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MANUAIS DE GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL portalamm.org.br VOLUME 4 SAÚDE

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  • MANUAISDE GESTOPBLICAMUNICIPAL

    portalamm.org.br

    VOLUME 4

    4

    SADE

    DOBRA

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  • PALAVRA DOPRESIDENTE

    NGELO RONCALLIPresidente da Associao

    Mineira de Municpios

    MANUAIS DE GESTOPBLICA MUNICIPAL

    volume 4

    SADE

    Associao Mineira de Municpios - AMM

    Presidente:

    ngelo RoncalliSuperintendente Geral:

    Gustavo PersichiniCoordenador Tcnico:

    Rogrio Moreira

    ContedoJose Marcio Zanardi

    Projeto grfico e diagramao:Tamirys de Oliveira Freitas

    Tiragem:2.000 exemplares

    Distribuio gratuita

    Para mais informaes acesse

    www.portalamm.org.br

    EDITORIAL

    "a AMM vem desenvolvendo

    uma srie de instrumentos

    e mecanismos que

    possibilitAm o cumprimento

    de sua misso institucional,

    dentro dos valores da

    tica e da transparncia,

    de modo a fazer com que

    possamos levar a todos as

    mensagens, as bandeiras e as

    contribuies do movimento

    municipalista."

  • A Associao Mineira de Municpios AMM, maior associao de municpios do pas, tem como misso a representao dos inter-esses e dos direitos dos 853 municpios de Minas.

    Fundada em 17 de outubro de 1952, A AMM, nestes 60 anos de histria, participa ativamente das lutas e movimentos munici-pal istas que garantiram a melhoria na qualidade de vida dos ci-dados.

    Com o lema Somos 853. Somos Minas. E, juntos, somos muito mais, a AMM acredita que somente atravs da unio de todos possvel mudar a realidade dos municpios. Independentemente do porte e da pujana de cada municpio, a entidade parte da prem-issa de que isolados somos frgeis. Assim, necessrio fortalecer politicamente os municpios e apoi-los na melhoria da gesto pblica, pois o municpio o principal ente transformador da reali-dade da sociedade, uma vez que nele que o cidado apresenta seus apelos e necessidades.

    Neste sentido, a AMM vem desenvolvendo uma srie de instrumentos e mecanismos que possibil itam o cumprimento de sua misso institucional, dentro dos valores da tica e da transparncia, e isso faz com que possamos levar a todos as mensagens, as bandeiras e as contribuies do movimento municipalista.

    Esta importante publicao, rica em dados e estatsticas, traz um diagnstico de cada municpio do Estado, contribuindo para que estes sejam conhecidos pelo pblico em geral, pelos forma-dores de opinio, fornecedores, empresas privadas e pblicas, meio acadmico, jornalstico, empreendedores, agentes polticos e pes-quisadores.

    Somando-se a essas preciosas informaes, fica, desde j, o con-vite para que o leitor possa de fato explorar e conhecer Minas, nos-sas riquezas e, principalmente, o que temos de mais valioso: nossa gente, nossa mineiridade.

    O municpio a nossa causa!

  • 6O Departamento de Sade da Associao Mineira de Municpios tem como objetivo atuar na ar-ticulao da poltica pblica de sade com vistas ao fortaleci-mento dos municpios propici-ando aos gestores informa-es para tomada de decises:

    Assessorar municpios nas polti-cas pblicas de sade federal, es-tadual e municipal;

    Orientar na gesto administrativa e financeira do SUS

    Sistema nico de Sade

    Orientar na formao de Consr-cios de sade

    Orientar os municpios na estru-tura organizacional das secretarias municipais de Sade;

    Articular a construo de iniciati-

    Conhea odepartamento

    sade

  • 7vas pblicas de sade, de acordo com as diretrizes do SUS;

    Estimular o estabelecimento de polticas pblicas de sade de for-ma articulada e intersetorial;

    Orientar os municpios na orga-nizao dos conselhos municipais de sade, conferncias municipais,

    Assessorar os gestores na for-mulao dos instrumentos de

    gesto: Programao Anual de Sade (PAS), Relatrio Anual de Gesto (RAG) e Plano Municipal de Sade (PMAS);

    Promover cursos, capacitaes, treinamentos para os gestores municipais;

    Fomentar o desenvolvimento de boas prticas de gesto na rea de sade.

    Coordenador

    JOS MARCIO ZANARDI(31) 2125-2433

    [email protected]@amm-mg.org.br

  • 8VOL.1Institucional AMM

    VOL.9Educao

    VOL.8Meio Ambiente

    VOL.7Captao de Recursos Pblicos

    VOL.5Assistncia Social

    VOL.2JurdicoVOL.3Desenvolvimento

    Econmico

    VOL.6Contbil e Tributrio

    VOL.10Comunicao, Eventos e Cerimonial

  • 9VOL.4Sade

    Editorial pg.4PALAVRA DO PRESIDENTE pg.4DEPARTAMENTO DE SADE pg.61. Sade e o Municpio Desafios para os gestores

    2. O papel do gestor: conhecendo o SUS municipal

    3. O que o SUS

    4. Instrumentos de planejamento e gesto do SUS

    5. Programas e aes do governo federal

    6. Programas e aes do governo estadual

    7. Consrcios Intermunicipais de Sade

    8. Aplicao dos Recursos do Fundo Municipal de Sade

    8.1 Recursos repassados pelo fundo nacional de sade

    8.8.1. Incentive financeiro do PMAQ - AB

    8.2 Recursos prprios

    9. Informao em sade

    10. PPI assistencial: grade de referncias

    11. Tratamento for a de domiclio - TFD

    12. Credenciamento e habilitao de serviceos do sus

    13. Sistema de informao sobre oramento public - SIOPS

    14. Legislao

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    SADE E OMUNICPIO

    DESAFIOS PARA OS GESTORES

    Dentre todos os avanos da Constituio Brasileira de 1988, talvez o que mais repercutiu em termos de direitos garantidos aos cidados foi o da sade: a sade um direito de todos e dever do Estado (art. 196).

    Entretanto, o que se pode analisar, que aps todo o tempo decorrido da promulgao da nossa Lei Maior, a sade ainda padece de enfermidades profundas, fazendo com que esse direito fundamental no tenha a total efetivao conforme os ditames constitucionais.

    A sade diz respeito qualidade de vida da pessoa sendo uma premissa bsica no exerccio da cidadania do ser huma-no, sendo, portanto um direito fundamental. neste contexto que a construo do SUS e seu desenvolvimento, como a maior poltica de incluso social, tm na descentralizao das aes e servios um dos seus grandes desafios.

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  • 11

    O municpio o locus da vivncia, onde as pessoas nascem, es-tudam, trabalham, divertem-se, adoecem e morrem. nele que as pessoas buscam a assistncia s suas necessidades no adoecer e onde acontecem as aes de prevenes. Situam-se a os servios de sade. O acesso do cidado e a integralidade assistncia acon-tecem nele e a partir dele.

    Essa grande responsabilidade dada ao municpio no foi acompanha-da pelo financiamento adequado. Nenhum gestor questiona os princpios do SUS. Contudo para que sejam efetivos, no se pode prescindir de alocao de recursos humanos e financeiros adequa-dos e de uma maior articulao com os demais setores da administra-o e de parcerias com outras esferas de governo, porm, mais do que tudo, de uma cumplicidade positiva com a populao.

    O crescimento expressivo de aes judiciais que responsabilizam os gestores pblicos tem onerado de tal forma os municpios, que aes importantes em outras reas da administrao, vo sendo proteladas. Mesmo crescendo os investimentos da Unio e dos Es-tados na sade a regulamentao da EC 29/2000, atravs da LCP 141/2012 os mesmos, no foram suficientes para a garantia de re-cursos na responsabilizao compartilhada do Sistema de Sade. O Decreto 7508/2011 que regulamentou a Lei 8080/1990 pode ser uma esperana para os gestores municipais garantirem em Con-trato (COAP Contrato Organizativo de Ao Pblica) as respon-sabilidades dos entes, bem como suas formas de financiamento.

    Minas Gerais est construindo uma agenda positiva da Sade e a AMM Associao Mineira de Municpios tem participado deste processo e como representante legtima dos municpios mineiros tem dando prioridade para essa pauta. O Departamento de Sade (AMM), a exemplo das aes no Centro Oeste, que resultou por parte do Governo de Minas em um Plano de Ao para a melho-ria dos servios na Regio, estar presente em 2013 em todas as Regies de Sade do Estado, realizando encontros com os ges-tores a fim de discutir os principais problemas e buscar suas pos-sveis solues.

    Jos Marcio ZanardiDepartamento de Sade

  • 12

    2 O PAPEL DOGESTOR:CONHECENDO O SUS MUNICIPALSer gestor do SUS uma grande responsabilidade. Ao chegar na Secretaria de Sade ou rgo equivalente no seu municpio, deve-se ter em conta que existe uma Lei que criou o rgo e que atribui responsabilidades e compromissos ao Gestor. A melhor forma de exercer o seu papel conhecendo suas respon-sabilidades, portanto procure o instrumento legal que criou o cargo que voc estar ocupando para conhecer suas atribuies.

    O SUS em seu municpio tem uma estrutura em funcionamento, procure con-hecer suas unidades e rena-se com sua equipe para conhecer os servidores e os problemas que eles enfrentam no dia na assistncia da populao.

    A Lei Orgnica da Sade estabelece em seu Artigo 15 as atribuies comuns das trs esferas de governo, de forma bastante genrica e abrangendo vrios campos de atuao.

    So definidas como atribuies comuns aos entes da federao (Unio, Esta-

    dos, Distrito Federal e dos municpios), em seu mbito administrativo: Definio das instncias e mecanismos de controle, avaliao e de fiscalizao das aes e servios de sade;

    Administrao dos recursos oramentrios e financeiros destinados, em cada ano sade;

    Acompanhamento, avaliao e divulgao do nvel de sade da populao e das condies ambientais;

  • 13

    Organizao e coordenao do sistema de informao em sade;

    Elaborao de normas tcnicas e estabelecimento de padres de qualidade e parmetros de custos que caracterizam a assistncia sade;

    Elaborao de normas tcnicas e estabelecimento de padres de qualidade para promoo da sade do trabalhador;

    Participao na formulao da poltica e na execuo das aes de saneamento bsico e colaborao na proteo e recuperao do meio ambiente;

    Elaborao e atualizao peridica do plano de sade;

    Participao na formulao e na execuo da poltica de formao e desenvolvimento de recursos humanos para a sade;

    Elaborao da proposta oramentria do Sistema nico de Sade SUS de conformidade com plano de sade;

    Elaborao de normas para regular as atividades de servios priva-dos de sade, tendo em vista a sua relevncia pblica;

    Realizao de operaes externas de natureza financeira de interesse da sade, autorizadas pelo Senado Federal;

    Requisio, pela autoridade competente da esfera administrativa correspondente, de bens e servios, tanto de pessoas naturais como de jurdicas, assegurada justa indenizao, para atendimento de ne-cessidades coletivas, urgentes e transitrias, decorrentes de situaes de perigo eminente, de calamidade pblica ou irrupo de epidemias;

    Elaborao de normas tcnico-cientficas de promoo, proteo e recuperao da sade;

    Articulao com os rgos de fiscalizao do exerccio profissional e outras entidades representativas da sociedade civil para a definio e controle dos padres ticos para a pesquisa, aes e servios de sade;

    Articulao da poltica e dos planos de sade;

  • 14

    direo municipal do Sistema nico de Sade compete:

    Planejar, organizar, controlar e avaliar as aes e os servios de sade e gerir e executar os servios pblicos de sade;

    Participar do planejamento, programao e orga-nizao da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema nico de Sade, em articulao com sua direo estadual;

    Participar da execuo, controle e avaliao das aes referentes s condies e aos ambientes de trabalho;

    Executar servios de Vigilncia Epidemiolgica, de Vigilncia Sanitria, de alimentao e nutrio, de saneamento bsico e de sade do trabalhador;

    Dar execuo, no mbito municipal, poltica de insumos e equipamentos para a sade;

    Colaborar na fiscalizao das agresses ao meio ambiente que tenham repercusso sobre a sade humana e atuar junto aos rgos municipais, estad-uais e federais competentes para control-las;

    Formar consrcios administrativos intermunicipais;

    Realizao de pesquisas e estudos na rea de sade;

    Definio das instncias e mecanismos de controle e fiscalizao inerentes ao poder de polcia sanitria;

    Fomento, coordenao e execuo de programas e projetos estra-

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    ATENO: Garantia de acesso sade: responsabilidade do gestor.O gestor municipal deve garantir que a populao sob sua responsabi-lidade tenha acesso ateno bsica e aos servios especializados (de mdia e alta complexidade), mesmo quando localizados fora de seu ter-ritrio, controlando, racionalizando e avaliando os resultados obtidos.

    Gerir laboratrios pblicos de sade e hemocentros;

    Colaborar com a Unio e os Estados na execuo da Vigilncia Sani-tria de portos, aeroportos e fronteiras;

    Celebrar contratos e convnios com entidades prestadoras de ser-vios privados de sade, bem como controlar e avaliar sua execuo;

    Controlar e fiscalizar os procedimentos dos servios privados de sade;

    Normatizar complementarmente as aes e servios pblicos de sade no seu mbito de atuao.

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  • 16

    3 O QUE O SUSO Sistema nico de Sade (SUS) foi criado pela Constituio Fed-eral de 1988, com o objetivo de acabar com o quadro de desigual-dade na assistncia sade da populao, tornando obrigatrio o atendimento pblico, gratuito, a todos os cidados brasileiros.

    Institudo pela Lei 8080/1990, tem por princpios e diretrizes: a universalidade, a integralidade, a equidade, o controle social e a descentralizao.

    O Gestor deve conhecer e se apropriar destes princpios, pois eles devem nortear todas as aes, programas e projetos do Sistema nico de Sade.

    O SUS em seu municpio tem uma estrutura em funcionamento, procure conhecer suas unidades e rena-se com sua equipe para conhecer os servidores e os problemas que eles enfrentam no dia na assistncia da populao.

    O GEStOR DEVE CONhECER E SE APROPRIAR DEStES PRINCPIOS, POIS ELES DEVEM NORtEAR tODAS AS AES, PROGRAMAS E PROjEtOS DO SIStEMA NICO DE SADE.

    PRINCPIOS DO SUSIntegralidade: dar assistncia a pessoa como um todo e em todas suas necessidades;Equidade: dar a assistncia diferenciada aos desiguais, a cada um con-forme sua necessidade;Universalidade: garantir a assistncia a todo e qualquer cidado;

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    Pelo SUS, todos os cidados tm direito a consultas, exames, internaes e tratamentos nas unidades de sade vinculadas, sejam elas pblicas (munici-pal, estadual ou federal), ou privadas, conveniadas ao Sistema.

    Fazem parte da rede SUS centros e postos de sade, hospitais, laboratrios, hemocentros, funda-es e institutos de pesquisa. O SUS financiado com recursos dos governos federal, estadual e mu-nicipal, arrecadados em impostos e contribuies sociais pagos pela populao.

    Principios organizativos do SUSDefinem como o SUS deve estar organizado, para que possa distribuir as responsabilidades de cada nvel de ateno.

    DescentralizaoA descentralizao fundamenta-se na teoria de que quanto mais perto do fato a deciso for tomada, mais chance haver de acerto, conforme o artigo 198 da Constituio/88: descentralizao, com di-reo nica em cada esfera do governo. Os esta-dos e principalmente os municpios ganham poder para organizar a sade, de acordo com a sua re-alidade especfica. A descentralizao uma forma de organizao que d aos municpios o poder de administrar os servios de sade locais.

    Regionalizao e Hierarquizao: A descentralizao tem como pressupostos a re-gionalizao e hierarquizao, que so formas de organizar o sistema, buscando torn-lo mais eficaz em relao ao atendimento e aplicao de recursos.

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    Regionalizao a distribuio dos servios numa determinada regio, levando-se em conta os tipos de servios e sua capacidade de atender popula-o, evitando a duplicidade de aes.

    Hierarquizao um sistema de sade hierarquizado, organizado segundo a com-plexidade das aes desenvolvidas, cuja continuidade da assistncia deve ser assegurada principalmente pelo estabelecimento de um sistema de referncia.

    Conhecendo as necessidades de sade da populao e a oferta de ser-vios numa determinada regio, possvel regionaliz-los e hierarquiz-los de forma a tornar mais eficiente a rede de servios de uma regio.

    O Gestor tem de estar atento: A Regionalizao garante a otimizao do Sistema. Atendimentos especializados normalmente se do nos Plos Micros ou Macros Regionais e se do atravs de Pactuao, atualmente a PPI (iremos tratar mais adiante).

    O gestor municipal assume a direo do SUS querendo implantar novos servios e isto s vezes se torna um problema, porque os servios de sade para serem instalados no municpio necessitam de habilitao que passa por um estudo de viabilidade tcnica para garantir sustentabilidade.

    Complementaridade do setor privado: O SUS prev que as aes e servios sejam garantidos atravs da estrutura do setor pblico.

    Quando a estrutura pblica esgota a sua capacidade instalada, o ges-tor pode recorrer ao setor privado, que atuar de forma complemen-tar ao sistema, por meio de contrato ou convnio. Mas a prestao de servios pelo setor privado no tira o carter pblico do SUS.

    Pode existir em seu municpio prestador de servios filantrpicos ou privados. O Gestor municipal dever verificar quem so estes prestadores credenciados, quais as normais contratuais e como est sua execuo.

  • 19

    Pressupostos do SUSEssencialidade: Sade como funo do Estado e direito do cidado.

    Integrao: Responsabilidade das trs esferas de governo no plane-jamento, financiamento e execuo.

    Autonomia: Os recursos possuem gesto independente nas trs es-feras de governo.

    Planejamento: Os recursos da sade devem estar previstos no ora-mento da Seguridade Social nas trs esferas de governo.

    Financiamento: Garantido com recursos das trs esferas de governo.

    Controle: das aes e servios de sade rgos Gestores do SUS.

    ColegiadosSo rgos colegiados que tem por finalidade o funcionamento do SUS

    Conferncias de Sade Rene representantes dos usurios, do governo, dos profissionais de sade, dos prestadores de servios e parlamentares para avaliar a situao da sade e propor diretrizes para formulao da poltica de sade nos municpios, estados e no Pas.

    O GEStOR DEVER VERIFICAR A DAtA DA LtIMA CONFERNCIA MUNICIPAL DE SADE E SEU RELAtRIO, SUAS DIREtRIzES SO IM-PORtANtES PARA A CONStRUO DO SUS EM SEU MUNICPIO, POIS DEFINEM AS PRIORIDADES APONtADAS POR tODOS OS SEtORES DA SOCIEDADE.

    Conselhos de Sade so rgos do controle do SUS pela sociedade nas esferas munici-pal, estadual e federal. tem carter permanente e deliberativo, sendo compostos por representantes do governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios. Atuam na formulao de estrat-gias e no controle da execuo da poltica de sade na instncia cor-respondente, inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas decises sero homologadas pelo chefe do poder legalmente consti-tudo em cada esfera do governo.

  • 20

    Existem outras instncias colegiadas responsveis pelo gerenciamento do SUS, apreciando, entre outras questes, os pactos e as programa-es entre gestores, buscando a integrao entre as esferas governa-mentais. So elas:

    Comisso Intergestores Tripartite CIT integrada por cinco representantes do Ministrio da Sade, cinco do Conselho Nacional de Secretrios Estaduais de Sade (Conass) e cinco do Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade (Conasems). O coordenador indicado pelo Ministrio da Sade. Funciona desde 1994.

    Comisso Intergestores Bipartite CIB tem composio tambm paritria. integrado por representao da Secretaria de Estado de Sade (SES) e do Conselho Estadual de Secre-trios Municipais de Sade (Cosems) ou rgo equivalente. O Secre-trio de Sade da capital membro nato. Funciona com comisses regionais.

    O GEStOR DEVER VERIFICAR A DAtA DA LtIMA CONFERNCIA MUNICIPAL DE SADE E SEU RELAtRIO, SUAS DIREtRIzES SO IMPORtANtES PARA A CONStRUO DO SUS EM SEU MUNICPIO, POIS DEFINEM AS PRIORIDADES APONtADAS POR tODOS OS

    na CIB que se definem as polticas do SUS MG e a aplicao dos recursos do Fundo estadual de Sade, muito importante o acompanhamento do Gestor em suas reunies que acontecem ordinariamente, uma vez por Ms..

    Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade Conasems: rgo colegiado de representao dos Secretrios Mu-nicipais em mbito nacional. Congrega todos os municpios brasileiros. Sua finalidade atuar em defesa do SUS.

    Ao mudar a administrao municipal ser necessria uma reestruturao do Conselho de Sade. Consulte a Lei de criao do Conselho e Fundo Municipal de Sade e consulte ata de eleio e organize o seu Conselho.

  • 21

    O Conasems representa todas as secretrias municipais de sade na CIt, importante o gestor se cadastrar no site para poder receber informa-es o que se passa pelo SUS no mbito nacional. Uma vez por ano o CONASEMS realiza o seu Congresso, que se tornou o maior evento da sade pblica no Brasil.

    Conselho Nacional de Secretrios de Sade

    CONASS: entidade de direito privado que congrega os Secretrios Estaduais gestores oficiais das Secretarias de Estado de Sade e do Distrito Federal. Funciona como rgo permanente de intercmbio de experincias e informaes entre seus membros.

    COSEMS: rgo colegiado de representao em mbito estadual das secretarias Municipais de sade, tem acento em todos os rgos e comisses tcnicas do SUS no Estado.

    O COSEMS tEM SUA REPRESENtAO POR REGIONAL E UM FRUM ON LINE, PARA OS GEStORES PARtICIPAREM DAS DIS-CUSSES DAS PRINCIPAIS POLtICAS DO SUS. tODO GEStOR tEM UMA SENhA DE ACESSO A EStE FRUM. AtUALIzE SEU CA-DAStRO NO SItE DO COSEMS E PROCURE PARtICIPAR DA FOR-MULAO DAS POLtICAS REGIONAIS.

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  • 22

    4 INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTOE GESTO DO SUSO planejamento uma das principais ferramentas de sucesso em qualquer tipo de administrao. E no diferente em uma Secretaria de Sade. Para isso, so utilizados instrumentos de planejamento da gesto do SUS. Os principais so:

    Administrao dos recursos oramentrios e financeiros destina-dos, em cada ano sade;

    Plano de Sade: o instrumento que apresenta as intenes e os resultados a serem buscados no perodo de quatro anos, os quais so expressos em objetivos, diretrizes e metas. a definio das polticas de sade numa determinada esfera de gesto. a base para a execuo, o acompanhamento, a avaliao e a gesto do sistema de sade.

    Se aproprie deste instrumento, pois todas as aes que devero ser realizadas no curso de sua gesto devero estar contidas nele. Se for necessrio faa uma reviso, mas consulte sempre o Conselho Municipal de Sade.

    Programao Anual de Sade: o instrumento que operaciona-liza as intenes expressas no Plano de Sade. Nela so detalha-das as aes, as metas e os recursos financeiros que operacional-izam o respectivo Plano, assim como apresentados os indicadores para a avaliao (a partir dos objetivos, das diretrizes e das metas do Plano de Sade).

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    A PAS mais instrumento importante e as aes previstas para ano de-vero estar nela expressa, caso deseje inserir algo, da mesma forma con-sulte o Conselho Municipal de Sade.

    As aes e metas contidas no Plano Municipal de Sade e na Pro-gramao Anual devero ser inseridas no PPA, na LDO e na LOA.

    Relatrio Anual de Gesto o instrumento que apresenta os resultados alcanados, apurados com base no conjunto de indicadores, que foram indicados na Pro-gramao para acompanhar o cumprimento das metas nela fixadas.

    O RAG CONStItUI A PREStAO DE CONtAS DO FUNDO MU-NICIPAL DE SADE, E DEVER SER PREENChIDO ANUALMENtE NO SARGSUS. SIStEMA DE APOIO AO RELAtRIO DE GEStO, At 31 DE MAIO DE ANO SEGUINtE. tODA SECREtARIA tEM SUA SENhA, BEM COMO O PRESIDENtE O CMS. O PREENChI-MENtO DO SIStEMA OBRIGAtRIO.

    Termo de Compromisso de Gesto o instrumento que contm as responsabilidades sanitrias do gestor, os objetivos e metas do Pacto pela Vida, os indicadores de monitora-mento e avaliao dos Pactos.

    Contrato Organizativo de Ao Pblica COAPInstitudo pelo Decreto presidencial 7508/2011 um acordo de co-laborao firmado entre entes federativos com a finalidade de or-ganizar, integrar as aes e servios de sade na rede regionalizada e hierarquizada, com definio de responsabilidades, indicadores e metas de sade, critrios de avaliao de desempenho, recursos fi-nanceiros que sero disponibilizados, forma de controle e fiscalizao de sua execuo e demais elementos necessrios implementao

    tODOS OS MUNICPIOS DEVERO ASSINAR O COAP. OS GES-tORES EStARO ASSUMINDO RESPONSABILIDADES, CONtUDO AS CLUSULAS DEVEM SER BEM EStUDADAS E VERIFICADAS A OFERtA DE SERVIOS DO MUNICPIO E DE SUA REGIO DE SADE.

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    5 PROGRAMAS EAES DO GOVERNOFEDERALPiso de Ateno BsicaRefere-se ao financiamento de aes de ateno bsica sade, cujos recur-sos so transferidos mensalmente, de forma regular e automtica, do Fundo Nacional de Sade aos Fundos de Sade do Distrito Federal e dos Municpios.

    As aes financiadas com esses recursos so:

    consultas mdicas em especialidades bsicas; atendimento odontolgico bsico; atendimentos bsicos por outros profissionais de nvel superior e nvel mdio; visita e atendimento ambulatorial e domiciliar do Programa de Sade da Famlia (PSF); vacinao; atividades educativas a grupos da comunidade; assistncia pr-natal e ao parto domiciliar; atividades de planejamento familiar; pequenas cirurgias; atividades dos agentes comunitrios de sade; pronto atendimento em unidade bsica de sade.

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    Programa de Sade da Famlia PSFO Programa de Sade da Famlia (PSF) estimula a organizao da ateno bsica em todos os municpios, por meio da implantao de equipes de sade da famlia, que realizem prticas com nfase nas aes de preveno de doenas e promoo da sade.

    Programa de Agentes Comunitrios de SadeO programa consiste em recursos financeiros destinados a estimu-lar a organizao da ateno bsica em todos os municpios com a implantao de agentes comunitrios. As aes que so financiadas com os recursos do programa esto centradas em prticas de pre-veno de doenas e promoo da sade.

    Aes Bsicas de Vigilncia SanitriaO incentivo s aes bsicas de vigilncia sanitria est voltado para a modernizao das aes de fiscalizao e controle sanitrio em produtos, servios e ambientes sujeitos vigilncia sanitria, bem como as atividades educacionais sobre vigilncia sanitria.

    Sade BucalO objetivo do Programa a reorganizao da ateno sade bucal prestada nos municpios, por meio do Programa de Sade da FamliaO incentivo financeiro destina-se para aes como: preveno e re-cuperao da sade bucal; melhoria dos ndices epidemiolgico da sade bucal, educao em vigilncia sanitria.

    Epidemiologia e Controle de Doenas TFECDO programa refere-se a recursos financeiros repassados de forma regular e automtica, com transferncias mensais, destinadas s aes bsicas de investigao epidemiolgica e ambiental, de diagnsticos de risco, aes de controle, eliminao e erradicao de agentes de agravos e danos sade individual e coletiva das populaes.

    OBSERVAO: O valor repassado pelo Fundo Nacional pelo PAB per capita e dever ser aplicado somente na ateno bsica, e os reajustes so feitos a critrio do Ministrio da Sade.

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    So incentivos do programa as aes de controle de epidemiologias descentralizadas relativas s seguintes doenas: Malria, Leishmani-oses, Esquistossomose, Febre Amarela, Dengue, tracoma, Doena de Chagas, Peste, Filariose e Bcio.

    ACADEMIA DA SADEO Programa Academia da Sade, criado pela Portaria Ministerial n 719, de 07 de abril de 2011, tem como principal objetivo contribuir para a promoo da sade da populao a partir da implantao de polos com infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal quali-ficado para a orientao de prticas corporais e atividade fsica e de lazer e modos de vida saudveis.

    Carto Nacional de SadeO Carto Nacional de Sade um instrumento que possibilita a vin-culao dos procedimentos executados no mbito do Sistema nico de Sade (SUS) ao usurio, ao profissional que os realizou e tambm unidade de sade onde foram realizados. Para tanto, necessria a construo de cadastros de usurios, de profissionais de sade e de unidades de sade. A partir desses cadastros, os usurios do SUS e os profissionais de sade recebem um nmero nacional de identificao.

    Rede Cegonha A Rede Cegonha sistematiza e institucionaliza um modelo de ateno ao parto e ao nascimento que vem sendo discutido e construdo no pas desde os anos 90, com base no pioneirismo e na experincia de mdicos, enfermeiros, parteiras, doulas, acadmicos, antroplogos, socilogos, gestores, formuladores de polticas pblicas, gestantes, ativistas e instituies de sade, entre muitos outros.

    trata-se de um modelo que garante s mulheres e s crianas uma assistncia humanizada e de qualidade, que lhes permite vivenciar a experincia da gravidez, do parto e do nascimento com segurana, dignidade e beleza. No se pode esquecer jamais que dar luz no uma doena, mas uma funo fisiolgica e natural que constitui uma experincia nica para a mulher e o(a) parceiro(a) envolvido(a).

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    6 PROGRAMAS EAES DO GOVERNOESTADUALRegionalizao da SadeUm dos princpios do SUS a regionalizao, garantindo o acesso dos cidados a todas as aes necessrias resoluo de seus problemas de sade e assegurando a otimizao dos recursos disponveis. De acordo com a lgica da regionalizao, os municpios so agrupados em micro e macrorregies de sade.

    O Plano Diretor de Regionalizao (PDR) o desenho da sade no Estado. Em Minas, foram definidas 13 macros e 75 microrregies, que garantem a hierarquizao do sistema e tem como objetivo concentrar 90% dos aten-dimentos de sade nos microplos. Esse plano coordenado pelo gestor estadual, com a participao dos municpios.

    PARA SABER QUAL A SUA REGIO MACRO E MICRO DE SADE, ACESSE O SItE: www.saude.mg.gove.br

    Ateno: Verifique se o seu municpio executa estes programas, acesse o Fundo Nacional de Sade www.fns.saude.gov.br. Pea a contabilidade os extratos das contas de cada Bloco do Fundo e verifique o saldo.

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    SADE EM CASAO programa Sade em Casa, por meio de um con-junto de aes, contribui para a melhoria da Aten-o Primria Sade, objetivando qualific-la ainda mais e fortalecer as equipes do Programa Sade da Famlia (PSF).

    VIVA VIDAO Programa Viva Vida trabalha para reduo da mortalidade infantil e materna. Para alcanar as metas propostas, o Governo do Estado investe re-cursos na estruturao, qualificao e mobilizao social da Rede Viva Vida. Para a estruturao, so destinados recursos financeiros para construo, reforma e aquisio de equipamentos. Alm disso, o Governo de Minas est implantando novos pon-tos de ateno sade: os Centros Viva Vida (CVV) e as Casas de Apoio Gestante.

    PRO HOSPO Programa de Fortalecimento e Melhoria da Qualidade dos hospitais (PRO-hOSP) integra o Projeto Estruturador de Regionalizao da As-sistncia Sade, juntamente com os demais pro-jetos Viva Vida, Sade em Casa e saneamento bsi-co compem a rea de resultado-Vida Saudvel. Esta iniciativa do governo estadual tem como um dos seus propsitos aumentar a eficincia aloca-tiva e a otimizao do sistema de ateno sade do SUS em Minas Gerais. O governo, por meio da Secretaria de Sade de Minas Gerais, faz o repasse dos recursos, e as instituies se comprometem a cumprir metas assistenciais e gerenciais.

    SISTEMA DE REGULAOO Sistema de Regulao Assistencial visa dar a melhor resposta a uma demanda assistencial no prazo mais curto possvel. A grande extenso territo-rial do estado balizou a concepo de Centrais de Regulao localizadas em cidades plo, amparada na lgica de um Plano Diretor de Regionalizao.

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    Utilizando a base de dados da PPI/MG, as centrais, atravs do sistema SUSFcil,se integram, via web, organizando a utilizao de recursos assistenciais em estabelecimentos hospitalares e ambulatoriais, pro-movendo o acesso humanizado e equnime do cidado mineiro aos servios de sade. A regulao empreendeu avano histrico na gesto dos servios de sade no Estado.

    A Secretaria de Sade do Municpio deve ter um tcnico da regulao de posse do Login e Senha, que servem para cadastramento dos procedimentos eletivos.

    REDE DE URGNCIA E EMERGNCIAA Rede de Urgncia e Emergncia um dos projetos estruturadores do Estado de Minas Gerais, que objetiva aperfeioar o atendimento s urgncias. Para possibilitar tal melhoria verificou-se a necessidade de estruturar uma rede de ateno s urgncias que conectasse as estruturas (fsicas, recursos humanos, logstica, apoio diagnstico) e que compartilhasse as responsabilidades e os resultados para melhor atender os usurios.

    TRANSPORTE EM SADEO sistema de transporte em sade, SEtS, funciona a partir de uma experincia de cooperao de alguns municpios, tem como finalidade equacionar a demanda destes entes por transportes de seus cidados, usurios do SUS, at o local de atendimento.

    MAIS VIDAUma das atuais prioridades das Polticas Pblicas de Sade do Estado foi a criao do Programa Mais Vida um projeto prioritrio do Governo do Estado de Minas Gerais na rea da sade com vistas a melhor qualidade de vida da pessoa idosa que tem como propsito ofertar padro de excelncia nas aes de sade e pro-mover o aumento dos anos vividos da pessoa idosa, garantindo a manuteno de sua capacidade funcional e autonomia.

    A Secretaria de Sade do Municpio deve ter um tcnico da regulao de posse do Login e Senha, que servem para cadastramento dos pro-cedimentos eletivos.

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    A viso do Programa ser padro de excelncia em ateno sade do idoso e sua misso implantar a rede de ateno sade da populao idosa no estado de Minas Gerais atravs de sistema articulado e integrado de aes qualificadas em sade, assegurando os princpios doutrinrios do SUS de equidade, uni-versalidade e integralidade.

    HIPERDIAO hiperdia Programa Estadual de Ateno ao Portador de hiper-tenso e Diabetes tem como objetivo ampliar a longevidade da populao do Estado de Minas Gerais, por meio de intervenes capazes de diminuir a morbidade e a mortalidade por doenas cardiovasculares e diabetes. Visa articular e integrar aes nos diferentes nveis de complexidade do sistema de sade para re-duzir fatores de risco para essas patologias; evitar o agravamento das morbidades referenciadas e reduzir a evoluo de agravos que possam demandar.

    FARMCIA DE MINASEm 2008, a SES-MG inaugurou uma nova fase do Programa Farmcia de Minas. Com investimentos prprios, o Governo de Minas financiar a construo de 600 farmcias em municpios de at 30.000 habitantes, cobrindo cerca de 70 % das cidades mi-neiras. Esta estratgia leva em considerao a dificuldade desses municpios em conseguir a fixao de farmacuticos qualifica-dos, o maior gasto per capita com medicamentos, a existncia de servios menos estruturados e, ao mesmo tempo, a alta taxa de cobertura do Programa de Sade da Famlia. As Unidades da Rede Farmcia de Minas dispensaro gratuitamente populao medicamentos para ateno primria, vinculados prestao de servios farmacuticos, possibilitando uma maior integrao com os outros servios de sade oferecidos no municpio e nas regies de sade do estado de Minas Gerais.

    O tcnico responsvel pela Farmcia do Municpio tem acesso ao SIGAF, programa para programao de medicamentos e repasse da cota do es-tado. O gestor deve estar atendo para que se evite os transtornos da falta de medicamentos.

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    Programa de Ateno Pessoa com DeficinciaA Secretaria de Estado de Sade de Minas Gerais (SES-MG), atravs da coordenadoria de Ateno Sade da Pessoa com Deficincia (CASPD), tem como objetivo formular, implantar, avaliar e acompanhar as polticas pblicas de sade destinadas preven-o de deficincias e promoo da sade da pessoa com defi-cincia, buscando oferecer assistncia integral ao paciente, bem como melhorias na qualidade do atendimento no Sistema nico de Sade (SUS-MG).

    Para tanto, a Instituio implantou as Redes de Assistncia ao De-ficiente, seguindo as diretrizes do Plano Diretor de Regionalizao (PDR), que visa tambm a descentralizao da assistncia. Essas Redes so organizadas de forma a garantir a oferta integral da assistncia ao usurio do SUS-MG.

    Gerenciaciador de Compromissos e Metas GEICOMSistema da SES MG que Gerencia os compromissos e metas as-sumidas pela gesto municipal nos programas de sade do es-tado de Minas Gerais.

    O Gestor deve estar atento para comunicar a SES MG o seu nome e enviar Portaria ou outro instrumento de nomeao para solicitar o seu tOKEN para certificao digital junto ao PRODEMG.

    O token uma espcie de senha para operao da conta corrente de convnios/resolues, ou seja, a certificao digital.

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    7 CONSRCIOS INTERMUNICIPAISDE SADE

    O Consrcio Intermunicipal um pacto entre dois ou mais municpios que se comprometem a executar, em conjunto, um determinado em-preendimento. trata-se, portanto, de uma modalidade de acordo firmado entre entidades da mesma natureza.

    Esta forma de associao permite aos governos municipais assegurar a prestao de servios s populaes.

    Os Consrcios Intermunicipais de Sade em Minas Gerais vm demon-strando a sua efetividade a partir de aes conjuntas de municpios bus-cando resolver problemas comuns mediante a ampliao da capacidade de atendimento aos cidados e do poder de dilogo das prefeituras junto aos governos estadual e federal.

    O Gestor deve estar atento se seu municpio participa de algum CIS, quais so suas contribuies e quais as prestaes de servios do mesmo.

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    8 APLICAO DOSRECURSOS DOFUNDO MUNICIPAL DE SADE

    8.1Recursos repassados pelo Fundo Nacionalde SadeBLOCOS DE FINANCIAMENTOOs recursos de provenientes de incentivos do Ministrio da Sade repassados atravs do Fundo Nacional de Sade ao Fundo Municipal de Sade devero ser aplicados em conformidade com o Art. 6 da Portaria GM 204/2007, observado suas vedaes, com previso no Oramento do Municpio, na Programao Anual de Sade (PAS) e no Plano Municipal de Sade. A prestao de contas dever ser feito no RAG Relatrio Anual de Gesto at o dia 31 de maio de cada ano, e aprovado no Conselho Municipal de Sade.

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    Art. 6 Os recursos referentes a cada bloco de financiamento de-vem ser aplicados nas aes e servios de sade relacionados ao prprio bloco.

    1 Aos recursos relativos s unidades pblicas prprias no se aplicam as restries previstas no caput deste artigo.

    2 Os recursos referentes aos blocos da Ateno Bsica, Ateno de Mdia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar, Vigilncia em Sade e de Gesto do SUS, devem ser utilizados considerando que fica vedada a utilizao desse para pagamento de:

    I - servidores inativos;

    II - servidores ativos, exceto aqueles contratados exclusivamente para desempenhar funes relacionadas aos servios relativos ao respectivo bloco, previstos no respectivo Plano de Sade;

    III - gratificao de funo de cargos comissionados, exceto aqueles diretamente ligados s funes relacionadas aos servios relativos ao respectivo bloco, previstos no respectivo Plano de Sade;

    IV - pagamento de assessorias/consultorias prestadas por servi-dores pblicos pertencentes ao quadro do prprio municpio ou do estado; e

    V - obras de construes novas, exceto as que se referem a reformas e adequaes de imveis j existentes, utilizados para a realizao de aes e/ou servios de sade.

    3 Os recursos do bloco de financiamento da Assistncia Farmacu-tica devem ser aplicados, exclusivamente, nas aes definidas para cada componente do bloco.

    4 A possibilidade de remanejamento dos recursos entre os blo-cos ser regulamentada em portaria especfica no prazo de 90 (no-venta) dias.

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    8.2Incentivo financeiro do PMAQ - ABA utilizao dos recursos financeiros do Programa Nacional de Mel-horia do Acesso e da Qualidade da Ateno Bsica-PMAQ deve se-guir o que est definido pelo Pargrafo Segundo do artigo 6 da Por-taria 204/GM de 29/01/2007 e pela Portaria n 2.488/2011 (Poltica Nacional de Ateno Bsica), considerando que se trata de um com-ponente custeado com recursos oriundos do PAB-Varivel.

    A referida Portaria n 204/2007 estabeleceu, ainda, que a gesto mu-nicipal poder aplicar os recursos referentes ao PAB fixo e varivel em qualquer despesa no mbito da Ateno Bsica.

    Informaes aqui: http://189.28.128.100/dab/docs/sistemas/Pmaq/uso_pab_variavel.pdf

    Observaes importantes:1. A ttulo de informao, importante ressaltar que o Compo-nente Piso da Ateno Bsica PAB Fixo refere-se ao financiamento de aes de ateno bsica sade, cujos recursos so transferidos mensalmente, de forma regular e automtica, do Fundo Nacional de Sade aos Fundos de Sade do Distrito Federal e dos Municpios. j o Componente Piso da Ateno Bsica Varivel - PAB Varivel consti-tudo por recursos financeiros destinados ao financiamento de estra-tgias realizadas no mbito da ateno bsica em sade, tais como:

    I) Sade da Famlia; II) Agentes Comunitrios de Sade; III) Sade Bucal; IV) Compensao de Especificidades Regionais; V) Fator de Incentivo de Ateno Bsica aos Povos Indgenas; VI) Incentivo para a Ateno Sade no Sistema Penitencirio; VII) Incentivo para a Ateno Integral Sade do Adolescente em conflito com a lei, em regime de internao e internao provisria; e VIII) outros que venham a ser institudos por meio de ato nor-mativo especfico.

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    2. O somatrio das partes fixa e varivel do PAB compe o teto Financeiro do Bloco da Ateno Bsica. Desta feita, os recursos do PAB so repassados mensalmente, de forma regular e automtica por meio do Fundo Nacional aos Fundos Municipais de Sade com informao disponibilizada no site www.fns.saude.gov.br.

    3. A referida Portaria n 204/2007 estabeleceu, ainda, que a gesto municipal poder aplicar os recursos referente ao PAB fixo e varivel em qualquer despesa no mbito da Ateno Bsica. Para tanto se faz necessria explicitao da aplicao dos gas-tos com a organizao da Ateno Bsica no Plano Municipal de Sade, que devidamente aprovado pelo respectivo Conselho de Sade e atualizado a cada ano.

    Com efeito, caso as despesas de contratao demandadas no se dirijam para fins diretamente vinculados ateno bsica no municpio e no obedeam s diretrizes constantes do Plano Mu-nicipal de Sade voltado ateno bsica, o uso dos recursos ser considerado irregular.

    importante ressaltar que com a incluso do Bloco de Investi-mento na Rede de Servios de Sade (Portaria 837/2009), rati-ficada pela Portaria 2.488/2011(Poltica Nacional de Ateno Bsi-ca), compreende-se que as despesas de capital devem ser feita mediante recursos do citado bloco de investimento e no com recursos do PAB. Do mesmo modo, na prpria PNAB consta a definio dos recursos de Investimento/Estruturao como: desti-nados estruturao dos servios e das aes da ateno bsica, repassados fundo a fundo ou por meio de convnio.

    4. Dentre as despesas de capital podem ainda ser citadas: as despe-sas de investimentos necessrias ao planejamento e execuo de obras, aquisio de instalaes, equipamentos ou material per-manente (materiais que possuem durao contnua, que se de-terioram com mais dificuldade, tais como: automveis, materiais udio-visuais projetores, retroprojetores, mquinas fotogrficas, filmadoras, mesas, cadeiras, armrios, geladeiras, computadores, constituio ou aumento do capital do estado que no sejam de carter comercial ou financeiro, incluindo-se as aquisies de imveis considerados necessrios execuo de obras).

  • 37

    5. Portanto, diante dessa sistemtica, os recursos do PAB repassados aos municpios e Distrito Federal devem ser utilizados para o pagamento de despesas de custeio das aes de Ateno Bsica, tais como aquelas des-tinadas manuteno dos servios criados anteriormente Lei Oramen-tria Anual, e que correspondem, entre outros gastos, queles efetuados com despesas de pessoal, material de consumo (materiais que tm du-rao limitada, que se deterioram como giz, filmes fotogrficos, fitas de vdeo, combustvel, material de limpeza - sabo, detergentes, vassouras etc), servios de terceiros, gastos com obras de conservao, reforma e adaptao de bens imveis, dentre outros.

    6. Vale lembrar, que o financiamento da ateno bsica tripartite, ou seja, realizado pela Unio (Ministrio da Sade), estados e municpios/Dis-trito Federal. Com efeito, o municpio responsvel, tambm, pelo finan-ciamento da ateno bsica/sade da famlia, devendo utilizar recursos prprios para incentivar o fortalecimento dessa Ateno.

    Na pgina 14 do instrutivo do PMAQ, disponvel em:http://dab.saude.gov.br/sistemas/Pmaq/?pmaq=publicacoes consta, entre os compromissos assumidos pelos municpios que aderem ao PMAQ:

    IV) Aplicar os recursos do Componente de Qualidade do PAB Varivel em aes que promovam a qualificao da Ateno Bsica;

    Essa flexibilidade na aplicao dos recursos est em conformi-dade com uma das diretrizes do PMAQ (Instrutivo pg. 7)

    V) Desenvolver cultura de negociao e contratualizao, que im-plique na gesto dos recursos em funo dos compromissos e re-sultados pactuados e alcanados: Um dos elementos centrais do PMAQ consiste na instituio de mecanismos de financiamento da ateno bsica mediante a contratualizao de compromissos por parte das equipes de ateno bsica, da gesto municipal e estadual e a vinculao das transferncias de recursos segundo o desempenho das equipes. Busca-se, com isso, reconhecer os es-foros da gesto municipal e dos trabalhadores da ateno bsica que procuram desenvolver aes que aumentam o acesso e a qualidade da ateno ofertada populao.

  • 38

    8.3

    Recursos prpriosAplica-se os dispositivos da Lei Complementar N 141/2012, Art. 3o ob-servadas as disposies do art. 200 da Constituio Federal, do art. 6 da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, e do art. 2 desta Lei Comple-mentar, para efeito da apurao da aplicao dos recursos mnimos aqui estabelecidos, sero consideradas despesas com aes e servios pblicos de sade as referentes a:

    I) vigilncia em sade, incluindo a epidemiolgica e a sanitria;

    II) ateno integral e universal sade em todos os nveis de complexidade, incluindo assistncia teraputica e recuperao de deficincias nutricionais;

    ATENO:1. Verificar a Senha do Fundo Nacional de Sade, caso no consiga com um servidor, pode ser adquirida com a DICON, no Ministrio da Sade;

    2. As inscries de projetos para o FNS observando os prazos definidos pelo Ministrio da Sade, os municpios podero inscrever suas propostas de acordo com edital/portaria e/ou emenda parlamentar. Sendo necessrios o Login e senha;

    3. Se o municpio recebe recursos do Programa de Qualidade da Ateno Bsica, se estive realizando obras de reforma, ampliao ou construo dever estar atento para que o sistema esteja sendo alimentado adequa-damente;

    4. O login e senha devero ser repassados pelo gestor anterior, caso isso no ocorra na transio, assim que tomar posse, busque informaes junto ao Departamento de Ateno Bsica do Ministrio da Sade. Sistema de cadastramento de Projetos.

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    III) capacitao do pessoal de sade do Sistema nico de Sade (SUS);

    IV) desenvolvimento cientfico e tecnolgico e controle de quali-dade promovidos por instituies do SUS;

    V) produo, aquisio e distribuio de insumos especficos dos servios de sade do SUS, tais como: imunobiolgicos, sangue e he-moderivados, medicamentos e equipamentos mdico-odontolgicos;

    VI) saneamento bsico de domiclios ou de pequenas comuni-dades, desde que seja aprovado pelo Conselho de Sade do ente da federao financiador da ao e esteja de acordo com as diretrizes das demais determinaes previstas nesta Lei Complementar;

    VII) saneamento bsico dos distritos sanitrios especiais indgenas e de comunidades remanescentes de quilombos;

    VIII) manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de ve-tores de doenas;

    IX) investimento na rede fsica do SUS, incluindo a execuo de obras de recuperao, reforma, ampliao e construo de esta-belecimentos pblicos de sade;

    X) remunerao do pessoal ativo da rea de sade em atividade nas aes de que trata este artigo, incluindo os encargos sociais;

    XI) aes de apoio administrativo realizadas pelas instituies pblicas do SUS e imprescindveis execuo das aes e ser-vios pblicos de sade; e

    XII) gesto do sistema pblico de sade e operao de unidades prestadoras de servios pblicos de sade.

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    Art. 4 - No constituiro despesas com aes e servios pblicos de sade, para fins de apurao dos percentuais mnimos de que trata esta Lei Complementar, aquelas decorrentes de:

    I) pagamento de aposentadorias e penses, inclusive dos servi-dores da sade;

    II) pessoal ativo da rea de sade quando em atividade alheia referida rea;

    III) assistncia sade que no atenda ao princpio de acesso universal;

    IV) merenda escolar e outros programas de alimentao, ainda que executados em unidades do SUS, ressalvando-se o disposto no inciso II do art. 3o;

    V) saneamento bsico, inclusive quanto s aes financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preos pblicos institudos para essa finalidade;

    VI) limpeza urbana e remoo de resduos;

    VII) preservao e correo do meio ambiente, realizadas pelos rgos de meio ambiente dos entes da Federao ou por enti-dades no governamentais;

    VIII) aes de assistncia social;

    IX) obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede de sade; e

    X) aes e servios pblicos de sade custeados com recur-sos distintos dos especificados na base de clculo definida nesta Lei Complementar ou vinculados a fundos especficos distintos daqueles da sade.

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    9 INFORMAO EMSADEAs informaes so importantes instrumentos que contribuem para o proces-so de reflexo, avaliao e tomada de decises na implementao das polticas e aes de sade. Os principais Sistemas de Informao em Sade so:

    SIM (Sistema de Informao sobre Mortalidade) Sinasc (Sistema de Informao sobre Nascidos Vivos) Sinan ( Sistema de Informao sobre Agravos de Notificao) SI-PNI (Sistema de Informao do Programa Nacional de humanizao) SIAB (Sistema de Informao da Ateno Bsica) SIh (Sistema de Informao hospitalar) SIA (Sistema de Informao Ambulatorial) SIS Pr-natal (Sistema de Informaes do Pr-Natal)

    O Ministrio da Sade somente repassa os recursos fundo a fundo se o mu-nicpio enviar corretamente as informaes do Sistema de Informaes em Sade. Por isso, preciso ficar atento para que o municpio no atrase a en-trega dos dados.

    As informaes produzidas pelos programas devem ser usadas para planejamentos das aes em sade. A senha de acesso de cada Programa habitualmente est de posse de um servidor de carreira.

  • 42

    10 PPI ASSISTENCIAL:GRADE DEREFERNCIASA Programao Pactuada e Integrada da Assistncia em Sade um proces-so institudo no mbito do Sistema nico de Sade - SUS, onde em consonn-cia com o processo de planejamento so definidas e quantificadas as aes de sade para populao residente em cada territrio, bem como efetuados os pactos intergestores para garantia de acesso da populao aos servios de sade. tem por objetivo organizar a rede de servios, dando transparncia aos fluxos estabelecidos e definir, a partir de critrio e parmetros pactuados, os limites financeiros destinados assistncia da populao prpria e das refern-cias recebidas de outros municpios.

    Sua pactuao poder ser acessada pelo site :

    http://ppiassistencial.saude.mg.gov.br/

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    11 TRATAMENTO

    FORA DEDOMICLIO - TFD

    O tratamento Fora de Domiclio - tFD um instrumento legal que permite o encaminhamento de usurios do SUS a outras unidades de sade a fim de realizar tratamento mdico fora da sua micror-regio, quando esgotados todos os meios de tratamento na lo-calidade de residncia/estado, e desde que haja possibilidade de cura total ou parcial, limitada ao perodo estritamente necessrio e aos recursos oramentrios existentes.

    Para requerer o tFD deve ser apresentado o Laudo Mdico que preenchido pelo mdico assistente no municpio de origem, inclu-sive com cdigo do procedimento solicitado. O pedido preen-chido pela Secretaria Municipal de Sade. As cpias dos laudos de exames realizados devem ser anexadas ao processo.

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    12 CREDENCIAMENTO E HABILITAO DESERVIOS DO SUSCONTRATUALIZAO DOS SERVIOS DE SADENo Brasil, a compra de servios de sade, pelo setor pblico, acompanhou a grande expanso da oferta de servios privados de assistncia hospitalar ocorrida na dcada de 70 financiada pelo Estado. A compra dos servios se dava de forma desordenada, conforme a oferta da iniciativa privada, no sendo, portanto, consideradas as necessidades da populao, como tam-bm foi desordenada a expanso dos servios, sem planejamento e avaliao.

    Na Constituio de 1988, a sade ganhou uma seo especfica na qual foi institudo o Sistema nico de Sade (SUS). A sade passou a ser definida como um direito de todos e um dever do Estado, instituindo, assim, o princpio da universalidade no atendimento sade.

    Em seu art. 199, pargrafo 1, a Constituio define que as instituies privadas podero participar de forma complementar do Sistema nico de Sade, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito pblico ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos. Assim, foram estabelecidas as primeiras medidas de regulao e controle para a compra de servios de sade e evidenciando a neces-sidade de planejamento. Em 1993 o Ministrio da Sade publica a Portaria n. 1.286 que normatizou a contratao de servios de sade por gestores locais do SUS e indica a necessidade de clusulas que devam constar nos contratos.

    Os contratos de prestao de servios devem ser entendidos como instru-mentos de gesto, pois permitem a regulao e avaliao dos resultados na prestao de servios, o que pode resultar em melhoria da qualidade da assistncia prestada, com as seguintes normas:

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    Lei Federal n. 8.666, de 21 de junho de 1993, a qual estabelece normas gerais sobre licitaes e contratos administrativos de servios, entre outros, no mbito dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;

    Portaria n. 3.277/GM, de 22 de dezembro de 2006 que prev a complementaridade na contrata-o de instituies privadas para a prestao de servios de sade, conforme seus artigos.

    PASSOS PARA CONTRATUALIZAO1) Definir a necessidade de contratualizar novos servios.

    2) Providenciar o Edital de Chamada Pblica dos servios a serem contratualizados:

    Elaborar o Edital de Chamada Pblica, disponvel no site da SES: rea de downloads, modelo de Avi-so de Chamada Pblica.

    Publicar o Edital de Chamada Pblica no Dirio Ofi cial do Estado e em um outro jornal de circulao.

    3) Os interessados em participar da Chamada Pblica devero providenciar a documentao solicitada.

    4) Alm da documentao exigida no Edital a entidade dever ser vistoriada, em conjunto, pela equipe tcnica da Vigilncia Sani-tria.

    5) O Gestor analisar e avaliar a documentao e realizar visto-ria, preenchendo os respectivos relatrios, no prazo determinado no edital, contados a partir do protocolo de entrega da docu-mentao na respectiva secretaria.

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    6) As entidades que estiverem com a documentao completa sero habilitadas. O gestor publicar em Dirio Oficial do Estado a relao das entidades habilitadas para eventual celebrao de convnio/contrato. As entidades que no atenderem os requisitos exigidos constantes na presente chamada pblica, sero consideradas inabilitadas e no podero ser contratualizadas com o SUS.

    7) O gestor celebrar contrato/convnio de prestao de ser-vios, com as entidades consideradas habilitadas, mediante inexi-gibilidade de licitao (artigo 25, caput, da Lei n. 8.666/93), considerada a inviabilidade de competio de preo, dando preferncia s en-tidades filantrpicas e s sem fins lucrativos.

    8) O gestor no obrigado a contratar todos os servios ofe-recidos, mas sim, a quantidade que lhe interessar para atender a demanda, visando complementaridade dos servios, conforme Constituio Federal e Lei 8.080/90.

    9) A inexigibilidade de licitao ser obrigatoriamente comuni-cada autoridade superior, para ratificao, nos termos do artigo 26, da Lei n. 8666/93.

    10) Fica reservada, ao gestor, a faculdade de cancelar, no todo ou em parte, adiar, revogar, prorrogar ou anular a Chamada Pblica, de acordo com seus interesses sem direito, s entidades, a qual-quer reclamao, indenizao, reembolso ou competio.

    11) Aps toda a documentao pronta, vistoriada dever ser elaborado contrato.

    12) Depois de assinados devero ser publicados no DOE os atos legais (Lauda do contrato, Inexigibilidade de Licitao, Extrato de IL).

    13) Assim, estar formalizada a contratualizao do prestador, podendo ser providenciada a Ficha de Programao Oramen-tria- FPO e a Ficha de Cadastro de Estabelecimentos de Sade FCES.

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    13 SISTEMA DE INFOR-MAO SOBRE ORAMENTOPBLICO - SIOPSO Sistema de Informaes sobre Oramentos Pblicos em Sade SIOPS destinado coleta, armazenamento, processamento e divulgao de dados sobre a receita e despesa com sade, dos trs nveis de governo. O banco de dados do SIOPS alimentado pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municpios, atravs do preenchimento de dados em software desen-volvido pelo DAtASUS/MS, que tem por objetivo apurar as receitas totais e os gastos em aes e servios pblicos de sade.

    O preenchimento de dados do SIOPS tem natureza declaratria e busca manter compatibilidade com as informaes contbeis, geradas e man-tidas pelos Estados e Municpios, e conformidade com a codificao de classificao de receitas e despesas, definidas em portarias pela Secretaria do tesouro Nacional/MF.

    As informaes prestadas ao SIOPS so provenientes do setor respon-svel pela contabilidade do Ente federado, podendo-se utilizar, para o preenchimento do SIOPS, dos dados contbeis ou as informaes dos relatrios e demonstrativos de execuo oramentria e financeira dos governos estaduais e municipais. tais informaes so inseridas no sistema e transmitidas eletronicamente, atravs da internet, para o banco de da-dos da DAtASUS/MS, gerando indicadores, de forma automtica, a partir das informaes declaradas.

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    14LEGISLAO1) Constituio Federal 1988, ttulo VIII - Da Ordem Social, Seo II Da Sade

    2) Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990 - Lei Orgnica da Sade

    3) Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990 - Dispe sobre a participao da comunidade e transferncias

    4) Artigo 6 da Lei n. 8.689, de 27 de julho de 1993 - Cria o Sistema Nacional de Auditoria

    5) Decreto n. 1.232, de 30 de agosto de 1994 - Regulamenta o repasse fundo a fundo

    6) Decreto n. 1.651, de 28 de setembro de 1995

    7) Norma Operacional Bsica do Sistema nico de Sade - NOB/96 01/96, de 05 de novembro de 1996

    8) Portaria GM/MS n. 1.882, de 18 de dezembro de 1997 - Estabelece o Piso de Ateno Bsica - PAB e sua composio

    9) Portaria GM/MS n. 1.886, de 18 de dezembro de 1997 - Aprova normas e diretrizes do Programa de Agentes Comunitrios de Sade e do Programa de Sade da Famlia

    10) Portaria GM/MS n. 3916, de 30 de outubro de 1998 - Define a Poltica

    Um dos indicadores gerados o do percentual de recursos prprios apli-cados em aes e servios pblicos de sade, que demonstra a situao relativa ao cumprimento da Emenda Constitucional n 29/2000 com base nos parmetros definidos na Resoluo n 322, de 8 de maio de 2003, do Conselho Nacional de Sade/CNS, a qual foi aprovada pelo plenrio do Conselho Nacional de Sade.

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    Nacional de Medicamentos

    11) Portaria GM/MS n. 3.925, de 13 de novembro de 1998 - Aprova o Manual para a Organizao da Ateno Bsica no Sistema nico de Sade

    12) Lei N. 9.782, de 26 de janeiro de 1999 - Define o Sistema Na-cional de Vigilncia Sanitria e cria a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, e d outras providncias

    13) Lei N. 9787, de 10 de fevereiro de 1999 -- Estabelece o Medi-camento Genrico.

    14) Portaria GM/MS n. 176, de 8 de maro de 1999 - Cria o Incen-tivo Assistncia Farmacutica.

    15) Portaria GM/MS n. 476, de 14 de abril de 1999 - Regulamenta o processo de acompanhamento e de avaliao da Ateno Bsica, conforme expresso no Manual para Organizao da Ateno Bsica Sade e na NOB 01/96, e d outras providncias .

    16) Portaria GM/MS n. 832, de 28 de junho de 1999 - Regulamenta o processo de acompanhamento e de avaliao da Ateno Bsica, conforme expresso no Manual para Organizao da Ateno Bsica Sade e na NOB 01/96, e d outras providncias

    17) Portaria GM/MS n. 1.077, de 24 de agosto de 1999 - Cria o Programa para a Aquisio dos Medicamentos para a rea de Sade Mental.

    18) Portaria GM/MS n. 1.399, de 15 de dezembro de 1999 - Cria o teto Financeiro de Epidemiologia e Controle de Doenas

    19) Lei n. 9.961, de 28 de janeiro de 2000 - Cria a Agncia Nacional de Sade Suplementar ANS e d outras providncias

    20) Portaria GM/MS n. 956, de 25 de agosto de 2000 - Regulamenta a Assistncia Farmacutica Bsica (sobre a utilizao dos recursos do Incentivo)

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    21) Emenda Constitucional n. 29, de13 de setembro de 2000 - Altera e acres-centa artigos da CF, para assegurar os recursos mnimos para o financiamento das aes e servios pblicos de sade

    22) Portaria GM/MS n. 95, de 26 de janeiro de 2001 - Cria a Norma Opera-cional da Assistncia Sade - NOAS-SUS 01/2001

    23) Portaria GM/MS n. 17, de 05 de janeiro de 2001, republicada em 16 de fevereiro de 2001 - Institui o Cadastro Nacional de Usurios do Sistema nico de Sade

    24) Portaria GM/MS n. 145, de 1 de fevereiro de 2001, republicada em 8 de fevereiro de 2001 - Regulamenta as transferncias fundo a fundo para o financiamento das aes de mdia e alta complexidade, na rea de Vigilncia Sanitria, executadas pelos Estados, Municpios e Distrito Federal

    25) Decreto 3745, de 05 de fevereiro de 2001 - Institui o Programa de Interior-izao do trabalhador de Sade

    26) Portaria GM/MS n. 393, de 29 de maro de 2001 - Institui a Agenda de Sade

    27) Portaria GM/MS n. 548, de 12 de abril de 2001 - Cria os Instrumentos de Gesto

    28) Resoluo n. 316, do CNS, de 04 de abril de 2002 - Aprova diretrizes para a aplicao da EM-29

    29) Portaria GM/MS n. 373, de 26 de fevereiro de 2002 - Cria a Norma Op-eracional da Assistncia Sade - NOAS-SUS 01/2002

    30) Portaria GM/MS n. 1020, de 31 de maio de 2002 - Regulamentao da Programao Pactuada e Integrada da NOAS-SUS 01/2002

    31) Portaria GM/MS n. 1919, de 22 de outubro de 2002 - Institui a RIPSA

    32) Portaria GM/MS n. 2047, de 05 de novembro de 2002 - Aprova, na forma do Anexo, a esta Portaria, as Diretrizes Operacionais para a Aplicao da Emenda Constitucional n 29, de 2000

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    33) Portaria GM/MS n 2.488, de 24 de outubro de 2011, que aprova a Poltica Nacional de Ateno Primria, estabelecendo a reviso de diretrizes e normas para a organizao da Ateno Primria, para a Estratgia Sade da Famlia/ESF e o Programa de Agentes Comunitrios de Sade/PACS

    34) Decreto Presidencial 7508/2011, de 28 de junho de 2011, Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organizao do Sistema nico de Sade - SUS, o planejamento da sade, a assistncia sade e a articulao interfederativa, e d outras providncias.

    35) Lei Complementar 141/2012, de 13 de janeiro de 2012, Regulamenta o 3o do art. 198 da Constituio Federal para dispor sobre os valores mnimos a serem aplicados anualmente pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios em aes e servios pblicos de sade; estabelece os critrios de rateio dos recursos de transferncias para a sade e as normas de fiscalizao, avaliao e controle das despesas com sade nas 3 (trs) esferas de governo; revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993; e d outras providncias

    36) Decreto Estadual n 45.468, de 13 de setembro de 2010, que dispe sobre as normas de transferncia, controle e avaliao das contas de recursos finan-ceiros repassados pelo Fundo Estadual de Sade.

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