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    Gesto de Pessoas

    Ana Lcia da Rocha Silva

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    Ana Lcia da Rocha Silva

    GESTO DE PESSOAS

    Educao a Distncia

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    SUMRIO

    Introduo .............................................................................................................................................. 31 O papel das pessoas na organizao...................................................................................... 51.1 As pessoas como parceiras da organizao ........................................................................... 61.2 As pessoas como recursos ou parceiras da organizao ....................................................... 71.3 A importncia da administrao na gesto de pessoas .......................................................... 81.4 Eficincia e eficcia da organizao para gesto de pessoas .............................................. 112 Integrao organizacional na gesto de pessoas .................................................................. 132.1 A comunicao na organizao. ............................................................................................ 152.2 A motivao na organizao. ................................................................................................. 212.2.1 A motivao para Abraham Maslow. ..................................................................................... 212.2.2 A motivao para Frederick Herzberg ................................................................................... 232.3 Gerenciamento das mudanas e os paradgmas ................................................................... 272.3.1 Novos paradgmas na gesto de pessoas ............................................................................ 292.4 A gerncia e liderana na organizao .................................................................................. 312.4.1 Liderana na teoria x .............................................................................................................. 332.4.2 Liderana na teoria y ............................................................................................................342.4.3 Liderana na teoria z .............................................................................................................. 352.4.4 Liderana atual ....................................................................................................................... 373 Fundamentos da gesto de pessoas ..................................................................................... 433.1 Gesto de pessoas como responsabilidade e funo de staff..............................................453.2 Moderna gesto de pessoas-GP ........................................................................................... 483.3 Os desafios da moderna gesto de pessoas ......................................................................... 503.4 A nova orientao da gesto de pessoas em plena era da informao ............................... 534 Agregar pessoas 1 processo da gesto de pessoa .......................................................... 564.1 Agregar pessoas e o mercado de trabalho ............................................................................ 574.2 Novo perfil do emprego e mercado de recursos humanos .................................................... 614.3 Conceitos de recrutamento de pessoas ................................................................................. 634.4 Conceitos de seleo de pessoas ......................................................................................... 675 Aplicar pessoas 2 processo de gesto de pessoas ......................................................... 715.1 Modelagem de cargos ............................................................................................................ 735.2 Avaliao do desempenho humano ...................................................................................... 756 Recompensando pessoas 3 processo de gesto de pessoas .......................................... 796.1 Remunerao ......................................................................................................................... 796.2 Remunerao x Motivao ..................................................................................................... 816.3 Programa de incentivo ..................................................................................................... 826.4 Benefcios e Servios ............................................................................................................. 837 Desenvolvendo pessoas 4 processo de gesto de pessoas ............................................ 867.1 Processo de T&D ................................................................................................................... 867.2 Desafios do T&D .................................................................................................................... 908 Mantendo pessoas 5 processo de gesto de pessoas ..................................................... 918.1 Relaes com os colaboradores ............................................................................................ 91

    8.2 Higiene, segurana e qualidade de vida ...............................................................................859 Monitorando pessoas - 6 processo de gesto de pessoas................................................ 939.1 Banco de dados e sistemas de informao de gesto de pessoas ......................................9310 Como elaborar projeto de interveno na gesto de pessoas .............................................. 9411 Gesto de pessoas no cenrio de competncias ................................................................ 104Bibliografia ........................................................................................................................................ 110

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    Introduo

    As organizaes so verdadeiros seres vivos. Quando elas so bem-

    sucedidas, tendem a crescer ou, no mnimo a sobreviver. O crescimento acarreta

    maior complexidade dos recursos necessrios s suas operaes, com o aumentode capital, incremento de tecnologia, atividades de apoio etc. E, ento, provoca o

    aumento do nmero de pessoas, bem como a necessidade de intensificar a

    aplicao de seus conhecimentos, habilidades e destrezas indispensveis

    manuteno e competitividade do negcio.

    Tudo isto para se assegurar que os recursos materiais, financeiros e

    tecnolgicos sejam utilizados com eficincia e eficcia. E as pessoas passam a

    significar o diferencial competitivo que mantm e promove o sucesso

    organizacional: elas passam a constituir a competncia bsica da organizao, a

    sua principal vantagem competitiva em um mundo globalizado, instvel, mutvel e

    forte concorrncia.

    A gesto de pessoas formada por pessoas e organizaes. As pessoas

    passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro de organizaes.

    E estas dependem daquelas para poderem funcionar e alcanar sucesso. De

    um lado, o trabalho toma consideravelmente tempo das vidas e dos esforos das

    pessoas, que dele dependem para a subsistncia e sucesso pessoal. Separar o

    trabalho da existncia das pessoas muito difcil, seno quase impossvel, diante

    da importncia e do impacto que o trabalho nelas provoca. Assim as pessoas

    dependem das organizaes nas quais trabalham para atingir seus objetivos

    pessoais e individuais. Crescer na vida e ser bem-sucedido dependem de crescer

    dentro das organizaes. (Chiavenato 2008, 04)

    As pessoas constituem o mais importante ativo das organizaes. O

    contexto da gesto de pessoas representado pela ntima interdependncia das

    organizaes e das pessoas. Tanto as organizaes como as pessoas variam

    intensamente. O relacionamento entre ambos, antes considerado conflitivo, hoje

    baseado na soluo do tipo ganha-ganha. Cada uma das partes tem o seu

    objetivo. (CHIAVENATO 2004, 29)

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    neste rumo que se apresentaro os caminhos e o mais diverso

    entendimento da Gesto de Pessoas hoje no meio empresarial.

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    1. O Papel das Pessoas na Organizao

    No meio empresarial cada vez mais competitivo, uma rea est agitada

    mais do que nunca: a de recursos humanos. A maioria das empresas esto

    mudando seus recursos humanos (RH). Uma onda de mudanas est ocorrendo

    na rea. E que razo? Simples: a valorizao do RH. Ele est se tornando um

    parceiro nos negcios e engajado com as outras reas da empresa. Em outro

    termo: est virando um Recursos Humanos-RH estratgico.

    E o que isso significa? Um RH que no lida somente com assuntos de

    pessoas, mas que influencia os prprios negcios da empresa na busca de

    resultados. Esse novo papel do RH traz em seu modelo um novo papel daspessoas e, sobretudo, um novo papel da empresa. o que veremos a seguir.

    Cada organizao tem uma ideologia prpria a respeito do papel das

    pessoas na atividade organizacional. A denominao dada s pessoas pode refletir

    qual o papel que a organizao confere a elas.

    Assim se entende o objetivo organizacional e os individuais das pessoas:

    Figura: Chiavenato (2008, 6)

    Objetivos Organizacionais Objetivos Individuais

    Sobrevivncia

    Crescimento sustentado

    Lucratividade

    Produtividade

    Qualidade nos Produtos/Servios

    Reduo de Custos Participao no Mercado

    Novos Mercados

    Novos Clientes

    Competitividade

    Imagem no Mercado

    Melhores Salrios

    Melhores Benefcios

    Estabilidade no Emprego

    Segurana no Trabalho

    Qualidade de Vida no Trabalho

    Satisfao no Trabalho Considerao e Respeito

    Oportunidades de Crescimento

    Liberdade para Trabalhar

    Liderana Liberal

    Orgulho da Organizao

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    A Gesto de Pessoas (GP), uma rea muito sensvel mentalidade que

    predomina nas organizaes. Ela extremamente contingencial e situacional, pois

    depende de vrios aspectos, como a cultura que existe em cada organizao, da

    estrutura organizacional adotada, das caractersticas do contexto ambiental, do

    negcio da organizao, da tecnologia utilizada, dos processos internos, do estilo

    de Gesto utilizado e de uma infinidade de outras variveis importantes.

    (Chiavenato 2008, 8)

    1.1 As pessoas como parceiras da Organizao

    Nos tempos atuais as organizaes esto ampliando a sua viso e atuao

    estratgica.

    Todo o processo produtivo s se realiza com a participao conjunta de

    diversos parceiros, cada qual contribuindo com algum recurso.

    Os clientes parceiros e consumidores contribuem para a organizao,

    adquirindo seus bens ou servios colocados no mercado.

    Cada um dos parceiros da organizao contribui com algo na expectativa de

    obter um retorno pela sua contribuio. (Chiavenato2008, 7)

    Assim o parceiro mais ntimo da organizao o colaborador, pois ele queest dentro dela e que lhe d vida e dinamismo com seus conhecimentos,

    capacidades e habilidades, proporcionando decises e aes para resultados na

    organizao.

    Representao dos parceiros da organizao:

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    Os parceiros da organizao (Chiavenato 2008, 7)

    Esta viso das pessoas como parceiras da organizao, contribuiu muito

    para a viso estratgica de gesto de pessoas na atuao de melhores resultados

    e satisfatrio no investimento empresarial.

    1.2 As pessoas como Recursos ou Parceiras da Organizao

    As Pessoas como Recursos precisam ser administradas, o que envolve

    planejamento, organizao, direo e controle de suas atividades, j que

    passam neste caso a ser considerados sujeitos passivos da ao

    organizacional, parte do patrimnio fsico na contabilidade da organizao.

    As Pessoas como Parceiros so fornecedoras de conhecimentos,

    habilidades, Competncias e, sobretudo, o mais importante inteligncia, que

    proporciona decises racionais e d significado e rumo aos objetivos globais da

    organizao.

    Parceiros Contribuem com: Esperam retornos de:

    Acionistas eInvestidores

    Colaboradores

    Fornecedores

    Clientes eConsumidores

    Capital de risco,Investimentos

    Trabalho, esforo,Conhecimentos e

    Competncias

    Matrias-primas, servios,Insumos bsicos,

    Tecnologia

    Compras e aquisiodos bens e servios

    Lucros e dividendos,

    Valor agregado

    Salrios, benefcios,Retribuies e satisfaes

    Lucros e novos negcios

    Qualidade, preo,Satisfao, valor agregado

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    Figura - Pessoas como Recursos e Parceiros (Chiavenato - 2008, 9)

    Ento o parceiro da organizao que deve ser privilegiado, est dentro do

    entendimento das parcerias do negcio da empresa e que domina o grupo de

    interesses que atuam interna e externamente na organizao, utilizando gesto do

    conhecimento, tica na responsabilidade, equipes, metas negociadas e

    compartilhadas, resultados com inteligncias e talentos.

    1.3 A importncia da Administrao na Gesto de Pessoas

    O papel da Administrao para a Gesto de Pessoas tem como definio, o

    ato de trabalhar com e atravs de pessoas para realizar os objetivos tanto da

    organizao quanto de seus membros.

    Pessoas como Recursos

    Empregados Isolados nos cargos.

    Horrio rigidamente estabelecido.

    Preocupao com normas e regras

    Subordinao ao chefe

    Fidelidade Organizao

    Dependncia da Chefia

    Alienao em relao organizao

    nfase na especializao

    Executoras de tarefas

    nfase nas destrezas manuais

    Mo-de-Obra

    Pessoas como Parceiros

    Colaboradores agrupados em Equipes.

    Metas negociadas e compartilhadas.

    Preocupao com resultados

    Atendimento e Satisfao do Cliente

    Vinculao misso e viso

    Interdependncia entre colegas e equipes

    Participao e comprometimento

    nfase na tica e na responsabilidade

    Fornecedores de atividades

    nfase no Conhecimento

    Inteligncia e Talento

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    Segundo CHIAVENATTO (1983, p.6):

    A palavra Administrao vem do latim ad (direo para, tendncia para) e

    minister (subordinao ou obedincia), e significa aquele que realiza uma

    funo abaixo do comando de outrem, isto , aquele que presta um servio

    a outro. No entanto, a palavra Administrao sofreu uma radical

    transformao no seu significado original. A tarefa atual da Administrao

    a de interpretar os objetivos propostos pela organizao e transform-los em

    ao organizacional (...), a fim de alcanar tais objetivos de maneira mais

    adequada situao.

    Ou seja, o ato de administrar nada mais do que a maneira de guiar aorganizao para atingir seus objetivos, empregando de maneira adequada os

    recursos existentes, de acordo com as situaes que se apresentam na rotina

    diria a ser administrada.

    Ao longo do ltimo sculo surgiram inmeras correntes sobre Administrao,

    todas com diferentes abordagens sobre o tema. a respeito dessas abordagens

    que passaremos a discorrer, a fim de termos uma viso ampla e crtica do que seja

    Administrao. De forma que fortalea o histrico da administrao na viso da

    Gesto de Pessoas. Identificam-se alguns conceitos importantes, como:

    Objetivos: Onde est, onde quer estar amanh (curto prazo), daqui a

    algum tempo (mdio prazo) e no futuro (longo prazo);

    Decises: Capacidade de resolver, ato que determinar os rumos de

    um fato ou resultado final, opo por dada estratgia em detrimento s

    diversas outras disponveis; Recursos: Ter condies para, meios que se podem dispor, bens

    materiais, posses, riquezas, aptides naturais.

    Assim a Administrao demonstra o processo de tomar e colocar em prtica

    as decises sobre objetivos e utilizao de recursos.

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    Uma estratgia para a viso da Gesto de Pessoas que de fundamental

    importncia, so os nveis estratgicos da Administrao que podem ser

    classificados como:

    a) Estratgico que corresponde alta administrao, pois determinam os

    objetivos de mdio e longo prazo, bem como a direo da organizao

    como um todo;

    b) Ttico que corresponde mdia administrao, pois coordena e decide

    quais produtos ou servios sero produzidos, que corresponde

    superviso, pois coordena a execuo das tarefas de todo o pessoal

    operacional;

    c) Operacional os trabalhadores de linha de frente que no tm posiogerencial. Estes se reportam aos que esto no nvel ttico e estratgico e

    so responsveis pela execuo das tarefas bsicas.

    Ainda nas estratgias para a gesto de pessoas, se entende um conceito

    das habilidades na administrao o que a integra e contribui para uma viso ampla

    da administrao empresarial. Como as Habilidades Administrativas:

    HumanasMdia

    Administrao

    AdministraoOperacional

    Tcnicas

    ConceituaisAlta

    Administrao

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    a) Habilidades Conceituais so as relacionadas capacidade de ver a

    empresa de maneira total - viso holstica, consiste ainda na capacidade de

    compreender as complexidades da organizao, de modo global e amplo,

    com todas as suas inter-relaes, e promover a integrao e sinergia dos

    participantes da organizao.

    b) Habilidades Tcnicas so aquelas relacionadas ao desempenho das

    funes ou trabalhos especializados dentro da organizao; consistem no

    conhecimento, mtodos tcnicos, e equipamentos para a realizao de

    tarefas especficas. Deve sempre estar preparado para multiplicar a forma

    de execuo das tarefas, atravs do conhecimento e domnio das tcnicas;

    c) Habilidades Humanas so aquelas ligas ao relacionamento interpessoal,

    com a flexibilidade, com a capacidade de resoluo de conflitos, com o

    tratamento com pessoas, consiste na capacidade e discernimento para

    trabalhar com pessoas, compreendendo suas atitudes e motivaes,

    exercendo a liderana.

    Desta forma podemos concluir que nem todos os nveis administrativos devem

    ser de forma igualitria as habilidades tcnicas e conceituais, mas j a habilidade

    humana deve estar presente, com igual teor de importncia a todos os nveisadministrativos. O que apresenta e demonstra uma forte demanda para a gesto

    de Pessoas.

    1.4 Eficincia e Eficcia da Organizao para a Gesto de Pessoas

    Os profissionais da atualidade tm um desafio constante no dia-a-diaprofissional. Alm da expectativa de que esteja sempre atualizado, que sejam

    flexveis, que saibam tomar decises em prol dos objetivos e que aloquem os

    recursos de forma inteligente, estes devero sempre ser eficientes e eficazes.

    Maximiano (2006, p.5), comenta sobre o tema de eficcia e ressalta que no s

    uma, mas duas so as palavras a serem usadas para indicar que uma organizao

    tem desempenho de acordo com as expectativas dos usurios e das pessoas que

    mobilizaram os recursos: eficincia e eficcia.

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    Neste contexto as respectivas definies so:

    EFICINCIA: Est relacionado com a ao, aquilo que feito. operar de

    modo que os recursos sejam mais adequadamente utilizados.

    EFICCIA: o resultado em si. Significa fazer as coisas certas, do modo

    certo, no tempo certo.

    Elementos diferenciais entre eficincia e eficcia:

    EFICINCIA EFICCIA

    nfase nos meios nfase nos resultados

    Realizao de tarefas Consecuo dos objetivos

    Resoluo de Problemas Acerto na soluo proposta

    Treinamento de Funcionrios Operaes realizadas corretamente.

    Desta forma podemos afirmar que: No basta ser eficiente necessrio

    ser eficaz e um desafio para gesto de pessoas, complementando estes dois Es

    manter a efetividade, ou seja, ser constante nos resultados, objetivos e soluescorretas.

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    2 Integrao organizacional na Gesto de Pessoas

    O chefe de pessoal` do incio do sculo XIX tinha em comum, tanto na Itlia

    quanto nos Estados Unidos e no Brasil, as mesmas caractersticas que o definiram

    por muitos anos: um sujeito inflexvel, seguidor das leis e dono de uma frieza

    incalculvel na hora de demitir algum.

    Dessa forma, ser enviado ao departamento pessoal foi por muitos anos

    sinnimo de estar sendo chamado para receber o bilhete azul. Por muitos anos os

    funcionrios tiveram esse sentimento, e, talvez, em muitas empresas ainda hoje

    persista. No Brasil, com certeza. ( Marras 2000, 21)

    Com base nesta viso de MARRAS, as empresas de grande porte que ao

    longo do perodo, trabalharam no investimento de pesquisas e estudos

    acadmicos, o que se resultou em mudanas produtivas das organizaes, e ainda

    estudos observados no campo da psicologia organizacional, sociologia no trabalho

    e comportamento do homem, para que possibilitassem mudanas e uma melhor

    atuao profissional e empresarial.

    As trs etapas importantes que serve como uma base histrica para o

    melhor entendimento entre as eras e perodos, quanto a:

    - estrutura organizacional;

    - cultura organizacional predominante;- ambiente organizacional;

    - modos de lidar com as pessoas; e

    - administrao de pessoas.

    Segue apresentao das definies na figura abaixo (CHIAVENATO - 2004, 40):

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    Figura: Chiavenato (2008, 40)

    Dentro des e1603 8.1548 .0028.1548 1gura6w650

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    Segundo Drucker (1975, p. 673) que sugere: A pergunta a ser feita no

    O que alta administrao?, mas sim Quais so as coisas especficas a serem

    feitas nessa empresa que so de crucial importncia para o sucesso e

    sobrevivncia da empresa e que podem ser feitas somente pela administrao de

    alto nvel? Quais so as coisas especficas que podem ser feitas somente por

    gente que v a empresa como um todo; que pode avaliar as necessidades atuais

    da empresa em relao s necessidades futuras; e que pode tomar decises finais

    eficazes?.

    Os administradores de hoje, devem estar preparados e aptos ao se

    confrontarem com os desafios que os predecessores da Administrao jamais

    poderiam supor que surgiriam e que teriam que enfrentar.

    Estes desafios incluem uma crescente competio global, acirrada pelo

    desenvolvimento de novas tecnologias, uma demanda por qualidade e valor

    agregado, bem como uma presso diria da necessidade de mudana.

    Segundo CHIAVENATO (1983, p.545): Assim, diferentes ambientes

    requerem diferentes relaes organizacionais para uma eficcia tima. Torna-se

    necessrio um modelo apropriado para cada situao dada. Por outro lado,

    diferentes tecnologias conduzem a diferentes desenhos organizacionais. Variaes

    no ambiente ou na tecnologia conduzem a variaes na estrutura organizacional.

    Esta adaptao por parte dos administradores deve ocorrer atravs do

    conhecimento, atualizao constante, uma grande e eficiente rede de

    relacionamento, saber lidar com pessoas, capacidade de aceitar as mudanas, ser

    flexveis, proativos e centrados na qualidade de tudo o que fazem.

    2.1 A comunicao na organizao

    A comunicao na empresa um instrumento de gesto que tem como

    base a reciprocidade, devendo por isso refletir a via dupla da informao: em

    dois sentidos vertical e horizontal, que exprime a vontade consciente de todos. A

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    Comunicao o processo pelo qual uma pessoa ou grupo transmite suas idias e

    sentimentos a outro indivduo ou grupo e recebem em troca idias e sentimentos.

    A Comunicao um processo segundo o qual um emissor transmite uma

    informao a um receptor. uma Relao inter-humana segundo a qual dois ou

    mais interlocutores conseguem endender-se.

    Assim sendo, a comunicao supe o dilogo, que por sua vez implica a

    cada um dos interlocutores aceitar o outro como pessoa autnoma.

    A comunicao ocorre atravs de elementos imprescindveis, emissor e

    receptor: ambos podem facilitar e dificultar a nossa comunicao em todas as

    instncias da vida e com todos os grupos com que convivemos, tanto

    pessoalmente como profissionalmente:

    - Emissor quem emite a comunicao (a mensagem) servindo para isso de umcdigo qualquer.

    - Receptor: quem recebe a comunicao (a mensagem), ou seja, quem

    decodifica.

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    No processo de comunicao, quando no eficaz em muitas situaes podem

    ocorrer o rudo, que se entende como fatores que complicam ou atrapalham a

    Recepo da Mensagem emitida pelo Emissor, dificultando ou impossibilitando a

    Comunicao.

    Falhas provocadas pelo emissor

    No explicita aos objetivos;

    No estimula a ateno para o fim;

    No utiliza um meio de comunicao (CANAL) adequado;

    Utiliza uma linguagem e vocabulrio inacessveis ao receptor.

    Falhas provocadas pelo receptor

    Triagem das mensagens recebidas: s recebe o que lhe convm;

    No solicita esclarecimentos sobre o assunto em pauta: percepo seletiva;

    Distores e alteraes deliberadas influenciando (rudos);

    Formao de julgamentos e preconceitos sobre o EMISSOR.

    O processo de comunicao sistmico, pois cada etapa constitui um

    subsistema ou parte integrante do conjunto. A influencia em qualquer subsistema

    afeta o funcionamento do sistema todo. Na prtica, a comunicao deve ser

    Chiavenato (2004)

    Rudo

    CANALFonte Codificao ReceptorDecodificao

    Retroao

    PROCESSO DE COMUNICAO

    Mensage Mensage

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    considerada como um processo bidirecional para que seja eficaz. Chiavenato

    (2004)

    Os problemas de comunicao so importantes a um desempenho eficaz do

    grupo. Eles refletem nossa prpria falibilidade e o grau de nossas carncias

    sempre que atuamos com outras pessoas. Minicucci (1992)

    Como tornar um processo de comunicao mais eficaz:

    No estabelecer julgamentos e avaliaes prvios: No tirar concluses

    precipitadas.

    Desenvolver a capacidade de escuta.

    importante no somente ser compreendido, mas tambm procurar

    compreender.

    Escutar ouvir com ateno.

    Solicitar maior nmero de esclarecimentos possveis: Fazer perguntas com

    o objetivo de verificar se os outros tambm nos entendem.

    Elaborar mensagens de forma objetiva, clara e compreensiva, pensando na

    pessoa que ir receb-la.e evitando interrupes no discurso, tendem a

    chegar ao seu receptor de maneira mais fidedigna.

    Minicucci (1992,p.287)

    O gerenciamento de equipes, o desenvolvimento, a motivao, planejamentode trabalho, empowerment e liderana so tarefas organizacionais que exigem

    atividades de comunicao. Chiavenato (2004)

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    Dentro do conceito da comunicao Verbal apresenta:

    Falar e Escrever: Semelhanas e Diferenas

    Diferena Bsica:

    Decorre de muitos recursos auxiliares utilizados para falar e que no

    podemos usar para escrever: observe uma pessoa que esteja falando. Ela no

    utiliza s palavras, mas tambm as mos, a expresso do rosto a entonao da

    voz. Dessa forma, a comunicao falada pode ser mais fluente, mais viva e, em

    muitos casos muito mais clara.

    A Comunicao verbal mais do que simplesmente palavras faladas.

    COMUNICAO

    VERBAL

    Oral:

    Falar

    Escrita:

    Escrever

    COMUNICAO

    VERBAL

    Oral:

    Falar

    Escrita:

    Escrever

    Entrevistas

    Conduo de reunies

    Conversas formais e informais

    Redao de cartas e memorandos

    Elaborao de relatrios escritos

    Contatos com subordinados

    Contatos com clientes

    Contato com fornecedores

    Internet, e-mails, chats.

    Desenvolvimentos e WorkshopsChiavenato

    (2004)

    ATIVIDADESRELACIONADAS COM A

    COMUNICAO

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    Para termos uma comunicao perfeita temos que ter em mente estes indicadores

    conforme representao abaixo:

    COMUNICAO NO VERBAL

    A comunicao no se d apenas por palavras.

    Os movimentos faciais, corporais, gestos, olhares, apresentao e smbolos

    tambm falam.

    Os elementos no-verbais so de grande importncia na transmisso da

    mensagem.

    A Comunicao No-Verbal (todas as suas formas de apresentao) Assume

    cada vez mais um papel importante e de sucesso na vida das pessoas e das

    empresas.

    COMUNICAO100%

    PALAVRA: 7%

    TOM DE VOZ 38%

    FISIOLOGIA 55% (GESTOS)

    COMUNICAO

    NOVERBAL

    GESTOS

    OLHARES

    SMBOLOS

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    2.2 A motivao na organizao

    Hersey e Blanchard (1986, p. 33) apresentam sua percepo a respeito das

    situaes motivadoras cotidianas, reforando que, os objetivos das pessoas se

    voltam para sua consecuo, apresentam ainda uma comparao entre as teorias

    de Maslow e de Herzberg que veremos a seguir:

    Maslow til para a identificao das necessidades ou motivos, e

    Herzberg fornece idias sobre as metas e incentivos que satisfazem a essas

    necessidades. Assim, numa situao motivadora, se soubermos quais so

    as necessidades de alta intensidade (Maslow) dos indivduos que desejamos

    influenciar, deveremos ser capazes de determinar os objetivos (Herzberg)que devem ser colocados no ambiente para motivar tais indivduos. Ao

    mesmo tempo, quando sabemos que objetivos essas pessoas querem

    satisfazer, tambm sabemos quais so as suas necessidades de alta

    intensidade. Isso possvel porque se verificou que o dinheiro e os

    benefcios tendem a satisfazer s necessidades nos nveis: fisiolgico e de

    segurana; as relaes interpessoais e a superviso so exemplos de

    fatores de higiene que tendem a atender s necessidades sociais; maior

    responsabilidade, trabalho desafiante, crescimento e desenvolvimento so

    motivadores que tendem a satisfazer s necessidades de estima e auto-

    realizao

    2.2.1 A motivao para ABRAHAM MASLOW

    Para Maslow existe uma hierarquia natural entre a natureza dasnecessidades, nenhuma delas absoluta: quando uma delas preenchida, a

    preocupao com a sua satisfao desaparece. Inventou o conceito de pirmide

    das necessidades, segundo o qual, uma vez satisfeitas as necessidades

    fisiolgicas bsicas da alimentao ao desejo de um ambiente seguro e

    estruturado, as necessidades mais elevadas de auto-estima e realizao pessoal

    podem ser preenchidas. Conceitos Introduzidos: Hierarquia das necessidades.

    ABRAHAM MASLOW (1908-1970)

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    Segundo Maslow, as pessoas procuram satisfazer suas necessidades, e to

    logo uma satisfeita, outra toma seu lugar, assim como que subindo numa escada,

    ou seja, as pessoas tm o dom de criar novas necessidades na medida em que as

    anteriores so atendidas.

    Essa hierarquia de necessidades pode ser visualizada como uma pirmide.

    Representao da Hierarquia das Necessidades Maslow (1975)

    Necessidades Fisiolgicas: constituem o nvel mais baixo de

    todas as necessidades humanas, mas de vital importncia. Neste

    nvel esto as necessidades de alimentao (fome sede), de sono e

    repouso (cansao), de abrigo (frio ou calor), o desejo sexual e etc.

    Necessidades de segurana: constituem o segundo nvel das

    necessidades humanas. So as necessidades de segurana ou de

    estabilidade, a busca de proteo contra a ameaa ou privao, a

    fuga ao perigo. Surgem no comportamento quando as

    necessidades fisiolgicas esto relativamente satisfeitas.

    Necessidades Sociais: surgem no comportamento, quando as

    necessidades mais baixas (fisiolgica e segurana) encontram-se

    relativamente satisfeitas. Dentre as necessidades sociais esto

    necessidade de associao de participao e de aceitao por

    parte dos companheiros, por troca de amizades, de afeto e amor.

    Necessidade de Estima: so as necessidades relacionadas com a

    maneira pela qual o indivduo se v e se avalia. Envolvem a auto-

    apreciao, a autoconfiana, a necessidade de aprovao social e

    fisiolgicas

    segurana

    sociais

    Auto estima

    Auto realizao a motivao atua

    nesta hierarquia,

    de baixo para cima

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    de respeito, de status, prestigio e considerao. Incluem ainda o

    desejo de fora e de adequao, de confiana perante o mundo, e

    dependncia e autonomia.

    Necessidade de Auto-realizao: so as necessidades humanas

    mais elevadas e que esto no topo da hierarquia. Esto

    relacionadas com a realizao do prprio potencial e do auto-

    desenvolvimento contnuo. Esta tendncia se expressa atravs do

    impulso de a pessoa tem para tornar-se sempre mais do que e de

    vir a ser tudo o que pode ser.

    Neste contexto nem todas as pessoas se realizam conforme o topo da

    pirmide de necessidades. Algumas chegam se preocupam em se auto-realizar;outras nas necessidades de estima; algumas ainda nas sociais, quando uma

    grande maioria se preocupa com as necessidades de segurana e fisiolgicas,

    ainda assim nem sempre conseguem uma satisfao adequadamente.

    2.2.2 A Motivao para FREDERICK HERZBERG:

    Para Herzberg, as pessoas tm necessidades de Ter e de Ser. As

    necessidades de Ter, quando presentes no motivam as pessoas, em

    compensao se estiverem ausentes, as deixam desmotivadas. J as

    necessidades de Ser so as que quando presentes realmente motivam as pessoas

    e quando ausentes, simplesmente no as motivam. As necessidades de ter so

    como uma obrigao organizacional, sobre as quais os gerentes pouco podem

    atuar.

    Frederick Herzberg (psiclogo e consultor americano, professor de

    Administrao da Universidade da Utah), formulou a teoria dos dois fatores para

    explicar o comportamento das pessoas em situao de trabalho. Para ele existem

    dois fatores que orientam o comportamento das pessoas:

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    Fatores higinicos ou fatores extrnsecos:

    Pois se localizam no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem as

    condies dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Como essas

    condies so administrativas e decididas pela empresa, os fatores higinicos

    esto fora do controle das pessoas.

    Os principais fatores higinicos so: salrio, benefcios sociais, tipo de

    chefia ou superviso que as pessoas recebem de seus superiores, condies

    fsicas e ambientais de trabalho, polticas e diretrizes da empresa, clima de

    relacionamento entre a empresa e os funcionrios, regulamentos internos, dentre

    outros.

    Tradicionalmente apenas os fatores higinicos eram utilizados na

    motivao dos empregados: o trabalho era considerado uma atividade

    desagradvel e, para fazer com que as pessoas trabalhassem mais, tornava-se

    necessrio o apelo para prmios e incentivos salariais, superviso, polticas

    empresariais abertas e estimuladoras, isto , incentivos situados externamente ao

    indivduo em troca do seu trabalho.

    As pesquisas de Herzberg revelaram que quando os fatores higinicos so

    timos, eles apenas evitam a insatisfao dos empregados, mas no conseguem

    manter a motivao por muito tempo.

    Quando os fatores higinicos so precrios, eles provocam a insatisfao

    dos empregados. Por causa dessa influncia mais voltada para a insatisfao

    Herzberg chama-os de fatores higinicos, pois so essencialmente profilticos:

    eles apenas evitam a insatisfao, mas no provocam a satisfao.

    Fatores motivacionais ou fatores intrnsecos:

    Pois esto relacionados com o contedo do cargo e com a natureza das

    tarefas que a pessoa executa.

    Os fatores motivacionais esto sob o controle do indivduo, pois esto

    relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de

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    crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realizao, e dependem

    das tarefas que o indivduo realiza no seu trabalho.

    Com isto, perdiam o significado psicolgico para o indivduo que os

    executa e criavam um efeito de "desmotivao", provocando apatia, desinteresse e

    falta de sentido psicolgico. O efeito dos fatores motivacionais sobre as pessoas

    profundo e estvel.

    Quando os fatores motivacionais so timos, eles provocam a satisfao

    nas pessoas. Porm, quando so precrios, eles evitam a satisfao. Por estarem

    relacionados com a satisfao dos indivduos, Herzberg tambm os chama de

    fatores satisfacientes:

    delegao de responsabilidade;

    liberdade de decidir como executar o trabalho;

    promoo;

    uso pleno das habilidades pessoais;

    estabelecimento de objetivos e avaliao relacionada com eles;

    simplificao do cargo (pelo prprio ocupante); e

    ampliao ou enriquecimento do cargo (horizontal ou verticalmente).

    Em essncia, a teoria dos fatores afirma que:

    satisfao no cargo funo do contedo ou atividades desafiadoras e

    estimulantes do cargo: so os chamados fatores motivadores.

    insatisfao no cargo funo do ambiente, da superviso, dos colegas e

    do contexto geral do cargo: so os chamados fatores higinicos.

    Herzberg chegou concluso de que os fatores responsveis pela

    satisfao profissional so totalmente desligados e distintos dos fatores

    responsveis pela insatisfao profissional: "o oposto de satisfao profissional no

    seria a insatisfao, mas sim nenhuma satisfao profissional; e, da mesma

    maneira, o oposto de insatisfao profissional seria nenhuma insatisfao

    profissional e no a satisfao".

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    At certo ponto, as concluses de Herzberg coincidem com a teoria de

    Maslow de que os nveis mais baixos de necessidades humanas tm relativamente

    pequeno efeito motivacional quando o padro de vida elevado. As abordagens de

    Maslow e de Herzberg apresentam alguns pontos de concordncia que permitem

    uma configurao mais ampla e rica a respeito da motivao do comportamento

    humano. No obstante, apresentam tambm importantes diferenas.

    As diferenas entre as teorias de Herzberg e Maslow

    Maslow Herzberg

    Auto-Realizao

    O trabalho em si Responsabilidade

    Progresso

    Crescimento

    Auto-Estima

    Realizao

    Reconhecimento

    Status

    Segurana

    Polticas Administrativas e

    Empresariais

    Segurana no cargo

    Fisiolgicas

    Condies fsicas do

    Trabalho

    Salrio Vida pessoal

    Para proporcionar continuamente motivao no trabalho, Herzberg

    propem o "enriquecimento de tarefas" ou "enriquecimento do cargo": consiste em

    substituir as tarefas simples e elementares do cargo por tarefas mais complexas

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    para acompanhar o crescimento individual de cada empregado, oferecendo-lhe

    condies de desafio e de satisfao profissional no cargo.

    O enriquecimento de tarefas depende do desenvolvimento de cada

    indivduo e deve adequar-se s suas caractersticas individuais em mudanas.

    O enriquecimento de tarefas provoca efeitos desejveis, como aumento da

    motivao, aumento da produtividade, reduo do absentesmo (faltas e atrasos ao

    servio) e reduo da rotatividade do pessoal (demisses de empregados).

    Contudo, pode gerar efeitos indesejveis, como o aumento de ansiedade

    em face de tarefas novas e diferentes quando no so bem-sucedidas nas

    primeiras experincias, aumento do conflito entre as expectativas pessoais e os

    resultados do trabalho nas novas tarefas enriquecidas, sentimentos de explorao

    quando a empresa no acompanha o enriquecimento de tarefas com o

    enriquecimento da remunerao, reduo das relaes interpessoais devido

    maior concentrao nas tarefas enriquecidas.

    2.3 Gerenciamento das Mudanas e os Paradgmas

    Quando tomamos a direo de nossos sonhos, encontramos o sucesso nos

    momentos mais inesperados. Henry David Thoreau

    Na passagem para o sculo XXI, mudanas de grande intensidade, em todos

    os tipos de ambientes, competitivo, tecnolgico, econmico, social, provocaram o

    surgimento de novos conceitos e novas tcnicas para administrar as organizaes.

    Faremos uma comparao entre as tradies e as inovaes impostas por estas

    mudanas de paradigmas.

    Paradigmas so modelos ou padres, que servem como marcos de

    referncia, para explicar e ajudar as pessoas a lidar com situaes. Os paradigmas

    mudam constantemente. As mudanas variam em termos de velocidade,

    permanncia e magnitude.

    A Revoluo Industrial, por exemplo, representou uma mudana de grande

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    magnitude, em tempo relativamente curto, que moldou inmeras caractersticas da

    sociedade atual.

    Formas de produo e consumo, urbanizao, diviso das pessoas em

    classes, profisses e muitos outros aspectos da sociedade fazem parte do

    paradigma criado pela Revoluo Industrial.

    A Revoluo Industrial pode ser resumida em poucas tendncias de

    grande magnitude, cujo vetor principal foi inveno das mquinas que

    complementaram e substituram o trabalho humano. No incio do sculo XXI, a

    Revoluo Industrial continua evoluindo, fazendo a sociedade humana ingressar na

    marcha para a Revoluo Digital, que comeou em meados do sculo XX erepresentou a complementao e substituio de certas atividades intelectuais por

    computadores.

    As passagens para a era ps-industrial e a Revoluo Digital provocaram a

    mudana de muitas concepes tradicionais:

    Resumo do contraste entre as duas situaes:

    CARACTERSTICAS TRADICIONAIS CARACTERSTICAS NO SCULO XXI

    Revoluo Industrial: substituio e

    potencializao do trabalho humano por

    meio de mquinas.

    Revoluo Digital: substituio e

    potencializao das funes humanas de

    deciso, comunicao e processamento de

    informaes por computadores.

    Classe operria numerosa, em conflito com

    uma classe de patres e gerentes.

    Trabalhadores em servios, profissionais

    liberais e trabalhadores do conhecimento

    mais numerosos que os operrios clssicos.

    Trabalhador especializado; operador de

    mquinas qualificado apenas para a

    realizao de uma pequena parte da tarefa

    total.

    Grupo de trabalhadores autogeridos e

    polivalentes. Em certos casos, o trabalho na

    linha de produo requer educao

    universitria.

    Empregos e carreiras estveis. Desemprego, empregabilidade,

    terceirizao, economia informal,

    administrao empreendedora.

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    2.3.1 Novos Paradigmas na Gesto de Pessoas

    No faz muito tempo, os funcionrios eram pagos para obedecer e os

    chefes para ter idias.

    No mundo globalizado e competitivo o sistema de trabalho mudou. Hoje as

    fbricas operam em clulas de produo e os escritrios esto divididos por

    processos.

    Nesse esquema, no cabe mais um chefe. Cada funcionrio dono de seu

    pedao e precisa cuidar dele da melhor forma possvel.

    Ao lado deles est o lder, a pessoa que pode at ganhar mais por causado cargo, mas que est ali para facilitar a vida de todos, inclusive da organizao.

    Os lderes precisam demonstrar confiana em seu pessoal, afinal o que

    importa que a empresa apresente produtos ou servios com qualidade e no

    tempo certo, desta forma ao buscar um lder a empresa no pode olhar apenas as

    qualidades profissionais deste candidato; necessrio saber se este lder conhece

    seus limites e saber trabalhar com pessoas, administrando-os em forma de grupo e

    no individualmente.

    O problema que a maioria das empresas no tem lderes. Elas tm

    meros chefes.

    Uma mudana importante ocorreu no papel dos chefes. No paradigma

    tradicional, no h administrao sem chefes. Desta forma as organizaes que

    cresceram durante o sculo XX tornaram-se cheias de chefes especializados,organizados em hierarquias complexas.

    O Downsizing, diminuio de tamanho, tornou-se uma das palavras de ordem

    no mundo das organizaes j em meados dos anos 80. Em busca de maior

    eficincia na utilizao de seus recursos e reduo de custos, as organizaes

    achataram a hierarquia, simplificaram seus processos de trabalho, promoveram o

    aumento da produtividade e diminuram seus quadros de chefes.

    Alm disso, surgiram novas idias a respeito do papel dos gerentes, que

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    podem ser resumidas na crtica de Peter Drucker (1995, p. XIV): Voc precisa

    aprender a gerenciar em situaes nas quais no tem autoridade de comando, nas

    quais voc no nem controlado nem est controlando. Esta a mudana

    fundamental.

    A mudana na estrutura organizacional e no papel dos gerentes um dos

    novos paradigmas mais importantes da gesto de pessoas. Embora os gerentes

    continuem desempenhando os papis de autoridade e responsabilidade pelas

    decises, o processo administrativo pode e deve ser distribudo em toda a

    estrutura.

    Assim, os colaboradores operacionais assumem responsabilidadesgerenciais (em equipes autogeridas, por exemplo). De acordo com o novo

    paradigma, todos administram e os chefes so coordenadores ou Lder do

    processo.

    Contraste entre o Modelo Tradicional de Gerncia e as Concepes mais

    Modernas:

    MODELO DE ADMINISTRAOCENTRALIZADO NO CHEFE:

    NOVAS IDIAS DA GESTO DEPESSOAS:

    O gerente o personagem principal do

    processo administrativo. Somente os

    gerentes administram.

    Todos so gerentes. A Administrao

    do grupo de trabalho pertence ao

    prprio grupo.

    Gerentes so chefes de subordinados

    que obedecem.

    Gerentes coordenam o processo

    decisrio e fornecem as condies para

    a realizao das tarefas dos grupos.Administrao e gerentes so

    sinnimos. (Planejar, Organizar, Dirigir e

    Controlar).

    Administrao est sempre no trabalho

    de pessoas e grupos que tomam

    decises e assumem

    responsabilidades, com ou sem

    gerentes.

    Contraste entre os modelos: centralizado no chefe e GP

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    Diante das mudanas de Paradigmas, uma das foras mais inovadoras so os

    processos de agregar e manter as pessoas trabalhando em condies ambientais

    e psicolgicas favorveis e principalmente saudveis.

    Com base no entendimento da Gesto de Pessoas, a organizao ideal

    aquela que est apta para captar e aplicar de forma adequada seus recursos

    humanos, como tambm mant-los satisfeito por um longo perodo.

    Este trabalho da manuteno das pessoas exige cuidados especiais, entre os

    quais se sobressaem os estilos de gerncia e as relaes com os colaboradores.

    Todos os processos visam proporcionar um ambiente fsico, psicolgico e

    social de trabalho agradvel e seguro, bem como assegurar as relaes sindicais

    amigveis e cooperativas, pois so importantes elementos na definio da

    permanncia das pessoas na organizao e, mais do que isso, na sua motivao

    para o trabalho e para o alcance dos objetivos organizacionais.

    2.4 A Gerncia e Liderana na organizao

    As organizaes so desenhadas e administradas de acordo com as teorias

    que prevalecem, utilizando vrios princpios e pressupostos que delineiam as

    maneiras pelas quais as organizaes e seus recursos so geridos.

    Dois consultores americanos, Blake e Mouton (1976), desenvolveram uma

    tecnologia de mudana organizacional planejada. Deram o nome de gradegerencial (managerial grid), pelo fato de que todo executivo est sempre voltado

    para dois assuntos: a produo e as pessoas. A grade gerencial um grfico de

    duas entradas, isto , composta de dois eixos: (CHIAVENATO 2000, 544)

    O eixo horizontal que representa a preocupao com a produo: uma

    srie contnua de nove pontos, na qual o grau 9 significa elevadssima

    preocupao com a produo, enquanto o grau 1 representa uma baixa

    preocupao com a produo;

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    O eixo vertical representa a preocupao com as pessoas. Tambm uma

    srie contnua de nove pontos, onde 9 um grau elevado e 1 um grau baixo

    de preocupao com as pessoas.

    Segue quadro com as demonstraes do Grid Gerencial:

    Grid Gerencial:

    BLAKE, Robert R., MOUTON, Jane S. A estruturao de uma empresa dinmica atravs do desenvolvimento

    organizacional do tipo grid. So Paulo: Edgard Blcher, 1976, p. 10.

    O grid gerencial representa essas duas preocupaes: com as pessoas e

    com a produo. Conforme os pontos apresentados no quadro fica claro o

    entendimento das cinco gerencias, assim at mesmo nos dias de hoje as

    identificamos nas empresas.

    De acordo com Vergara (1999, 77): empresas reuniam o corpo gerencial e

    subordinados em hotis para, sob forte treinamento, transformarem gerentes emLderes 9.9. Sei de um caso em que, depois de submetido a tal treinamento, um

    Estilo 1.9Preocupao comas pessoas e totaldespreocupao

    Com a produo

    Estilo 9.9Preocupao comas pessoas e comcom a produo.

    Excelncia

    Estilo 9.1Preocupao

    Coma produo edespreocupaoCom as pessoas

    Estilo 1.1Poucapreocupao com

    as pessoas epouca preocupaoCom a produo

    9

    8

    7

    6

    5

    4

    3

    21

    1 2 3 4 5 6 7 8 9

    Baixa

    Alta

    Baixa AltaPreocupao com a produo

    Preocupao

    com

    as

    pessoas

    Estilo 5.5Mediocridade.Algumapreocupaocom a produoe com as pessoas

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    gerente de grande empresa Petrolfera mandou retirar, literalmente, a porta de sua

    sala. Afinal, era agora um Lder que gerenciava de portas abertas. Detalhe:

    continuava o mesmo autocrtico de sempre.

    E para uma atuao mais atual, com base no quadro cabe a utilizao da

    gerencia 9.9, que de fato procura um equilbrio entre a preocupao tanto com a

    produo quanto com as pessoas, mas que seja de real atuao empresarial e no

    como relatou Vergara.

    Desta forma imprescindvel aps o entendimento do grid gerencial,

    conhecer algumas teorias que balizam e orientam o enquadramento das pessoas

    dentro das organizaes.

    Como a Teoria X, Y de McGregor(1960) e Z de (OUCHI), obras que so

    marcantes na nossa histria, foi um dos autores mais influentes na rea das

    relaes humanas. Douglas McGregor nasceu em Detroit e licenciou-se no City

    College. Doutorou-se em Harvard, onde lecionou Psicologia Social, e foi professor

    de Psicologia.

    2.4.1 Liderana na Teoria X

    Um trabalhador visto por um gerente de viso X, parte do pressuposto de que

    o trabalhador preguiosas e que necessitam de motivao, pois seu

    entendimento referente ao trabalho como um mal necessrio e somente por

    obrigao para ganhar dinheiro. No gosta de trabalho e o faz somente quando

    compelido. (MARRAS 2000,35)

    O homem visto como um indivduo carente, onde limita o crescimento dos

    funcionrios e no se importa com a valorizao e realizao pessoal. Assim, a

    motivao desnecessria, sendo o que prevalece o uso de sua viso dentro

    dos conceitos com a maior autoridade para garantir a direo e controle dos

    funcionrios.

    A Teoria X - Concepo tradicional de direo e controle.

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    Com base na liderana da teoria X, os seres humanos com caractersticas X,

    devem observar as seguintes caractersticas:

    a) Precisa ser controlado, dirigido, coagido e punido, para que produza no trabalho;

    b) Indivduos carentes, que se esforam para satisfazer a hierarquia de

    necessidades bsicas, sem sonhos ou realizaes algumas;

    d) No tem condies de assumir responsabilidades;

    e) A participao destes funcionrios sempre influenciada atravs da

    manipulao por recompensas bsicas e imediatas;

    f) A liderana deve assumir uma postura autocrtica.

    2.4.2 Liderana na Teoria Y

    Esta segunda teoria baseia-se no pressuposto de que as pessoas querem

    e necessitam trabalhar.

    A integrao base desta teoria, pois parte do pressuposto da

    integrao, que assegura e valida a autoridade.

    Sugere ainda que indivduo com caractersticas Y tenham autocontrole

    quando as necessidades empresa estejam em cheque. Porm esta integrao e

    sinergia entre os interesses pessoais e organizacionais, no tende a ser uma tarefa

    fcil.

    Segundo CHIAVENATTO (1983, p. 377):

    (...), a Teoria Y geralmente aplicada nas empresas atravs de um estilo de

    direo baseado em uma srie de medidas inovadoras e humanistas, dentre

    as quais salienta as seguintes:

    - Descentralizao das decises e delegao de responsabilidades (...);

    - Ampliao do cargo para maior significao do trabalho (...);

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    - Participao nas decises mais altas e administrao consultiva (...);

    - Auto-avaliao do desempenho (...).

    A Teoria Y Integrao entre objetivos individuais e organizacionais.

    A liderana organizacional dos seres humanos com caractersticas Y deve

    observar algumas caractersticas:

    a) O Ser Humano Y v o esforo fsico e mental no trabalho de forma to natural

    quanto o de querer descansar;

    b) Com incentivo procura se autocorrigir, para atingir os objetivos que se propem

    alcanar;

    c) Tm um compromisso com o objetivo, depende das recompensas que se espera

    receber com sua execuo;

    d) O Ser Humano Y, no s aprende a aceitar as responsabilidades, como passa a

    procur-las;

    e) A participao destes uma forma de valorizar suas potencialidadesintelectuais;

    f) O Lder deve assumir um estilo mais participativo.

    2.4.3 Liderana na Teoria Z

    William Ouchi, relata: at agora os gerentes americanos tm

    considerado o que a tecnologia faz para aumentar a produtividade. O que a teoria

    Z enfatiza que, ao invs disso, haja um redirecionamento da ateno para as

    relaes humanas no mundo empresarial. ( HAMPTON 1990, 68)

    Baseando-se em alguns aspectos da mesma herana intelectual que

    compartilham as idias de Mayo sobre o local de trabalho ( especialmente as idias

    do socialista Francs Emile Durkheim), como um antdoto potencial para osisolados e alienados aspectos psicolgicos das pessoas nas modernas sociedades

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    ocidentais, William Ouchi professor da UCLA, props que os gerentes americanos

    aprendessem a criar alguma qualidade na mesma linha do cl industrial , o que

    vem a ser mais comum nas organizaes japonesas. Eles chamam esse conjunto

    de idias de Teoria Z, deliberadamente implicando que ela iniciou onde a teoria Y

    de McGregor parou.

    A figura abaixo um fluxograma que tenta retratar os pressupostos e

    conexes lgicas que produzem a Teoria Z de OUCHI. (HAMPTON 1990, 68)

    Fluxograma representativo da teoria Z:

    (HAMPTON 1990, 69)

    Imperativo Cultural Deciso Gerencial

    Filosofia CorporativaCriando o cl industrial

    IncentivosEmpregados antigos,

    Hierarquia achatada etc.

    IncentivosTempo de vida til etc.

    IntimidadeEnvolvimentoCooperao

    Solidez

    ConfianaGrupos detrabalho

    Satisfao do empregadoe senso de autonomia

    Produtividade aumentada

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    2.4.4 Liderana Atual

    H vrias formas de se entender a Liderana, mas a mais simples somentea partir do pressuposto que a arte de persuadir pessoas, ou de influenci-las em

    prol dos objetivos previamente estabelecidos ou no, desta forma adquire-se a

    confiabilidade das pessoas ou das equipes lideradas, gerando motivao,

    confiana, histrico e conseqente aceitao do lder.

    Segundo Vergara (2003), a liderana pode ser retratada como a

    capacidade de exercer influncia sobre indivduos e grupos, para Robbins (1999),

    liderana a capacidade de influenciar um grupo em direo realizao de

    metas.

    Em contraponto, as empresas necessitam de lderes preparados para

    exercer as funes chaves nas organizaes. Desta forma os gestores de pessoas

    so responsveis pela busca, seleo e manuteno destes profissionais.

    Liderana para Chiavenato (2005:183), definida como uma influncia

    interpessoal, na qual uma pessoa age no sentido de modificar ou provocar o

    comportamento de uma outra pessoa de maneira intencional, exercida em uma

    dada situao e dirigida pelo processo de comunicao humana para consecuo

    de um ou mais objetivos especficos.

    Para encontrar profissionais com esta empatia, comprometimento e poder

    de persuaso descrito por Chiavenato, os selecionadores e recrutadores de

    executivos, denominados como Hunters, lanam mo das mais diversasferramentas, devidamente atualizadas e testes de seleo minuciosos para

    detectar nos candidatos as caractersticas intangveis de um lder.

    Na arte da Liderana, requer algumas atitudes do profissional que exerce

    cargos de liderana, como:

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    Que faa com que seus colaboradores e as pessoas sob seu comando

    gostem de executar o que ele orienta e o que a empresa necessita que

    seja realizado.

    Consegue que subordinados se sintam impulsionados a participar e

    colaborar nas mais diversas tarefas e que se sintam realizados com

    isso.

    Prefere no ter subordinados e sim seguidores, prefere ainda no dar

    ordens, e sim explicar a necessidade da realizao de determinadas

    tarefas onde todos, em equipe alcancem o objetivo proposto pelo Lder.

    Consegue demonstrar a importncia do comprometimento e

    envolvimento de todos os colaboradores e que fundamental que os

    objetivos organizacionais converge com os objetivos dos

    colaboradores.

    Busca transmitir segurana e confiana, inspirando lealdade. Atravs

    do dilogo franco e aberto, pode fazer com que as pessoas se sintam

    vontade para falar e expor suas idias.

    Tenta transmitir senso de justia, com a tomada de decises justas,

    no protege um em detrimento do outro. Procura ser transparente em

    todas as suas atitudes e decises.

    Busca ser o exemplo, dando coerncia s suas atitudes e discursos,

    demonstrando assim a importncia da tica em suas atitudes,

    No precisa ser infalvel, mas precisa avaliar as situaes com clareza,

    analisando as alternativas para tomar a deciso que lhe parea mais

    acertada.

    O lder tem conscincia de que no possvel realizar as tarefas

    sozinho e que necessita da coeso de sua equipe.

    Assim, para Hunter (2004), liderana a habilidade de influenciar pessoas

    para trabalharem entusiasticamente, visando atingir objetivos identificados como

    sendo para o bem comum. Este bem comum a convergncia de objetivos, onde a

    empresa visa alcanar seus objetivos econmicos e organizacionais e o

    colaborador visa atender suas necessidades pessoais e profissionais.

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    Para que este processo de influenciar pessoas venha a dar frutos

    positivos, o Lder deve utilizar sua habilidade de persuadir a equipe, conseguindo

    que as pessoas realizem as tarefas necessrias, de acordo com suas orientaes

    e diretrizes.

    Os colaboradores devem executar as tarefas por vontade prpria,

    utilizando sua automotivao, influenciado pela capacidade de liderana de seu

    Lder que os levou a entender o propsito de suas aes.

    Embora o Lder tenha o poder para influenciar seus colaboradores, este

    dever usar de sua influncia pessoal, e no do poder investido pelo cargo e

    responsabilidade que lhe foi atribuda, dispensando forar ou obrigar as pessoas aexecut-las pela figura de autoridade e poder.

    OS GRAUS DE INFLUENCIAO

    COAO PERSUASO SUGESTO EMULAO

    Forar, coagir ou

    constranger mediantepresso ou compulso.

    Prevalecer sobre uma

    pessoa, sem for-la,

    com conselhos,

    argumentos ou

    indicaes para que

    faa alguma coisa.

    Colocar ou apresentar

    um plano, uma idia ou

    uma proposta a uma

    pessoa ou grupo, para

    que considere,

    pondere ou execute.

    Procurar imitar com

    vigor, para igualar ou

    ultrapassar, ou, pelomenos chegar a ficar

    quase igual a algum.

    Figura 23 Autoridade e Poder (Chiavenato - 2005:184)

    Analisando o quadro acima, os candidatos a Lderes devem realizar uma

    auto-anlise que o direcione a buscar uma atitude que venha a estimular os

    colaboradores, mesmo porque este, por mais motivado que esteja, no estsomente ligado empresa, est diretamente se relacionando com seu lder, ou

    seja, com a pessoa lhe fala, lhe orienta, explana e ouve suas idias, de quem ouve

    uma palavra de apoio ou um resmungo de intolerncia.

    Mas os Lderes no podem jamais esquecer das diretrizes, oriundas da

    Viso, Misso, Valores e Princpios impressos na organizao pela alta cpula ou

    proprietrios, o ideal que os gestores que esto liderando e a presidncia /

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    diretoria trabalhem em equipe, alinhando seus raciocnios e orientaes para as

    tarefas. Neste contexto, Corrobora Srour (1998, p. 146) ao afirmar:

    Nas organizaes os agentes medem foras: proprietrios e gestores

    formam a coalizo dominante; gestores integram a equipe diretiva;

    trabalhadores opem resistncias a no ser que participem das decises

    ou partilhem resultados; clientes, fornecedores, investidores, autoridades,

    sindicatos, mdia, comunidade circunvizinha e associaes funcionam

    como lobbies ou como sustentculos; e redes informais de poder

    (panelinhas, patotas ou igrejinhas) lanam seus mil tentculos.

    H uma gama de fatores que impulsionam cada um dos parceiros daorganizao a participar do crescimento da organizao como um todo. Todos tm

    seus interesses individuais e seus fatores de motivao podem ou no ser

    satisfeitos pela organizao.

    O ideal que haja um equilbrio, onde os colaboradores possam encontrar

    na organizao uma forma positiva de transformar seus anseios e desejos em

    realizao, atravs do reconhecimento, das condies de trabalho, do

    desenvolvimento de novas habilidades e conhecimentos, com as oportunidades de

    carreira, dentre outros, conforme j abordados no item de Gesto de Pessoas.

    Da mesma forma a organizao tambm espera atravs do empenho,

    criatividade e esforo de seus colaboradores, se colocar no mercado competitivo,

    cada vez mais forte, eficiente e eficaz no que produz, trazendo no s sucesso e

    lucro para a organizao, mas tambm satisfao e produtos de qualidade que

    venham a superar as expectativas de seus clientes.

    Ao se deparar com colaboradores de alto potencial criativo, competente e

    motivado, o Lder dever estimular e explorar estas caractersticas, envolvendo-o

    de forma a persuadi-lo e torn-lo parte importante do processo organizacional.

    A relao Lder versus liderados pode tomar rumos diversos,

    dependendo da forma que o Lder trata seus liderados, Chiavenato expe estas

    correlaes na figura abaixo:

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    OS TRS ESTILOS DE LIDERANA

    LIDERANA

    AUTOCRTICA

    LIDERANA

    DEMOCRTICALIDERANA LIBERAL

    TOMADA DE

    DECISES

    Apenas o lder decide

    e fixa as diretrizes,

    sem qualquer

    participao do

    grupo.

    As diretrizes so

    debatidas e decididas

    pelo grupo que

    estimulado e assistido

    pelo lder

    Total liberdade paratomada de decises

    grupais ou

    individuais, com

    participao mnima

    do lder.

    PROGRAMAO

    DOS

    TRABALHOS

    O lder determina

    providncias para a

    execuo das tarefas,

    uma por vez, na

    medida em que so

    necessrias e de

    modo imprevisvel

    para o grupo.

    O prprio grupo

    esboa providnciase tcnicas para

    garantir o alvo com o

    aconselhamento

    tcnico do lder. As

    tarefas ganham

    novos contornos com

    os debates

    A participao do

    lder no debate limitada,

    apresentando apenas

    alternativas ao grupo,

    esclarecendo que

    poderia fornecer

    informaes desde

    que solicitadas.

    DIVISO DO

    TRABALHO

    O lder determina

    qual a tarefa que

    cada um dever

    executar e qual seu

    companheiro de

    trabalho

    A diviso das tarefas

    fica a critrio do

    grupo e cada membro

    tem liberdade de

    escolher seus

    prprios colegas

    Tanto a diviso das

    tarefas como a

    escolha dos colegas

    fica por conta do

    grupo. Absoluta falta

    do lder

    PARTICIPAO

    O lder pessoal edominador nos

    elogios e nas crticas

    ao trabalho de cada

    um

    O lder procura serum membro normal

    do grupo. objetivo e

    estimula com fatos,

    elogios ou crticas.

    O lder no faz

    nenhuma tentativa de

    avaliar ou regular o

    curso das coisas. Faz

    apenas comentrios

    quando perguntado

    Fonte: Chiavenato (2005: 187)

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    Estes trs estilos de Liderana so conceitos marcantes na nossa histria,

    que visa um melhor entendimento referente base da liderana, para atuar e

    compreender as organizaes na atualidade.

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    Administrao de pessoas, uma viso de ser humano nas empresas, forte

    no incio de 2000;

    Administrao com as pessoas, tocar a organizao junto com os

    colaboradores e parceiros, atual nos dias de hoje;

    Gesto de pessoas, o mais alto impacto para os dias de hoje.

    E assim se entende os objetivos da Gesto de Pessoas GP hoje, como:

    Ajudar a organizao a alcanar seus objetivos e realizar sua misso.

    Proporcionar competitividade organizao.

    Proporcionar organizao talentos bem treinados e motivados.

    Aumentar a auto-atualizao e a satisfao das pessoas no trabalho. Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho.

    Administrar mudanas

    E de acordo com o autor David Ulrich um dos gurus de Recursos

    humanos, a viso das mudanas em recursos humanos se entende nos

    recursos humanos estratgicos, novas perspectivas para os profissionais de

    RH do operacional ao estratgico atrelado aos negcios empresariais visando

    resultados constantes.

    De forma que o mais importante hoje para a Gesto de Pessoas criar

    um novo papel e uma nova apresentao que tenha o foco nos resultados, e

    no as atividades tradicionais de RH, como Administrao de

    pessoal(departamento pessoal), contratao de pessoal e remunerao. O

    RH no deveria ser definido pelo que faz, mas sim pelo que deve apresentar,

    como: (Ulrich: 2000, 35)

    resultados que enriquecem o valor da empresa para clientes,

    investidores e colaboradores;

    Excelncia organizacional atravs das pessoas;

    Parcerias com os gestores para execuo de estratgias do

    planejamento apresentado em salas de reunies para o mercado de

    trabalho;

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    Especialista na organizao e execuo do trabalho, apresentando

    eficincia, eficcia e efetividade administrativa que garanta reduo de

    custos e a produtividade;

    Defensor dos colaboradores, representando de forma comprometida

    preocupao com os gestores, aumentando a capacidade competncias

    dos colaboradores e gestores visando apresentar resultados eficazes

    constantemente;

    Ser agente de mudanas contnuas, transformando e moldando os

    processos e uma cultura, que todos juntos, faa parte de fato do

    desenvolvimento organizacional.

    Com base nas mudanas significativas entre o termo RH e Gesto de

    Pessoas nas empresas, so diversificados entendimentos, que at o nome da rea

    de Recursos Humanos tem sido mudado em muitas organizaes, tem sido

    substitudas por algumas configuraes:

    Gesto de talentos humanos

    Gesto de parceiros

    Administrao do Capital intelectual Gesto do capital humano

    Diferentes nomes para representar o novo espao e configurao da rea de

    Gesto de Pessoas, que com todas as mudanas ocorridas passou a ser mais

    abrangente e a indicar as mais novas posturas de RH.

    3.1 Gesto de Pessoas como Responsabilidade de Linha e Funo de Staff

    H um princpio bsico em Gesto de Pessoas - GP: Gerir pessoas uma

    responsabilidade de linha e uma funo de Staff. O que significa que quem deve

    gerir as pessoas o prprio gerente, supervisor, Lder de equipe ao qual elas esto

    subordinadas. Ele tem a responsabilidade linear e direta pela condio de seus

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    subordinados. Por essa razo, existe o princpio da unidade de comando. Cada

    pessoa deve ter apenas um Gerente. (Chiavenato 2008, 23)

    Assim o papel da rea de recursos humanos fornecer assessoria e

    consultoria para os gerentes ou superiores de cada departamento na organizao.

    A interao entre especialistas de RH e Gerentes de linha, na realidade, as

    tarefas de GP, mudaram com o tempo. Hoje elas so desempenhadas nas

    organizaes por dois grupos de executivos: de um lado os especialistas em GP,

    que atuam como consultores internos, e de outro lado, os gerentes de linha

    (gerentes, supervisores etc.) que esto envolvidos diretamente nas atividades de

    GP por serem responsveis pela utilizao eficaz de seus subordinados . Os

    gerentes de linha utilizam um tempo considervel na gesto de pessoas, em

    reunies, conversas individuais ou grupais, telefones, e-mail, soluo de problemas

    e definio de planos futuros.

    Conflitos entre linha e staff: quando os dois lados, gerentes de linha e

    especialistas de GP, tomam decises sobre as mesmas pessoas, geralmente

    ocorrem conflitos. O conflito ocorre porque os gerentes de linha e os especialistas

    de GP discordam sobre quem tem autoridade para tomar as decises sobre

    pessoas ou porque tm diferentes orientaes a respeito. Os conflitos entre linha e

    staff j so tradicionais e bem conhecidos. O especialista de staff est preocupado

    com suas funes bsicas de proporcionar consultoria, aconselhamento e

    informao sobre a sua especialidade. Ele no tem autoridade direta sobre o

    gerente de linha. O gerente de linha tem autoridade para tomar as decises

    relacionadas com suas operaes e seus subordinados.

    Existem trs maneiras para reduzir o conflito entre linha e staff:

    a) Demonstrar aos gerentes de linha os benefcios de usar programas de GP.

    b) Atribuir responsabilidades por certas decises de GP exclusivamente aos

    gerentes de linha, e outras exclusivamente aos especialistas de GP.

    c) Treinar ambos os lados, gerentes de linha e especialistas de GP, em comotrabalhar juntos e tomar decises conjuntas, esta alternativa a mais eficaz

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    3.2 Moderna Gesto de Pessoas GP

    A gesto de pessoas uma rea muito sensvel mentalidade que predomina

    nas organizaes. Ela contingencial e situacional, pois depende de vrios

    aspectos como a cultura que existe em cada empresa, a estrutura organizacional

    adotada, s caractersticas do contexto ambiental, o negcio da organizao, a

    tecnologia utilizada, os processos internos e uma infinidade de outras variveis

    importantes. (Chiavenato 1999, 6)

    Neste contexto se entende alguns paradoxos que se vivencia no meio

    empresarial, talvez voc como profissional j tenha se deparado com esta famosa

    frase A teoria no se aplica prtica, caso no haja um olhar clnico de desafio

    para uma anlise e avaliao da cultura, negcio, processos, investimento,

    tecnologia, qualidade empresarial, pessoas, clientes, na busca de atrelar os

    objetivos, misso e valores das empresas, assim faz valer a frase. E porque no

    enfrentar estes desafios e mudar j esta frase A teoria se aplica prtica e gera

    resultados empresariais.

    Gesto de Pessoas o conjunto de polticas e prticas necessrias para

    conduzir os aspectos da posio gerencial relacionados com as pessoas ou

    recursos humanos. (Chiavenato 1999,12)

    Processo na GP um conjunto de atividades estruturadas e destinadas a

    resultar em um produto especificado para um determinado cliente. uma

    ordenao especfica das atividades de trabalho no tempo e no espao, com um

    comeo, um fim, e entradas e sadas claramente identificadas.

    O processo de GP ainda entendido como uma srie de atividades que

    fornecem valor a um cliente. O cliente do processo no necessariamente um

    cliente externo da empresa. Ele pode estar dentro da empresa. o chamado

    cliente interno.

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    Assim os processos da Gesto de Pessoas GP so:

    a) Agregar pessoas: recrutamento e seleo de pessoas;

    b) Aplicar pessoas: desenhos de cargos, avaliao de desempenho;

    c) Recompensar pessoas: remunerao, benefcios e servios;

    d) Desenvolver pessoas: treinamento, mudanas, comunicao;

    e) Manter pessoas: Disciplina, higiene e segurana e qualidade de vida,

    relaes com sindicatos;

    f) Monitorar pessoas: banco de dados, sistemas de informaes gerenciais.

    Essas polticas e prticas foram denominadas como os seis processos

    da Gesto de Pessoas.

    Representao dos seis processos de GP:

    De acordo com Fisher e Fleury (1989) o conceito da gesto de pessoas, pode

    ser descrita como: Conjunto de polticas e prticas definidas de uma organizao

    para orientar o comportamento humano e as relaes interpessoais no ambiente

    de trabalho.

    Moderna

    Gesto

    de

    Pessoas

    AgregandoPessoas

    AplicandoPessoas

    MantendoPessoas

    DesenvolvendoPessoas

    MonitorandoPessoas

    Quem deve trabalhar na organizao* Recrutamento de Pessoal* Seleo de Pessoal

    O que as pessoas devero fazer:* Modelagem do Trabalho* Avaliao do Desempenho

    Como manter as pessoas no trabalh* Benefcios* Descrio e Anlise de Cargos

    Como recompensar as pessoas:* Recompensas e Remunerao* Benefcios e Servios

    Como saber o que fazem e o que so* Sistema de Informao Gerencial* Bancos de Dados

    RecompensandoPessoas

    Como desenvolver as pessoas:* Treinamento e Desenvolvimento* Programas de Mudanas* Programas de Comunicaes

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    3.3 Os Desafios da Moderna Gesto de Pessoas GP

    Na era da informao surgem as equipes de gesto com pessoas.Essas equipes substituem os departamentos de recursos humanos e de gesto de

    pessoas. As tarefas operacionais e burocrticas so transferidas para terceiros

    atravs de terceirizao, enquanto as atividades tticas so delegadas aos

    gerentes de linha em toda organizao, os quais passam a ser os gestores de

    pessoas. As equipes de RH proporcionam consultoria interna para que a rea

    possa assumir atividades estratgicas de orientao global visando ao futuro e ao

    destino da organizao e seus membros. (Chiavenato 1999, 34)

    Com base neste contexto, podemos definir o quanto gesto de pessoas

    tornou-se importante nas empresas, de forma que a nova atuao da Gesto de

    Pessoas ter como responsabilidades o desenvolvimento de polticas de RH

    estratgicas e atuao direta com todos os gestores de pessoas nos processos

    estratgicos como:

    contratao e demisso de novos profissionais e cuidar de pessoas; aprimoramento com os gestores para atingir resultados em equipe;

    Atuar como consultores internos;

    Identificao de necessidades de mudanas;

    Pessoas como parceiras.

    Assim o papel da nova Gesto de Pessoas ganha um espao empresarialque agrega valor ao negcio e compartilha o conhecimento para o planejamento

    estratgico da organizao atravs de atuaes estratgicas:

    Descentralizao rumo aos gerentes e suas equipes;

    Focalizao global e estratgica no negcio;

    Decises e aes do gerente e sua equipe de trabalho;

    Consultoria interna;

    Descentralizao e compartilhamento;

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    Como os gerentes e suas equipes podem escolher, treinar, liderar, motivar,

    avaliar e recompensar os seus participantes;

    Criar a melhor empresa e a melhor qualidade de trabalho.

    Ento, o mundo dos negcios ficou completamente diferente, exigente,

    dinmico, mutvel e incerto. E as pessoas sentem o impacto dessa influncia e

    necessitam de um apoio e suporte por parte dos seus Lderes e Gerentes. E eles

    requerem, por seu lado, o apoio e suporte de RH. (chiavenato 2004, 42)

    Essa dinmica empresarial de mudanas constantes nos leva a uma viagem

    mais certa e jamais utilizada nos paradigmas do passado, que manter uma

    engrenagem no funcionamento estrutural da empresa, onde contribui ainda maispara um sentido de grandes parcerias internas e que o foco atingir resultados

    operacionais e estratgicos atrelados ao negcio, desde o planejamento

    estratgico na organizao.

    Com base na viso de Ulrich (1997) e Chiavenato (2004), apresenta os

    papis de RH na construo de uma organizao dinmica e competitiva:

    a) Administrao de estratgias de recursos humanos: Como RH podeajudar a impulsionar a estratgia organizacional.

    b) Administrao da infra-estrutura da empresa: como RH pode oferecer

    uma base de servios organizao para ajud-la a ser eficiente e eficaz.

    c) Administrao da contribuio dos funcionrios: como RH pode ajudar

    no envolvimento e comprometimento dos funcionrios, transformando-os em

    agentes empreendedores, parceiros e fornecedores para a organizao.

    d) Administrao da transformao e da mudana: como RH pode ajudarna criao de uma organizao criativa, renovadora e inovadora.

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    Para a atuao destes quatro papis exigem um novo posicionamento e uma

    nova mentalidade dos profissionais de RH, visando atuar conforme figura abaixo:

    Contudo esta definio o maior desafio de Gesto de Pessoas, para que

    realmente a GP se apresente adequadamente na realidade empresarial.

    PPaappeell ddee RRHH RReessuullttaaddoo CCaarraacctteerrssttiiccaapprriinncciippaall

    AAttiivviiddaaddee

    Administraode estratgias

    de RH

    Administraoda infra-estrutura

    da empresa

    Administraoda contribuio

    dos funcionrios

    Administrao datransformao e

    da mudana

    Execuoda

    Estratgia

    ConstruoDa

    infra-estrutura

    eficienteAumento do

    envolvimentoe capacidade

    dosfuncionrios

    Criao deuma

    organizaorenovada

    ParceiroEstratgico paraAjudar a alcanar

    objetivoorganizacionais

    Especialistaadministrativopara reduzir

    custos e aumentarvalor

    Defensor dosfuncionrios paratreinar e incentivar

    as pessoas

    Agente demudana e

    inovao paramelhorar a

    capacidade de

    mudar

    Ajuste das estratgias de RH estratgia empresarial:

    diagnstico organizacionalpara detectar foras e

    fraquezas da organizao

    Reengenharia dos processosda organizao: servio em

    comum para a melhoria

    contnua

    Ouvir e responder aosfuncionrios: prover

    recursos aos funcionriospara incentivar contribuies

    Gerir a transformao e amudana: assegurar

    capacidade para mudana eidentificao e soluo de

    problemas

    Definio de papis de RH(CHIAVENATO 2004, 47)

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    3.4 A nova orientao de GP em plena Era da Informao.

    Para um novo modelo certo do sucesso, observam-se os fatores crticos e os

    indicadores como um guia da gesto de pessoas na organizao. Nesta

    representao:

    P ro ce sso s d e GP : Fa to re s Cr t ico s d e Su ce sso : I n dica do re s:

    AgregarPessoas

    AplicarPessoas

    RecompensarPessoas

    DesenvolverPessoas

    ManterPessoas

    MonitorarPessoas

    Imagem externa da organizao Receptividade da organizao

    Flexibilidade organizacional Cultura participativa Esprito de equipe

    Reconhecimento e confiana nfase em metas e objetivos Desafios e oportunidades

    Aprendizagem organizacional Valor do conhecimento Liderana de lideranas

    Clima organizacional Qualidade de vida no trabalho

    Tecnologia da informao Sistema de informao gerencial Fluxo informacional

    Aumento do capital humano Menor rotatividade Menor absentesmo

    Melhor desempenho Maior produtividade Melhor qualidade

    Satisfao das pessoas Comprometimento Menor rotatividade Menor absentesmo

    Aumento do capital humano Maior produtividade Melhor qualidade

    Satisfao das pessoas Cidadania organizacional Comprometimento

    Retroao Autonomia e liberdade Avaliao holstica

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    A constituio do capital intelectual na organizao, como atribuio da

    gesto de pessoas:

    CAPITALINTELECTUAL

    Capital Interno

    Capital Humano

    Capital Externo

    ESTRUTURA INTERNA:

    Conceitos, modelos, processos,sistemas administrativos e

    informacionais.

    So criados pelas pessoas eutilizados pela organizao.

    ESTRUTURA EXTERNA:

    Relaes com clientes e fornecedores,marcas, imagem e reputao.

    Dependem de como a organizaoresolve e oferece solues para os

    problemas dos clientes.

    COMPETNCIAS INDIVIDUAIS:

    Habilidades das pessoas em agir emdeterminadas situaes.

    Educao, experincias, valores ecompetncias.

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    4. Agregar Pessoas 1 Processo da Gesto de Pessoas

    Os processos de agregar pessoas constituem o ingresso delas na

    organizao, so as portas de entrada que so abertas apenas para os candidatos

    capazes de ajustar suas caractersticas e competncias pessoais s caractersticas

    predominantes na organizao. O processo seletivo nada mais do que a busca

    de adequao entre aquilo que a organizao pretende e aquilo que as pessoas

    oferecem. Mas no so apenas as organizaes que selecionam. As pessoas

    tambm escolhem as organizaes onde pretendem trabalhar. (CHIAVENATO

    2004, 98)

    Os processos de agregar pessoas se apresentam de maneira diversas emferramentas e instrumentos de seleo de pessoas nas empresas. Algumas das

    empresas ainda utilizam processos tradicionais e ultrapassados, enquanto outras

    lanam processos com ferramentas avanadas e de ltimas tecnologias para

    selecionar e trazer pessoas para seu quadro de colaboradores e que estejam

    adequadas para o perfil desejado pela empresa.

    Na abordagem tradicional predomina o enfoque operacional e burocrtico:

    o recrutamento e seleo de pessoas obedecem a um conjunto de rotinas e

    procedimentos executados de maneira seqencial. A Ao microorientada, pois a

    cada cargo vago, dispara o processo que totalmente orientado para o seu

    preenchimento. (CHIAVENATO 2004, 98)

    Observa uma nfase na eficincia e eficcia no planejamento e execuo

    correta dos procedimentos de recrutamento e seleo, que est concentrado

    exclusivamente na gesto de pessoas em recursos humanos. E que nos dias dehoje conta com a participao efetiva dos gerentes (gestores de reas) no

    processo de agregar pessoas.

    Neste contexto na abordagem moderna predomina o enfoque estratgico:

    o processo de agregar pessoas um meio de servir s necessidades

    organizacionais para um longo prazo. A ao macroorientada, pois transcende

    cada cargo e envolve a organizao pelo fato de buscar a melhoria contnua do

    capital intelectual.

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    Assim se d uma busca constante de mudanas atravs de criatividade e

    inovao dos profissionais que visa introduzir na organizao novos valores

    humanos. De forma, a gerar resultados eficazes, atravs do processo de agregar

    pessoas, com novas habilidades e capacidades permitindo a organizao de

    cumprir sua misso e alcanar os seus objetivos globais em um mundo de

    transformao.

    Frente a tantos desafios, todo o processo de agregar pessoas de

    responsabilidade de linha e os gerentes e suas equipes absorvem totalmente o

    processo com a ajuda da consultoria interna e assessoria do rgo de RH, que

    exerce seu papel de staff. Os gerentes de linha e suas equipes assumem todo o

    processo de agregar pessoas. (CHIAVENATO 2004, 99)

    4.1 Agregar pessoas x Mercado de Trabalho

    Mercado significa o espao de transaes, contexto de trocas e

    intercmbios entre aquele que oferecem um produto ou servio e aquele que

    procuram um produto ou servio. O mecanismo de oferta e procura e acaracterstica principal de todo mercado. O mercado de trabalho (MT) composto

    pelas ofertas de oportunidades de trabalho oferecidas pelas diversas organizaes:

    (CHIAVENATO 2004, 102)

    Mercado de trabalho - MT, por um lado oferta: abundncia de

    oportunidades de emprego. Por outro lado procura: escassez de oportunidade

    de emprego.

    A convivncia entre o MT e as regras da legislao trabalhista nem sempre

    pacfica, uma vez que os impostos elevados acabam por inibir o MT na oferta de

    vagas.

    A legislao trabalhista criticada por ser urna fora impeditiva da gerao de

    emprego pelo fato de sobrecarregar demasiadamente os custos das empresas.

    O MT dinmico e sofre contnuas mudanas. As caractersticas estruturais e

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    conjunturais do MT influenciam