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    M I N IS T É R I O D A F A Z E N D A

     st:;

     

    R

    C Â M A R A S U P E R I O R D E R E C U R S O S F IS C A IS

    P R IM E I R A T U R M A

    P rocesso n°. :10680 .016756/004 1

    Recurso n°.

     

    107-133371

    Matér ia 

    C S L — E x s ) : 1 9 9 7

    R e co rre nte : L O P E S M O T T A A D V O G A D O S A S S O C IA D O S S /C

    In te re ss a da : F A Z E N D A N A C IO N A L

    Recorrida

     

    S ét im a C âm ara do Pr imei ro C onselho de Contr ibu intes

    Sessão de 19 de junho de 2006

    A córdã o n°.

     

    CSRF/01-05.478

    C S L L — D E C I S Ã O J U D I C IA L — C O IS A J U L G A D A — A L C A N C E — A

    dec laraçã o de inconst i tuc iona l idade de determ inada Le i , a inda que

    t ransi tada em ju lgado, não obsta nova ex igência do mesm o t ributo em

    pe r ío d o s po s t e ri o re s c o m b a s e e m d i plo m a l e g a l, t a m b é m

    superveniente, que cuida e regula inteiram ente a m até ria.

    R ecurso especial negado.

    Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto

     

    por L O P E S M O T T A A D V O G A D O S A S S O C IA D O S S /C .

    A C O R D A M o s M e m b r o s d a P r im e ira T u r m a d a C â m a r a S u pe ri or d e

    R ecursos F isca is , por unan im idade de vo tos, N E GA R prov imento ao recurso, nos

    term os do relatório e voto que passam a integrar o presente julga do.

    M A N O E L A N T O N I O G A D E LH A D I A S

    P R E S I D E N T E

    -

    DORI P D N

    R O

    F O R M A L IZ A D O E . 0 6 O U T 2 0 06

    Pa rt ic iparam , a inda, do presente ju lgam ento, os Conselhei ros: CÁ N D IDO R O D R IGUE S

    N E U B E R , M Á R C I O M A C H A D O C A L D E IR A , JO S É C L O V IS A L V E S , J O S É C A R L O S

    P A S S U E L L O , M A R C O S V IN I C IU S N E D E R D E L IM A , C A R L O S A L B E R T O

    G O N Ç A L V E S N U N E S , JO S É H E N R I Q U E L O N G O e M Á R IO J U N Q U E IR A F R A N C O

    J U N I O R .

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    Processo n°. :10680.016756/00-41

    Acórdão n°. : CSR F/01-05.478

    Rec urso n°.

     

    107-133371

    Recorren te : LOPE S MO TTA ADVO GAD OS ASSOCIADOS S/C

    In te ressada : FAZEND A N ACIONAL

    R L TÓRIO

    LOPES MO TTA ADVO GADO S ASSOCIADOS S/C com fundamento

    no ar t . 5

     

    , II , do Re gim ento In terno da Câm ara Supe r io r de Re cursos F isca is ,

    apresenta recurso especial contra a decisão da colenda Sé tim a Câm ara do Prim eiro

    Conselho de Con tribuintes, consubstanciada no Acórdão 107-07.048, de 19 de m arço

    de 2003, qu e está assim em entado (f. 150):

    C S L L — C O I S A J U L G A D A E M M A T É R I A T R IB U T A R I A — A L C A N C E

    — E m ma téria t ributár ia a cham ada co isa ju lgada tem limi tes : 1)

    Tratando-se de M andado d e Se gurança, a ef icácia da coisa julgada

    deve f icar restri ta ao pe ríodo de incidên cia que fundam entou a busca

    da tutela jurisdicional, não se aplicando, p ortanto, às relaçõ es futuras,

    re laçõ es con t inuat ivas ; 2 ) T ra tando-se de A çã o D ec lara f f ida deI nex is tênc ia da R e lação Ju r íd ica pesam cont ra a peren idade da

    decisão: a) a al teraçã o supe rveniente da legis lação (art . 471,

    C ódigo de Processo C iv il ); e b) a superven iência da De claração de

    Constitucionalidade, exarada pela Suprema Corte.

    A ex igênc ia f isca l rem anescen t e da C SLL re fe re -se apenas ao

    exercício de 19 97, vez qu e a decisão recorr ida acolheu a prel iminar de decadência em

    relação aos exercícios de 199 2 a 1 996 (f. 150).

    A recorrente pleiteia a reform a do retrom encionado julgado com b ase

    em decisão divergente da Prim eira Câm ara do Prim eiro Conselho de Contr ibuintes,

    representada pelo Acórdão 101 -91.707, q ue considera inalterada a ef icácia da coisa

    ju lgada referente à cobrança da CSLL nos term os da Lei 7.689/88.

    Sub m et ido ao exam e de adm issibil idade, o recurso teve seguim ento

    conforme despacho de f ls. 220-1.

     

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    Proces so n°. :1068 0.01675 6/00-41

    Acórdão n°. : CSR F/01-05.478

    Nas cont ra-razões f . 222-38), o Senho r Procurador susci ta,

    prel iminarme nte, o não co nhec ime nto do recurso, entende ndo que o acórdão

    paradigma encon tra-se anulado, is to po rque, o recurso espe cial contra o me smo

    interposto pela Fazend a Nacional, não foi exam inado pela Câm ara Superior de

    Rec ursos Fiscais, tendo em vista o pedido de parcelamento do crédito tr ibutár io

    apresentado pelo con tr ibuinte quanto a m atéria exam inada no acórdão paradigma.

    Requereu, enfim, a manutenção do acórdão recorrido.

    É o Relatório.

     

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    Proces so n°. : 1068 0.01675 6/00-41

    Acó rdão n°. : CSR F/01-05 .478

    V

    Conselhe i ro DORIVAL PADOVAN Relator

    Pre l im inarm en te a inda que não tenha s ido examinado o recurso

    espec ia l in terposto pe la Fazenda N ac iona l cont ra o Acórdão pa rad igma 101-91.707

    não há reg is tro que este tenha s ido re formado pe la Câm ara Super ior de Recursos

    Fiscais dai porque a sua va l idade para efei to de divergência jurisprudencial .

    Assim sendo considerando que o recurso ora em exam e é tempest ivo

    e que preenche os pressupostos de admissibi l idade dele tomo conhecimento.

    A decisão recorrida não m erece reforma.

    T ra t a - s e d e m a t é r ia c o n h e c id a d o C o le g i a d o q u e e m d iv e r s a s

    oportunidades manifestou entendimento contrár io à perenidade da coisa ju lga da em

    favor de contribuintes na hipótese de superveniente al teração legislat iva da norma que

    ensejou o prov imento judic ia l conforme informa o Acórdão CSRF/01-04.805 sessão

    de 2/12/2003 — Relator José Clóvis Alves em que:

    CSLL - L IMITES DA CO ISA JULG ADA - Nas re lações t ribu tá rias de

    natureza con t inuat iva, não é cab ível a a legação da coisa ju lgada em

    relação a fatos geradores oco rridos após alterações legislativas, posto

    que , a im u t ab i li dade d iz r es p e i to , ape n as , ao s f a t o s co n c re t o s

    dec l i nados no p ed ido , f icand o sua e f icác ia res t r ita ao per íodo d e

    inc idênc ia que fundam entou a bu sca da tu te la jur isd ic ionat Assim não

    se perp etuara os e fe i tos da decisão t ransi tada em ju lgado, que afasta

    a incidência da Lei n° 7.689/88 sob o fundamento de sua

    inconsti tucional idade, principalmente, considerando o pronunciamento

    pos te r io r ao de f in it ivo d o S TF, em sen t ido con t rá r io , cu ja e f i các ia

    tomou-se erga om nes pela edição de R esolução do Senado Federal.

    Ademais quando a aprec iação do recurso especia l 107-133 389 de

    i n te resse do con t r i bu in te o ra recor ren te re fe ren te p rocesso admin i s tr a t ivo f i sca l

     

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    Processo n°. :10680.016756/00-41

    Acórdão n°. : CSR F/01-05.478

    10680.016756/00-11, em q ue se ex am inou questão idênt ica à versada nos presentes

    autos, relat ivam ente à CSLL dos períodos-base de 1997 a 19 99 , restou entendido que:

    C S L L — D E C I S Ã O J U D IC I A L — C O I S A JU L G A D A — A L C A N C E — A

    declaração de inconst i tucional idade de determinada Lei, a inda que

    t ransitada em ju lgado, não ob sta nova ex igência do m esmo tr ibuto em

    p e río d o s po s t e r io r e s c o m b a s e e m d ip lo m a l e g a l , t a m b é m

    superveniente, que cuida e regu la inteiram ente a m atér ia. A córdão

    C S RF/01-05 .106 , sessão d e 19 /10)2004, Re la to r Rem is A lme ida

    Esto°.

    Po is b em : no p resen te p rocesso , o en tend im en to não pode se r

    d ife ren te , ha ja v i s ta q ue a L e i 7689 /88 so freu m od i fi c ação leg is l a t iv a com a

    superven ien te Le i 8212 /91 , de fo rm a qu e a

    par da de c isão jud ic ia l a legada pela

    autuad a, a relação jurídico-tr ibutár ia afastada foi restabe lecida,

    conforme assevera o

    voto do acórdão recorrido f. 159 ).

    E m face do exposto, nego provimento ao recurso.

    É o v o t o

    Sala das Sessões - DF, em 19 de Junho de 2006.

     

    DORIV

    t

    p

     Néi