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JORNAL DO SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANO XIX – Nº 37 – JUNHO/JULHO/AGOSTO 2014 — Rua Riachuelo nº 191-A - 2° andar - Centro - Rio - Tel.: 2224-9571 JORNAL DO SINPOL E-mail: [email protected] Site: www.sinpol.org.br Incorporação não diminui abismo com delegados Inspetor Leonardo eleito presidente do SINPOL NESTA EDIÇÃO: Nível superior para investigadores Alerj: traição em 2012 tirou a força de 2014 Paralisação Nacional foi início da vitória Policiais sem hospital e plano de saúde Lei garante liberação de sindicalistas Pág. 2 Pág. 4 Pág. 7 Pág. 3 Pág. 6 Pág. 5 A Assembléia Legislativa – Alerj – aprovou dia 26 de ju- nho o reajuste para os servidores da Polícia Civil. O projeto de lei 3.055/14 incorpora a gratificação de R$ 850, antes destina- da somente aos policiais lotados nas Delegacias Legais, ao sa- lário de todos os policiais civis do estado. A gratificação será parcelada ao longo de 5 anos, a partir de janeiro de 2015 e em parcelas anuais, terminando em janeiro de 2019 – O benefício também será estendido aos inativos e pensionistas. O diretor do SINPOL, Fernando Bandeira, esteve com os deputados Paulo Ramos / PSOL e Geraldo Moreira / PTN, que na última reunião de líderes lutaram pela redução das parcelas. Entretanto, nas redes sociais o parcelamento longo foi critica- do pelos agentes que queriam o pagamento imediato ou uma maior redução das parcelas . Os delegados também receberam a incorporação da gratificação de encargos operacionais de R$ 850 parcelada em cinco anos, mais o aumento escalonado em quatro anos que muda o teto salarial de delegados a 90% dos vencimentos do ministro do Supremo Tribunal Federal e não mais ao teto do governador de R$ 21.800, já a partir de ju- lho de 2014, totalizando um aumento de 22,31%. Com isso, os delegados passariam a ganhar em 2017 até R$ 26.663,34 – 90,25% do teto do ministro do STF, enquanto um agente ga- nharia em média menos de R$ 7 mil em 2019. Com as últimas mudanças aprovadas pela ALERJ na remu- neração do delegado ficou claro que o abismo salarial entre agentes e delegados não só aumentou, como, sobretudo, mais que triplicou, contrariando o discurso do ex-governador Sér- gio Cabral na inauguração da Cidade da Polícia que o governo iria diminuir esse abismo. Incorporação não será integral Outro problema, na avaliação do presidente licenciado do SINPOL, Leonardo Motta, ao fim de cinco parcelas da incor- poração da Gratificação de Delegacia Legal de R$ 850 para inspetor de 4ª classe, por exemplo, o policial vai incorporar no contracheque R$ 789 e não os R$ 850 anunciados. Por con- sequência, de acordo com os cálculos, fica faltando R$ 61 no vencimento básico, gerando perdas de R$ 251 com as vanta- gens aplicadas: 25% de triênio mais os 230% de Adicional de Periculosidade. “Estamos reivindicando além das correções necessárias que o prazo de incorporação seja reduzido para dois anos”, concluiu Leonardo Motta. SINPOL cobra horas excedentes e adicional noturno O SINPOL defende que as demais reivindicações sejam analisadas: dobrar o valor do tíquete refeição (R$ 13) e do va- le transporte (R$ 100 p / mês), pagamento de hora excedente e adicional noturno, e um Plano de Cargos que vincule o venci- mento dos agentes ao dos delegados, como era na Lei 699/83, quando um detetive-inspetor recebia 60% do salário do dele- gado de polícia de 1ª classe. Vale lembrar que em 2010, o governador Sérgio Cabral concedeu reajuste de 70% aos delegados sem incluir os agen- tes. O Sindicato pressionou o governo, e com apoio do se- cretário Mariano Beltrame, o reajuste se estendeu aos demais policiais civis em 48 parcelas - 4 anos - reduzido depois para três anos, em consequência da greve da segurança pública em 2012. Na ocasião conseguimos com o secretário Beltrame, o vale transporte que os policiais não recebiam, disse o diretor Fernando Bandeira. VEJA TABELA DE VENCIMENTOS NO SITE www.sinpol.org.br Painéis do SINPOL: Reivindicações em frente à Chefia de Polícia

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JORNAL DO SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANO XIX – Nº 37 – JUNHO/JULHO/AGOSTO 2014 — Rua Riachuelo nº 191-A - 2° andar - Centro - Rio - Tel.: 2224-9571

JORNAL DO SINPOLE-mail: [email protected] Site: www.sinpol.org.br

Incorporação não diminuiabismo com delegados

Inspetor Leonardo eleito presidente do SINPOL

NESTA EDIÇÃO:

Nível superior para investigadores

Alerj: traição em 2012 tirou a força de 2014

Paralisação Nacional foi início da vitória

Policiais sem hospital e plano de saúde

Lei garante liberação de sindicalistas

Pág. 2

Pág. 4

Pág. 7

Pág. 3

Pág. 6

Pág. 5

A Assembléia Legislativa – Alerj – aprovou dia 26 de ju-nho o reajuste para os servidores da Polícia Civil. O projeto de lei 3.055/14 incorpora a gratificação de R$ 850, antes destina-da somente aos policiais lotados nas Delegacias Legais, ao sa-lário de todos os policiais civis do estado. A gratificação será parcelada ao longo de 5 anos, a partir de janeiro de 2015 e em parcelas anuais, terminando em janeiro de 2019 – O benefício também será estendido aos inativos e pensionistas.

O diretor do SINPOL, Fernando Bandeira, esteve com os deputados Paulo Ramos / PSOL e Geraldo Moreira / PTN, que na última reunião de líderes lutaram pela redução das parcelas. Entretanto, nas redes sociais o parcelamento longo foi critica-do pelos agentes que queriam o pagamento imediato ou uma maior redução das parcelas . Os delegados também receberam a incorporação da gratificação de encargos operacionais de R$ 850 parcelada em cinco anos, mais o aumento escalonado em quatro anos que muda o teto salarial de delegados a 90% dos vencimentos do ministro do Supremo Tribunal Federal e não mais ao teto do governador de R$ 21.800, já a partir de ju-lho de 2014, totalizando um aumento de 22,31%. Com isso, os delegados passariam a ganhar em 2017 até R$ 26.663,34 – 90,25% do teto do ministro do STF, enquanto um agente ga-nharia em média menos de R$ 7 mil em 2019.

Com as últimas mudanças aprovadas pela ALERJ na remu-neração do delegado ficou claro que o abismo salarial entre agentes e delegados não só aumentou, como, sobretudo, mais que triplicou, contrariando o discurso do ex-governador Sér-gio Cabral na inauguração da Cidade da Polícia que o governo iria diminuir esse abismo.

Incorporação não será integralOutro problema, na avaliação do presidente licenciado do

SINPOL, Leonardo Motta, ao fim de cinco parcelas da incor-

poração da Gratificação de Delegacia Legal de R$ 850 para inspetor de 4ª classe, por exemplo, o policial vai incorporar no contracheque R$ 789 e não os R$ 850 anunciados. Por con-sequência, de acordo com os cálculos, fica faltando R$ 61 no vencimento básico, gerando perdas de R$ 251 com as vanta-gens aplicadas: 25% de triênio mais os 230% de Adicional de Periculosidade.

“Estamos reivindicando além das correções necessárias que o prazo de incorporação seja reduzido para dois anos”, concluiu Leonardo Motta.

SINPOL cobra horas excedentes e adicional noturno

O SINPOL defende que as demais reivindicações sejam analisadas: dobrar o valor do tíquete refeição (R$ 13) e do va-le transporte (R$ 100 p / mês), pagamento de hora excedente e adicional noturno, e um Plano de Cargos que vincule o venci-mento dos agentes ao dos delegados, como era na Lei 699/83, quando um detetive-inspetor recebia 60% do salário do dele-gado de polícia de 1ª classe.

Vale lembrar que em 2010, o governador Sérgio Cabral concedeu reajuste de 70% aos delegados sem incluir os agen-tes. O Sindicato pressionou o governo, e com apoio do se-cretário Mariano Beltrame, o reajuste se estendeu aos demais policiais civis em 48 parcelas - 4 anos - reduzido depois para três anos, em consequência da greve da segurança pública em 2012. Na ocasião conseguimos com o secretário Beltrame, o vale transporte que os policiais não recebiam, disse o diretor Fernando Bandeira.

VEJA TABELA DE VENCIMENTOS NO SITE www.sinpol.org.br

Painéis do SINPOL: Reivindicações em frente à Chefi a de Polícia

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2 Junho/Julho/Agosto2014JORNAL DO SINPOL

EDITORIAL

Diretoria do SINPOL em reunião na Chefi a de Polícia

Associados aprovam nova diretoria do SINPOL

No dia 26 de maio diretores do SINPOL e da Associação dos Investigadores se reuniram com o chefe de polícia, dele-gado Fernando Veloso, para defender a incorporação da gra-tifi cação de Delegacia Legal e as demais reivindicações do Sindicato.

O então presidente do SINPOL, Fernando Bandeira, agra-deceu à chefi a o empenho em defender a gratifi cação aos poli-ciais. “É claro que somos a favor da incorporação, mas temos que discutir outros itens da pauta como a Geat dos aposenta-dos ganha na Justiça, mas o governo protela o pagamento as-sim como o reajuste no tíquete refeição e o vale transporte, a nomeação dos excedentes, o pagamento de horas excedentes e adicional noturno, entre outros”, disse Bandeira.

Devido a compromisso urgente o Delegado Fernando Ve-loso, chefe da Polícia Civil, chegou mais tarde à reunião que estava sendo feita pelos delegados Fernando Vila Pouca, che-fe de gabinete e Elisabeth Cayres, sub-chefe administrativa.

Carro de som do SINPOL iria para CIDPOLO sindicalista lamentou o envolvimento da chefi a e dos

delegados na manifestação na Cidade da Polícia – uma repar-tição do Estado – o que provocou o esvaziamento do protesto do SINPOL no mesmo dia 21/05, em frente à Chefi a de Polí-cia. “Se soubéssemos que a CIDPOL estava aberta às manifes-

O SINPOL tem novo presiden-te, o inspetor de polícia, Leonardo Motta de Faria, eleito por aclamação dia 14 de julho último. Apenas uma chapa se inscreveu no prazo estipu-lado: de 13 a 24 de junho para inscri-ções e, 25 a 27 para impugnações, de acordo com edital publicado no jor-nal “Monitor Mercantil” de 12 de ju-nho com divulgação no site do Sin-dicato na mesma data.

Denominada “Avante na Luta” a chapa eleita fi cou assim constituída: Diretoria Exe-cutiva – Presidente: Leonardo Motta de Fa-ria (Inspetor); Vice-Presidente: Hélio Celesti-no de Santana (Comissário); Secretário Geral: Álvaro Luís do Nascimento Costa (Investiga-dor); Secretário Adjunto: Camila Antunes de Azevedo Guedes (Inspetora); Tesoureiro Ge-ral: Fernando Antônio Bandeira (Comissário); Tesoureiro Adjunto: Geraldo Ferreira (Técnico de Necropsia). Suplentes da Diretoria – Mário Castellano (Comissário); Daisy Lourdes Cor-reia da Rocha (Ofi cial de Cartório); Elcio Car-neiro Carvalho Junior (Perito Legista); Mem-

O fundador e ex-presidente do SINPOL, Fernando Bandeira, dis-se que nunca vivenciou uma per-seguição tão grande como a atu-al. Até mesmo maior que nos tem-pos da ditadura militar, explicou, lembrando a invasão do Sindica-to por 9 policiais civis, tendo à frente o mesmo suposto “líder” que traiu a categoria na greve de 2012, a mando da Dra Martha Ro-

Há quase vinte anos alguns chefes da Polícia Civil do Rio têm usado o cargo para se projetar e sair candidato do legis-lativo. No governo de Marcelo Alencar, eleito em 1994, o delegado Hélio Luz, nomeado Chefe da PCERJ e o general Nilton Cerqueira, secretário de Segurança Pública, saíram candidatos ao parlamento, estadual e federal, respectiva-mente. Apenas Hélio Luz se elegeu em 1998. Em 2002 não concorreu. Ambos usaram a máquina do Estado para conse-guir votos. Na Polícia Civil quem não os apoiasse, era perse-guido pelos dois grupos de policiais criados por Hélio Luz. Um a favor e o outro contra (de mentira). E os dois contra o SINPOL, que lutava na defesa da categoria, cujo Sindica-to foi fundado na greve de 1993, quando Bandeira fi cou sem salário por quatro anos, respondendo inquérito.

O mesmo aconteceu agora com a Chefe de Polícia Mar-tha Rocha no governo Sérgio Cabral / Pezão de 2007 a 2014. Ela instruiu delegados e agentes a abrir inquéritos, suspen-der salários e fazer denúncia “anônima” contra Bandeira que está sem receber seu salário desde abril de 2013, simples-mente porque não traiu os colegas na greve de 2012. A de-legada é candidata a deputada, depois de usar a máquina, esperando se eleger, tendo já concorrido em outras eleições sem sucesso.

Nos governos de Garotinho e de Rosinha, de 1999 a 2006, o delegado Álvaro Lins foi o chefe de Polícia. Em 1998 con-correu a deputado estadual e não se elegeu. Voltou para che-fi a e usando melhor a máquina, foi eleito em 2002 com mais de 100 mil votos. Logo no inicio do mandato, em 2003, sur-giram denúncias que provocaram a perda do mandato e a de-missão do cargo de delegado. No entanto, como chefe de Po-lícia, não puniu nem perseguiu nenhum sindicalista, mesmo havendo greves, manifestações no Palácio Guanabara, em frente à Chefi a e até na igreja e na casa do governador Ga-rotinho, em Campos.

SINPOL elege novo presidente:Inspetor Leonardo Motta

SINPOL é recebido pelo Chefe de Polícia

Chefi a de Polícia e a política

bros do Conselho Fiscal – Efetivos: Flavio Antônio Azedo do Amaral (Perito Criminal); Gilson Fernandes Franqueira (Inspetor); Jo-nathas Simples de Oliveira Junior (Inspetor). Suplentes: Jorge Boaventura Ramos dos San-tos (Ofi cial de Cartório); Venício Guerra (Co-missário) e André Luigi Nunes Bazoli (Inspe-

tor). Conselho de Ética e Disciplina – Renato Saldanha Alvarez (Comissário); Natalício Fer-reira (Comissário); Humberto Giudice Fittipal-di Filho (Papiloscopista); Suplentes – Sylvio Moreira da Silva (Comissário); Gabriel Batista da Rosa (Comissário) e Carmelino Maranhão Rangel (Inspetor).

cha, então chefe de Polícia. Na oca-sião prenderam 4 sindicalistas da Nova Central Sindical que estavam no SINPOL divulgando o Dia Na-cional de Lutas em 4 de julho de 2013.

Perseguido pessoalmente pe-la administração policial, Bandeira teve o ponto cortado e está sem re-ceber os vencimentos há 16 meses. Tudo para enfraquecer o verdadei-

ro sindicato dos trabalhadores que não se deixa cooptar pelos repre-sentantes do governo e muito me-nos ser controlado pela Chefia de Polícia que determina e convoca os policiais, através dos delega-dos, para assembléias na Cidade da Polícia – uma repartição públi-ca do Estado, que pela Constitui-ção, não deveria estar envolvida para fazer “teatro”.

Bandeira sai da presidência disparando contra o Estado

tações também teríamos convocado nossos associados e levado o carro de som”, afi rmou Bandeira. Participaram da reunião, além de Bandeira, o presidente da Associação dos Investigado-res, Álvaro Luiz, e os dirigentes sindicais, Leonardo Motta, Ge-raldo Ferreira, Hélio Celestino e Camila Antunes.

Invasão do SINPOL com apuração lentaFernando Bandeira reclamou ao delegado Fernando Velo-

so, sobre a invasão do SINPOL em julho do ano passado, quan-do nove policiais civis invadiram o Sindicato e sem nenhuma ordem judicial ou fl agrante delito, prendeu 4 sindicalistas da Nova Central que foram à entidade levar o convite para o Dia Nacional de Luta, que ocorreria na semana seguinte. Esse ato arbitrário foi repudiado por diversos sindicatos de policiais do país, inclusive pelo 8ª Encontro Nacional das Entidades da Po-lícia Civil, em Vitória, em agosto de 2013, que viram na tela as cenas de truculência.

O chefe de Polícia disse que não mandou prender ninguém e que vai apurar melhor os fatos e se inteirar do processo na 5ª DP, já que este incidente ocorreu na administração anterior da Delegada Martha Rocha. As reivindicações da categoria junto com um CD mostrando a invasão foram deixadas pelo SINPOL no gabinete do delegado Fernando Veloso.

Redação: Rua Riachuelo nº 191-A - 2º andar - Centro. CEP:20.230-010 – Tel.: (21) 2224-9571 E-mail: [email protected] — Site: www.sinpol.org.br

Diretor: Fernando Bandeira – Edição: Cláudio José - RG. MTE nº 31.381 e Bruno Maciel – Colaborou: Maria Helena Santos – Estagiária: Amanda Cardoso – Fotos: Cláudio José e Bruno Maciel – Editoração e Arte Final: Fernando Teixeira – Colaboração: Todos os Policiais Civis do RJ Tiragem: 10 mil exemplares

Jornal do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Rio de JaneiroJORNAL DO SINPOL

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3Junho/Julho/Agosto 2014 JORNAL DO SINPOL

Em sua gestão o presidente licenciado Leonardo Motta lutará pela Lei Orgânica.

Na greve de 2012 Alvaro(E) representou o SINPOL no Balanço Geral

A diretora Dayse defende perito em retrato falado

Uma das lideranças que des-pontou na Polícia Civil é o ins-petor Leonardo Motta, eleito presidente do SINPOL dia 14 de julho. Leonardo ingressou na PCERJ através do concurso de dezembro de 2001 (Miojo). Procurou o SINPOL para se as-sociar, após a luta do Sindicato para nomear e empossar os 1.072 aprovados excedentes de inspe-tor e ofi cial de cartório, batiza-do de “pipocas”. Vindo da Ma-rinha Mercante, trouxe a experi-ência como sindicalista do Sindi-cato dos Marítimos. Em 2002 foi eleito diretor do SINPOL e desde então participa das mobilizações e manifestações por melhores sa-lários e condições de trabalho da categoria.

Em 2004, Leonardo Motta re-presentou o SINPOL numa reu-nião em Belo Horizonte para tra-

O SINPOL enviou expediente ao Secreta-rio de Segurança Pública, Mariano Beltrame, para que intercedesse junto ao Executivo e ao Judiciário do Rio, para suspender a aplicação da Lei Complementar nº 144/2014, que im-põe aposentadoria compulsória aos policiais civis aos 65 anos. Essa aposentadoria impõe perda de quase R$ 1.200 para quem trabalha

Uma das ferramentas mais usadas em to-do o mundo na identificação de criminosos é o retrato falado que ajuda a solucionar crimes a partir do desenho à mão ou no computador. “Na polícia do Rio, não existe uma função de-finida para quem exerce esse ofício”, diz a ofi-cial de cartório policial e diretora do SINPOL, Dayse Rocha, que desde 1988, quando ingres-sou na Polícia Civil, faz retratos falados na Divisão Antisequestro – DAS.

Na Pol9ícia Civil a atividade desse profis-sional é feita de maneira “oficiosa”, explica Dayse que entende que a função deve ser re-gulamentada através de lei para dar mais se-gurança ao profissional. Em Minas, existe o cargo de perito em retrato falado e, na polícia paulista, a função é exercida por um tecnólo-go que integra a Polícia Técnica. No Rio, o retrato falado é feito pela DAS, CORE e por um núcleo da Delegacia de Nova Iguaçu, para atender à Baixada Fluminense. “O ideal seria que todas as delegacias tivessem no plantão um perito em retrato falado”, diz a policial que no início da carreira recebeu o apoio da dese-nhista e policial Terezinha, da antiga Divisão de Repressão ao Crime Organizado - DIRCO. Esta Divisão, em 1990, implantou o sistema canadense “FACES”, sendo a primeira a utili-zar o mais moderno software da época.

– Até então as características do suspeito ou criminoso eram feitas à mão, conta Dayse, acrescentando que, aos poucos, foi desenvol-vendo seu próprio método. Hoje a tecnologia

Na Polícia Civil desde 1988, o investiga-dor Álvaro Luiz tem participado das greves e manifestações por melhores condições sa-lariais e de trabalho com o Sindicato desde 1997. Em 2009 fundou a Associação dos In-vestigadores de Polícia – Ainvestpol e par-tir de então sua principal luta é pelo reco-nhecimento do cargo de investigador na es-trutura da Polícia Civil sem hierarquia com os demais agentes da corporação. De acordo com Álvaro, a subordinação é com a autori-dade policial, assim como os demais cargos da PCERJ. Para valorizar a classe, Álvaro luta pelo nível superior para os investigado-res já nos próximos concursos. O sindica-lista defende uma reestruturação nos cargos, permitindo que o investigador com 3º grau tenha acesso ao cargo de Inspetor de nível superior atingindo a classe comissário – res-peitando-se o princípio da igualdade, visto que no último plano de carreira o investiga-dor fi cou com a exigência de 2º grau.

Na diretoria do SINPOL uma de suas

“Miojo” sempre presente na luta dos policiais

Álvaro defende nível superior para investigador SINPOL luta por perito em retrato falado

Aposentadoria compulsória continua aos 70 anos

Leonardo Motta

tar da Lei Orgânica das Polícias Civis, da qual participaram sin-dicatos e associações de todo o Brasil que se reuniram com re-presentantes do Ministério da Justiça que queriam avançar nos debates para encaminhar o docu-mento fi nal ao Congresso, antes do fi m da legislatura. “Até ho-je estamos sem essa lei orgânica que daria mais respaldo à ativi-dade policial”, reclama o inspe-tor. À época as propostas apre-sentadas pelo Sindicato, através de Leonardo, foram: 1)Transfe-rência geográfi ca: não deixar o policial ser removido se este não assinar um documento “nada a opor”; baseado no princípio da impessoalidade previsto no ar-tigo 33 da Constituição Federal. 2) Adicional noturno: terão di-reito ao adicional todos os poli-ciais que trabalharem no plantão

noturno entre as 22h e 5h, com base na “hora inglesa” (CLT). Na hora inglesa, 1 hora corresponde a 52 minutos. 3) Acumular car-go público: o policial civil que tem função técnico-científi ca po-derá ter outro cargo como profes-sor, acumulando duas matrículas, conforme previsto no artigo 37 da Constituição Federal.

Em 2007, os policiais ci-vis cruzaram os braços em duas oportunidades: julho e agosto. Na primeira paralisação de 48h, o SINPOL, com apoio dos agen-tes conseguiu fechar o IML. A segunda paralisação foi por 72h entre os dias 21 e 22 de agos-to, culminando com passeata de mais de mil policiais na Avenida Rio Branco, pedindo “esmolas” em represália ao reajuste de 1% ao mês concedido pelo gover-no em 24 vezes – o famigerado

“Casas Bahia”. Leonardo Motta compareceu a todos estes protes-tos levando os companheiros das delegacias de Niterói, onde atua-va, notadamente para as mobili-zações em frente à Alerj e ao Pa-lácio Guanabara.

Na greve em fevereiro de 2012 com os bombeiros e PMs, que levou milhares de policiais à Cinelândia, Leonardo e Bandei-ra estavam no caminhão de som

do SINPOL para garantir a livre manifestação dos trabalhadores da segurança pública. O cami-nhão dos bombeiros não conse-guiu chegar ao local porque foi interceptado pelo serviço reser-vado da corporação. “Se não fos-se a traição de alguns falsos líde-res sindicais teríamos avançado muito mais naquele momento”, diz o inspetor Leonardo Motta, da 56ª DP.

metas será a luta pela incorporação das gra-tifi cações aos vencimentos em menos tem-po. Para ele o parcelamento em cinco anos é um desprestígio para a categoria.

Nas delegacias legais não há nada que o inspetor ou ofi cial de cartório faça que o investigador não possa fazer, como por exemplo: inquéritos, lavratura de fl agrantes, registro de ocorrências, entre outros proce-dimentos.

em Delegacia Legal e quase R$ 2.000 para quem está lotado no CORE, já que não há a incorporação das gratificações no vencimen-to. O SINPOL parabenizou a Associação dos Delegados –ADEPOL pela iniciativa de ir ao Judiciário para evitar a aposentadoria com-pulsória antes de 70 anos. A decisão foi do Órgão Especial do Tribunal de Justiça.

mais atual, através do Face 4.1, é uma realida-de, entretanto a arte final que chega às delega-cias e batalhões de polícia é toda feita à mão. Daí a importância da função ser transformada em cargo pelo Estado.

Retrato falado levou à prisão de assaltantes e sequestradoresUm dos casos mais recentes em que o re-

trato falado feito por Dayse levou à identifica-ção dos criminosos foi o seqüestro em março, da filha de um empresário italiano, em Cabo Frio. A jovem de 15 anos e o pai foram abor-dados na garagem de casa, em Arraial do Ca-bo. Os bandidos levaram a menor e deixaram livre o pai, Ettore Casteluzzo, a quem pedi-ram resgate de mais de R$ 700 mil. Através do retrato falado a investigação em poucos dias chegou ao cativeiro. Cercados pela DAS os bandidos reagiram sendo dois mortos, es-capando terceiro. A jovem foi libertada sem nenhum arranhão deixando o pai emocionado e muito agradecido aos policiais pelo sucesso da operação. Reconheceu que se não fosse o “retrato falado” dos bandidos sua filha talvez não fosse encontrada.

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4 Junho/Julho/Agosto2014JORNAL DO SINPOL

A deputada Janira Rocha / PSOL, em discurso na aprovação do projeto que incorporou a Gratifi -cação de Delegacia Legal de R$ 850 em 5 anos pa-ra os policiais civis, se referiu à traição de um dos “líderes”, na greve dos trabalhadores da Segurança Pública em 2012, dizendo que: “ talvez o resultado hoje fosse diferente, não só para vocês como tam-bém para os bombeiros e para a Polícia Militar”. Nas redes sociais o parcelamento conhecido como “Casas Bahia” não agradou aos policiais.

Janira ainda lembrou a forte unifi cação de to-dos em 2012 e também a convocação da impren-sa por suposto “líder” para suspender a greve dos policiais civis, sem consultar ninguém e nem fazer

O SINPOL prestigiou o lançamento do livro “Todo Dia é Segunda Feira” do Secretário de Segurança Pública

Renato Ferraz, diretor jurídico do Sindicato dos Servidores da Justiça – SindJustiça – ex-policial, lançou dia 4/05 no Botequim Vaca Atolada, na La-pa, o livro “Manual do Estatuto dos Servidores Pú-blicos”, muito interessante para quem vai prestar concurso, principalmente nas carreiras públicas do Estado do Rio. O livro é encontrado nas Livrarias Saraiva e Leinova ou pela Internet através da pá-gina www.leinova.com.br. Bandeira, presidente do SINPOL prestigiou o evento.

O SINPOL teve grandes perdas em seus quadros em fevereiro. Faleceu aos 71 anos, dia 1º de fevereiro o co-missário Djair Cardoso, diretor do Sindicato e vice-pre-sidente da Coligação dos Policiais Civis – COLPOL. Djair sofreu no ano passado um AVC, sendo socorrido pela fi lha Alexia, que é médica, fi cando sem seqüelas. Cardíaco, tomava diariamente muitos remédios que, no entanto, não impediram que sofresse o infarto quando assistia a um jogo de futebol dia 31 de janeiro.

De forma trágica, faleceu também em fevereiro, pouco depois de Djair, no dia 5/02, José dos Santos Oli-veira, associado ao SINPOL e diretor da Coligação. Oli-veira sofreu uma parada cardíaca em plena rua quando se dirigia à COLPOL, na companhia do fi lho. Socorrido pelos bombeiros foi levado ao Hospital Souza Aguiar que o transferiu para a UPA da Rua Frei Caneca, onde teve nova parada cardíaca, não resistindo.

Deputada lembra a traição na greve de 2012 e o prejuízo dos policiais civis

Livro de secretário Beltrame revela bastidores do poder

PCERJ perde dois líderes

Renato Ferraz lança Manual do Estatuto dos Servidores Públicos

assembléia. A deputada ressaltou que o melhor se-ria “fortalecer aquela articulação política entre os trabalhadores da Segurança e não uma retirada no sentido de bancar uma relação privilegiada com o Governo”.

A parlamentar concluiu dizendo: “Mas também para colocar para o debate de vocês e para a re-fl exão de vocês essa necessidade, que daqui por diante, talvez antes da articulação política ser fei-ta primeiro com o Governo, devesse ser entre vo-cês, trabalhadores da Segurança. Isso talvez pudes-se colocá-los em um patamar em que as negocia-ções de vocês nesta Casa pudessem ser superiores ao que foi”.

Na praça da Cinelândia em 2012 policiais aprovaram greve nas três corporações

Secretário Beltrame na noite de lançamento de seu livro com o comissário Bandeira

Djair (E) sempre presente nas maniofestações do SINPOL

(E) Cláudio Cruz, Renato Ferraz e Bandeira

do Rio, Delegado Mariano Beltrame, na Livraria Sarai-va no Leblon, dia 7/05. O presidente Bandeira e Cláudio, assessor de imprensa ficaram duas horas na fila até con-seguir a dedicatória de Beltrame, que recebeu com ale-gria os representantes do Sindicato. Estes encontraram no evento o governador e ex-governador, Pezão e Sérgio Cabral, respectivamente. Pezão cumprimentou os dois e de forma irreverente apelou ao Cláudio seu ex-vizinho em Piraí, “pede ao Bandeira para não agitar muito! Segu-ra a marola!” Bandeira reafirmou a necessidade de reu-nião com o governo para discutir a incorporação da Gra-tificação Delegacia Legal – GDL, entre outras reivindi-cações. Já na saída, encontraram o policial Roberto Cha-ves e três colegas do grupo “Papo Responsa” que orienta estudantes da rede pública sobre os perigos das drogas.

Beltrame está há sete anos no cargo de secretário da segurança Pública no Rio sendo até o momento o que mais durou na função. Podia ter continuado na Polícia Federal investigando complexos casos de tráfico inter-nacional de drogas pelos quatro cantos do país, mas em 2005 aceitou o convite do governador Cabral para assu-mir a pasta no momento em que a cidade passava por cri-

se sem precedentes quanto à violência. No livro, Beltrame divide experiências e angús-

tias, revelando os bastidores dos momentos mais ten-sos no cargo. Faz também um relato minucioso da reu-nião que antecedeu a ocupação do Complexo do Ale-mão, em 2010.

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5Junho/Julho/Agosto 2014 JORNAL DO SINPOL

O SINPOL fez assembléia no dia 19 de maio e aprovou a participação do Rio na Pa-ralisação Nacional do dia 21 de maio, convocada pela Co-brapol e por entidades clas-sistas da Segurança Pública. Neste mesmo dia o comissá-rio Franklin, da Unicompol, apresentou abaixo assinado apoiando a incorporação de Delegacia Legal de R$ 850, assinado por Bandeira pelo SINPOL e por Álvaro Luiz, pela Associação dos Investi-gadores de Polícia – Ainves-tipol, mostrando ao governo que não havia divergências quanto às reivindicações.

Durante o ano de 2014, o Sinpol já ingressou com diversas ações reivindicando férias, abonos, licença prêmio, entre outras, contra o Estado do Rio de Janeiro. O Departamento Jurí-dico do Sinpol foi vitorioso em todas as ações, e já ob-teve mais de R$ 300 mil em favor dos associados.

O Sindicato tem conseguido resultados favorá-veis aos associados em sua grande maioria, com indenizações que variam entre R$ 1.000,00 e R$ 4.000,00. A maior procura dos associados tem sido para reivindicar abusos cometidos pelas operadoras de telefonia, bancos e as casas de vendas de materiais eletroeletrônicos.

Ações individuais chegam a R$ 30 mil - O policial associado Paulo Ribeiro recebeu do Esta-do do Rio de Janeiro uma quantia superior a R$ 30 mil reais referente a indenização por usurpação de seus direi-

Policiais fazem paralisação nacional por melhores salários

Na 21ª DP ao vivo Bandeira explica os motivos da paralisação

Na Chefi a imprensa cobre a paralisação dos policiais civis

No dia 21, o SINPOL per-correu as delegacias do Cen-tro e Zona Norte e constatou, conforme divulgado na mídia, que os policiais fariam apenas fl agrantes e ocorrências mais graves como homicídios, rou-bos, estupros, entre outros, deixando de atender os peque-nos delitos. Na 21ª DP (Bon-sucesso), Bandeira transmitiu ao vivo para as TVs e rádios os motivos da paralisação dos policiais civis – melhores sa-lários e condições de traba-lho.Mobilização de policiais nunca vista na PCERJOs policiais civis que têm

mais de 30 anos de carreira estão assustados com o tipo de mobilização feita em maio e junho passados. Estranha-ram o fato de os delegados ti-tulares convocarem os poli-ciais civis à Cidade da Polí-cia, para o ato dia 21 de maio, orientando os que lá estavam a permanecerem em suas de-pendências.

Estes policiais estão pas-mos em ver esse novo tipo de mobilização e luta sindical para atender às reivindicações da categoria. Não vai demorar muito assistirão aos professo-res fazendo suas assembléias no auditório da Secretaria de Educação e também os traba-lhadores da saúde aprovando pauta dentro da Secretaria de Saúde, junto com o secretario, assessores, diretores de hos-pitais e das UPAs. Ainda bem que os garis não se reuniram dentro da COMLURB, nem os rodoviários nas empresas de ônibus com a permissão de seus patrões, conseguindo por conseqüência avanços em su-as reivindicações.

Governo arma teatro com a Polícia

Enquanto a mobilização na CIDPOL ocorria, autorizada pelos delegados e pelo chefe de polícia, alguns saíram para

a Av. Dom Helder Câmara, in-terditaram a via por cinco mi-nutos para dar entrevista à im-prensa, e em seguida, recebe-ram a ordem da coordenação para que todos entrassem. Logo após, os agentes foram orientados pelos delegados a irem para o Clube Munici-pal na Tijuca para participa-rem da assembléia que apro-vou a paralisação por mais 24 horas. Foram orientados tam-bém a formar comissão de po-liciais para ir ao Palácio Gua-nabara. Muito estranho o fato de que nem o Investigador Ál-varo Luis da Ainvestipol, que estava na assembléia, nem os representantes das demais en-tidades que assinaram o abai-xo assinado proposto pelo co-missário Franklin fossem cha-mados.

No dia 23/05 pela manhã o

grupo de policiais foi ao Pa-lácio sendo informado pelo governador Pezão, que em 20 dias enviaria à ALERJ proje-to de Lei tratando da incorpo-ração da gratifi cação da Dele-gacia Legal de R$ 850, sem ao menos discutir em quantos meses ou anos seria paga. En-quanto isso alguns policiais aguardavam na Cidade da Po-lícia informações sobre a reu-nião com o governador, sendo a assembléia encerrada sem nada votar e tampouco permi-tir que os membros da comis-são recebida pelo governador falassem. Tudo coordenado e controlado por representantes do governo na polícia.

A paralisação do SINPOL contribuiu para que o governo enviasse à ALERJ a proposta de incorporação da Gratifi ca-ção de Delegacia Legal.

tos – férias e licença prêmio não tiradas.

Os associados Otacílio e Sebastião Miguel procuraram o SINPOL, para ingressar, junto ao Tribunal de Justiça,

com ações para exonerá-lo da obrigação de alimen-tos. Que em ambos os caso os associados foram

vencedores, cancelando o desconto.

GEAT: SINPOL pede agilidade nos pro-cessos - O Juízo da 9ª Vara de Fazenda Públi-ca tem prejudicado os associados, em face do acúmulo de processo, que hoje tramita junto as Varas de Fazenda. Devido as diversas reclama-

ções houve uma reunião dos Juízes da Vara de Fazenda com a Presidente do Tribunal de Justiça,

Desembargadora Leila Mariano, para que houvesse agilidade nos processos que se acumulam em todas as

Varas de Fazenda.

SINPOL EM AÇÃO

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6 Junho/Julho/Agosto2014JORNAL DO SINPOL

Mesmo recebendo um reajus-te integral só daqui a 5 anos e sem a reposição da inflação, a Polícia Civil mostrou o seu padrão FIFA de qualidade, desbaratando uma quadrilha internacional de cambis-tas que atua há 4 mundiais. Foi a única polícia capaz de investigar, identificar e prender um dos líde-res do esquema, o inglês Raymond Whelan, diretor executivo da em-presa Match Service, responsável pela venda dos ingressos na Co-pa. O SNPOL parabeniza em espe-cial a equipe da 18º DP e seu titu-

Inaugurada a policlínica da PCERJ ainda não está funcionando. Os policiais civis permanecem com o atendimento im-provisado na Acadepol e continuam sem o plano de saúde pago pelo Estado, umas das bandeiras de luta do SINPOL. “O me-lhor seria que o Estado pagasse o plano de saúde para os servidores, pois assim atenderiam os policiais que moram e tra-balham longe da policlínica que fica no

A segurança pública continua ser a grande preocupa-ção dos cariocas e fl uminenses. Nas eleições gerais deste ano muitos candidatos se apresentaram aos vários manda-tos eletivos, desde à vice-governadoria, como é o caso do major Márcio Garcia, até aos vários cargos proporcionais. Na Polícia Civil dezessete candidatos postulam mandato de deputado federal ou estadual, entre eles o presidente e o secretário geral do SINPOL, ambos licenciados, Leo-nardo Motta e Álvaro Luiz, respectivamente. Também o piloto Adonis Lopes de Oliveira, sócio do Sindicato, pro-cura um lugar no parlamento.

Neste ano o número de candidatos aumentou, subindo de 15 em 2010 para 17, mostrando que o desafi o da segu-rança pública continua forte na sociedade, motivando os integrantes desta sensível área a postularem suas candida-turas. É muito bom que o façam, e uma vez eleitos, traba-lhem ativamente na proposição de projetos de lei que eli-minem os muitos gargalos que existem nessa área e que impedem que os cidadãos desfrutem de mais segurança.

Em visita às delegacias os dire-tores do SINPOL receberam quei-xas em relação ao atraso no pa-gamento do Regime Adicional de Serviços - RAS. Muitos policiais ficavam até dois meses sem rece-ber o benefício, trabalhando dobra-do para complementar os salários. O SINPOL alertou o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame sobre a irregularidade e este orientou a Chefia de Polícia

Apesar dos muitos ape-los que recebe de seus com-panheiros partidários que querem ter um representan-te na ALERJ, o diretor do SINPOL, Bandeira não pre-tende mais se candidatar às eleições proporcionais. Es-ta decisão foi tomada após as eleições de 2008, que ele tem certeza de que ganhou, mas não levou, pela fraude propiciada pelas urnas ele-trônicas que não comprovam o voto. Assim como Bandei-ra, que teve carta publicada no jornal “O Dia” em 11/05 do corrente ano, questionan-

Polícia Civil padrão FIFA

Policiais Civis continuamsem hospital e plano de saúde

Segurança Pública motiva candidaturas

PCERJ: Pagamento do RAS prossegue com atraso

Vários eleitores questionam as urnas eletrônicas

Estácio”. Diz Leonardo Motta, presidente do SINPOL.

A nova Policlínica não terá emergência e internação para os policiais e familia-res, somente consultas médicas, pequenas cirurgias e centro de fisioterapia respira-tória e motora.

Segundo informações falta transferir os equipamentos do antigo hospital da polícia para a nova instalação. Policlínica do Estácio não terá emergência

do a falta de segurança das urnas, outros eleitores têm feito o mesmo, criticando es-se modelo “inovador” que só existe no Brasil. Países de-senvolvidos como França, In-glaterra, Estados Unidos, não o adotam, utilizando as ve-lhas cédulas de papel. A Ve-nezuela tem urnas eletrôni-

cas de última geração acom-panhadas de um dispositivo que permite a impressão dos votos. Aqui, até o projeto de lei aprovado no governo Lu-la, de iniciativa do deputado Brizola Neto, que assegura-va a impressão de 2% dos votos foi derrubado no Su-perior Tribunal Eleitoral.

lar, delegado Fábio Barucke, pelo desbaratamento da quadrilha inter-nacional.

“O que ocorreu mostra que te-mos profissionais qualificados, de-dicados e comprometidos com toda e qualquer investigação. Na con-tramão, o governo do Estado não valoriza seus policiais, pagando baixos salários e concedendo au-mento salarial padrão Casas Bahia. A policia civil mostrou que apesar dos pesares é a melhor policia in-vestigativa do Brasil”, diz Fernan-do Bandeira, diretor do SINPOL.

no sentido de normalizar os paga-mentos devidos. A Chefia de Polí-cia informou que está regularizan-do o calendário do RAS, efetuan-do os pagamentos entre o dia 15 e o dia 20 de cada mês. Mesmo as-sim o pagamento sai ainda atrasa-do.

Qualquer informação sobre atrasos envie sua reclamação para [email protected] ou li-gue 2224-9571.

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7Junho/Julho/Agosto 2014 JORNAL DO SINPOL

Os moradores do Centro, através da Associação de Moradores e Amigos do Centro (AMAC), que-rem que a ONG que utiliza indevidamente o nome do tradicional Cordão do Bola Preta na Rua da Re-lação nº 3, 5, 7 e 9, onde o SINPOL funcionou no

A associação soube que o terreno estava abandonado há mais de 10 anos quando o SIN-POL recuperou não só a fachada que estava de pé, como também construiu em 2005 – autoriza-do pelo patrimônio cultural – todo o ambiente interno dos quatro lotes que estavam em ruínas. Os moradores estão preocupados com a estru-

O Boletim Informativo da Policia Civil transcreveu no dia 29 de março as razões do veto total ao Projeto de Lei do então Governador Sérgio Ca-bral Entre os argumentos é dito “de-ve-se levar em consideração a quanti-dade expressiva de categorias profi s-sionais presente no quadro funcional do Estado do Rio de Janeiro, bem co-mo o número signifi cativo de organi-zações sindicais que atua em defesa dos interesses dos agentes públicos

Lei do Deputado Paulo Ramos garante licença aos dirigentes sindicais

Moradores querem ONG picareta fora do Centro

Fumo provoca 50 doenças diferentes

ano de 2005, deixe o endereço por causar transtor-nos à comunidade. Além do barulho nos fi ns de se-mana, os moradores reclamam que em 2012 dois sobrados desse conjunto de imóveis na Rua do La-vradio com Rua da Relação caíram por falta de ma-nutenção quase causando uma tragédia, já que mui-tas pessoas transitam naquela rua.

Os moradores procuraram a AMAC para que providencie uma ação judicial contra essa ONG que deixou o sobrado de sua responsabilidade cair sem sofrer nenhuma punição. Como a AMAC tem um importante papel na preservação do Corredor Cul-

A parte construída pelo SINPOL - Rua da Relação - não foi afetada

ONG deixa sobrado ruir na Rua do Lavradio esquina com Rua da Relação

tural do Centro, os moradores esperam que a asso-ciação consiga responsabilizar a ONG que não soube cuidar do patrimônio histórico que recebeu do Esta-do – o terreno pertence a Cia. RioTrilhos.

tura do casario que antes do Sindicato ocupá-lo era habitado por mendigos e marginais, ten-do sido fechado pelo delegado Gilberto Ribei-ro (ex-titular da 5ª DP) por receber diversas re-clamações de assaltos na região e de venda de drogas no interior do imóvel hoje ocupado pela ONG.

Antes do Sindicato, local era antro de marginais

O fumo provoca diversos malefí-cios ao ser humano. Segundo pes-quisas são quase 50 doenças dife-rentes, principalmente cardiovascu-lares, cânceres e doenças respirató-rias. Dos seis tipos de câncer com maior índice de mortalidade no Bra-sil, pulmão, esôfago e colo do útero, metade tem o cigarro como um de seus fatores de risco. E a causa dis-so são as 4.700 substâncias tóxicas inaladas a cada tragada.

Portanto, se você é fumante, cui-de da sua saúde e aprenda a largar o cigarro. Hoje já existem insti-tuições e vários medicamentos que auxiliam no combate ao ví-cio da nicotina. E, se não fuma,

as informações valem para você também. Conhecendo os perigos do cigarro, vai fi car mais difícil cometer o erro e dar o primeiro passo em di-reção ao vício.

O SINPOL participa da campa-nha contra o fumo e sugere aos poli-ciais civis que prestem atenção aos males que o tabagismo traz, não só para si, mas também para tercei-ros que convivem com o fumante e acabam se intoxicando com a fuma-ça expelida. O cigarro não combina com a saúde do policial.

Depois de ter sido vetado total-mente pelo então governador Sérgio Cabral, em março deste ano, a ALERJ derrubou o veto, e transformou o Pro-jeto de Lei 667/2011, de autoria dos Deputados Paulo Ramos e Alexandre Correa, na Lei 6824/2014. A Lei asse-gura aos dirigentes dos sindicatos e fe-derações de servidores públicos, esta-tutários ou celetistas, licença com as vantagens e benefícios que recebem no Estado, enquanto estiverem no

exercício do cargo na entidade sindi-cal. Sendo vedada sua exoneração ou dispensa, a não ser por pedido ou jus-ta causa. A Lei estabelece que poderão ser liberados para cada sindicato no mínimo 4 e no máximo 12 servidores. Além do mínimo (4) o sindicato pode-rá ter à disposição mais um por cada 1.500 filiados. A federação terá no mí-nimo um e no máximo 3. Além do mí-nimo (1) a federação poderá ter mais um por cada dois sindicatos filiados.

Boletim Informativo divulgou o vetoestaduais”. Prossegue dizendo, “Nes-se sentido, tem-se que quanto maior o número de agentes públicos afasta-dos para o exercício sindical, menor será o número de agentes públicos prestando serviços ao Estado do Rio de Janeiro e à população fl uminense, numa relação inversamente propor-cional”. Seria bom que a Chefi a de Polícia Civil publicasse no próximo B. I. a Lei nº 6824/2014 para que toda a categoria tome conhecimento.

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8 Junho/Julho/Agosto2014JORNAL DO SINPOL

O SINPOL oferece aos associados e dependentes vários convênios com descontos. Os interessados po-dem pegar o encaminhamento no sindicato à Rua Ria-chuelo, 191 – A, 2º andar, Centro

Convênios e Descontos

IMP

RE

SS

O

Tel.: 2224-9571

Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade e Colégio Simonsen:

Vários cursos de 3º Grau com desconto entre 50% e 70% nas mensalidades

Academia do Concurso Público:

Nos cursos preparatórios para concursos o des-conto é de 20%. Mais in-formações no Tel: 2224-9571.

Colégio e Curso Tamandaré:

Os fi lhos dos associados têm direito a 30% de des-conto da 4ª série do ensi-no fundamental até o 3º ano do ensino médio. O mesmo abatimento para o curso pré-vestibular e preparatório para escolas militares, técnicas, CAP da UERJ e UFRJ. Válido para as unidades do Cen-tro e do Méier

Oftalmologista:

Exames oftalmológicos

com 30% de desconto são feitos no Centro do Rio e em Niterói.

Desconto de 50% na ACM:

Em várias atividades co-mo natação, hidroginás-tica, voleibol, ginástica localizada, entre outras.

Escritório Teodoro da Silva & Advogados Associados:

Oferece atendimento aos associados perante a Ad-ministração Pública do Estado e na área crimi-nal.

Atendimento dentário:

Um consultório mo-derno para implantes e outros serviços com des-conto de 30% está à dis-posição dos associados e dependentes.

Sócios e dependentes do SINPOL têm 50% de desconto na ACM Lapa

Aprovada prestação de contas do SINPOL

LE COCQ Convida para reuniões às quintas-feiras

Transitado em julgado: SINPOL é que representa os Policiais Civis

Em 2014 está mantido o con-vênio entre o SINPOL e a ACM – Associação Cristã de Moços do Brasil. Com direito a 50% de desconto na mensalidade, asso-ciados e dependentes do Sindi-cato podem fazer ginástica, nata-ção, hidroginástica e praticar es-portes de quadra. A ACM fi ca na Rua da Lapa nº 86. Dos 25 aos 34 anos ou acima dos 60 anos, o pacote pleno é R$ 163 mensais e com o desconto cai para R$ 81,50. Já na faixa etária de 35 e

Os associados do SINPOL aprovaram dia 11 de ju-lho a prestação de contas referente ao ano de 2013, bem como ficou aprovada a previsão orçamentária pa-ra o exercício de 2014. Com os recursos recolhidos das mensalidades dos associados fica fácil saber quanto o Sindicato recebe por mês, tendo por base a mensali-dade de apenas R$ 20. O sindicato tem quatro empre-gados de carteira assinada que recebem salário, tíque-te refeição, vale transporte, 13º salário, encargos so-ciais como INSS, fundo de garantia e uma viatura Do-blô com motorista para visitar as delegacias. Ainda tem contrato com dois escritórios de advocacia para aten-der os sindicalizados e seus dependentes.

Qualquer associado que queira ver os documentos da prestação de contas é só comparecer ou telefonar para marcar com o tesoureiro e o contador do sindi-cato.

Mesmo sabendo que a 29ª Vara do Trabalho já tinha de-cidido pelo fechamento do outro “sindicato”, em maio de 2012, por já existir o sindicato que representa os policiais civis do Estado do Rio de Janeiro desde 1993, alguns poli-ciais, com apoio do governo, vinham tentando manter esse outro sindicato. Como a decisão dessa Vara foi mantida na segunda instância e transitou em julgado, a juíza Patrícia Ribeiro, face a uma petição que recebeu, além de indeferir, mandou no dia 16 de julho o ofi cial de justiça por mandado fechar esse outro “sindicato”, acompanhado pelo advogado do SINPOL, sob pena de multa de 5 mil reais por dia. A juí-za também expediu mandado ofi ciando o secretário de Pla-nejamento e Gestão, Sérgio Rui Barbosa, para que seja can-

A SCUDERIE DETE-TIVE LE COCQ CONVI-DA os irmãos policiais a retornarem ao nosso con-vívio, em nosso endere-ço provisório à Rua Ria-chuelo 191 A- 2º andar Centro (Sede provisória do Sinpol), onde mante-mos um plantão às Quin-tas Feiras, das 09:00 às 13 hs, até que possamos adquirir uma nova se-de. No ato é feito um re-cadastramento receben-do nova matricula, já que estamos partindo do ze-

59 anos, o preço da mensalida-de é de R$ 199 e com desconto cai para R$ 99. Os jovens de 21 a 24 anos pagam R$ 120 e associa-do do Sindicato R$ 60. Mais um motivo para você se associar ao Sinpol, cuidando da sua saúde fí-sica e mental pela metade do pre-ço e numa das associações mais equipadas do Rio.

Os interessados devem pegar o encaminhamento na secretaria do SINPOL: Rua Riachuelo, nº 191 - A, Sobrado - Centro.

Natação, uma das atividades mais procuradas na ACM

Atendimento dentário com 30% de desconto

ro, em virtude de nossa sede ter sido totalmen-te depredada e seus bens furtados, diz Humberto G. Fittipaldi Filho, presi-dente em exercício.

celado o desconto em folha de associados para um sindicato que não tem registro no Ministério do Trabalho e Emprego.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, também recebeu a decisão por mandado da juíza Patrícia Ribeiro, em Brasília, para que saiba dessa sentença já transitado em julgado, evi-tando-se qualquer irregularidade que possa ser feita na Su-perintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro.

Nova diretoria do Sinpol pede união de todosO presidente licenciado do SINPOL, inspetor Leonardo

Motta e o presidente em exercício, comissário Hélio Celes-tino, fazem um apelo a todos os policiais que se unam em um só sindicato. Não somente porque a Constituição Federal estabelece a unicidade sindical, isto é, não pode existir mais de um sindicato da mesma categoria na mesma base territo-rial. E isso na verdade é muito melhor porque faz com que os policiais tenham muito mais força nas negociações com o governo.

Seria bom que todos fossem sindicalizados, elegendo uma diretoria forte e independente. Dessa maneira todas as nossas reivindicações seriam mais fáceis de ser atendidas, concluiu Leonardo Motta.