao da NR-10; -Choque Eltrico; -Arco Eltrico -Medidas de controle;

4.5 Medidas de proteo coletiva; 4.6 Medidade de proteo individual; 4.7 -Segurana em novos Projeto; 4.8 -Segurana na Montagem, Operao e Manuteno; 4.9 -Segurana em Instalaes Desenergizadas; 4.10 -Segurana em Instalaes Energizadas; 4.11 -Trabalho envolvendo alta tenso; 4.12 Recomendaes adicionais; Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. LISTA DE SIGLAS ASO Atestado de Sade Ocupacional ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas CA Certificado de Aprovao CAT Comunicao de Acidente do Trabalho CBO Classificao Brasileira de Ocupaes CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes CLT Consolidao das Leis do Trabalho CTPP Comisso Tripartite Paritria Permanente DORT Doena Osteomuscular Relativa ao Trabalho DRT Delegacia Regional do Trabalho EPC Equipamento de Proteo Coletiva EPI Equipamento de Proteo Individual FISPQ Ficha de Informaes de Segurana de Produtos Qumicos FUNDACENTRO Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e Medicina do Trabalho GLP Gases Liquefeitos de Petrleo INSS Instituto Nacional do Seguro Social INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial ISO International Organization for Standartization (Organizao Intern. de Normalizao) LER Leso por Esforos Repetitivos MTE Ministrio do Trabalho e Emprego NBR Normas Brasileiras (da ABNT) NR Norma Regulamentadora PCMSO Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais SAT Seguro de Acidentes do Trabalho SESMT Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho SIPAT Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho SSO Segurana e Sade Ocupacional SST Segurana e Sade do Trabalho Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. 1.0 FUNDAMENTOS DA SEGURANA NO TRABALHO 1.1 Introduo Sade um estado de completo bem-estar fsico, mental e social e no apenas a ausncia de doenas, levando-se em conta que o homem um ser que se distingue no somente por suas atividades fsicas, mas tambm por seus atributos mentais, espiritu ais e morais e por sua adaptao ao meio em que vive. (Organizao Mundial da Sade). Todos os seres humanos tm direito ao melhor estado de sade, independente de raa, religio, opinio poltica, condio econmica ou social. As doenas podem ter as mais variadas causas, sendo umas geradas pela atividade produtiva, conhecidas como doenas especficas, tais como silicose, asbestose, satur nismo, etc.. e outras, as inespecficas, que no possuem suas causas relacionadas diretamen te com o trabalho. Os agentes causadores de doenas do trabalho podem ser fsicos, qumicos ou biolgicos. A exposio a agentes fsicos calor, rudo, radiaes diversas -, a agentes qumicos benzeno, asbesto, fumos metlicos, etc. e a agentes biolgicos bactrias, fungos, bacilos causam doenas especficas do trabalho. A atividade produtiva pode deixar o trabalhador exposto a esses agentes e, sem o monitoramento e controle deles, causar doenas irreversveis e at mesmo a morte. Para evitar a ocorrncia de doenas, a melhor maneira a preveno. Para tanto, foram criadas leis que obrigam as empresas e os empresrios a dedicarem ateno sade de seus empregados, seja realizando os exames mdicos (peridicos, admissionais, demissionais, de retorno ao trabalho e de mudana de funo), ou cumprindo o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional, que visa a dar melhores condies de trabalho aos empregados, monitorando os problemas de sade detectados ou, ainda, identifica ndo os locais de risco e adotando medidas para evitar a doena, realizando, tambm, a educao sanitria, alm de outras medidas. 1.2 -Principais fatores que causam os acidentes e doenas profissionais Sob o ponto de vista prevencionista, causa de acidente qualquer fato que, se removido a tempo, teria evitado o acidente. Os acidentes so evitveis, no surgem por

acaso e, portanto, so passveis de preveno. Sabemos que os acidentes ocorrem por falha humana ou por fatores ambientais. FALHA HUMANA A falha humana, tambm chamada de Ato Inseguro, definida como sendo aquela que decorre da execuo de tarefas de forma contrria s normas de segurana. So os fatores pessoais que contribuem para a ocorrncia de acidentes. Os processos educativos, a repetio das inspees, as campanhas e outros recursos se prestaro a reduzir sensivelmente tais falhas, que podem ocorrer em vi rtude de: -Inaptido entre o homem e a funo; -Desconhecimento dos riscos da funo e ou da forma de evit-los; -Desajustamento, motivado por: -Seleo ineficaz; -Falhas de treinamento; -Problemas de relacionamento com a chefia ou companheiros; -Poltica salarial e promocional imprpria; -Clima de insegurana quanto manuteno do emprego; -Diversas caractersticas de personalidade. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. FATORES AMBIENTAIS Os fatores ambientais (condies inseguras) de um local de trabalho so as falhas fsicas que comprometem a segurana do trabalho. Exemplificando, podemos citar: falta de iluminao; rudos em excesso; falta de proteo nas partes mveis das mquinas; falta de limpeza e ordem (asseio); passagens e corredores obstrudos; piso escorregadio; proteo insuficiente ou ausente para o trabalhador. CLASSIFICAO DOS FATORES AMBIENTAIS Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. 1.3 Definies importantes ACIDENTE SEM AFASTAMENTO: o acidente em que o acidentado pode exercer sua funo normal, no mesmo dia do acidente ou no dia seguinte, no horrio regulamenta r. ACIDENTE COM AFASTAMENTO: o acidente em que o acidentado sofre uma incapacidade temporria ou permanente que o impossibilita de retornar ao trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte ao acontecido. Pode at mesmo ocorrer a morte do trabalhador. ACIDENTE DE TRAJETO: aquele que ocorre no percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoo, inclu sive veculo de propriedade do segurado. equiparado ao acidente do trabalho. APOSENTADORIA ESPECIAL: aposentadoria devida a alguns empregados, dependendo da exposio a agentes de riscos fora do limite de tolerncia. ANLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR) :Trata-se de uma tcnica de anlise prvia de riscos que tem como objetivo antecipar a previso da ocorrncia danosa para as pessoas, processos, equipamentos e meio ambiente. elaborada atravs do estudo, questionamento, levantamento, detalhamento, criatividade, anlise crtica e autocrtic a, com conseqente estabelecimento de precaues tcnicas necessrias para a execuo das tarefas (etapas de cada operao), de forma que o trabalhador tenha sempre o control e das circunstncias, por maiores que forem os riscos. A Anlise Preliminar de Risco uma viso tcnica antecipada do trabalho a ser executado, que permite a identificao dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa , e ainda propicia condio para evit-los ou conviver com eles em segurana. Por se tratar de uma tcnica aplicvel todas as atividades, uma grande virtude da aplicao desta tcnica de Anlise Preliminar de Risco o fato de promover e estimular o trabalho em equipe e a responsabilidade solidria. ATO INSEGURO: o procedimento do homem que contraria as normas de preveno de acidentes. As atitudes contrrias aos procedimentos e/ou s normas de segurana que o homem assume podem ou no ser deliberadas. Normalmente, quando

essas atitudes no so propositais, o homem deve estar sendo impelido por problemas psicossociais. Exemplos de atos inseguros: no seguir normas de segurana, no inspecionar mquinas e equipamentos com que vai trabalhar, usar caixotes como esca da, no usar E.P.I. (Equipamentos de Proteo Individual), fazer brincadeiras ou exibio, ingerir bebidas alcolicas antes ou durante o trabalho, etc. CIPA: Comisso Interna de Preveno de Acidente. Tem como objetivo a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatvel permanentemente o trabalho com a preservao da vida e a promoo da sade do trabalhador. composta de representantes do empregador e dos empregados, de acord o com o dimensionamento previsto, ressalvadas as alteraes disciplinadas em atos normativos para setores econmicos especficos. A CIPA tem por atribuio identificar os Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de risco, com a participao do ma ior nmero de trabalhadores, com assessoria do SESMT. COMUNICAO DE ACIDENTES DO TRABALHO -CAT: um documento obrigatrio, que deve ser preenchido quando da ocorrncia de um acidente do trabalho ou de uma doena ocupacional, mesmo no caso em que no haja afastamento do trabalho, devendo ser encaminhado Previdncia Social e se destina ao registro do tratamento mdico do acidentado. A empresa dever comunicar o acidente do trabalho Previdncia Social at o primeiro dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso de morte, de imedi ato, autoridade competente, sob pena de multa. Na falta de comunicao por parte da empre sa, podem formaliz-lo o prprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o mdico que o assistiu ou qualquer autoridade pblica, no prevalecendo nestes casos o prazo acima previsto. CONDIES DE TRABALHO: so as circunstncias postas disposio dos trabalhadores para a realizao de suas atividades laborais, representadas pelo meio ambiente existente, mquinas e equipamentos, processos produtivos desenvolvidos, b em como treinamentos especficos recebidos. Normalmente so classificados em: condies de segurana: quando as situaes em que os trabalhos so realizados esto livres da probabilidade da ocorrncia de acidentes; condies de insegurana ou condies inseguras: quando as circunstncias externas de que dependem as pessoas para reali zar seu trabalho so incompatveis com ou contrrias s Normas de Segurana e Preveno de Acidentes. Exemplos: piso escorregadio, instalaes eltricas precrias, iluminao inadequada, falta de ordem e limpeza, etc. Como essas condies esto nos locais de trabalho, podemos deduzir que foram instaladas por deciso e/ou mau comportamento de pessoas que permitiram o desenvolvimento de situaes de risco queles que l executavam suas atividades. Conclui-se, portanto, que as Condies Inseguras existen tes so, via de regra, geradas por problemas comportamentais do homem, independente do seu nvel hierrquico dentro da empresa. DANO: a severidade da leso, ou perda fsica, funcional ou econmica, que podem resultar se o controle sobre um risco perdido.

DOENA OCUPACIONAL: doena adquirida, produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho. Pode ser uma doena profissional ou uma doena do trabalho. Pos sui como caracterstica uma ao lenta e paulatina, diferentemente do acidente do trabalho , que um infortnio com conseqncias imediatas. Por fora da legislao, so equiparados. ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHO: a cincia dedicada preservao da integridade fsica e da sade do trabalhador realizando a preveno de acidentes atravs da anlise de riscos dos locais de trabalho e das operaes neles realizadas. A sua atuao na preveno de acidentes do trabalho. E de sua competncia, por exemplo, quantificar os agentes existentes no ambiente de trabalho que servi r para subsidiar o estudo do risco a que se expem os trabalhadores. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. ERGONOMIA o estudo cientfico de adaptao dos instrumentos, condies e ambiente de trabalho s capacidades psicofisiolgicas, antropomtricas e biomecnicas do homem. Cincia relacionada ao homem e seu trabalho, incluindo os fatores que afetam o uso eficiente da energia humana. Estudo tcnico da relao entre o trabalhador e o equipam ento de trabalho ou o meio em que ocorre esse trabalho. Cincia e tecnologia que tem co mo objetivo o ajuste confortvel e produtivo entre o ser humano e o trabalho. Estudo cientfico de adaptao dos instrumentos, condies e ambiente de trabalho s capacidades psicofisiolgicas, antropomtricas e biomecnicas do homem. MEDICINA DO TRABALHO Especialidade mdica que lida com as relaes entre a sade dos homens e mulheres trabalhadores e seu trabalho, visando no somente a preveno das doenas e dos acidentes do trabalho, mas a promoo da sade e da qualidade de vida, atravs de aes articuladas capazes de assegurar a sade individual, nas dimenses fsica e mental, e de propiciar uma saudvel inter-relao das pessoas e destas com seu ambiente social , particularmente, no trabalho. 2.0 PREVENO E COMBATE A INCNDIO 2.1 -Histrico do fogo O nosso planeta j foi uma massa incandescente, que passou por um processo de resfriamento, at chegar formao que conhecemos. Dessa forma, o fogo existe desde o incio da formao da Terra, passando a coexistir com o homem depois do seu aparecimento. Presume-se que os primeiros contatos, que os primitivos habitantes tiveram com o fogo, foram atravs de manifestaes naturais como os raios que provocam grandes incndios florestais. Na sua evoluo, o homem primitivo passou a utilizar o fogo como parte integrante da sua vida. O fogo colhido dos eventos naturais e, mais tarde, obtido intencion almente atravs da frico de pedras, foi utilizado na iluminao e aquecimento das cavernas e no cozimento da sua comida. Nesse perodo, o homem dominava, plenamente, as tcnicas de

obteno do fogo tendo-o, porm, como um fenmeno sobrenatural. O clebre filsofo e cientista Arquimedes, nos estudos sobre os elementos fundamentais do planeta, ressaltou a importncia do fogo, concluindo que eram quat ro os elementos: o ar, a gua, a terra e o fogo. No sculo XVIII, um clebre cientista francs, Antoine Lawrence Lavoisier, descobriu a s bases cientficas do fogo. A principal experincia que forneceu a chave do enigma foi colocar uma certa quantidade de mercrio (Hg -o nico metal que normalmente j lquido) dentro de um recipiente fechado, aquecendo-o. Quando a temperatura chegou a 300C, ao observar o interior do frasco, encontrou um p vermelho que pesava mais que o lquid o original. O cientista notou, ainda, que a quantidade de ar que havia no recipien te diminura de 1/5, e que esse mesmo ar possua o poder de apagar qualquer chama e matar. Conc luiu que a queima do mercrio absorveu a parte do ar que nos permite respirar (essa mes ma parte que faz um combustvel queimar: o oxignio). Os 4/5 restantes eram nitrognio (gs que no queima), e o p vermelhoera o xido de mercrio, ou seja, o resultado da reao do oxignio com o combustvel. Os seus estudos imutveis, at os dias atuais, possibilitaram o surgimento de estudos avanados no campo da Preveno e Combate a Incndio. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. 2.2 -Combusto Combusto uma reao qumica, na qual uma substncia combustvel reage com o oxignio, ativada pelo calor (elevao de temperatura), emitindo energia luminosa (fog o), mais calor e outros produtos. A combusto pode ser classificada em: a) Combusto Lenta: Ocorre quando a oxidao de uma determinada substncia no provoca liberao de energia luminosa nem aumento de temperatura. Ex: ferrugem, respirao, etc. b) Combusto Viva: Ocorre quando a reao qumica de oxidao libera energia luminosa e calor sem aumento significativo de presso no ambiente. Ex: Queima de materiais comuns diversos. c) Combusto Muito Viva: Ocorre quando a reao qumica de oxidao libera energia e calor numa velocidade muito rpida com elevado aumento de presso no ambiente. Ex: Exploses de gs de cozinha, Dinamite, etc. 2.3 -Tringulo do fogo O Tringulo do Fogo uma forma didtica, criada para melhor ilustrar a reao qumica da combusto onde cada ponta do tringulo representa um elemento participante desta reao. Para que exista Fogo, 3 elementos so necessrios: o combustvel, o comburente (Oxignio) e a Fonte de Calor (Temperatura de Ignio). 2.3.1 -Tetraedro do fogo Modernamente, foi acrescentado ao tringulo do fogo mais um elemento: A REAO EM CADEIA, formando assim o tetraedro ou quadrado de fogo. Os combustveis aps iniciar a combusto geram mais calor liberando mais gases ou vapores combustveis , sendo que os tomos livres so os responsveis pela liberao de toda a energia necessria para a reao em cadeia. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica.

2.3.2 -Combustvel toda substncia capaz de queimar, servindo de campo de propagao do fogo. Para efeito prtico as substncias foram divididas em combustveis e incombustveis, sen do a temperatura de 1000C para essa diviso, ou seja, os combustveis queimam abaixo de 1000C, e os incombustveis acima de 1000C, isto se deve ao fato de, teoricamente, to das as substncias poderem entrar em combusto (queimar). Os materiais combustveis maus condutores de calor, madeira por exemplo, queimam com mais facilidade que os materiais bons condutores de calor como os me tais. Esse fato se deve a acumulao de calor em uma pequena zona, no caso dos materiais maus condutores, fazendo com que a temperatura local se eleve mais facilmente, j nos bons condutores, o calor distribudo por todo material, fazendo com que a temperat ura se eleve mais lentamente. Os combustveis podem estar no estado slido, liquido e gasoso, sendo que a grande maioria precisa passar para o estado gasoso, para ento se combinarem o comburente e gerar uma combusto. Os combustveis apresentam caractersticas conforme o seu estado fsico, conforme vemos abaixo: Slidos Ex: Madeira, Tecido, Papel, Mato, etc. Lquidos Ex: Gasolina, lcool Etlico, Acetona, etc. Gasosos Ex: Acetileno, GLP, Hidrognio, etc. Combustveis slidos -A maioria dos combustveis no queima no estado slido, sendo necessrio transformar-se em vapores, para ento reagir com o comburente, ou ainda transformar-se em lquido para posteriormente em gases, para ento queimarem. Como exceo podemos citar o enxofre e os metais alcalinos (potssio, magnsio, clcio, etc...), que queimam diretamente no seu estado slido e merecem ateno especial como veremos mais a frente. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. Combustveis lquidos -Os combustveis lquidos, chamados de lquidos inflamveis, tm caractersticas particulares, como: .. No tem forma prpria, assumindo a forma do recipiente que as contem; -. Se derramados, escorrem e se acumulam nas partes mais baixas; -. A maioria dos lquidos inflamveis mais leves que a gua, sendo assim flutuam sobre ela; -Os lquidos derivados de petrleo tm pouca solubilidade em gua; -Na sua grande maioria so volteis (liberam vapores a temperatura menores que 20C). Combustveis gasosos -Os gases no tm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente em que est contido. Para que haja a combusto, a mistura com o comburente deve ser uma mistura ideal, isto , no pode conter combustvel demasiado (mistura rica) e nem quantidade insuficiente do mesmo (mistura pobre). Defini-se ento para cada combustvel os limite da sua mistura ideal, chamados de limites de inflamabilidade, que esto dispostos a seguir: -Limite inferior de inflamabilidade (LII) onde pode ocorrer a combusto. -Limite superior de inflamabilidade (LSI) mistura onde pode haver a combusto. a concentrao mnima de uma mistura a concentrao mxima de uma

2.3.3 -Fonte de Calor Calor uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformao de outra energia, atravs de processo fsico ou qumico. Pode ser descrito como uma condio da matria em movimento, isto , movimentao ou vibrao das molculas que compem a matria.

A energia de ativao serve como condio favorvel para que haja a reao de combusto, elevando a temperatura ambiente ou de forma pontual, proporcionando com que o combustvel reaja com o comburente em uma reao exotrmica. Ao receber calor, o combustvel se aquece at chegar a uma temperatura que comea a desprender gases (os combustveis inflamveis normalmente j desprendem gases a temperatura ambiente). Esses gases se misturam com o oxignio do ar e em contato com uma chama ou at mesmo uma centelha, d incio queima. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. A energia de ativao pode provir de vrias origens, como por exemplo: Origem nuclear. Ex.: Fisso nuclear Origem qumica. Ex.: Reao qumica(limalha de ferro + leo) Origem eltrica. Ex.: Resistncia(aquecedor eltrico) Origem mecnica. Ex.: Atrito Efeitos fisiolgicos do calor -O calor pode causar vrios danos os seres humanos, como exemplo podemos citar a desidratao, a insolao, fadiga, queimaduras e inmeros problemas no aparelho respiratrio. A exposio de uma pessoa, ao calor, por tempo prolongado, poder acarretar na morte da mesma. 2.3.4 -Comburente (Oxignio O2) o elemento que reage com o combustvel, participando da reao qumica da combusto, possibilitando assim vida s chamas e intensidade a combusto. Como exemplo de comburente podemos citar o gs cloro e o gs flor. Porm o comburente mais comum o oxignio, que encontrado na quantidade de aproximadamente 21% na atmosfera. A quantidade de oxignio ditar o ritmo da combusto, sendo plena na concentrao de 21% e no existindo abaixo dos 4%, conforme dados abaixo: Ar atmosfrico 21 % Normal Respirao do ser humano 21% Normal 16% Mnimo Combusto 13% Mnimo para chamas 04% Mnimo para brasas 2.3.5 -Reao em Cadeia A combusto uma reao que se processa em cadeia, que aps a partida inicial, mantida pelo calor produzido durante o processamento da reao. A cadeia de reaes, formada durante a combusto, propicia a formao de produtos intermedirios instveis, principalmente radicais livres, prontos a se combinarem co

m outros elementos, dando origem a novos radicais, ou finalmente, a corpos estveis. Conseqentemente, sempre teremos a presena de radicais livres em uma combusto. A estes radicais livres cabe a responsabilidade de transferir a energia necessria transformao da energia qumica em calorfica, decompondo as molculas ainda intactas e, desta vez, provocando a propagao do fogo numa verdadeira cadeia de reao. 2.4 -Produtos da Combusto Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma . Lei de Lavoisier Quando duas substncias reagem quimicamente entre si, se transformam em outras substncias. Estes produtos finais resultantes da combusto, que dependero do tipo do combustvel, normalmente so: Gs Carbnico (CO2), Monxido de Carbono (CO), Fuligem, Cinzas, Vapor d gua, mais Calor e Energia Luminosa. Dependendo do combustvel poderemos ter vrios outros produtos, inclusive txicos ou irritantes. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. Exemplos: PVC ................................................................ CO e cido Cl ordrico (HCI) Isopor e Outros Plsticos ............................... CO Poliuretano ..................................................... CO e Gs Ciandric o (HCN) Reao Qumica da Combusto A fumaa um dos produtos da combusto, sendo o resultado de uma combusto incompleta, onde pequenas partculas slidas se tornam visveis. A fumaa varia de cor conforme o ti po de combusto, como vemos a seguir: Fumaa de cor branca indica que a combusto mais completa com rpido consumo do combustvel e boa quantidade de comburente; Fumaa de cor negra combusto que se desenvolve em altas temperaturas, porm com deficincia de comburente; Fumaa amarela, roxo ou violeta presena de gases altamente txicos. Gases So o resultado da modificao qumica do combustvel, associado com o comburente. A combusto produz, entre outros, monxido de carbono (CO), dixido de carbono (CO2) e o acido ciandrico (HCN). CO2: Em alta concentrao provoca asfixia. CO: Venenoso, podendo provocar morte. Gs ciandrico: Altamente venenoso, provoca morte. 2.5 -Pontos Notveis da Combusto a) Ponto de Fulgor (Flash Point) - a temperatura mnima, na qual o corpo combustvel comea a desprender vapores, que se incendeiam em contato com uma chama ou centelh a (agente gneo), entretanto a chama no se mantm devido a insuficincia da quantidade de vapores. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio 13

Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. b) Ponto de Combusto ou Inflamao (Fire Point) - a temperatura mnima, na qual o corpo combustvel comea a desprender vapores, que se incendeiam em contato com uma chama ou centelha (agente gneo), e mantm-se queimando, mesmo com a retirada do agente gneo. c) Ponto de Ignio - a temperatura, na qual os gases desprendidos do combustvel entram em combusto apenas pelo contato com o oxignio do ar, independente de qualqu er outra chama ou centelha (agente gneo). 2.6 -Classes de incndio Classe A: So incndios que envolvem combustveis slidos comuns (geralmente de natureza orgnica), e ainda, tem como caractersticas queimar em razo do seu volume (queimam e m superfcie e profundidade) e deixar resduos fibrosos (cinzas). Classe B: So incndios envolvendo lquidos inflamveis, graxas e gases combustveis. caracterizado por no deixar resduos e queimar apenas na superfcie exposta (queimam s em superfcie ). Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. Classe C: Qualquer incndio envolvendo combustveis energizados. Alguns combustveis energizados (aqueles que no possuem algum tipo de armazenador de energia) podem s e tornar classe A ou B, se for desligado da rede eltrica. Classe D: Incndios resultantes da combusto de metais pirofricos, so ainda caracterizado pela queima em altas temperaturas e reagirem com alguns agentes extintores (principalmente a gua). Classe E: Incndios resultantes de produtos radioativos. Observao: Existe ainda uma classe de incndio ainda no normalizada no Brasil. Classe K: Incndios resultantes de leos ou gorduras animais saturadas em cozinhas, tanto residenciais ou industriais. Utiliza-se os extintores de agente mido Classe K, co m uma soluo especial de Acetato de potssio diluda em gua. . 2.7 -Causas de incndio de enorme interesse saber a origem dos incndios quer para fins legais, quer para fins estatsticos e prevencionistas. Da a importncia de preservar-se o local do incnd io, procurando no destruir possveis provas nas operaes de combate. Dessa forma, os peritos podero determinar com maior facilidade a causa do incndio. Classificao das causas de incndios Naturais Artificiais: Acidentais e Propositais Causas Naturais Quando o incndio originado em razo dos fenmenos da natureza, que agem por si s, completamente independente da vontade humana. Causas Artificiais Quando o incndio irrompe pela ao direta do homem, ou poderia ser por ele

evitado tomando-se as devidas medidas de precauo. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. a) Acidental -Quando o incndio proveniente do descuido do homem, muito embora ele no tenha inteno de provocar o acidente. Esta a causa da maioria dos incndios. b) Proposital -Quando o incndio tem origem criminosa, ou seja, houve a inteno de algum em provocar o incndio. 2.8 -Principais causas de incndio Os incndios, a no ser quando causados pela ao das intempries, so decorrentes da falha humana, material ou ambas; como veremos a seguir : 1. Brincadeira de criana 2. Exaustores, Chamin, Fogueira 3. Bales 4. Fogos de Artifcios 5. Displicncia ao cozinhar 6. Descuido com fsforo 7. Velas, lamparinas, iluminao chama aberta sobre mveis 8. Aparelhos Eletrodomsticos 9. Pontas de Cigarros 10. Vazamento de Gs Liqefeito de Petrleo (G.L.P.): 11. Ignio ou Exploso de Produtos Qumicos 12 -Instalaes Eltricas Inadequadas 13. Trabalhos de Soldagens 14. Ao Criminosa 2.9 -Propagao do incndio O incndio se propaga em virtude da transmisso do calor liberado pelo mesmo, para outra parte do combustvel ainda no incendiado, ou at mesmo para outro corpo combustvel distante, tambm no incendiado. Isto poder ocorrer sob trs formas: Conduo, Conveco e Irradiao. -Conduo a transferncia de calor de um ponto para outro de forma contnua. Esta transferncia feita de molcula a molcula sem que haja transporte da matria de uma regio para outra. o processo pelo qual o calor se propaga da chama para a mo, atra vs da barra de ferro. -Conveco a transferncia do calor de uma regio para outra, atravs do transporte de matria (ar ou fumaa). Esta transferncia se processa em decorrncia da diferena de densidade

do ar, que ocorre com a absoro ou perda de calor. O ar quente sempre subir. o processo pelo qual o calor se propaga nas galerias ou janelas dos edifcios em cha mas. -Irradiao a transferncia do calor atravs de ondas eletromagnticas, denominadas ondas calorficas ou calor radiante. Neste processo no h necessidade de suporte material n em transporte de matria. A irradiao passa por corpos transparentes como o vidro e fica bloqueada em corpos opacos como a parede. Ex: O calor propagado de um prdio para outro sem ligao fsica. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. 2.10 -Mtodos de extino Conhecido o Tringulo do Fogo, este s existir quando estiverem presentes os trs elementos constituintes nas propores definidas. Portanto, para extinguir o fogo ba sta desfazer o Tringulo, isto , retirar uma de suas pontas. Isolamento Mtodo de Extino de Incndio que consiste na retirada do Combustvel. Abafamento Mtodo de Extino de Incndio que consiste na reduo ou retirada do Oxignio. Resfriamento Mtodo de Extino de Incndio que consiste na retirada parcial do calor (diminuio da temperatura). 2.11 -Agentes extintores de incndio Existem vrios agentes extintores, que atuam de maneira especifica sobre a combusto, extinguindo o incndio atravs de um ou mais mtodos de extino j citados. Os agentes extintores devem ser utilizados de forma criteriosa, observando a sua correta utilizao e o tipo de classe de incndio, tentando sempre que possvel minimiza r os efeitos danosos do prprio agente extintor sobre materiais e equipamentos no atingi dos pelo incndio. gua - o agente extintor "universal". Como agente extintor a gua age principalmente por resfriamento e por abafamento, podendo paralelamente a este p rocesso agir por emulsificao e por diluio, segundo a maneira como empregada. Apesar de historicamente, por muitos anos, a gua ter sido aplicada no combate a incndio sob a forma de jato pleno, hoje sabemos que a gua apresenta um resultado melhor quando aplicada sob a forma de jato chuveiro ou neblinado, pois absorve c alor numa velocidade muito maior, diminuindo consideravelmente a temperatura do incndio conseqentemente extingindo-o. Quando se adiciona gua substncias umectantes na proporo de 1% de Gardinol, Maprofix, Duponal, Lissapol ou Arestec, ela aumenta sua eficincia nos c ombates a incndios da Classe A. gua assim tratada damos o nome de "gua molhada". A sua maior eficincia advm do fato do agente umectante reduzir a sua tenso superficial,

fazendo com que ela se espalhe mais e adquira maior poder de penetrabilidade, al canando o interior dos corpos em combusto. A gua apresenta excelente resultado no combate a incndios da Classe A, no podendo ser utilizado na Classe C, pois conduz corrente eltrica. Espuma uma soluo aquosa de baixa densidade e de forma contnua, constituda por um aglomerado de bolhas de ar ou de um gs inerte. Podemos ter dois tipos clssicos de espuma: Espuma Qumica e Espuma Mecnica. Espuma Qumica - resultante de uma reao qumica entre uma soluo composta por "gua, sulfato de alumnio e alcauz" ou composta por "gua e bicarbonato d e sdio" (est entrando em desuso, por vrios problemas tcnicos). Espuma Mecnica porcentagem (1% a mistura, ao ser e 10 a 100 vezes) - formada por uma mistura de gua com uma pequena a 6%) de concentrado gerador de espuma e entrada forada dear. Ess submetida a uma turbulncia, produz um aumento de volume da soluo (d formando a Espuma.

Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. Como agente extintor a espuma age principalmente por abafamento, tendo uma ao secundria de resfriamento, face a existncia da gua na sua composio. Existem vrios tipos de espuma que atendem a tipos diferentes de combustveis em chamas. Alguns t ipos especiais podem atender uma grande variedade de combustveis. A Espuma apresenta excelente resultado no combate a incndios das Classes A e B, no podendo ser utilizado na Classe C, pois conduz corrente eltrica. P qumico seco (PQS) - um grupo de agentes extintores de finssimas partculas slidas, e tem como caractersticas no serem abrasivas, no serem txicas, mas pode provocar asfixia se inalado em excesso. Tambm no conduz corrente eltrica, mas tem o inconveniente de contaminar o ambiente sujando-o, podendo danificar inclus ive equipamentos eletrnicos. Desta forma, deve-se evitar sua utilizao em ambiente que possua estes equipamentos no seu interior e ainda dificultando a visualizao do amb iente. Atua por abafamento e quebra da reao em cadeia (assunto no abordado nesse manual). Os PQS so classificados conforme a sua correspondncia com as classes de incndios, conforme as seguintes categorias: P ABC composto a base de fosfato monoamnico, sendo chamado de polivalente, pois atua nas classes A, B e C; P BC base de bicarbonato de sdio ou de potssio, indicados para incndios classes B e C; P D usado especificamente na classe D de incndio, sendo a sua composio variada, pois cada metal pirofrico ter um agente especifico, tendo por base a graf ita misturada com cloretos e carbonetos. Dixido de Carbono (CO2 -Gs Carbnico) - um gs incombustvel, inodoro, incolor, mais pesado que o ar, no txico, mas sua ingesto provoca asfixia. Atua por abafamento, dissipa-se rapidamente quando aplicado em locais abertos. No conduz corrente eltrica, nem suja o ambiente em que utilizado. O Dixido de Carbono apresenta melhor resultado no combate a incndios das Classes B e C. Na Classe A apaga somente na superfcie. 2.12 -Extintor de Incndio Porttil Geralmente, o gs propelente est acondicionado junto com a carga extintora (gua,

p qumico, espuma mecnica), mantendo o aparelho pressurizado permanentemente ou pressurizando o mesmo no momento da utilizao. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica.

Dados Tcnicos 1) 2) 3) 4) Mangueira c/ Esguicho 5) Tubo Sifo Gatilho 6) Recipiente Ala para transporte 7) Manmetro Pino de Segurana 8) Difusor

Tcnicas de Utilizao Identifique o Extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manmetro se est carregado. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurana. Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido anti-horrio (quando for extintor a pressurizar) e aperte o gatilho, rapidamente, a fim de confirmar o agente extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da tra jetria da tampa, caso esta seja projetada mediante o aumento da presso no interior do apare lho. Transporte o Extintor at prximo do local sinistrado. Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma d e "ziguezague" horizontal. Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. 3.0 INSTALAES ELTRICAS EM REAS CLASSIFICADAS OU POTENCIALMENTE EXPLOSIVAS (EX) 3.1 Atmosfera explosiva Mistura explosiva de gases, vapores, poeiras inflamveis e ar sob determinadas condies de concentrao, temperatura e presso. 3.2 -reas Classificadas (EX) rea Classificada todo aquele espao ou regio tridimensional onde pode ocorrer presena de gases e lquidos inflamveis, que podem formar uma atmosfera inflamvel (explosiva). Tais atmosferas explosivas podem surgir em torno de equipamentos e instalaes de produo onde gases, lquidos e poeiras inflamveis so armazenados, processados ou manuseados. 3.3 Risco de exploso O risco de ignio de uma atmosfera existe se ocorrer simultaneamente: -A presena de uma substncia inflamvel (em condies de operao normal ou anormal); -A substncia inflamvel encontra-se em um estado tal e em quantidade suficiente para formar uma atmosfera explosiva; -Existe uma fonte de ignio com energia eltrica ou trmica suficiente para causar a ignio da atmosfera explosiva; -Existe a possibilidade da atmosfera explosiva alcanar a fonte de ignio. 3.4 Limites de inflamabilidade Faixa de concentrao da mistura gs/vapor da substncia inflamvel com O2 na qual pode ocorrer combusto. Geralmente expressa em percentual por volume, referid as a 20C e a presso de 1 bar. LIMITE INFERIOR DE INFLAMABILIDADE (LII) -mistura pobre. Pouco produto inflamvel e muito oxignio. FAIXA DE INFLAMABILIDADE -mistura ideal. Relao volumtrica oxignioproduto inflamvel LIMITE SUPERIOR DE INFLAMABILIDADE (LSI) -mistura rica. Muito produto inflamvel e pouco oxignio.

HIDROGNIO: LEL = 4,0% UEL = 75,6% PROPANO: LEL = 2,0% UEL = 9,5% Disciplina: Higiene, Segurana do Trabalho e Combate a incndio Professor: Marcio Fanchiotti

Habilitao profissional de Tcnico em: Enfermagem, Segurana do Trabalho, Radiologia, Meio Ambiente, Automao e Qumica. 3.5 Classe de temperatura Utiliza-se sempre como referncia a temperatura de ignio espontnea da substncia inflamvel, sem que lhe seja aplicada chama. Este parmetro limita a mxima temperatura de superfcie que pode ser desenvolvida por um equipamento. Classes de temperatura dos equipamentos: T1 (450 C); T2 (300 C); T3 (200 C); T4 (135 C); T5 (100 C); T6 (85 C) Se temos: Ts = Temperatura mxima na superfcie do equipamento em operao/informao marcada na placa do equipamento Tig = Temperatura de Auto ignio do Gs Sempre teremos que ter a seguinte condio: Ts