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SEGURANÇA QUÍMICA E BIOLÓGICA EM LABORATÓRIOS OBJETIVO Identificar riscos nos ambientes de trabalho Solicitar medidas para reduzir, até eliminar e/ou neutralizar os riscos existentes Prevenir acidentes Orientar colegas quanto à prevenção de acidentes - SAST SETOR DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 1

Apostila UFMG Seguranca Quimica e Biologica

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OBJETIVO

SEGURANA QUMICA E BIOLGICA EM LABORATRIOS

OBJETIVO

Identificar riscos nos ambientes de trabalho

Solicitar medidas para reduzir, at eliminar e/ou neutralizar os riscos existentes

Prevenir acidentes

Orientar colegas quanto preveno de acidentes

INTRODUO

A segurana em laboratrios visa a tornar as atividades e postos de trabalhos tpicos deste ambientes mais seguros, a partir do conhecimento por parte de seus usurios, dos principais riscos ambientais existentes e quais os procedimentos de segurana e medidas preventivas e/ou mitigadoras a serem adotadas para preservao da sade dos servidores que atuam nas suas instalaes ou se envolvem com as suas atividades.

Devemos lembrar que trabalhos em laboratrios no so, necessariamente, perigosos, desde que os usurios do laboratrio cumpram diretrizes e recomendaes, quais sejam:

- A segurana no trabalho depende da ao e dos esforos de todos, inclusive de voc;

- Ponha em prtica tudo aquilo que aprendeu sobre segurana e preveno de riscos ao executar suas tarefas por mais simples que estas sejam;

- Verificao diria das condies dos equipamentos, dispositivos, aparelhos, materiais, bancadas, EPC/EPI

- Sempre que necessrio consulte as fichas de informaes tcnicas, de segurana e emergncia dos produtos qumicos que ir utilizar ou que podero ser formados a partir de misturas ou raes fsico-qumicas.

O diversificado comportamento das doenas infecciosas acarreta a discusso das condies nas instituies.

O profissional est exposto a riscos biolgicos e qumicos. Minimiza a exposio adequao das instalaes e a capacitao tcnica.

A avaliao correta dos riscos define os critrios e as aes que visa a minimizao os riscos que podem comprometer a sade do homem, meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

A Biossegurana uma rea de conhecimento nova. O Brasil um dos pases com maior nmero de leis.

O objetivo principal da biossegurana criar um ambiente que promova a conteno do risco.

A conteno pode ser primria ou secundria.

A primria o uso de vacinas, EPC e EPI. A secundria a estrutura fsica do local de trabalho, rotinas (limpeza e desinfeco de artigos, superfcies) descartes de resduos.

Tem que haver um plano de educao fundamentado nas normas nacionais e internacionais quanto ao transporte, conservao e manipulao de microorganismos patognicos e agentes qumicos.

Todas as atividades apresentam riscos. A proteo da sade uma obrigao moral. Para isto so necessrias informaes, responsabilidade, educao e conhecimento das leis. A segurana um direito e obrigao individual.

O laboratrio um ambiente hostil, onde convivem simultaneamente equipamentos, reagentes, solues, microorganismos, pessoas, papis, livros, amostras entre outros.

Um ambiente organizado e disciplinado favorece a credibilidade.

No existe a possibilidade de trabalhos sem risco e sempre estamos expostos a acidentes. Da a utilizao de normas de segurana.

A sade um direito de todos. Devemos ento, trabalhar em condies dignas e saudveis. Os processos de qualidade contribuem para organizao e disciplina e segurana no trabalho.

Finalmente, o usurio de laboratrio deve sempre adotar atitude atenciosa, cuidadosa e metdica no que faz.

PROJETO E LAY-OUT DE LABORATRIOS

A montagem de um laboratrio deve incluir todos os requisitos de segurana. Mesmo detalhes devem ser previstos no projeto inicial, evitando-se futuras e indesejveis alteraes na montagem final. Assim, itens como topografia do terreno, orientao solar, ventos, segurana do edifcio e do laboratorista, situao e tipo de bancadas, capelas, estufas, muflas; o tipo do piso e sua cor, material de revestimento das paredes e sua cor, iluminao artificial e ventilao devem ser especificadamente dirigidas ao tipo de laboratrio que se quer construir.

Deve ser dada nfase na construo e, separado do almoxarifado para armazenamento de substncias qumicas, para que estas sejam conservadas no laboratrio, evitando o congestionamento das bancadas e possveis acidentes. Deve ser dada prioridade absoluta segurana.

Qualquer tipo de trabalho envolvido pelo laboratrio, algumas precaues bsicas de segurana sero certamente necessrias. Entre elas, um sistema de ventilao corretamente projetado e com manuteno peridica. As capelas e coifas devem ficar convenientemente situadas para assegurar que as operaes perigosas no sejam desenvolvidas em bancadas abertas.

A montagem do laboratrio deve incluir proteo contra incndios apropriada para produtos qumicos perigosos. Os arranjos para aquecimento devem evitar, sempre que possvel, a utilizao de queimadores de gs, que tm chama aberta. A utilizao de bandejas retm lquidos inflamveis derramados e impedir que escapem para um local onde haja risco de se inflamar. As portas devem abrir para fora e o nmero de sadas de emergncia deve ser proporcional ao risco do local.

rea quente

a parte do laboratrio onde esto localizadas as capelas, muflas, estufas, mantas de aquecimento, maaricos e bicos de Bunsen. A permanncia ali deve ser restrita ao menor espao de tempo possvel.

rea de armazenagem

Este setor do laboratrio, onde esto posicionados os armrios contendo substncias qumicas, deve estar afastado da parte operacional do laboratrio. As substncias devem ser separadas por espcie qumica:

a) um armrio para substncias slidas e lquidas no inflamveis (mas corrosivas). Os slidos devem ser colocados nas prateleiras superiores e os cidos nas inferiores. Esta disposio impede que os vapores cidos entrem em contato com os slidos e possam causar reaes indesejveis;

b) um armrio para armazenagem de solventes, com construo resistente ao fogo;

c) um armrio para venenos, como cianetos ou compostos de arsnico, que deve ser mantido fechado a chave, a qual deve ficar em poder do responsvel pelo laboratrio.

Alm dos descritos acima, tem-se um armrio para resduos. Deve-se ter o mximo empenho para no transformar as bancadas em armrios. Uma vez usada a substncia qumica pura, seu frasco deve retornar ao armrio original e nunca deixado sobre a bancada.

Piso e paredes

O piso deve ser construdo com material resistente tanto mecnica como quimicamente. No deve haver diferena de nvel no piso.

As paredes devem ser revestidas com material resistente quimicamente e oferecer facilidade de limpeza. Devem ser claras, de cores repousantes e foscas, para impedir ofuscamento.

Portas e janelas

Deve ter no mnimo duas portas no laboratrio, afastadas o mais possvel entre si, e abrindo sempre para fora.

O laboratrio tem a necessidade de ser um local convenientemente iluminado e possuir correto arejamento, razo pela qual suas janelas devem ser bem projetadas e providas de sistema de controle de raios solares. Sob nenhuma hiptese devero ser instaladas cortinas.

Bancadas

As bancadas devem estar posicionadas de forma que a luz natural incida nelas lateralmente, e assim, o laboratorista no ter luz incidindo diretamente nos seus olhos, ou se trabalhar de costas para as janelas, no projetar sombra bancada. A distncia entre as bancadas importante, para permitir livre passagem ou trfego de carrinhos de vidraria.

Chuveiro e lavador de olhos

Devem ser posicionados junto s capelas e o mais prximo possvel das sadas, para que haja um atendimento de primeiro socorro afastado da rea contaminada

Extintores de incndio

Devem ser instalados extintores de incndio na quantidade necessria e adequados aos tipos de riscos de incndio do local. Devem ser posicionados em locais visveis, desobstrudos e de fcil acesso.

SEGURANA E RISCOS EM LABORATRIOS QUMICOS/BIOLGICOS

Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da atividade que neles so desenvolvidas, um ou mais fatores ou riscos que, dentro de certas condies, iro causar danos sade pessoal. Chamam-se esses fatores, RISCOS.Os riscos exigem a observao de certos cuidados e a tomada de medidas corretivas nos ambientes, para se evitar o aparecimento das chamadas doenas do trabalho.

Os riscos dividem-se em cinco grupos: riscos qumicos, riscos fsicos, riscos biolgicos, riscos de acidentes e riscos ergonmicos.

Conceito de Risco

o produto entre a probabilidade de ocorrncia do evento indesejvel e a magnitude do dano por ele causado.

Tambm pode ser definido pela razo entre o potencial de gerar eventos indesejveis e as medidas mitigadoras.

Riscos Qumicos

Os riscos qumicos so representados por um grande nmero de substncias que podem contaminar o ambiente de trabalho.

Os agentes qumicos so encontrados nas formas gasosa, liquida e slida e, quando absorvidos pelo nosso organismo, produzem, na maioria dos casos, reaes que so chamadas de venenosas ou txicas.

H trs vias bsicas de penetrao dos txicos no corpo humano:

* via respiratria

* via cutnea

* via digestiva

Um agente qumico absorvido, tanto pela via respiratria, cutnea ou digestiva, pode depositar-se em qualquer rgo do corpo humano.

Via Respiratria

Nas operaes de transformao de um produto original pelo processamento industrial dispersam na atmosfera substncias, tais como: gases, vapores, nvoas, gotculas, fumos, poeiras, fumaas, etc.Esses elementos penetram no organismo pela via respiratria atingindo desde as vias areas superiores at os alvolos e o tecido conectivo pulmonar, criando caso de asma, bronquites, pneumoconioses (alterao da capacidade respiratria, devido inalao de poeiras).

Via Cutnea

A pele tem vrias funes e entre elas a principal a proteo contra as agresses externas. Entretanto, h vrios grupos de substncias qumicas que penetram, principalmente, pelos poros; desta maneira, algumas substncias e vapores tm o poder de fixar-se no tecido adiposo subcutneo.

Uma vez absorvida, a substncia txica entra na circulao sangnea, provocando alteraes, as quais podero criar quadros de anemia, alteraes nos glbulos vermelhos e problemas na medula ssea.O fgado, por exemplo, tem propenso a assimilar o chumbo, mercrio, arsnico, etc.

O benzeno fixa-se na medula ssea e pode provocar leucemia.

A substncia, uma vez fixada no rgo de afinidade, inicia os distrbios no organismo, levando, muitas vezes, a srios prejuzos sade.

Via Digestiva

Normalmente, a ingesto de substncia txicas pode ser considerada um caso acidental.Desta maneira, poucos so os casos de doenas profissionais citados dentro dessas condies.

Os poucos casos encontrados so de manifestao dentria, da mucosa ao longo do tubo digestivo e do fgado. Certos hbitos, tais como roer as unhas ou limp-las com os dentes so as principais causas de ingesto de substncias txicas.

Mediante estas informaes, podemos dizer que nem todo produto ou agente presente no ambiente ir causar, obrigatoriamente, um dano sade. Para que isto ocorra, preciso que haja uma inter-relao entre os fatores a saber:

tempo de exposio;

* a concentrao do contaminante no ambiente;

* o quanto a substncia txica;

* a forma em que o contaminante se encontra;

* a possibilidade de absoro das substncias.

Os principais efeitos dos riscos qumicos no organismo so:

* irritao - dos olhos, do nariz, da garganta, dos pulmes, da pele;* asfixia - falta de oxignio no organismo;* intoxicao - pode ser causada tanto por inalao como por contato com a pele ou ingesto acidental do txico, que pode estar na forma lquida, slida ou gasosa;* anestesia - uma ao sobre o sistema nervoso central causando estado de sonolncia ou tonturas;* pneumoconiose - uma alterao da capacidade respiratria devido a alterao nos pulmes da pessoa.ROTULAGEM - SMBOLOS DE RISCO

Facilmente Inflamvel (F)

Classificao: Determinados perxidos orgnicos; lquidos com pontos de inflamao inferior a 21oC, substncias slidas que so fceis de inflamar, de continuar queimando por si s; liberam substncias facilmente inflamveis por ao de umidade.

Precauo: Evitar contato com o ar, a formao de misturas inflamveis

gs-ar e manter afastadas de fontes de ignio.

Extremamente inflamvel (F+)

Classificao: Lquidos com ponto de inflamabilidade inferior a 0o C e o ponto mximo de ebulio 35oC; gases, misturas de gases (que esto presentes em forma lquida) que com o ar e a presso normal podem se inflamar facilmente.

Precaues: Manter longe de chamas abertas e fontes de ignio.

Txicos (T)

Classificao: A inalao, ingesto ou absoro atravs da pele,

provoca danos sade na maior parte das vezes, muito graves ou mesmo a morte.

Precauo: Evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com produtos cancergenos, teratognicos ou mutagnicos.

- Cloreto de acetila

- Bromo

- Alquil e arilnitrilas

- Bromometano

Benzeno

- Dissulfito de Carbono

- Brometo e cloreto de benzila

- Sulfato de metila

- cido fluorbrico

- Sulfato de dietila

- Cloridrina etilnica

- Acroleina.

Muito Txico (T+)

Classificao: A inalao, ingesto ou absoro atravs da pele, provoca danos sade na maior parte das vezes, muito graves ou mesmo a morte.

Precauo: Evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com produtos cancergenos, teratognicos ou mutagnicos. Compostos Altamente Txicos

So aqueles que podem provocar rapidamente, graves leses ou at mesmo a morte.

- Compostos arsnicos

- Cianetos Inorgnicos

- Compostos de mercrio

- cidos oxlico e seus sais

- Selnio e seus complexos

- Pentxido de vandio

- Monxido de carbono

- Cloro, Flor, Bromo, Iodo

Corrosivo ( C )

Classificao: por contato, estes produtos qumicos destroem o tecido vivo, bem como vesturio.

Precauo: No inalar os vapores e evitar o contato com a pele, os olhos e vesturio.

Oxidante (O)

Classificao: Substncias comburentes podem inflamar substncias combustveis ou acelerar a propagao de incndio.

Precauo: Evitar qualquer contato com substncias combustveis. Perigo de incndio. O incndio pode ser favorecido dificultando a sua extino.

Nocivo (Xn)

Classificao: Em casos de intoxicao aguda (oral, dermal ou por

inalao), pode causar danos irreversveis sade.

Precauo: Evitar qualquer contato com o corpo humano, e observar cuidados especiais com produtos cancergenos, teratognicos ou mutagnicos.

Compostos Potencialmente Nocivos por Exposio Prolongada

a) Brometos e cloretos de alquila: Bromometano, bromofrmio, tetracloreto de carbono, diclorometano, iodometano.

b) Aminas alifticas e aromticas: anilinas substitudas ou no dimetilamina, trietilamina, diisopropilamina.

c) Fenis e compostos aromticos nitrados: Fenis substitudos ou no cresis, catecol, resorcinol, nitrobenzeno, nitrotolueno.

Irritante (Xi)

Classificao: Este smbolo indica substncias que podem desenvolver uma ao irritante sobre a pele, os olhos e as vias respiratrias.

Precauo: No inalar os vapores e evitar o contato com a pele e os olhos.

Explosivo (E)

Classificao: Este smbolo indica substncias que podem explodir sob determinadas condies.

Precauo: Evitar atrito, choque, frico, formao de fasca e ao do calor.

Risco Biolgico

Um risco biolgico um organismo, ou substncia oriunda de um organismo que traz alguma ameaa (principalmente) sade humana. Constituem risco biolgico o lixo hospitalar, amostras de microorganismos, vrus ou toxinas de origem biolgica que causam impacto na sade humana. Pode incluir tambm substncias danosas a animais.Na Norma Regulamentadora 32 NR 32, do Ministrio do Trabalho e Emprego, so listados 629 agentes biolgicos com a classificao a seguir:ALRGICOS 16, ONCOGNICOS (-) 20, ONCOGNICOS (+) 5, PRODUZEM TOXINAS 4, OPORTUNISTAS 73, SO TRASMITIDOS PELO AR 21. Tm VACINAS 29.550 podem causar doenas mas tem tratamento ou profilaxia.

57 podem causar doenas e nem sempre existem medicamentos eficazes.

22 causam doenas e no tm tratamento .DIAGRAMA DE HOMMEL

RISCOS SADE:

4 Letal

3 Muito perigoso

2 Perigoso

1 Risco leve

0 Material normal

INFLAMABILIDADE - Ponto de Fulgor

4 - Gases inflamveis, lquidos muito volteis (Ponto deFulgorabaixo de 23C)

3 - Substncias que entram em ignio atemperatura ambiente (Ponto de Fulgorabaixo de 38C)

2 - Substncias que entram em ignio quando aquecidas moderadamente (Ponto de Fulgorabaixo de93C)

1 -Substncias que precisam ser aquecidas paraentrar emignio (Ponto de Fulgor acima de 93C)

0 - Substncias que no queimam

REATIVIDADE:

4 Pode explodir

3 Pode explodir com choque mecnico ou calor

2 Reage violentamente

1 Instvel se aquecido

0 Estvel

RISCOS ESPECFICOSOXY Oxidante

ACID cido

ALK lcali (Base)

COR Corrosivo

W No misture com gua

- Radioativo

Definio: A libertao dessa substncia no meio ambiente pode provocar danos ao ecossistema a curto ou longo prazo

Manuseio: devido ao seu risco em potencial, no deve ser liberado em encanamentos, no solo ou no ambiente. Tratamentos especiais devem ser tomados.Riscos Fsicos

Os riscos fsicos so representados pelo ambiente de trabalho tais como, iluminao, vibrao, radiao, rudo, calor, radiaes ionizantes, no ionizantes e frio que, de acordo com as caractersticas do posto de trabalho, podem causar danos sade.

Podemos acrescentar as chamadas RADIAES ULTRAVIOLETAS - que esto presentes, principalmente, nas operaes de fuso de metais a alta temperatura, nos casos de solda eltrica, etc. Como os seus efeitos so trmicos, podem provocar queimaduras, inflamao nos olhos (casos de conjuntivite), conforme o tempo de exposio. Alm das radiaes ultravioletas, temos tambm as RADIAES IONIZANTES, que podem provocar anemias, leucemia e at outros tipos de cncer, os quais podem ser genticos. Estas doenas podem ser provenientes de aparelhos especiais e materiais radioativos, tais como: radiografias industriais de controle, aparelhos de raios-x.

Riscos Biolgicos

So os microorganismos presentes no ambiente do trabalho que podem trazer doenas de natureza moderada e, mesmo, graves. Eles se apresentam invisveis a olho nu (so visveis somente ao microscpio).

Exemplos: bactrias, bacilos, vrus, fungos, parasitas, helmintos, e outros.

Esses agentes podem estar presentes no ambiente laboratorial, veiculados sob diversas formas que oferecem risco biolgico, tais como aerossis, poeira, alimentos, instrumentos de laboratrio, gua, culturas, amostras biolgicas (sangue, fezes, urina, escarro, secrees) entre outros.

A manipulao de materiais biolgicos, principalmente os que so potencialmente contaminantes no ser humano, deve ser realizada tomando-se vrias precaues: limpeza, desinfeco, esterilizao, descontaminao, anti-sepsia. (vide anexo)

Todos esto sujeitos contaminao por esse agentes, seja em decorrncias de ferimentos, seja pela presena de colegas doentes ou por contaminao alimentar.

Por exemplo:

nos ferimentos podem ocorrer, entre outras, a infeco por ttano que pode at matar o servidor;

os colegas podem trazer para o ambiente de trabalho os micrbios que causam hepatite, tuberculose, micoses das unhas e da pele;

Para preveno, deve-se adotar as seguintes medidas:

vacinao;

rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de trabalho;

controle mdico permanente;

AS QUATRO CLASSES DE RISCOS CONHECIDAS.

CLASSE 1

Risco individual e para a comunidade ausente ou muito baixo (microorganismos que no provocam doenas graves, ex. Bacillus cereus);

CLASSE 2

Risco individual moderado, baixo risco para a comunidade (microorganismos patognicos mas que no representam risco grave para os laboratoristas, ex. Schistossoma mansoni);

CLASSE 3

Alto risco individual, baixo risco para a comunidade (microorganismos patognicos que causam doena grave, mas que no se propagam de um indivduo para outro, ex. Mycobacterium tuberculosis e HIV);

CLASSE 4

Elevado risco individual e para a comunidade (microorganismos que causam doena grave, podendo ser facilmente transmitidos de um indivduo para outro, ex. vrus Ebola).

Para cada classe de agente manipulado estabelecido um nvel de biossegurana ou de conteno correspondente. Os nveis de biossegurana so determinados por rotinas de laboratrio, equipamentos de segurana coletiva e individual e medidas de conteno especficas.

Relao entre os grupos de risco e os nveis de biossegurana,

de funcionamento e de equipamento

Grupos de RiscoNveis de BiosseguranaExemplos de LaboratrioRotinas de LaboratrioEquipamentos de Segurana

1Nvel Bsico 1Ensino BsicoBoa tcnica de Microbiologia (BMT)Nenhum, trabalho em mesa aberta

2Nvel Bsico 2Posto de Sade, de primeira linha; Hospital de nvel primrio; Diagnstico; Ensino e Sade PblicaBMT mais roupas de proteoTrabalho em mesa aberta, alerta indicando risco biolgico mais cabine de segurana (CBS) para os possveis aerossis perigosos

3Conteno Nvel 3 de BiosseguranaDiagnstico especialAs mesmas do Nvel-2 mais roupas especiais, controle de acesso mais fluxo de ar direcionadoCBS classe II e/ou outro meio de conteno primria para todas as atividades

4Conteno mxima Nvel-4 de BiosseguranaUnidade de Microorganismos patognicos perigososAs mesmas do Nvel-3 mais entrada hermeticamente fechada, chuveiro na sada e tratamento especial do lixoCBS classe III ou roupas com presso positiva, autoclave de duas extremidades, filtrao do ar

RISCOS DE ACIDENTES

So aqueles presentes no ambiente de trabalho capazes de provocar danos pessoais e/ou materiais por meio de operao inadequada.

Exemplos de riscos de acidentes:

* arranjo fsico inadequado;

* mquinas e equipamentos sem proteo;

* iluminao inadequada;

* eletricidade;

* animais peonhentos;

* probabilidade de incndio ou exploso.

Iluminao

A m iluminao ou o excesso de iluminao, alm de interferncia na qualidade final do servio e criar situaes de emergncia das quais provm as ocorrncias de acidentes, causa, tambm, a reduo da capacidade visual, devido ao esforo de fixao da imagem contraste nos casos de excesso de iluminao.

RISCOS ERGONMICOS

Um ambiente de trabalho saudvel no apenas aquele onde o servidor no corre o risco de se acidentar ou adquirir uma doena. Um trabalho adequado e adaptado ao homem aquele em que o servidor pode desempenhar as suas tarefas com conforto. E mais, o trabalho deve ser um meio no s de sobrevivncia, mas de desenvolvimento das potencialidade e da criatividade das pessoas.

Exemplos de riscos ergonmicos:* posturas incorretas;

* tenses emocionais;

* jornadas prolongadas de trabalho;

* monotonia;

* repetitividade, responsabilidade;

* conflitos.

DEFINIO DE LIMITE DE TOLERNCIA:

a intensidade dos riscos fsicos ou concentrao dos riscos qumicos, sob os quais acredita-se que a maioria dos servidores pode ficar exposta, sem sofrer efeitos sade durante a sua vida laboral.

Deve ser observado que a definio descrita acima envolve a maioria dos servidores..., descartando aqueles que so hipersuscetveis.

Estes limites tm por objetivo garantir a proteo da sade, mas o seu carter no absoluto, refletindo unicamente, o estado em que se encontram os conhecimentos em um dado momento.

Eles so baseados na melhor informao disponvel, proveniente da experincia industrial e de estudos experimentais com animais.

INSALUBRIDADE

Insalubre algo que faz mal ou prejudica a sade.

A palavra insalubridade se popularizou no meio trabalhista a partir do adicional de insalubridade. Este adicional um direito previsto no Decreto-Lei n 1873 de 17/05/81 que assegura o pagamento de uma quantia extra para os funcionrios expostos a condies de trabalho insalubres. Na Norma Regulamentadora 15 (NR-15) esto definidas as condies ou situaes de trabalho nas quais os funcionrios tm direito a receber este adicional.

Pelo artigo n 189 da CLT Sero consideradas atividades ou operaes insalubres aquelas que, por sua natureza, condies ou mtodos de trabalho, exponham os servidores a agentes nocivos sade, acima dos limites de tolerncia fixados em razo da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposio aos seus efeitos.

Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substncias txicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.

O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade dever optar por um deles.

O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminao das condies ou dos riscos que deram causa a sua concesso.

Haver permanente controle da atividade de servidores em operaes ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.

A servidora gestante ou lactante ser afastada, enquanto durar a gestao e a lactao, das operaes e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em servio no penoso e no perigoso.

Na concesso dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, sero observadas as situaes estabelecidas em legislao especfica.

O adicional de atividade penosa ser devido aos servidores em exerccio em zonas de fronteira ou em localidades cujas condies de vida o justifiquem, nos termos, condies e limites fixados em regulamento.

Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substncias radioativas sero mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiao ionizante no ultrapassem o nvel mximo previsto na legislao prpria.

Os servidores a que se refere este artigo sero submetidos a exames mdicos a cada 6 (seis) meses.Fonte: http://www.ufmg.br/prorh/dap/legislacao-de-pessoal/adicional-de-insalubridade/PERICULOSIDADE

So consideradas atividades ou operaes perigosas aquelas que, por sua natureza ou mtodo de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamveis ou explosivos em condies de risco acentuado e as constantes dos anexos 1 e 2 da Norma Regulamentadora n 16 (NR-16).

Tambm so consideradas atividades ou operaes perigosas constantes no Decreto n 93412 de 14/10/86 que instituiu o salrio adicional para servidores do setor de energia eltrica, em condies de periculosidade.

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

uma vantagem pecuniria, de carter transitrio, concedida ao servidor que trabalhe com habitualidade em atividades ou operaes perigosas, expondo a sade em risco.

REQUISITOS BSICOS1. Trabalhar com habitualidade em condies de risco acentuado;

2. Exercer atividades ou operaes, que por sua natureza ou mtodos de trabalho, implique o contato permanente com inflamveis ou explosivos, energia eltrica em situaes de risco, bem como em reas de risco.

DOCUMENTAOLaudo Tcnico emitido pelo SAST/SEST.

FORMULRIO DAP 008u

INFORMAES GERAISSo equipamentos ou instalaes eltricas em situao de risco aqueles de cujo contato fsico ou exposio aos efeitos de eletricidade possam resultar incapacitao, invalidez permanente ou morte. (Art. 2, 2 do Dec. 93.412/86).

Alm do vencimento e das vantagens previstas em Lei, ser deferido ao servidor o adicional pelo exerccio de atividades perigosas. (Art. 61, inc. IV da Lei n. 8.112/90 com a nova redao dada pela Lei n. 9.527/97).

O adicional de periculosidade corresponde ao percentual de 10% (dez por cento), calculado sobre o vencimento do cargo efetivo do servidor. (Art. 12, inc. II e 3 da Lei n 8.270/91 e art. 5, 2, inc. II da ON n. 2/2010).

Considera-se exposio habitual aquela em que o servidor submete-se a circunstncias ou condies insalubres e perigosas como atribuio legal do seu cargo por tempo superior a metade da jornada de trabalho semanal. (Art. 5, & 3 da ON SRH/MPOG n. 2/2010).

Considera-se exposio permanente aquela que constante, durante toda a jornada laboral e prescrita como principal atividade do servidor. (Art. 5, & 4 da ON SRH/MPOG n. 02/2010).

A caracterizao da periculosidade, nos locais de trabalho, respeitar as normas estabelecidas para os trabalhadores em geral. (Art. 2 da ON SRH/MPOG n. 2/2010).

O servidor somente poder receber um adicional de insalubridade, de periculosidade, de irradiao ionizante ou gratificao por trabalhos com Raios-X ou substncias radioativas. (Art. 5, & 1 da ON SRH/MPOG n. 2/2010).

O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade dever optar por um deles. (Art. 68, &1 da Lei n. 8.112/90).

A partir de 01/01/1991, o adicional de periculosidade percebido pelo exerccio de atividades nucleares foi mantido a ttulo de vantagem pessoal, nominalmente identificada, e sujeita aos mesmos percentuais de reviso ou antecipao dos vencimentos. (Art. 12, 4 da lei n. 8.270/91).

Uma vez constatada a prestao de servios em condies de perigo, configura-se o direito percepo do correspondente adicional, independentemente se o servidor est ou no investido em funo de confiana. (Parecer COLEPE/SPC/DASP n. 301/83).

O pessoal contratado por tempo determinado para atender necessidade temporria de excepcional interesse pblico, tais como o professor substituto, professor visitante e professor e pesquisador visitante estrangeiro fazem jus ao adicional de periculosidade, desde que cumpra os requisitos legais para a concesso desse adicional. (Art. 11 da Lei n. 8.745/93).

A caracterizao e a justificativa para concesso do adicional de periculosidade, quando houver exposio permanente ou habitual a agentes fsicos ou qumicos, dar-se-o por meio de laudo tcnico elaborado nos limites de tolerncia mensurados, nos termos das Normas Regulamentadoras n. 15 e nos critrios da Norma Reguladora n. 16, previstas na Portaria do Ministrio do Trabalho e Emprego n. 3.214, de 08 de junho de 1978, bem como o estabelecido nos Anexos II e III da Orientao Normativa n. 2, de 19 de fevereiro de 2010, publicada no DOU de 22/02/10. (Art. 7 da ON n. 2/2010).

O laudo tcnico dever ser preenchido por profissional competente, bem como preencher os seguintes requisitos: local de exerccio do trabalho, tipo de trabalho realizado, tipo de risco, agente nocivo sade (motivo), tolerncia conhecida/tempo, medio efetuada/tempo, grau de risco, adicional a ser concedido, medidas corretivas, e profissional responsvel pelo laudo. (Art. 8 da ON SRH/MPOG n. 2/2010).

Entende-se por profissional competente para avaliao da exposio e emisso do laudo tcnico previsto no item anterior, o ocupante do cargo pblico, na esfera federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, de mdico com especializao em medicina do trabalho ou engenheiro e arquiteto com especializao em segurana do trabalho. (Art. 8, & 1 da ON SRH/MPOG n. 2/2010).

O laudo para a concesso do adicional no ter prazo de validade, devendo ser refeito sempre que houver alterao dos riscos presentes. (Art. 8, 2 da ON n 02/2010).

O laudo tcnico dever considerar a situao individual de trabalho do servidor. (Art. 8, & 3 da ON SRH/MPOG n. 2/2010).

Compete ao profissional responsvel pela emisso do laudo tcnico caracterizar e justificar a condio ensejadora dos adicionais ocupacionais. (Art. 8, & 4 da ON SRH/MPOG n. 2/2010).

A execuo do pagamento do adicional de periculosidade ser feita pelo Departamento de Administrao de Pessoal, com base no laudo tcnico expedido por autoridade competente. (Art. 9 da ON SRH/MPOG n 02/2010).

O adicional de periculosidade ser concedido vista de portaria de localizao do servidor no local periciado ou portaria de designao para executar atividade j objeto de percia. (Art. 4 do Decreto n. 97.458/89).

Para fins de pagamento do adicional, ser observado a data da portaria de localizao, concesso, reduo ou cancelamento, para ambientes j periciados e declarados perigosos, que devero ser publicadas em boletim de pessoal ou de servio. (Art. 9, nico da ON SRH/MPOG n 2/2010).

Haver permanente controle da atividade de servidores em operaes ou locais considerados perigosos. (Art. 69 da Lei n. 8.112/90).

A servidora gestante ou lactante ser afastada, enquanto durar a gestao e a lactao, das operaes e locais considerados perigosos, exercendo suas atividades em local salubre e em servio no penoso e no perigoso. (Art. 69, nico da Lei n 8.112/90).

Uma vez afastada das atividades e ambientes perigosos, a servidora gestante ou lactante deixa de fazer jus ao adicional de periculosidade que percebia, sendo o mesmo devido assim que a servidora retorne s atividades tidas como perigosas. (Parecer PJ/SLP n 283/2005).

O pagamento do adicional de que trata esta norma suspenso quando cessar o risco ou o servidor for afastado do local ou atividade que deu origem concesso. (Art. 10 da ON SRH/MPOG n 2/2010).

Cabe unidade de recursos humanos do rgo realizar a atualizao permanente dos servidores que fazem jus ao adicional no respectivo mdulo do SIAPENet, conforme movimentao de pessoal, sendo, tambm, de sua responsabilidade, proceder suspenso do pagamento, mediante comunicao oficial ao servidor interessado. (Art. 10, & nico da ON SRH/MPOG n 2/2010).

responsabilidade do gestor da unidade administrativa informar rea de recursos humanos quando houver alterao dos riscos, que providenciar a adequao do valor do adicional, mediante elaborao de novo laudo. (Art. 11 da ON SRH/MPOG n 2/2010).

Respondem nas esferas administrativa, civil e penal, os peritos e dirigentes que concederem ou autorizarem o pagamento do adicional em desacordo com a legislao vigente. (Art. 12 da ON SRH/MPOG n 2/2010).

Os dirigentes dos rgos da Administrao Federal Direta, das autarquias e suas fundaes, promovero as medidas necessrias reduo ou eliminao dos riscos, bem como a proteo contra os respectivos efeitos. (Art. 13 da ON SRH/MPOG n 2/2010).

O adicional no ser pago aos servidores que:

a) no exerccio de suas atribuies, fiquem expostos aos agentes nocivos sade apenas em carter espordico ou ocasional; ou

b) estejam distantes do local ou deixem de exercer o tipo de trabalho que deu origem ao pagamento do adicional. (Art. 3 do Decreto n 97.458/89).

Consideram-se como de efetivo exerccio, para o pagamento do adicional de periculosidade, os afastamentos em virtude de:

a) - Frias;

b) - Casamento;

c) - Luto;

d) - Licenas para tratamento da prpria sade, gestante ou em decorrncia de acidente em servio;

e) - Prestao eventual de servio por prazo inferior a 30 (trinta) dias em localidade fora do Pas. ( Art. 7 do Dec. n 97.458/89 e Ofcio COGLE/DENOR/SEAP n 187/99).

O servidor, durante os perodos em que permanecer em gozo do afastamento para a realizao de curso de Ps-Graduao, no far jus ao adicional de periculosidade. (Parecer PJ/SLP n 251/2005).

O direito ao adicional cessa com a eliminao das condies que deram causa a sua concesso. (Art. 68, 2 da Lei n 8.112/90).

Os casos omissos relacionados matria sero avaliados pelo Departamento de Sade, Previdncia e Benefcios do Servidor da Secretaria de Recursos Humanos, do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. (Art. 14 da ON SRH/MPOG n 2/2010).Fonte: http://www.ufmg.br/prorh/dap/legislacao-de-pessoal/adicional-de-periculosidade/

ADICIONAL DE IRRADIAO IONIZANTE

DEFINIOVantagem pecuniria concedida ao servidor que desempenha efetivamente suas atividades em reas que possam resultar a irradiaes ionizantes.

REQUISITOS BSICOSDesempenhar efetivamente suas atividades em reas que possam resultar na exposio habitual ou permanente a irradiaes ionizantes, expondo a sade em risco.

DOCUMENTAOLaudo Tcnico emitido pelo SAST

FORMULRIODAP 008u

INFORMAES GERAISConsidera-se exposio habitual aquela em que o servidor submete-se a circunstncias ou condies insalubres e perigosas como atribuio legal do seu cargo por tempo superior metade da jornada de trabalho semanal. (Art. 5, 3 da ON n 2/2010).

Considera-se exposio permanente aquela que constante, durante toda a jornada laboral e prescrita como principal atividade do servidor. (Art. 5, 4 da ON n 2/2010).

As atividades desenvolvidas nessas reas, envolvendo as fontes de irradiao ionizante, compreendem, desde a produo, manipulao, utilizao, operao, controle, fiscalizao, armazenamento, processamento, transportes at a respectiva deposio, bem como as demais situaes definidas como de emergncia radiolgica. (Art. 1, 1 do Dec. n 877/93).

O adicional ser devido tambm ao servidor no exerccio de cargo em comisso ou funo gratificada, desde que esteja enquadrado nos requisitos desta norma. (Art. 1, 2 do Dec.n. 877/93 e Parecer/MP/CONJUR/IC n. 0390/2001).

O adicional de irradiao ionizante obedecer s regras estabelecidas na Orientao Normativa n. 2, de 19 de fevereiro de 2010, publicada no DOU de 22/02/10, bem como s normas da legislao vigente. (Art. 3 da ON n 2/2010).

O adicional de irradiao ionizante no se confunde com os demais adicionais de insalubridade, periculosidade e gratificao por trabalhos com Raios-X ou substncias radioativas e no se acumula com estes. (Art. 4 da ON n 2/2010).

A concesso do adicional de irradiao ionizante, estabelecido na legislao vigente, forma de remunerao de risco sade dos trabalhadores e tem carter transitrio, enquanto durar a exposio. (Art. 5 da ON n. 2/2010).

O servidor somente poder receber um adicional de irradiao ionizante, de insalubridade, de periculosidade ou gratificao por trabalhos com raios-x ou substncias radioativas. (Art. 5, 1 da ON n. 2/2010).

O adicional ser calculado sobre o vencimento do cargo efetivo do servidor, com base nos seguintes percentuais: de 5% (cinco por cento), 10% (dez por cento) ou 20% (vinte por cento). (Art. 12, 1 e 3 da Lei n 8.270/91 e art. 5, 2, inc. III da ON n 2/2010).

A concesso do adicional ser feita de acordo com laudo tcnico emitido por comisso interna, constituda especialmente para essa finalidade, em cada rgo ou entidade integrante do Sistema de Pessoal Civil (Sipec), que desenvolva atividades para os fins especificados nesta norma, de acordo com as Normas da Comisso Nacional de Energia Nuclear (CNEM). (Art. 2 do Dec.n. 877/93).

O adicional de que trata esta norma ser concedido independentemente do cargo ou funo, quando o servidor exercer suas atividades em local de risco potencial. (Art. 2, 1 do Dec. n 877/93).

A Comisso de Energia Nuclear (CNEM) dever manter um cadastro dos rgos e entidades do Sipec, que desenvolvam atividades expostas s irradiaes ionizantes, bem como de servidores nessas situaes. (Art. 2, 2 do Dec. n. 877/92).

O laudo tcnico dever considerar os requisitos de segurana e radioproteo relativos ao risco potencial do rgo ou entidade envolvidos com atividades dessa natureza. (Art. 3 do Dec.n. 877/93).

Os locais de trabalho e os servidores que operam com raios x ou substncias radioativas sero mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiao ionizante no ultrapassem o nvel mximo previsto na legislao prpria. (Art. 72 da Lei n. 8.112/90).

Os servidores alcanados por esta norma sero submetidos a exames mdicos a cada 6 (seis) meses. (Art. 72, nico da Lei n. 8.112/90 e art. 3, nico do Dec.n. 877/93).

Sempre que houver alterao nas condies tcnicas que justificaram a concesso, haver reviso do percentual do adicional. (Art. 4 do Dec.n 877/93).

Se descaracterizadas as condies de que resultaram na concesso do adicional de que trata esta norma, cessar o direito a sua percepo. (Art. 4, nico do Dec. n 877/93).

O adicional ser concedido de acordo com o tempo de permanncia na rea de trabalho e o limite de dose anual para o servidor, observado o constante do laudo tcnico emitido por comisso interna. (Art. 5 do Dec. n 877/93).

O adicional ser calculado tendo por base o vencimento do cargo efetivo do servidor e os clculos devem estar baseados em 2.000 (duas mil) horas de trabalho por ano civil com efeitos financeiros a partir de primeiro de dezembro de 1991. (Art. 5 e nico, e art. 6 do Dec.n. 877/93).

A partir de 01/12/91, os valores referentes aos adicionais percebidos superiores aos aqui estabelecidos, foram mantidos a ttulo de vantagem pessoal, nominalmente identificada, para os servidores que permaneceram expostos situao de trabalho que tenha dado origem referida vantagem, aplicando-se a esses valores os mesmos percentuais de reviso ou antecipao de vencimentos. (Art. 12, 5 da Lei n 8.270/91).

A execuo do pagamento do adicional ser feita pelo Departamento de Administrao de Pessoal, com base no laudo tcnico expedido por autoridade competente. (Art. 9 da ON SRH/MPOG n. 2/2010).

O pagamento do adicional suspenso quando cessar o risco ou o servidor for afastado do local ou atividade que deu origem concesso. (Art. 10 da ON SRH/MPOG n 2/2010).

Cabe unidade de recursos humanos do rgo realizar a atualizao permanente dos servidores que fazem jus aos adicionais no respectivo mdulo do SIAPENet, conforme movimentao de pessoal, sendo, tambm, de sua responsabilidade, proceder a suspenso do pagamento, mediante comunicao oficial ao servidor interessado. (Art. 10, pargrafo nico da ON n 2/2010).

responsabilidade do gestor da unidade administrativa informar rea de recursos humanos quando houver alterao dos riscos, que providenciar a adequao do valor do adicional, mediante elaborao de novo laudo. (Art. 11 da ON n 2/2010).

Respondem nas esferas administrativa, civil e penal, os peritos e dirigentes que concederem ou autorizarem o pagamento dos adicionais em desacordo com a legislao vigente. (Art. 12 da ON n 2/2010).

Os dirigentes dos rgos da Administrao Federal Direta, das autarquias e suas fundaes, promovero as medidas necessrias reduo ou eliminao dos riscos, bem como a proteo contra os respectivos efeitos. (Art. 13 da ON n 2/2010).

Os casos omissos relacionados matria tratada na Orientao Normativa n. 2, de 19/02/10, publicada no DOU, de 22/02/10, sero avaliados pelo Departamento de Sade, Previdncia e Benefcios do Servidor da Secretaria de Recursos Humanos, do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. (Art. 14 da ON n 2/2010).

Fonte: http://www.ufmg.br/prorh/dap/legislacao-de-pessoal/adicional-de-irradiacao-ionizante/REGRAS BSICAS DE SEGURANA

01. Use os culos protetores de olhos, sempre que estiver no laboratrio.

02. Use sempre guarda-p, de algodo com mangas compridas.

03. Aprenda a usar extintor antes que o incndio acontea.

04. No fume, no coma ou beba no laboratrio.

05. Em caso de acidente, mantenha a calma, desligue os aparelhos prximos, inicie o combate ao fogo, isole os inflamveis, chame os Bombeiros

06. Trabalhando com reaes perigosas, explosivas, txicas, ou cuja periculosidade voc no est bem certo, use a capela, o protetor acrlico, e tenha um extintor por perto.

07. Realize os trabalhos dentro de capelas ou locais bem ventilados.

08. Em caso de acidentes se atingir os olhos, abrir bem as plpebras e lavar com bastante gua. Atingindo outras partes do corpo, retirar a roupa impregnada e lavar a pele com bastante gua.

09. Todo experimento dentro ou fora do expediente, que no tiver o acompanhamento do interessado, dever ter uma ficha ao lado, com nome, horrio de experimentao, reagentes envolvidos e medidas a serem adotadas em casos de acidentes.

10. Todo experimento que envolver certo grau de periculosidade exigir a obrigatoriedade de utilizao de EPI adequado (luvas, culos, mscaras, pinas, aventais, extintores de incndio).

Substncias Carcinognicas

Muitos composto causam tumores cancerosos no ser humano. Deve-se ter todo o cuidado no manuseio de compostos suspeitos de causarem cncer, evitando-se a todo custo a inalao de vapores e o contato com a pele. Devem ser manipulados exclusivamente em capelas e com uso de luvas protetoras. Entre os grupos de compostos comuns em laboratrio incluem:

a) Aminas aromticas e seus derivados: anilinas N-substitudas ou no. naftilaminas, benzidinas, 2-naftilamina e azoderivados.

b) Compostos N-nitroso, nitrosoaminas (R-N(NO)-R) e nitrosoamidas.

c) Agentes alquilantes: diazometano, sulfato de dimetila, iodeto de metila, propiolactona, xido de etileno.

d) Hidrocarbonetos aromticos policclicos: benzopireno, dibenzoantraceno.

e) Compostos que contm enxofre: tiocetamida, tiouria.

f) Benzeno: um composto carcinognico cuja concentrao mnima tolervel inferior aquela normalmente percebida pelo olfato humano. Se voc sente cheiro de benzeno porque a sua concentrao no ambiente superior ao mnimo tolervel. Evite us-lo como solvente e sempre que possvel substitua por outro solvente semelhante e menos txico (por ex. tolueno).

g) Amianto: A inalao por via respiratria de amianto pode conduzir a uma doena de pulmo, a asbesto, uma molstia dos pulmes que aleija e eventualmente mata. Em estgios mais adiantados geralmente se transforma em cncer dos pulmes.

Manuseio de gases

Regras no manuseio de gases:

01. Armazenar em locais bem ventilados, secos e resistentes ao fogo.

02. Proteger os cilindros do calor e da irradiao direta.

03. Manter os cilindros presos parede de modo a no carem.

04. Separar e sinalizar os recipientes cheios e vazios.

05. Utilizar sempre vlvula reguladora de presso.

06. Manter vlvula fechada aps o uso.

07. Limpar imediatamente equipamentos e acessrios aps o uso de gases corrosivos.

08. Somente transportar cilindros com capacete (tampa de proteo da vlvula) e em veculo apropriado.

09. No utilizar leos e graxas na vlvulas de gases oxidantes.

10. Manipular gases txicos e corrosivos dentro de capelas.

11. Utilizar os gases at uma presso mnima de 2 bar, para evitar a entrada de substncias estranhas.

Manuseio de Produtos Qumicos

Regras de segurana para manuseio de produtos qumicos;

01. Nunca manusear produtos sem estar usando o equipamento de segurana adequado para cada caso.

02. Usar sempre material adequado. No faa improvisaes.

03. Esteja sempre consciente do que estiver fazendo.

04. Comunicar qualquer acidente ou irregularidade ao seu superior e a Segurana.

05. No pipetar, principalmente, lquidos caustico ou venenosos com a boca. Use os aparelhos apropriados.

06. Procurar conhecer a localizao do chuveiro de emergncia e do lava-olhos e saiba como us-lo corretamente.

07. Nunca armazenar produtos qumicos em locais imprprios.

08. No fumar nos locais de estocagem e no manuseio de produtos qumicos.

09. No transportar produtos qumicos de maneira insegura, principalmente em recipientes de vidro e entre aglomeraes de pessoas.

A VIDRARIA

Quando se manuseia a vidraria, deve-se usar as seguintes precaues de segurana:

A Descartar vidraria quebrada ou lascada.

B No se deve tirar fora rolhas de tubos de vidro. As que estiverem presas devero ser cortadas.

C A vidraria que foi exposta a agentes infecciosos dever ser desinfetada antes de ser lavada.

D Vidro quebrado ou descartado dever ser colocado num recipiente separado, prova de materiais perfurocortantes, e devidamente marcado.

E Vidro quebrado s dever ser manuseado da seguinte maneira:

Os funcionrios que forem regularmente expostos a vidro quebrado devem usar equipamento de proteo individual apropriado. Este equipamento inclui culos de segurana, luvas e mscara. As partculas menores devem ser recolhidas com folhas de papel umedecidas.Rotulagem preventiva. A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos sade dever ser feita segundo as normas constantes deste item. Todas as instrues dos rtulos devero ser breves, precisas, redigidas em termos simples e de fcil compreenso. A linguagem dever ser prtica, no se baseando somente nas propriedades inerentes a um produto, mas dirigida de modo a evitar os riscos resultantes do uso, manipulao e armazenagem do produto. Onde possa ocorrer misturas de 2 (duas) ou mais substncias qumicas, com propriedades que variem em tipo ou grau daquelas dos componentes considerados isoladamente, o rtulo dever destacar as propriedades perigosas do produto final. Do rtulo devero constar os seguintes tpicos: - nome tcnico do produto;- palavra de advertncia, designando o grau de risco;- indicaes de risco;- medidas preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas;- primeiros socorros;- informaes para mdicos, em casos de acidentes;- e instrues especiais em caso de fogo, derrame ou vazamento, quando for o caso. No cumprimento do disposto no item anterior, dever-se- adotar o seguinte procedimento: - nome tcnico completo, o rtulo especificando a natureza do produto qumico. Exemplo: "cido Corrosivo", "Composto de Chumbo", etc. Em qualquer situao, a identificao dever ser adequada, para permitir a escolha do tratamento mdico correto, no caso de acidente.- Palavra de Advertncia - as palavras de advertncia que devem ser usadas so:- "PERIGO", para indicar substncias que apresentem alto risco;- "CUIDADO", para substncias que apresentem risco mdio;- "ATENO", para substncias que apresentem risco leve.

- Indicaes de Risco - As indicaes devero informar sobre os riscos relacionados ao manuseio de uso habitual ou razoavelmente previsvel do produto. Exemplos: "EXTREMAMENTE INFLAMVEIS", "NOCIVO SE ABSORVIDO ATRAVS DA PELE", etc.

- Medidas Preventivas - Tm por finalidade estabelecer outras medidas a serem tomadas para evitar leses ou danos decorrentes dos riscos indicados. Exemplos: "MANTENHA AFASTADO DO CALOR, FASCAS E CHAMAS ABERTAS" "EVITE INALAR A POEIRA".- Primeiros Socorros - medidas especficas que podem ser tomadas antes da chegada do mdico.EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL

O Equipamento de Proteo Individual (EPI) um instrumento de uso pessoal, cuja finalidade neutralizar a ao de certos acidentes que podero causar leses ao servidor e proteg-los contra possveis danos sade, causados pelas condies do trabalho.

O EPI deve ser usado como medida de proteo quando:

no for possvel eliminar o risco atravs da proteo coletiva;

em trabalhos eventuais e em exposio de curto perodo.

De qualquer forma, o uso de EPI deve ser limitado, procurando-se primeiro, eliminar ou diminuir o risco, com adoo de medidas de proteo geral.

Quando seu uso for inevitvel, faz-se necessrio tomar certas medidas quanto sua seleo e indicao, pois o uso e fornecimento dos EPI disciplinado pela NR-6.

A seleo deve ser feita por pessoal competente, conhecedor no s do equipamento como, tambm, das condies em que o trabalho executado.

preciso conhecer as caractersticas, qualidades tcnicas e, principalmente, o grau de proteo que o equipamento dever proporcionar.

EXIGNCIA LEGAL PARA UFMG

A UFMG obrigada quanto ao EPI:

a) adquirir o tipo adequado atividade do servidor;b) fornecer ao servidor somente EPI aprovado pelo MTE e de empresas cadastradas no DNSST/MTE;c) treinar o servidor sobre o seu uso adequado;d) tornar obrigatrio o seu uso;e) substitu-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;f) responsabilizar-se pela sua higienizao e manuteno peridica;g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada no EPI.EXIGNCIA LEGAL PARA O SERVIDOR

Aos funcionrios obriga-se, quanto ao EPI:

a) us-lo apenas para a finalidade a que se destina;b) responsabilizar-se por sua guarda e conservao;c) comunicar ao UFMG qualquer alterao que o torne imprprio para uso.CARACTERSTICAS E CLASSIFICAO DOS EPI

Para fins de distribuio os EPI classificam-se em dois grupos:

EPI de uso permanente - equipamento cujas circunstncias de uso so obrigatrias para os servidores que transitam nas reas de produo e estocagem de materiais.

Exemplos: capacetes de segurana, abafador de rudos, botas, culos de segurana, etc.

EPI de uso eventual - equipamento de uso obrigatrio pelo servidor para executar atividades especficas de sua funo.

Exemplo: avental, luvas de segurana, cinto de segurana, protetor facial e mscaras

Pode-se, ainda, classificar os EPI, agrupando-os segundo a parte do corpo que devem proteger.

a) Proteo para a cabeaPodem estes equipamentos serem divididos em protetores para a cabea, propriamente ditos, que so os protetores usados para o crnio, e protetores para os rgo da viso e audio.

Exemplos de EPI para a cabea.

Capacete;

Protetor facial contra impacto;

Protetor facial contra respingos;

Protetor facial contra radiaes nocivas;

Protetor auditivo - tipo plug;

culos de segurana contra impacto;

culos para soldador - solda a gs;

Mscara para soldador - solda eltrica.

b) Proteo para os membros superioresNos membros superiores situam-se as partes do corpo onde com maior freqncia ocorrem leses: as mos.

Grande parte destas leses pode se evitar atravs do uso de luvas. As luvas impedem, portanto, um contato direto com materiais cortantes, abrasivos, aquecidos ou com substncias corrosivas e irritantes.

Exemplos de proteo para os membros superiores:

Luvas de raspa de couro;

Luvas reforadas de couro;

Luvas de lona;

Luvas impermeveis (borracha ou plstico);

Luvas de amianto;

Luvas de borracha especial (contra eletricidade);

Mangas de raspa de couro.

Mangotes de raspa de couro.

c) Proteo para os membros inferioresAs pernas e os ps so partes do corpo que, alm de estarem sujeitas diretamente aos acidentes, ainda mantm o equilbrio do corpo. Por esta razo, os EPI ganham dupla importncia, ou seja, proteger diretamente os membros inferiores e evitar a queda que pode ter conseqncias graves.

Exemplos de proteo para os membros inferiores:

Sapato de segurana com biqueira de ao;

Sapato de segurana com palmilha de ao;

Sapato de segurana com solado antiderrapante;

Botas de segurana cano curto;

Botas de borracha;

Perneiras de raspa de couro.d) Proteo do troncoAventais e vestimentas especiais so empregadas contra os mais variados agentes agressivos:

Avental de raspa de couro;

Avental de lona;

Avental de amianto;

Avental de plstico.

e) Proteo das vias respiratriasSua finalidade impedir que as vias respiratrias sejam atingidas por gases ou outras substncias nocivas ao organismo. A mscara a pea bsica do protetor respiratrio:

Mscara semifacial;

Mscara facial;

Mscara de filtro;

Mscara com suprimento de ar;

Mscara contra gs, com filtro.

f) Proteo da peleCremes protetores -Os cremes protetores devem ser postos venda ou utilizados como equipamento de proteo individual, mediante o certificado de aprovao (CA) do Ministrio do Trabalho para o que sero enquadrados nos seguintes grupos:

Grupo 1 - gua resistente

Grupo 2 - leo resistente

Grupo 3 - cremes especiais

g) Proteo contra quedas de diferena de nvelNo tm finalidade de proteger esta ou aquela parte do corpo.

Destinam-se a proteger o homem que trabalha em lugares altos, prevenindo quedas.

Exemplos:

cinto com travesso;

cinto com corda;

Cadeira suspensa para trabalho em altura em que haja necessidade de deslocamento vertical, quando a natureza do trabalho assim o indicar:

. trava-quedas de segurana acoplada ao cinto de segurana ligada a cabo de segurana independente, para os trabalhos realizados com movimentao vertical em andaimes suspensos de qualquer tipo.

LICENA EM ACIDENTE EM SERVIO

Licena com a remunerao do cargo, concedida ao servidor que tenha sofrido leso corporal, perturbao funcional ou doena, resultante do exerccio do trabalho, e que determine perda total ou parcial , permanente ou temporria da capacidade laborativa, incluindo-se o acidente decorrente de agresso sofrida e no provocada pelo servidor no exerccio do cargo e sofrido no percurso da residncia para o trabalho e vice-versa.CUIDADOS NO USO E MANIPULAO DE:

- Chama em Laboratrios:

- S use chama nos locais onde for permitido e seguro

- No acenda o bico de bunsen sem antes verificar e eliminar os seguintes problemas:

= vazamentos de substncias combustveis ou inflamveis

= dobra do tubo de gs

= ajuste inadequado entre o tubo de gs e suas conexes

= existncias de outros produtos inflamveis ao redor

- certifique-se de que a vlvula de gs combustvel no esteja muito aberta no momento de acender o maarico.

Equipamentos Eltricos:

- S opere equipamentos eltricos se:

= Os fios, tomadas, conectores, plugs, disjuntores, transformadores, etc. estiverem em perfeitas condies de operao e devidamente dimensionados para a tenso (voltagem) e corrente (amperagem) que sero submetidos.

= As tomadas estejam devidamente identificadas ou sinalizadas da voltagem envolvida. Os plugs dos equipamentos de 110 e 220 volts devem ter encaixe diferenciados entre si de modo a impedir a utilizao errada das tomadas eltricas correspondentes a tenso correta.

= estiverem devidamente aterrados e capacitados a fornecer a devida proteo aos usurios e instalaes caso ocorram descargas eltricas ou curto circuito.

= No instale e nem opere equipamentos eltricos sobre superfcies midas ou que possam ser atingidos por jatos dgua.

= verifique periodicamente a temperatura do conjunto, tomada.

= no deixe equipamentos eltricos ligados no laboratrio aps o trmino do seu regime de trabalho.

= Em caso de fogo envolvendo equipamentos eltricos energizados ou no, utilize somente extintores de CO2 para sua extino.

Lquidos Inflamveis e Combustveis

- Lquidos combustveis

De acordo com a Norma Regumentadora n 20 lquido combustvel todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70 C (setenta graus Centgrados). Este tipo de lquido combustvel considerado como de Classe III.

Lquidos Inflamveis

denominado lquido inflamvel como todo aquele que possua ponto de fulgor inferior a 70 C (setenta graus Centgrados) e presso de vapor que no exceda 2,8 kgf; cm2 absoluta a 37,7.

Quando o lquido inflamvel tem o ponto de fulgor abaixo de 37,7, ele classifica como lquido combustvel de classe II.

Os procedimentos de segurana para manuseio de produtos combustveis ou inflamveis so:

- No manipule lquidos inflamveis sem se certificar da inexistncia de fontes de ignio nas proximidades.

- Use a capela para realizar trabalhos que envolvam o aquecimento de lquidos inflamveis.

- Use protetor facial e luvas de couro quando tiver que agitar frascos fechados contendo lquidos inflamveis e ou volteis.

Gases Txicos

Para se evitar o contato com gases txicos, teste todas as conexes do sistema com soluo de sabo para detectar a presena de vazamento, antes de iniciar a operao.

Guarde botijes j testados quanto a vazamentos nos armrios das capelas

No manipule produtos txicos sem se certificar da toxidez de cada um deles e dos mecanismos de intoxicao.

Trabalhe com produtos txicos s na capela e com as janelas o mais abertas possvel.

Evite o contato de produtos txicos com a pele

Interrompa o trabalho imediatamente caso tenha qualquer sintoma de intoxicao.

Produtos Corrosivos

S manipule produtos corrosivos usando culos de segurana e luvas de PVC

No jogue produtos corrosivos concentrados na pia. Eles s podem ser descartados depois de diludos.

Tome os seguintes cuidados para diluir produtos corrosivos.

= Verta o produto a ser diludo no diluidor e nunca o contrrio

= faa a diluio lentamente em proporo de 1:1000

= use um basto de vidro para homogeneizao.

Produtos Pirofricos

Produtos pirofricos so aqueles que em condies ambientais normais em termos de astmosfera, temperatura, presso e umidade reagem violentamente nas presena do oxignio presente no ar ou mesmo com a umidade existente gerando uma reao exotrmica (que libera calor) e provoca emisso de gases inflamveis e produo de fogo.

De acordo com seu estado fsico estes produtos requerem cuidados especiais, conforme descrito a seguir:

A) slidos (ex. Ltio, sdio, potssio)

- Devem ser manipulados e armazenados em recipientes que contenham uma camada de lquido (por exemplo, querosene) que no permita o contato com o ar visto que uma exposio prolongada ao oxignio presente no ar pode causar a sua ignio espontnea.

- No jogue aparas de metais alcalinos na pia, pois elas provocam incndios ao entrar em contato com a gua.

- Conserve os produtos pirofricos slidos longe de solventes e produtos inflamveis, a fim de evitar a propagao do fogo caso ocorra a sua ignio.

B) LQUIDOS

Os derivados organometlicos so lquidos, com exceo do Butil Ltio e devem ser condicionados em recipientes metlicos munidos de uma vlvula para promover sua abertura ou fechamento. A manipulao destes produtos s deve ser feita a partir da orientao ou procedimento emitido por um responsvel.

NUNCA abra a vlvula do recipiente diretamente para a atmosfera. Os recipientes s devem ser abertos para uma atmosfera de gs inerte (nitrognio ou argnio) seco, ou em uma cmara seca, tambm provida de atmosfera inerte.

Transfira estes produtos diretamente sobre o solvente que ser utilizado durante a reao, para diminuir a possibilidade de ocorrer um incndio pois os mesmos quando diludos tornam menos inflamveis.

Nunca utilize gua para apagar incndios que envolvam substncias pirofricas e sim p qumico seco ou mesmo areia seca.

Gelo Seco ou Nitrognio Lquido

Use luva para lidar com esses produtos, pois podem provocar queimaduras em contato com a pele.

Adicione vagarosamente o gelo seco na soluo, para evitar possveis projees e respingos do produto.

No derrame nitrognio lquido sobre mangueiras de borracha pois elas ficaro quebradias e com isso podero provocar acidentes.

Cilindros de Gs Comprimido

- Mantenha os cilindros sempre presos nas paredes por correntes ou carrinhos de transporte.

- Todos os cilindros devem conter indicao das suas caractersticas fsicas e operacionais, assim como o tipo de produto armazenado.

- Estabelea e mantenha em ordem locais adequados para armazenamento e troca de cilindros vazios por cheios.

- Mantenha bem roscado o capacete de proteo das vlvulas do cilindro antes de moviment-lo.

- Transporte os cilindros sempre em carrinhos apropriados, mantendo-os sempre presos por correntes.

- Faa testes de vazamentos com soluo de sabo, toda vez que forem instaladas vlvulas redutoras nos cilindros de gs comprimido.

- NUNCA use graxas ou leos lubrificantes em vlvulas redutoras dos cilindros de oxignio.

- Abra lentamente a vlvula principal do cilindro.

USAR GASES COMPRIMIDOS EM REAS BEM VENTILADAS. GASES TXICOS, INFLAMVEIS E CORROSIVOS DEVEM SER MANUSEADOS EM CAPELAS. USAR SOMENTE CILINDROS PEQUENOS EM SE TRATANDO DE GASES TXICOS.

PREVENO E COMBATE A INCNDIOS

COMO SE FORMA O FOGO

Normalmente, para haver combusto, necessria a existncia de trs elementos essenciais:

a) Combustvel o que alimenta o fogo, facilita sua propagao e, com pequenas excees, compreende todos os materiais slidos, lquidos e gasosos.

b) Calor o elemento que d incio ao fogo, que o mantm e amplia sua propagao.

c) ComburenteTrata-se do oxignio, presente em quase todas as combustes. Em ambiente com pouco oxignio, o fogo no tem chamas, entretanto naqueles onde o oxignio abundante, o fogo tem chamas brilhantes, com alta temperatura.

Existe, ainda um quarto elemento, a reao em cadeia. Neste ponto, surge a cadeia de combusto, produzindo seu prprio calor. Porm, vamo-nos limitar apenas aos trs primeiros elementos, pois seu conhecimento j suficiente para a preveno e combate a incndios.

Conclumos, ento, que combustvel, calor e comburente compem o que chamamos de tringulo do fogo e a presena deste trs elementos que determina a combusto.

COMBUSTO, PONTO DE FULGOR, PONTO DE COMBUSTO E DE IGNIO.

Combusto toda reao qumica que h entre uma substncia qualquer e o oxignio do ar, na presena de calor.

Ponto de Combusto

a menor temperatura em que vapores de um lquido, aps inflamarem-se pela passagem de uma chama piloto, continuam a arder por 5 segundos, no mnimo.Ponto de Fulgor

a menor temperatura em que um lquido libera suficiente quantidade de vapor para formar uma mistura com o ar passvel de inflamao, pela passagem de uma chama piloto. A chama dura no mximo 1 segundo.

Ponto de ignio a temperatura em que um corpo desprende gases que entram em combusto sem o auxlio de uma fonte externa de calor.

Somente a presena do oxignio suficiente.

TRANSMISSO DE CALOR

A transmisso do calor ocorre pelas seguintes formas:

Conduo O calor se propaga de um corpo para outro por contato direto ou atravs de um meio condutor do calor intermedirio.

ConvecoO calor se propaga atravs de um meio circulante, lquido ou gases, a partir da fonte.

RadiaoO calor se propaga por meio do ar irradiado do corpo em chamas.

CLASSE DE INCNDIO

Os incndios so divididos em trs classes principais:

Classe A.Combustveis slidos - madeira, papel, tecido, borracha, etc.

Classe BLquidos inflamveis: gasolina, thinner, leos, graxas e gases.

Classe CEquipamentos eltricos energizados: motores eltricos, geradores, transformadores, etc.

MTODOS DE EXTINO

So trs os mtodos de extino, quais sejam:

Resfriamento

quando se retira o calor

Abafamento

quando se retira o comburente.

Isolamento quando se retira o combustvel

AGENTES EXTINTORES

So substncias qumicas slidas, lquidas ou gasosas que so utilizadas na extino de um incndio.

4.7.1 - Extintores portteis.Devem estar:

Visveis (bem localizados)

Desobstrudos (livres de qualquer obstculo que possa dificultar o acesso at eles)

Sinalizados (para melhor visualiz-los caso no estejam visveis)

Devero ter lugar fixo, sendo retirados para:

Manuteno (recarga, conserto ou reviso)

Exerccios (treinamento ou instruo)

Para uso em caso de incndio

EMPREGO DE AGENTES EXTINTORES

CLASSES DE INCNDIO E AGENTES EXTINTORES

Classes de IncndioguaP qumico Seco - PQSCO2 Gs Carbnico

ASIMSIM*SIM*

BSIM**SIMSIM

CNOSIMSIM

* - PRINCPIO DE INCNDIO** - FORMA DE NEBLINAHidrantes e Mangueiras

O conjunto compreende:

- Abrigo Compartimento destinado a proteger as mangueiras e demais pertences dos hidrantes.

- EsguichoDispositivo destinado a formar e orientar o jato de gua.

Mangueira

Tubo flexvel, constitudo internamente de borracha e protegido externamente com lona.

Engate da mangueira.

Pea localizada nas extremidades das mangueiras, destinada a interligar e conectar as mesmas no sistema de hidrante.

Chave de unioPea destinada a facilitar a conexo das unies ou engates.

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DE SERVIOS DE SADE - PGRSS

um conjunto de procedimentos de gesto que visam o correto gerenciamento dos resduos produzidos no estabelecimento. Esses procedimentos devem ser, planejados e implementados a partir de bases cientficas e tcnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produo de resduos e proporcionar aos resduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando proteo dos trabalhadores, a preservao da sade pblica, dos recursos naturais e do meio ambiente. O PGRSS um plano para gerenciar os resduos provenientes dos servios de sade, seguindo, rigorosamente as legislaes ANVISA RDC 306 e CONAMA 358. O PGRSS gerenciamento deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos fsicos, dos recursos materiais e da capacitao dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS. PGRSS - o documento que aponta e descreve as aes relativas ao manejo dos resduos slidos, observadas as suas caractersticas, no mbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes gerao, segregao, acondicionamento, coleta interna, armazenamento, transporte, tratamento e destinao final, bem como os aspectos relativos proteo sade pblica e segurana ocupacional do pessoal envolvido nas etapas do gerenciamento de resduos

ANEXOS

QUADRO COMPARATIVO

ITENSADICIONAL DE INSALUBRIDADEADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Sero consideradas atividades ou operaes insalubres aquelas que, por sua natureza, condies ou mtodos de trabalho, exponham os servidores a agentes nocivos sade, acima dos limites de tolerncia fixados em razo da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposio aos seus efeitos

So atividades ou operaes perigosas aquelas que, por sua natureza ou mtodos de trabalho impliquem o contato permanente dos servidores com inflamveis, explosivos, energia eltrica ou radiaes ionizantes e substncias radioativas, em condies de risco acentuado ou em potencial.

Todos sobre o vencimento bsico10% (dez por cento) sobre o vencimento bsico sem os acrscimos resultantes de gratificaes, prmios, etc.

Com utilizao do EPI que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerncia

A eliminao do risco sade ou integridade fsica ou quando o servidor deixa de trabalhar em local considerado de risco

Atravs de percia a cargo do Mdico do trabalho ou engenheiro do trabalho

Idem

Ati

vi

da

des rudo contnuo ou intermitente

rudo de impacto

calor

radiaes ionizantes

sob presses hiperbricas

radiaes no ionizantes

vibraes

frio

umidade

agentes qumicos cuja insalubridade caracterizada por limite de tolerncia e inspeo no local de trabalho

poeiras minerais

agentes qumicos arsnico, carvo, chumbo, cromo, fsforo, hidrocarbonetos, compostos de carbono, mercrio, silicatos, substncias cancergenas

agentes biolgicos.explosivos sujeitos a degradao qumica ou autocataltica

inflamveis lquido combustvel todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70C e inferior a 93,3C

energia eltrica

radiaes ionizantes e substncias radioativas

SUBSTNCIAS INCOMPATVEIS

SUBSTNCIAIncompatvel com

ACETILENOIodo, cloro, bromo, flor, cobre (encanamentos), prata e mercrio e os respectivos compostos

ACETONAA mistura de cido sulfrico e cido ntrico concentrados

CIDO ACTICOxido de cromo (VI), cido ntrico, cido perclrico, etilenoglicol, perxidos, permanganatos, compostos hidroxilados

CIDO CRMICOcido actico, naftalina, cnfora, lcool, glicerol, terebentina e outros lquidos inflamveis.

CIDO NTRICOcido actico, anilina, xido de cromo (VI), carbono, cianeto, sulfato, lquidos e gases combustveis.

OXLICOPrata e sas de mercrio

CIDO PERCLRICOAnidrido actico, bismuto e suas ligas, lcoois, papel e madeira, e outras substncias orgnicas.

CIDO SULFRICOPotssio, cloratos e percloratos, gua, permanganato

COMPOSTOS DE ALUMNIO gua

AMONACOMercrio, cromo, hipoclorito de clcio, iodo, cido fluordrico, bromo, fluoreto de hidrognio, halogneos

ANILINAcido ntrico, perxido de hidrognio, gua oxigenada.

BROMOAmnia, acetileno, butadieno, butano, hidrognio, carbeto de sdio, terebentina e metais finamente divididos.

CARBONO ATIVOHipoclorito de clcio, iodo, bromo, fluoreto de hidrognio, oxidantes.

CARVO ATIVADOHipoclorito de clcio e com todos os oxidantes.

CIANETOScidos e lcalis

CIANURETOScidos e lcalis.

CLORATOSSais de amnio, cidos, metais em p, enxofre, substncias orgnicas e combustveis finamente divididos.

CLOROAmonaco, acetileno, butadieno, butano, metano, propano, hidrognio,Benzina, benzeno, metais em p.

COBREcido acetileno, perxido de hidrognio, gua oxigenada

DIXIDO DE CLOROAmnia, metano, fosfina, sulfeto de hidrognio.

FSFORO (PENTXIDO DE )gua, enxofre, compostos que contm oxignio

FLORArmazenar separadamente

FLUORETO DE HIDROGNIOAmonaco e gases

HIDROCARBONETOS EM GERALFlor, cloro, bromo, xido de cromo, perxido de sdio.

IODOAcetileno e amnia

LQUIDOS INFLAMVEISNitrato de amnia, xido de cromo, perxido de hidrognio, cido ntrico, perxido de sdio, halognios.

MERCRIOAcetileno, amonaco, cido fulmnico, hidrognio

METAIS ALCALINOSgua, tetracloreto de carbono, halognios (Ca, K, Na), dixido de carbono, hidrocarbonetos, clorados.

NITRATO DE AMNIOcidos, metais em p, lquidos combustveis, enxofre, substncias orgnicas, cloretos, nitratos.

NITRETO DE AMNIOcidos, ps metlicos, lquidos infalmveis, cloratos, nitratos, enxofre e compostos orgnicos ou combustveis em p.

OXIGNIOleos, graxas, hidrognio e com lquidos, slidos e gases inflamveis

PENTXIDO DE FSFOROgua

PERXIDO DE HIDROGNIOCobre, cromo, ferro, metais, lcoois, acetona, substncias orgnicas, anilina, nitrometano, combustveis (slidos e lquidos)

PERXIDO DE SDIOTodas as substncias oxidveis tais como metanol, cido actico glacial, anidrido actico, benzaldedo, bissulfito de carbono, glicerol, etilacetato e furfural.

PRATAAcetileno, cido oxlico, cido tartrico e compostos de amnio

PERMANGANATO DE POTSSIOGlicerina, etilenoglicol, benzaldedo, cido sulfrico

SDIO Vide metais alcalinos

SULFETO DE HIDROGNIOcido ntrico fumegante, gases oxidantes

PERXIDO DE SDIOSubstncias oxidantes como:Metanol, etanol, cido actico, anidrino actico, benzaldedo, glicerina, etilenoglicol, acetato de etila, acetato de metila, furfural

CONCEITOScido

So compostos constitudos de hidrognio e um ou mais elementos e que, em presena de alguns solventes ou gua, reage com a produo de ons hidrognio (H+).

Agentes Oxidantes

So agentes qumicos que desprendem oxignio e favorecem a combusto.

Barreira Qumica

So dispositivos ou sistemas que protegem o operador do contato com substncias qumicas irritantes, nocivas, txicas, corrosivas, lquidos inflamveis, substncias produtoras de fogo, agentes oxidantes e substncias explosivas.

Base

So substncias capazes de liberar ons hidroxilo (OH - ), quando em reao.Lquidos Inflamveis

So agentes qumicos que, a uma temperatura igual ou inferior a 93oC, desprendem vapores inflamveis.Ponto de Auto-Ignio

a temperatura mnima em que ocorre uma combusto, independente de uma fonte de calor.Substncias Corrosivas

So agentes qumicos que causam destruio de tecidos vivos e/ou materiais inertes.

Substncias Explosivas

So agentes qumicos que pela ao de choque, percusso, frico, produzem centelhas ou calor suficiente para iniciar um processo destrutivo atravs de violenta liberao de energia.

Substncias Irritantes

So agentes qumicos que podem produzir ao irritante sobre a pele, olhos e trato respiratrio.

Substncias Nocivas

So agentes qumicos que por inalao, absoro ou ingesto, produzem efeitos de menor gravidade.

Substncias Txicas

So agentes qumicos que, ao serem introduzidos no organismo por inalao, absoro ou ingesto, podem causar efeitos graves e/ou mortais.Substncias Produtoras de Fogo

So agentes qumicos slidos, no explosivos, facilmente combustveis, que causam ou contribuem para a produo de incndios.Substncia Qumica(Agente qumico, agente txico, toxicante, substncia txica, xenobitico)

todo o agente que contm uma atividade potencial intrnseco, capaz de interferir em um sistema biolgico levando a um dano, leso ou injria, quando absorvido pelas diversas vias de penetrao.

A atividade biolgica intrnseca de uma substncia pode ser modulada por diversos fatores, como dose, formulao, vias de penetrao, durao da exposio e interao com outras substncias qumicas. A forma da substncia tambm contribui para a modulao de seu efeito potencial intrnseco, medida que aquelas que se apresentam como gases, vapores e lquidos volteis facilmente so absorvidas pela via respiratria.As substncias qumicas so classificadas de diversos modos. Alm do estado fsico, as substncias qumica podem ser classificadas segundo Casarett, em: rgo-alvo (rgo de afinidade da substncia com o qual ela interage). Exemplo: crebro, rim, medula ssea (rgo formador das clulas sangneas). rgos ricos em gorduras, como o crebro, sofrem a ao de diversas substncias como, por exemplo, solventes orgnicos que tem grande afinidade por tecidos gordurosos.Uso: solventes, pesticidas (agrotxicos), aditivos de alimentos, etc.

Efeitos: Cancergenos, hepatotxicos (leso ao fgado), neurotxicos (leso ao sistema nervoso), mutagnicos, etc.Fonte: animal, planta txica, etc.

Grupo qumico: amina aromtica, hidrocarboneto aromtico, hidrocarboneto aliftico, hidrocarboneto halogenado.Requisitos de rtulos de segurana: explosiva, inflamvel, oxidante. Segundo a National Institute for Occupational safety and Health (NIOSH-EUA), entende-se tambm por substncia qumica aquela que apresenta potencial txico para:

Provocar irritao ou hipersensibilidade da pele, das membranas mucosas, dos olhos e das vias respiratrias.

Provocar cncer.

Provocar mutaes genticas.

Provocar malformaes congnitas.

Diminuir o estado de alerta ou alterar o comportamento humano.

Provocar a morte em animais de experimentao por diversas vias de penetrao

Provocar dano sade do homem, levando leso reversvel ou irreversvel, produzindo perigo vida, ou morte, pelas diversas vias de absoro, em qualquer concentrao ou quantidade e em qualquer tempo de exposio. Poeiras:

So partculas slidas que podem se apresentar em suspenso no ar, geradas de materiais orgnicos ou inorgnicos, como rochas, minrios, metais, carvo, madeira, produzidos por desintegrao, triturao, pulverizao e impacto. Elas no se difundem no ar, sedimentam-se sob a influncia da gravidade. Maior que 0,5 micras de dimetro.Fumos:

So partculas slidas geradas pela condensao de compostos metlicos, geralmente aps volatilizao de metais fundidos. Menor que 0,5 micras de dimetro. Exemplo: xidos metlicos (ZnO, CuO, FeO).Fumaas:

Partculas de carvo e fuligem.Nvoa:

Gotculas resultantes da disperso de lquidos - ao mecnica - mais de 0,5 micras de dimetroNeblina:

So partculas lquidas em suspenso no ar, formadas pela passagem rpida do ar nos lquidos ou pela condensao de umidade atmosfrica em torno de molculas de gases ou vapores. As neblinas difundem-se em maior extenso que os fumos. Menor que 0,5 micras de dimetro.Vapores:

So formas gasosas das substncias que esto normalmente no estado slido ou lquido, em possvel equbrio com sua fase lquida, e que podem voltar para o seu estado natural por aumento ou diminuio da temperatura.Os vapores difundem-se.Aerossis:

Partculas slidas ou lquidas dispersas por um longo perodo de tempo no ar.

Toxicidade

a capacidade latente, inerente, que uma substncia qumica possui. a medida do potencial txico de uma substncia. No existem substncias qumicas atxicas (sem toxicidade). No existem substncias qumicas seguras, que no tenham efeitos lesivos ao organismo. Por outro lado, tambm verdade que no existe substncia qumica que no possa ser utilizada com segurana, pela limitao da dose e da exposio ao organismo humano.

Os maiores fatores que influenciam na toxicidade de uma substncia so: freqncia da exposio, durao da exposio e via de administrao. Existe uma relao direta entre a freqncia e a durao da exposio na toxicidade dos agentes txicos. Uma substncia administrada por via oral numa dosagem de 100 mg pode apresentar apenas sintomas leves, ao passo que 10 mg da mesma substncia por via intravenosa podem levar a sintomas graves.

Para se avaliar a toxicidade de uma substncia qumica, necessrio conhecer: que tipo de efeito ela produz, a dose para produzir o efeito, informaes sobre as caractersticas ou propriedades da substncia, informaes sobre a exposio e o indivduo.A toxicidade de uma substncia pode ser classificada de vrias formas:

Segundo o tempo de resposta:a) Aguda

aquela em que os efeitos txicos em animais so produzidos por uma nica ou por mltiplas exposies a uma substncia, por qualquer via, por um curto perodo, inferior a um dia. Geralmente as manifestaes ocorrem rapidamente.

b) Subcrnica

aquela em que os efeitos txicos em animais produzidos por exposies dirias repetidas a uma substncia, por qualquer via, aparecem em um perodo de aproximadamente 10% do tempo de vida de exposio do animal ou alguns meses.

c) Crnica

aquela em que os efeitos txicos ocorrem aps repetidas exposies , por um perodo longo de tempo, geralmente durante toda a vida do animal ou aproximadamente 80% do tempo de vida.

Segundo a severidade

a) Leve

aquela em que os distrbios produzidos no corpo humano so rapidamente reversveis e desaparecem com o trmino da exposio ou sem interveno mdica.

b) Moderada

aquela em que os distrbios produzidos no organismo so reversveis e no so suficientes para provocar danos fsicos srios ou prejuzos sade.

c) Severa

aquela em que ocorrem mudanas irreversveis no organismo humano, suficientemente severas para produzirem leses graves ou a morte.Segundo a graduao de toxicidade proposta por Irwing Sax e adotada pela Agncia Americana de Proteo Ambiental (EPA), os nveis de toxicidade leve, moderada e severa so subdividos ainda em toxicidade:

a) Local aguda

Efeitos sobre a pele, as membranas mucosas e os olhos aps exposio que varia de segundos a horas.

b) Sistmica aguda

Efeitos nos diversos sistemas orgnicos aps absoro da substncia pelas diversas vias. A exposio varia de segundos a horas.

c) Local crnica

Efeitos sobre a pele e os olhos aps repetidas exposies durante meses e anos.

d) Sistmica crnica

Efeitos nos sistemas orgnicos aps repetidas exposies pelas diversas vias de penetrao durante um longo perodo de tempo.Outras classificaes

a) Desconhecida

aquela em que os dados toxicolgicos disponveis sobre a substncia so insuficientes.

b) Imediata

aquela que ocorre rapidamente aps uma nica exposio.

c) Retardada

aquela que ocorre rapidamente aps um longo perodo de latncia. Por exemplo, as substncias cancergenas.DOSE LETAL (DL 50) e CONCENTRAO LETAL (CL 50)

A informao da toxicidade de uma substncia obtida pelos dados de letalidade.

A Dose Letal (DL 50) a dose de uma substncia qumica que provoca a morte de 50% de um grupo de animais da mesma espcie, quando administrada pela mesma via.A Concentrao Letal (CL 50) a concentrao atmosfrica de uma substncia qumica que provoca a morte de 50% de um grupo de animais expostos, em um tempo definido.

DOSE-RESPOSTA

a relao entre o grau de resposta do sistema biolgico e a quantidade de txico administrada; muito usada em toxicologia experimental.

REAO ALRGICA

uma reao adversa a uma substncia qumica resultante de uma sensibilizao prvia do organismo quela substncia ou a uma estrutura similar. Para provocar uma reao alrgica, uma substncia qumica ou um produto do seu metabolismo combina-se com uma protena endgena (do prprio organismo) e forma um antgeno (alrgeno).

Este antgeno induz a formao de anticorpos (imunoglobulinas), num perodo de uma a duas semanas. Uma exposio susbseqente substncia resulta numa interao antgeno-anticorpo que provoca a reao alrgica, com liberao de histamina. A reao alrgica pode ser imediata ou retardada. Exemplos: rinite, asma, dermatite.ENZIMA

uma protena secretada por clulas que atua como um catalisador para induzir alteraes qumicas em outras substncias. As enzimas, atravs das reaes de oxidao, reduo e hidrlise, possibilitam a biotransformao dos agentes qumicos.SUSCETIBILIDADE OU SENSIBILIDADE

uma caracterstica especfica e inerente de um indivduo em apresentar uma reatividade ou resposta na presena de um determinado agente ou antgeno. HIPERSENSIBLIDADE OU HIPERSUSCETIBILIDADE

um aumento da reatividade individual a agentes exgenos. Alguns organismos desenvolvem reaes alrgicas e leses ao contato com uma substncia qumica, mesmo na presena de baixas doses.IDIOSSINCRASIA

uma reao anormal a uma substncia qumica, determinada geneticamente, em forma de uma extrema sensibilidade a baixas doses ou uma extrema insensibilidade a altas doses do agente qumico.EFEITO REVERSVEL E IRREVERSVEL

A reversibilidade ou irreversibilidade de um efeito txico determinada pela capacidade que um tecido ou um rgo tem de se regenerar. Por exemplo: o fgado tem uma grande capacidade de regenerao e muitas leses so reversveis. O sistema nervoso central constitudo de clulas diferenciadas que no se dividem e no se regeneram; assim, leses a este sistema so geralmente irreversveis. Efeitos cancergenos de substncias qumicas so tambm exemplos de efeitos txicos irreversveis.MUTAGENICIDADE

a capacidade de uma substncia qumica em induzir mudanas ou mutaes no material gentico das clulas (cromossomos) que podem ser transmitidas durante a diviso celular. Se as mutaes ocorrem no vulo ou no espermatozide, no momento da fertilizao, a resultante combinao do material gentico pode no ser vivel e a morte pode ocorrer no estgio inicial de diviso celular na gnese do embrio.

A mutao no material gentico pode no afetar a fase inicial da embriognese, mas resultar em morte do feto no perodo posterior de desenvolvimento, surgindo o aborto. As mutaes podem resultar em anomalias congnitas. Acredita-se que o evento inicial de carcinognese das substncias seja uma mudana nesse material gentico.CARCINOGENICIDADE

a capacidade especfica que uma substncia qumica tem de produzir cncer ou tumores em animais de laboratrio e no homem.

A induo de cncer pelas substncias qumicas ocorre atravs de uma srie complexa de reaes individuais. Existem duas seqncias. Numa primeira fase, a clula normal se transforma numa clula neoplsica, atravs da ativao do metablito qumico carcinognico, havendo uma combinao do DNA com o carcinognico final. Numa segunda fase, a partir da clula neoplsica, ocorre o crescimento, surgindo o cncer. Exemplos de substncias reconhecidamente carcinognicas para o homem:

Aflatoxinas, asbestos, benzeno, benzidina, cloreto de vinila, entre outras

Exemplos de substncias provavelmente carcinognicas:

Acrilonitrila, formaldedo, slica cristalina, brometo de vinila, entre outros.

TERATOGENICIDADE

a capacidade que uma substncia tem de desenvolver uma malformao no embrio (feto) em desenvolvimento. A influncia das substncias qumicas depende da fase da reproduo durante a qual a exposio substncia ocorre. As malformaes ocorrem no primeiro trimestre da gestao. O feto suscetvel entre o 20o e o 40o dia de gestao. No quadro abaixo esto apresentados rgos e a fase da gestao onde podem ocorrer as anomalias.Exemplos de substncias com potencial teratognico: mercrio, chumbo, cdmio, solventes, inseticidas (pesticidas), agrotxicos, monxido de carbono, lcool, fumo, talidomida.rgo de afinidadeFase da Gestao (dias)

Crebro15 25

Olhos24 40

Corao24 40

Membros Superiores24 36

Membros Inferiores24 36

Fonte: Encyclopaedia of Occupational Safety and Health.

INTERAO QUMICA

O uso crescente de substncias qumicas nas diversas atividades pelo homem aumenta a possibilidade da interao de efeitos dos agentes txicos. Segundo Casarett, a interao qumica pode ser classificada nos seguintes tipos:a) Sinergismo

quando o efeito combinado de dois agentes qumicos maior do que a soma de cada agente dado isoladamente. Por exemplo: o tetracloreto de carbono e o etanol (lcool etlico) so hepatotxicos (txicos ao fgado), porm, quando combinados, provocam leso heptica muito maior do que as leses individuais de cada substncia.b) Potencializao

quando uma substncia que no tem efeito txico sobre um rgo ou um sistema adicionada a uma substncia que tenha efeito txico sobre esse rgo, surgindo ento um efeito muito maior.c) Adio

quando o efeito combinado de duas substncias qumicas igual a soma dos efeitos de cada agente isoladamente.d) Antagonismo

quando duas substncias so administradas juntas, uma intereferindo na ao da outra, e vice-versa. Este efeito desejado em toxicologia e a base para a formao de antdotos.RISCO

a probabilidade do efeito txico inerente de uma substncia qumica aparecer em um sistema biolgico exposto. Os elementos para avaliao do risco so: propriedades fsico-qumicas da substncia, vias de exposio, propriedades metablicas, efeitos toxicolgicos, resultados de exposies imediata e prolongada em animais e resultados de estudos no homem.EXPOSIO

o contato do organismo com uma determinada substncia txica. Esto relacionadas exposio: as diversas vias de penetrao das substncias , a freqncia, a durao e a dose.

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