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4 de Outubro de 2010

4 de Outubro de 2010. Contratos de consumo Formação do contrato. Classificação dos contratos em função da prática comercial. Classificação dos contratos

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Contratos de consumoFormação do contrato.

Classificação dos contratos em função da prática comercial.

Classificação dos contratos em função do tipo contratual.

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Formação do contrato

Inexistência de normas especiais relativas à celebração do contrato de consumo.

Modelos de formação do contrato: Proposta seguida de aceitação; Documento contratual único; Outros modelos.

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Proposta seguida de aceitação

Modelo de formação dominante no que respeita a contratos de consumo.

Celebração do contrato no momento em que a segunda declaração – aceitação – se torna eficaz.

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Proposta

Requisitos: Completude; Precisão; Firmeza; Adequação formal.

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1) Completude da proposta

O proponente deve inserir na proposta “todas as cláusulas sobre as quais […] tenha julgado necessário [a existência de um] […] acordo” (artigo 232.º do CC).

O objecto do contrato tem de ser determinado ou determinável (artigos 280.º e 400.º do CC).

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Preço

Proposta pode não conter o preço do bem ou serviço?

Critérios legais supletivos para a determinação do preço:

Compra e venda: artigo 883.º do CC; Empreitada: artigo 1211.º do CC.

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Indicação do preço

Preocupação especial de que o consumidor conheça o preço do bem ou serviço antes da celebração do contrato.

Artigo 8.º, n.º 1, da Lei de Defesa do Consumidor: indicação de forma clara, objectiva e adequada do preço do bem ou serviço. Incumprimento deste dever é fundamento para a resolução do contrato.

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Indicação do preçoDecreto-Lei n.º 138/90, de 26 de Abril (alterado pelo

Decreto-Lei n.º 162/99, de 13 de Maio).

Artigo 1.º, n.º 1: “Todos os bens destinados à venda a retalho devem exibir o respectivo preço de venda ao consumidor”.

Artigo 5.º, n.º 1: A indicação deve “ser feita em dígitos de modo visível, inequívoco, fácil e perfeitamente legível, através da utilização de letreiros, etiquetas ou listas, por forma a alcançar-se a melhor informação para o consumidor”.

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Indicação do preço

Decreto-Lei n.º 57/2008, de 26 de Março (práticas comerciais desleais).

Artigo 10.º, alínea c): É enganosa a prática comercial que omita a indicação do “preço, incluindo impostos e taxas”, ou o modo de cálculo deste.

Excepção: Preço “se puder[…] depreender do contexto”.

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Preço

Incumprimento das normas não pode ser invocado pelo profissional para obstar à qualificação da declaração como proposta contratual.

Neste caso, aplicam-se os critérios legais supletivos.

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2) Precisão da propostaDa aceitação, não podem resultar dúvidas

acerca da celebração e do conteúdo do contrato.

Admissibilidade de hipóteses em alternativa. Exemplos:

Máquina de café (café curto ou longo); Compra e venda de automóvel (pagamento a pronto

ou a prestações).

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3) Firmeza da proposta

Intenção inequívoca de contratar.

Possibilidade de emissão de proposta sob condição suspensiva.

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4) Adequação formalA proposta deve revestir a forma exigida para

o contrato.

Contratos de consumo sujeitos a forma especial: declaração contratual que não respeite a forma prevista aproxima-se de uma verdadeira proposta.

Inobservância da forma prevista só pode ser invocada pelo consumidor.

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Proposta e convite a contratarConvite a contratar quando a declaração não

contém todos os elementos da proposta contratual.

Artigo 32.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 7/2007, de 7 de Janeiro: “A oferta de produtos ou serviços em linha representa uma proposta contratual quando contiver todos os elementos necessários para que o contrato fique concluído com a simples aceitação do destinatário, representando, caso contrário, um convite a contratar”.

Protesto. Admissibilidade no direito do consumo.

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Relevância do convite a contratar

Integração no conteúdo do contrato.

Exemplo: Orçamento.

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Proposta ao públicoModalidade de proposta que tem como

principal característica a indeterminação dos destinatários.

Admitida genericamente pelo artigo 230.º, n.º 3, do Código Civil: “[…] proposta, quando dirigida ao público […]”.

Trata-se de uma proposta e não de um convite a contratar, cumprindo todos os seus requisitos.

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Proposta ao público

Modelo dominante no direito do consumo.

Exemplos.

Objectivo: Celebração do maior número de contratos no mais curto período de tempo.

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Proposta ao públicoCaracterística: fungibilidade da pessoa do

destinatário.

Admissibilidade de uma modalidade intermédia: Proposta dirigida a um público restrito.

Respeito pelo princípio da igualdade: Artigo 13.º da CRP; Lei n.º 18/2004, de 11 de Maio: combate à discriminação

em função da origem racial ou étnica; Lei n.º 14/2008, de 12 de Março: combate à discriminação

em função do sexo.

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Indisponibilidade de bens

Distinção: proposta para a celebração de um só contrato ou de vários contratos.

Consequência no caso de o proponente não dispor de bens (ou de serviços) suficientes para satisfazer todas as declarações de aceitação que possam vir a ser emitidas.

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Meios de difusão da proposta ao públicoUtilização de meio que permita contacto com o

público.

Suporte electrónico / Suporte físico.

Presença física do bem / Não presença física do bem

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Exemplos

Anúncios inseridos na imprensa, na televisão ou na Internet

Envio de catálogos

Exposição de bens em montras ou em prateleiras de estabelecimentos comerciais

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Sistema de auto-serviçoA quem pretende adquirir o bem cabe a

operação material da sua recolha (ou da sua utilização) no estabelecimento comercial do profissional, procedendo ao pagamento do preço no mesmo local mas em momento posterior ao da recolha.

Exemplos: Postos de abastecimento de combustíveis; Supermercados.

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LeilãoDois modelos:

Proposta do profissional, celebrando-se o contrato com a aceitação de cada litigante, sob condição suspensiva de não surgir um lance com preço mais elevado;

Convite a contratar do profissional, proposta do consumidor e eventual aceitação da proposta pelo profissional.

Vinculação do profissional a celebrar o contrato com quem apresentar o melhor preço – Primeiro modelo.

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Aceitação

Declaração que tem como efeito a celebração do contrato.

Requisitos: Conformidade com a proposta; Adequação formal.

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Aceitação tácita

A aceitação, tal como qualquer declaração, pode ser tácita (artigo 217.º, n.º 1, do CC).

Artigo 234.º do CC: Declaração tácita de aceitação – “Tem-se o contrato por concluído logo que a conduta da outra parte [o destinatário da proposta] mostre a intenção de aceitar a proposta”.

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Exemplos de aceitação tácitaConsumo de um bem ou de um serviço.

Início do cumprimento do contrato (pagamento do preço ou qualquer outra prestação).

Sistema de auto-serviço: Apresentação do bem na caixa; Operação que impeça a não aceitação da proposta –

abastecimento do carro com combustível / pedido específico num supermercado.

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Exemplos de aceitação tácitaCasos em que a própria lei estabelece como

aceitação de proposta determinado comportamento.

Transportes colectivos de passageiros: Transposição das portas de entrada; Entrada no cais de embarque, quando o acesso é limitado.

Declaração tácita de aceitação e acto ilícito (Exemplo: entrar num meio de transporte sem pagar)

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Eficácia da aceitação

A quem deve o consumidor comunicar a decisão de aceitar a proposta?

Se existir um estabelecimento comercial: Eficácia da declaração dirigida a um funcionário que se encontre no local.

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Documento contratual únicoModelo alternativo muito comum nos contratos de

consumo

Celebração do contrato através da elaboração de um documento escrito, assinado ou não pelas partes.

Forma legalmente imposta

Forma voluntária: Regra nas relações duradouras (obrigações periódicas ou continuadas)

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Documento contratual único

Requisitos iguais aos da proposta.

Diferença em relação à confirmação por escrito de um contrato celebrado anteriormente na sequência da aceitação de uma proposta.

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Outros modelos

Diálogo oral concentrado no tempo (contacto presencial, ao telefone, através de computador).

Propostas cruzadas (modelo raro nos contratos de consumo).

Contrato real quanto à constituição

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Contratos preparatórios

Contratos (celebrados segundo qualquer um dos modelos referidos) que surgem no período pré-contratual de outro contrato.

Natureza jurídica da reserva de um bem: Contrato de opção.

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Comunicação do conteúdo da declaração

Iniciativa parte normalmente do profissional: estabelecimento comercial aberto ao público, página na Internet, etc.

Profissional nem sempre é o proponente / Consumidor nem sempre é o aceitante.

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Lei de Defesa do Consumidor

Artigo 8.º, n.º 1: “O fornecedor de bens ou prestador de serviços deve, tanto nas negociações como na celebração de um contrato, informar de forma clara, objectiva e adequada o consumidor, nomeadamente, sobre características, composição e preço do bem ou serviço, bem como sobre o período de vigência do contrato, garantias, prazos de entrega e assistência após o negócio jurídico”.

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Decreto-Lei n.º 57/2008Artigo 9.º: “Tendo em conta todas as suas

características e circunstâncias e as limitações do meio de comunicação, é enganosa, e portanto conduz ou é susceptível de conduzir o consumidor a tomar uma decisão de transacção que não teria tomado de outro modo, a prática comercial […] que omite uma informação com requisitos substanciais para uma decisão negocial esclarecida do consumidor [… ou] em que o profissional oculte ou apresente de modo pouco claro, ininteligível ou tardio a informação referida na alínea anterior”.

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Cláusulas não negociadas individualmenteDesignação preferível em relação a cláusulas

contratuais gerais, dado o âmbito de aplicação do regime.

Artigo 9.º da LDC

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Decreto-Lei n.º 446/85Artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 446/85, de 25 de

Outubro.

Redacção do Decreto-Lei n.º 249/99, de 7 de Julho: Alargamento do âmbito de aplicação do diploma “às cláusulas inseridas em contratos individualizados, mas cujo conteúdo previamente elaborado o destinatário não pode influenciar”.

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Âmbito de aplicaçãoCláusulas pré-elaboradas por uma das partes,

que a outra não tenha tido a possibilidade de negociar. Ónus da prova (n.º 3 do artigo 1.º).

Impossibilidade de negociar os termos do contrato.

Dificuldade de concretização. Avaliação tendo em conta o desequilíbrio entre as partes ou as circunstâncias da celebração do contrato.

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Cláusulas acordadas pelas partesArtigo 7.º do Decreto-Lei n.º 446/85: “As

cláusulas especificamente acordadas prevalecem sobre quaisquer cláusulas contratuais gerais, mesmo quando constantes de formulários assinados pelas partes”.

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Meios de comunicação de cláusulas

Documentos contratuais dirigidos a pessoa determinada ou ao público.

Mensagem publicitária.

Rotulagem de bens ou serviços.

Cartazes em estabelecimentos comerciais.

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Forma da comunicaçãoForma escrita.

Transmissão oral da cláusula.

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Inserção de cláusulas no contratoConexão das cláusulas com o contrato (artigo

4.º).

Comunicação das cláusulas (artigo 5.º).

Dever de informação ou esclarecimento (artigo 6.º).

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Conexão das cláusulas com o contrato

Necessidade de acordo quanto à cláusula.

Remissões, expressas ou tácitas, para declarações isoladas, do profissional ou de um terceiro que vincule o profissional.

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Comunicação da cláusula e conexão com o contrato

As cláusulas “devem ser comunicadas na íntegra aos aderentes”.

Integração, expressa ou tácita, no conteúdo do contrato durante a fase negocial.

Sem um acto de comunicação, a cláusula não pode integrar o contrato.

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Requisitos da comunicaçãoConhecimento completo e efectivo das

cláusulas “por quem use de comum diligência”.

Modo adequado.

Antecedência necessária.

Importância do contrato e extensão e complexidade das cláusulas.

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Modo adequado

Relação com a forma do contrato.

Nível de exigência varia conforme a importância do contrato e a extensão ou complexidade das cláusulas.

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Antecedência necessária

Antecedência necessária varia conforme a importância do contrato e a extensão ou complexidade das cláusulas

Relação entre complexidade e importância do contrato e extensão e complexidade das cláusulas (princípio da boa fé).

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Conhecimento completo e efectivo

Conhecimento completo e efectivo por quem use de “comum diligência”.

Possibilidade de o consumidor não conhecer as cláusulas.

Valor de documento assinado pelo consumidor com indicação da comunicação das cláusulas.

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Ónus da prova

Artigo 5.º, n.º 3: “O ónus da prova da comunicação adequada e efectiva cabe ao contratante que submeta a outrem as cláusulas contratuais gerais”.

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Não comunicação das cláusulas

Artigo 8.º, alínea a): Exclusão das cláusulas do contrato.

Cláusulas-surpresa – alíneas c) e d) do artigo 8.º. Não existe conexão com o contrato.

Artigo 9.º – Exclusão das cláusulas não impede a manutenção do contrato.

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Dever de informação ou esclarecimentoDever existe em duas situações:

Esclarecimento de todas as cláusulas que possam não ser claras (artigo 6.º, n.º 1);

Esclarecimento de todas as questões suscitadas pelo aderente (artigo 6.º, n.º 2).

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Informação e (comunicação do) conteúdo do contrato

Diferença entre informação e promessa.

Confusão entre os dois conceitos.