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e .o
M I N IS T É R I O D A F A Z E N D A
_ / N
.
 M A R A S U P E R IO R D E R E C U R S O S F IS C A IS
4 , „
:
R I M E IR A T U R M A
Processo n°.
0680 .016757 /00-11
Rec urso n°.
07-133 .389
Matér ia
C O N T R IB U IÇ Ã O S O C I A L /L L
Recor ren te
LO P E S M O T T A A D V O G A D O S A S S O C IA D O S S /C
Recorr ida
S É T IM A C Â M A R A D O P R IM E I R O C O N S E LH O D E C O N T R IB U IN T E S
In te ressada
F A Z E N D A N A C I O N A L
Sessã o de
9 de ou tub ro de 2004
Acó r dã o
SRF/ 01 - 05 . 106
C S L L — D E C I S Ã O JU D I C IA L — C O I S A J U LG A D A — A LC A N C E — A
d e c la r a ç ã o d e i n c o n s t i tu c io n a li d a d e d e d e t e r m in a d a L e i , a i n d a q u e
t ran s i tad a e m ju lg ado , nã o ob s t a nov a e x ig ê nc ia d o m es m o t r ib u t o e m
per íodo s pos ter io res com ba se e m d ip loma legal, também supe rven iente,
que cu ida e regula in te iramente a matér ia .
Recu rso espec ia l negado.
Vi s to s , r e la t a d o s e d i s c u t id o s o s p r e s e n t e s a u t o s d e r e c u r s o e s p e c i a l
in te r po s to p o r LO P E S M O T T A A D V O G A D O S A S S O C IA D O S S /C .
A C O R D A M o s M e m b ro s d a P r im e ir a T u r ma d a C â ma r a S u p e r io r d e
Rec u rsos F i sca is , po r u nan imidade d e v o tos , NEG A R p rovimen to a o r ecu r so espec i a l, nos
termos do relatór io e voto que pas sam a in tegrar o presen te ju lgad o.
M A N O E L A N T Ô N I O G A D E L H A D IA S
PRESIDENTE
I
M I S A LM E I D A E S T O L
REL ATOR
F O R M A LIZ A D O E M :
2 6 NOV 2 4
Par t ic ipa ram, a inda , do p resen te ju lgamento os C onse lhe iros M ÁR IO JUNQ UEIRA FRA NC O
JÚ N I O R , A N T Ô N IO D E F R E I T A S D U T R A , M A R I A G O R E T T I D E B U L H Õ E S C A R V A LH O ,
C Â N D I D O R O D R I G U E S N E U B E R , V IC T O R L U íS D E S A L LE S F R E IR E , L E IL A M A R IA
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X C Â M A R A S U P E R IO R D E R E C U R S O S F IS C A IS
P R I M E IR A T U R M A
P r o c e s s o n °
0 6 8 0 . 0 1 6 7 5 7 / 0 0 - 1 1
Acó rdão n°.
S R F / 0 1 - 0 5 . 1 0 6
S C H E R R E R LE I T Ã O JO S É C LÓ VIS A LV E S JO S É C A R L O S P A S S U E LLO JO S É
R IB A M A R B A R R O S PE N H A W ILF R ID O A U G U S T O M A R Q U E S M A R C O S VIN IC IU S
N E D E R D E LIM A C A R L O S A LB E R T O G O N Ç A L VE S N U N E S D O R IVA L P A D O VA N e
JO S É H E N R I Q U E LO N G O .
6
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C A M A R A S U P E R IO R D E R E C U R S O S F IS C A IS
‘
¥
R IM E I R A T U R M A
P r o c e s s o n °.
0 6 8 0 . 0 1 6 7 5 7 / 0 0 - 1 1
Acó rdão n°.
S RF /0 1 - 0 5 . 1 0 6
R e c u r s o n °.
0 7 - 1 3 3 . 3 8 9
Recor ren te
L O P E S M O T T A A D V O G A D O S A S S O C I A D O S S /C
In te ressada
F A Z E N D A N A C IO N A L
RELATÓRIO
F o r m u la o c o n tr ib u in te L O P E S M O T T A A D V O G A D O S A S S O C I A D O S S / C ,
R e c u r s o E s p e c i a l d e D iv e r g ê n c ia e m fa c e d o d e c i d id o a t ra v é s d o A c ó r d ã o n . ° 1 0 7 - 0 7 . 0 4 9 ,
d a E g r é g ia S é t im a C â m a r a d o P r im e i ro C o n s e lh o d e C o n t r ib u i n te s , q u e p r e s t ig io u o
e n te n d i m e n to d e q u e , m e s m o d i a n te d e d e c i s ã o j u d i c ia l fa v o rá v e l ( in c o n s t i tu c i o n a l i d a d e d a
e xa çã o ) t ra n s i t a d a e m j u lg a d o s o b re a m a té r ia ( CS SL ) , s e r ia p o s s í v e l a o s u j e it o a t iv o v o l ta r
a c o b r a r o t r ib u t o c o m b a s e e m n o v a s p r e m is s a s d e c o r r e n t e s d e m o d i fic a ç ã o le g i s la t iv a o u
d e m u d a n ça d e e n te n d i m e n to d o s t r ib u n a i s , n o c a s o e s p e c í fic o , a s u p e rv e n i ê n c i a d a L e i n .°
8 .212 /91 (que co nva l idou os p rece i tos d a Le i n .° 7 .689 /88 ) , res tabe lecendo a re lação ju r íd i ca
pa r a pe r í o d o s po s t e r io r e s à s ua pub l ic a ç ã o .
O c o n t r ib u i n te e m s e u R e c u rs o E s p e c i a l p re te n d e m a te r ia l iza r a d i v e rg ê n c i a
a t ra v é s d o A c ó r d ã o n . ° 1 0 1 - 9 1 . 7 0 7 d a P r im e i r a C â m a r a d o P r im e i ro C o n s e lh o d e
Co n t r ib u i n te s , qu e c a m i n ho u p e l a e f ic á c i a d a c o i s a j u lg a d a p a ra e xe rc í c io s p o s te r io re s , v e z
que inex i s ten te ação resc i só r ia con t ra a dec i são t rans i tada .
A o r e c u r s o f o i d a d o s e g u i m e n t o p e l o i lu s t re p r e s i d e n t e d a
C â m a r a
a t ra v é s d o d e s p a c h o d e fl s . 2 5 7 / 2 5 8 , p o r e n t e n d e r p e r f e it a m e n t e c a r a c t e r iz a d o o d is s í d io
ju r i sprudenc ia l .
rl
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M I N IS T É R I O D A F A Z E N D A
C Â M A R A S U P E R I O R D E R E C U R S O S F IS C A I S
~2 PRIMEIRA TURMA
P r o c e s s o n °.
0 6 8 0 . 0 1 6 7 5 7 / 0 0 1 1
Acó rdão n°.
S R F /0 1 -0 5 . 1 0 6
C o n t ra razões da F azenda N ac iona l , po r i n te rm éd io de seu rep resen t an te ,
sustentando, em s ín tese, que:
' N u n c a é d e m a i s le m b r a r q u e a C o n t rib u iç ã o S o c i a l S o b r e o L u c r o f o i
v e i cu lada i n ic ia lm en t e pe la L e i n . ° 7 . 6 8 9 , sendo essa rev o g ada a pa r ti r da
v igênc ia da Le i n .° 8.212 , publicada no d ia 24/07 /1991.
C on cessa ven ia , ressa i a man i fes ta d issoc iação en t re a tese v ind icada pe la
R ecor ren te e a acusação , v is to que à épo ca do lançamen to do o f í c io v ig ia a
Lei n.° 8.212 e n ão a Lei n.° 7.689.
C o n s i gn e - s e , a i n d a , te r o S T F fir m a d o e n t e n d im e n t o , p o r m e i o d a S ú m u l a
2 3 9 , q u e 'd e c i s ã o q u e d e c la r a in d e v i d a a c o b r a n ç a d e im p o s t o e m
d e t e r m i n a d o e xe r c í c io n ã o fa z c o isa j u lga d a e m r e la ç ã o a o s p o s t e r io r e s ' .
N a d a m a is lú c id o e s s e p r o n u n c i a m e n t o d o P r e tó r io E x c e ls o , v is to q u e ,
co nform e se ver i fica no pró pr io caso em te la , é poss íve l que a le i ins t itu idora
do t r ibuto se ja a l te rada ou revo gada no t ranscurso do tem po.
C o m o v i s to , a r e fe r id a d e c i sã o n u n c a a p r e c i o u a i n c id ê n c i a d a o b r iga ç ã o
t r ibu tár ia sob a v igênc ia d a Le i n .° 8 .212 , po r tan to , inca b íve l a a legação de
a fastamen to d a su je ição pass iva nos an os -base 1997 a 1999.
É o R e l a t ó r io .
),7 )
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MINISTÉRIO DA FAZENDA
CÂMARA S UPERIOR DE RECURSOS FISCAIS
PRIMEIRA TURMA
Processo n°.
0680.016757/00-11
Acórdão n°.
SRF/01-05.106
VOTO
Conselheiro REMIS ALMEIDA ESTOL Relator
A exemplo do despacho que deu seguimento ao recurso, também
vislumbrando a divergência entre os julgados postos em confronto e preenchidos os demais
pressupostos de admissibilidade deve o apelo especial ser conhecido pelo colegiado.
Como se colhe do relatório, a controvérsia trazida nos autos diz respeito ao
alcance da coisa julgada relativa a decisão judicial que julgou inexistente a relação jurídica
entre o contribuinte e o Fisco com base na Lei n.° 7689/88, diante de nova exação relativa
ao mesmo tributo, agora com base na Lei n.° 8.212/91, aplicada em exercícios posteriores à
sua edição 1998 a 2000).
Analisando o brilhante voto condutor do Acórdão n.° 107-07.049, proferido
pelo ilustre Conselheiro Natanael Martins (Acórdão n.° 107-07.049), que não está a merecer
reparos, vou m e perm itir reproduzir alguns tópicos:
In casu, a d. fiscalização lavrou auto de infração em razão de indevidas
reduções de lucro tributável, o que gerou a exigência da contribuição social,
fundada fato de que com a superveniência da Lei n.° 8.212/91, que
convalidara os preceitos da Lei n.° 7.689/88, a par da decisão judicial
alegada pela autuada a relação jurídico-tributária afastada foi restabelecida.
Em verdade a par de tudo o quanto foi exposto pela autuada é inegável que
a edição da norma supracitada ensejou a modificação legislativa de que trata
a doutrina ou, ainda, a modificação no estado de direito preconizada pelo
Estatuto Processual.
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M I N IS T É R I O D A F A Z E N D A
S . :I N R I, C Â M A R A S U P E R I O R D E R E C U R S O S F I S C A IS
P R I M E IR A T U R M A
Processo n°.
0680 .016757 /00-11
Acórdão n°.
SRF/01-05.106
Deveras , a Le i n .° 8 .212 /91 — Le i Orgân ica da Segur idade S oc ia l — t raz em
seu bo jo todos os e lem entos ne cessá r ios à ins ti tu ição da Co nt r ibu ição Soc ial
sob re o Lu cro, qua is sejam , o fa to ge rador (ar t . 11 , § único, b) , o su je i to a t ivo
(ar t . 33) , o su je i to pass ivo (ar t . 15) e , por f im, base d e cá lcu lo e a l íquota (ar t .
23).
D estar te , ir re fu táve l a mo d i f icaç ão leg is la t iva oc or r ida , cu ja ir rad iaçã o de
efei tos en capa a re lação ju r íd ico- t ributár ia con t inuat iva ora ana l isada.
. . -
O ra, não fosse po ssível , por a l teraçã o leg is la t iva, restabe lecer a cobran ça da
Con t ribu i ção S o c i a l sob re o Luc ro em re lação ao co n t r ibu i n te de sob r i gado
po r dec i são jud i c ia l con t rá r i a ao en tend im en to do s T r i buna i s Supe r i o res ,
estar íam os d iante de um a dec isão q ue at ing i r ia re lações jur íd icas futuras, de
f o rma t o ta lm en te ab s t ra ta , ge rando s i tuação ex t rem ame nte an t ii sonôm i ca ,
d e g r a v e a m e a ç a à c o m p e t it iv id a d e e c o n ô m ic a , u m a v e z q u e r e s ta r ia
ina l te ráv e l o des pau té rio d e um só co n t r ibu i n te e s ta r desob r i gado de uma
cont r ibu ição ap l icada a toda a soc iedade.
Nã o bas tasse , tenho com o pe r f e it amen te ap l icáv e l à h i pó tese dos au tos o
en tend imen to re i te rado d e no ssos t r ibuna is , que resu l ta ram n a ed ição d a Sú mula n .° 239 do
STF, d izendo:
Sú mu la n.° 239:
D e c i s ã o q u e d e c l a ra in d e v i d a a c o b r a n ç a d e i m p o s t o e m d e t e r m in a d o
exerc íc io n ão faz co isa ju lgada em re lação aos po s te r io res .
Ai nda que nã o fosse po r nenhum desses mo t ivos , não ve jo com o a t ribu i r a
r eg ras e con ce i tos ge ra is de d i r e it o , po r m a i s re lev an tes q ue se jam , fo r ça su f i c ien te pa ra
g e r a r a b e r r a ç õ e s c o m o a q u e r e s u l ta r ia d a p r e t e n s ã o d o r e c o r r e n t e , q u a l s e j a , t o d a a
soc iedade cont r ibu i ria com determinado t r ibu to e , apenas a lguns, com as m esm as a t iv idades
e em idênt icas con d ições, escaparem da inc idênc ia .
6
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M I N IS T É R I O D A F A Z E N D A
1 I . ; E , ; 4 ` , C Â M A R A S U P E R IO R D E R E C U R S O S F IS C A I S
P R I M E IR A T U R M A
P r o c e s s o n °.
0 6 8 0 . 0 1 6 7 5 7 1 0 0 - 1 1
Acó rdão n°.
S R F /0 1 -0 5 . 1 0 6
A s s im , c o m a s p r e se n t e s c o n s id e r a ç õ e s e tu d o m a i s q ue d o p r o c e s s o
c o n s ta , e n c a m i n h o m e u v o to n o s e n tid o d e N E G A R p r o v im e n t o a o r e c u rs o e s p ec i al
formulado pelo c on tr ibuinte.
Sala das Sessões - DF , em 19 de outubro d e 200 4
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- E M IS A L M E I D A E S O L
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