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Gesto de Pessoas
Ana Lcia da Rocha Silva
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Ana Lcia da Rocha Silva
GESTO DE PESSOAS
Educao a Distncia
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SUMRIO
Introduo .............................................................................................................................................. 31 O papel das pessoas na organizao...................................................................................... 51.1 As pessoas como parceiras da organizao ........................................................................... 61.2 As pessoas como recursos ou parceiras da organizao ....................................................... 71.3 A importncia da administrao na gesto de pessoas .......................................................... 81.4 Eficincia e eficcia da organizao para gesto de pessoas .............................................. 112 Integrao organizacional na gesto de pessoas .................................................................. 132.1 A comunicao na organizao. ............................................................................................ 152.2 A motivao na organizao. ................................................................................................. 212.2.1 A motivao para Abraham Maslow. ..................................................................................... 212.2.2 A motivao para Frederick Herzberg ................................................................................... 232.3 Gerenciamento das mudanas e os paradgmas ................................................................... 272.3.1 Novos paradgmas na gesto de pessoas ............................................................................ 292.4 A gerncia e liderana na organizao .................................................................................. 312.4.1 Liderana na teoria x .............................................................................................................. 332.4.2 Liderana na teoria y ............................................................................................................342.4.3 Liderana na teoria z .............................................................................................................. 352.4.4 Liderana atual ....................................................................................................................... 373 Fundamentos da gesto de pessoas ..................................................................................... 433.1 Gesto de pessoas como responsabilidade e funo de staff..............................................453.2 Moderna gesto de pessoas-GP ........................................................................................... 483.3 Os desafios da moderna gesto de pessoas ......................................................................... 503.4 A nova orientao da gesto de pessoas em plena era da informao ............................... 534 Agregar pessoas 1 processo da gesto de pessoa .......................................................... 564.1 Agregar pessoas e o mercado de trabalho ............................................................................ 574.2 Novo perfil do emprego e mercado de recursos humanos .................................................... 614.3 Conceitos de recrutamento de pessoas ................................................................................. 634.4 Conceitos de seleo de pessoas ......................................................................................... 675 Aplicar pessoas 2 processo de gesto de pessoas ......................................................... 715.1 Modelagem de cargos ............................................................................................................ 735.2 Avaliao do desempenho humano ...................................................................................... 756 Recompensando pessoas 3 processo de gesto de pessoas .......................................... 796.1 Remunerao ......................................................................................................................... 796.2 Remunerao x Motivao ..................................................................................................... 816.3 Programa de incentivo ..................................................................................................... 826.4 Benefcios e Servios ............................................................................................................. 837 Desenvolvendo pessoas 4 processo de gesto de pessoas ............................................ 867.1 Processo de T&D ................................................................................................................... 867.2 Desafios do T&D .................................................................................................................... 908 Mantendo pessoas 5 processo de gesto de pessoas ..................................................... 918.1 Relaes com os colaboradores ............................................................................................ 91
8.2 Higiene, segurana e qualidade de vida ...............................................................................859 Monitorando pessoas - 6 processo de gesto de pessoas................................................ 939.1 Banco de dados e sistemas de informao de gesto de pessoas ......................................9310 Como elaborar projeto de interveno na gesto de pessoas .............................................. 9411 Gesto de pessoas no cenrio de competncias ................................................................ 104Bibliografia ........................................................................................................................................ 110
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Introduo
As organizaes so verdadeiros seres vivos. Quando elas so bem-
sucedidas, tendem a crescer ou, no mnimo a sobreviver. O crescimento acarreta
maior complexidade dos recursos necessrios s suas operaes, com o aumentode capital, incremento de tecnologia, atividades de apoio etc. E, ento, provoca o
aumento do nmero de pessoas, bem como a necessidade de intensificar a
aplicao de seus conhecimentos, habilidades e destrezas indispensveis
manuteno e competitividade do negcio.
Tudo isto para se assegurar que os recursos materiais, financeiros e
tecnolgicos sejam utilizados com eficincia e eficcia. E as pessoas passam a
significar o diferencial competitivo que mantm e promove o sucesso
organizacional: elas passam a constituir a competncia bsica da organizao, a
sua principal vantagem competitiva em um mundo globalizado, instvel, mutvel e
forte concorrncia.
A gesto de pessoas formada por pessoas e organizaes. As pessoas
passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro de organizaes.
E estas dependem daquelas para poderem funcionar e alcanar sucesso. De
um lado, o trabalho toma consideravelmente tempo das vidas e dos esforos das
pessoas, que dele dependem para a subsistncia e sucesso pessoal. Separar o
trabalho da existncia das pessoas muito difcil, seno quase impossvel, diante
da importncia e do impacto que o trabalho nelas provoca. Assim as pessoas
dependem das organizaes nas quais trabalham para atingir seus objetivos
pessoais e individuais. Crescer na vida e ser bem-sucedido dependem de crescer
dentro das organizaes. (Chiavenato 2008, 04)
As pessoas constituem o mais importante ativo das organizaes. O
contexto da gesto de pessoas representado pela ntima interdependncia das
organizaes e das pessoas. Tanto as organizaes como as pessoas variam
intensamente. O relacionamento entre ambos, antes considerado conflitivo, hoje
baseado na soluo do tipo ganha-ganha. Cada uma das partes tem o seu
objetivo. (CHIAVENATO 2004, 29)
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neste rumo que se apresentaro os caminhos e o mais diverso
entendimento da Gesto de Pessoas hoje no meio empresarial.
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1. O Papel das Pessoas na Organizao
No meio empresarial cada vez mais competitivo, uma rea est agitada
mais do que nunca: a de recursos humanos. A maioria das empresas esto
mudando seus recursos humanos (RH). Uma onda de mudanas est ocorrendo
na rea. E que razo? Simples: a valorizao do RH. Ele est se tornando um
parceiro nos negcios e engajado com as outras reas da empresa. Em outro
termo: est virando um Recursos Humanos-RH estratgico.
E o que isso significa? Um RH que no lida somente com assuntos de
pessoas, mas que influencia os prprios negcios da empresa na busca de
resultados. Esse novo papel do RH traz em seu modelo um novo papel daspessoas e, sobretudo, um novo papel da empresa. o que veremos a seguir.
Cada organizao tem uma ideologia prpria a respeito do papel das
pessoas na atividade organizacional. A denominao dada s pessoas pode refletir
qual o papel que a organizao confere a elas.
Assim se entende o objetivo organizacional e os individuais das pessoas:
Figura: Chiavenato (2008, 6)
Objetivos Organizacionais Objetivos Individuais
Sobrevivncia
Crescimento sustentado
Lucratividade
Produtividade
Qualidade nos Produtos/Servios
Reduo de Custos Participao no Mercado
Novos Mercados
Novos Clientes
Competitividade
Imagem no Mercado
Melhores Salrios
Melhores Benefcios
Estabilidade no Emprego
Segurana no Trabalho
Qualidade de Vida no Trabalho
Satisfao no Trabalho Considerao e Respeito
Oportunidades de Crescimento
Liberdade para Trabalhar
Liderana Liberal
Orgulho da Organizao
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A Gesto de Pessoas (GP), uma rea muito sensvel mentalidade que
predomina nas organizaes. Ela extremamente contingencial e situacional, pois
depende de vrios aspectos, como a cultura que existe em cada organizao, da
estrutura organizacional adotada, das caractersticas do contexto ambiental, do
negcio da organizao, da tecnologia utilizada, dos processos internos, do estilo
de Gesto utilizado e de uma infinidade de outras variveis importantes.
(Chiavenato 2008, 8)
1.1 As pessoas como parceiras da Organizao
Nos tempos atuais as organizaes esto ampliando a sua viso e atuao
estratgica.
Todo o processo produtivo s se realiza com a participao conjunta de
diversos parceiros, cada qual contribuindo com algum recurso.
Os clientes parceiros e consumidores contribuem para a organizao,
adquirindo seus bens ou servios colocados no mercado.
Cada um dos parceiros da organizao contribui com algo na expectativa de
obter um retorno pela sua contribuio. (Chiavenato2008, 7)
Assim o parceiro mais ntimo da organizao o colaborador, pois ele queest dentro dela e que lhe d vida e dinamismo com seus conhecimentos,
capacidades e habilidades, proporcionando decises e aes para resultados na
organizao.
Representao dos parceiros da organizao:
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Os parceiros da organizao (Chiavenato 2008, 7)
Esta viso das pessoas como parceiras da organizao, contribuiu muito
para a viso estratgica de gesto de pessoas na atuao de melhores resultados
e satisfatrio no investimento empresarial.
1.2 As pessoas como Recursos ou Parceiras da Organizao
As Pessoas como Recursos precisam ser administradas, o que envolve
planejamento, organizao, direo e controle de suas atividades, j que
passam neste caso a ser considerados sujeitos passivos da ao
organizacional, parte do patrimnio fsico na contabilidade da organizao.
As Pessoas como Parceiros so fornecedoras de conhecimentos,
habilidades, Competncias e, sobretudo, o mais importante inteligncia, que
proporciona decises racionais e d significado e rumo aos objetivos globais da
organizao.
Parceiros Contribuem com: Esperam retornos de:
Acionistas eInvestidores
Colaboradores
Fornecedores
Clientes eConsumidores
Capital de risco,Investimentos
Trabalho, esforo,Conhecimentos e
Competncias
Matrias-primas, servios,Insumos bsicos,
Tecnologia
Compras e aquisiodos bens e servios
Lucros e dividendos,
Valor agregado
Salrios, benefcios,Retribuies e satisfaes
Lucros e novos negcios
Qualidade, preo,Satisfao, valor agregado
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Figura - Pessoas como Recursos e Parceiros (Chiavenato - 2008, 9)
Ento o parceiro da organizao que deve ser privilegiado, est dentro do
entendimento das parcerias do negcio da empresa e que domina o grupo de
interesses que atuam interna e externamente na organizao, utilizando gesto do
conhecimento, tica na responsabilidade, equipes, metas negociadas e
compartilhadas, resultados com inteligncias e talentos.
1.3 A importncia da Administrao na Gesto de Pessoas
O papel da Administrao para a Gesto de Pessoas tem como definio, o
ato de trabalhar com e atravs de pessoas para realizar os objetivos tanto da
organizao quanto de seus membros.
Pessoas como Recursos
Empregados Isolados nos cargos.
Horrio rigidamente estabelecido.
Preocupao com normas e regras
Subordinao ao chefe
Fidelidade Organizao
Dependncia da Chefia
Alienao em relao organizao
nfase na especializao
Executoras de tarefas
nfase nas destrezas manuais
Mo-de-Obra
Pessoas como Parceiros
Colaboradores agrupados em Equipes.
Metas negociadas e compartilhadas.
Preocupao com resultados
Atendimento e Satisfao do Cliente
Vinculao misso e viso
Interdependncia entre colegas e equipes
Participao e comprometimento
nfase na tica e na responsabilidade
Fornecedores de atividades
nfase no Conhecimento
Inteligncia e Talento
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Segundo CHIAVENATTO (1983, p.6):
A palavra Administrao vem do latim ad (direo para, tendncia para) e
minister (subordinao ou obedincia), e significa aquele que realiza uma
funo abaixo do comando de outrem, isto , aquele que presta um servio
a outro. No entanto, a palavra Administrao sofreu uma radical
transformao no seu significado original. A tarefa atual da Administrao
a de interpretar os objetivos propostos pela organizao e transform-los em
ao organizacional (...), a fim de alcanar tais objetivos de maneira mais
adequada situao.
Ou seja, o ato de administrar nada mais do que a maneira de guiar aorganizao para atingir seus objetivos, empregando de maneira adequada os
recursos existentes, de acordo com as situaes que se apresentam na rotina
diria a ser administrada.
Ao longo do ltimo sculo surgiram inmeras correntes sobre Administrao,
todas com diferentes abordagens sobre o tema. a respeito dessas abordagens
que passaremos a discorrer, a fim de termos uma viso ampla e crtica do que seja
Administrao. De forma que fortalea o histrico da administrao na viso da
Gesto de Pessoas. Identificam-se alguns conceitos importantes, como:
Objetivos: Onde est, onde quer estar amanh (curto prazo), daqui a
algum tempo (mdio prazo) e no futuro (longo prazo);
Decises: Capacidade de resolver, ato que determinar os rumos de
um fato ou resultado final, opo por dada estratgia em detrimento s
diversas outras disponveis; Recursos: Ter condies para, meios que se podem dispor, bens
materiais, posses, riquezas, aptides naturais.
Assim a Administrao demonstra o processo de tomar e colocar em prtica
as decises sobre objetivos e utilizao de recursos.
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Uma estratgia para a viso da Gesto de Pessoas que de fundamental
importncia, so os nveis estratgicos da Administrao que podem ser
classificados como:
a) Estratgico que corresponde alta administrao, pois determinam os
objetivos de mdio e longo prazo, bem como a direo da organizao
como um todo;
b) Ttico que corresponde mdia administrao, pois coordena e decide
quais produtos ou servios sero produzidos, que corresponde
superviso, pois coordena a execuo das tarefas de todo o pessoal
operacional;
c) Operacional os trabalhadores de linha de frente que no tm posiogerencial. Estes se reportam aos que esto no nvel ttico e estratgico e
so responsveis pela execuo das tarefas bsicas.
Ainda nas estratgias para a gesto de pessoas, se entende um conceito
das habilidades na administrao o que a integra e contribui para uma viso ampla
da administrao empresarial. Como as Habilidades Administrativas:
HumanasMdia
Administrao
AdministraoOperacional
Tcnicas
ConceituaisAlta
Administrao
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a) Habilidades Conceituais so as relacionadas capacidade de ver a
empresa de maneira total - viso holstica, consiste ainda na capacidade de
compreender as complexidades da organizao, de modo global e amplo,
com todas as suas inter-relaes, e promover a integrao e sinergia dos
participantes da organizao.
b) Habilidades Tcnicas so aquelas relacionadas ao desempenho das
funes ou trabalhos especializados dentro da organizao; consistem no
conhecimento, mtodos tcnicos, e equipamentos para a realizao de
tarefas especficas. Deve sempre estar preparado para multiplicar a forma
de execuo das tarefas, atravs do conhecimento e domnio das tcnicas;
c) Habilidades Humanas so aquelas ligas ao relacionamento interpessoal,
com a flexibilidade, com a capacidade de resoluo de conflitos, com o
tratamento com pessoas, consiste na capacidade e discernimento para
trabalhar com pessoas, compreendendo suas atitudes e motivaes,
exercendo a liderana.
Desta forma podemos concluir que nem todos os nveis administrativos devem
ser de forma igualitria as habilidades tcnicas e conceituais, mas j a habilidade
humana deve estar presente, com igual teor de importncia a todos os nveisadministrativos. O que apresenta e demonstra uma forte demanda para a gesto
de Pessoas.
1.4 Eficincia e Eficcia da Organizao para a Gesto de Pessoas
Os profissionais da atualidade tm um desafio constante no dia-a-diaprofissional. Alm da expectativa de que esteja sempre atualizado, que sejam
flexveis, que saibam tomar decises em prol dos objetivos e que aloquem os
recursos de forma inteligente, estes devero sempre ser eficientes e eficazes.
Maximiano (2006, p.5), comenta sobre o tema de eficcia e ressalta que no s
uma, mas duas so as palavras a serem usadas para indicar que uma organizao
tem desempenho de acordo com as expectativas dos usurios e das pessoas que
mobilizaram os recursos: eficincia e eficcia.
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Neste contexto as respectivas definies so:
EFICINCIA: Est relacionado com a ao, aquilo que feito. operar de
modo que os recursos sejam mais adequadamente utilizados.
EFICCIA: o resultado em si. Significa fazer as coisas certas, do modo
certo, no tempo certo.
Elementos diferenciais entre eficincia e eficcia:
EFICINCIA EFICCIA
nfase nos meios nfase nos resultados
Realizao de tarefas Consecuo dos objetivos
Resoluo de Problemas Acerto na soluo proposta
Treinamento de Funcionrios Operaes realizadas corretamente.
Desta forma podemos afirmar que: No basta ser eficiente necessrio
ser eficaz e um desafio para gesto de pessoas, complementando estes dois Es
manter a efetividade, ou seja, ser constante nos resultados, objetivos e soluescorretas.
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2 Integrao organizacional na Gesto de Pessoas
O chefe de pessoal` do incio do sculo XIX tinha em comum, tanto na Itlia
quanto nos Estados Unidos e no Brasil, as mesmas caractersticas que o definiram
por muitos anos: um sujeito inflexvel, seguidor das leis e dono de uma frieza
incalculvel na hora de demitir algum.
Dessa forma, ser enviado ao departamento pessoal foi por muitos anos
sinnimo de estar sendo chamado para receber o bilhete azul. Por muitos anos os
funcionrios tiveram esse sentimento, e, talvez, em muitas empresas ainda hoje
persista. No Brasil, com certeza. ( Marras 2000, 21)
Com base nesta viso de MARRAS, as empresas de grande porte que ao
longo do perodo, trabalharam no investimento de pesquisas e estudos
acadmicos, o que se resultou em mudanas produtivas das organizaes, e ainda
estudos observados no campo da psicologia organizacional, sociologia no trabalho
e comportamento do homem, para que possibilitassem mudanas e uma melhor
atuao profissional e empresarial.
As trs etapas importantes que serve como uma base histrica para o
melhor entendimento entre as eras e perodos, quanto a:
- estrutura organizacional;
- cultura organizacional predominante;- ambiente organizacional;
- modos de lidar com as pessoas; e
- administrao de pessoas.
Segue apresentao das definies na figura abaixo (CHIAVENATO - 2004, 40):
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Figura: Chiavenato (2008, 40)
Dentro des e1603 8.1548 .0028.1548 1gura6w650
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Segundo Drucker (1975, p. 673) que sugere: A pergunta a ser feita no
O que alta administrao?, mas sim Quais so as coisas especficas a serem
feitas nessa empresa que so de crucial importncia para o sucesso e
sobrevivncia da empresa e que podem ser feitas somente pela administrao de
alto nvel? Quais so as coisas especficas que podem ser feitas somente por
gente que v a empresa como um todo; que pode avaliar as necessidades atuais
da empresa em relao s necessidades futuras; e que pode tomar decises finais
eficazes?.
Os administradores de hoje, devem estar preparados e aptos ao se
confrontarem com os desafios que os predecessores da Administrao jamais
poderiam supor que surgiriam e que teriam que enfrentar.
Estes desafios incluem uma crescente competio global, acirrada pelo
desenvolvimento de novas tecnologias, uma demanda por qualidade e valor
agregado, bem como uma presso diria da necessidade de mudana.
Segundo CHIAVENATO (1983, p.545): Assim, diferentes ambientes
requerem diferentes relaes organizacionais para uma eficcia tima. Torna-se
necessrio um modelo apropriado para cada situao dada. Por outro lado,
diferentes tecnologias conduzem a diferentes desenhos organizacionais. Variaes
no ambiente ou na tecnologia conduzem a variaes na estrutura organizacional.
Esta adaptao por parte dos administradores deve ocorrer atravs do
conhecimento, atualizao constante, uma grande e eficiente rede de
relacionamento, saber lidar com pessoas, capacidade de aceitar as mudanas, ser
flexveis, proativos e centrados na qualidade de tudo o que fazem.
2.1 A comunicao na organizao
A comunicao na empresa um instrumento de gesto que tem como
base a reciprocidade, devendo por isso refletir a via dupla da informao: em
dois sentidos vertical e horizontal, que exprime a vontade consciente de todos. A
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Comunicao o processo pelo qual uma pessoa ou grupo transmite suas idias e
sentimentos a outro indivduo ou grupo e recebem em troca idias e sentimentos.
A Comunicao um processo segundo o qual um emissor transmite uma
informao a um receptor. uma Relao inter-humana segundo a qual dois ou
mais interlocutores conseguem endender-se.
Assim sendo, a comunicao supe o dilogo, que por sua vez implica a
cada um dos interlocutores aceitar o outro como pessoa autnoma.
A comunicao ocorre atravs de elementos imprescindveis, emissor e
receptor: ambos podem facilitar e dificultar a nossa comunicao em todas as
instncias da vida e com todos os grupos com que convivemos, tanto
pessoalmente como profissionalmente:
- Emissor quem emite a comunicao (a mensagem) servindo para isso de umcdigo qualquer.
- Receptor: quem recebe a comunicao (a mensagem), ou seja, quem
decodifica.
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No processo de comunicao, quando no eficaz em muitas situaes podem
ocorrer o rudo, que se entende como fatores que complicam ou atrapalham a
Recepo da Mensagem emitida pelo Emissor, dificultando ou impossibilitando a
Comunicao.
Falhas provocadas pelo emissor
No explicita aos objetivos;
No estimula a ateno para o fim;
No utiliza um meio de comunicao (CANAL) adequado;
Utiliza uma linguagem e vocabulrio inacessveis ao receptor.
Falhas provocadas pelo receptor
Triagem das mensagens recebidas: s recebe o que lhe convm;
No solicita esclarecimentos sobre o assunto em pauta: percepo seletiva;
Distores e alteraes deliberadas influenciando (rudos);
Formao de julgamentos e preconceitos sobre o EMISSOR.
O processo de comunicao sistmico, pois cada etapa constitui um
subsistema ou parte integrante do conjunto. A influencia em qualquer subsistema
afeta o funcionamento do sistema todo. Na prtica, a comunicao deve ser
Chiavenato (2004)
Rudo
CANALFonte Codificao ReceptorDecodificao
Retroao
PROCESSO DE COMUNICAO
Mensage Mensage
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considerada como um processo bidirecional para que seja eficaz. Chiavenato
(2004)
Os problemas de comunicao so importantes a um desempenho eficaz do
grupo. Eles refletem nossa prpria falibilidade e o grau de nossas carncias
sempre que atuamos com outras pessoas. Minicucci (1992)
Como tornar um processo de comunicao mais eficaz:
No estabelecer julgamentos e avaliaes prvios: No tirar concluses
precipitadas.
Desenvolver a capacidade de escuta.
importante no somente ser compreendido, mas tambm procurar
compreender.
Escutar ouvir com ateno.
Solicitar maior nmero de esclarecimentos possveis: Fazer perguntas com
o objetivo de verificar se os outros tambm nos entendem.
Elaborar mensagens de forma objetiva, clara e compreensiva, pensando na
pessoa que ir receb-la.e evitando interrupes no discurso, tendem a
chegar ao seu receptor de maneira mais fidedigna.
Minicucci (1992,p.287)
O gerenciamento de equipes, o desenvolvimento, a motivao, planejamentode trabalho, empowerment e liderana so tarefas organizacionais que exigem
atividades de comunicao. Chiavenato (2004)
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Dentro do conceito da comunicao Verbal apresenta:
Falar e Escrever: Semelhanas e Diferenas
Diferena Bsica:
Decorre de muitos recursos auxiliares utilizados para falar e que no
podemos usar para escrever: observe uma pessoa que esteja falando. Ela no
utiliza s palavras, mas tambm as mos, a expresso do rosto a entonao da
voz. Dessa forma, a comunicao falada pode ser mais fluente, mais viva e, em
muitos casos muito mais clara.
A Comunicao verbal mais do que simplesmente palavras faladas.
COMUNICAO
VERBAL
Oral:
Falar
Escrita:
Escrever
COMUNICAO
VERBAL
Oral:
Falar
Escrita:
Escrever
Entrevistas
Conduo de reunies
Conversas formais e informais
Redao de cartas e memorandos
Elaborao de relatrios escritos
Contatos com subordinados
Contatos com clientes
Contato com fornecedores
Internet, e-mails, chats.
Desenvolvimentos e WorkshopsChiavenato
(2004)
ATIVIDADESRELACIONADAS COM A
COMUNICAO
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Para termos uma comunicao perfeita temos que ter em mente estes indicadores
conforme representao abaixo:
COMUNICAO NO VERBAL
A comunicao no se d apenas por palavras.
Os movimentos faciais, corporais, gestos, olhares, apresentao e smbolos
tambm falam.
Os elementos no-verbais so de grande importncia na transmisso da
mensagem.
A Comunicao No-Verbal (todas as suas formas de apresentao) Assume
cada vez mais um papel importante e de sucesso na vida das pessoas e das
empresas.
COMUNICAO100%
PALAVRA: 7%
TOM DE VOZ 38%
FISIOLOGIA 55% (GESTOS)
COMUNICAO
NOVERBAL
GESTOS
OLHARES
SMBOLOS
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2.2 A motivao na organizao
Hersey e Blanchard (1986, p. 33) apresentam sua percepo a respeito das
situaes motivadoras cotidianas, reforando que, os objetivos das pessoas se
voltam para sua consecuo, apresentam ainda uma comparao entre as teorias
de Maslow e de Herzberg que veremos a seguir:
Maslow til para a identificao das necessidades ou motivos, e
Herzberg fornece idias sobre as metas e incentivos que satisfazem a essas
necessidades. Assim, numa situao motivadora, se soubermos quais so
as necessidades de alta intensidade (Maslow) dos indivduos que desejamos
influenciar, deveremos ser capazes de determinar os objetivos (Herzberg)que devem ser colocados no ambiente para motivar tais indivduos. Ao
mesmo tempo, quando sabemos que objetivos essas pessoas querem
satisfazer, tambm sabemos quais so as suas necessidades de alta
intensidade. Isso possvel porque se verificou que o dinheiro e os
benefcios tendem a satisfazer s necessidades nos nveis: fisiolgico e de
segurana; as relaes interpessoais e a superviso so exemplos de
fatores de higiene que tendem a atender s necessidades sociais; maior
responsabilidade, trabalho desafiante, crescimento e desenvolvimento so
motivadores que tendem a satisfazer s necessidades de estima e auto-
realizao
2.2.1 A motivao para ABRAHAM MASLOW
Para Maslow existe uma hierarquia natural entre a natureza dasnecessidades, nenhuma delas absoluta: quando uma delas preenchida, a
preocupao com a sua satisfao desaparece. Inventou o conceito de pirmide
das necessidades, segundo o qual, uma vez satisfeitas as necessidades
fisiolgicas bsicas da alimentao ao desejo de um ambiente seguro e
estruturado, as necessidades mais elevadas de auto-estima e realizao pessoal
podem ser preenchidas. Conceitos Introduzidos: Hierarquia das necessidades.
ABRAHAM MASLOW (1908-1970)
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Segundo Maslow, as pessoas procuram satisfazer suas necessidades, e to
logo uma satisfeita, outra toma seu lugar, assim como que subindo numa escada,
ou seja, as pessoas tm o dom de criar novas necessidades na medida em que as
anteriores so atendidas.
Essa hierarquia de necessidades pode ser visualizada como uma pirmide.
Representao da Hierarquia das Necessidades Maslow (1975)
Necessidades Fisiolgicas: constituem o nvel mais baixo de
todas as necessidades humanas, mas de vital importncia. Neste
nvel esto as necessidades de alimentao (fome sede), de sono e
repouso (cansao), de abrigo (frio ou calor), o desejo sexual e etc.
Necessidades de segurana: constituem o segundo nvel das
necessidades humanas. So as necessidades de segurana ou de
estabilidade, a busca de proteo contra a ameaa ou privao, a
fuga ao perigo. Surgem no comportamento quando as
necessidades fisiolgicas esto relativamente satisfeitas.
Necessidades Sociais: surgem no comportamento, quando as
necessidades mais baixas (fisiolgica e segurana) encontram-se
relativamente satisfeitas. Dentre as necessidades sociais esto
necessidade de associao de participao e de aceitao por
parte dos companheiros, por troca de amizades, de afeto e amor.
Necessidade de Estima: so as necessidades relacionadas com a
maneira pela qual o indivduo se v e se avalia. Envolvem a auto-
apreciao, a autoconfiana, a necessidade de aprovao social e
fisiolgicas
segurana
sociais
Auto estima
Auto realizao a motivao atua
nesta hierarquia,
de baixo para cima
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de respeito, de status, prestigio e considerao. Incluem ainda o
desejo de fora e de adequao, de confiana perante o mundo, e
dependncia e autonomia.
Necessidade de Auto-realizao: so as necessidades humanas
mais elevadas e que esto no topo da hierarquia. Esto
relacionadas com a realizao do prprio potencial e do auto-
desenvolvimento contnuo. Esta tendncia se expressa atravs do
impulso de a pessoa tem para tornar-se sempre mais do que e de
vir a ser tudo o que pode ser.
Neste contexto nem todas as pessoas se realizam conforme o topo da
pirmide de necessidades. Algumas chegam se preocupam em se auto-realizar;outras nas necessidades de estima; algumas ainda nas sociais, quando uma
grande maioria se preocupa com as necessidades de segurana e fisiolgicas,
ainda assim nem sempre conseguem uma satisfao adequadamente.
2.2.2 A Motivao para FREDERICK HERZBERG:
Para Herzberg, as pessoas tm necessidades de Ter e de Ser. As
necessidades de Ter, quando presentes no motivam as pessoas, em
compensao se estiverem ausentes, as deixam desmotivadas. J as
necessidades de Ser so as que quando presentes realmente motivam as pessoas
e quando ausentes, simplesmente no as motivam. As necessidades de ter so
como uma obrigao organizacional, sobre as quais os gerentes pouco podem
atuar.
Frederick Herzberg (psiclogo e consultor americano, professor de
Administrao da Universidade da Utah), formulou a teoria dos dois fatores para
explicar o comportamento das pessoas em situao de trabalho. Para ele existem
dois fatores que orientam o comportamento das pessoas:
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Fatores higinicos ou fatores extrnsecos:
Pois se localizam no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem as
condies dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Como essas
condies so administrativas e decididas pela empresa, os fatores higinicos
esto fora do controle das pessoas.
Os principais fatores higinicos so: salrio, benefcios sociais, tipo de
chefia ou superviso que as pessoas recebem de seus superiores, condies
fsicas e ambientais de trabalho, polticas e diretrizes da empresa, clima de
relacionamento entre a empresa e os funcionrios, regulamentos internos, dentre
outros.
Tradicionalmente apenas os fatores higinicos eram utilizados na
motivao dos empregados: o trabalho era considerado uma atividade
desagradvel e, para fazer com que as pessoas trabalhassem mais, tornava-se
necessrio o apelo para prmios e incentivos salariais, superviso, polticas
empresariais abertas e estimuladoras, isto , incentivos situados externamente ao
indivduo em troca do seu trabalho.
As pesquisas de Herzberg revelaram que quando os fatores higinicos so
timos, eles apenas evitam a insatisfao dos empregados, mas no conseguem
manter a motivao por muito tempo.
Quando os fatores higinicos so precrios, eles provocam a insatisfao
dos empregados. Por causa dessa influncia mais voltada para a insatisfao
Herzberg chama-os de fatores higinicos, pois so essencialmente profilticos:
eles apenas evitam a insatisfao, mas no provocam a satisfao.
Fatores motivacionais ou fatores intrnsecos:
Pois esto relacionados com o contedo do cargo e com a natureza das
tarefas que a pessoa executa.
Os fatores motivacionais esto sob o controle do indivduo, pois esto
relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de
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crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realizao, e dependem
das tarefas que o indivduo realiza no seu trabalho.
Com isto, perdiam o significado psicolgico para o indivduo que os
executa e criavam um efeito de "desmotivao", provocando apatia, desinteresse e
falta de sentido psicolgico. O efeito dos fatores motivacionais sobre as pessoas
profundo e estvel.
Quando os fatores motivacionais so timos, eles provocam a satisfao
nas pessoas. Porm, quando so precrios, eles evitam a satisfao. Por estarem
relacionados com a satisfao dos indivduos, Herzberg tambm os chama de
fatores satisfacientes:
delegao de responsabilidade;
liberdade de decidir como executar o trabalho;
promoo;
uso pleno das habilidades pessoais;
estabelecimento de objetivos e avaliao relacionada com eles;
simplificao do cargo (pelo prprio ocupante); e
ampliao ou enriquecimento do cargo (horizontal ou verticalmente).
Em essncia, a teoria dos fatores afirma que:
satisfao no cargo funo do contedo ou atividades desafiadoras e
estimulantes do cargo: so os chamados fatores motivadores.
insatisfao no cargo funo do ambiente, da superviso, dos colegas e
do contexto geral do cargo: so os chamados fatores higinicos.
Herzberg chegou concluso de que os fatores responsveis pela
satisfao profissional so totalmente desligados e distintos dos fatores
responsveis pela insatisfao profissional: "o oposto de satisfao profissional no
seria a insatisfao, mas sim nenhuma satisfao profissional; e, da mesma
maneira, o oposto de insatisfao profissional seria nenhuma insatisfao
profissional e no a satisfao".
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At certo ponto, as concluses de Herzberg coincidem com a teoria de
Maslow de que os nveis mais baixos de necessidades humanas tm relativamente
pequeno efeito motivacional quando o padro de vida elevado. As abordagens de
Maslow e de Herzberg apresentam alguns pontos de concordncia que permitem
uma configurao mais ampla e rica a respeito da motivao do comportamento
humano. No obstante, apresentam tambm importantes diferenas.
As diferenas entre as teorias de Herzberg e Maslow
Maslow Herzberg
Auto-Realizao
O trabalho em si Responsabilidade
Progresso
Crescimento
Auto-Estima
Realizao
Reconhecimento
Status
Segurana
Polticas Administrativas e
Empresariais
Segurana no cargo
Fisiolgicas
Condies fsicas do
Trabalho
Salrio Vida pessoal
Para proporcionar continuamente motivao no trabalho, Herzberg
propem o "enriquecimento de tarefas" ou "enriquecimento do cargo": consiste em
substituir as tarefas simples e elementares do cargo por tarefas mais complexas
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para acompanhar o crescimento individual de cada empregado, oferecendo-lhe
condies de desafio e de satisfao profissional no cargo.
O enriquecimento de tarefas depende do desenvolvimento de cada
indivduo e deve adequar-se s suas caractersticas individuais em mudanas.
O enriquecimento de tarefas provoca efeitos desejveis, como aumento da
motivao, aumento da produtividade, reduo do absentesmo (faltas e atrasos ao
servio) e reduo da rotatividade do pessoal (demisses de empregados).
Contudo, pode gerar efeitos indesejveis, como o aumento de ansiedade
em face de tarefas novas e diferentes quando no so bem-sucedidas nas
primeiras experincias, aumento do conflito entre as expectativas pessoais e os
resultados do trabalho nas novas tarefas enriquecidas, sentimentos de explorao
quando a empresa no acompanha o enriquecimento de tarefas com o
enriquecimento da remunerao, reduo das relaes interpessoais devido
maior concentrao nas tarefas enriquecidas.
2.3 Gerenciamento das Mudanas e os Paradgmas
Quando tomamos a direo de nossos sonhos, encontramos o sucesso nos
momentos mais inesperados. Henry David Thoreau
Na passagem para o sculo XXI, mudanas de grande intensidade, em todos
os tipos de ambientes, competitivo, tecnolgico, econmico, social, provocaram o
surgimento de novos conceitos e novas tcnicas para administrar as organizaes.
Faremos uma comparao entre as tradies e as inovaes impostas por estas
mudanas de paradigmas.
Paradigmas so modelos ou padres, que servem como marcos de
referncia, para explicar e ajudar as pessoas a lidar com situaes. Os paradigmas
mudam constantemente. As mudanas variam em termos de velocidade,
permanncia e magnitude.
A Revoluo Industrial, por exemplo, representou uma mudana de grande
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magnitude, em tempo relativamente curto, que moldou inmeras caractersticas da
sociedade atual.
Formas de produo e consumo, urbanizao, diviso das pessoas em
classes, profisses e muitos outros aspectos da sociedade fazem parte do
paradigma criado pela Revoluo Industrial.
A Revoluo Industrial pode ser resumida em poucas tendncias de
grande magnitude, cujo vetor principal foi inveno das mquinas que
complementaram e substituram o trabalho humano. No incio do sculo XXI, a
Revoluo Industrial continua evoluindo, fazendo a sociedade humana ingressar na
marcha para a Revoluo Digital, que comeou em meados do sculo XX erepresentou a complementao e substituio de certas atividades intelectuais por
computadores.
As passagens para a era ps-industrial e a Revoluo Digital provocaram a
mudana de muitas concepes tradicionais:
Resumo do contraste entre as duas situaes:
CARACTERSTICAS TRADICIONAIS CARACTERSTICAS NO SCULO XXI
Revoluo Industrial: substituio e
potencializao do trabalho humano por
meio de mquinas.
Revoluo Digital: substituio e
potencializao das funes humanas de
deciso, comunicao e processamento de
informaes por computadores.
Classe operria numerosa, em conflito com
uma classe de patres e gerentes.
Trabalhadores em servios, profissionais
liberais e trabalhadores do conhecimento
mais numerosos que os operrios clssicos.
Trabalhador especializado; operador de
mquinas qualificado apenas para a
realizao de uma pequena parte da tarefa
total.
Grupo de trabalhadores autogeridos e
polivalentes. Em certos casos, o trabalho na
linha de produo requer educao
universitria.
Empregos e carreiras estveis. Desemprego, empregabilidade,
terceirizao, economia informal,
administrao empreendedora.
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2.3.1 Novos Paradigmas na Gesto de Pessoas
No faz muito tempo, os funcionrios eram pagos para obedecer e os
chefes para ter idias.
No mundo globalizado e competitivo o sistema de trabalho mudou. Hoje as
fbricas operam em clulas de produo e os escritrios esto divididos por
processos.
Nesse esquema, no cabe mais um chefe. Cada funcionrio dono de seu
pedao e precisa cuidar dele da melhor forma possvel.
Ao lado deles est o lder, a pessoa que pode at ganhar mais por causado cargo, mas que est ali para facilitar a vida de todos, inclusive da organizao.
Os lderes precisam demonstrar confiana em seu pessoal, afinal o que
importa que a empresa apresente produtos ou servios com qualidade e no
tempo certo, desta forma ao buscar um lder a empresa no pode olhar apenas as
qualidades profissionais deste candidato; necessrio saber se este lder conhece
seus limites e saber trabalhar com pessoas, administrando-os em forma de grupo e
no individualmente.
O problema que a maioria das empresas no tem lderes. Elas tm
meros chefes.
Uma mudana importante ocorreu no papel dos chefes. No paradigma
tradicional, no h administrao sem chefes. Desta forma as organizaes que
cresceram durante o sculo XX tornaram-se cheias de chefes especializados,organizados em hierarquias complexas.
O Downsizing, diminuio de tamanho, tornou-se uma das palavras de ordem
no mundo das organizaes j em meados dos anos 80. Em busca de maior
eficincia na utilizao de seus recursos e reduo de custos, as organizaes
achataram a hierarquia, simplificaram seus processos de trabalho, promoveram o
aumento da produtividade e diminuram seus quadros de chefes.
Alm disso, surgiram novas idias a respeito do papel dos gerentes, que
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podem ser resumidas na crtica de Peter Drucker (1995, p. XIV): Voc precisa
aprender a gerenciar em situaes nas quais no tem autoridade de comando, nas
quais voc no nem controlado nem est controlando. Esta a mudana
fundamental.
A mudana na estrutura organizacional e no papel dos gerentes um dos
novos paradigmas mais importantes da gesto de pessoas. Embora os gerentes
continuem desempenhando os papis de autoridade e responsabilidade pelas
decises, o processo administrativo pode e deve ser distribudo em toda a
estrutura.
Assim, os colaboradores operacionais assumem responsabilidadesgerenciais (em equipes autogeridas, por exemplo). De acordo com o novo
paradigma, todos administram e os chefes so coordenadores ou Lder do
processo.
Contraste entre o Modelo Tradicional de Gerncia e as Concepes mais
Modernas:
MODELO DE ADMINISTRAOCENTRALIZADO NO CHEFE:
NOVAS IDIAS DA GESTO DEPESSOAS:
O gerente o personagem principal do
processo administrativo. Somente os
gerentes administram.
Todos so gerentes. A Administrao
do grupo de trabalho pertence ao
prprio grupo.
Gerentes so chefes de subordinados
que obedecem.
Gerentes coordenam o processo
decisrio e fornecem as condies para
a realizao das tarefas dos grupos.Administrao e gerentes so
sinnimos. (Planejar, Organizar, Dirigir e
Controlar).
Administrao est sempre no trabalho
de pessoas e grupos que tomam
decises e assumem
responsabilidades, com ou sem
gerentes.
Contraste entre os modelos: centralizado no chefe e GP
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Diante das mudanas de Paradigmas, uma das foras mais inovadoras so os
processos de agregar e manter as pessoas trabalhando em condies ambientais
e psicolgicas favorveis e principalmente saudveis.
Com base no entendimento da Gesto de Pessoas, a organizao ideal
aquela que est apta para captar e aplicar de forma adequada seus recursos
humanos, como tambm mant-los satisfeito por um longo perodo.
Este trabalho da manuteno das pessoas exige cuidados especiais, entre os
quais se sobressaem os estilos de gerncia e as relaes com os colaboradores.
Todos os processos visam proporcionar um ambiente fsico, psicolgico e
social de trabalho agradvel e seguro, bem como assegurar as relaes sindicais
amigveis e cooperativas, pois so importantes elementos na definio da
permanncia das pessoas na organizao e, mais do que isso, na sua motivao
para o trabalho e para o alcance dos objetivos organizacionais.
2.4 A Gerncia e Liderana na organizao
As organizaes so desenhadas e administradas de acordo com as teorias
que prevalecem, utilizando vrios princpios e pressupostos que delineiam as
maneiras pelas quais as organizaes e seus recursos so geridos.
Dois consultores americanos, Blake e Mouton (1976), desenvolveram uma
tecnologia de mudana organizacional planejada. Deram o nome de gradegerencial (managerial grid), pelo fato de que todo executivo est sempre voltado
para dois assuntos: a produo e as pessoas. A grade gerencial um grfico de
duas entradas, isto , composta de dois eixos: (CHIAVENATO 2000, 544)
O eixo horizontal que representa a preocupao com a produo: uma
srie contnua de nove pontos, na qual o grau 9 significa elevadssima
preocupao com a produo, enquanto o grau 1 representa uma baixa
preocupao com a produo;
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O eixo vertical representa a preocupao com as pessoas. Tambm uma
srie contnua de nove pontos, onde 9 um grau elevado e 1 um grau baixo
de preocupao com as pessoas.
Segue quadro com as demonstraes do Grid Gerencial:
Grid Gerencial:
BLAKE, Robert R., MOUTON, Jane S. A estruturao de uma empresa dinmica atravs do desenvolvimento
organizacional do tipo grid. So Paulo: Edgard Blcher, 1976, p. 10.
O grid gerencial representa essas duas preocupaes: com as pessoas e
com a produo. Conforme os pontos apresentados no quadro fica claro o
entendimento das cinco gerencias, assim at mesmo nos dias de hoje as
identificamos nas empresas.
De acordo com Vergara (1999, 77): empresas reuniam o corpo gerencial e
subordinados em hotis para, sob forte treinamento, transformarem gerentes emLderes 9.9. Sei de um caso em que, depois de submetido a tal treinamento, um
Estilo 1.9Preocupao comas pessoas e totaldespreocupao
Com a produo
Estilo 9.9Preocupao comas pessoas e comcom a produo.
Excelncia
Estilo 9.1Preocupao
Coma produo edespreocupaoCom as pessoas
Estilo 1.1Poucapreocupao com
as pessoas epouca preocupaoCom a produo
9
8
7
6
5
4
3
21
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Baixa
Alta
Baixa AltaPreocupao com a produo
Preocupao
com
as
pessoas
Estilo 5.5Mediocridade.Algumapreocupaocom a produoe com as pessoas
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gerente de grande empresa Petrolfera mandou retirar, literalmente, a porta de sua
sala. Afinal, era agora um Lder que gerenciava de portas abertas. Detalhe:
continuava o mesmo autocrtico de sempre.
E para uma atuao mais atual, com base no quadro cabe a utilizao da
gerencia 9.9, que de fato procura um equilbrio entre a preocupao tanto com a
produo quanto com as pessoas, mas que seja de real atuao empresarial e no
como relatou Vergara.
Desta forma imprescindvel aps o entendimento do grid gerencial,
conhecer algumas teorias que balizam e orientam o enquadramento das pessoas
dentro das organizaes.
Como a Teoria X, Y de McGregor(1960) e Z de (OUCHI), obras que so
marcantes na nossa histria, foi um dos autores mais influentes na rea das
relaes humanas. Douglas McGregor nasceu em Detroit e licenciou-se no City
College. Doutorou-se em Harvard, onde lecionou Psicologia Social, e foi professor
de Psicologia.
2.4.1 Liderana na Teoria X
Um trabalhador visto por um gerente de viso X, parte do pressuposto de que
o trabalhador preguiosas e que necessitam de motivao, pois seu
entendimento referente ao trabalho como um mal necessrio e somente por
obrigao para ganhar dinheiro. No gosta de trabalho e o faz somente quando
compelido. (MARRAS 2000,35)
O homem visto como um indivduo carente, onde limita o crescimento dos
funcionrios e no se importa com a valorizao e realizao pessoal. Assim, a
motivao desnecessria, sendo o que prevalece o uso de sua viso dentro
dos conceitos com a maior autoridade para garantir a direo e controle dos
funcionrios.
A Teoria X - Concepo tradicional de direo e controle.
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Com base na liderana da teoria X, os seres humanos com caractersticas X,
devem observar as seguintes caractersticas:
a) Precisa ser controlado, dirigido, coagido e punido, para que produza no trabalho;
b) Indivduos carentes, que se esforam para satisfazer a hierarquia de
necessidades bsicas, sem sonhos ou realizaes algumas;
d) No tem condies de assumir responsabilidades;
e) A participao destes funcionrios sempre influenciada atravs da
manipulao por recompensas bsicas e imediatas;
f) A liderana deve assumir uma postura autocrtica.
2.4.2 Liderana na Teoria Y
Esta segunda teoria baseia-se no pressuposto de que as pessoas querem
e necessitam trabalhar.
A integrao base desta teoria, pois parte do pressuposto da
integrao, que assegura e valida a autoridade.
Sugere ainda que indivduo com caractersticas Y tenham autocontrole
quando as necessidades empresa estejam em cheque. Porm esta integrao e
sinergia entre os interesses pessoais e organizacionais, no tende a ser uma tarefa
fcil.
Segundo CHIAVENATTO (1983, p. 377):
(...), a Teoria Y geralmente aplicada nas empresas atravs de um estilo de
direo baseado em uma srie de medidas inovadoras e humanistas, dentre
as quais salienta as seguintes:
- Descentralizao das decises e delegao de responsabilidades (...);
- Ampliao do cargo para maior significao do trabalho (...);
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- Participao nas decises mais altas e administrao consultiva (...);
- Auto-avaliao do desempenho (...).
A Teoria Y Integrao entre objetivos individuais e organizacionais.
A liderana organizacional dos seres humanos com caractersticas Y deve
observar algumas caractersticas:
a) O Ser Humano Y v o esforo fsico e mental no trabalho de forma to natural
quanto o de querer descansar;
b) Com incentivo procura se autocorrigir, para atingir os objetivos que se propem
alcanar;
c) Tm um compromisso com o objetivo, depende das recompensas que se espera
receber com sua execuo;
d) O Ser Humano Y, no s aprende a aceitar as responsabilidades, como passa a
procur-las;
e) A participao destes uma forma de valorizar suas potencialidadesintelectuais;
f) O Lder deve assumir um estilo mais participativo.
2.4.3 Liderana na Teoria Z
William Ouchi, relata: at agora os gerentes americanos tm
considerado o que a tecnologia faz para aumentar a produtividade. O que a teoria
Z enfatiza que, ao invs disso, haja um redirecionamento da ateno para as
relaes humanas no mundo empresarial. ( HAMPTON 1990, 68)
Baseando-se em alguns aspectos da mesma herana intelectual que
compartilham as idias de Mayo sobre o local de trabalho ( especialmente as idias
do socialista Francs Emile Durkheim), como um antdoto potencial para osisolados e alienados aspectos psicolgicos das pessoas nas modernas sociedades
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ocidentais, William Ouchi professor da UCLA, props que os gerentes americanos
aprendessem a criar alguma qualidade na mesma linha do cl industrial , o que
vem a ser mais comum nas organizaes japonesas. Eles chamam esse conjunto
de idias de Teoria Z, deliberadamente implicando que ela iniciou onde a teoria Y
de McGregor parou.
A figura abaixo um fluxograma que tenta retratar os pressupostos e
conexes lgicas que produzem a Teoria Z de OUCHI. (HAMPTON 1990, 68)
Fluxograma representativo da teoria Z:
(HAMPTON 1990, 69)
Imperativo Cultural Deciso Gerencial
Filosofia CorporativaCriando o cl industrial
IncentivosEmpregados antigos,
Hierarquia achatada etc.
IncentivosTempo de vida til etc.
IntimidadeEnvolvimentoCooperao
Solidez
ConfianaGrupos detrabalho
Satisfao do empregadoe senso de autonomia
Produtividade aumentada
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2.4.4 Liderana Atual
H vrias formas de se entender a Liderana, mas a mais simples somentea partir do pressuposto que a arte de persuadir pessoas, ou de influenci-las em
prol dos objetivos previamente estabelecidos ou no, desta forma adquire-se a
confiabilidade das pessoas ou das equipes lideradas, gerando motivao,
confiana, histrico e conseqente aceitao do lder.
Segundo Vergara (2003), a liderana pode ser retratada como a
capacidade de exercer influncia sobre indivduos e grupos, para Robbins (1999),
liderana a capacidade de influenciar um grupo em direo realizao de
metas.
Em contraponto, as empresas necessitam de lderes preparados para
exercer as funes chaves nas organizaes. Desta forma os gestores de pessoas
so responsveis pela busca, seleo e manuteno destes profissionais.
Liderana para Chiavenato (2005:183), definida como uma influncia
interpessoal, na qual uma pessoa age no sentido de modificar ou provocar o
comportamento de uma outra pessoa de maneira intencional, exercida em uma
dada situao e dirigida pelo processo de comunicao humana para consecuo
de um ou mais objetivos especficos.
Para encontrar profissionais com esta empatia, comprometimento e poder
de persuaso descrito por Chiavenato, os selecionadores e recrutadores de
executivos, denominados como Hunters, lanam mo das mais diversasferramentas, devidamente atualizadas e testes de seleo minuciosos para
detectar nos candidatos as caractersticas intangveis de um lder.
Na arte da Liderana, requer algumas atitudes do profissional que exerce
cargos de liderana, como:
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Que faa com que seus colaboradores e as pessoas sob seu comando
gostem de executar o que ele orienta e o que a empresa necessita que
seja realizado.
Consegue que subordinados se sintam impulsionados a participar e
colaborar nas mais diversas tarefas e que se sintam realizados com
isso.
Prefere no ter subordinados e sim seguidores, prefere ainda no dar
ordens, e sim explicar a necessidade da realizao de determinadas
tarefas onde todos, em equipe alcancem o objetivo proposto pelo Lder.
Consegue demonstrar a importncia do comprometimento e
envolvimento de todos os colaboradores e que fundamental que os
objetivos organizacionais converge com os objetivos dos
colaboradores.
Busca transmitir segurana e confiana, inspirando lealdade. Atravs
do dilogo franco e aberto, pode fazer com que as pessoas se sintam
vontade para falar e expor suas idias.
Tenta transmitir senso de justia, com a tomada de decises justas,
no protege um em detrimento do outro. Procura ser transparente em
todas as suas atitudes e decises.
Busca ser o exemplo, dando coerncia s suas atitudes e discursos,
demonstrando assim a importncia da tica em suas atitudes,
No precisa ser infalvel, mas precisa avaliar as situaes com clareza,
analisando as alternativas para tomar a deciso que lhe parea mais
acertada.
O lder tem conscincia de que no possvel realizar as tarefas
sozinho e que necessita da coeso de sua equipe.
Assim, para Hunter (2004), liderana a habilidade de influenciar pessoas
para trabalharem entusiasticamente, visando atingir objetivos identificados como
sendo para o bem comum. Este bem comum a convergncia de objetivos, onde a
empresa visa alcanar seus objetivos econmicos e organizacionais e o
colaborador visa atender suas necessidades pessoais e profissionais.
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Para que este processo de influenciar pessoas venha a dar frutos
positivos, o Lder deve utilizar sua habilidade de persuadir a equipe, conseguindo
que as pessoas realizem as tarefas necessrias, de acordo com suas orientaes
e diretrizes.
Os colaboradores devem executar as tarefas por vontade prpria,
utilizando sua automotivao, influenciado pela capacidade de liderana de seu
Lder que os levou a entender o propsito de suas aes.
Embora o Lder tenha o poder para influenciar seus colaboradores, este
dever usar de sua influncia pessoal, e no do poder investido pelo cargo e
responsabilidade que lhe foi atribuda, dispensando forar ou obrigar as pessoas aexecut-las pela figura de autoridade e poder.
OS GRAUS DE INFLUENCIAO
COAO PERSUASO SUGESTO EMULAO
Forar, coagir ou
constranger mediantepresso ou compulso.
Prevalecer sobre uma
pessoa, sem for-la,
com conselhos,
argumentos ou
indicaes para que
faa alguma coisa.
Colocar ou apresentar
um plano, uma idia ou
uma proposta a uma
pessoa ou grupo, para
que considere,
pondere ou execute.
Procurar imitar com
vigor, para igualar ou
ultrapassar, ou, pelomenos chegar a ficar
quase igual a algum.
Figura 23 Autoridade e Poder (Chiavenato - 2005:184)
Analisando o quadro acima, os candidatos a Lderes devem realizar uma
auto-anlise que o direcione a buscar uma atitude que venha a estimular os
colaboradores, mesmo porque este, por mais motivado que esteja, no estsomente ligado empresa, est diretamente se relacionando com seu lder, ou
seja, com a pessoa lhe fala, lhe orienta, explana e ouve suas idias, de quem ouve
uma palavra de apoio ou um resmungo de intolerncia.
Mas os Lderes no podem jamais esquecer das diretrizes, oriundas da
Viso, Misso, Valores e Princpios impressos na organizao pela alta cpula ou
proprietrios, o ideal que os gestores que esto liderando e a presidncia /
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diretoria trabalhem em equipe, alinhando seus raciocnios e orientaes para as
tarefas. Neste contexto, Corrobora Srour (1998, p. 146) ao afirmar:
Nas organizaes os agentes medem foras: proprietrios e gestores
formam a coalizo dominante; gestores integram a equipe diretiva;
trabalhadores opem resistncias a no ser que participem das decises
ou partilhem resultados; clientes, fornecedores, investidores, autoridades,
sindicatos, mdia, comunidade circunvizinha e associaes funcionam
como lobbies ou como sustentculos; e redes informais de poder
(panelinhas, patotas ou igrejinhas) lanam seus mil tentculos.
H uma gama de fatores que impulsionam cada um dos parceiros daorganizao a participar do crescimento da organizao como um todo. Todos tm
seus interesses individuais e seus fatores de motivao podem ou no ser
satisfeitos pela organizao.
O ideal que haja um equilbrio, onde os colaboradores possam encontrar
na organizao uma forma positiva de transformar seus anseios e desejos em
realizao, atravs do reconhecimento, das condies de trabalho, do
desenvolvimento de novas habilidades e conhecimentos, com as oportunidades de
carreira, dentre outros, conforme j abordados no item de Gesto de Pessoas.
Da mesma forma a organizao tambm espera atravs do empenho,
criatividade e esforo de seus colaboradores, se colocar no mercado competitivo,
cada vez mais forte, eficiente e eficaz no que produz, trazendo no s sucesso e
lucro para a organizao, mas tambm satisfao e produtos de qualidade que
venham a superar as expectativas de seus clientes.
Ao se deparar com colaboradores de alto potencial criativo, competente e
motivado, o Lder dever estimular e explorar estas caractersticas, envolvendo-o
de forma a persuadi-lo e torn-lo parte importante do processo organizacional.
A relao Lder versus liderados pode tomar rumos diversos,
dependendo da forma que o Lder trata seus liderados, Chiavenato expe estas
correlaes na figura abaixo:
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OS TRS ESTILOS DE LIDERANA
LIDERANA
AUTOCRTICA
LIDERANA
DEMOCRTICALIDERANA LIBERAL
TOMADA DE
DECISES
Apenas o lder decide
e fixa as diretrizes,
sem qualquer
participao do
grupo.
As diretrizes so
debatidas e decididas
pelo grupo que
estimulado e assistido
pelo lder
Total liberdade paratomada de decises
grupais ou
individuais, com
participao mnima
do lder.
PROGRAMAO
DOS
TRABALHOS
O lder determina
providncias para a
execuo das tarefas,
uma por vez, na
medida em que so
necessrias e de
modo imprevisvel
para o grupo.
O prprio grupo
esboa providnciase tcnicas para
garantir o alvo com o
aconselhamento
tcnico do lder. As
tarefas ganham
novos contornos com
os debates
A participao do
lder no debate limitada,
apresentando apenas
alternativas ao grupo,
esclarecendo que
poderia fornecer
informaes desde
que solicitadas.
DIVISO DO
TRABALHO
O lder determina
qual a tarefa que
cada um dever
executar e qual seu
companheiro de
trabalho
A diviso das tarefas
fica a critrio do
grupo e cada membro
tem liberdade de
escolher seus
prprios colegas
Tanto a diviso das
tarefas como a
escolha dos colegas
fica por conta do
grupo. Absoluta falta
do lder
PARTICIPAO
O lder pessoal edominador nos
elogios e nas crticas
ao trabalho de cada
um
O lder procura serum membro normal
do grupo. objetivo e
estimula com fatos,
elogios ou crticas.
O lder no faz
nenhuma tentativa de
avaliar ou regular o
curso das coisas. Faz
apenas comentrios
quando perguntado
Fonte: Chiavenato (2005: 187)
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Estes trs estilos de Liderana so conceitos marcantes na nossa histria,
que visa um melhor entendimento referente base da liderana, para atuar e
compreender as organizaes na atualidade.
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Administrao de pessoas, uma viso de ser humano nas empresas, forte
no incio de 2000;
Administrao com as pessoas, tocar a organizao junto com os
colaboradores e parceiros, atual nos dias de hoje;
Gesto de pessoas, o mais alto impacto para os dias de hoje.
E assim se entende os objetivos da Gesto de Pessoas GP hoje, como:
Ajudar a organizao a alcanar seus objetivos e realizar sua misso.
Proporcionar competitividade organizao.
Proporcionar organizao talentos bem treinados e motivados.
Aumentar a auto-atualizao e a satisfao das pessoas no trabalho. Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho.
Administrar mudanas
E de acordo com o autor David Ulrich um dos gurus de Recursos
humanos, a viso das mudanas em recursos humanos se entende nos
recursos humanos estratgicos, novas perspectivas para os profissionais de
RH do operacional ao estratgico atrelado aos negcios empresariais visando
resultados constantes.
De forma que o mais importante hoje para a Gesto de Pessoas criar
um novo papel e uma nova apresentao que tenha o foco nos resultados, e
no as atividades tradicionais de RH, como Administrao de
pessoal(departamento pessoal), contratao de pessoal e remunerao. O
RH no deveria ser definido pelo que faz, mas sim pelo que deve apresentar,
como: (Ulrich: 2000, 35)
resultados que enriquecem o valor da empresa para clientes,
investidores e colaboradores;
Excelncia organizacional atravs das pessoas;
Parcerias com os gestores para execuo de estratgias do
planejamento apresentado em salas de reunies para o mercado de
trabalho;
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Especialista na organizao e execuo do trabalho, apresentando
eficincia, eficcia e efetividade administrativa que garanta reduo de
custos e a produtividade;
Defensor dos colaboradores, representando de forma comprometida
preocupao com os gestores, aumentando a capacidade competncias
dos colaboradores e gestores visando apresentar resultados eficazes
constantemente;
Ser agente de mudanas contnuas, transformando e moldando os
processos e uma cultura, que todos juntos, faa parte de fato do
desenvolvimento organizacional.
Com base nas mudanas significativas entre o termo RH e Gesto de
Pessoas nas empresas, so diversificados entendimentos, que at o nome da rea
de Recursos Humanos tem sido mudado em muitas organizaes, tem sido
substitudas por algumas configuraes:
Gesto de talentos humanos
Gesto de parceiros
Administrao do Capital intelectual Gesto do capital humano
Diferentes nomes para representar o novo espao e configurao da rea de
Gesto de Pessoas, que com todas as mudanas ocorridas passou a ser mais
abrangente e a indicar as mais novas posturas de RH.
3.1 Gesto de Pessoas como Responsabilidade de Linha e Funo de Staff
H um princpio bsico em Gesto de Pessoas - GP: Gerir pessoas uma
responsabilidade de linha e uma funo de Staff. O que significa que quem deve
gerir as pessoas o prprio gerente, supervisor, Lder de equipe ao qual elas esto
subordinadas. Ele tem a responsabilidade linear e direta pela condio de seus
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subordinados. Por essa razo, existe o princpio da unidade de comando. Cada
pessoa deve ter apenas um Gerente. (Chiavenato 2008, 23)
Assim o papel da rea de recursos humanos fornecer assessoria e
consultoria para os gerentes ou superiores de cada departamento na organizao.
A interao entre especialistas de RH e Gerentes de linha, na realidade, as
tarefas de GP, mudaram com o tempo. Hoje elas so desempenhadas nas
organizaes por dois grupos de executivos: de um lado os especialistas em GP,
que atuam como consultores internos, e de outro lado, os gerentes de linha
(gerentes, supervisores etc.) que esto envolvidos diretamente nas atividades de
GP por serem responsveis pela utilizao eficaz de seus subordinados . Os
gerentes de linha utilizam um tempo considervel na gesto de pessoas, em
reunies, conversas individuais ou grupais, telefones, e-mail, soluo de problemas
e definio de planos futuros.
Conflitos entre linha e staff: quando os dois lados, gerentes de linha e
especialistas de GP, tomam decises sobre as mesmas pessoas, geralmente
ocorrem conflitos. O conflito ocorre porque os gerentes de linha e os especialistas
de GP discordam sobre quem tem autoridade para tomar as decises sobre
pessoas ou porque tm diferentes orientaes a respeito. Os conflitos entre linha e
staff j so tradicionais e bem conhecidos. O especialista de staff est preocupado
com suas funes bsicas de proporcionar consultoria, aconselhamento e
informao sobre a sua especialidade. Ele no tem autoridade direta sobre o
gerente de linha. O gerente de linha tem autoridade para tomar as decises
relacionadas com suas operaes e seus subordinados.
Existem trs maneiras para reduzir o conflito entre linha e staff:
a) Demonstrar aos gerentes de linha os benefcios de usar programas de GP.
b) Atribuir responsabilidades por certas decises de GP exclusivamente aos
gerentes de linha, e outras exclusivamente aos especialistas de GP.
c) Treinar ambos os lados, gerentes de linha e especialistas de GP, em comotrabalhar juntos e tomar decises conjuntas, esta alternativa a mais eficaz
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3.2 Moderna Gesto de Pessoas GP
A gesto de pessoas uma rea muito sensvel mentalidade que predomina
nas organizaes. Ela contingencial e situacional, pois depende de vrios
aspectos como a cultura que existe em cada empresa, a estrutura organizacional
adotada, s caractersticas do contexto ambiental, o negcio da organizao, a
tecnologia utilizada, os processos internos e uma infinidade de outras variveis
importantes. (Chiavenato 1999, 6)
Neste contexto se entende alguns paradoxos que se vivencia no meio
empresarial, talvez voc como profissional j tenha se deparado com esta famosa
frase A teoria no se aplica prtica, caso no haja um olhar clnico de desafio
para uma anlise e avaliao da cultura, negcio, processos, investimento,
tecnologia, qualidade empresarial, pessoas, clientes, na busca de atrelar os
objetivos, misso e valores das empresas, assim faz valer a frase. E porque no
enfrentar estes desafios e mudar j esta frase A teoria se aplica prtica e gera
resultados empresariais.
Gesto de Pessoas o conjunto de polticas e prticas necessrias para
conduzir os aspectos da posio gerencial relacionados com as pessoas ou
recursos humanos. (Chiavenato 1999,12)
Processo na GP um conjunto de atividades estruturadas e destinadas a
resultar em um produto especificado para um determinado cliente. uma
ordenao especfica das atividades de trabalho no tempo e no espao, com um
comeo, um fim, e entradas e sadas claramente identificadas.
O processo de GP ainda entendido como uma srie de atividades que
fornecem valor a um cliente. O cliente do processo no necessariamente um
cliente externo da empresa. Ele pode estar dentro da empresa. o chamado
cliente interno.
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Assim os processos da Gesto de Pessoas GP so:
a) Agregar pessoas: recrutamento e seleo de pessoas;
b) Aplicar pessoas: desenhos de cargos, avaliao de desempenho;
c) Recompensar pessoas: remunerao, benefcios e servios;
d) Desenvolver pessoas: treinamento, mudanas, comunicao;
e) Manter pessoas: Disciplina, higiene e segurana e qualidade de vida,
relaes com sindicatos;
f) Monitorar pessoas: banco de dados, sistemas de informaes gerenciais.
Essas polticas e prticas foram denominadas como os seis processos
da Gesto de Pessoas.
Representao dos seis processos de GP:
De acordo com Fisher e Fleury (1989) o conceito da gesto de pessoas, pode
ser descrita como: Conjunto de polticas e prticas definidas de uma organizao
para orientar o comportamento humano e as relaes interpessoais no ambiente
de trabalho.
Moderna
Gesto
de
Pessoas
AgregandoPessoas
AplicandoPessoas
MantendoPessoas
DesenvolvendoPessoas
MonitorandoPessoas
Quem deve trabalhar na organizao* Recrutamento de Pessoal* Seleo de Pessoal
O que as pessoas devero fazer:* Modelagem do Trabalho* Avaliao do Desempenho
Como manter as pessoas no trabalh* Benefcios* Descrio e Anlise de Cargos
Como recompensar as pessoas:* Recompensas e Remunerao* Benefcios e Servios
Como saber o que fazem e o que so* Sistema de Informao Gerencial* Bancos de Dados
RecompensandoPessoas
Como desenvolver as pessoas:* Treinamento e Desenvolvimento* Programas de Mudanas* Programas de Comunicaes
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3.3 Os Desafios da Moderna Gesto de Pessoas GP
Na era da informao surgem as equipes de gesto com pessoas.Essas equipes substituem os departamentos de recursos humanos e de gesto de
pessoas. As tarefas operacionais e burocrticas so transferidas para terceiros
atravs de terceirizao, enquanto as atividades tticas so delegadas aos
gerentes de linha em toda organizao, os quais passam a ser os gestores de
pessoas. As equipes de RH proporcionam consultoria interna para que a rea
possa assumir atividades estratgicas de orientao global visando ao futuro e ao
destino da organizao e seus membros. (Chiavenato 1999, 34)
Com base neste contexto, podemos definir o quanto gesto de pessoas
tornou-se importante nas empresas, de forma que a nova atuao da Gesto de
Pessoas ter como responsabilidades o desenvolvimento de polticas de RH
estratgicas e atuao direta com todos os gestores de pessoas nos processos
estratgicos como:
contratao e demisso de novos profissionais e cuidar de pessoas; aprimoramento com os gestores para atingir resultados em equipe;
Atuar como consultores internos;
Identificao de necessidades de mudanas;
Pessoas como parceiras.
Assim o papel da nova Gesto de Pessoas ganha um espao empresarialque agrega valor ao negcio e compartilha o conhecimento para o planejamento
estratgico da organizao atravs de atuaes estratgicas:
Descentralizao rumo aos gerentes e suas equipes;
Focalizao global e estratgica no negcio;
Decises e aes do gerente e sua equipe de trabalho;
Consultoria interna;
Descentralizao e compartilhamento;
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Como os gerentes e suas equipes podem escolher, treinar, liderar, motivar,
avaliar e recompensar os seus participantes;
Criar a melhor empresa e a melhor qualidade de trabalho.
Ento, o mundo dos negcios ficou completamente diferente, exigente,
dinmico, mutvel e incerto. E as pessoas sentem o impacto dessa influncia e
necessitam de um apoio e suporte por parte dos seus Lderes e Gerentes. E eles
requerem, por seu lado, o apoio e suporte de RH. (chiavenato 2004, 42)
Essa dinmica empresarial de mudanas constantes nos leva a uma viagem
mais certa e jamais utilizada nos paradigmas do passado, que manter uma
engrenagem no funcionamento estrutural da empresa, onde contribui ainda maispara um sentido de grandes parcerias internas e que o foco atingir resultados
operacionais e estratgicos atrelados ao negcio, desde o planejamento
estratgico na organizao.
Com base na viso de Ulrich (1997) e Chiavenato (2004), apresenta os
papis de RH na construo de uma organizao dinmica e competitiva:
a) Administrao de estratgias de recursos humanos: Como RH podeajudar a impulsionar a estratgia organizacional.
b) Administrao da infra-estrutura da empresa: como RH pode oferecer
uma base de servios organizao para ajud-la a ser eficiente e eficaz.
c) Administrao da contribuio dos funcionrios: como RH pode ajudar
no envolvimento e comprometimento dos funcionrios, transformando-os em
agentes empreendedores, parceiros e fornecedores para a organizao.
d) Administrao da transformao e da mudana: como RH pode ajudarna criao de uma organizao criativa, renovadora e inovadora.
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Para a atuao destes quatro papis exigem um novo posicionamento e uma
nova mentalidade dos profissionais de RH, visando atuar conforme figura abaixo:
Contudo esta definio o maior desafio de Gesto de Pessoas, para que
realmente a GP se apresente adequadamente na realidade empresarial.
PPaappeell ddee RRHH RReessuullttaaddoo CCaarraacctteerrssttiiccaapprriinncciippaall
AAttiivviiddaaddee
Administraode estratgias
de RH
Administraoda infra-estrutura
da empresa
Administraoda contribuio
dos funcionrios
Administrao datransformao e
da mudana
Execuoda
Estratgia
ConstruoDa
infra-estrutura
eficienteAumento do
envolvimentoe capacidade
dosfuncionrios
Criao deuma
organizaorenovada
ParceiroEstratgico paraAjudar a alcanar
objetivoorganizacionais
Especialistaadministrativopara reduzir
custos e aumentarvalor
Defensor dosfuncionrios paratreinar e incentivar
as pessoas
Agente demudana e
inovao paramelhorar a
capacidade de
mudar
Ajuste das estratgias de RH estratgia empresarial:
diagnstico organizacionalpara detectar foras e
fraquezas da organizao
Reengenharia dos processosda organizao: servio em
comum para a melhoria
contnua
Ouvir e responder aosfuncionrios: prover
recursos aos funcionriospara incentivar contribuies
Gerir a transformao e amudana: assegurar
capacidade para mudana eidentificao e soluo de
problemas
Definio de papis de RH(CHIAVENATO 2004, 47)
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3.4 A nova orientao de GP em plena Era da Informao.
Para um novo modelo certo do sucesso, observam-se os fatores crticos e os
indicadores como um guia da gesto de pessoas na organizao. Nesta
representao:
P ro ce sso s d e GP : Fa to re s Cr t ico s d e Su ce sso : I n dica do re s:
AgregarPessoas
AplicarPessoas
RecompensarPessoas
DesenvolverPessoas
ManterPessoas
MonitorarPessoas
Imagem externa da organizao Receptividade da organizao
Flexibilidade organizacional Cultura participativa Esprito de equipe
Reconhecimento e confiana nfase em metas e objetivos Desafios e oportunidades
Aprendizagem organizacional Valor do conhecimento Liderana de lideranas
Clima organizacional Qualidade de vida no trabalho
Tecnologia da informao Sistema de informao gerencial Fluxo informacional
Aumento do capital humano Menor rotatividade Menor absentesmo
Melhor desempenho Maior produtividade Melhor qualidade
Satisfao das pessoas Comprometimento Menor rotatividade Menor absentesmo
Aumento do capital humano Maior produtividade Melhor qualidade
Satisfao das pessoas Cidadania organizacional Comprometimento
Retroao Autonomia e liberdade Avaliao holstica
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A constituio do capital intelectual na organizao, como atribuio da
gesto de pessoas:
CAPITALINTELECTUAL
Capital Interno
Capital Humano
Capital Externo
ESTRUTURA INTERNA:
Conceitos, modelos, processos,sistemas administrativos e
informacionais.
So criados pelas pessoas eutilizados pela organizao.
ESTRUTURA EXTERNA:
Relaes com clientes e fornecedores,marcas, imagem e reputao.
Dependem de como a organizaoresolve e oferece solues para os
problemas dos clientes.
COMPETNCIAS INDIVIDUAIS:
Habilidades das pessoas em agir emdeterminadas situaes.
Educao, experincias, valores ecompetncias.
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4. Agregar Pessoas 1 Processo da Gesto de Pessoas
Os processos de agregar pessoas constituem o ingresso delas na
organizao, so as portas de entrada que so abertas apenas para os candidatos
capazes de ajustar suas caractersticas e competncias pessoais s caractersticas
predominantes na organizao. O processo seletivo nada mais do que a busca
de adequao entre aquilo que a organizao pretende e aquilo que as pessoas
oferecem. Mas no so apenas as organizaes que selecionam. As pessoas
tambm escolhem as organizaes onde pretendem trabalhar. (CHIAVENATO
2004, 98)
Os processos de agregar pessoas se apresentam de maneira diversas emferramentas e instrumentos de seleo de pessoas nas empresas. Algumas das
empresas ainda utilizam processos tradicionais e ultrapassados, enquanto outras
lanam processos com ferramentas avanadas e de ltimas tecnologias para
selecionar e trazer pessoas para seu quadro de colaboradores e que estejam
adequadas para o perfil desejado pela empresa.
Na abordagem tradicional predomina o enfoque operacional e burocrtico:
o recrutamento e seleo de pessoas obedecem a um conjunto de rotinas e
procedimentos executados de maneira seqencial. A Ao microorientada, pois a
cada cargo vago, dispara o processo que totalmente orientado para o seu
preenchimento. (CHIAVENATO 2004, 98)
Observa uma nfase na eficincia e eficcia no planejamento e execuo
correta dos procedimentos de recrutamento e seleo, que est concentrado
exclusivamente na gesto de pessoas em recursos humanos. E que nos dias dehoje conta com a participao efetiva dos gerentes (gestores de reas) no
processo de agregar pessoas.
Neste contexto na abordagem moderna predomina o enfoque estratgico:
o processo de agregar pessoas um meio de servir s necessidades
organizacionais para um longo prazo. A ao macroorientada, pois transcende
cada cargo e envolve a organizao pelo fato de buscar a melhoria contnua do
capital intelectual.
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Assim se d uma busca constante de mudanas atravs de criatividade e
inovao dos profissionais que visa introduzir na organizao novos valores
humanos. De forma, a gerar resultados eficazes, atravs do processo de agregar
pessoas, com novas habilidades e capacidades permitindo a organizao de
cumprir sua misso e alcanar os seus objetivos globais em um mundo de
transformao.
Frente a tantos desafios, todo o processo de agregar pessoas de
responsabilidade de linha e os gerentes e suas equipes absorvem totalmente o
processo com a ajuda da consultoria interna e assessoria do rgo de RH, que
exerce seu papel de staff. Os gerentes de linha e suas equipes assumem todo o
processo de agregar pessoas. (CHIAVENATO 2004, 99)
4.1 Agregar pessoas x Mercado de Trabalho
Mercado significa o espao de transaes, contexto de trocas e
intercmbios entre aquele que oferecem um produto ou servio e aquele que
procuram um produto ou servio. O mecanismo de oferta e procura e acaracterstica principal de todo mercado. O mercado de trabalho (MT) composto
pelas ofertas de oportunidades de trabalho oferecidas pelas diversas organizaes:
(CHIAVENATO 2004, 102)
Mercado de trabalho - MT, por um lado oferta: abundncia de
oportunidades de emprego. Por outro lado procura: escassez de oportunidade
de emprego.
A convivncia entre o MT e as regras da legislao trabalhista nem sempre
pacfica, uma vez que os impostos elevados acabam por inibir o MT na oferta de
vagas.
A legislao trabalhista criticada por ser urna fora impeditiva da gerao de
emprego pelo fato de sobrecarregar demasiadamente os custos das empresas.
O MT dinmico e sofre contnuas mudanas. As caractersticas estruturais e
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conjunturais do MT influenciam