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#48 Ana Moura

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ELA ESTÁ NAS

PRINCIPAISCIDADES DO MUNDO E ACABA DE CHEGAR NA CIDADE DO ROCK.

A CERVEJA OFICIAL DO ROCK IN RIO

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ELA ESTÁ NAS

PRINCIPAISCIDADES DO MUNDO E ACABA DE CHEGAR NA CIDADE DO ROCK.

A CERVEJA OFICIAL DO ROCK IN RIO

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editorial—

Portugal

A primeira Drops internacional a gente nunca esquece. E só podia ser da minha terra: Portugal, conhecida por tantas histórias de conquistas e descobrimentos. Mas o que é hoje esse pais? Entre o clássico e o moderno, o tradicional e o despojado, seu processo de modernização caminha para estar à frente do seu tempo e nós fomos descobrir isso.

Nossa editora na Europa, Thais Amormino, revela quem faz e acontece. Ana Moura, fadista conhecida mundialmente, estrela nossa capa, posando para as lentes do top e badalado fotógrafo João Bacelar. Temos também vários editoriais comandados pela stylist Silvana Querido, ao lado de fashionistas portugueses.

Se encante com essa Portugal fashion e que, além-mar, tem gente fazendo história além daquelas que já conhecemos bem.

Bem vindo!

Fredy Campos [email protected]

DROPS

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DROPSnº48

PublisherFredy Campos / [email protected] editoraRozze Angel / [email protected] Amormino / [email protected]

ConselhoeditorialFredy Campos / Rozze Angel / Dorival Neto / Thais Carmona / Tere Salas / Liane Banca / Thais Amormino / Estevão Delgado

nordesteSimone Farret / [email protected] Banca / [email protected]

CoMerCialSimone Paschoal / [email protected]ão Delgado / [email protected]

relaçõesPúbliCasDorival Neto para DNRP

d/CastPtAlbert de Castro / Ana Rita D´Almeida / Ana Tatiana Capeletti / Carlos Tomé Sousa / Inês Soares /Kaima Lia / Leonardo Di Marino / Maria João Rodrigues / Silvana Querido / Paulo Greca / Paulo Rosica / Tiago Ferreira / Manuel Salvadord/FotograFia Leonardo Di Marino / Artur Cabral / Maria Martins / João Bettencourt Bacelar

ProJetográFiCoSandro Bianco / www.hyperlocaldesign.comarteFinal Caio Guip / [email protected]áVelRozze Angel / MTB 29482

[email protected] www.droPsMagazine.CoM.br

droPsMagazine|anoViii#47ruaCônegoeugênioleite,225,Jardins-054414-010-sãoPaulo,sP/tel:(11)2367.0006

todososdireitosreserVados.

adroPséumarevistacomconteúdocontemporâneoquetrazmoda,tendências,entretenimento,música,artes,fotografia,

tecnologia,arquiteturaedecoração,gastronomiaedesignemgeral.Pessoasquenãoconstamdoexpedientedarevistanão

têmautorizaçãoparafalaremseunomeouretirarqualquertipodematerialparaproduçãoanãoserquetenhamemseu

poderumacartaatualizadaedatadaempapeltimbrado,assinadapelaeditora.osartigosassinadossãodeexclusiva

responsabilidadedosautoresenãorefletemaopiniãodarevista.Ficaexpressamenteproibidaareproduçãototalou

parcialsemautorizaçãoprévia.

expediente—

pt

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Thais Amormino Editora

Inês Soaresrunway-mag.com

Ana Rita afashiond.blogspot.com

Silvana Querido invoguewithsilvanaquerido.blogspot.com

silvanaquerido.pt.vu

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Albert De Castro maisonchaplin.blogspot.com

Nossa Capa: Ana Moura

ediçÃoeestilo: Silvana QueridoFotograFia:João Bacelar

Paulo GrecaJornalista

www.paulogreca.com.br

www.eat.tv.br

João Bacelar Fotógrafo

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olhares:lisboaPor:Leonardo Di Marino

uerid@s, Lisboa é uma cidade existencialista por natureza, uma cidade que está sempre a nos jogar para o mar, para a vida, para

o Mundo. Uma cidade que chora na voz dos fadistas, que ri com os turistas no Chiado. Uma cidade que ao mesmo tempo nos acolhe, e nos repudia.

Lisboa é a cidade menina e moça, que está sempre a nos enfeitiçar, mas que não é de ninguém! E por isso sofremos. Ela é tão bela que jamais conseguiria ser somente de alguém: ela é de muitos, ela é de todos, e ao mesmo tempo não é de ninguém!

Logo, é impossível chegar à alguma conclusão,

pois há loucura nas veias e no cérebro. É o tipo de cidade que te faz flutuar como faz uma droga, que te faz perder a consciência...Logo quando cheguemos à Lisboa, não teremos jamais controle do que está se passando, ficamos inebriados, apaixonados e loucos...

Um sonho e um pesadelo, uma aventura e um marasmo... A cidade que ao mesmo tempo habita sentimentos opostos e que nos faz muitas vezes perder a cabeça pelo Bairro Alto, ou mesmo pelo Cais de Sodré...Somente se mantém equilibrado nessa cidade quem tiver a consciência de que a mesma é a maior das feiticeiras, e que não há escapatória....

Enjoy the show + carpe diem!

Q

D⁄Around

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olhares:lisboa

A

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Que Lisboa está na moda já sabemos. Considerada das cidades mais bonitas da Europa, tem, de facto, uma luz e um encanto singular. Deixe-se conquistar por esta cidade pitoresca e venha descobrir o lifestyle lisboeta de quem a conhece bem.

Lisboeta

Por:Maria João RodriguesFotograFia:Leonardo Di Marino

D⁄Lifestyle

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omece bem o dia com um brunch no café Delidelux, um espaço cool à beira-rio que tem ainda para os seus clientes uma loja gourmet, com uma gama variada de produtos

nacionais e internacionais de qualidade.E como verão é sinónimo de temperaturas altas que convidam à evasão e descoberta de novos espaços ao ar livre, faça o roteiro das melhores esplanadas.

Refresque-se na agradável esplanada do Sky Bar do Hotel Tivoli Lisboa, na Avenida da Liberdade, em que a vista panorâmica sobre a cidade é o cartão de visita. Passe também por Belém e prove um cocktail enquanto desfruta da grandiosidade da paisagem e decoração clean do bar e lounge 38º 41’ no Altis Belém Hotel & Spa, com as suas habituais sunset sessions de sexta-feira.

Outra esplanada de visita obrigatória é o Terraço, no Hotel Bairro Alto, pela localizaçãona zona nobre da cidade, pelo bom gosto e pela paisagem. Aproveite para fazer um passeio pedestre pelo bairro e vá até ao miradouro de S. Pedro de Alcântara e mesmo em frente pode beber um copo no Solar do Vinho do Porto, num ambiente acolhedor e moderno. Outra boa dica é o café e restaurante Fábulas que fica no Chiado. Sugiro experimentar o suco de lichia, digno dos Deuses, fora outras delícias, em uma ementa super orgânica. Se você quer provar algo típico, nada melhor que o nosso chá

“carioca de limão”. Esta deliciosa infusão é feita a partir da casca de limão. Compras originais fique a conhecer a República das Flores, um verdadeiro luxo, bem perto do Largo de Camões, um dos pontos de encontro da cidade. Ah, não deixe de conhecer a charmosa loja “ A Vida Portuguesa” com seus “antigos , genuínos e deliciosos produtos de criação portuguesa”. Para jantar, recomenda-se o Olivier Avenida, com um ambiente trendy, uma ementa refinada e gente bonita, mesmo no coração de Lisboa, na Avenida da Liberdade. O restaurante italiano Esperança, no Bairro Alto e também na Graça, é um dos preferidos do pessoal cool da cidade.

Obrigatório também se perder pelos bares do Bairro Alto mas não deixe de conhecer o Bedroom para começar bem a noite... Já para os amantes dos drinks, Lisboa reserva uma surpresa digna das melhores capitais cosmopolitas. O Cinco Lounge fica no coração do Príncipe Real e, é o lounge bar perfeito para desfrutar de um bom coktail, são mais de cem tipos... A décor é um charme à parte: intimista, super aconchegante, meia luz. Tome nota e se for seu estilo, aproveite!

Termine a noite na discoteca Lux, a mais famosa da capital, com três pisos,decoração original, música variada e direccionada a um público sofisticado. E assim é a Lisboa que nos encanta a cada olhar, a cada passo, a cada respirar. Uma cidade que não deixa ninguém indiferente.

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É cliché sim: Portugal é Fado! O país possui uma melancolia tão intensa que é dificil você deixar de mergulhar na música... O mais bacana disto é que os anos passam e

com ele vem gente nova e até este tom tão típico passa a ter nova roupagem.

D⁄Capa

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leva-meaosfados

Por:Thais AmorminoFotograFia:João Bacelar

É cliché sim: Portugal é Fado! O país possui uma melancolia tão intensa que é dificil você deixar de mergulhar na música... O mais bacana disto é que os anos passam e

com ele vem gente nova e até este tom tão típico passa a ter nova roupagem.

Ana Moura

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na Moura é linda, doce, meiga, de conversa afiada, olhar profundo, troca rápida de pensamentos e ao mesmo tempo de uma serenidade que só mesmo grandes fadistas

devem ter. A voz ? Acredito que seja melhor ouvi-la ...absolutamente fantástica!

Uma das melhores fadistas contemporanêas, Ana não pára de levar o fado português mundo afora. Reconhecida internacionalmente – já tocou no Carnegie Hall (NY), Getty Museum (LA), Festival de Cannes, acabou de regressar do Festival de Montreal (Canadá) onde era umas das atrações principais noTeatro Maisonneuve entre tantos outros palcos é hoje, uma das grandes musas de Portugal.

Começou a cantar desde cedo, no meio de uma familia com muito amor pelas canções e pelo fado em particular. Sua carreira iniciou-se na Casa de Fado Sr. Vinho, onde conheceu Jorge Fernando – cantor, autor, produtor e compositor. Pronto estava destinada ao sucesso. Ah, Jorge foi durante anos viola de Amália Rodrigues. Com esta união musical, Ana lançou seu primeiro disco “Guarda-me a vida na mão” (2003). No ano seguinte mais um degrau: disco duplo “Aconteceu”. Em 2007 lançou seu terceiro disco “Para Além da Saudade” arrebatando de vez todos os corações portugueses e disco de platina. É neste album que tem uma das músicas mais bacanas e acredito que fará enorme sucesso no Brasil: “ Os Búzios” (autoria de Jorge Fernando, parceria que se mantém) e, tema obrigatório em todos os seus shows.

Não vou entrar em detalhes quanto aos prémios conquistados e aos duetos que Ana fez ao longo do seu percurso. Vale dizer que a bela já cantou com Mick Jagger e Prince, participou do projeto “Stones World”, levou para casa

o Troféu Amália, melhor interpréte entre outros. Sonho de menina ?? Sim e mais que realizado quando gravou seu dvd (2008) e cantou pela primeira vez no Coliseu de Lisboa e do Porto. Seu mais recente disco "Leva-me aos Fados” (2009) traz a beleza do fado tradicional mas com um toque do hoje na sonoridade. Disco de Ouro, Platina, onde vai parar Ana Moura?

Pois é , depois de rodar Europa, USA, Canadá até Japão chegou a vez do Brasil. Ana desembarca no próximo dia 27 de Agosto, na Cidade Maravilhosa. Pela primeira vez no país, seu show será no Festival “Back 2 Black” , onde vai fazer parceria com algum cantor brasileiro. Quem será? Corra e garanta seu ticket. Imperdível! O Brasil sempre foi um palco que sonhou portanto aguarda bastante esta sua ida. Acredita também que o público brasileiro já possa conhecer um pouco do seu trabalho – visto sucesso e intercâmbio através das redes sociais. Ana tem como referência musical”made in brazil” Chico Buarque. E sua música preferida ?? “ Uma música do Chico cantada pela Nara Leão “ Tudo bem, Ana. Nós entendemos bem , afinal Chico é Chico. Preciso dizer mais alguma coisa? Aprecia muito Elis Regina, Nana Caymmi, Maria Rita e Céu. E a moda? Normalmente em seus concertos Ana veste designers portugueses como Vicente Internacional, Tenente e Valentin Quaresma com suas jóias. Diz que consome algumas revistas mas moda é um “estado de espirito” e “a mistura torna a moda mais interessante”.

Sobre a Ponte Brasil – Portugal e nossa Drops PT Ana deixa a seguinte mensagem: “Acredito muito no intercâmbio cultural entre os paises, afinal nós portugueses bebemos muito da cultura brasileira e o inverso também deveria acontecer”. Acontecerá, Ana !!

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Agradecimento especial a Sr. Lina do Velho Páteo de Sant´Ana e toda equipe do Sons em Trânsito.

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anamoura.com.pt

CaPaeúltiMaFoto:Ana Moura veste Nuno Baltazar, Joias Tous e Sapato Luís OnofreVestidoPreto:Vicente Internacional, Joias Tous e Sapato Luís OnofreVestidobranCo:Miguel Vieira , Joias Tous sapato acervo stylistMaKe-uP:Tânia Docehair:Elsa Brandão para Atelier ElsartassistenteFoto:Joana Leal PeixotoassistentedeProduçÃo:Debora TomaselProduçÃoeXeCutiVa:Thais AmorminostYling:Silvana QueridoPhoto:João Bettencourt Bacelar

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D⁄Fashion

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Já foram 3 temporadas. A primeira em 2009 na Cidadela de Cascais, última realizada por lá. Na passarela eram apresentadas as coleções primavera-verão e, para uma jornalista e editora brasileira de moda, mais de sete anos cobrindo nossas semanas e outros desfiles pelo mundo, mui-tas surpresas e questionamentos – para se falar sobre a moda portuguesa faz-se necessário entender um pouco da cultura local de moda e mídia.

Case:ModaPortugal

Por:Thais AmorminoFotos:Ana Tatiana Capeletti

amos a questão: no Brasil consumimos a moda brasileira, na França a francesa, na Itália idem e assim por diante. Claro

que com todas as mil possibilidades e forte intercâmbio, quem já não teve ou não quer uma bolsa Chanel que atire a primeira pedra. Em Portugal a situação da moda é bem diferente. Saia para as ruas e pergunte o nome de uma marca portuguesa . Tirando Ana Salazar, Miguel Vieira, Filipe Faísca, Tenente, Nuno Gama , Nuno Baltazar e Fátima Lopes – detalhe: só vão dizer esses nomes quem sabe um pouquinho mais, ninguém sabe outros. E tem tanto designer bom por aqui, parte o coração. Descubra quantos designers portugueses existem e quantos têm suas lojas próprias ou mesmo estão à venda nas grandes multimarcas do país...

Analiso a questão cultura de moda e realmente os portugueses não têm. Chego a conclusão que os responsáveis e quando cito responsáveis me refiro a formadores de opinião, a mídia, não existe. Portugal tem Vogue?? Tem sim Senhor mas uma Vogue que é feita de artigos comprados de outras edições de “Vogue´s” mundo afora deixa muito a

desejar. Construi minha carreira em uma das revistas mais queridas do meio fashion do Brasil, a Drops Magazine. Nunca fomos de uma grande editora, passamos por várias reformas, renovamos, inventamos e hoje somos considerados pelo WGSN - o maior e mais importante portal de tendência do planeta, uma das “ Hottest Mags do Brasil”. Além de sempre dar espaço para novos stylings, produtores, fotográfos e claro colaboradores, cerca de 80% dos nossos editoriais de moda eram made in Brasil.

Voltando a questão Portugal... tem outros veículos especializados em moda? Pouquíssimos, quase nada. Editoriais locais com moda portuguesa, muito poucos. Portanto, isso se reflete nas semanas de moda, nas passarelas, no backstage e claro, até no crescimento econômico do país que tem um forte potencial e não valoriza o produto interno bruto. Por mais que os portugueses não tenham poder aquisitivo para comprar determinada marca, são os formadores de opinião, a mídia que é um dos grandes responsáveis pela criação do desejo de consumo na população. O desejo de consumo promove de certa forma o

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crescimento das pessoas e através disso desejamos conseguir dinheiro e consumir o que realmente queremos ou fomos influênciados a querer. Já pensou no circulo, né?? Portanto já sabe , tudo gira e a ecônomia também.

Ah, não me venham falar em crise e na situação cada vez mais deprimente do país. Se investissem na moda portuguesa quem sabe não gerariam mais empregos, mais consumo interno e claro, externo também. Estudem o case Moda Brasil, acredito que está na hora de pegar um pouco do que tem lá e está no mundo todo...O mais bacana é ver que temos brasileiros como Milton Cezar dos Santos , trabalhando em prol da moda Portuguesa ( leia artigo Federação Francesa do Prêt-à-Porter).

Retornamos então para a semana de moda mais importante do país, Moda Lisboa. Nesta primeira edição me contive a observação. Da estrutura do evento, ao backstage que é praticamente impossível de se fazer – os melhores artigos que escrevo e não só, tendência de beleza, cabelo para a estação, papo com o estilista, sempre fui buscar no backstage afinal, a passarela só é o show of da apresentação da coleção ao público e, para quem trabalha no meio BACKSTAGE é o coração do negócio. Enfim, acesso limitadíssimo devido ao espaço quase caótico para todos os designers. A passarela do evento também é a mesma. Cenografia, o que é isto? Assim como as mesmas maquiadoras e hair stylists e, pasmem, as mesmas modelos em todos os desfiles.

Mas vamos a moda que é o que interessa na verdade. Mil descobertas e novas paixões fashionistas com várias peças de desejo. Preciso fazer um à parte neste exato momento – aplaudi de pé a coleção em 2009 da TM Colletion, era a primeira vez de Teresa Martins e, como sua moda é consistente. Voltei a aplaudi-la de pé neste outono inverno 2011,no Portugal Fashion. Avançamos nesta parte para as minhas observações sobre os designers depois de mais duas temporadas. Primavera- verão 2011- Mercado da Ribeira em Outubro 2010 e, outono-inverno 2011, Terreiro do Paço e Mude, março 2011, celebrando seus 20 anos de existência. Um ano, quatro estações e a verificação do trabalho de cada marca.

Para quem acompanha meu trabalho, leu no site- www.thaisamormino.com ( voltamos online em breve), meus artigos especiais sobre o Moda Lisboa primavera-verão 2011 e além de falar um pouco sobre tudo destaquei o trabalho de Katty Xiomara, Dino Alves, Alves & Gonçalves. Luís Buchinho e Nuno Baltazar mereceram também atenção. Nesta temporada outono-inverno 2011, me rendi totalmente a Katty Xiomara, Alexandra Moura e Nuno Baltazar. Me surpreendi na verdade com outras como Nuno Gama ( para eles) e cheguei a conclusão que os designers portugueses num todo ainda são melhores nas propostas de inverno apesar de algumas coleções deste último Moda Lisboa eu ter me perguntado se a coleção não estava verão demais.

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Thais Gusmão

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Portugal Fashion

Não contente com o Moda Lisboa parti para a primeira temporada rumo a edição de moda do norte, o Portugal Fashion. Vale ressaltar que a indústria têxtil se concentra por lá, portanto fui bem animada conferir o que os designers do norte iriam apresentar na catwalk e novas descobertas.

Para começar o Portugal Fashion tem um local base há algum tempo, a Alfandêga do Porto. Belissima locação com duas passarelas disponiveis – ahãm que aqui a cenografia já rola e acesso da imprensa ao backstage. “Ueba” como diria o grande jornalista brasileiro de moda, Lula Rodrigues. Foi no backstage inclusive que tive a oportunidade de fazer meu artigo com o designer Felipe Oliveira Baptista, atual diretor criativo da Lacoste, e ainda um tour pelas peças guiadas por ele. Me lembrei tanto da minha querida SPFW e nossos designers mostrando peças e mais peças no backstage, histórias mil. Aliás, acredito que o Porto esta para São Paulo assim como Lisboa está para o Rio, portanto, quem cobre temporadas BR vai conseguir fazer este paralelo entre as temporadas portuguesas.

E no Portugal Fashion surpresas pra lá de agradáveis e mais descobertas me aguardavam- deu aquela sensação gostosa de semana de moda excitante, sabe? Katty Xiomara, ja tinha me rendido no Moda Lisboa, apesar de repetir a mesma coleção deu a sensação que sua coleção estava mais completa. Nós jornalistas de moda precisamos divulgar esta criadora.

Luís Buchinho que depois de 3 temporadas em Lisboa só me chamava atenção, fiquei fascinada por seu trabalho – ele cria 4 coleções totalmente diferentes e, neste Portugal Fashion lançou sua coleção masculina. Carlos Gil me encantou e sua coleção tem tudo para ser desejo de consumo imediato no Brasil, assim como Luís Onofre e seus sapatos e bolsas. E quantos novos designers bons tem por lá... Tem muita coisa para dizer sobre a moda portuguesa. Faria uma edição inteira dedicada a isto e a vários estilistas.

As minhas observações de coleção por coleção como fiz durante anos, hoje se resumem as minhas escolhas do que devemos apostar por aqui e análise do mercado. Se você é addicted e quer saber detalhes fashionistas “made in Portugal” recomendo os blogs que são na verdade a mídia de moda mais bacana por aqui:

Prometo um artigo na nossa próxima edição Portugal Designers: Nuno Baltazar e sua mulher sempre elegante, Katty Xiomara e Alexandra Moura femininas, delicadas e românticas, Luis Buchinho e seus recortes e inovações, Dino Alves o rei da geometria fashion lusitana, Alves & Gonçalves + Carlos Gil e o clássico eterno da sofisticação, Vicente Internacional by Bruno de São Vicente e seu glamour contemporâneo, Luis Onofre e seus sapatos incríveis, Nuno Gama para eles, Ricardo Andrez + Meam by Ricardo Preto(outro grande estilista , segunda label) + Dom Colletto by António Cunha e Concreto by Helder Baptista a melhor aposta do futuro da moda portuguesa. O Brasil precisa conhecer e garanto, vamos consumir o melhor da moda portuguesa.

Em tempo: meu agradecimento especial aos assessores de imprensa internacional do Moda Lisboa e Portugal Fashion, Tiago Miranda e Rafael Rocha, respectivamente. Muito bom ser sempre bem recebida.

runway-mag.com | www.susanar.com | invogue-bazaar.blogspot.com | afashiond.blogspot.com maisonchaplin.blogspot.com | fashion-a-porter.blogspot.com | fashionthinkers.com

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D⁄People

Foi no backstage do Portugal Fashion- março 2011, que Felipe Oliveira Baptista – diretor criativo da Lacoste, contou-nos sobre sua coleção outono/inverno 2011, falou sobre o Brasil, suas marcas favoritas e novidades da Lacoste.

Por:Thais Amormino

elipe é o primeiro designer português a expandir seus talentos além da sua label. Desde setembro passado, assumiu a direção criativa

da Lacoste. Paralelamente também apresenta suas coleções na semana de moda de Paris e, no Portugal Fashion - Porto.

Natural dos Açores, este português radicado em Paris a 13 anos, estudou na Kingston University de Londres “Design and Fashion”. Trabalhou para Max Mara, Cerruti e Christophe Lemaire (ex.Lacoste). Em 2003 criou sua label e desde 2005 desfila por lá. Suas coleções podem ser encontradas na Colette e Galerie Lafayette e, na Podium em Moscow.

Interessante ver a construção da sua coleção. Felipe sempre parte de um storyboard onde junta cores e idéias ( seu trabalho pode ser acompanhado em sua página no facebook ou site www.felipeoliveirabaptista.com). Nesta proposta para o outono/inverno 2011 – The Coming of the Iguanas”, a intenção era mostrar a “vingança da natureza sobre o mundo mecânico”. Foram 64 imagens misturando desde fotos de anfíbios de Paul Starosta, imagens do livro Vanishing Africa de Mirella Ricciardi à retratos fotográficos

do americano Richard Avedon. A conclusão é uma coleção rica em efeitos de texturas. Destaque para as golas, bolsos em pele e punhos – estas verdadeiras jóias bordadas em cristais Swarovski. Bacana também o efeito camuflagem feito de escamas monocromáticas recortadas a laser. Muita seda e musselina. Os tons de verde e castanho dominam sua estação elegante e mutante...

Uma das cacteristicas mais comentadas do designer é a sua interpretação contemporânea da silhueta feminina. Felipe diz que sua idéia é sempre criar peças descomplexadas. Para ele o importante é a mulher “estar bem no seu corpo e buscar o conforto aliado ao chique”. Suas marcas brasileiras favoritas são Osklen, Herchcovith e Pedro Lourenço. Aliás, na semana seguinte ao Portugal Fashion, Felipe partiu para terras brasileiras, onde costuma ir sempre que pode. Nesta temporada o destino era ir para uma fazenda no interior de São Paulo. Desejo de vender no Brasil e também em Portugal não falta. Na verdade faltam oportunidades. Investidores, onde estarão? A novidade fica por conta do lançamento da linha Beachwear para o verão 2012 da Lacoste. Já estou na expectativa.

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Felipe Oliveira Baptista

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Felipe Oliveira Baptista

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Mais de 100 anos de história

Loja das MeiasPor:Kaima Lia

D⁄Fashion

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Loja das Meias

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Karin Feller

á mais de 100 anos atrás, exactamente em 1905, na esquina do Rossio com a Rua Augustasurgia a Loja das Meias, onde durante os primeiros anos eram

vendidos somente espartilhos e meias. A história da Loja se confunde com a história da cidade...Tudo sempre aconteceu no ângulo do Rossio com a Rua Augusta, todos os grandes acontecimentos passaram e passam por ali, desde as visitas dos Chefes de Estado às manifestações políticas e sociais. Ao longodos anos e por causa da evolução dos tempos, a Loja das Meias foi sofrendo remodelações einovações que sempre causaram sensação na cidade de Lisboa.

No ano de 1925, o espaço sofreu alterações e foi ampliado por ocupação do primeiro andar, com uma inovação: o 1º elevador num estabelecimento comercial e rasgadas asmontras(vitrines), dando às mesmas uma imagem diferente, introduzindo o conceito demontra temática. A cidade então agitou-se e começaram os concursos de montras, ondeclaramente a Loja das Meias ganhou numerosos prémios.

Sob o projecto do Arquitecto Raul Lino e colaboração dos artistas plásticos mais famosos da época, tais como Fred Kradofer e Tomás de Melo, na década de 30, foram remodeladas as fachadas exteriores, ampliada a Loja e criadas novas secções. Em 1936 criaram a Secção de Perfumaria, altura em que os perfumes se vendiam apenas em drogarias, a Secção de Acessórios, com carteiras, cintos e bijuteria, a Confecção de Senhora por medida,confeccionada com os próprios tecidos da Loja, e apareceram também as primeiras

meias de vidro (nylon) que fizeram grande sensação naquela época, entre outros acontecimentos.

Um dos grandes marcos da história do mundo, a 2ª Guerra Mundial, levou a passar por Lisboa,personalidades que se tornaram clientes da Loja das Meias como o Primo de Rivera, Duque de Windsor, Elsa Schipararelli, Jean Renoir, Guillermina Suggia, Barão de Rotschild, Reis Humberto de Itália, Carol da Roménia entre outros.

Mais tarde, na década de 60, conhecida como “the golden sixties”, a Loja das Meias aproveitou a altura de prosperidade e fez a sua 3ª grande remodelação, atenta sempre àdinâmica da história, num projecto concebido pelo Arquitecto Carlos Tojal em colaboraçãodo artista plástico Querubim Lapa. Com esta nova “lufada de ar fresco”, deu-se um grandedesenvolvimento comercial a nível de ampliação e modernização de espaço, na Secção de Perfumaria apareceram as mais conceituadas marcas internacionais, surgindo pela primeira vez em Portugal um balcão da marca Estée Lauder, abrindo portas a uma nova clientela que surgia nesta época com grande poder de compra: os jovens. Tanto para a clientela feminina como masculina foi oferecido uma vasta e irresistível selecção de pronto à vestir, importado sobretudo da Itália, França e Inglaterra. Foram introduzidas grandes marcas como Daniel Hechter, Charles Maudret, Christian Dior, Ted Lapidus, Mary Quant entre outras. Na Secção de Acessórios outros artigos, sapatos Christian Dior, e um novo sector de vendas com artigos desportwear. No final desta década, a Loja das Meias introduziu também em Portugal, pela 1ª

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vez as calças jeans da Levi’s, que fizeram o maior sucesso.

Em 1971, surgia na Rua Castilho um Centro Comercial moderno, dinâmico e servido porestacionamento próprio e numa filosofia de ir ao encontro e à conquista de clientes proporcionando-lhe o maior conforto, a Loja das Meias abriu nesta nova zona comercial, o seu2º estabelecimento. Quatro anos mais tarde e com a revolução do 25 de Abril, os hábitos emudança de mentalidade dos consumidores começam a sofrer algumas alterações, o que fezcom que a Loja começasse a produzir a maior parte do seu stock em Portugal, dando assim um grande impulso a numerosas fábricas de confecções e acessórios de moda.

Dez anos depois, exactamente em 1981, abriu-se uma nova loja na Amoreiras, o primeirogrande Centro Comercial, projectada também pelo Arquitecto Carlos Tojal, de concepçãomoderna e europeia. Já em 1995, e com a expansão dos negócios, a Loja das Meias apostou no Centro Histórico de Cascais, numa pequena moradia dos anos 40 totalmente restaurada e adaptada pelo Arquitecto Francis Leon e decorada por Gabriela Leon. A gestão da imagem de qualidade que a empresa criou ao longo dos anos tem sido uma das traves-mestras do seu desenvolvimento.

Em pleno século XXI, a Loja das Meias continua a ser, indiscutivelmente, líder no sector demoda em Portugal, apostando sempre na

remodelação e na melhoria da imagem das lojas, contando novamente com todo o apoio do Arquitecto Francis Leon e das decoradoras Gabriela Leon e Rebeca Leon. Para quem conhece a Loja das Meias, e mesmo para quem não a conhece, além das inúmeras marcas que representam, da qualidade de atendimento ao seu público, dispõem ainda de uma vasta gama de serviços personalizados e únicos, proporcionando-lhes muito mais conforto e comodidade, entre eles: Alfaiataria, usando, exclusivamente, tecidos Tasmanian, de um dos melhores fabricantes mundiais; Camisaria, onde as camisas de cada cliente são feitas por medida com detalhes personalizados; Centro de Beleza da Estée Lauder, onde a ideia é usufruir dos mais avançados cuidados da pele para relaxar e rejuvenescer o corpo e a mente, num refúgio especial onde nada é deixado ao acaso, desde as paredes em tons suaves, à música e um programa de recuperação, num luxuoso ambiente de repouso, conveniente mesmo aos horários mais exigentes. Na Loja das Meias de Cascais, encontra-se hoje instalado um verdadeiro SPA, um lugar mágico dedicado às massagens tailandesas feitas com produtos naturais. Não quer ir carregada de sacos para casa? Não se preocupe, a Loja das Meias também têm a solução: serviço de entrega ao domicílio. “Qualidade, inovação, modernidade e exclusividade aliado a um bom serviço é o que define a Loja das Meias, empresa com mais de 100 anos que continua a ser um ícone de moda em Portugal.”

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By Ânia, Joana & Sara, critical fashion addicts!

D⁄People

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By Ânia, Joana & Sara, critical fashion addicts!

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FashionthinkersPor:Albert de Castro

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Fashion Thinkers 1 - O que vos levaram a criar o blog Fashion Thinkers?Sempre gostamos de moda, e em registos diferentes sentimo-nos atraídas pelas mesmas coisas. Seguiamos inúmeros blogs internacionais e sentíamos que não existia nenhum blog de moda em Portugal com o qual nos identificássemos. Deste modo, criamos um blog que considerávamos faltar em Portugal. Um blog verdadeiro, no qual poderíamos falar do que sentíamos. Não um blog que seja o espelho diário do que vestimos (os nossos seguidores sabem que muito raramente aparecemos), mas um blog dê a conhecer os Designers Nacionais, os eventos de moda em Portugal, um blog que fale de tendências, um blog que relacione a moda com outras áreas, como a cultura, a musica, o branding, cinema. Um blog que espelhe literalmente o nome “Fashion Thinkers”, pensadoras de moda.

2 - Sentem que têm contribuido para um desenvolvimento e divulgação da moda portuguesa?Sim, sem dúvida. Ainda temos um longo percurso a percorrer, mas como o blog não é apenas um blog. É um blog que se está a transformar na promoção de eventos de moda, Sim. Desde o Oporto Cycle Chic, ECO & FASHION EVENT, primeiro evento organizado por nós, demos a conhecer o estilo das pessoas enquanto pedalavam. No Tea Fashion Point demos a conhecer o talento de jovens designers e no Workshop KITA-TE demos a conhecer as lojas mais trendy do Porto, já para não falar de consultoras de imagem, marcas e bares.

3 - As pessoas começam a olhar para a moda portuguesa mais positivamente desde há uns anos para cá?Positivo, Positivo é termos um Felipe Oliveira Baptista à frente da Direcção da Lacost, sendo isto um sinal de que “PORTUGAL TEM ALGUMA COISA A DIZER NO MUNDO DA MODA”. Já para não falarmos que as grandes marcas internacionais vêm a Portugal fabricar os seus produtos, como é o caso da HUGO BOSS, ZARA, CAROLINA HERRERA, TOMMY HILFIGER, QUIKSILVER, entre muitas outras. Para além da área textil, a área do calçado é 95% exportação, sendo isto resultado de um enorme reconhecimento do nosso talento de “saber fazer”. Menos positivo e que nos entristece bastante é que os nossos fabricantes ainda não são grandes “fazedores” de marcas e não conseguem vingar no mercado internacional enquanto marca. Os fabricantes ainda não entendem a importância do Branding. Portugal é sinónimo de mão de obra qualificada, mas necessitamos de maior formação na área de Branding e Fashion Business. As próprias Universidades ainda não estão preparadas com temáticas desses género. 4 - Quais são os principais obstáculos à criação de valor da moda portuguesa?Tendo em conta que a qualidade dos produtos é excepcional, a criação de valor só é conseguida quando os empresários pensam no produto no seu todo, assumindo que produto não é apenas a camisola ou o casaco. Os nossos designers / estilistas têm de ser Brand Experts. Têm de pensar desde a construção da peça, até ao naming, ao modo

Acesse e fique por dentro: www.fashionthinkers.comWe love Oporto Cycle Chic e o Tea Fashion Point organizado pelas meninas

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Fashion Thinkers como vão apresenta-la. Pensar no Serviço, no acto da venda, na história à volta da peça. Pensar na internacionalização da marca e não apenas em Portugal. Se pensarem no posicionamento da marca ao nível internacional, aí sim poderão perceber na quantidade de coisas em que estão a falhar.

5 - Qual é o designer português que mais admiram?Textil, Luis Buchinho e Felipe Oliveira Baptista. Calçado, Swear London e No BrandJoalharia, Olga Noronha 6 - O Brasil e Portugal sempre foram considerados como países irmãos. Que diferenças apontam entre a moda que é criada nos dois países?Os Brasileiros vivem mais da imagem do que os Portugueses, e isso poderá determinar maior abertura para novas propostas ou não. É necessário mudar mentalidades e existem vários factores para mudar isso, alguns passam pela moda, outros passam pela cultura ou até por factores económicos. O Brasil é sem sombra de dúvidas mais forte nesta área, mas o famoso SPFW contribuiu muito para esse factor.

7 - A moda portuguesa tem vindo a tentar introduzir-se no Brasil nos últimos anos, mas sem o mesmo sucesso que este se introduziu em Portugal. O que é que poderia ser feito para alterar esta tendência? Existirá uma cultura de moda diferente nos dois países?No nosso entendimento, temos de começar pela matéria prima. Nós somos muito fortes na área têxtil e calçado. Temos de continuar a inovar e atacar o mercado pela área que somos mais fortes. Este ataque deverá ser feito com o apoio total do AICEP e do Turismo. Portugal deveria aumentar o numero de cursos na área da moda, para garantir maior formação aos futuros empresários de Portugal. Entidades como Moda Lisboa e Portugal Fashion em parceria com as Camaras deveriam aproximar-se de Universidades Internacionais localizadas em Milão, Paris, Londres, New York e São Paulo de modo a garantir o sucesso destas formações. O Mundo inteiro só tem a lucrar com a nossa mão de obra e com a criatividade de Portugal.

8 - Quais as perspectivas do futuro que o Fashion Thinkers prevê para a moda portuguesa?A moda em Portugal está a mudar mais em Lisboa do que no Porto. O Sucesso da Moda Lisboa é incrível e a entrada da VOGUE PORTUGAL foi também uma mais valia. Por outro lado, acreditamos que não são apenas estes os dois eventos mais importantes (Moda Lisboa e Portugal Fashion) que irão ajudar à mudança da Moda em Portugal. Têm de existir

alternativas, mais softs que alimentem o resto do ano, esta mudança de atitude. A moda em Copenhaga ou em Londres é tão vincada que determina a postura das pessoas na rua e Portugal necessita disso. Necessitamos de pessoas com maior poder de compra e com mais estilo, para Portugal passar a ser um país onde o Life Style é uma mais valia, dentro de uma qualidade de outras coisas que já existem, como é o caso do Douro, das Praias, do Vinho, do Bacalhau, dos Pasteis de Nata, do Futebol, do Fado. “Temos de fabricar talentos de moda, como o Futebol Clube do Porto fabrica talentos de futebol.”

9 - Planos para o futuro no Fashion Thinkers?Estamos focadas em colocar o NORTE de Portugal no Mundo, e embora seja um projecto muito ambicioso, só faz sentido pensarmos assim. O calçado está no Norte, (em Felgueiras e São João da Madeiras), os produtores têxtiles estão em Braga, Guimarães, Porto. Os melhores produtores de moda e fotógrafos são também do Norte. Deste modo, porque razão é que o mundo quer ir ver a moda a Lisboa? O Norte é que dita as tendências, por isso o Norte vai acenar ao Mundo e dizer, “estamos aqui”. Queremos reforçar a presença de eventos de moda no Porto e até ao momento a receptividade tem sido óptima.

10 - Por fim, irão as pessoas a continuar a consultar blogs de moda a curto ou longo prazo ou acreditam que as redes sociais estão a substituir os blogs como ferramenta para este fim?A nossa estratégia de comunicação passa pelo blog e pelo uso de outros canais de comunicação on-line. O blog é apenas uma porta aberta, temos de convidar as pessoas a entrar. O blog é mais um canal para uma quantidade de coisas que acontecem física e virtualmente. O facebook tem contribuído para aumentar a notoriedade do nosso blog, que depois é reforçado com a imprensa local e com o passa palavra.

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Foto: Miguel Vieira Show

D⁄People

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Com raízes cabo-verdianas, esta mulata de 1,77m conquistou o mundo da moda internacional.

Ana Sofia Martins

Por:Silvana Querido

inha 14 anos quando foi abordada na rua por uma agência de modelos e hoje, com 24 anos é considerada umas das melhores top models portuguesas a conquistar o mundo.

Nascida e criada na agência DXL que a lançou além fronteiras, embeleza hoje o catálogo da Elite Lisbon.

Iniciando a sua carreira em Portugal, foi em Nova Iorque que encontrou a sua segunda casa e, o estímulo de que precisava para trabalhar apenas aos 17 anos. A viver na “Big Apple” descobriu “o centro do Mundo, onde tudo se passa, onde tudo existe e acima de tudo, onde tudo é possivel”. Contando já com vários editoriais em revistas de renome como Teen Vogue, Marie Claire, Glamour, Cosmo Girl, e campanhas internacionais para marcas como Benetton, MAC e Victoria’s Secret, Ana Sofia Martins efectua a sua estréia na Drops Magazine Portugal, na sua primeira e exclusiva edição.

Drops Magazine: Quanto de Ana Sofia Martins, a rapariga normal de 24 anos existe na Top Model Ana Sofia?Ana Sofia: Há algumas características da Sofia, miúda de 24 anos, na Ana Sofia modelo, nomeadamente a força e garra de vencer. Depois existem alguma diferenças óbvias: a Sofia é mais "Maria-Rapaz" e mais “desbocada” do que a Ana Sofia, modelo, tem a liberdade de ser.

DM: Qual foi a tua reacção quando aos 14 anos te abordaram para seguires a carreira de modelo?AS: Fiquei em choque, especialmente pela indumentária que eu usava naquele dia. Depois pus o cartão da agência numa caixinha em casa e não quis mais saber do assunto durante uns tempos...

DM: Lembraste do local exacto e o que estavas a fazer no momento em que foste “descoberta”?AS: Sim, estava no Restelo a caminho da minha escola primária para ir com umas amigas visitar a nossa professora preferida, Leonor.

DM: O que te fez mudar de ideias? Como começou tudo?AS: O que me fez mudar de ideias foram as necessidades financeiras da minha familia. Um dia acordei e pensei "pelo menos tenho que ver como é que é". Nesse mesmo dia fui lá com uma amiga da escola, achei tudo muito estranho e tinha a certeza absoluta que não me enquadraria naquele meio. Mas o pessoal da agência DXL pôs-me super à vontade e lá fiquei.

T

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DM: E o amor, a vida e o quotidiano onde ficam no meio de uma profissão tão “atribulada” quanto a de modelo?AS: Para o amor não tenho muito tempo, às vezes começo a pensar e sei que se eu não estivesse no meio, não ia querer namorar com alguém que tivesse uma vida como a minha. Passo muito tempo a viajar de um lado para o outro e acho que isso cria inseguranças nas pessoas, infelizmente, mas neste momento é a vida que tenho e não prescindo dela. Já tive um namorado a sério e sei como é a experiência, foi bom. Neste momento estou a viver uma fase mais individualista, focada em mim e o melhor é saber que estou solteira por opção (risos). O meu quotidiano é normalíssimo, nos dias em que não trabalho, vou passear, estou com os meus amigos, vou à praia, ao ginásio ...

DM: Alguma vez sentiste alguma forma de discriminação quando entraste no mundo da moda? Várias Tops admitem terem passado por isso.AS: O que senti foi muito de leve e foi mais por causa do meu cabelo e não tanto pela minha cor de pele. As pessoas pensavam que não conseguiam domar o meu cabelo (risos) até que fui para os USA e comecei a ter no book fotos com cabelo liso. Nesse momento, os clientes portugueses perceberam que o meu cabelo faz tudo.

DM: Sabemos que por vezes te podemos ver envolvida em alguns projectos de cariz solidário. Conta-nos um pouco sobre essa tua faceta.AS: Eu cresci num bairro social e isso faz-me querer ajudar as meninas que cresceram numa realidade parecida com a minha. Em conversa com as assistentes sociais de Oeiras, surgiu a ideia do projecto "Entre Nós - Sonhar o Futuro, Sorrir aos Desafios" e mostrámos às meninas as várias profissões que podem ter, falámos sobre os problemas que surgem na vida e a melhor maneira de os ultrapassar. Na última reunião, contámos com o apoio da Maybeline que lhes forneceu o seu primeiro kit de maquilhagem. Foi o máximo. Sinto que a minha missão na Terra é essa, ajudar e apoiar.

DM: O que há em Ana Sofia para além da moda?AS: Há uma ambição muito grande em querer explorar várias áreas e todos os meus limites. Entender até onde vai a minha sabedoria e perceber o que posso aprender para além da Moda. Costumo dizer que sou ambiciosa pelo “Saber”.

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DM: Qual o projecto – a par da carreira de modelo – que te encontras a desenvolver neste momento? Algum?AS: Neste momento nenhum, mas em breve quero apostar na minha formação pessoal e tirar um curso de acting. Acho que tenho de explorar a minha veia de actriz. A nível académico gostava de estudar Relações Internacionais.

DM: Falando agora de estilo. Qual é o teu diferencial de estilo?AS: O meu estilo é mesmo o "não-estilo", tudo depende de como me estiver a sentir, mas geralmente não ligo nenhuma a isso. Não sigo as tendências e visto o que me faz sentir bem.

DM: O que é que não pode faltar no teu guarda-roupa?AS: Botas militares, leggings, fitas de cabelo e camisas largas de homem.

DM: Consideraste uma pessoa que se preocupa com as tendências ou por tanto respirares moda, preferes passar um pouco ao lado disso?AS: Prefiro passar completamente ao lado de tudo isso. Às vezes acho que as pessoas que

me vêem ao vivo ficam super desiludidas porque a imagem da Sofia é mesmo "fora" e isso faz-me rir (risos).

DM: Qual o primeiro nome que te vem à cabeça quando se fala em estilo?AS: Keyra Knightley, Sienna Miller e Helena Bonham Carter.

DM: Designer preferido? Porquê?AS: Narciso Rodriguez. Pela elegância com que veste as mulheres.

DM: Sabemos que a pergunta poderá ser completamente descabida, mas ... porquê Nova Iorque?AS: Porque Nova Iorque para mim é o centro do Mundo, onde tudo se passa, onde tudo existe e acima de tudo, onde tudo é possivel.

DM: Onde estaria Ana Sofia se não fosse modelo?AS: Provavelmente seria restauradora de pedra ou estaria a trabalhar com alguma ONG.

DM: Queres deixar alguma mensagem para a Drops PT ?AS: Quero pois. Muito sucesso, muitas vendas e muita longevidade!

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Uma passerelle, 3 neo tops and a lot of flashes

Mafalda, Leonor e Yuliya, são as nossas personagens principais. O sonho passou para a passerelle através da Best Models, agência pela qual estão agenciadas.

Quando somos meninas e mesmo quando passamos a mulheres, a moda está sempre incutida em nós. Sonhávamos com os nossos pink shoes e de repente passamos a comprar as nossas Litas by Jeffrey Campbell, no final acabamos por adquirir a nossa Chanel 2.55. Foram sonhos de criança mas desejos de

mulheres. O sonho em ser manequim rapidamente deixou de ser um sonho para passar a ser um estilo de vida with some glamour. Estas três “meninas mulheres” correram atrás do sonho, a corrida começou agora e os fotógrafos esperam que brilhem. Deixemos as purpurinas de lado e as taças de champagne em casa. A vida de uma Neo Top não é fácil, nem tem que ser fácil. O trabalho exige força, empenho, dedicação, e quando assim o é as palmas sabem de outra forma.

Mafalda entende que é necessário ter uma forte personalidade bem como carácter para se vingar na

Mleonor/Foto:Carlos Rodrigues MaFalda/Foto:Gonçalo Claro

D⁄Fashion

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“pose for the camera and click, click”. Easy? that’s not so easy…

Uma passerelle, 3 neo tops and a lot of flashesPor:Ana Rita D´Almeida

mulheres. O sonho em ser manequim rapidamente deixou de ser um sonho para passar a ser um estilo de vida with some glamour. Estas três “meninas mulheres” correram atrás do sonho, a corrida começou agora e os fotógrafos esperam que brilhem. Deixemos as purpurinas de lado e as taças de champagne em casa. A vida de uma Neo Top não é fácil, nem tem que ser fácil. O trabalho exige força, empenho, dedicação, e quando assim o é as palmas sabem de outra forma.

Mafalda entende que é necessário ter uma forte personalidade bem como carácter para se vingar na

indústria da moda. A atitude e a postura têm que ser admitidas em toda e qualquer manequim, e quem sou eu para discordar? Passaram pela tortura dos castings, pelos olhares da cabeça aos pés, pelas dúvidas e a Best Models, serviu-lhes assim como uma casa, declara a Leonor, “senti-me em casa”. Depois da motivação, da desmotivação e da motivação outra vez (provocada pela ansiedade), surgem os trabalhos e de novo o sorriso e no final entende-se o porquê de viver da moda e na moda. Yuliya de 20 anos, não esconde que com pouco tempo de experiência, planeia os seus objectivos e espera que

os mesmos se concretizem a longo prazo. A passagem pelo mercado internacional, torna-se assim uma via natural de qualquer modelo. Mafalda não coloca a hipótese de lado, as mais conhecidas semanas da moda poderão ser o palco de qualquer uma destes manequins, basta força de querer e empenho: 20% de beleza, 30% de inteligência e 50% de força de vontade. Não existem equações, existem sim, fórmulas simples mas não secretas de atingir os nossos objectivos. No final as passerelles passam a ser uma história de vida e os bastidores, apenas bastidores…

MaFalda/Foto:Gonçalo Claro YoulYia/Foto:Gonçalo Claro

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D⁄People

Miguel Domingos, infelizmente um nome quase que desconhecido para a maioria dos portugueses. Apresento-vos, o fotógrafo.

Por:Ana Rita D´Almeida

The photographer… Who is he?

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asceu em Portalegre, Miguel Domingos, desde cedo percebeu o seu fascínio pelas lentes, pelas máquinas, pelos registos

fotográficos, que tão pequena ou grande peça pode causar aos olhos da alma de quem assim estiver disposto a sentir.

Estudou em terras de sua majestade, concluindo assim o BA em photography na London College of Fashion. Começou a sua carreira (e que bela carreira) há cerca de 10 anos. A paisagem urbana acaba por ser o seu mote, incidindo nos seus trabalhos a composição do contraste e a cor.

Para quem sonha com New York ou Nova Iorque, posso adiantar que o fotógrafo, sonho, chegou e conseguiu. Estagiou na Art Partner, para os menos familiarizados, é a agência que representa o famoso fotógrafo, Terry Richardson. Actualmente trabalha como freelancer em Portugal, França, Alemanha, Reino Unido e, em Espanha. Os seus trabalhos estiveram publicados na Vogue Portugal, HitMag.pt, Elle Portugal, LeCool Lisbon, British Creative Exchange e claro também nas nossas edições da Drops Magazine Brasil entre tantas outras mag.

Na cidade da luz, colabora com a Premices Filmes no backstage dos desfiles durante a semana de moda, lugar invejável para muitos amantes da moda…

Miguel já expôs as suas obras tanto no Centro Cultural de Cascais como na o80 Barcelona Fashion Week. Um artista com renome, só poderia trabalhar com alguém de…renome. Alasdair McLellan e Tom Munro (em Nova Iorque), Adrian Parfene e Tinko (Paris), Camille Sansom (Londres) e Rui Aguiar (Lisboa).

Descubra mais: migueldomingos.com migueldomingosphotography.blogspot.com

Deixo-vos com alguns dos seus trabalhos…

P

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Contrariando a tendência actual de recessão verificada na generalidade da indústria portuguesa, o sector do calçado tem vindo a afirmar-se cada vez com mais força nos mercados internacionais, chegando actualmente a 132 países distribuídos pelos cinco continentes.

CalçadoportuguêsestánaModa.

Por:Inês Soares

Mais de 140 empresas participarão ao longo deste ano em mais de 70 fóruns em 16 mercados distintos. Todo o processo de internacionalização das marcas portuguesas tem passado pelo trabalho desenvolvido pela APPICCAPS (Associação Portuguesa das Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus sucedâneos), que em parceria com a AICEP e o apoio do Programa COMPETE tem levado a cabo uma super campanha de marketing, num investimento total de 10 milhões de Euros.

A necessária reestruturação de um sector que durante muitos anos foi vocacionado apenas para a produção aliou o “saber-fazer” acumulado ao longo de gerações à criatividade e originalidade do design bem como ao recurso a novas tecnologias, para dar resposta a mercados cada vez mais competitivos e exigentes. O calçado português “virou moda” e reivindica um estatuto de referência internacional que apenas nos habituamos a dar a Inglaterra ou Itália.

A indústria reinventou-se assumindo uma perspectiva de inovação e investiu como nunca na promoção e divulgação dos seus produtos. Uma estratégia de marketing delineada ao pormenor, desdobra-se em acções quer junto da imprensa, quer junto de potenciais clientes, projectando uma nova imagem. A

forte presença na internet através do blog portuguesesoul.com; o lançamento da primeira revista da especialidade – uma sofisticada publicação distribuída nos mercados internacionais; os inúmeros editoriais de moda publicados em revistas de prestígio e a presença assídua de marcas como Luís Onofre; Fly London; Chocolate Negro; Goldmud; Y.E.S; Dkode e Nobrand no desfile colectivo de calçado do Portugal Fashion, têm projectado Portugal além fronteiras.

Sendo a promoção externa a primeira das prioridades do sector, a APPICCAPS tem como objectivos a consolidação da posição já alcançada, a diversificação de destinos de exportação, a abordagem de novos mercados e a internacionalização de novas marcas.

A nova imagem da indústria portuguesa do calçado, reflecte-se na campanha para 2011 “The Sexiest Industry in Europe”. Uma abordagem ousada, irreverente e provocadora que imprime inovação e juventude a um sector que a nível interno era considerado conservador e tradicional.

Qualidade, design, “fashion sense” e uma estratégia de marketing e publicidade bem delineada, fazem do sector do calçado português um modelo de sucesso e um exemplo de optimismo e determinação.

D⁄Fashion Market

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Contrariando a tendência actual de recessão verificada na generalidade da indústria portuguesa, o sector do calçado tem vindo a afirmar-se cada vez com mais força nos mercados internacionais, chegando actualmente a 132 países distribuídos pelos cinco continentes.

CalçadoportuguêsestánaModa.

forte presença na internet através do blog portuguesesoul.com; o lançamento da primeira revista da especialidade – uma sofisticada publicação distribuída nos mercados internacionais; os inúmeros editoriais de moda publicados em revistas de prestígio e a presença assídua de marcas como Luís Onofre; Fly London; Chocolate Negro; Goldmud; Y.E.S; Dkode e Nobrand no desfile colectivo de calçado do Portugal Fashion, têm projectado Portugal além fronteiras.

Sendo a promoção externa a primeira das prioridades do sector, a APPICCAPS tem como objectivos a consolidação da posição já alcançada, a diversificação de destinos de exportação, a abordagem de novos mercados e a internacionalização de novas marcas.

A nova imagem da indústria portuguesa do calçado, reflecte-se na campanha para 2011 “The Sexiest Industry in Europe”. Uma abordagem ousada, irreverente e provocadora que imprime inovação e juventude a um sector que a nível interno era considerado conservador e tradicional.

Qualidade, design, “fashion sense” e uma estratégia de marketing e publicidade bem delineada, fazem do sector do calçado português um modelo de sucesso e um exemplo de optimismo e determinação.

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FotograFia:Maria MartinsstYlingeProduçÃo:Silvana QueridoMaKeuP:Alex MeCabelos:João DavidModelos:Sofia Quintas . Special Factory Model AgencyassistentesdeFotograFia:Afonso Palma e Carlos Mendes

WHITE SAND

D⁄Fashion

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saiaeMPeleePÊlo:Vicente Internacional gargantilhaeMaCrÍliCoPreto:Valentim Quaresma ÓCulosbranCos:Party Glasses

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saiaeMPeleePÊlo:Vicente Internacional gargantilhaeMaCrÍliCoPreto:Valentim Quaresma ÓCulosbranCos:Party Glasses sandálias:Alexandra Prieto

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Colete70storeY:Lidija Kolovrat CintoeMPeleMetalizado:Vicente Internacional ÓCulosMiCKeY:Party Glasses

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VestidoorganzabranCo:Lidija Kolovrat leggingMetalizadaeCintoPretoeMnobuCK:Vicente Internacional PulseiraeMaCrÍliCoPreto:Valentim Quaresma

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toPeMMalhaMetáliCaeleggingMetáliCaCoMJoalheira:Vicente Internacional ÓCuloseMtartatugaeMetalizado:Party Glasses saPatos:Alexandra Prietto

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CasaCoMetáliCoCoMoMbrosestruturados:Vicente Internacional ÓCulosredondosVerMelhos:Party Glasses Cinta,saPatoseCadeira:Produção

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CasaCoMetáliCoCoMoMbrosestruturados:Vicente Internacional ÓCulosredondosVerMelhos:Party Glasses Cinta,saPatoseCadeira:Produção

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DROPS 3x4... eles!Por:Thais Amormino.

D⁄People

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DROPS 3x4... eles!

Afonso Coruche

Profissão: Gestor HoteleiroSite: www.hotelbaia.com

O que os brasileiros deveriam saber sobre portugal e, o que não devem deixar de fazer por aqui? Devem ir ao Blue Bar no Hotel Baia, Cascais.

Algarve ou Alentejo: Algarve.

Bairro alto ou Galerias Paris: Bairro Alto

Camões ou Pessoa: Fernando Pessoa

Fado ou Samba: Fado

Lux ou Garage: Lux

Neste tempo de crise e desconfiança nacional qual seria a união possivel entre Brasil e Portugal para renuscitar o nosso país (PT) e trazer.nos de volta a nossa confiança economico e social? Uma boa medida seria Portugal se tornar mais um Estado do Brasil...

Drops PT é Fixe!!!

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Frederico Mendes Oliveira

Profissão: jornalista, apresentador do Diário da Manhã na TVISite: www.tvi.iol.pt

O que os brasileiros deveriam saber sobre portugal e, o que não devem deixar de fazer por aqui? Os brasileiros deveriam saber, ou então pesquisar, que Portugal há muito deixou de ser um país de agricultores para passar a ser um país moderno onde já poucos usam bigode e têm padarias. Ao longo destes vários anos de desenvolvimento muita coisa mudou mas infelizmente, foi ficando a crise e o eterno "Fado" que tanto influência Portugal e os Portugueses - para o bem e para o mal.

Algarve ou Alentejo: escolho o Porto para jantar e passear, o Alentejo para descansar e o Algarve para ir à praia.

Bairro alto ou Galerias Paris: Porto – Galerias Paris para beber um copo e uma francesinha (prato "oficial" da cidade) para jantar antes da "copofonia".

Camões ou Pessoa: Cesário Verde. Quem não conhece o nome devia dar uma olhadela nos seus versos pintados de verde natureza.

Fado ou Samba: não se escolhe.Vivem-se os dois estilos com a mesma intensidade mas com diferentes reacções corporais ao ritmo que cada um oferece.

Lux ou Garage: Não conheço o Garage por isso vou naturalmente para o Lux.

Neste tempo de crise e desconfiança nacional qual seria a união possivel entre Brasil e Portugal para renuscitar o nosso país (PT) e trazer.nos de volta a nossa confiança economico e social? Está na altura do Brasil recriar o ano de 1500 em 2011 e encontrar um Álvares Cabral de sotaque noveleiro Globo para nos salvar da crise e trazer um pouco de alegria a este Portugal cinzento. Esse caminho, necessariamente longo, deveria começar pelo mais simples, o intercâmbio cultural e social entre as duas nações.

Drops PT é ...baton, saltos altos e Thaís Amormino.

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João Luz Coruche

Profissão: Diretor HoteleiroSite: www.hotelbaia.com

O que os brasileiros deveriam saber sobre portugal e, o que não devem deixar de fazer por aqui? Os brasileiros não podem deixar de ir ao Blue Bar na Sexta ou no Sábado!

Algarve ou Alentejo: Alentejo

Bairro alto ou Galerias Paris: Bairro Alto

Camões ou Pessoa: Pessoa

Fado ou Samba: Samba

Lux ou Garage: Lux

Neste tempo de crise e desconfiança nacional qual seria a união possivel entre Brasil e Portugal para renuscitar o nosso país (PT) e trazer.nos de volta a nossa confiança economico e social? Sou completamente a favor da união! Seria uma ótima solução!

Drops PT é Droptastic!

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Miguel Castro Fernandes

Profissão: Diretor de Novos Negócios da MSAPMA - Arquitetura em São PauloSite: www.msapma.arq.br

O que os brasileiros deveriam saber sobre portugal e, o que não devem deixar de fazer por aqui? 1ª Ninguém em Portugal fala "Ora Pois"; 2ª As mulheres Portuguesas não têm bigode e 3ª O Roberto Leal Não é Português, O que um Brasileiro deve fazer em Lisboa; Além de beber da cultura dos seus colonizadores e antepassados andando pelas rua da "velha" Lisboa, deve ir a Óbidos, lanchar na Única e Verdadeira Fábrica dos Pasteis de Belém, jantar no Bairro Alto e beber uns drinks ou champagne no Terraço do Silk Club.

Algarve ou Alentejo: Algarve de Inverno e Costa Alentejana de Verão

Bairro alto ou Galerias Paris: Galerias Paris e os bons restaurantes do Bairro Alto.

Camões ou Pessoa: "Tudo vale a pena quando a Alma não é pequena" porque o " Amor é fogo que arde sem se ver"

Fado ou Samba: Definitivamente os 2, nem só de Alegria vive o Homem. É para mim a grande diferença entre o Português e o Brasileiro, é a melancolia vs desprendimento sobre a vida.

Lux ou Garage: Silk primeiro, Lux depois.

Neste tempo de crise e desconfiança nacional qual seria a união possivel entre Brasil e Portugal para renuscitar o nosso país (PT) e trazer.nos de volta a nossa confiança economico e social? Alguém com responsabilidade política em Portugal, faz pouco tempo, disse: “Portugal deveria promover um referendo se queria continuar a ser um dos 27 estados da União Europeia ou se proventura passar a ser o 27º Estado do Brasil”. Dificil a resposta? Não. A nossa vocação é Atlântica, e a verdade é que a familia Real Brasileira, não deixa de ser Portuguesa.

Drops PT é Glamour - o espirito fashion de viver.

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Paulo y aka Slimmy

Profissão: MúsicoSite: www.slimmymusic.com

O que os brasileiros deveriam saber sobre portugal e, o que não devem deixar de fazer por aqui? Deveriam saber que somos um país e um povo com muitas coisas boas, sitios magnificos, pessoas cheias de talento e que somos de facto um pais irmão de todos os brasileiros,temos ilhas fantásticas como os Açores e Madeira. Recomendaria também o Minho,como uma das zonas mais bonitas para se visitar em Portugal

Algarve ou Alentejo: Alentejo

Bairro alto ou Galerias Paris: Bairro alto,embora as Galeris Paris vieram dinamizar bastante a noite da minha cidade de coração,o Porto

Camões ou Pessoa: Pessoa, sem dúvida um dos meus herois de sempre

Fado ou Samba: nem fado, nem samba, rock n roll.....

Lux ou Garage: Lux, toda a gente devia conhecer ou ir pelo menos uma vez ao lux, dos melhores clubs do mundo

Neste tempo de crise e desconfiança nacional qual seria a união possivel entre Brasil e Portugal para renuscitar o nosso país (PT) e trazer.nos de volta a nossa confiança economico e social? Acho que as pessoas com cargos importantes que gerem o nosso país deviam ser mais transparentes, haver maior preocupaçao com o país real,menos corrupção e menos desigualdades, precisamos de sangue novo, ideias novas e uma atitude diferente para sermos melhores, sairmos da crise, e termos esperança no futuro e voltarmos a ter orgulho no Portugal que ja foi dominador e descobridor de meio mundo

Drops PT é E uma revista que tem um conceito que me agrada, mostra uma cultura mais glamorosa e pode sem duvida fazer uma ponte mais vasta culturalmente entre Portugal e Brazil, mostrando outros proveitos que nos temos, que por vezes passam ao lado das grandes massas.

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Tiago Miranda

Profissão: Editor do And This Is Reality / Assessor de Comunicação Internacional – Moda Lisboa Site: www.andthisisreality.blogspot.com

O que os brasileiros deveriam saber sobre portugal e, o que não devem deixar de fazer por aqui? Passar pelo Delidelux para tomar um brunch depois de uma noite bem passada no Bairro Alto e seguir para umas compras no Príncipe Real

Algarve ou Alentejo: Algarve de lagos, sagres e Aljezur

Bairro alto ou Galerias Paris: Bairro Alto sempre!

Camões ou Pessoa: Pessoa

Fado ou Samba: nesse caso a escolha é o samba... é mais de festa!

Lux ou Garage: Lux, claro – é uma das melhores discotecas da Europa

Neste tempo de crise e desconfiança nacional qual seria a união possivel entre Brasil e Portugal para renuscitar o nosso país (PT) e trazer.nos de volta a nossa confiança economico e social? Devíamos cooperar mais e estreitar laços culturais e económicos... sem o Brasil Portugal não fica completo e sem Portugal o Brasil fica órfão. São dois lados da mesma moeda... e uma moeda importante a nível mundial – a lusofonia! Tal como Angola e Portugal se têm aproxima do bastante nos últimos tempos, assim deveria acontecer com Portugal e Brasil também.

Drops PT é uma lufada de ar fresco e um primeiro passo para o Brasil e Portugal se tornarem ainda mais próximos em termos de estilo! Por outras palavras – a Drops PT é muito bem-vinda!

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Street ArtFotos by Paulo Rosica

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De minha última viagem a Portugal trago excelentes lembranças. Definitivamente o povo português sabe como receber e fazer com que os brasileiros se sintam em casa. “És brasileiro? Então és nosso irmão”. Essa frase me foi dita por inúmeras vezes e confesso que me gerou uma sensação de conforto e de certa forma, fiquei muito à vontade, apesar dos 8.000 Km que me separavam de casa. Para esta edição da Drops Magazine, retribuo a gentileza aos irmãos portugueses radicados no Brasil ou que estejam de passagem por aqui, indicando alguns locais que os farão lembrar e matar as saudades da terrinha. Anote aí.

D⁄Around

Um roteiro gastronômico, selecionado pelo expert Paulo Greca, de dar água na boca.

orapois!

teXtoeFotosPor:Paulo [email protected]

O projeto da empresária Iva Marcasso, apresenta para A Quinta do Bacalhau, ambiente com decoração harmoniosa que remete a uma casa tipicamente portuguesa e conduz o cliente a um cenário exótico rodeado de muito verde, natureza abundante e ar puro. Vale conferir os pratos assinados pela chef Maria Isabel Brito, entre eles, Punheta de Bacalhau: Bacalhau desfiado, temperado com azeite, cebola, salsinha e alho. A Quinta do Bacalhau - (11) 4616.5481www.aquintadobacalhau.com.br

Para comer:

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Suculentas postas de bacalhau regadas a bons vinhos num ambiente bonito e aconchegante. Gostou? Então dê uma passadinha pelo Bacalhoeiro para se deliciar com o cardápio assinado pelo chef Francisco Everaldo da Silva no primeiro restaurante português do Tatuapé (SP). Os proprietários Anselmo Neves e Sergio Ferreira pensaram em agradar também ao público infantil e criaram um espaço de recreação exclusivo, separado dos demais ambientes. Dentro da área de lazer, as crianças são supervisionadas por monitores treinados e ainda podem se divertir em um playground criado especialmente para elas. No mesmo local existe um fraldário com toda infra-estrutura e conforto para os bebês. Bacalhoeiro – (11) 2293-1010www.bacalhoeiro.com.br

Aberto este ano no Shopping Iguatemi de Alphaville, a nova filial do Trindade retrata o bairro alto da cidade de Lisboa, em tinta acrílica sobre um painel de lona reciclada, assinado pela artista plástica Kika Goldstein. Os pratos ficam por conta da criatividade do chef Romerio Lima, harmonizados por 90 rótulos selecionados pelo sommelier Paulo Sergio Engelhardt. Na varanda da área externa com vista para a cidade, delicie-se com a Espetada Mista de Frango e Filé Mignon à Madeirense.Trindade Alphaville - (11) 4209-1720www.restaurantetrindade.com

A

Localizado na região dos Jardins (SP), o empresário Carlos Bettencourt e seu restaurante A Bela Sintra homenageiam a cidade de Sintra e oferecem deliciosos itens da gastronomia portuguesa, sob o comando de Valderi Gomes e da chef alentejana Ilda Vinagre. A decoração realçada por madeira, pedra e cobre dão um toque muito charmoso ao local. Peça o Bife à Portuguesa: Filet mignon com caldo de carne, vinho tinto, louro, alho, batatas, presunto e salsinha.A Bela Sintra - (11) 3891-0740www.abelasintra.com.br

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Quinta do Soque Vinhas Velhas 2007 Feito com uvas de vinhas velhas com mais de 80 anos, procedente da região de São João da Pesqueira, à margem esquerda do Rio Torto, esse vinho elaborado à partir das castas de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca encanta por seu aroma complexo de fruta bem integrada com madeira, revelando notas de especiarias. Intenso, profundo e bem equilibrado, têm boa estrutura, taninos macios com final longo e persistente.Ana Import (SP) – (11) 3951-4333 www.anaimport.com.br

Bafarela Reserva DOC 2006 Procedente da região da Ribeira de Galegos, no Douro, este corte de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Amarela e Tinta Barroca, envelhecido por 12 meses em barricas de carvalho francês, apresenta toques de tabaco e especiarias, mesclados com o frescor e doçura de frutos do bosque. Boca macia em função dos taninos equilibrados.Ana Import (SP) – (11) 3951-4333 www.anaimport.com.br

DFE Premium Tinto 2007 Produzido no Vale do Douro. Blend de Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, cultivadas, vinificadas independentemente e afinadas em carvalho francês por 12 meses. Aromas de frutos maduros, ameixa e groselha preta que evoluem para tostado e notas de café. Boa acidez e corpo, com final persistente.Ana Import (SP) – (11) 3951-4333 www.anaimport.com.br

Herdade do Perdigão Brut 2008 Espumante produzido com corte de Arinto e Antão Vaz, no coração do Alto Alentejo. Elegante, revela uma perlage fina. De cor cítrica e acidez equilibrada com aromas que lembram frutos secos e limão, notas minerais e toques de tostados. Muito fresco e com final persistente. Aproveite, pois só foram produzidas 10.000 garrafas.Ana Import (SP) – (11) 3951-4333 www.anaimport.com.br

Para beber:

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Casal da Coelheira Mythos 2007 Produzido na região do Ribatejo, o corte de Aragonês, Cabernet sauvignon, Alicante Bouchet e Touriga Nacional estagiou em carvalho francês por 12 meses. Encorpado, bastante fresco, apresenta taninos possantes e boa acidez. Boca com persistência elevada. Final aromático, com fruta preta especiarias e chocolate. Elegante.Max Brands - (11) 2174-6700 www.mxbrands.com.br

Quinta dos Poços Reserva 2004 Proveniente da região do Baixo Corgo, chama-se de ”Os Poços” porque quando a pluviosidade na região é intensa, brotam inúmeras nascentes de água no seu solo. Corte de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, com 60% do vinho afinado por 12 meses em barricas novas de carvalho francês e 40% em cuba de inox. Cor rubi com aroma de frutos vermelhos maduros com complexidade de madeira. Sabor frutado, persistente, equilibrado e com taninos presentes. Na boca final longo.Ana Import (SP) – (11) 3951-4333 www.anaimport.com.br

Casal da Coelheira Rosé 2009 Produto das castas Syrah e Touriga Nacional, este rosé é rico em aromas de frutos vermelhos, compota de frutos do bosque e notas florais, num equilíbrio entre doçura e acidez quase perfeito.Max Brands - (11) 2174-6700 www.mxbrands.com.b

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Vinhos do PortoPor:Kaima Lia

Ao longo de quase dois milénios, fez-se nas encostas xistosas do vale do Douro, uma passagem vitícola singular, um vinho excepcional. Muito mais que um simples dom da natureza, o vinho do Porto é, na sua total essência, um património cultural colectivo de trabalho e experiências, saberes e arte, acumulado de gerações para gerações. O vinho do Porto foi e é um produto chave da economia nacional e ainda mais um valor simbólico que distintamente representa a sua origem portuguesa no mundo.

As descobertas arqueológicas e referências documentais a testemunhar a persistência cultural do empenho vitivinícola de outras eras, faz-nos recuar até pelos menos aos séculos III-IV, ao vestigios de lagares e vasilhame vinário, um pouco por toda a região duriense. Numa época de expansão da viticultura duriense e de crescimento rápido da exportação de vinhos, a designação de vinho do Porto surge apenas na segunda metade do século XVII, quando viajantes e comerciantes, principalmente de origem inglesa, se aperceberam das

caracteristicas singulares dos vinhos produzidos na região. Vinhos doces e densos começaram a ser exportados e o seu cultivo fortemente incentivado.

O vinho do Porto é conhecido internacionalmente como o néctar dos deuses, pelo seu paladar suave, encorpado e doce, sendo a bebida escolhida para apadrinhar as mais diversas comemorações. É nas encostas sobranceiras e nos vales que penetram para o interior a partir das duas margens do rio Douro que se geram os vinhos, de que resulta o requintado, apetecido e “generoso” duriense.Em 1703 o Tratado de Methwen impulsionou de tal forma o desenvolvimento da viticultura duriense, assegurando um amplo mercado e bons preços. Foram plantadas vinhas por todo lado, levantando com esforço colossal os socalcos ou geios, nas encostas, dando a percepção de uma gigante escadaria, rio acima, trazendo pessoas que se aglomeraram em pequenas aldeiras, e, grandes proprietários que ali criaram quintas de perder de vista o intuito de

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lucro fácil. Em 1756, e depois de um total desgoverno e anarquia, que provocaram a queda da qualidade do precioso vinho, Marquês de Pombal fundou a Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro, dando-lhe poderes quase monopolísticos, impondo assim a disciplina, assegurando a qualidade do produto, evitando adulterações, equilibrando a produção e o comércio, o que automaticamente traria a estabilização dos preços. A região produtora é bordada por 335 marcos de pedra com a designação de Feitoria, designação que referendava o vinho da melhor qualidade, único que podia exportar-se para Inglaterra, vulgarmente conhecido por vinho fino. Na segunda metade de Oitocentos, um conjunto de factores conjuga-se para marcar o ponto de viragem do Douro pombalino para o Douro contemporâneo, promovendo profundas mudanças na viticultura duriense. A partir de Novecentos, em 1924/2925, as exportações aumentaram a um ritmo nunca esperado, atingindo mais de cem mil pipas, nível que só seria ultrapassado em finais da década de 1970. Em 1986, cria-se a Associação de Produtores Engarrafadores de Vinho

do Porto, visando sobretudo a exportação directa, a partir das quintas do Douro, em nome dos respectivos produtores.

Em 1995, a região Demarcada do Douro viu alterado o seu quadro institucional, passou a estar dotada de um organismo interprofissional, - a Comissão Interprofissional da Região Demarcada do Douro (CIRDD), no qual tomam assento, em situação de absoluta paridade, os representantes da lavoura e do comércio, com o objectivo comum de disciplinar e controlar a produção e comercialização dos vinhos da região com direito a denominação de origem. Estas alterações introduzidas respeitam, contudo, as especificidades históricas, culturais e sociais da região, seguindo as linhas orientadoras da lei.Ao longo dos anos foram-se criando os mais variados aromas para que se pudesse afirmar que o carácter do Vinho do Porto não vem apenas do seu método de produção. Tal como todos grandes vinhos do mundo, é também fruto de uma associação de factores tais como clima, solo e castas, únicas no mundo. O vinho

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do Porto, visando sobretudo a exportação directa, a partir das quintas do Douro, em nome dos respectivos produtores.

Em 1995, a região Demarcada do Douro viu alterado o seu quadro institucional, passou a estar dotada de um organismo interprofissional, - a Comissão Interprofissional da Região Demarcada do Douro (CIRDD), no qual tomam assento, em situação de absoluta paridade, os representantes da lavoura e do comércio, com o objectivo comum de disciplinar e controlar a produção e comercialização dos vinhos da região com direito a denominação de origem. Estas alterações introduzidas respeitam, contudo, as especificidades históricas, culturais e sociais da região, seguindo as linhas orientadoras da lei.Ao longo dos anos foram-se criando os mais variados aromas para que se pudesse afirmar que o carácter do Vinho do Porto não vem apenas do seu método de produção. Tal como todos grandes vinhos do mundo, é também fruto de uma associação de factores tais como clima, solo e castas, únicas no mundo. O vinho

do porto pode envelhecer em madeira durante muito mais tempo que a maior parte dos vinhos, o que o torna um vinho fortificado, de dois anos até várias décadas, dependendo do seu carácter e potencial. Maturar em casco ou garrafa, ou uma combinação destes. Esta diferença de métodos origina uma diversidade de diferentes estilos, cada um com o seu e finalidade distintos.

Ainda que não se seja perito para apreciar um cálice de Porto, se conseguir interpretar o que os olhos, nariz e boca nos transmitem

Não é necessário ser um perito para apreciar um cálice de Porto - mas na verdade o prazer poderá ser maior se conseguirmos interpretar o que os olhos, nariz e boca nos transmitem. Acor poder indicar a idade do vinho, mas o aspecto é somente um elemento na avaliação, com o sabor e aroma de igual importância. Depois de abertas as garrafas de vinho, idealmente deveram ser consumidas nas primeiras 24 horas, assegurando que se desfrute de

todo o potencial desse vinho, que por ter envelhecido toda a sua vida em garrafa, ao contactar com o oxigénio vai rapidamente oxidar. Citando outros estilos de vinho do porto, como o Late Bottled Vintage e os Twany de idade, podem ser consumidos no período de três semanas que seguem a sua abertura.

Associando gastronomia ao vinho do porto, e apesar de este ser tipicamente consumido como digestivo, o queijo é quase sempre a melhor opção para o acompanhar. Embora se deva sempre respeitar a adequação do queijo ao corpo do vinho, ou seja, para os vinhos brancos escolhem-se os queijos duros e quebradiços, para os vinhos Vintage Character a opção será os queijos curados, duros e moles, para um vinho Ruby a sugestão será queijos de cabra curados, para vinho Late Bottled Vintage aconselham-se os queijos cremosos. Podendo sempre terminar a sua refeição com uma sobremesa e uma taça de vinho, sugerindo uma Tarte de amêndoa acompanhada por um Taylor’s Twany 20 anos, ou se preferir, Bolo de chocolate na companhia de um Taylor’s Vintage 1985. Delicie-se!

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D⁄Cine

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Em 2005, ganhou o Grande Prémio Take One, no Festi-val de Vila do Conde e o Prémio de Melhor Realização no Festival de Curtas-Metragens de Oeiras. Em 2006, ganhou o Prémio de Melhor Ficção no Hyperion de Budapeste, com a curta-metragem Duas Pessoas.Aos 25 anos, recebeu a Palma de Ouro da categoria com o curta-metragem, Arena, um filme que conta a história de um rapaz, Mauro, a cumprir prisão domi-ciliária e que enfrenta o dilema de ter que transgredir a lei para acertar contas com um bando de miúdos marginais, interpretado por Carloto Cotta. Ao rece-ber o prémio, João Salaviza, agradeceu ao Festival a oportunidade que lhe foi dada para mostrar a todos o seu amor ao cinema: “Obrigada ao festival, por nos permitir mostrar a nossa paixão e amor pelo cinema, obrigado ao júri por seleccionar este filme e obrigado à minha produtora, que não pôde estar aqui este noite, mas que está muito feliz”, disse, tendo ainda acrescentado: “ Penso que o cinema está vivo e este prémio também pertence à nova geração e partilho-o convosco”. Arena, foi o primeiro filme português a conseguir tal distinção.

Segundo Maria João Mayer, a produtora, “ este prémio é maravilhoso, mas completamente inesperado”, acrescentando que poderá dar continuidade ao trab-alho de João Salaviza, abrindo portas para trabalhar com apoios financeiros e também com estrangeiros. “Ele é um realizador com muito talento”, acrescentou.O realizador defende que Arena é um filme sobre a violência urbana e juvenil, sobre bairros problemáticos que são verdadeiras “bombas-relógio”. "Mais do que captar as transformações de um lugar, interessa-me a tensão dos momentos em que nada se altera. O protagonista de Arena está confinado a um espaço e a um tempo limitados. Ao filmar o Mauro em prisão domiciliária, confrontei-me com a condição de um homem que não tem para onde ir. Segui esta ideia, desde o guião até à montagem. O princípio é de que os planos não se antecipam às deambulações do protagonista, nem lhe sugerem caminhos que ele, simplesmente, não pode ver. É justo para alguém que vive com grades nas janelas, e que está secretamente

à espera que as coisas mudem para si". Depois de conhecidas as notícias da morte de um travesti pelas mãos de 13 jovens menores de idade, no Porto, João Salaviza, começou a inspirar-se na curta-metragem, Arena. Esta história de violência foi, sem dúvida, o ponto de partida para que o realizador começasse a “desenhar na sua cabeça” o guião para o seu primeiro filme profissional, explorando o tema da violência juvenil urbana. “Acredito que um argumento de cin-ema não pode ser uma coisa fechada sobre si própria. Tento sempre que a minha história seja permeável às coisas que vou encontrando e incorporando.”

Para o elenco deste filme, a ideia era escolherem apenas actores amadores, mas a personagem central, a certa altura, exigia um profissional. Durante o casting, nenhum dos actores convenceu Salaviza, até que alguém se lembrou de chamar o escolhido para protagonista, Carloto Cotta, que felizmente tinha tempo e aceitou o papel dificil de representar um rapaz dividido entre a lei do bairro e a lei juridi-cal. “Percebi logo que ele era o único actor que podia fazer aquele papel. Quando o encontrei senti uma sensação de alívio muito boa, mas depois pensei logo que, se ele não pudesse, então estava de mãos atadas.” confessou o realizador.Para as filmagens de Arena, Salaviza reuniu praticamente a mesma equipa que filmou a curta Duas Pessoas, em 2004. O filme era apenas um projecto da universidade, na altura, mas que teve bastante sucesso durante o tempo que rodou por alguns festivais de cinema. Para a curta, em Cannes, o realizador chamou os mesmo directores de fotografia, arte e sim, e fez um elogio “Gosto muito da ideia de ser um filme feito entre amigos. Que toda a gente esteja ali por uma razão que não seja o dinheiro. Eu preciso de pessoas que me ajudem com tempo, trabalho e ideias. Quero continuar a fazer filmes entre amigos. Se um dia não tiver amigos com quem fazer filmes deixa de fazer sentido continuar.”

João Salaviza é a grande aposta dos novos talentos para o Cinema Português. Fique de olho e descubra seus filmes e curtas.

Nascido a 19 de Fevereiro de 1984, João Salaviza, formado em realização na Escola Superior de Teatro e Cinema, é o mais novo realizador português distinguido no Festival de Cannes pelo seu primeiro filme profissional, a 24 de Maio de 2009.

arena,PalmadeouroemCannes

Por:Kaima Lia

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Perfil de 5 (cinco) personalidades nacionais, escondidas na esfera atlântica e premiados pela palmatória portuguesa. Da música às artes plásticas, estes artistas com mais de palmo e meio de trabalho e dedicação têm o merecido espaço na Drops Magazine Special PT Edition!

(Des)conhecido Português !!

Por:Ana Rita D´Almeida

B Fachada Ao contrário do que se diz, B fachada não é para meninos! Bernardo de seu nome, ouviu os primeiros acordes com um dos mais ilustre artista português - Zeca Afonso - Mler IfeDada e Pop Dell’ Arte, surgiram em seguida…o empurrão para o seu aparecimento no panorama nacional surge em 2007 com o seu primeiro EP, intitulado “Até toboso”através da netlable Merzbau. Seria mentira, dizer que conheço Fachada desde o inicio do seu percurso artístico. Mas confesso do alto da mais alta colina portuguesa que rendi-me ao talento do Bernardo. “Vou deixar monogamia”, foi a primeira canção que escutei, depois ouvi e passei a sentir “O Desamor”, rapidamente saltei para as “Questões de Moral” e não me fiquei pela “Cantiga de amigo”. De CD em CD fui ouvindo uma “fachada” diferente, um Fachada mais maduro, mais coerente, um Fachada que encanta e que transpa-

rece de forma brilhante a moldura portuguesa. “Deus, Pátria e Família” é o seu mais recente trabalho. Critico, nada ambíguo e pouco falacioso. Seja ela de talha dourada ou não, Bernardo chegou a um patamar que de lá não se pode mexer! Porque no final, “Quem quer casar com B Fachada”?

Salvador Colaço, Salvador Colaço, esconde-se por de trás de uma lente. Este amante da fotografia esperou completar 18 anos para se aventurar enquanto fotógrafo profissional, tarefa que até então não foi considerada impossível ou melhor, impraticável. Iniciou a sua carreira ao serviço de variadas revistas, estando presente em alguns eventos sociais e des-portivos. Este jovem talento de 22 anos, criou o conceito “Be Yourself”, projecto que consiste em cada um mostrar, através de um conjunto de 15 fotografias, a sua pessoa, com a participação de jovens; adultos; cri-anças; figuras públicas e até animais. O sucesso foi de tal forma grande que passou a ocupar grande parte do seu tempo como fotógrafo. Salvador dispõe de um sítio na internet - salva-dorcolaco.com - que para além de divulgar todo o seu trabalho nesta área, todos os visitantes poderão ter acesso ao seu mais acalorado projecto “Be Yourself”.

D⁄People

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Joana Vasconcelos Artista contemporânea, Joana Vasconcelos, nasce na cidade da luz (ma belle Paris) em 1971. Desde cedo esta jovem artista se apaixonou pelas colinas lusas. Apesar de ter nascido em terras de Luís XIV, Joana, estudou e viveu em Lisboa. Artista de renome incomparável, uma das melhores artistas, uma das melhores “exportações” primorosas da actualidade. Entrou em 2000 con-quistando o prémio EDP Novos Artistas e em 2006 o prémio "The Winner Takes It All”. As suas peças, os seus testemunhos enquanto artista, variam de mate-rial para material. Joana é menina para começar com panelas e acabar com porcelanas, sem nunca estalar o verniz. Uma das suas peças mais emblemáticas é composta por tampões, quem é que não conhece o famoso candelabro? Existe a mezcla

do moderno, da tradição, dos valores ao longo da sua carreira. Olhar, sentir a peça, são fundamentos obrigatórios para quem visita qualquer exposição da artista, sentir Portugal é agora acessível a qualquer bom entendedor, a qualquer boa alma que queira abrir a sua fronteira artística! As suas obras não são estranhas, são nossas, são portuguesas, são orgulho!

Celsus Made with love, é o lema de criação jovem estilista, Celso Assunção, mais conhecido por Celsus. Após se ter licenciado em Design, o jovem artista criou a marca CELSUS, onde tem explorado toda a sua veia artística em áreas como o calçado, o vestuário, chapelaria bem como outros acessórios de moda. Celsus passa assim a ser um nome soante no panorama nacional português. Presença mais que habitual no “Portugal Fashion”, devido ao enorme apreço do público face às suas criações. Cada peça transmite uma razão de ser, personalidade e exclusividade. Todo o trabalho que desenvolveu em volta da sua marca tem trazido fru-tos. As participações internacionais ligadas ao ECO-FASHION são resultado disso mesmo. Com todo este frenesim em volta do artista, as suas peças já estiveram aos olhos da Grécia, Espanha, Hungria, Itália, França, Jordânia entre outros países. Foi considerado o “mais carismático dos estilistas” pela imprensa internacional, após ter participado na semana da moda da Bielorússia! Esta marca também está conotada a grandes causas humanitárias. A nível nacional, a mesma, tendo sido convidada em 2008 pela Fundação do Gil e pelo Museu da Chapelaria de S. João da Madeira para criar um chapéu no âmbito do projecto “Um chapéu por um sorriso”. IF HE MADE WITH LOVE, I BUY WITH L.OVE! Conheça um pouquinho mais aqui - www.celsus.pt

Diana Nicolau Acção! Chegou a hora da representação… participou numa das mais populares séries juvenis nacionais, Diana Nicolau nasceu em 1987 e é uma das actrizes nacionais em ascensão. Frequentou uma das mais conhecidas escolas da área – Escola Profissional de Cascais. Foi com a participação nos Morangos com Açúcar que ficou conhecida mas já tivera destaque anterior em “Ilha dos Amores”, pro-tagonizando a personagem Maria. O cinema também não lhe foge, “O que há de novo no amor?”, realizado por Hugo Martins (2011), foi o primeiro filme em que participou. Diana revela-se ser uma jovem destemida com garra e com paixão pela representação.

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António Horta Osório é actualmente uma das figuras mais importantes da banca internacional. Depois de uma passagem por grandes instituições bancárias mundiais, é a partir de 1 de Março o homem à frente dos destinos do Lloyds Banking Group, uma das instituições bancárias de maior prestígio do Reino Unido. A Drops Magazine traça aqui o percurso deste português do mundo.

antóniohortaosório

Por:Carlos Tomé Sousa

D⁄Poder

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Vive em Kensington, um dos melhores bairros de Lon-dres, cidade onde diz que quer continuar a viver e ver os filhos crescer. Com o seu porte elegante, cabelo penteado para trás, fatos de bom corte e modos agradáveis, é uma mistura perfeita de charme latino e elegância britânica, de formalismo português e britânico. Um bom exemplo de português do mundo. Formado pela Universidade Católica de Lisboa e oriundo de uma família com raízes na advocacia, trabalhou durante muitos anos para o Banco Santander, primeiro em Portugal, país onde este banco se fundiu com o português Banco Totta & Açores, adoptando a designação Santander Totta. Mais tarde ruma a Espanha e acompanha a crescente expansão internacional do banco, como o Brasil a fazer também parte do seu percurso, uma vez que foi durante dois anos o responsável pelas opera-ções do banco neste país.

Curiosamente, e apesar a sua influência crescente neste banco espanhol nunca chegou ao conselho de adminis-tração. Nacionalismos espanhóis, dizem uns, apertado controlo familiar deste banco, dizem outros. Mas o seu destino estava traçado em inglês. Com a compra do britânico Abbey por parte do Santander, muda-se para a capital britânica, país onde os espanhóis desinquietaram os súbditos de Sua Majestade, comprando de tudo um pouco, desde bancos a operadoras aeroportuárias. E se o Santander não lhe deu aparentemente o devido reconhe-cimento sob a forma de convite para a administração do banco, já o mesmo não aconteceu com Inglaterra. Na casa dos quarenta António Horta Osório é assim convidado para integrar o conselho consultivo do Banco de Inglaterra, uma honra que poucos estrangeiros se podem orgulhar, cargo que ocupa paralelamente com as operações dessa verda-deira armada bancária espanhola em terras britânicas.

Com a banca espanhola em dificuldades, em 2011 recebe um convite irrecusável para dirigir os destinos do Lloyds Banking Group, uma das mais prestigiadas instituições britânicas que, tal como muitos bancos, passa por momen-tos difíceis. Após a sua nomeação, a imprensa britânica não se cansa de lhe traçar o perfil, elogiando as qualidades. “O homem que nada com tubarões” é a frase mais recor-rente na imprensa britânica, do The Guardian ao Finnancial Times, uma alusão a este homem que adora o mergulho e que afirma ter já nadado com tubarões. Trata-se de uma actividade perigosa que exige muita calma e sangue frio. Mas é um título que remete também para a tarefa difícil que é para este homem lidar no mundo da alta finança, sobretudo num país como o Reino Unido que não gosta de deixar as coisas em mãos alheias sem garantias de competência e idoneidade. E idoneidade é coisa que não parece faltar a este homem. Resta saber como ficará a reputação deste homem até aqui tão admirado face à obrigatoriedade de despedir funcionários do Lloyds para tentar resolver a difícil situação do banco.

António Horta Osório é actualmente uma das figuras mais importantes da banca internacional. Depois de uma passagem por grandes instituições bancárias mundiais, é a partir de 1 de Março o homem à frente dos destinos do Lloyds Banking Group, uma das instituições bancárias de maior prestígio do Reino Unido. A Drops Magazine traça aqui o percurso deste português do mundo.

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Design, charme minimalista.. nossa viagem aos Descobrimentos Portugueses registrada em detalhes extremamente contemporâneos. Seja bem-vindo!

altisbelém

Por:Thais Amorminoaltisbelemhotel.com

D⁄Lifestyle PT

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Design, charme minimalista.. nossa viagem aos Descobrimentos Portugueses registrada em detalhes extremamente contemporâneos. Seja bem-vindo!

Localizado em local histórico e cultural, marco das partidas portuguesas rumo as suas descobertas além mar, situa-se o mais novo hotel de Lisboa, o Altis Belém Hotel & Spa. Design 5 estrelas, junto ao Rio Tejo entre os monumentos da epopéia dos descobrimen-tos: O Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém. Tome nota: este é o endereço certo para se hospedar pela capital portuguesa.

O hotel apresenta uma visão contemporânea de todos estes descobrimentos portugueses pela Ásia, África e Brasil. Uma viagem única em seus 45quartos e 5 suites – todas com painel ilustrativo representando os territórios explorados. Nos quartos cada um com seu sentido e estilo únicos fazem você sentir-se em casa, cercado por toda a comodidade e tecnologia necessária, sem contar o visual incrível seja da Torre de Belém de um lado ou o Padrão dos Descobrimentos do outro. O design é claro, impecável. As áreas públi-cas do hotel são outro convite para apreciar o visual absurdinho e relaxar. O Altis Belém teve o projeto de arquitetura feito pelo Atelier de Arquitetura Risco e o design de interiores assinado por Fernando Sanchez

Salvador e Margarida Grácio Nunes. Como história é a base do hotel, o Professor Anísio Franco fez a consul-toria histórica e também desenvolveu a identidade. Já o design gráfico e ilustrações foram feitos pela RMAC Brand Design. Incrível ! Tem que conhecer.

Não deixe de conferir o Restaurante Feitoria - coz-inha portuguesa de assinatura com toque criativo e sofisticado do chef Cordeiro. E, a qualquer hora do dia, com vista para a Marina de Belém e Torre, está aberta a Cafetaria Mensagem. Além de local certo para um café da manhã, você tem a sua disposição um Sushi Bar e Oysteria. Super indico para um jantar também - cozinha contemporânea e deliciosa. Agora se quer começar a noite bem, conheça o Bar 38 º 41 ´. O nome marca a latitude e longitude do hotel que fica mesmo em frente ao Rio Tejo com o Visual da Ponte 25 de Abril. Música perfeita, drinks e lanchinhos rápidos além de ser o local certo durante o verão de quem sabe o que é chic e bom da cidade. Não posso deixar de comentar que a moda também esta presente por aqui. Toda a equipe do Altis Belém veste Manuel Alves e José Manuel Gonçalves. Luxo!

Descobrimos o canto mais relaxante da cidade de Lisboa. Trata-se do BSPA. Localizado dentro do Altis Belém, o BSPA é o local perfeito para você repor as energias e voltar para o mundo lá fora em outro estado. Muito mais do que isso: cuidar de você acima de tudo.

bsPa!

Seguindo a mesma linha do hotel, inspirado nas diversas culturas das descobertas portuguesas mundo afora, o BSPA oferece uma variedade incrível de tratamentos e rituais para corpo, rosto e alma, massagens absolutamente relaxantes, acesso as piscinas - interna e externa, academia com aparelhos Technogym, saunas seca ou a vapor e, a minha preferida Hamman, Duche Vichy, tanque de tonificação e área de relaxamento. Os tratamentos vão desde esfoliação desintoxicante com cristais de sal dos himalayas à massagens relaxantes com bambu, shiatsu, ayurvédica, reiki. Existem também programas de 2 dias como BSPA Kinkou que começa com sessão de meditação e depois terapias milenares…perfeito para equilibrar as energias, físicas, emocionais e espirituais. Super recomendo os tratamentos com assinatura BSPA. Experiência sensorial e holística incrível. O tempo pára e você se sente uma Fénix.

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O made in Portugal atrai o mercado de consumo internacionalPor:Ana Tatiana Capeletti

D⁄Fashion Market

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O made in Portugal atrai o mercado de consumo internacional

A moda portuguesa sempre chamou a atenção e despertou interesse devido ao savoir faire ancestral, seus bordados, combinações de cores e qualidade dos produtos. Com Milton Cezar dos Santos, não foi diferente! Radicado há mais de 20 anos em Paris, se tornou um profissional reconhecido internacionalmente devido ao seu percurso e seriedade nos trabalhos que executa, o que lhe permitiu destaque no mundo da moda.

Há 4 anos foi convidado a colaborar com a Federação Francesa do Prêt-à-Porter Feminino como “porte parole” e representante para a América Latina e Portugal.Fazendo um resumo rápido, a Federação Francesa tem duas vertentes: a institucional e, a de salões onde se integram o Prêt-à-Porter Paris, um dos salões mais reconhecidos mundialmente. Com curiosidade ímpar e verve para novos desafios, conseguiu desbravar novos mercados e acordos bilaterias entre a Federação Francesa e Federações dos países ao qual presta serviços.

Presença constante nos eventos Moda Lisboa e Portugal Fashion, nutriu um interesse crescente pela moda portuguesa, vislumbrou uma infiltração em escala internacional, com a pretensão de atrair notoriedade e reconhecimento no mercado global. Com esta determinação, colocou em prática a meta por ele traçada: começou procurando a Embaixada de Portugal na França que o orientou sobre os processos e procedimentos de organizações que poderiam estar subvencionando as empresas portuguesas a exporem no salão do Prêt-à-Porter Paris. Milton relata que foi um árduo trabalho devido a uma série de reuniões, idas e vindas a Portugal até conseguir o apoio da associação portuguesa Seletiva Moda em subvencionar as empresas portuguesas que pretendiam integrar o PAPP. Este apoio foi de extrema importância para as marcas e criadores portugueses, pois abriu um link entre as duas nações e propiciou a interação com o salão, em especial, dos novos talentos de Portugal. Como funciona, de MANEIRA PRATICA esse acordo bilateral.

A cada início de temporada são enviados às empresas portuguesas um e-mail com todos os dados e ficha de inscrição dos salões. É anexada uma “letter” redigida em comum acordo com a Seletiva Moda, informando este apoio e também os contatos para a possível subvenção dos interlocutores. As empresas que estão procurando export e subvenção entram em contato com a organização portuguesa, que concentra todos os dossiers consigo e os envia ao Milton. A subvenção da Seletiva Moda varia de acordo com o porte da empresa. Este valioso apoio, que vigora há dois anos (ver 4 edições do salão), permite que o número de empresas interessadas aumente a cada edição. Mais de 20 empresas já expuseram ao salão do PAPP.

Um detalhe importantíssimo: devemos deixar claro que o processo seletivo e de apoio das marcas portuguesas ocorrem segundo os critérios da Seletiva Moda e o PAPP não interfere nesta decisão para deliberar a subvenção. Devido ao amplo e variado público profissional e internacional, empresas de grande porte também participam do salão e obtém resultados de vendas bem positivas. Através dessa parceria foi permitida a imprensa e compradores internacionais descobrirem ou redescobrirem a moda portuguesa.

Marcas que eram conhecidas somente em Portugal, tem hoje expressiva notoriedade no mercado international. No inicio, algumas marcas apresentavam suas coleções somente na edição de inverno, porém em função da demanda do mercado consumidor, se adaptaram e hoje também na edição primavera/verão.

Portugal ja era conhecido no mercado pela surtartance, e hoje através do salão tiveram a oportunidade de mostrar uma moda criativa, de qualidade, com acabamentos e modelagens perfeitas. Algumas das empresas que participam e já participaram do salão PAPP: TELE BAGS / FASHION TEAM / KOH I NOOR / DIELMAR / MISSANGAS / SOFIA DE ALMEIDA / TM COLLECTIONS

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MusikPor:Ana Rita D´Almeida

Depois de “Hey Tom!” (um dos singles da anterior artista), passamos a, Hey Rodrigo! Leão, Rodrigo Leão, artista a solo que cultiva um trilho instrumental, combinando os teclados electrónicos e a instrumentação de cordas clássica, incutido a um tempo pela música erudita e pela música minimalista contemporânea. Fez parte da Sétima Legião, entre 93 e 96 e do projecto Madredeus, que acaba por abandonar no ano de 94. Dedica-se ao seu EP’s, “Mysterium” que surge em 95 e no ano seguinte surge o CD “Theatrum”. A sua jornada de exploração entre a disposição das suas obras clássicas -modernas com feições de canção e instrumentação mais tradicional, com a participação de Lula Pena ou Adriana Calcanhotto, no CD “Alma Mater”. Dividiu com outro carismático cantor português, Sérgio Godinho, a responsabilidade por parte da banda sonora da série televisiva – Equador – que continha alguns temas originais e temas pertencentes a trabalhos antecedentes. Rodrigo já recebeu diversos prémios, entre eles, disco do ano com o CD “Alma Mater” e canção do ano – “A Casa”. Falar de Rodrigo Leão sem tocar no Cinema Ensemble, seria decerto pecado! Cinema Ensemble é composto por Ana Vieira (vocalista), Celina da Piedade (Acordeão), Viviena Tupikova (Violino), Bruno Silva (Viola de Arco), Luís Aires (Baixo), Luís San Payo (Bateria) e Carlos Gomes (Violoncelo), e que brilhantes eles são…

"O seu nome é Deolinda e tem idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece, solteira de amores, casada com desamores, natural de Lisboa, habita um rés-do-chão algures nos subúrbios da capital. Compõe as suas canções a olhar por entre as cortinas da janela, inspirada pelos discos de grafonola da avó e pela vida bizarra dos vizinhos. Vive com 2 gatos e um peixinho vermelho...". Deolinda não é isto, e não tem que ser só isto! Dois selos e um carimbo é o seu mais novo e mediático álbum, não fosse o single – “Ai que parva que eu sou” percorrer de Norte

a Sul todos os “ouvintes”/iluminados políticos que por este Portugal circulam. E também de música Portugal é feito, sobretudo de música portuguesa. Deolinda, chegou do seu rés-do-chão mais acolhedor para encantar as vizinhas das suas colinas, Lisboa. Ana bacalhau dá voz a Deolinda, Pedro da Silva Martins (guitarra), Luís José Martins (guitarra) e Zé Pedro Leitão (contrabaixo), dão o corpo e nós? Nós damos a mão à palmatória, aplaudimos, aplaudimos de pé, porque é de pé que se aplaudem os grandes artistas! O primeiro álbum surgiu em Abril de 2008, Canção ao lado, de seu nome, deu o mote para que o lançamento deste projecto, que se iniciara em 2006, chegasse a disco de ouro em Outubro de 2008. O último álbum (“Dois selos e um carimbo”), teve como single “Um contra o outro”, lançado em 2010, tendo feito parte do top de vendas nacional e premiado com o galardão de platina em Novembro do mesmo ano. No primeiro álbum, Deolinda aclamava do seu palco, “…tenho um emprego e uma vida normal…”, neste ultimo, declama da janela do seu rés-do-chão, “ e fico a pensar, que mundo tão parvo, onde para ser escravo é preciso estudar.” Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, aclamam-se desejos, mas declaram-se males. Ai que parva que eu sou!

Deolinda

Rodrigo Leão

D⁄Musik

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Musik

“Don't look at me, just look inside, cause I can go through…” é um dos refrões mais conhecidos da cantora, Rita Pereira, mais aclamada por Rita Redshoes (nome inspirado no filme O Feiticeito de Oz, onde em muitos contos os “redshoes” aparecem como que mágicos!). A sua carreira começa em 1996 com a sua ligação ao mundo da música, acaba por iniciar-se como baterista do grupo de Teatro ITA VERO. Passados 3 anos a artista acaba por ser premiada como sendo uma das finalistas do concurso Jovens Criadores, tocando baixo no projecto Rebel Red Dog. No mesmo ano, começa a incrementar aquele que viria a tornar-se o seu actual projecto, tocando piano a solo em Photographs. Acaba de reeditar, o seu segundo álbum, "Lights & Darks" (2010), descendente de "Golden Era" (2008). Este seu segundo álbum, narra alguns dos seus processos criativos, a viagens, os livros que a influenciaram a marcar o seu percurso artístico e conta também com alguns dos seus hits single – “Captain of my soul”, “bad lila” e ainda o dueto com The Legendary Tigerman em Fever. Estão patentes alguns dos registos dos temas gravados no concerto na Aula Magna. Participou, sensivelmente há 10 anos nos Atomic Bees, mas a “dream girl” ficou mais conhecida pela colaboração com David Fonseca, quem é que não se lembra do tema “Hold Still”?!

Depois de “Hey Tom!” (um dos singles da anterior artista), passamos a, Hey Rodrigo! Leão, Rodrigo Leão, artista a solo que cultiva um trilho instrumental, combinando os teclados electrónicos e a instrumentação de cordas clássica, incutido a um tempo pela música erudita e pela música minimalista contemporânea. Fez parte da Sétima Legião, entre 93 e 96 e do projecto Madredeus, que acaba por abandonar no ano de 94. Dedica-se ao seu EP’s, “Mysterium” que surge em 95 e no ano seguinte surge o CD “Theatrum”. A sua jornada de exploração entre a disposição das suas obras clássicas -modernas com feições de canção e instrumentação mais tradicional, com a participação de Lula Pena ou Adriana Calcanhotto, no CD “Alma Mater”. Dividiu com outro carismático cantor português, Sérgio Godinho, a responsabilidade por parte da banda sonora da série televisiva – Equador – que continha alguns temas originais e temas pertencentes a trabalhos antecedentes. Rodrigo já recebeu diversos prémios, entre eles, disco do ano com o CD “Alma Mater” e canção do ano – “A Casa”. Falar de Rodrigo Leão sem tocar no Cinema Ensemble, seria decerto pecado! Cinema Ensemble é composto por Ana Vieira (vocalista), Celina da Piedade (Acordeão), Viviena Tupikova (Violino), Bruno Silva (Viola de Arco), Luís Aires (Baixo), Luís San Payo (Bateria) e Carlos Gomes (Violoncelo), e que brilhantes eles são…

"O seu nome é Deolinda e tem idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece, solteira de amores, casada com desamores, natural de Lisboa, habita um rés-do-chão algures nos subúrbios da capital. Compõe as suas canções a olhar por entre as cortinas da janela, inspirada pelos discos de grafonola da avó e pela vida bizarra dos vizinhos. Vive com 2 gatos e um peixinho vermelho...". Deolinda não é isto, e não tem que ser só isto! Dois selos e um carimbo é o seu mais novo e mediático álbum, não fosse o single – “Ai que parva que eu sou” percorrer de Norte

a Sul todos os “ouvintes”/iluminados políticos que por este Portugal circulam. E também de música Portugal é feito, sobretudo de música portuguesa. Deolinda, chegou do seu rés-do-chão mais acolhedor para encantar as vizinhas das suas colinas, Lisboa. Ana bacalhau dá voz a Deolinda, Pedro da Silva Martins (guitarra), Luís José Martins (guitarra) e Zé Pedro Leitão (contrabaixo), dão o corpo e nós? Nós damos a mão à palmatória, aplaudimos, aplaudimos de pé, porque é de pé que se aplaudem os grandes artistas! O primeiro álbum surgiu em Abril de 2008, Canção ao lado, de seu nome, deu o mote para que o lançamento deste projecto, que se iniciara em 2006, chegasse a disco de ouro em Outubro de 2008. O último álbum (“Dois selos e um carimbo”), teve como single “Um contra o outro”, lançado em 2010, tendo feito parte do top de vendas nacional e premiado com o galardão de platina em Novembro do mesmo ano. No primeiro álbum, Deolinda aclamava do seu palco, “…tenho um emprego e uma vida normal…”, neste ultimo, declama da janela do seu rés-do-chão, “ e fico a pensar, que mundo tão parvo, onde para ser escravo é preciso estudar.” Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, aclamam-se desejos, mas declaram-se males. Ai que parva que eu sou!

Com relativas semelhanças a Duffy, Aurea, passa a ser conhecida através do seu single “Busy (for me)”, I tried to call you but you didn´t answer the phone, escuta-se todas as manhãs enquanto se percorre o caminho casa – trabalho. Áurea invade assim as manhãs de todos os portugueses. Considerada a voz revelação de 2010, a artista tem actuado em diversos palcos nacionais e internacionais. Portadora de uma voz poderosa, sedutora e inigualável, o seu primeiro álbum, chegou às lojas a 27 de Setembro 2010. “Busy

(for me)” esteve várias vezes em n.º 1 do iTunes (Portugal). A aptidão, o talento, a garra nasceram com ela, a música sempre esteve presente na sua vida. As influências vão desde Aretha Franklin a Joss Stone, passando por John Mayer e AmyWinehouse,etc. O seu álbum marca a estreia deste seu primeiro registo, que tem na voz de Aurea toda a sua harmonia. Recebeu este ano e com o merecido mérito, o Globo de Ouro pela SIC e pela Caras de “Melhor Intérprete Individua”. Áurea não se ouve, escuta-se!

Aurea

Rita Redshoes

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O Audi Med Cup é maior e mais importante circuito da temporada verão europeia de campeonatos de vela e acontece em Cascais, Marseilhe , Cagliari, Cartagena e termina em Barcelona, em Setembro. As corridas tem roteiros longos e para uma principiante em escrever sobre este tipo de competição me limito a observar o que acontece e aprender com grandes jornalistas da área que se encontram por aqui esses dias. Não só, é claro. Acabei fazendo um tour guiado e super explicativo com Pedro Andrade- Trimmer da vela grande do veleiro XXII PORTUGUESE SAILING TEAM da série Soto 40 – categoria nova nesta temporada e tive uma aula básica sobre o que de fato acontece a bordo. Bem complicado, muito trabalho e concentração.

Audi Med Cup – Troféu de Cascais

Por:Thais AmorminoFotos:Keith Brash

Não é fácil falar sobre um campeonato de barcos a vela. São inúmeras etapas, duas corridas por dia, a classificação varia bastante e claro: as velas, os tipos de barco a maioria feita de fibra de carbono para ficar levíssimo na água e voar no oceano – quem desenhou, a preocupação pela qualidade e tipo de vento que teremos pelo dia, todos esses detalhes são mais que importantes para quem entende sobre o assunto. Um jornalista português que trabalha em uma revista específica sobre Velas e, ficou sabendo da minha paixão pelo mar e barcos me disse: “ Thais é mais fácil você tirar sua carteira de lancha que saber sobre todos os detalhes dos barcos à vela”. Claro que minha proposta neste evento é outra.

Fico é admirada em alto mar tão perto, vendo toda aquela troca de velas durante o percurso e a exatidão, concentração que os “homens” possuem – sim, esporte bem masculino e não só , mesmo na press area e ao redor , as mulheres estão em sua maioria por trás na organização do evento, assessoria de imprensa mas o palco é digamos quase que exclusivo deles. Para uma jornalista, editora de moda migrar para cobrir uma competição deste nivel – é como se fosse a Fórmula 1, pode parecer um pouco estranho, não pelo fato de ter a questão por trás do “luxo”, do “glamour” que envolve este tipo de ambiente tanto quanto as passarelas mundo afora. Contanto a diferença é enorme: por aqui a passarela é o mar, o astro maior é o vento- sem ele nada acontece e, as marcas são os times de diversos países - suas coleções , as corridas e classificação são apresentadas por dias e uma adrenalina toma conta do ar. O backstage são os boxes das equipes compostos por vários tipos de cordas, máquinas de

costura, velas e mais velas e tudo mais que o veleiro posso precisar para reparar nos dias de competicação. A diferença principal é que por aqui “wanna be” não existe e, o modelito têm que ter é a boa e velha, havaianas! Um casaco potente contra o vento e o sol também...

Mas voltando a competicação. O Audi Med Cup se divide em duas categorias: 52 serie e os Soto 40. A diferença dos veleiros esta de fato na infra a bordo e claro, no barco. Enquanto o primeiro leva 12 homens , tem barco de apoio assim como apoio de terra (nos boxes) além de ser a categoria mais cara é também a mais rápida em alto mar , o segundo vai com 9 homens a bordo, não possue esta infra por trás e todos os barcos foram construiíos na Argentina pela M Boats. O Soto 40 é um one design e não um box rule como os TP, o que significa que todos são iguais, feitos no mesmo local , não existindo inovações de diferentes arquitetos obrigando sempre evolução and “more money “...esses barcos são super populares na América Latina mas por aqui começam a dar os primeiros passos. Neste temporada foram cinco equipes disputando na Soto 40 e nove na TP 52. Durante os dias de competição a disputa ficou bastante acirrada e surpresas na final, principalmente na Soto 40. Ah, não posso deixar de citar a corrida da regata costeira. Além de ser a mais longa , proporciona imagens absurdas das cidades que passa e super adrenalina. Minha experiência foi incrível e definitivamente troquei as semanas de moda pelas de terra ops pelas de mar...E por pouco não termino esta Presença confirmada em 2012.

D⁄Sport

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O Audi Med Cup é maior e mais importante circuito da temporada verão europeia de campeonatos de vela e acontece em Cascais, Marseilhe , Cagliari, Cartagena e termina em Barcelona, em Setembro. As corridas tem roteiros longos e para uma principiante em escrever sobre este tipo de competição me limito a observar o que acontece e aprender com grandes jornalistas da área que se encontram por aqui esses dias. Não só, é claro. Acabei fazendo um tour guiado e super explicativo com Pedro Andrade- Trimmer da vela grande do veleiro XXII PORTUGUESE SAILING TEAM da série Soto 40 – categoria nova nesta temporada e tive uma aula básica sobre o que de fato acontece a bordo. Bem complicado, muito trabalho e concentração.

costura, velas e mais velas e tudo mais que o veleiro posso precisar para reparar nos dias de competicação. A diferença principal é que por aqui “wanna be” não existe e, o modelito têm que ter é a boa e velha, havaianas! Um casaco potente contra o vento e o sol também...

Mas voltando a competicação. O Audi Med Cup se divide em duas categorias: 52 serie e os Soto 40. A diferença dos veleiros esta de fato na infra a bordo e claro, no barco. Enquanto o primeiro leva 12 homens , tem barco de apoio assim como apoio de terra (nos boxes) além de ser a categoria mais cara é também a mais rápida em alto mar , o segundo vai com 9 homens a bordo, não possue esta infra por trás e todos os barcos foram construiíos na Argentina pela M Boats. O Soto 40 é um one design e não um box rule como os TP, o que significa que todos são iguais, feitos no mesmo local , não existindo inovações de diferentes arquitetos obrigando sempre evolução and “more money “...esses barcos são super populares na América Latina mas por aqui começam a dar os primeiros passos. Neste temporada foram cinco equipes disputando na Soto 40 e nove na TP 52. Durante os dias de competição a disputa ficou bastante acirrada e surpresas na final, principalmente na Soto 40. Ah, não posso deixar de citar a corrida da regata costeira. Além de ser a mais longa , proporciona imagens absurdas das cidades que passa e super adrenalina. Minha experiência foi incrível e definitivamente troquei as semanas de moda pelas de terra ops pelas de mar...E por pouco não termino esta Presença confirmada em 2012.

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A classificação desta primeira etapa do Audi Med Cup - Troféu de Cascais 2011 terminou assim:

tP52Quantum Racing , USA em primeiro lugar...descubra o mundo Quantum : http://www.quantumsails.com/Container da Alemanha em segundo, seguido pela equipe Audi Azzurra Sailing Team , da Itália.

soto40A Iberdrola Team da Espanha confirmou o favoritismo e garantiu a liderança. Para a surpresa os portugueses do XXII Sailing team , o veleiro que tive o privilégio de entender e aprender um pouco ficou em segundo. Em terceiro os também portugueses do Bigamist. Agradecimento especial a Keith Brash ( da Quantum Sails) por ceder suas fotos incríveis para a Drops Magazine. Continue acompanhando a Audi Med Cup: medcup.org/home

VeleiroXsoto40XXiiPortuguesesailingteam

- 9 homens a bordo, cada um em uma função;

- 9 velas sendo a mestra , a mais importante e, a que está na maioria das vezes hastiada tendo um homem para cuidar dela durante toda a corrida. As outras duas (2) mais importantes são usadas de acordo com a necessidade e 3 chamadas balão que também podem ser utéis ou não dependendo da vontade do Sr. Vento;

- O painel de controle dá a direção e velocidade do barco e vento. Assim como um outro homem específico toma conta exclusivamente de uma espécie de GPS que coordena o trabalho da equipe, ele é um “navegador de bordo”. Posição que poderia ser ocupada por uma mulher, que tal ??? Acredito no nosso senso de estratégia e claro, feeling para coordenar tudo isso.

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Vamos a uma introdução rápida sobre a Drops Zen ao nossos leitores portugueses. Por aqui não existe previsões astrológicas e sim, reflexões zen budistas...

Drops Zen

Por:Dhara

Osho é um dos maiores filosófos do nosso século e, através do seu Tarot Zen trazemos para você pensamentos e novas visões bastante promissoras para a vida. Para ele, o externo é somente um reflexo do nosso interno e assim temos a chance de começar uma grande viagem, a maior delas, para a nossa verdadeira essência. Maravilhas estão ao nosso dispor para serem celebradas, todos os dias.

Como primeira mensagem nesta Drops Portugal temos a “Ruptura”. Esta carta pertence aos arcanos maiores - o tarot zen também está divido em maiores e menores , igual a um tarot de Marselha mas aqui temos energias, não é divinatório, portanto chance de examinar um dostemas centrais da nossa existência ou mesmo mudança de personagem e situação.

A Ruptura carrega uma força determinante à medida que a figura central quebra espelhos com força e vitalidade. O texto deixa claro que devemos “converter a derrocada em ruptura” ou seja , devemos transformar profundamente nosso caos interno e mais “ um psicoterapeuta simplesmente põe remedos” . O único caminho que vai ajuda-lo a passar pela “noite escura da alma com equilibrio, disciplinado, alerta” é o Zen ou a meditação.

Todos nós atingimos ocasionalmente um ponto onde “bastante é o bastante” . Esta é a hora exata de deixar de lado todas as cargas e restrições que estão te limitando e fazer alguma coisa.- por mais que ela não seja a “certa”, faça algo já. Permita-se rouper com velhos padrões e limitações que estão sufocando sua energia vital. Permita-se !! Espelhe na figura e deixe a energia fluir do seu plexo solar com exuberância...tudo se transforma !

D⁄Zen

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