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ALUNO: ARTHUR RAPOSO DE MEDEIROS TAVARES MARTINS TURMA: 3A Ao se fazer uma análise histórica e econômica do século XX e particularmente do período que se estende desde a década de 1970 até os dias atuais, é possível perceber mudanças nas formas de atuação do estado na economia e na sociedade. Essas mudanças são consequências de um século que desde seu início se mostrou com grandes oscilações no cenário mundial, não só no âmbito político com as duas guerras mundiais mas também nas políticas econômicas adotadas no campo internacional e nos modelos ideológicos que regiam o comportamento de seus estados. Com o início do século XX e com a corrida imperialista, é adotado por potências européias um padrão de comportamento no campo econômico no qual a riqueza das nações se lastreava no ouro, e onde a Inglaterra ( até então maior detentora de reservas de ouro do mundo) assumia uma posição de liderança, aumentando a estabilidade econômica internacional. A estabilidade acabaria com a Primeira Guerra Mundial, ressaltando a importância da reconstrução dos países envolvidos, posto que tiveram suas economias e infra estrutura abaladas pela guerra. É nesse contexto que surge então uma forma de atuação do estado diferente daquela até então contemplada pelo Liberalismo econômico. A “República de Weimar” instaurada na Alemanha se baseava num governo democrático que atuava de maneira mais forte nas questões

3A Arthur R.M.T.martins

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Análise Histórica do Século XX

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ALUNO: ARTHUR RAPOSO DE MEDEIROS TAVARES MARTINS

TURMA: 3A

Ao se fazer uma análise histórica e econômica do século XX e particularmente do

período que se estende desde a década de 1970 até os dias atuais, é possível perceber

mudanças nas formas de atuação do estado na economia e na sociedade. Essas

mudanças são consequências de um século que desde seu início se mostrou com grandes

oscilações no cenário mundial, não só no âmbito político com as duas guerras mundiais

mas também nas políticas econômicas adotadas no campo internacional e nos modelos

ideológicos que regiam o comportamento de seus estados.

Com o início do século XX e com a corrida imperialista, é adotado por potências

européias um padrão de comportamento no campo econômico no qual a riqueza das

nações se lastreava no ouro, e onde a Inglaterra ( até então maior detentora de reservas

de ouro do mundo) assumia uma posição de liderança, aumentando a estabilidade

econômica internacional.

A estabilidade acabaria com a Primeira Guerra Mundial, ressaltando a importância da

reconstrução dos países envolvidos, posto que tiveram suas economias e infra estrutura

abaladas pela guerra. É nesse contexto que surge então uma forma de atuação do estado

diferente daquela até então contemplada pelo Liberalismo econômico. A “República de

Weimar” instaurada na Alemanha se baseava num governo democrático que atuava de

maneira mais forte nas questões sociais, regulando a economia, a legislação e

consequentemente o comportamento dos agentes econômicos. Pela primeira vez

aparecia o conceito de “Social Democracia” como modelo de sociedade, marcando

assim medidas e padrões de comportamento que seriam adotadas pelas nações européias

e norte americanas mais tarde, influenciando diretamente a história recente dos últimos

trinta anos.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, se fazia necessário que novas

instituições econômicas fossem criadas, a fim de estabilizar novamente o cenário

internacional. Posto que o padrão ouro havia se mostrado ineficiente após a primeira

guerra culminando na crise de 1929, passou-se a adotar então um novo modelo, o

chamado Padrão Ouro Dólar. Esse padrão lastreava as riquezas internacionais no dólar (

moeda norte americana) já que o modelo de capitalismo dos Estados Unidos e sua

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importância na economia mundial saiam fortalecidos com a vitória dos aliados na

Segunda Guerra. O padrão e a estabilidade proporcionada pelo mesmo eram uma

maneira não só de permitir o desenvolvimento industrial das nações européias no pós

guerra, mas também de garantir que o capitalismo se firmasse nas nações em crise,

impedindo assim possíveis influências do socialismo soviético.

Ainda nesse contexto, eram estabelecidas mudanças na atuação do estado. É implantado

então um modelo chamado de “Wellfare State” em que o estado fazia a intermediação

entre o capital e o trabalho assumindo serviços e responsabilidades em relação à

sociedade. Esse modelo remete à Social Democracia da República de Weimar, e

apresenta uma mudança frente ao Liberalismo econômico presente nas nações

imperialistas.

Com o tempo, o mesmo modelo passa a se desgastar e sofrer limitações, à medida que

novas turbulências em âmbito mundial começam a aparecer, como por exemplo as

crises do petróelo, e que o estado assume grandes responsabilidades. Começam a

aparecer então problemas internos como a crise fiscal, em que as reservas do estado não

eram sulficientes para cobrir as responsabilidades assumidas por este, gerando como

consequência aumento dos impostos, inflação, aumento de dívidas, queda na

produtividade entre outros.

Desse modo, ficava claro que o o modelo adotado no pós guerra já não podia mais ser

mantido. Passava-se então a adotar medidas que remetiam ao antigo Liberalismo

Econômico, com diminuição da atuação do estado na economia, medidas de austeridade

fiscal e incentivos à iniciativa privada. Deu-se início assim ao perído conhecido como

“Neoliberalismo Econômico” que se punha como uma alternativa aos extremos do

Liberalismo Econômico e do Wellfare State, e tinha em suas bases a focalização dos

gastos públicos em educação, saúde e infra estrutura, fim de restrições à vinda de

empresas estrangeiras para o mercado interno, e estímulos à iniciativa privada.

O novo modelo aparecia em governos como o de Margareth Tatcher na Inglaterra,

Augusto Pinochet no chile e no governo de Ronald Reagan nos Estados Unidos.

A consolidação do neoliberalismo ocorre com “Consenso de Washington” em 1989,

quando são estabelecidas as bases do novo modelo econômico que seria adotado pelo

FMI, e pelas grandes potências.

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Com um novo modelo econômico a ser regido no mundo, e com uma estabilidade maior

como consequência também do fim da guerra fria em 1991, o mundo passa a viver um

momento de livre comércio, em que empresas podem atuar em outros países livremente,

e desenvolver o seu capital em qualquer parte do mundo. Essa nova situação em que a

troca de capital e informações se dá de maneira mais rápida e constante caracteriza o

termo “Globalização” que rege o quadro e a política internacional desde a década de

1990 até os dias atuais.