37
3 o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL POVOS INDÍGENAS DA AMÉRICA LATINA Trajetórias, narrativas e epistemologias plurais, desafios comuns 3 a 5 de julho de 2019, Brasília - DF, Brasil 4 a CIRCULAR | RESUMOS 1. O EVENTO O Terceiro Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina (CIPIAL) - 3 o CIPIAL - será realizado nos dias 3 a 5 de julho de 2019, na Universidade de Brasília (UnB), campus Darcy Ribeiro, em Brasília - DF, Brasil, com o tema central “Trajetórias, narrativas e epistemologias plurais, desafios comuns”. A presente circular visa oferecer informações gerais aos interessados em propor resumos de comunicações orais (artigos) ou de pôsteres para apresentação nos simpósios temáticos do 3 o CIPIAL. 2. RESUMOS Cada resumo de comunicação oral (artigo) ou de pôster deve ser submetido a um dos simpósios temáticos do 3 o CIPIAL, descritos no Anexo 1 desta circular. Cada simpósio poderá acolher de 8 (oito) a 24 (vinte e quatro) comunicações orais e de 3 a 10 pôsteres. Os resumos serão avaliados pelos coordenadores de simpósios, devendo atender aos critérios desta circular. O aceite e/ou indeferimento das propostas de comunicação oral ou pôster são, portanto, da responsabilidade dos coordenadores dos simpósios temáticos para os quais tenham sido submetidas. Serão aceitos resumos com até 4 (quatro) co-autores ou com assinatura coletiva. Cada autor poderá apresentar até 2 (duas) comunicações, não sendo possível, contudo, garantir que um mesmo autor não tenha seus horários de apresentação superpostos. Eventuais mudanças no horário de apresentação deverão ser pactuadas com os coordenadores dos simpósios.

3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

  • Upload
    lenhan

  • View
    219

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

3oCIPIAL

TERCEIROCONGRESSOINTERNACIONALPOVOSINDÍGENASDAAMÉRICALATINA

Trajetórias,narrativaseepistemologiasplurais,desafioscomuns

3a5dejulhode2019,Brasília-DF,Brasil

4aCIRCULAR|RESUMOS

1. OEVENTO

OTerceiroCongressoInternacionalPovosIndígenasdaAméricaLatina(CIPIAL)-

3oCIPIAL-serárealizadonosdias3a5dejulhode2019,naUniversidadedeBrasília

(UnB),campusDarcyRibeiro,emBrasília-DF,Brasil,comotemacentral“Trajetórias,

narrativaseepistemologiasplurais,desafioscomuns”.

Apresentecircularvisaoferecerinformaçõesgeraisaosinteressadosempropor

resumos de comunicações orais (artigos) ou de pôsteres para apresentação nos

simpósiostemáticosdo3oCIPIAL.

2. RESUMOS

Cadaresumodecomunicaçãooral(artigo)oudepôsterdevesersubmetidoa

umdos simpósios temáticos do3o CIPIAL, descritos noAnexo1 desta circular. Cada

simpósiopoderáacolherde8(oito)a24(vinteequatro)comunicaçõesoraisede3a10

pôsteres.

Os resumos serão avaliados pelos coordenadores de simpósios, devendo

atenderaoscritériosdestacircular.Oaceitee/ou indeferimentodaspropostasde

comunicaçãooraloupôstersão,portanto,daresponsabilidadedoscoordenadores

dossimpósiostemáticosparaosquaistenhamsidosubmetidas.

Serãoaceitosresumoscomaté4(quatro)co-autoresoucomassinaturacoletiva.

Cadaautorpoderáapresentaraté2(duas)comunicações,nãosendopossível,contudo,

garantirqueummesmoautornãotenhaseushoráriosdeapresentaçãosuperpostos.

Eventuais mudanças no horário de apresentação deverão ser pactuadas com os

coordenadoresdossimpósios.

Page 2: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

2

3. COMOAPRESENTARPROPOSTAS

Propostas de resumos de comunicação oral (artigos) ou pôsteres podem ser

apresentadasemespanhol,portuguêsouinglês,devendoseranexadasemformulário

específicodisponívelemhttps://goo.gl/forms/pLGaVIg18GVaCoYe2,emformatoPDF.

Cadapropostadeveincluir:

a) Títulodeaté200caracteres(comespaços);

b) Nome(s)do(s)autor(es)ouassinaturacoletiva,seguido(s)do(s)e-mail(s);

c) Resumo com até 2800 caracteres (com espaços), exceto referências

bibliográficas.

OsresumosdevemserapresentadosnoformatoA4,emfonteArial,tamanho

12,espaçamentoentreaslinhas1,5cm,commargensde3cmsuperioreesquerdae2

cminferioredireita.

4. CRONOGRAMA

Os resumos de comunicações orais (artigos) ou pôsteres deverão ser

apresentadosatéodia31dedezembrode2018.Osresumosaprovadosporsimpósio

serãodivulgadosnodia4defevereirode2019,conformecronogramadeorganização

do3oCIPIAL.Qualqueralteraçãonestecronogramaserádivulgadanositedocongresso

(www.congressopovosindigenas.net).

5. MAISINFORMAÇÕES

Mais informações sobre o 3o CIPIAL podem ser obtidas no site do congresso

(www.congressopovosindigenas.net). Orientações quanto ao formato para a

apresentaçãodostrabalhoscompletos(artigosoupôsteres)serãoobjetosdecircular

específica.

6. CONTATOS

E-mail:[email protected]

Facebook:CongresoInternacionalPueblosIndígenasdeAméricaLatina(CIPIAL)

Page 3: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

3

ANEXO1|SIMPÓSIOSTEMÁTICOS

ST01|Aquestãourbana:reflexõeseperspectivasetnográficasehistóriassobreosíndiosecidadesEduardoSoaresNunes(UniversidadeFederaldoOestedoPará,Brasil);MartaAmoroso(UnivesidadedeSãoPaulo,Brasil).Em todo a América Latina, a presença indígena nas cidades se faz cada vez maismarcante.Se,porumlado,issosedeveaoaumentodemigraçõesedetrânsitosentrealdeiaecidade,propiciadospormotivosdiversos,poroutro,oqueassistimoscrescerhojeémuitomaisavisibilidadedessaspopulaçõesqueapenasseunúmero–apresençaindígenanascidadesnãoédeformaalgumaumfenômenonovo.Masadespeitodealguns trabalhos pioneiros, é apenas em anos recentes que a antropologia latino-americanatemsededicadomaissistematicamenteaotema.Oscontextos,entretanto,sãomuitodiversos:hácomunidadesindígenasvivendoemgrandescidades,háaldeiascoladasàpequenascidadesregionais,hápessoas(deumaúnicaoudeváriasetnias)queseorganizamem redenosmais diversos contextosurbanos (incluindometrópoles ecapitais),hácasosemqueapresençanacidadeémaistransitória,pormotivosvariados,hácidadesquepodemserditas“indígenas”etantasoutrassituaçõesmais.Cabenotarainda que as histórias particulares dos vários países colocam questões específicas.Tambémavariedadedetemaseproblemasqueessassituaçõessuscitaméampla:daterritorialidadeaoaspectoeconômico,dasrelaçõesdeparentescoadireitosterritoriais,dastransformaçõesindígenasàsrelaçõesassimétricasdepoderparacomoEstadoe/ouapopulaçãoregionalalém,certamente,decolocarquestõesordemmetodológica.Oobjetivo desse simpósio é reunir pesquisadores e pesquisadoras indígenas e não-indígenas que venham se debruçando sobre a presença indígena nas cidades parapromoverumdebatecomparativoque,articulandodiferentesperspectivasetnográficasehistóricas,possatantodimensionareenriqueceraspesquisasemandamentosobreotema,quantoestimularinvestigaçõesfuturas.ST02|Actores, figurasyestrategiasdemediaciónen la imparticiónde justiciaencausasconindígenas(AméricaLatina,finesXVIII-mediadosXX)NúriaSalaiVila(UniversitatdeGirona,Italia);MirianGalante(UniversidadAutónomadeMadrid,España).Existe un consolidado consenso historiográfico acerca de que la construcción de lasrepúblicas latinoamericanasse imaginósobreelparadigmadelahomogeneidadydeque laexistenciade instituciones, jurisdiccioneso figuras jurídicasque reconocíanelprincipiodeexcepcionalidadodeparticularidadjurídicaenelsigloXIXeranexpresiónde la prolongación de un sistema propio del Antiguo Régimen o de la debilidad,incapacidad o insuficiencia del recién asentado Estado liberal. El presente simposioproponerepensarestetópico,desdelaperspectivadelaparticularidadindígena.¿Quéconsecuencias tuvo ladesaparicióndelprotectorde indiosodelTribunalGeneraldeindiosenlascausasenlasqueestabanafectadosestossujetos?¿Sedesarrollaronotrotipo de estrategias para tratar de actuar de manera particular sobre estas causas?¿Cómoactuaronlascomunidadesindígenas?¿Aquétipodefigurasjurídicas,instancias

Page 4: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

4

de mediación o de defensa recurrieron para desarrollar sus causas? ¿Siempre seconsiderónegativamentelapervivenciadeestetipodeexcepcionalidades?¿Cómoseinterpretóeneldebatepúblicolaexistenciadeunatradiciónjurídicaquereconocíaunestatusparticularalindígena?ST 03 | Andanzas territoriales indígenas en América Latina: trayectorias yrecomposicionescontemporáneasBastienSepulveda(UniversitédeLille,Francia);EmersonGuerra(UniversidadeFederalRuraldoRiodeJaneiro,Brasil);RobertaArruzzo(UniversidadeFederalRuraldoRiodeJaneiro,Brasil).Este simposio propone contribuir, desde una perspectiva comparativa, a unamejorcomprensión de las realidades territoriales indígenas en América Latina. Mientrasnuevos focos de conflicto se siguen abriendo frente al incesante despliegue de laseconomíasneoliberales,resultadesumaurgenciarepensarlasrealidadesterritorialesindígenasyentendermejor tanto lasapuestasplanteadasporel reconocimientodelderechoindígenaalterritorio,comolasrecomposicionesterritorialescontemporáneasylasdinámicasquelassustentan.Desdelascomunidadeshistóricamentesituadasenespaciosruraleshastaloscentrosurbanosdonderesideunapoblaciónindígenacadavezmásnumerosa,sebuscarárecorrerlosmúltipleslugaresquearticulan,configuranydansentidoaestasterritorialidades.Asítambién,seexploraránlosespaciosmaterialesy/osimbólicosdeconflicto,dominación,resistenciaycreatividadenjuegoatravésdelos actuales procesos de reconstrucción territorial indígena. A través de trabajosprocedentesdedistintasregiones,variadassituacionesterritorialesyformuladosdesdediversoscampostemáticosyteóricos,tantodelageografíacomodedisciplinasafines,se espera procurar un acercamiento y un diálogo fecundos en pos de un análisiscomparado al servicio de un mejor entendimiento de las geografías indígenas enAméricaLatina.ST 04 | Arqueologia – Etnografia – Patrimonio: articulaciones, disputas yagenciamentospara la construccióndepatrimonios interculturales con lospueblosindígenasWalmirPereira(EscoladeHumanidades,UniversidadedoValedoRiodosSinos,Brasil);VictorFalconHuayta(UniversidadNacionalMayordeSanMarcos,Perú);StellaMarisGarcia (Laboratorio de Investigaciones en Antropología Social, Facultad de CienciasNaturalesyMuseo,UniversidadNacionaldeLaPlata,Argentina).Estesimposioproponeabrirunespacioparadialogaryreflexionarsobrelaposibilidadde articular la Arqueología y la Etnografía con el campo sociocultural y político delpatrimonio cultural material/tangible a propósito de los estudios sobre Patrimonio.Tomamoscomopuntodepartidalacuestióndela“materialidad”delasproduccioneshumanasquenos llevaasubrayarel rolde lasdisciplinascientíficasaludidas.Porunlado,elaportede los contextosarqueológicos relevantespara la consideracióny re-evaluación de sitios o complejos de edificaciones que, incluso, pueden ostentarrepresentacionesdediversanaturalezaque,sinembargo,sonre-interpretadasenuna

Page 5: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

5

virtual puesta en valor en función del turismo y sus expectativas. Por otro, lacertidumbre de que la perspectiva etnográfica habilita canales de comunicación eintercambio con los pueblos y colectividades indígenas referentes a esos “objetosmateriales” que explican y/o admiten apropiaciones, rechazos, valoraciones yprioridadesdeloquepuedeonoserconvertidoenbienpatrimonialy,eventualmente,ser tratadodesde lagestióncultural. Fundamentanuestra inquietud lanecesidaddeencontrar otros caminos que posibiliten la deconstrucción colonial de patrones deinterpretaciónde lavidasocialdegruposhumanoscuyossaberesancestrales fueronsistemáticamente invisibilizados pero sus producciones materiales reificadas en lasvitrinasdelosmuseosolosmonumentospuestosenvalor.Esperamosrecibirtrabajosque den cuenta de experiencias de investigación localizadas, que problematicenaspectos teórico-metodológicos ligadas a la articulación disciplinar propuesta y/oapunten a desentrañar las tensiones emergentes ante la factibilidad de construirpatrimoniosinterculturalesenlacomplejasociedadcontemporánea.ST05|ArtesindígenasepatrimônionaAméricaLatina-México,VenezuelaeBrasilLarissa LacerdaMenendez (Departamento de Artes Visuais, Universidade Federal doMaranhão,Brasil);CesarAnibalTransitoL.(UniversidadNacionalAutónomadeMéxico,México);NalúaRosaSilvaMonterrey(CentrodeInvestigacionesAntropológicasdeLaUniversidadNacionalExperimentaldeGuayana,Venezuela).Estesimpósiotemcomoobjetivomostraropatrimôniodaculturamaterialindígenaemestudoslatino-americanosapartirdaanálisededadosbibliográficosemestudossobreartesindígenasnoMéxico,VenezuelaeBrasil,assimcomodarvisibilidadeàsproduçõesindígenas coletivas e autorais na atualidade. O simpósio visa problematizar essasproduçõesesuasabordagensteóricasapartirdaperspectivadecolonial.ST06|BiografiasehistóriasdevidacomoportadeentradaparacompreensãodepovosindígenasJoão Pacheco de Oliveira (Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro,Brasil); Diego Escolar (Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas -CONICETylaUniversidadNacionaldeCuyo–UNCuyo,Argentina).O objetivo desse simpósio temático é reunir pesquisadores de diferentes países eformaçõesdisciplinaresparaabordarospovosindígenas,suahistóriaecultura,atravésde experiências muito concretas vividas numa dimensão temporal, representadaporrelatosbiográficos,históriasdevidaetrajetórias.ParafraseandoMarcBlochoquenosdespertaaatenção,talcomoaosogrosnoscontosdefadas,sãoosvariadoscheirosde humanidade, em que os movimentos coletivos podem ser lidos, ilustrados oucontrapostosapercursosindividuais.Ouseja,casosemqueideologiaseconcepçõesdemundosesomamouconflitamcomaspráticassociais,emqueprojetoseestratégiasserelacionamcomasemoçõesecomdisposiçõesinconscientes.Emqueosocialnãoseapresentacomoumatotalidadeorgânicanemoculturalcomoumaqualidadeaprioriedeterminante,mas como um processo constitutivo, expressando um jogo de forçascontraditóriase sobrepostas.As clássicashistóriasnacionais, assimcomoosestudos

Page 6: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

6

antropológicos sobre povos indígenas específicos, frequentemente tomam aosindígenascomopersonagenssecundários -oumesmoparadoxalmenteexteriores -àformação nacional ou a sua contemporaneidade nomundo globalizado. A intençãodesteSimpósioTemático,épropiciarumespaçoparaaspesquisasemandamentosobreahistóriaindígenaeapresençadosindígenasemhistóriasnacionaisoutrasnacionais,com destaque para a descrição e análise das formas de dominação em queestiveram/estãoinseridos,osmodosdeorganizaçãodesuasculturaseosimbolismodesuasestratégiassociais,políticasereligiosas.ST07|Construccióndeldiscursonarrativocontra-hegemónico,diálogointerculturalyepistemologíasdiversasInés María de los Angeles Cornejo Portugal (Universidad Autónoma Metropolitana,Unidad Cuajimalpa, México); Cornelia Geibeler (Universidad de Ciencias AplicadasBielefeld, Alemania); Isabela Cordunianu (Universidad Autónoma de la Ciudad deMéxico,México).Proponemos intercambiar experiencias analíticas sobre las “narrativas enconfrontación”entemasdejuventud,migrantesyretornadosindígenas,comunidadesLGBT+,comoformasdemiraral“otro”enelespaciopúblicoparaponerentensióneldiálogo de espiritualidades, epistemologías, narrativas, representaciones yautorepresentacionesdesubalternosyhegemónicosenAméricaLatina.EnelsigloXXlas ciencias sociales dieron un “giro lingüístico” enmarcado por Derrida, Guatarri, yDeleuze,ylosestudiosposcoloniales(EscueladelaIndiaydeAméricaLatina).DeestafiliaciónsedesprendeSpivak,cuyaobraaportaalaliteraturadecolonialactual(Spivak,1988).Por“pensamientonarrativo”entendemos“untipodeconocimientoparticularmediante el cual otorgamos inteligibilidad al mundo, lo significamos y somossignificados”(HernándezSalamanca,2010).Lasnarrativasseencuentranenconflictooennegociacióncuandosedisputanespaciosdepoder(factual,político,simbólicoodeenunciación).Enelsimposioinvitamosponenciasyotrotipodeproductosmultimodales(audio/visual) que discutan saberes hegemónicos y subalternos y susmomentos de(des)encuentros,desdelasperspectivasdelaliteraturadescolonialactualparapropiciareldiálogointerculturalenespaciospúblicosdiversoscomoloproponeSousaSantosensu“conceptionintercultural”(SousaSantos:2013).ST08|Dasubordinaçãoà(difícil)construçãoderelaçõespluriétnicaseplurinacionaisIVLinoJoãodeOliveiraNeves(DepartamentodeAntropologia,UniversidadeFederaldoAmazonas,Brasil);PatriciaZuckerhut(UniversidaddeViena,Austria);CarlosRafaelReaRodríguez(UniversidadAutónomadeNayarit,México).EsteSimposiopretendeagregaractivistasyprofesionalesdelosdistintoscamposdelashumanidades, para profundizar la reflexión crítica sobre el proceso continuado deanulación y eliminación de los sistemas nativos de producción de conocimientoimpuestoporlamodernidadeuropeaentodaslaspartesdelmundo,enparticularmenteen América Latina. Tomando como punto de partida la resistencia de los pueblos

Page 7: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

7

indígenas el simposio pretende dar atención especial a la escalada de violenciapracticadaporel(neo)extractivismo,enparticularenloqueserefierealasituacióndelospueblosaislados,queacadapasosevuelvemástrágica,consusespaciosvitalesdesupervivencia–susterritorios–cadadíamásamenazadosporfrentesdeexplotación(maderera,petrolerayminerária)yelagribusiness,noquedandolesmásespaciosparadefendersusmundos.Comoenedicionesanteriores(ICIPIAL,Oaxaca/2013;IICIPIAL,SantaRosa/2016 y 56 ICA, Salamanca/2018), el Simposio invita a los participantes aavanzarenlabúsquedadefundamentosteórico--conceptualesydeestrategiaspolíticasdesuperacióndesituacionesdesubordinaciónepistemológica,cultural,socialypolíticay ladeconstruccióndel colonialismoquehistóricamente lospueblos indígenasestánsometidos y la búsqueda, igualmente necesaria, de construcción de relacionesmultiétnicasymultinacionalesmásacordesconlarealidaddelassociedadespluralesexistenteenAméricaLatinayentodaslaspartesdelmundo.ST09|DiálogosinterdisciplinaresdetemastransversaisàeducaçãoformaleinformalnosespaçosescolaresenãoescolaresdaEducaçãoIndígenaIraniLauerLellis(UniversidadeFederaldoOestedoPará,Brasil);AntôniaLemosBragaMoraes (Faculdade Educacional da Lapa, Brasil); Riquelme Mella Enrique Hernan(UniversidadeCatólicaDeTemuco,Chile).Debatessobreoindígenaemcontextoampliadodeinserçãocomo:processospolíticos,econômicos,mercadodetrabalhoeuniversidadeéfrequenteeverifica-seoaumentode intervenções educativas para esses povos. Todavia, abordar essa discussão exigediferentesperspectivasquetranscendemocontextoetemáticasformaisdaeducação.Assim, este simpósio pertencente ao eixo: Educação Para a Diversidade convocapesquisadoresdaeducação,psicologia,antropologiaeáreasafinsparadialogartemastransversais (afetividade, habilidades sociais, cognições, crenças, metas, práticas evaloresdeprofessoresealunosindígenas,interaçõessociais)daeducação,vivenciadosnosespaçosescolaresenãoescolares,visandotraçarnovosrumossobreaeducaçãoformalenãoformaldospovosindígenas,compreendendoaimportânciadepesquisasnessa temática no sentido de refletir nos desafios encontrados e superá-losmovimentando as fronteiras científicas e desmistificando noções reificadas egeneralizadassobreospovosindígenas.Estesimpósioobjetiva:1)Debaterexperiênciaseducacionaisnão formalpara índios.2)Analisardiversos temas transversaisquesãosubjacentesaeducação.3)Sistematizarexperiênciasatuaisparaaeducaçãoindígenas.4)Aprofundarestudosdetemastransversaisnaeducaçãoindígenaemcontextoescolarenãoescolarnaeducaçãoformaleinformal.ST10|Direitodesereexistir:relatosderesistênciadospovosindígenasnoBrasilLuiz Felipe Barboza Lacerda (Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP eObservatório Nacional de Justiça Socioambiental – OLMA, Brasil); Jonny Giffonis(MinistérioPúblicoRegionaldoPará,Brasil);AurilenedaSilva (CentroAlternativodeCultura–CAC/PA,Brasil).

Page 8: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

8

AtravésdorelatodelutaseresistênciasdepopulaçõesindígenasMaruanas,KambebaseAssuriniosimpósiobuscaapontaredebaterosdesafiosenfrentadospelaspopulaçõesindígenasnagarantiadeseusdireitosfrenteaosprocessosdereconhecimentoétnico,regularizaçãodeterrastradicionaiseconsultaprévia,notocantearelaçãocomoestadobrasileiro. Os relatos demostram como, através das organizações indígenas, darepresentaçãopolítica,mastambémdaarte,damúsicaedapoesia,desenvolvem-seestratégiasdeenfrentamentoesuperaçãodestashistóricasproblemáticas.Ampliandoainterlocuçãoeapossibilidadedecompreendertaisdesafiosealternativasapartirdeumaperspectivaamplae interdisciplinar,contaremoscomanálisescolaborativasaosrelatosindígenasdentrodasperspectivasdodireito,dapsicologia,doserviçosocialedasciênciassociais.ST11|Direitosindígenas,pós-modernidadeeepistemologiasdecoloniaisLuizFernandodeOliveira (UniversidadeFederaldeGoiás,Brasil);EvaCristinaFrancoRosadosSantos(UniversidaddoMuseoSocialArgentino,Argentina).Diante da visão opressora acerca do outro legada pelo séc. XX e suas guerrasneocolonialistas, como as famosas I e II Guerras Mundiais, as quais ocorreram emcontextosdeusodaviolência contraospovos considerados inferioresporpotênciaseuropeias,surgiramteoriasdoconhecimentoquebuscaramdirimirasvisõesdospovosnativosbaseadasnahierarquiaclassificatóriapautadanoeurocentrismo.Aofinaldoséc.XX populariza-se o paradigma pós-moderno, com base no esgotamento das teoriasmaterialistasdegrandevultonosanos1970,queapesardegrandevaliaparaasteoriascontra a opressão social, não permitiam um recorte mais focado no estudo dasdiferenças culturais. Surge então uma forma de pensar o moderno vinculada àdecadênciadasgrandesnarrativasgeneralistas,oassimchamadopós-modernoabre-separaapluralidade,aausênciadenarrativasglobalizantes.Oindígena,então,passouafigurarnãoapenascomolocaldeestudosacercadosocial,mastambémcomofontedesaberes,asnarrativaspluraispromoveramosurgimentodeespaçosepistemológicosparaabrigaressaalteridade,bemcomoosurgimentodedispositivosjurídicosinseridosemdiversascartasconstitucionais,resultando,posteriormente,noiníciodoséc.XXI,empolíticas públicas de inclusão. O presente simpósio visa, portanto, fortalecer oargumento da pluralidade, abrigando comunicações que tenham por base asepistemologiasnãovinculadasàsviolênciasneocoloniais,contribuindoparaaampliaçãodosdireitosindígenas.Busca-secomessesimpósio,destafeita,abrigarcomunicaçõesqueabordemaquestãodosdireitosindígenas,suabaseteórica,suasaplicaçõespráticassejam em termos de pesquisa ou em termos de atuação tanto estatal quanto dasociedadecivil.Serãoaceitascomunicaçõesbaseadasemquaisquerrecortestemporaiseespaciais,osimpósioestápautadoaindanainterdisciplinariedade.ST 12 | Educação superior, diversidade cultural e interculturalidade: avanços edesafiosnoacessoenapermanênciaemuniversidadeslatino-americanasRitaGomesdoNascimento(SecretariadeEducaçãoContinuada,Alfabetização,DiversidadeeInclusão-SECADI,MinistériodaEducação-MEC,Brasil);JoãoFranciscoKlebaLisboa(UniversidadeFederaldoParaná,Brasil).

Page 9: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

9

Espaçoparadebatersobreoacessoeaconsolidaçãododireitoàeducaçãosuperior,paraospovos indígenas, quilombolas eoutras comunidades tradicionaisnaAméricaLatina. Nele propõe-se a reflexão a partir de políticas de acesso, permanência econvivêncianasinstituiçõesdeeducaçãosuperior.Nocontextobrasileirosedestacamoscursosinterculturais,taiscomooscursosdeformaçãodeprofessoresindígenaseaspolíticasdecotasqueincidemnoacessodessesgruposacursodegraduaçãoedepós-graduação. Neste espaço de debates compreende-se que não se deve dissociar aeducaçãodasdemaisquestõesprementesaessespovosecomunidadestradicionais,umavezqueelatempapelhistóricodeterminanteemsuasrelaçõescomassociedadesnacionaisenvolventes, alémde seapresentar imbricadaemsuasdiversasdemandasatuaiseprojetosdefuturo.Aconcepçãointercultural,porsuavez,servenãoapenasparadiscutiraeducaçãoescolarindígenaequilombolaeainserçãodesses“outros”naredepúblicadeensinobásicoenoensinosuperior,masocupalugarcentralemprojetosintersocietáriosdedimensõeséticas,políticaseepistêmicasmaisprofundas.Ainserçãoemcontextosmaisamplos,portanto,assimcomoacomparaçãoapartirdeexperiênciasvivenciadasporessessujeitosnasAméricas,serãomeios importantespararefletirosavançosedesafiosemtornodessatemática.ST 13 | Educação, escola e crianças indígenas: apropriações, re-existências econtradiçõesMaría Aparecida Bergamaschi (Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS,Brasil);OlgaLucíaReyesRamírez(UniversidadNacionalAbiertayaDistancia-UNAD,Colombia).Na história recente dos povos indígenas da América a educação e a escola tem-sereconfigurado.Espaçosantesutilizadosparacolonizarsãohojeplataformasdetrabalhocultural,políticoecomunitáriodospovosindígenas.Estesmovimentosdeapropriaçõese re-existências, se alimentam de variadas fontes e se potencializam em meio amúltiplascontradições.Materializam-seaolevarparaaescolaelementosculturaiscomoalíngua,astradiçõesesaberespróprios,apalavradosmaisvelhoseacrescenteatuaçãodeprofessoras/esindígenas.Olugardascriançasnessesprocessoséfundamental.Asformasdeser-estarcriançasindígenasquestionamaspráticasescolaresconservadoras,como, por exemplo, osmodos de aprender, ensinar e construir conhecimentos. Nocaminho de fortalecimento e afirmação, multiplicam-se as políticas educacionais,tendentesadinamizarepotencializarlugaresdeexistênciadascomunidadesindígenas,legitimandoacriaçãodeescolasepráticaseducativasdiferenciadas,construídassobaliderançadosprópriosindígenas.Osnovoscontextoseformasdelutadascomunidadesapontamanecessidadede continuaragenciandoprocessoseducacionaiseescolaresdesde perspectivas interculturais, participativas, diferenciadas, respeitando aautonomiadospovos,gestoresdesuasprópriastrajetórias.Nessesimpósio,propomosreflexõesmultidisciplinaresacercadessesmovimentosqueanunciamapropriações,re-existênciasecontradiçõesnocampodaeducaçãoedasescolasindígenas.ST14|EpistemologíasdelasostenibilidadenmundosindígenasdeAméricaLatina

Page 10: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

10

Jorge Legoas (Universidad Central del Ecuador, Ecuador); William Andrés MartínezDueñas(UniversidaddelMagdalena,Colombia).El campo de la “sostenibilidad” - idea que apunta a una partición particular de losensible,sinoacasodeloposible-esunaarenaabiertaaunaluchadesentidocuyoespectrovadesdeelpropioinformeBrundtlandhastacosmologíasyprácticasindígenasderelaciónconsumedio,pasandoporlasvisionesdediferentesagentesintermediariosquetienenporfunciónconectarambosextremos.Estalargacadenadeactores,además,sugiere la existencia de mundos en tensión o inconmensurables en los cualesnaturalezaspropias,espacio-temporalidadesdiversasyapuestasparticularesestánenjuego.Estesimposiobuscaexplorarloselementossiguientes:1)Formasdesignificaryconseguirlosostenibleennarrativasyprácticasdeactoreseconómicos,degobierno,ode promoción del desarrollo que alcanzan en alguna medida —o apuntanexpresamente— a grupos indígenas. 2) Principios cosmológicos, subjetivaciones yprácticas políticas, horizontes de lo posible y aspiraciones colectivas (así comoeventuales sentidos locales de la sostenibilidad) que son performadas por sujetosindígenasyquepotencialmenteenfrentan,sortean,dialogan,osonnegociadasconlasprimeras. 3) La diversidad de mundos o naturalezas que resultan de ambasaproximaciones a lo “sostenible” y que coexisten en tensión. Serán presentadasreflexionesconunasientoempíricoennarrativasoprácticasdemundosindígenasdediversasregionesdeAméricaLatina,enlasqueseesboceunoomásdeestoselementos.ST15|Epistemologíasdiversas:corporalidades,sanaciónyentornossocialesVicente Torres Lezama (UniversidadNacional de SanAntonio Abad del Cusco, Perú);YuribiaVelázquezGalindo(InstitutodeAntropología,UniversidadVeracruzana,México).A lo largo de la vida, los seres humanos enfrentan situaciones en que su salud sedeteriora.Lasprácticasconlascualessebuscaalcanzarelrestablecimientodelasaludson diversas y tienen su fundamento en sistemas específicos de significados que searticulanbajológicaspropiasestableciendoformasparticularesdedefinirlosdiversosseresquehabitanelentorno,suscorporalidades,susenfermedadesymodalidadesdesanación:enfocadastantoalossereshumanos,comoalosnohumanoscomolosríos,lagunas, montes y animales, entre otros. Tanto las prácticas de sanación como lossaberesquelassustentansonunproductohistóricogeneradoydepuradoatravésdeltiempoporlospueblosindígenascolaborandoalaconstruccióndelampliorepertoriodealternativasposiblesquehemosgeneradocomoespeciepararesolverlosproblemasque nos aquejan. Consideramos que es de gran importancia analizar estosconocimientos especializados que continúan transmitiéndose de generación engeneracióncomopartedeunlegadovaliosoalinteriordeloshogaresapesardequehistóricamentehansidodemeritadasycalificadascomoinsuficientesonocompetentespor la modernidad -el modelo cultural hegemónico-, sólo porque corresponden asistemasdepensamientodepersonasqueocupanlugaressubordinadosdelasociedad.Estas prácticas de sanación validadas negativamente y que, además, atiendenenfermedadesconsideradascomonoexistentessonunejemploclarodelaconstrucciónde la ausencia, en términos de Boaventura de Souza Santos. Este simposio es unesfuerzo colectivo por reconocer, analizar y reflexionar teóricamente sobre estos

Page 11: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

11

complejos corpus de conocimiento sobre el ser humano y su entorno, desde unaperspectivacríticayrespetandolavozdelosactores,conlaideanosólodeidentificarloslímitesexplicativosdenuestrosmodelosteóricosactuales,sinodeatisbarenotrasrealidadesposibles.ST16|EstratégiasdecoloniaisdeproduçãodeconhecimentosefortalecimentodasidentidadesindígenasElias Nazareno (Universidade Federal de Goiás – UFG, Brasil); Jorge Kulemeyer(UniversidadNacionaldeJujuy,Argentina).Apropostapretendeapresentaroresultadodaspesquisasquevemsendorealizadasnosúltimos10anosequeestãovinculadasaoProgramadePós-GraduaçãoemHistóriadaUFGeaocursodeEducaçãoInterculturalIndígena-CEIIdaUFG,NúcleodeFormaçãoSuperiorIndígenaTakinahakỹdaUniversidadeFederaldeGoiás–UFGeaoNúcleodeHistóriaAmbientale Interculturalidade–NUHAI/UFG.Nela,compartilhamosalgumasreflexõesacercadanossaexperiênciacomodocentesnocursodeHistóriaenoCEIII.Nesteúltimo,comoorientadordeestágioedosprojetosextraescolaresdosdiscentesindígenasdopovoindígenaJavaé/BeròBiawaMahãdudesde2010.Entreosobjetivosda proposta destacam-se a articulação das estratégias decoloniais de produção deconhecimentos,fortalecimentodasidentidadesindígenasecomoelaspodemcontribuirnacompreensãodasnarrativasdopovoJavaé.Apropostainsere-senaperspectivadosestudosdesenvolvidossoboenfoquedaInterculturalidadecrítica,dadecolonialidadeedo enfoque enactivo, aproximando-se à fenomenologia do lugar. (THIAGO, 2007;ESCOBAR,2005e2013;NAZARENOeSTIVAL,2013).Pretendeampliaraspossibilidadesdedialógicoedearticulaçãopluriepistemológicaqueleveemcontaahermenêuticadosmúltiplossaberesefazeresnasrelaçõesentrehistória,tempoelugareautilizaçãoesignificadodestesconceitosparaosindígenasdopovoJavaédaetnoregiãoAraguaia-Tocantins.ST 17 | Gobierno de los recursos naturales y procesos decomunalización/descomunalizaciónenlospueblosindígenas,siglosXIX-XXIEric Leónard (Institut de Recherche pour le Développement – IRD, Francia); AntonioEscobar Ohmstede (Instituto de Investigaciones Históricas – IIH, Centro deInvestigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social – CIESAS,UniversidadeNacionalAutónomadoMéxico-UNAM,México).El panel se propone examinar los procesos y lógicas sociales de “comunalización” y“descomunalización”quehanexperimentado lospueblos indígenasy campesinosendiversos países de América Latina, en términos de transformaciones de lasorganizacionessociales,lossistemasdegobiernoylasinstitucionessociopolíticasentrelamitad del siglo XIX y las dos primeras décadas del siglo XXI. Este periodo ha sidomarcado por repetidos intentos estatales por redefinir los derechos de propiedadejercidosporydentrodelascomunidadesrurales–leyesliberalesdedesamortizaciónyprivatizaciónde los terrenos comunalesdel sigloXIX; reformas agrariasdel sigloXX;reformas neoliberales de las últimas tres décadas– que han tenido impactos

Page 12: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

12

diferenciados en términos de reconfiguración de las organizaciones sociopolíticaslocalesysus relacionescon lassociedadesnacionalesy losmercados.Ensumayoríaestasreformaslegaleshansoportadoproyectosdereconfiguración,dedisolución,odegenuina construcción comunitaria, en pos de integración al Estado y la sociedadnacional,y/odecreacióndeunautopíacomunitaria–enformadepueblo,cooperativaoempresacolectiva.Tantolasreformas(neo)liberalescomolasreformasagrariashansido enfrentadas o por el contrario apoyadas por ciertos sectores dentro de lassociedadeslocalesqueperseguíaninteresesyobjetivosheterogéneos.Dieronlugaraprocesosdealianzaentreestossectores,elaparatoestatalyempresariosprivados,opor el contrario a coaliciones locales que las confrontaron y resistieron a suimplementación,conincidencias,enamboscasos,enlareconfiguracióndelasformascomunitarias. En la mayoría de los casos, el producto de esas reformas no fue eldesplazamientodelasantiguasnormasderegulacióndelapropiedadporlosnuevossistemas de derechos, sino la superposición de registros normativos y sistemas deautoridad,tantoenloagrariocomoenlopolítico.Lapropuestadepanelsefocalizaenlasdinámicasdelosregímeneslocalesdegobernanzadelosrecursosnaturales(tierras,aguas, bosques, yacimientos minerales y en el periodo reciente, germoplasmas,potencialeólicoyfotoeléctrico...)ydeloshombres,yenlasformasdeimbricaciónqueestos regímenes potencian entre bienes comunes y bienes privados, así comoentrecomunidadesdepertenencia(local,étnica,nacional,etc.),apartirdeladefinicióndelcontenidode losderechosdepropiedad yde la legitimaciónsocialde las instanciashabilitadas a regular el ejercicio de esos derechos. El objetivo principal es poner endiscusiónydebatelasregularidadesysingularidadesobservablesatravésdeltiempoydelespacioentrediversosprocesossituadosdecambioinstitucionalrelacionadosconreformas legales de los regímenes de propiedad de los recursos naturales, y susincidenciassobre las formasdegobiernopolíticoy las relacionesentrecomunidadeslocales, Estados,mercados y sociedades nacionales. Se espera de las ponencias queexaminenenparticularladinámicadelasrelacionesentreconcepcioneslocales,leyesyreglamentosoficialesyprácticasdeactoreseconómicosexterioresrelativamentealasformas de imbricación y disociación entre propiedad común o comunitaria(reflexionando en el perímetro y sentido de lo que se concibe como comunidad) ypropiedadindividualoprivada(interrogandoasimismoloslimitesentreloindividualylofamiliar,asícomoelperímetrodeestanoción).ST18|Gulumapu-Araucanía,PampasyPatagonia,nodosderesistenciapolítica,siglosXIXyXXCristián Perucci González (Departamento de Ciencias Sociales, Universidad de laFrontera,Argentina);IngriddeJong(InstitutodeCienciasAntropológicas,UniversidaddeBuenosAires,Argentina).RegionescomoelGulumapu-Araucanía, lasPampasy laPatagoniahansidodescritascomo nodos de resistencia política indígena insertos en los circuitos mercantilessudamericanos. En los siglos de colonialismo hispano, estos lugares albergaronsociedadesconaltosgradosdeautonomíaeconómica,territorialycultural.Sociedadesdinámicas, abiertas a influencias, cosmopolitas, cuyas características no siempremermaron tras la expansión de los Estados chileno y argentino que anexaron su

Page 13: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

13

territorio.Nuestrollamadoesadebatirentornoa lasformasenqueestosnodosderesistenciasehanrelacionadoconelordenrepublicanoenlosúltimosdoscientosaños¿Cuálesrasgosfenecieronycuálesaúnseresistenaladesaparición?¿Podemosseguirhablandoderesistencia?Losobjetivossonpensarlaexperienciadelosdiversosactoresimplicados, sus estrategias, el papel de líderes y mediadores. Analizar lastransformacionesterritoriales,laevolucióndeloscircuitoseconómicos,demográficosydelaslógicassociales,elimpactodelaguerraylaenajenacióndetierras.Interpretarelfuncionamientode lapolítica indígenadentrode losmarcosestatales, cotejando lascondiciones,alcancesyresignificacionesdelaciudadaníapolíticaparalospobladoresindígenas. Igualmente nos interesa discutir sobre las ventajas y limitaciones quepresentan la historia y la memoria (en tanto que técnicas y representaciones) almomentodeconocerelpasadoyentenderelpresente.ST19|HistoriaIndígenayArchivos:trayectorias,materialidades,debatesLorena Beatriz Rodríguez (Universidad de Buenos Aires/CONICET, Argentina); XochitlInostroza(CentrodeEstudiosCulturalesLatinoamericanos,UniversidaddeChile,Chile).ContinuandoconundiálogoiniciadoenSantaRosa(2016),duranteel2doCIPAL,estesimposiotieneporobjetodebatirdiversostemasquecompetenalaHistoriaIndígenaysurelaciónconlosarchivos.Este3erCongresonosconvocaaidentificartrayectorias,narrativas, epistemologías plurales y retos comunes; desafíos que pueden aplicarsetambiénaldebate sobre cómoseha construido lahistoria indígena, apartirdequéposiciones de producción o enunciación, dando cuenta de la diversidad dematerialidades, corporalidades y lógicas que constituyen archivos, documentos y/osoportesdememoria.Frentealareemergenciadelasidentidadesindígenasentodoelcontinente, a la revitalización de las luchas territoriales, socio-culturales y políticas,tenemos el desafío de seguir reflexionando sobre los recursos discursivos, losdispositivosdearchivación, lasmaterialidadesquecircundana losarchivosdesde loscuales se abordan temáticas referentes a la historia de los pueblos originarios.Continuaremos entonces repensando la diversidad de archivos, las distintasmetodologías con las que la Historia Indígena se enfrenta a ellos, los cambios ycontinuidadesde archivos clásicos, así como la emergenciadenuevos referentesderesguardodelamemoria.Invitamosainvestigadoresdediversoscamposdisciplinares,sinrestriccióndetemporalidades(desdeelmundoprehispánicohastanuestrosdías)aconversarydebatirsobreesteaspectodenuestraslaboresacadémicasysociales.ST 20 | Identidad étnica y patrimonio biocultural. Producción económica yreproducciónsocial:aportesalasociedadglobalCarolinaAndreaMaidana(UniversidadNacionaldeLaPlata–UNLP;UniversidadNacionaldeQuilmes-UNQ/CONICET,Argentina);MaríaAmaliaIbañezCaselli(UniversidadNacionaldeLaPlata-UNLP,Argentina;UniversidadAntonioRuizdeMontoya-UARM,Perú);CarlosArielMueses(UniversidaddelCauca,Colombia).ElpresentesimposiosepresentaenlanecesidaddecontinuarlosdebatesestablecidosenelIICIPIAL,comounespacioparalareflexiónyproduccióndeconocimientosobre

Page 14: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

14

los usos que diferentes pueblos indígenas hacen de su patrimonio biocultural y suarticulación con propuestas de producción económica y reproducción social. Lapreocupaciónporlarelaciónentrelaspoblacioneshumanas,lacultura-entendidacomoprocesodeproduccióndebienesmaterialesysimbólicos-yelterritorioestápresenteen la antropología desde sus inicios y, en las últimas décadas, se ha centrado en elanálisisdelaindustrialización,laintegraciónmercantilecuménicaylaintensificacióndelcomercio,asítambiéncomoenformas“tradicionales”deproduccióneintercambiodebienes, que se presentan como alternativas a los procesos antes mencionados. Eldesarrollo industrial queposibilitó la integraciónmercantil y la intensificaciónde losvínculoscomercialescondujotambiénaladeforestación,elagotamientodelossuelosylasobreexplotaciónderecursos,dandolugaraunprofundodebatepolíticoambientalenladécadade1970.Ensusinicioslaideadedesarrolloseunióalademedioambienteen el concepto de ecodesarrollo -precursor de la posterior noción de desarrollosustentable-asícomoaladeculturaapartirdeldenominadoetnodesarrollo.Señalandotempranamente,deestaforma,laposibilidaddepensarymaterializarotraslógicasdeproducciónyreproducción,enunmarcodediálogointerculturaldesaberespropiosyoccidentales, donde puedan darse demanera conjunta el crecimiento económico ysocial, el cuidado medioambiental y la afirmación identitaria. Diversas economíasproductivas y gestiones medioambientales colocan hoy el acento en particularesconcepcionesy relacionesconel territorio (donde todo tienevida:aire, tierra,agua,cosmos).El“conocimientoindígena”y“popular”sobreelmismoocupaunlugarcentraljunto a las denominadas economías “étnicas”, “propias”, “solidarias”, “populares” o“con identidad” como alternativas a las formas hegemónicas de producción yreproducción social. Es en este sentido que proponemos compartir experiencias detrabajo con recursos patrimoniales y en el desarrollo de proyectos sostenibles(turísticos,educativos,económicos,degestióncultural,manejoterritorial,entreotros)yactividadesque-desarrolladasendistintosámbitos-tenganunimpactodirectoenlapreservación, el diálogo de saberes y la puesta en valor del patrimoniobiocultural.Invitamos a académicos, activistas de organizaciones indígenas ycampesinas, así como a funcionarios estatales a presentar ponencias quemuestrenexperienciasy/oabordenreflexionesentornoaldesarrollodeprácticaseconómicas,socioculturales,educativasconidentidadqueinvolucrenapoblacionesyorganizacionesindígenasy/ocampesinasenLatinoaméricaafavordeunamejorcalidaddevidadelasociedad.ST21|IndígenasencontextosurbanoslatinoamericanosycaribenhosFernandoUrrea-Giraldo(FacultaddeCienciasSocialesyEconómicasdelaUniversidaddelValle,Colômbia);WaldorFedericoA.Botero (UniversidaddelPacífico,Colômbia);JairoAlexanderCastaño(UniversidaddeBrasília,Brasil).El proceso de migración rural-urbana que ocurre tanto al interior de los países deAméricaLatinayelCaribecomoaniveltrasnacional,muestraquelatendenciaglobalhacialaurbanizaciónyelcrecimientodemográficodelasciudadeshaavanzadoapassosagigantadosenlaregión.Enelcasodelospueblosycomunidadesindígenas,aunquelamayoríacontinuaviviendoenzonasrurales,porlomenosdesdeladécadadelos90escada vez más evidente para los investigadores en ciencias sociales y hacedores de

Page 15: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

15

política pública, que el fenómenode lamigración indígenahacia zonas urbanas –deformavoluntariaoinvoluntaria-,esunarealidadquehareconfiguradolasdinámicasdepoblaciónenlasciudadeslatinoamericanas.Variosfactoreshanincididofuertementeparaquepersonaseinclusocomunidadesindígenasmigrenhacialasciudades,unodelos principales es la pérdida de la tierra/territorio por procesos de desplazamientoforzadoenzonasdeinteréseconómicoyfuertepresenciamilitar.Lapobrezaqueseviveenlaszonasruralesesotrodelosfactoresqueestimulanlamigraciónindígenarural-urbanaasícomolosdesastresnaturales,laprecarizaciónodeteriorodelosmediosdevida tradicionales, la faltadealternativaseconómicas viables ydeoportunidadesdeempleo,yelhechoquemuchoshombresymujeresindígenas–sobretodomásjóvenes-percibenmejoresoportunidadesdevidaenlasciudades.Lapresenciaindígenaenlasmetrópolis latinoamericanas es histórica y está marcada por experiencias deexplotación, exclusión, segregación socio-residencial y racismo. En lamayoría de loscasoslapoblaciónindígenaquehabitalasciudadesengrosaloscinturonesdemiseria,lasniñas,niñosyjóvenesnocuentanconaccesoaeducación(muchomenosdiferencial),generalmentelasfamiliasvivenenzonasquesonvulnerablesalosdesastresnaturalesyquenocuentanconinfraestructuradeserviciospúblicosbásicoscomoagua,energíay saneamiento, ni con acceso a los serviciosde salud. Todo lo anterior contribuye areproducirlosprocesosdeviolencia,exclusiónsocialymarginalidadquemuchasveceslleva a los pueblos y comunidades indígenas a abandonar sus lugares deorigen. Emtérminos del acceso al poder político, en las ciudades de América Latina y Caribeencontramos diversas realidades quemuestran casos en los que algunos pueblos ycomunidades indígenas logran utilizar el sistema político paramejorar su situación,mientrasenotroscasosni siquieraexistenmecanismos institucionalesdeatenciónyrelacionamientodelEstadoconlospueblosycomunidadesindígenas.Otrodelosgravesproblemas que afecta a los indígenas en las zonas urbanas tiene que ver con lasexperiencias de discriminación y racismo que viven en el día a día, lo cual generadificultadesparapracticarsulenguapropia,sustradiciones,suidentidadysuculturaasícomoparaeducaralasfuturasgeneraciones,loquepuedetenercomoresultadounatrágicaydolorosapérdidadelaidentidadcultural.Noobstanteloanterior,lasciudadestambién son el escenario de interesantes e intensos procesos de re-etnización yreconfiguración de las identidades indígenas que presentan estimulantes desafíosteóricometodológicosasícomopolíticos.LareconfiguraciónterritorialylasnovedadesenlainterlocuciónconelEstadoquehandesarrolladolasdemandasmásrecientesdereconocimientoétnicourbanosurgidasen laciudad,muestran lavariedaddeformascomo semanifiesta la etnicidad indígena en el espectro político y como desafía lasformas más tradicionales del Estado y la política local. En términos generales, lapropuestadeestesimposiopartedeunenfoqueinter/multidisciplinarycomparativo,paradiscutirampliamentelosprocesosdeurbanizaciónylacadavezmayorpresenciaindígena en las ciudades debido a la migración rural-urbana, buscando describir,comprenderyanalizarlarealidadqueexperimentanlaspoblacionesysujetosindígenasen contextos urbanos y cuál es su situación en términos socio-demográficos,económicos,culturales,territorialesysocio-políticos.ST 22 | Insurgências e resistências: a vida nas/das terras indígenas sob regimesautoritários

Page 16: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

16

MarcelaStocklerCoelhodeSouza(UniversidadedeBrasília,Brasil);JanainaFernandes(InstitutoFederaldeGoiás,Brasil).As“soluções”jurídicasdadaspelospaíseslatino-americanosao“problema”dasterrasindígenas-istoé,aquestãodoreconhecimentoegarantiadedireitosdeacesso,uso,ocupação,posse,propriedadeetcdaterraporpartedoscoletivosindígenasqueforamdelaseparadospelainvasãoeconquistaeuropeias-sãomuitovariadasedivergentes,Nãoobstante,háalgoquetodosparecemteremcomum:suaincapacidadedeproveraessasterrasasgarantiaseproteçãoalmejadas.IssoseaplicamesmoàsConstituiçõesdemocráticasconquistadasapósoocasodosregimesautoritáriosdosanos1970(Brasil1988; Equador 2008, Bolívia 2009) e a despeito de todo omulticulturalismo que asinspirou (ou mesmo, em casos famosos, do reconhecimento que prestam à“Terra”/Pachamama como sujeito de direitos, num movimento explícito deaproximaçãoecomposiçãoemprincípiosevaloresoriundosdasculturasemovimentosindígenas.).Os limitesdassoluçõesconstitucionais,bemcomodosdispositivos legaisderivadosoudaspolíticaspúblicasimaginadasnessequadro,foramseevidenciandonamedidamesmoemqueessesdispositivos iamsendocolocadosàprovanocontextopolítico e conflitivo de sua implementação. Na mesma medida, aliás, em que seevidenciavam também a criatividade e a tenacidade dos modos de resistênciadesenvolvidospordiferentespovosecomunidades.Desdobrando-seemumahistóriademaisdemeiomilênio, essesmodosde resistência sãomuitomaisque táticasouestratégias voltadas para o enfrentamento dos agentes econômicos ou do Estadointeressadosnaexpropriaçãoeexploraçãodasterrasindígenas.Constituemmodosdevida — mais que mera sobrevivência definidos ao mesmo tempo pelas formas desocialidade(intraeextra-humana)pormeiodasquaiscadacoletivoindígenaseconheceesedefine,epelalutaquesustentaessasocialidade,essa“cultura”,sobascondiçõesqueadominaçãocolonial(“interna”)requer.Emmuitosdenossospaíses,o“tempodosdireitos”estáagoraouameaçado,ounofuturo.Acapacidadedemanteravida—daspessoasedetodososoutroscomquemelasvivemnaterra,avidadaterraenfim—será,comofoi,umrecursocríticonessascondições.Interessa-nosdiscutirexperiênciasindígenas(dequalquerépocahistórica)que,expressandoumaresistênciaqueinsisteemexistiremseusprópriostermos,contrapõemàsnarrativasmortaisdanaçãoedapropriedadeashistóriasdepropagaçãoesustentaçãodavida(daspessoas,dosanimais,plantas,espíritosesuasrelações)dequetantoprecisamos.ST23|Invisibilidadesimpostas:ocasodospovosindígenasisoladosnoBrasilBeatriz deAlmeidaMatos (MuseuNacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro,Brasil);UiráFelippeGarcia(UniversidadedeSãoPaulo,Brasil);ClarissedoCarmoJabur(UniversidadedeBrasília,Brasil).NoBrasilháomaiorconjuntoconhecidodepovosindígenasemsituaçãodeisolamentonaAméricadoSul,comestratégiasdevidaquevisammaiorcontroledasinteraçõesqueestabelecem com outros coletivos. Os povos considerados como “isolados”desenvolvem, na verdade, estratégias de vida bastante diversas entre si, algunsrechaçamtodoequalquercontatocomoutraspessoas,talcomoos isoladosAwánoMaranhão,enquantooutrosaparecemnamargemdosriosperiodicamente,talcomo

Page 17: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

17

osMashconoAcre.Essespovos,portalcondiçãopeculiar,encontram-sesubmetidosaextremassituaçõesdevulnerabilidade,peloavançoeconômicosobreaflorestaeemfunçãodainvisibilidadeaqueestãosujeitos.Háumadificuldadedetersuaexistênciareconhecida, provada, suas formas peculiares de manifestação legitimadas, muitasvezespelaconveniênciadasforçashegemônicasestataiseeconômicas.Manifestamsuaexistênciaerechaçoarelaçõesquenãodesejampormeiosbastantespeculiares,atravésdevestígiospropositalmenteproduzidos,armadilhas,tapagensemcaminhos,bordunasfincadasnochão,clarosavisos:“euexistoaquiedaquivocênãopodepassar”.Nessesentido,éfundamentalestabelecerespaçosdediscussãosobreaformataçãodesuasexpressões de autonomia, sobre suas formas peculiares de manifestação,desconstruindoopodertutelarefortalecendooreconhecimentodaautonomiadessespovos.ST24|JóvenesindígenasenlaeducaciónsuperiordeAméricaLatina:sentidosdelaprofesionalización, nuevas experiencias de afirmación, de diálogo de saberes y deinvestigación-acciónMarianaPaladino (Universidade Federal Fluminense, Brasil);MaríaMacarenaOssola(InstitutodeInvestigacionesenCienciasSocialesyHumanidades,CONICET,UniversidadNacional de Salta, Argentina); Gabriela Czarny (Universidad Pedagógica Nacional,México).Las políticas públicas de acción afirmativa, multiculturales e interculturales hanimpactadoenlospueblosindígenasenlasúltimasdécadas.Enelcasodelaeducaciónsuperior,losjóvenesindígenasseinvolucranencarrerasyprogramasdeformaciónconel objetivo de adquirir herramientas que contribuyan en su lucha por derechos, lagestiónterritorialylaconstruccióndeproyectosdesustentabilidadyautonomíaensusgruposocomunidadesdepertenencia.EnestesimposioproponemoscontinuarconlosdebatesiniciadosduranteelPrimerCIPIAL,analizandolosprocesoseducativosdenivelsuperiorquetransitanlasylosjóvenesindígenasendiferentescontextosypaísesdelaregión. Buscamos generar diálogos sobre los sentidos que le atribuyen a laprofesionalización,reconocercuálessonlasreconfiguracionesidentitarias,lingüísticas,degéneroqueatraviesan,asícomolaresignificaciónquelosnuevoscontextosprovocanen los procesos juveniles que transitan. De manera particular, nos interesa reunirtrabajosque,desdeperspectivascualitativas,socialicennuevasformasdeplantear lapermanencia y afirmación indígena en la universidad, y la intervención-acción,generando nuevasmetodologías, prácticas colaborativas y diálogo entre saberes. Eneste sentido, convocamos a estudiantes, docentes e intelectuales, indígenas y no-indígenas, a presentar contribuciones que amplíen la mirada en torno a los temasplanteados.ST25|Lasalternativasdelaresistenciaindígena:laluchaestáenlocotidianoGiovanna María Aldana Barahona (Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales -FLACSO,México); Ámbar VarelaMatute (FLACSO,México); Alfredo Sánchez Carballo(UniversidadAutónomadeJuárez,México).

Page 18: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

18

Esta propuesta tiene como objetivo mostrar que las resistencias de los pueblos seelaboran,seconstruyenysevivendesdediferentesfrentesyniveles,loscualesincluyenlas creaciones culturales, la recuperación o recreación de las identidades, el uso ydefensadelalenguaoriginaria,entreotras.Estasúltimasresistenciasmerecennuestraatenciónyaquesonelsustentodelaidentidaddelospueblosindígenasyunejevitalparasupervivencia.Enesemarco,elpresentesimposioseproponecomounespaciointerdisciplinario e intercultural de diálogo en el que semuestren las evidencias deresistenciade lospueblos indígenas enelAbya Yaladesde su cotidianidad, ya sea através de la elaboración de sus artes y artesanías, el uso de lamedicina ancestral,elaboraciónyusodevestimentapropia,sulenguaylacreatividadrelacionadaconésta,entre otras; expresiones dedicadas a construir y perpetuar el deseo de pervivenciafrente a influencias externas de homogenización. Asimismo, el simposio pretendeintegrarelusoyaplicacióndeherramientasaudiovisuales (fotografía,audioyvideo)para mostrar los hallazgos de las resistencias de lo cotidiano. De esta manera, elsimposio aportará a la desconstrucción del pensamiento colonial, no solo desdepropuestas teóricas, sino evidenciando las prácticas, voces, elementos y objetos pormediodeloscualeslospueblosindígenasgenerandiscursoscontrahegemónicosparalaconstrucción de alternativas interpretativas de vida, a través de sus actuaciones ymanifestacionescotidianas.ST26|Leyendola“tierraadentro”:archivoscoloniales,categoríasdeclasificaciónyestrategiasetnohistóricasparalaszonasdefronteraCarinaPaulaLucaioli (Centrode InvestigacionesSociales–CONICET/IDES,Argentina);JeffreyErbig(UniversityofCalifornia,SantaCruz,EstadosUnidos).En los últimos años, un emergente corpus de estudios sobre archivos coloniales hademostrado cómo las fuentes escritas y los acervos que lasmantienen silencian lospasados indígenas. Aunque se ha avanzado en la teorización de los centrosadministrativos coloniales y su relación con los archivos, los espacios de fronterapresentan condiciones particulares que convocan la atención de antropólogos ehistoriadores. Sus fuentes sonmenos formulaicas,más fragmentadas, seencuentrandispersasenmúltiplesacervosyfueronescritascasiensutotalidadporcolonizadores.Por sobre todo, estos documentos se caracterizan por haber sido producidos desdeenclavescolonialesquesesituabanenlosmárgenesdelespacioindígena,unespaciodedifícilaccesoparalosagentescoloniales.Estesimposiopretendeidentificardiferentesestrategiasmetodológicas para reconocer y responder a las limitacionesmateriales,geográficasyepistemológicasqueseencuentranenlosarchivoscolonialesencuantoalaszonasdefrontera,conelfindevisibilizaractoresyespaciosindígenasyanalizarlosdiscursoshegemónicos.Indagamosacercadecómoyenquécondicionesfueronescritoslospapelesen las fronteras ybajoqué criterios seguardarony categorizaronen losarchivoscoloniales.Además,procuramosreflexionarsobrelascategoríasdeanálisisylas estrategias de contra-archivización implementadas en nuestras investigacionesetnohistóricas, entre ellas, la disponibilidad de fuentes de consulta on line, ladigitalizacióndedocumentosylacompilacióndefuentesysuscircuitosdecirculaciónentre investigadores. A través una comparación de estudios de diversos lugares de

Page 19: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

19

frontera, buscamos identificar estrategias en común y desnaturalizar los paradigmasquesehandesarrolladoenunlugaruotro.ST27|Liderazgosindígenasenzonasdefronteralatino-americanas,siglosXVI-XXJoséMarcosMedinaBustos (ElColegiodeSonora,México);AnnaGuiterasMombiola(UniversitatdeBarcelona,España).Se tratade recuperar para el conocimientohistórico los liderazgos indígenasque sedesarrollaron en espacios caracterizados como fronteras en Latinoamérica; es decir,zonasenlasquesedioelcontactoentrepueblosconculturasdiferentessinqueningunopudieraimponerseclaramentesobrelosotros;algunasdeestasfronterasculturalesseconvirtieron en fronteras políticas entre estados nacionales, cuyos territorios ysociedadesfueronincorporadospaulatinamentealdevenirnacional.Elsimposiobuscareflexionar sobre los liderazgos indígenas en estas zonas, pues consideramos quetuvieroncaracterísticasdiferentesalosdelasáreascentrales,paralocualproponemoslos siguientes ejes temáticos: 1) Individuos indígenas que sobresalieron, asumiendodiversosroles:comoaliadosyconductoresdelprocesodeadaptaciónindividualygrupalal nuevo orden colonial y nacional; como dirigentes de rebeliones o en actos deresistencia.2)Eltipoderelacionesquetuvieronestoslíderesconlospropiosindígenasosusaliadosno indígenas,así como losmecanismosa travésde loscuales lograbanobtener autoridad: ¿por ciertos atributos estimados por sus congéneres, elreconocimientodesuutilidadporlosnoindígenas,oambosaspectos?3)Supapelcomointermediariosylascomunicacionesescritasquetuvieronconautoridadescolonialesyrepublicanas o con los indígenas. 4) Los cargos que ocupaban, su naturaleza y lacompetenciaentrelosmismosindígenasporocuparlos.ST28|Memória,HistóriaeoEnsinodeHistóriaIndígena:pluralizaçãodeperspectivaseenunciaçãodeoutrasnarrativasapartirdoprotagonismoeautoriaindígenaCristianedeAssisPortela(UniversidadeFederaldeGoiás,Brasil);SusaneRodriguesdeOliveira(UniversidadedeBrasília,Brasil).Esse ST pretende reunir pesquisadores indígenas e não-indígenas que produzamreflexões sobre o ensino da história indígena. Prioriza-se perspectivas críticas aoeurocentrismo, racismo e sexismo presente nas narrativas hegemônicas. Esperamosdiscutir as dimensões epistêmicas e metodológicas relacionadas à história indígenadifundida e ensinada em escolas, universidades e outros espaços educativos quepromovemsaberesedifundem imaginárioshistóricosacercados indígenas (museus,arquivos, narrativas audiovisuais, internet/redes sociais, literatura, artesetc.). Tendocomoeixocentraldediscussãoahistória indígenaeseusaspectos formativos,serãobem-vindaspesquisasqueversemsobreaLei11.645/08brasileiraelegislaçãocorrelataem outros países da América Latina, bem como relatos de experiências em escolasindígenasecursosdeformaçãointerculturalemdiferentespaíses.Tambémpropostasque tratem de projetos que valorizem amemória e história oral na perspectiva dehistóriapública,aanáliseeoreconhecimentodeepistemologiasindígenas,aeducaçãoparaas relaçõesétnico-raciaisnumaperspectiva interseccional,aproduçãoeusode

Page 20: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

20

materiaisdeautoriaindígena,oconhecimentohistóricoproduzidosobreeporpovosindígenas e formas de indigenização dos espaços educativos. As correlações entrememória,históriaeensinodehistória indígenabuscamsinalizarnarrativashistóricascontrahegemônicas, destacando proposições, desafios e enunciações junto àsmemóriascoletivasetrajetóriasdospovosameríndios.ST29|MemóriasIndígenas:silêncios,esquecimentos,impunidadeereivindicaçãodedireitoseacessoàjustiçaRicardoVerdum(MuseuNacional,UniversidadeFederaldoRiodeJaneiro,Brasil);AnaMargaritaRamos(UniversidadNacionaldeRioNegro,Argentina).Nosúltimostrintaanosamemóriasetornouumdosprincipaistemasdeinteressenasciênciassociaislatino-americanas.Tambémnumimportanteinstrumentonapromoçãodedireitosenaconquistadoacessoàjustiçadossetoresdapopulaçãoemsituaçãodeexclusão política e discriminação social e econômica, explorados e humilhados, ereprimidosporgrupossociaisqueconstituíramecontrolamaparatosdepoderestataleparaestatal. Ela participa da construção e da definição de identidades individuais ecoletivas;éumcampodedisputasondeorecordar,ofalareosilenciarestãosujeitosàsmicropolíticasdavidacotidianaeaoslimitesestabelecidosdemaneirasutilouenérgicapelospoderesconstituídosemdiferentesescalaseespaços-recordações impostasedomesticadas. O simpósio pretende reunir trabalhos onde se discuta, de umaperspectivaetnográficaehistórica,asdinâmicasdeconstruçãodamemóriadesujeitosindividuaisecoletivosindígenas,submetidoseemresistênciaàrepressão,aodespojoterritorialedeoutrosmeiosdevida,e/ouemcontextosdeconflitoarmado.Umespaçoespecialserádadoàsquestõesmetodológicaseéticasdotrabalhocommemóriaemcontextosdeviolênciaexplicita(c/mortes)oudeviolênciasutilenaturalizada(gênero,étnico-racial,classe).Nossaexpectativaéqueosimpósiogereinstrumentosemapoioaodesenvolvimento teórico, epistemológico,metodológicoepolíticodepromotoresindígenasenão-indígenasdejustiçaedireito.ST30|MemoriasyPolíticasIndias/IndígenasGuillermina Espósito (Instituto de Antropología de Córdoba, IDACOR-CONICET;UniversidadNacionaldeCórdoba,Argentina);NataliadeMarinis (CIESASSedeGolfo,México).“Luchamosconelfuturoatrásyelpasadoadelante”.Esteconcepto,escuchadodebocade un abuelo indio de Jujuy, Argentina, articula vívidamente la propuesta de estesimposio,orientadoaabrirunespaciodereflexión,discusiónyanálisissobrememoriasy su vinculación con políticas indias/indígenas. Desde los estudios de memoria, seplanteaquesonlosmarcosdelpresentelosqueestablecencómoycuándointervieneelpasadoenelpresente,yquéelementosdeesepasadosonescogidosparaconstruirfuturo.Endiversoscontextoseinsertosenvariadasdinámicasterritorialesypolíticas,gruposindiosy/oindígenasseposicionandemodovariadofrenteaprocesosdeavancecapitalista de acumulación por desposesión, así como frente a múltiples violencias,viendopeligrarsusterritorios,amenazadossusmodosdevidayenmuchoscasoshasta

Page 21: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

21

su propia existencia como grupo. En estos contextos del presente, vemos aparecerrecuerdosqueactualizanexperienciasdelpasadoylasponenalserviciodelacohesióndel grupo en tanto “memoria colectiva” (cf. Halbwachs). Además, lamemoria comoreflexióncríticanosólodeeventosdelpasadosinodelosmarcosapartirdeloscualesse le dá sentido a esos eventos, desencadena cuestionamientos, reflexiones yvinculacionescreativas,pudiendodar lugaraalgodistintoa loquesenombracomomemoriacolectiva(Pernasetti2009).Enestesentido,abrimoselinterrogantesobresilosactosdememoriapuedeninclusocuestionarlamemoriacolectiva,siseentiendeaesta última como la cadena de reflexiones orientadoras para la vida del presente,compartidoporungrupo,apartirdelpasadoconsideradocomoenseñanza,organizadoenuntodocoherente,esdecir,aquellosrecuerdoslegitimados,posiblesodeseablesydelrepertoriodeolvidosforzadosquecadagruposeesfuerzaensostener.EstesimposiobuscaarticulardiálogosenperspectivacomparadaacercadelasylossujetosindígenasconstruyendomemoriasyllevandoadelanteprácticaspolíticasendistintoscontextosdeAbyaYala,encontextosatravesadosporlasviolenciasylosdespojos.Propiciamoselenvíodeponenciasqueseinterroguensobrelarelaciónentrememoriaypolítica,desdecasosempíricosenlosqueesténimplicadasalguna/sdelassiguientespreguntas:¿Quéprácticas devienen en acciones de memoria con fuerza política?; ¿Qué alternativaspolíticas y/o cosmopolíticas indígenas habilitan los actos de memoria?; ¿Qué“ocasiones”(cfdeCerteau)movilizanactosdememoria?;¿Cómoaparecenexperienciasdeterrorestatalenmemorias indígenas?;¿Cómoserecreanyconstruyenmemoriasfrenteaproyectosextractivistasydedespojoterritorialycorporal?;¿Quérelacionessepuedenestablecerentrememoriasyresistenciasindígenas?;¿Cómosegestanenestosprocesosdememoriasyolvidos,nuevassubjetividadespolíticas,yquélugartienenlasmemoriasdemujeres?;¿Cómointervienenlasmemoriasenlaproducción,circulacióny recepción de teorías, personas y modelos de acción política entre experienciasindias/indígenasdelcontinente?ST31|Memórias,biografiaseautobiografiasindígenas:reflexõesMariana da Costa Aguiar Petroni (Universidade da Integração Internacional daLusofoniaAfrobrasileira,Brasil);EdmundoPeggion(UniversidadeEstadualPaulistaJúliodeMesquitaFilho,Brasil);AmandaDanaga(UniversidadeFederaldeSãoCarlos,Brasil).Apresentar, debater e enfrentar as dificuldades conceituais para abordar o que,inicialmente,podemosconsiderar“oeucomodiscursonaetnologiaenahistoriografiaindigenista” é o objetivo desta proposta. Tal área, se temmanifestação, ainda nãoencontraumlugardedestaquenaliteraturaantropológica,comoapontaOscarCalaviaSáez.Memórias, biografias, autobiografias, narrativas biográficas, histórias de vidas,trajetórias, depoimentos, testemunhos, sujeitos, indivíduos, atores, a amplitudeconceitual à procura de uma categoria é extensa. As disciplinas em torno daproblemáticatambémnãosãopoucas,porissoaaberturaparaincorporarcontribuiçõesde outras áreas, como dos estudos literários, da geografia, da sociologia, da ciênciapolítica e demais áreas afins. Sobretudo, a preocupação desta proposta, então, éetnográfica,aotrazeresferas, instâncias,arenasdavidasocial,para lembrarMarilynStrathern,experiênciassociaisemqueaspessoasestejam,senãorefletindo,revelando,inclusive para simesmas, suas práticas sociais, e ainda aquelasmenos imediatas ou

Page 22: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

22

evidentes.Preocupam-nos,especialmente,asdiversasmodalidadesdeesquecimento,desilenciamentodasexperiênciassociaisdospovosameríndiosnoquetangeàrelaçãocomoEstado,bemcomoasexperiênciasdeorganização,demobilizaçãodassociedadesindígenasfrenteaeste.ST32|Memórias,narrativasesaberestradicionais:experiências,territorialidadesevisibilidadesdePovoseComunidadesTradicionaisCarmoThum(UniversidadeFederaldoRioGrande-FURG,Brasil);KátiaCristinaFavilla(Rede Cerrado, Brasil); Denizia Kawany Cruz (Articulação dos Povos e OrganizaçõesIndígenasdoNordeste–APOINME).EspaçoparaapublicizaçãodeproduçõesquetenhamporfocoanarrativadosprocessosdelutapolíticadiferentessegmentosdePovoseComunidadesTradicionais.Narrativasdosdiversossegmentosdepovosecomunidadestradicionais.Formasderegistrodomodo de viver, produzir e partilhar e educar. Processos educativos formadores dossujeitos. Ações sistematizadas de produção de conhecimento sobre as práticasarticuladas de cultura, educação popular e educação integral. Processos deinvestigação-ação em territórios de Povos e Comunidades Tradicionais. Estratégiasimplementadas de auto-reconhecimento e autodemarcação territorial. Educação,interculturalidade, saberes originários e tradicionais, autodeterminação intelectual.Luta territorial,cultural,política, socialeeconômicaqueenvolvema identidadeeosprocessos educativos. Os mais velhos, os saberes e fazeres ancestrais peculiares.TerritóriosdoEducativo:espaçosdereinvenção.Análisedasculturaslocais,associadaàmemória,aosmodosdevida,àestesia.MemóriaseNarrativasautobiográficas.Cultura,Estéticae Formação.Redesde saberes,memórias, ancestralidades, incompletudeseterritorialidades.Modosdecompreendersabereseestéticas.Textualidadesimagéticasnarradoras.Epistemologiasdeumnovomododecompreenderoconhecimentoapartirdas narrativas e dos processos de produção da Memória/História e suasinterseccionalidades.Perspectivasemancipatóriasdalutapolítica.ST33|Morfologíaysintaxisdelenguasindígenasencontextoetnolingüístico:nuevasepistemologíasenlainvestigaciónyconstruccióndelconocimientoMaríaAlejandraRegúnaga (CONICET/UniversidadNacionaldeLaPampa,Argentina);DioneyMoreiraGomes(UniversidaddeBrasilia,Brasil).Laslenguas,expresiónmáscompletayacabadadelacultura,nosolosoninstrumentosdecomunicación,sinoquefundamentanlaconfiguraciónylaexpresióndelaidentidadpersonal y grupal de los seres humanos. Se entiende por cultura el conjunto decaracterísticas distintivas de un grupo social, un complejo entramado de rasgosmateriales,espirituales,emocionaleseintelectuales,asícomosusprácticas,productos,categorías, conocimientos y expresiones, entre las que destaca la lengua. La culturaconfieresentidodegrupoacadaindividuoyproveeelmarcocognoscitivoporelcuallaspersonasinterpretan,organizanydanunsentidoalaheterogeneidaddelmundo;alavez,laculturabrindaloslineamientossobreloscualesseconstruyelaidentidad.Conesta base, proponemos un simposio sobre lenguas indígenas desde una perspectiva

Page 23: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

23

etnolingüística,incluyendolosusoslingüísticosvinculadosconlaidentidadétnicatantocomolavariaciónlingüísticaenrelaciónconlacultura.Buscamosgenerarunespaciodeanálisis,reflexiónydebatesobrelasmotivacionesqueexistenenlagramáticadecadalengua,enelmarcoepistemológicodeunaetnomorfosintaxis(Enfield2004,Wierzbicka1988) en un contexto etnopragmático (Goddard 2006). De estemodo, proponemosenmarcar las características formales de los sistemas lingüísticos en un contextofuncional, conénfasis en lasmotivaciones semántico-pragmáticas, que considere lossignificadosculturalesplasmadosentalesestructuras.ST 34 | Mulheres, crianças e História: o ‘feminino’ e o ‘infantil’ na sociedadeamericana,séculosXVI-XIXKarina Melo (Associação Nacional de História – ANPUH, Brasil); Carlos D. Paz(UniversidadNacionaldelCentrodelaProvinciadeBuenosAires–UNCPBA,Argentina).Umdosmaiores desafios que se apresentamaobinômio investigação/educaçãoéoproblema da transferência não só dos resultados da investigação,mas também dospressupostosdosquaisparteopesquisadordadoque,emalgunscasos,possuemumadistânciaintrínsecaepordemaissignificativacomospressupostosontológicosprópriosdosujeitoqueseanalisa.Pressupostosdeinvestigaçãoque,ademais,sãoresultadodeprocessossociaispossíveisdeseremhistoricizados.Reflexãoquebempodeaplicar-seàsabordagensqueserealizamsobremulheresecrianças,maisaindacomsujeitosquesão parte de alguma das distintas nações indígenas americanas. O objetivo destesimpósioé,alémdecolocaremdiscussãoresultadosdeinvestigação,refletirsobreosnós de conhecimento alcançados, como é necessário ponderar e repensardistanciamentos ontológicos, entre o pesquisador e o sujeito de investigação, queancilosamapossibilidadederesgataradiversidadedeexperiênciaseossentidosqueascategoriasocluem.MulheresecriançassãocategoriasprópriasdoOcidentemodernoquetentamexplicaroquesesucedealémdesuasfronteiras.Porém,poucoserefletesobrecomoestasduasproporçõesdasociedadeconcebemasimesmas,edesdeesteposicionamento político, como se articulam com outras parcelas da sociedade.Conformesobredito,esteSimpósiobuscaartigosoriginaisdeinvestigaçãoqueforneçamdescrições,explicaçõeseanálises sobreo roldemulherese criançasnas sociedadesamericanasquecoloquemtaissujeitoshistóricoscomocentrodesuasanálises.Entreostópicospossíveisdeseremabordados, sugerimos:1)Papéiseatividadeseconômicasdesenvolvidaspormulheresecriançasemcontextoscoloniaisourepublicanosrecentes;2)Formasderepresentaçãoda infânciaedomundo feminino;3)Protagonismosemcenaspolíticas;4)Atuaçõescomomediadoresculturaiseagentesnareproduçãosocialdesuacomunidade;5)Formasconceituaiseanalíticasdepensarainfânciaeofeminino,apontandoparaumasuperaçãoepistemológicadasimagensconsolidadaspelaretóricadeseutempo.ST35|Mulheresindígenasesuasco-existências:inscriçõesetnográficasdarelaçãoentregêneroeterra

Page 24: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

24

Nicole Soares-Pinto (Universidade do Espírito Santo, Brasil); Sandra Benites (MuseuNacional,UniversidadeFederaldoRiode Janeiro,Brasil);AnaMariaRamoyAffonso(UniversidadeFederaldeSantaCatarina,Brasil).Comoasmulheresindígenasterritorializamomundo?Comoofazemoshomens?Dequemodosestesterritóriosservemdesolo,substrato,esfera,céu,ambiente,etc.,unsparaosoutros?Quemundoshabitamoscorposindígenas,femininosemasculinos,eporquaisformasoscorposindígenashabitamosmundos?Serápossívelrastrearmosnalinguagemossinaisdestasco-existências?Essassãoasperguntasquenosinteressamaqui:aambiguidadeinerenteatodaformadeser,entrehabitareserhabitado,eseuencontrocomformasouforçasfemininasemasculinas,emsuasdiferenças.Mulherespajés,mulheres-espíritos,rezadoras,guardadorasdesegredos,pescadoras,parteiras,contadoras de histórias, agricultoras, cantoras, dançarinas, intelectuais, narradoras,liderespolíticas,cientistas,mães,avós,netas,filhas,cunhadas,con-cunhadas:oquedefeminino brota na terra e pela terra? Como a criatividade feminina indígena criaespaços,lugares,propondodeslocamentosaostrânsitosmasculinos?Comoofemininoefetua e atualiza a relação entre humanos e não-humanos e de que forma propõeespaços de co-existência e resistência aos modos não-indígenas de aniquilação demundos?Interessam-nosetnografiasqueproponhamessaseoutrasquestõesecujascontribuiçõeseintervençõespossamsevalerdeváriosformatos:sejambiografiasouauto-biografias, artigos individuaisque sebeneficiemdeplataformasescritas, áudio-visuais, fotográficas, poéticas, plásticas ou musicais, e em co-autorias entrepesquisadorxseinterlocutorxsdepesquisa,naantropologiaoualémdela.ST 36 | Nuevas epistemologías interculturales. Desafios para la educación y lacomunicaciónMarianoBaezLanda(CentrodeInvestigacionesyEstudiosSuperioresenAntropologíaSocial–CIESAS,México);AlexandreHerbetta(UniversidadFederaldeGoiás,Brasil).Eltérminointerculturalidadseusaamenudocomoadjetivoquecalificamágicamentecualquierplanteamientoyacciónquedicereconoceryatenderladiversidadcultural,utilizandoundiscursopolíticamentecorrectodedefensaaultranzadelastradiciones,costumbresyconocimientosancestralesde los llamadospueblosoriginarios(muchasveceslesionandolosderechosdeterceraspersonas)comounimperativoético-políticofrente a las amenazas del capitalismo neoliberal. Así, se habla incluso de lainterculturalidadcomounnuevoestadiodedesarrollohumano,comoproyectoculturalalternativo que presupone un plano horizontal de comunicación, intercambio ycooperación del conocimiento. Evidentemente esta interculturalidad idílica nocorrespondealaexperienciadelmundovivo,elcualseencuentraatravesadoporlascategorías de etnia, raza, clase, género y sexualidad, y donde se condensan lasrelacionessocialesbasadasenlafricción,elconflicto,lanegacióndelotro,elracismo,la desigualdad económica, la homofobia, el sexismo, la violencia y el miedo a ladiferencia.Lainterculturalidadconstituyeunespaciointerfásicoquerelacionaavariasculturasyésteestáatravesadoporlasmúltiplesdeterminacionesdelavidasocialqueno se circunscribe a los llamados pueblos originarios. La interculturalidad realmenteexistente, se compone de aproximaciones emprendidas desde varias ópticas

Page 25: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

25

culturalmentediferenciadas,paraconstruirpuentesentrepoblacioneseindividuosdeculturas distintas. Parte de un concepto dinámico y diacrónico de la cultura que sedesarrolla en escenarios de relaciones sociales asimétricas y enmarcadas porestructuras de poder. Es ante todo una interfase comunicativa que aspira a crearcompetenciassuficientesquehaganposibleunverdaderodiálogoentreculturas.Porelloelllamadodiálogodesaberessolopuedeestablecerseentrelasculturasrealmenteexistentes, que producen nuevos componentes y que se apropian de otros, que setransforman y adaptan permanentemente para no desaparecer o ser asimiladas. Laeducación intercultural solo puede ser viable si supera la crisis de la escuela y launiversidaddelmundocontemporáneo,siasumesuparticipaciónenlaintegracióndenuevosproyectossocialesdondesepromuevaelreconocimiento,respetoyconvivenciano sólo de los llamados pueblos originarios sino de toda la diversidad humana. Elsimposio propuesto pretende reunir a un conjunto de actores participantes deproyectos educativos y de comunicación surgidos en contextos interétnicos einterculturales que comuniquen sus experiencias y reflexionen colectivamente sobreposibilidades reales de construir nuevas epistemologías que sustenten programaseducativosycomunicacionalesdescolonizadores.ST37|Nuevasmiradassobrelosderechosdepropiedad:acceso,usoyapropiaciónderecursosnaturalesentornoalospueblosymunicipios,siglosXIX-XXPorfirioNeriGuarneros(FacultaddeHumanidades-UAEMex,México);GloriaCamachoPichardo(CICSyH-UAEMex,México).A principios del siglo XIX los pueblos indígenas aún poseían y administraban, comopersonasjurídicas,unpatrimonioterritorialqueestabaconstituidoporunfundolegal,tierras de repartimiento y bienes comunales: aguas y montes; pero esta forma dedisfrutardelosrecursossetransformóalolargodelsigloXIXyprincipiosdelXXconlaexpedicióndeleyesencaminadasadesaparecer lapropiedadcomunaldelatierra,elaguaylosmontes.Lasconsecuenciassevieronreflejadasenconflictosporelusodelosrecursos naturales, no sólo entre los actores civiles, sino también entre éstos y lasinstituciones de gobierno. El simposio tiene como propósito analizar desde diversasópticas y diferentes regiones las transformaciones de los derechos de propiedad entornoalosrecursosnaturales(tierra,aguaymente)delospueblosindiosymunicipiosduranteelsigloXIXyXX.Elobjetivoesdiscutirlosderechosdepropiedadnosoloapartirdeloscambiosenla legislación,sinotambién,apartirdelasrelacionessocialesy lasdistintas formasdeaccedera la tierra, el aguayelmonte; y engeneral a travésdenuevosypropositivosabordajesenrelaciónalastransformacionessobrelapropiedadqueexperimentaronlospueblosymunicipios,porejemplo:lacoexistenciadediversasformasdepropiedadenunmismomomentoylatransformacióndelpaisaje.ST38|OfuturodaslínguasindígenasbrasileirasAnaSuellyArrudaCâmaraCabral(UniversidadedeBrasília,Brasil);RosileideBarbosadeCarvalhoKaiowá(UniversidadedeBrasília,Brasil);IranKavSonaGavião(UniversidadedeBrasília,Brasil).

Page 26: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

26

Oanode2019foideclaradopelaUNESCO“Oanodaslínguasindígenas”.Nositelançadopor essa instituição, lê-se “Grande parte das línguas faladas por povos indígenascontinuarão a desaparecer em um ritmo alarmante. Semmedidas apropriadas paraabordar esse problema, a contínua perda de línguas e de suas histórias, tradições ememóriasreduzirãoconsideravelmenteariquezadadiversidadelinguísticanomundo”.O Brasil, pais com o maior número de línguas indígenas e de maior diversidadelinguística das Américas apresenta um quadro angustiante de línguas ameaçadas,muitasdasquaisemestágiofinaldoprocessodeextinção.OpovoAkuntsú,vítimadegenocídioocorridonadécadade1990,foireduzidoa4pessoasquenãotêmaquemtransmitiralínguadeseusancestrais.AlínguaKanoêsobrevivenafaladosúltimostrêsfalantesfluentes,alínguaSabanêcorresérioriscodeextinção,assimcomoaslínguasJúma,KaripúnaePiripkúra.Rodrigues(1993)fezumaprojeçãode1.200línguasfaladasna época da chegada dos europeus, mas atualmente há apenas 190 línguas,aproximadamente,partedasquaissãoapenas lembradaspelosúltimosguardiõesdoqueforamlínguasplenamentefaladasporseusrespectivospovos.SegundoaUNESCO,há 45 línguas criticamente ameaçadas no Brasil, 10 na Bolívia, 14 no Perú, 12 na Colômbia,2noEquador,8naVenezuela,2noParaguai,2naArgentina,2emCostaRica,3emHonduras,32noCanadáe71nosEstadosUnidos.EstesimpósioelegecomotemaofuturodaslínguasindígenasdasAméricas,noqualserãoprivilegiadostrabalhosquediscutampolíticaseplanejamentoslinguísticos,estratégiasderevitalizaçãodelínguasemcursopelascomunidadesindígenas,anecessidadededocumentaçãoeformaçãodeleitores em línguas indígenas, a formação de linguistas indígenas e seu papel nofortalecimento do uso de suas respectivas línguas, como frear o deslocamento daslínguas indígenas face a influência do Português e/ou do Espanhol, como os órgãosgovernamentaisdeeducaçãoeculturapodemcontribuirparaumfuturopromissordaslínguas nativas das Américas. Espera-se que este simpósio seja enriquecido com aparticipação significativa de professores, pesquisadores e lideranças indígenasrepresentantesdospovosfalantesdelínguasindígenasdasAméricaseinteressadosnofuturodessaslínguas,vivas.ST39|OladoperversodoPatrimônioCulturalYussef Daibert Salomão de Campos (Universidade Federal de Goiás, Brasil); JorgeKulemeyer(UniversidadNacionaldeJujuy,Argentina).Temaamplamentedebatidoéesse.Pelassuasdiversasperspectivasdisciplinaresedegestão,éfigurapresentequandosetratadedebateregerenciaraspectosculturais,seusaportesidentitárioseseuapeloàmemóriacoletiva.Contudo,hánopatrimônioumladoperverso,quefrequentementeseexpressaemcamposdedisputaassociadosadiversostiposdetensões.Sejademaneiraexpressaoutácita–sejadopontodevistalexicaloupsicanalítico – a perversidade do patrimônio está presente quando sua gestão ouinvenção abarcam a memória do desaparecido, sendo capaz de matar a própriaidentidade, ao invés de dar a ela suporte, propondo uma realidade que muitosinterpretam como quase imaginada. Pois esse patrimônio só se mostra funcionalquandotrazàtonaasvirtudesdopassado,ouquandooescolta,protegendo-odeseuladosombriodevícios,ausentenasnarrativashistoriográficasoficiais,relegadoaumesquecimentointencional.Sejapelofatodeaspectosarquitetônicosdeumaedificação

Page 27: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

27

sobrepujarem(eatéocultarem)oshistóricos,arqueológicoseantropológicos;sejapelanegaçãoaumareivindicaçãosocialquebuscaafirmarumaidentidademarginal;oladoperversodopatrimôniodeveserapresentadoparaesclarecerodebatesobreopassado,mostrandoqueessenãoéapanaceiaparaumfuturopromissor,desejável.Maisquemediarumpassadodesegundamão,opatrimôniodevesercapazdeapropriar-sedetodassuasnuancesparanãosetornarumameracenografiadabuscaporumpassadomais virtuoso que um presente de recalques e insatisfações com as identidades ememórias construídas por políticas públicas nacionalistas. Assim, essa proposta trazdiscussõesqueabordaramaperversidadedopatrimônio(algunsmaisostensivamente,outros sutilmente – o que não deixa de ser perverso) e suas facetas: a ilusão daparticipação;otráficoilícitodebensculturais;agentrificação;lutas,impasses,disputaseconflitospelopatrimônio;mágestãoeilegalidadespraticadasemnomedaequidade;hegemonia e exclusão social; imposições sobre visões sobre o passado; presenças eausências; lembranças e esquecimentos; seleção de bens e identidade social;sanitarizaçãoepatrimônio;onipresençadopatrimônio,obnubilandosuaambivalência.Talvezaprópriaexistênciadeconceitosambivalentesaeleatreladosindiqueaomenosaperversidadequepossuisuaessência.ST 40 | O patrimônio biocultural e a conservação in situ da biodiversidade e daagrobiodiversidadenosterritóriosindígenasbrasileirosTerezinhaAparecidaBorgesDias(EmbrapaRecursosGenéticoseBiotecnologia,Brasil);Maria Auxiliadora Cordeiro da Silva (Coordenação das Organizações Indígenas daAmazônia Brasileira – COIAB, Brasil); Milton Marques do Nascimento (SecretariaNacionaldeSegurançaAlimentareNutricional–SESAN,MinistériodoDesenvolvimentoSocial-MDS,Brasil).AriquíssimadiversidadeculturaldospovosindígenasnoBrasileagrandebiodiversidadeeagrobiodiversidademantidasemseusterritóriostemsidoresponsávelamilêniospelasegurança alimentar destes povos. Agricultores indígenas foram selecionando,adaptando e desenvolvendo uma série de espécies e variedades agrícolas quepermitiram adequações de suas agri-culturas a diferentes características de solos eclimas e assim geraram/geram agrobiodiversidade. O conjunto de saberes, práticas,diversidadedeespéciesevariedadeslocalmentedesenvolvidasnossistemasagrícolas,vemacentenasdeanossofrendoprocessodemudançasedescaracterizações.Estasmudanças não atingiram os povos indígenas da mesma forma. Apesar de muitasvariedadesagrícolasteremsidoperdidaslocalmente,muitospovosaindamantêmemseus territórios, conservados in situ, uma ampla agrobiodiversidade importantíssimatambém no contexto das mudanças climáticas. Com uma preocupação focada noimpacto da perda do patrimônio biocultural, pretende-se reunir experiências efomentarintercâmbioscomrelaçãoaimportânciadosterritóriosparaaconservaçãoinsitudabiodiversidadeeagrobiodiversidade.Alémdisso,evidenciarpolíticasnacionaisrelacionadas,bemcomonovasestratégiasdospovosindígenasparabuscarsementesescassas e desaparecidas dos territórios como as feiras de troca de sementestradicionais e a procura nos bancos de germoplasma institucionais de variedadesperdidasdeseusroçados.

Page 28: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

28

ST41|Olharesindígenas/historiaindígena:diálogoslatino-americanosMaríaIsabelMartínezRamírez(InstitutodeInvestigacionesHistóricas-IIH,UniversidadNacionaldeMéxico-UNAM,México);SpensyPimentel(UniversidadeFederaldoSuldaBahia,Brasil).El objetivo de este simposio es dar continuidad a una serie de encuentros queacadémicosypensadoreslatinoamericanoshemoscompartidodesdeel2012.Unodelosobjetivoscomuneshaconsistidoenconstruirespaciosdediscusiónentornoalosproblemasmetodológicosyteóricossobrelapolíticanativa,lasnocionesalternasde“lohumano”, etc. La meta de este simposio es dar continuidad a estas reflexionescompartidastomandocomoejelaco-produccióndeconocimientoconlospueblosylaspersonasconlasquedialogamosduranteeltrabajodecampo;asícomoconaquelloscolegasnativosinteresadosennutrirestadiscusión.Lostópicoselegidosparaestamesason los olhares y las miradas nativas de los siglos XX y XXI sobre el registro y laproduccióndeunahistoriapropiamentenativa.ST42|Pluralismobioético,decolonialidadeepovosindígenas:pensandooBemViveresuascomplexidadesMarianna Assunção Figueiredo Holanda (Universidade de Brasília, Brasil); Lívia DiasPinto Vitenti (Universidade de Brasília, Brasil); Danilo de Assis Clímaco (UniversidadNacionalMayordeSanMarcos,Peru).Os conceitos de Bem Viver e pluralismo bioético somam-se ao interesse emcompreendercomoospovosconcebemepraticamdiferentesformasdefelicidade,devida digna e de bem-estar, atraindo hoje nossa atenção. Principalmente, a partir daconcepçãoandinado“BemViver”,traduçãodasexpressõesquechua“SumakKawsay”eaymara“SumaQamaña”,opresenteGTpropõeodesafioderefletirsobrebemviverem diferentes contextos, desde uma perspectiva inter-histórica, intercultural einterdisciplinar.ConsiderandoqueoBemViveréummotorqueestimulaaspessoasaobedeceremseusprópriosprojetosregionaisehistóricos,assimcomoaosinteressesdesuas comunidades, propomos apromoçãodedebates sobre este tema, oque incluipesquisassobreconcepçõesrelacionadasaocorpoeàmente–inclusivedeformanãodualista – e às noções de humanidade que vão muito além dos limites do corpobiológico; etnografias e pesquisas sobre acesso à direitos, à formas próprias deresoluçãodeconflitos–comoumaredederelaçõesesignificadosquepautamoBemViver. Nosso objetivo é reunir trabalhos que se dediquem aos estudos das relaçõessociais voltados à complexidade, multiplicidade e variedade de saberes e práticasassociados aos conceitos de bem viver. O presente GT busca promover um diálogointerdisciplinar, a partir da participação de profissionais e estudantes de diferentesáreasdoconhecimento,assimcomovisareunirtrabalhosconcluídosouemandamentosobreostemaspropostos.ST 43 | Por uma história cotidiana dos nativos sulamericanos: transformações,resistências,negociaçõeseresignificações/Porunahistoriacotidianade losnativossudamericanos:transformaciones,resistencias,negociacionesyresignificaciones

Page 29: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

29

Vlademir José Luft (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, Brasil); LíaGuillermina Oliveto (Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnivas -CONICET-UniversidaddeBuenosAires-UBA,Argentina).Buscando fortalecer e estabelecer a cooperação entre pesquisadores sobre a(s)história(s)erealidade(s)nativa(s),propomos,comoatividadedediálogoacadêmicoecientífico,noformatodeumSimpósioTemático,relacionadoaoeixotemáticoHistóriaeMemória,tratardocotidianonativosulamericanos(oíndio),ouseja,suaorganizaçãosocial, cultural, política e econômica em sua diversidade continental. Esta é umaproposta amplaque convoca todos aqueles que concentram suaspesquisas sobreocotidiano dos nativos americanos e as formas com que foram modificadas eressignificadas,desdeoséculoXVI,quandodaconquistaecolonização.Destaforma,emtermosdetemporalidade,estãoinclusosaquidesdeosmaisantigosregistrosmateriaisatéosregistrosdoséculoXVIII,daAméricadoSul.Portanto,convocamosatodosparadebater e dialogar, a partir de uma perspectiva crítica que considere as diversasmaneiras em que os nativos americanos foram construtores ativos de sua própriahistória,mesmoantesdainvasãoeuropeia,rearticuladodeformadramática,quandoda conquista. Além disso, convidamos a construir uma reflexão coletiva, teórica emetodológica, baseada nos estudos de caso propostos, sobre a matriz colonialestabelecida pela colonização portuguesa e espanhola e as possibilidades atuais deinterpretarsuahistória.ST44|PovosindígenasdaAmazôniaCaribenhaRudi Henri van Els (Universidade de Brasília, Brasil; Anton de Kom Universidade deSuriname,Suriname);ReginaldoGomesdeOliveira(UniversidadeFederaldeRoraima,Brasil);JanainaDeanedeAbreuSaDiniz(UniversidadedeBrasília,Brasil).AAmazôniaCaribenhaéumaregiãocompostaportodooterritóriodaIlhadasantigasGuianas que compreende o litoral Atlântico Norte entre o delta do rio Orinoco(Venezuela)edorioAmazonas,pelamargemesquerdadorioAmazonasedorioNegro,peloCanaldeCassiquiare (Brasil/Venezuela)eamargemdireitadorioOrinoco.Essaregiãopodeserconsideradaumailha,bemcomotodasasoutrasilhasCaribenhas,pelofatodeestaremconectadasculturalmenteentreAméricadoSuleomarCaribepeloscaminhosdaságuas:oOceanoAtlânticonoNorteepelosRiosAmazonaseOrinoconoSulenoOeste.Diversospovos indígenasdo tronco linguísticoArawakeKaríb,entreoutras famílias indígenas habitam essa singular região da Amazônia. A proposta dosimpósio é reunir pesquisadores, estudantes indígenas e ativistas para discutir opassado,presenteefuturodospovosindígenasdaAmazôniaCaribenha.SãopovosdaAmazônia que habitamdistintos territórios nacionais, com separações pormeio dasfronteiraspolíticasepelasbarreiras linguísticas.Aocupaçãocolonialdaregiãoimpôsfronteiraspolíticase linguísticas(Espanhol,Frances,Português, InglêseHolandês)napossedosterritóriosdosváriospovosindígenasenocontroledesuasprópriaslínguas.Nestesentido,oobjetivodosimpósioécriarumfórumparatrocasdeideiaseproduçãodeconhecimentosobre/oujuntocomospovosindígenasdaregião,alémdeestimularacriaçãoderedescientificasregionaisdecooperação.

Page 30: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

30

ST45|Povosindígenasisolados,livresouautônomos:direitoàexistênciaeàauto-determinaçãoAdrianaMaria Huber Azevedo (Conselho Indigenista Missionário, Brasil); Sarela PazPatiño(UniversidadMayordeSanSimón,Cochabamba,Bolivia).Na Amazônia há informações da existência de cerca de 150 povos indígenas quedeliberadamente evitam contatos permanentes com as sociedades envolventes,denominadosde“isolados”,“emisolamentovoluntário”ou“livres”.Aexpansãosobreseusterritóriosdediferentesfrenteseconômicasegrandesprojetosdeinfraestruturavem acompanhada por uma violência sistemática, de genocídio, deslocamentosforçadosefragmentaçãodosterritóriosdestespovos.AinexistênciademecanismosdecooperaçãoentreEstados,ousodecritériosemarcoslegaisdistintosemcadapaísparaoreconhecimentodesuasterritorialidades(muitasvezestransfronteiriças),assimcomoaaçãodeliberadaporpartedediversosentesgovernamentaisvisandoaconcessãoeusurpaçãodeterritóriosindígenasaumentamasuavulnerabilidadeeafaltadegarantiadeseusdireitos.Istoapesardaexistênciadedispositivoslegaisfavoráveisaestespovosnoâmbitointernacional(ONU,OEA,OIT,CIDH).Qualéofuturodospovosisolados?Queplanos,políticas,instrumentosoulegislaçãodosestadosnaregiãoestãoajudandooupodemajudaraqueenfrentemosasituaçãodeviolênciaaqueseencontramexpostos?Quemudanças estão se produzindo nos Estados para que o etnocídio esteja sendopraticado sem nenhum reparo moral e ético na política? Estas são algumas dasperguntasqueoSimpósiobuscaaprofundareanalisarparaestabelecerparâmetrosquedeveriamserdecompromissoparaosEstadoseasociedadecivildaregião.ST46|Povostradicionaiseindígenas:globalização,históriaseculturasalimentaresMarlene CastroOssami deMoura (PontifíciaUniversidade Católica deGoiás, Brasil);EllenFensterseiferWoortmann(UniversidadedeBrasília,Brasil);EstherKatz(InstitutdeRecherchepourleDéveloppement–IRD,França).Aglobalizaçãoéumfenômenoqueseimpõesobreasdiversidadesdepráticasculturaispor meio do processo de mudanças técnico-econômicas e com o aceleramento dodesenvolvimentoagroindustrial.Comsuapenetraçãoemtodosos“cantoserecantosdo mundo”, vem revolucionando os modos de produção e abalando as condiçõessociais, particularmente das sociedades com menor poder político, econômico etecnológico. As sociedades tradicionais, especialmente as indígenas, não forampoupadasdesseprocesso.Grandepartedosconhecimentosetecnologiastradicionaisdesapareceufrenteàsimposiçõesdenovosvaloresenovasnecessidadesdasociedadeglobalizada. Quando povos indígenas abandonam ou têm o acesso às suas própriasculturasetradiçõeslimitadas,omundoperdegrandepartedeseupatrimôniohistórico-cultural.Estesimpósioestáestruturadoemduaspartes:naprimeira,buscaanalisarasdimensõesteóricasdaalimentação;nasegunda,buscapartilharexperiênciasereflexõessobre a alimentação indígena, tais como: hábitos alimentares tradicionais, meioambiente e disponibilidade de recursos para o consumo e práticas alimentares,segurança e soberania alimentares, indústria alimentar e a introdução de alimentos

Page 31: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

31

industrializados, mudanças nos padrões alimentares, perda da autonomia alimentarcom a degradação ambiental das Terras Indígenas (TIs), formas de organizaçãoeconômicaederesistênciadessespovosfrenteàexpansãodoprocessodeglobalizaçãoesuasalternativasdesobrevivência,umavezqueastradiçõesalimentarestornam-seumlugarderesistênciacultural.ST 47 | Programas de pós-graduação interculturais e indígenas. Potencialidades,desafioseestratégiasJuliana Merçon (Universidad Veracruzana, México); Ana Tereza Reis da Silva(UniversidadedeBrasília,Brasil).Hámaisdedezanosoensinosuperioremdiferentespaíseslatino-americanoscomeçouaincluirprocessosdeformaçãocomorientaçãointerculturaleindígena.AslicenciaturasindígenasnoBrasileosdiferentescursosdegraduaçãooferecidosporuniversidadesindígenaseinterculturaisnoMéxico,Colômbia,BolíviaeEquadoroferecemexemplosdeesforçosrealizadosparareestruturarprojetospolítico-pedagógicosapartirdeumaplataforma intercultural crítica, decolonial ou epistêmicamente plural. Apesar danecessidade de prolongar estes processos formativos para fortalecer debatesprotagonizadosporintelectualesindígenaseconstituirquadrosdocentescommembrosde populações tradicionais em universidades, as experiências de pós-graduaçãointercultural ou indígena são menos numerosas. As potencialidades e desafiosreferentesaoinícioecontinuidadedestesprogramasdepós-graduaçãosãomúltiplosecomplexos. O presente simpósio tem como objetivo contribuir a este campo emconstanteconstrução,atravésdointercâmbiodeexperiências,dodebatecríticosobreestesprocesosedapotencialcriaçãoderedesdecolaboraçãoentreprogramasdepós-graduaçãocomenfoqueinterculturalouindígenanaAméricaLatina.ST48|Pueblosindígenasencontextosurbanos.Organizaciónetnopolítica,políticaspúblicasygobiernoslocalesentornoalaparticipaciónestatalClaudio Espinoza Araya (Universidad Academia de Humanismo Cristiano; Centro deEstudios Interculturales e Indígenas - CIIR, Chile); Juan Manuel Engelman (ConsejoNacional de Investigaciones Científicas y Técnicas - CONICET, Instituto de CienciasAntropológicas,FacultaddeFilosofíayLetras,UniversidaddeBuenosAiresyUniversidadNacionaldeLuján,BuenosAires,Argentina).LamigracióndepoblaciónindígenahaciacontextosurbanosyperiurbanosdurantelamitaddelsigloXXhaprovocadoquealmenosunterciodelaspoblacionesindígenashabiten hoy en día en los contextos citadinos, de diversos países de la regiónlatinoamericana. El presente simposio del Tercer Congreso Internacional PueblosIndígenas de América Latina (CIPIAL), al tiempo que reflexiona acerca del lugar queposeen las poblaciones indígenas en la ciudad, tiene por objetivo analizar aquellosprocesosdeorganizaciónetnopolíticamedianteloscualessurgenluchasporelterritóriourbano,laidentidadyelreconocimientodederechos.Lavisibilizacióndelapoblaciónindígena, suorganizacióny ladefinicióndeumconjuntoarticuladodedemandasde

Page 32: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

32

claseyetnia,marcanlaconsolidacióndenuevossujetospolíticosalahoradeanalizarladisputaporlosrecursosestatalesydegestiónintercultural.Estoúltimo,defineotrodelos ejes. Se trata de discutir acerca de las limitaciones y posibilidades que en laactualidadposeenlasinstanciasdeparticipaciónetnopolíticadelasnuevasdirigenciasindígenas urbanas en los gobiernos locales –municipales-, provinciales y nacionalestanto en Chile como en Argentina. Finalmente, en este simposio profundizaremosacerca de un escenario donde se combina la redefinición del rol del Estado, sudescentralizaciónyelimpactodepolíticasmulticulturalitasconlasinteraccionesdelospueblosindígenasydiversossectoressociales.ST49|Pueblos indígenasyafrodecendientesenAmericaLatina:políticaspublicas,extractivismo,criminalizaciónyconflictividadenlacoyunturaactualStephenGrantBaines(UniversidadedeBrasília,Brasil);SebastiánValverde(Universidadde Buenos Aires, Argentina); Luis Campos (Universidad Academia de HumanismoCristiano,Chile).Elsimposioobjetivaanalizarlaexpansióndelasactividadeseconómicasbasadasenlaexplotación de los diversos recursos naturales, así como la construcción de diversasobrasdeinfraestructuraylasreconversionessocio-productivasenlosterritoriosdelospueblos indígenas y afrodecendientes (hasta hace poco tiempo considerados“marginales”), y los cambios - en especial los últimos años. Esto ha contribuido aprocesos de etnogénesis o una reactualización de la etnicidad - frecuentemente encontextosmigratoriosenlosámbitosurbanos.Otroejesebasaenelnuevoescenarioen los diversos países (Brasil, Argentina, Paraguay, etc.), con el giro hacia políticasneoliberalesqueimplicanuncontrasteconlosanterioresgobiernos.Profundizaremosenelescenarionovedosoqueseinstauraapartirdeestoscambios,conlaconsiguienteredefiniciónenelroldelEstadoyen las interaccionesdeestospuebloscondiversossectores sociales. Un tercer eje es la labor articulada y mancomunada que vienendesarrollando los pueblos indígenas con vastos sectores sociales, que implicanexperiencias innovadoras en la propia práctica de “transferencia”, o “antropologíacolaborativa”.Seprevélaparticipacióndeprofesionales,perotambiéndedirigentesy/ointelectuales indígenas, cuya participación resultará fundamental en vistas de poderefectuarundebateintercultural.ST50|SaberesIndígenas,transdisciplinaridadeeEducaçãoEscolarNeimarMachadodeSousa(UniversidadeFederaldaGrandeDourados-UFGD,Brasil);TeodoradeSouza(SecretariaMunicipaldeEducação–SEMED,GrandeDourados,MatoGrossodoSul,Brasil).ApropostadesseSimpósioTemáticoétransdisciplinar,poispartedopressupostoqueas sociedades estão cruzadasporoposiçõesde classe, étnicas e de gênero, alémdeconsiderarqueodiálogocomoutrossaberes,comoaantropologiaeaeducação,éumcaminhoparaodesenvolvimentodaeducação.Seuobjetivoéarticularpesquisadoresindígenaseindigenistasemtornodaspráticaspedagógicasinovadorasqueenvolvemaaproximaçãoentreos saberes indígenase a educaçãoescolar indígena.As reflexões

Page 33: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

33

terãocomofocoaanálisedasrelaçõeshistóricasentreaEducaçãoEscolarIndígena,aEducação Indígenaea formaçãodeprofessores indígenasBrasil eAmérica Latina.Afundamentaçãoteóricaemetodológicaseráconstruídaemdiálogocomosprofessoresindígenasdeacordocomosprincípios freirianosea técnicadoensinocompesquisapara orientar o planejamento dos professores em educação escolar indígena. Comoresultadodosimpósio,sãoesperadascontribuiçõesnacontinuidadedeumapolíticadeformaçãocontinuadaparaosprofessores indígenaseanecessidadede regularidadenestas políticas públicas além de efetivação nas ações de governo e práticaspedagógicas.ST51|Sociedad,ambienteysostenibilidadOliverioLlanosPajares(UniversidadNacionalMayordeSanMarcos,Lima,Perú);ZoilaOchoaGaray(AsociaciónInterétnicadeDesarrollodelaSelvaPeruana–AIDESEP);FanelVictoriaGuevaraGuillen(ColegioProfesionaldeAntropologosdeLima,Perú).EnelPerú,haygrandesproblemasqueseafrontanenelcaminoaldesarrolloqueseentiendecomocrecimientodesmesuradodelaacumulaciónderiquezadeunospocosencontradelapobreza,laexclusiónyeldespojodeotros.Esecrecimientoinequitativoafectaelambienteyalossectoressocialesmásvulnerables,porqueelpaísvecrecer“sus rentas” en base a la explotación de sus recursos naturales incluso a costa deldeteriorodelambiente,ocurreconlaactividadminera,petrolera,madereraenlaselvaylasierradelpaísyconlagranagriculturadeexportaciónenlacostaquegeneranlaapropiacióndeterritoriosydespojodelagua;laspoblacionesdelasierraylaamazonia,ven deterioradas sus posibilidades de vida, que son afectadas con el FEN, sequías yfriajesporelcambioclimáticoyporlacontaminacióndelagua;generándoseconflictosentodoelpaís,nohayatenciónasusnecesidadesbásicasyelcanonyotrospagosnolas atienden terminado en corrupción y abandono. El Simposio abordará estosproblemasbuscandoanalizar las causasde los conflictosy laviolencia social; ver losefectosdeldeterioroambientalylosimpactosenlossectoressocialesvulnerables,losalegatosdelascomunidadescampesinasynativas;ylasmedidasgubernamentalesqueabordanestasituaciónycomodesdelaacademiapodemosaportarenelabordajedeestostemasenlaperspectivadeunDesarrolloHumanosostenibleodelBuenVivir.ST 52 | Estudios relativos a pueblos indígenas en América Latina: condiciones deproducción,circulaciónycaracterísticasSoraia SalesDornelles (Universidade Federal doMaranhão,Brasil); Claudia Salomon-Tarquini (Universidad Nacional de La Pampa, Consejo Nacional de InvestigacionesCientíficasyTécnicas-CONICET,Argentina).LosestudiosacadémicosrelativosapueblosindígenasenAméricaLatinahancrecidodemanera constante durante las últimas décadas. A la par, existen diversos abordajessobrelasformasenquesehavenidoproduciendoesteconocimiento,aunqueenvariasocasionesestosestudiosguardanpocasconexionesentresí.Enestesimposiotemáticonos proponemos aportar a la discusión entre especialistas de distintas disciplinas yorientacionesacercadelascaracterísticas,condicionesdeproducciónycirculaciónen

Page 34: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

34

estosestudiosacadémicos,yavanzarhaciacomparacionesintraeinter-regionales.Seesperarecibircomunicacionesacercadetemastalescomolapresenciayausenciadeestudiosindígenasenlashistoriografíasyantropologíasnacionales,laevolucióndelaetnohistoria y sus distintos significados en diferentes regiones, el crecimiento deestudios indígenas en disciplinas como derecho, salud, sociología, demografía,educación, entre otras, las características metodológicas de estos abordajes, suscondicionesdeproducciónycirculación,lasrelacionesentrelosestudiosacadémicosylasagendasdelascomunidadesindígenas,entreotrosaspectos.ST53|Territorialidadeumaquestãodesaúdeebem-estarMaria de Lourdes Beldi de Alcântara (Universidade de São Paulo, Brasil); AlejandroParellada(InternationalWorkGroupforIndigenousAffiars–IWGIA,EstadosUnidos).Este simpósio tem como principal objetivo fazer uma análise interdisciplinar einterculturalsobreaquestãodobem-estardos/asjovensecriançasindígenasdentrodoterritórioemquevivem.Aspolíticaspúblicasemrelaçãoa saúde indígenaeomeioambiente em que vivem os povos indígenas precisam estar intrinsecamenterelacionados para que a haja uma visão holística de como estes jovens e criançasprecisamserolhadosetratados.Comapermanenteameaçadeperdaseusterritóriospelos mais diversos setores agrícolas, mineradores e madeireiros estes povos sedefrontamcomumaquestãomaisgrave:odesequilíbriodeseumeioambienteafetadotantopelosprodutostóxicosquantopordoençascausadospelosdesastresecológicos.Qual a percepção destes jovens em relação aomeio em que vivem?O que eles/asalegamcomosendoprejudicial`avisãodebem-estar?Comoeles/asnarramasnovasdoençasqueaparecemequaissãoastrajetóriasdacura?Comonegociamosprocessosterapêuticos?Jáquetodaequalquerculturapossueclassificaçõesprópriasdesaúdeedoenças.Estesimpósiotemcomoobjetivoabrirodebatesobreestasquestõescruciaiscomoobjetivodeproporpolíticaspúblicasquepartamdoencontrointerculturalfrutodapolissemiaepolissemiadasnarrativas/vivenciasapresentadas.ST 54 | Territorialidades, derechos de propiedad y recursos naturales en AméricaLatinacolonialyrepublicana,siglosXVI-XXIOliviaPalomaTopetePozas(UniversidadNacionalAutónomadeMéxico,México);MartaMartín Gabaldón (Centro de Investigaciones en Estudios Superiores en AntropologíaSocial-CIESAS-CDMX,México).Laformaencómolosgruposindígenashancontroladolosrecursosnaturales–aguas,tierrasybosques–serelacionaíntimamenteconlamanerapluralenquedespliegansuterritorialidadsobreespaciosdondesesolapandistintosderechosdepropiedad.Estoha conducido, tanto en el pasado como en el presente, a que surjan distintasnegociaciones,conflictosyresistenciassobrecómopensarelterritorioysobreelaccesoyusodelosrecursosnaturales.EstatemáticaescentralparaanalizarlaconfiguraciónhistóricadeLatinoaméricadesdelaexperienciacolonial,pasandoporlaconformacióndelasrepúblicassoberanas,hasta lasdinámicasneoliberalesactuales.Elobjetivodelsimposio es generar intercambio de conocimientos con perspectiva histórica y

Page 35: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

35

antropológica en torno a los problemas pasados y presentes derivados de laconfiguraciónyapropiacióndelterritorioporpartede lospueblos indígenasyde losgruposqueinteractúanconellos,abarcandounatemporalidadamplia(siglosXVI-XXI).Estapropuestaintentacontribuiralintercambio–temático,disciplinarygeográfico–enla convergencia de los ejes temáticos del CIPIAL: a)Historia ymemoria; e) Tierras yterritorialidades indígenas; g) Sociedad, medio ambiente y sustentabilidad. Seestablecerá un diálogo reflexivo en torno a las territorialidades y los derechos depropiedad en relación con los recursos naturales incorporando estudios de diversaslatitudesyconsiderandosusdivergenciasyconvergencias,asícomolosdesafíosylosretosparaestalíneadeinvestigación.ST55|TerritórioGuarani:conflitoseresistênciasManuelMunhoz Caleiro (Centro Universitário Autônomo do Brasil, UniBrasil, Brasil);ClovisAntônioBrighenti(UniversidadeFederaldaIntegraçãoLatino-Americana-UNILA,Brasil);MarceloBogadoPompa(InstitutodeCienciasSociales-ICSO,Paraguai).Opresentesimpósiobuscaenfrentaracademicamenteosconflitosenvolvendoasterrase o território Guarani, bem como seus mecanismos de resistência na perspectivahistórica e contemporânea em processos de lutas no campo político, jurídico eeducacional. Priorizaremos trabalhos que incorporem elementos das teorias dadecolonialidade e da jusdiversidade. Ao longo do processo histórico, resistindo àcolonização, oPovoGuarani adotoudiferentes táticas e estratégias aos avançosdassociedades coloniais e nacionais. Tendo figurado como protagonista em diferentescontextos e conflitos, como a aliança Guaranítico-jesuíta e a consequente guerratravadapelosimpériosibéricos,aGuerradaTrípliceAliança,acriaçãodoreservatóriode Itaipu etc., este povo viu seu território ser transformado em mercadoria. Nacontemporaneidade, os Guarani têm construído diferentes mecanismos deenfrentamento às adversidades, como a ressignificação de sua cosmologia ereorganizaçãosocioculturalparaassumirumanovaposturadiantedasadversidades,alémdareinterpretaçãoeressignificaçãodasrelaçõescomaterraeoterritório.Noscontínuos processos de construção e transformação de suas concepções territoriaissurgeumnovoelemento,aretomadadeterrasenquantoinstrumentoderesistência.Durante suasmobilidades territoriais, encontram por seus caminhos o substrato damodernidadecapitalista,comadivisãodoespaçoemáreasdeprodução,devastadaspeloagronegócio,eáreasdeproteçãoambiental.ST56|Territorio,tierrasyterritorialidadesindígenasenelNoroesteMexicanoDoraElviaEnríquezLicón(UniversidaddeSonora,México);ZulemaTrejoContreras(ElColegiodeSonora,México).Elementofundamentalparaconocerlassociedadesindígenaseselespaciogeográficoen el que se asientan que, como es sabido, está lejos de ser considerado por lascomunidadesúnicamentecomoelmediofísicoqueproveeresguardoyproductosparala subsistencia, pues conlleva un complejo entramado de construcción de sentidos,significaciones,ritualidadesydefinicióndelordensocialadecuadoparapreservarlo.En

Page 36: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

36

estesentido,elsimposioqueproponemosseproponeconvocaralosacadémicosdelasdistintas ciencias sociales para presentar resultados (preliminares o finales) deinvestigaciones sobre territorio, tierras y territorialidades indígenas en el noroestemexicanoenunampliolapsoquecorredelsigloXVIalXX,queseocupenprincipalmentedelassiguientescuestiones:1)Territorioyterritorialidadesprehispánicas;2)Territorioy territorialidades en los pueblos demisión; 3) Disputas interétnicas por el dominioterritorial;4)Fronterasindígenasycoloniales;5)Relaciónsociedadesindígenas-medioambiente; 6) Cambio en la tenencia de la tierra (siglos XVIII-XIX); 7) Territorio,significaciones sociales y ritualidades indígenas; 8) Territorio, territorialidades yorganización social; 9) Territorio, territorialidades y organizaciónmilitar indígena. Elsimposioqueproponemosserelacionacon lossiguientesejestemáticos,deacuerdoconlaconvocatoriadel3erCIPIAL:a)Historiaymemoria;e)Tierrasyterritorialidadesindígenas;g)Sociedad,medioambienteysostenibilidad.ST 57 | Territorios indígenas, derechos humanos y agricultura: desafíos para laconstruccióndemarcosjurídicosypolíticaspúblicasbioculturalmentepertinentesFranciscoXavierMartínezEsponda(CentroMexicanodeDerechoAmbiental,México);MarianaBenítezKeinrad(InstitutodeEcologíaenlaUniversidadNacionalAutónomadeMéxico,México);GisselleGarcíaManing(CentroMexicanodeDerechoAmbientalA.C.,México).LospueblosindígenasdetodaAmérica,hantenidoalolargodeltiempounacoevolución(biológica,culturalyespiritual)conlosecosistemasquehanhabitadohistóricamente;lo anterior es particularmente visible en las prácticas agrícolas, donde la relaciónhombre-tierra(quegeneróygenerabuenapartedelaagrodiversidaddelmundo)tieneunvínculomuyestrechoytrascendente.Eldominiodelaculturamoderna-occidentalhaprofundizadoladiscriminaciónhacia lasprácticase institucionestradicionalesyeldesconocimiento de las características constitutivas biofísicas y culturales de lasnaciones de toda la región, lo cual ha consolidado a la marginación como relaciónestructurante. Ante este contexto, cabe analizar a fondo diversas experiencias yperspectivas epistemológicas latinoamericanas, muchas de ellas vinculadas a luchasindígenaspor ladefensade su territorio y control culturalde sus recursosnaturalestradicionalmentemanejados.Dostemasquepuedenotorgarmuchaluzaesteanálisisson: los derechos humanos (por su relación con el Estado) y la agricultura (por surelaciónconlaTierra).DesdelalógicadelosderechoshumanosenLatinoamérica,seidentificancomoprimeranecesidad:(i)ponerenmarchaunmarcojurídicoypolíticaspúblicas,enparticularenmateriaagrícola,quepermitanelflorecimientodelosdiversospueblosyetniasquehabitanlosterritoriosnacionalesy(ii)hacercontrapesoalpoderdelaculturadominante.ST58|Trajetóriasdeacadêmicos indígenas: impactospresenteseperspectivasdefuturoFlorêncioAlmeidaVazFilho(UniversidadeFederaldoOestedoPará-UFOPA,Brasil);GersemJosédosSantosLuciano (UniversidadeFederaldoAmazonas -UFAM,Brasil);FelipeSottoMaiorCruz(UniversidadedeBrasília,Brasil).

Page 37: 3o CIPIAL TERCEIRO CONGRESSO …...são muito diversos: há comunidades indígenas vivendo em grandes cidades, há aldeias coladas à pequenas cidades regionais, há pessoas (de uma

37

OacessoàUniversidadetrouxenovasperspectivasparaospovosindígenascomrelaçãoàcidadaniaeaosdireitosindígenas.Milharesdeestudantesascenderamaosdiferentescursosuniversitárioscomoumaestratégiaparaamelhoriadevidadosseuscoletivosea construçãoe fortalecimentoda autonomia indígena. Apesardosobstáculos à suapermanêncianaacademia,jápodemosconstatarpercursosdesucessoecomimpactospositivos entre as suas comunidades de origem. Além da assessoria política àsorganizações indígenas, temos dissertações e teses sobre história e as culturasindígenas, documentários em vídeo, inventários dos patrimônios culturais etc. Masperguntamos:demaneirageral,aproduçãodosacadêmicosindígenasapontadefatopara a construção de discursos e práticas contra-hegemônicos? Neste simpósiopretendemosdiscutirosefeitosdastrajetóriasdestesindígenassobreosseuscoletivosdeorigem,buscandoresponderàs seguintesquestões: [1]atéquepontooacessoàuniversidade tem auxiliado na construção e consolidação de uma autonomia eprotagonismoindígenas?[2]Quaisosnovosolhareseperspectivastrazidosporestesintelectuais indígenas? [3] Que repercussões têm produzido nos seus coletivos aascensãodeindígenasaoensinosuperioremníveisdegraduaçãoepós-graduação?[4]Quais as perspectivas encontradas pelos egressos referentes à atuação profissional,circulação de sua produção intelectual e possibilidades de projeção no cenárioacadêmico?ST59|20anosdaLeiSergioArouca:avanços,dificuldadesedesafiosparaospovosindígenasdoBrasilAlineAlvesFerreira (UniversidadeFederaldoRiode Janeiro,Brasil); ThatianaReginaFávaro(UniversidadeFederaldeAlagoas,Brasil).Em2019,completam-se20anosda“LeiArouca”(Leinº.9.836,de23desetembrode1999),marcoregulatóriodaatençãoàvidaesaúdedaspopulaçõesindígenasdoBrasil.Antes,diversosórgãostiveramaatribuiçãodecuidardasaúdedosindígenas,iniciadooficialmentenoiníciodoséculopassadopeloServiçodeProteçãoaoÍndio(SPI).ALeiArouca regulamenta as diretrizes aprovadas na II Conferência Nacional de SaúdeIndígena,realizadaem1986eestabelecequeapolíticadesaúdeindígenapassariaaserresponsabilidadeexclusivadoMinistériodaSaúde.Assim,incorporadanocapítuloVdaLeinº8.080(19desetembrode1990),queestabeleceuoSistemaÚnicodeSaúde(SUS),a responsabilidade formal e de toda a estrutura de atendimento à saúde indígena,incluindoasunidadesdesaúde,osfuncionários,asfunçõesdeconfiançaeosrecursosorçamentários,passouaserdaFundaçãoNacionaldeSaúde(Funasa),órgãoexecutivodo Ministério da Saúde. Visando um debate atual sobre os caminhos, desafios edificuldadesenfrentadasaolongodesses20anos,osimpósiotrazdiscussõessobreoperfil de saúde atual dos indígenas no Brasil através das perspectivas dos CensosDemográficosedossistemasdeinformaçãoemsaúdequetêmcontemplado(ounão)os indígenas.Pretende tambémdiscutir acercadoperfil epidemiológicodedoenças,alimentaçãoenutriçãoentreindígenasdoBrasil.