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4º BIMESTRE 09/10/2013 HABILITAÇÃO DE CRÉDITO Previsão legal: Arts. 7º à 20, da Lei 11.101/2005; CABIMENTO: Falências e recuperações judiciais, para a inclusão ou alteração de valores no quadro geral de credores; tem como finalidade dar publicidade da habilitação dos créditos); COMPETÊNCIA: será competente a vara onde estiver sendo processada a falência ou o juízo da recuperação judicial, devendo o processo ser distribuído por dependência; PARTES: AUTOR: credor; RÉU: massa falida do empresário/empresário em recuperação judicial; (que se dará da seguinte forma feita a PI e dada a sentença será feito a habilitação de crédito, que se dará de forma incidental) a massa falida é caracterizada como pessoa jurídica anômala; FATOS: Demonstrar na inicial a relação creditícia entre o credor e o falido; DIREITO: Apresentar a qualificação jurídica dos fatos narrados, com: a) demonstração da relação de crédito; b) o valor do crédito, atualizado até a data da decretação da falência, sua origem e classificação; c) juntada dos documentos comprobatórios do crédito e a indicação das demais provas a serem produzidas; d) especificação do objeto da garantia que estiver na posse do credor, que deve ser exibida no original ou por cópia autenticada se estiver juntada em outro processo. PEDIDOS: a) o deferimento da habilitação de crédito, incluindo-se o mesmo no quadro geral de credores, na categoria dos créditos... b) que as citações e intimações sejam enviadas ao patrono que assina a peça inicial, cumprindo-se o disposto no Art. 39, I do CPC. VALOR DA CAUSA: valor do crédito requerido. A forma da habilitação de crédito está descrita no Art. 9º e incisos da Lei 11.101/2005 e quando se tratar de habilitação retardatária é a forma do Art. 10 da LF, se aplica mais em habilitações de crédito trabalhista. EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA EMPRESARIAL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Distribuição por dependência Ao processo nº xxxx

4º BIMESTRE EMPRESARIAL

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4 BIMESTRE 09/10/2013 HABILITAO DE CRDITO Previso legal: Arts. 7 20, da Lei 11.101/2005; CABIMENTO: Falncias e recuperaes judiciais, para a incluso ou alterao de valores no quadro geral de credores; tem como finalidade dar publicidade da habilitao dos crditos); COMPETNCIA: ser competente a vara onde estiver sendo processada a falncia ou o juzo da recuperao judicial, devendo o processo ser distribudo por dependncia; PARTES: AUTOR: credor; RU: massa falida do empresrio/empresrio em recuperao judicial; (que se dar da seguinte forma feita a PI e dada a sentena ser feito a habilitao de crdito, que se dar de forma incidental) a massa falida caracterizada como pessoa jurdica anmala; FATOS: Demonstrar na inicial a relao creditcia entre o credor e o falido; DIREITO: Apresentar a qualificao jurdica dos fatos narrados, com: a) demonstrao da relao de crdito; b) o valor do crdito, atualizado at a data da decretao da falncia, sua origem e classificao; c) juntada dos documentos comprobatrios do crdito e a indicao das demais provas a serem produzidas; d) especificao do objeto da garantia que estiver na posse do credor, que deve ser exibida no original ou por cpia autenticada se estiver juntada em outro processo. PEDIDOS: a) o deferimento da habilitao de crdito, incluindo-se o mesmo no quadro geral de credores, na categoria dos crditos... b) que as citaes e intimaes sejam enviadas ao patrono que assina a pea inicial, cumprindo-se o disposto no Art. 39, I do CPC. VALOR DA CAUSA: valor do crdito requerido. A forma da habilitao de crdito est descrita no Art. 9 e incisos da Lei 11.101/2005 e quando se tratar de habilitao retardatria a forma do Art. 10 da LF, se aplica mais em habilitaes de crdito trabalhista.EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3 VARA EMPRESARIAL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Distribuio por dependncia

Ao processo n xxxx

J.P. ESTOFADOR, empresrio individual, estado civil, portador do RG n xxxx, inscrito no CPF sob n xxxx, residente e domiciliado na Rua. Xxxx, bairro xxx, na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, CEP xxxx, por intermdio de seu advogado que esta subscreve, Jos Antonio Muriggi, com escritrio profissional Rua Pioneiro Alberto Zussa, n 227, Jardim Barris, Iguatemi, Maring Paran, CEP xxxx, local onde recebe notificaes e intimaes, vem, respeitosamente, Vossa Excelncia propor a presente HABILITAO DE CRDITO em face da MASSA FALIDA da empresa R, MOVIS PARASO LTDA, inscrita no CNPJ sob n xxx, com sede na Rua xxx, n xx, na cidade de xxx, Estado de xx, CEP xxxx, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expe:DA HABILITAO DE CRDITO

No processo de falncia da sociedade Empresria MVEIS PARASO LTDA, devidamente qualificada nos autos em epgrafe. Para tanto, o faz com base nos seguintes fatos e fundamentos a seguir elencados:I O proponente credor da empresa falida na quantia atualizada at a data de publicao do edital (11/08/2013) que decretou a falncia em R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), conforme planilha inclusa, incidindo juros legais de acordo com a taxa SELIC (Art. 406 CC) e correo monetria.II A origem do crdito se consubstancia em ttulo executivo extrajudicial, referente uma duplicata de prestao de servios, devidamente aceitos pela empresa R, que j se encontra vencida e no paga, servio relacionado estofamento j realizados.III Isto denota que a classificao do crdito a constante da ordem dos Arts. 7 e SS da Lei 11.101/2005, devendo ser habilitado pelo Administrador judicial.IV Por fim, requer que as intimaes e demais comunicaes acerca dos atos atinentes ao processo falimentar em questo se dem na pessoa do subscritor desta, com poderes legalmente constitudos, no endereo acima declinado.Ante o exposto, pede o Requerente o recebimento da presente habilitao de crdito e aps comprovada sua legitimidade, seja ele includo no quadro geral de credores para posterior homologao judicial.Nestes termos,

Pede e espera deferimento.Rio de Janeiro, 09 de Outubro de 2013Advogado

OAB29/10/2013 AEP1 HABILITAAO DE CRDITO PI (0,5); AEP2 PI ao revocatria (0,5); AEP3 PI impugnao de crdito (0,5); AEP4 Paper (mini artigo) com no mximo 3 laudas sobre blindagem patrimonial (Gladston Mamede, para .20/11) (0,5), dois alunos devero apresentar. 4 Bimestre FALNCIA 1. rgos da falncia: a) Juiz; b) Ministrio Pblico; c) Administrador Judicial; d) Assemblia geral; e) Comit de credores: So responsveis pela gesto administrativa financeira e jurdica da massa falida, a funo do Juiz determinar o administrador Judicial, intimar as partes, MP ser fiscal da prpria falncia, fiscalizar os atos praticados especialmente pelo administrador judicial, bem como assemblia geral e comit de credores. A funo do Administrador Judicial gerir a massa falida, j assemblia geral se assemelha assemblia de condomnio, sendo que neste trata-se de interesses comuns da massa falida. Na assemblia geral tem-se a participao de todos os credores e o comit de credores...1.1. Assemblia Geral de credores: Tem como funo precpua, a fiscalizao de todas as atividades da massa falida, bem como da constituio do comit de credores. 1.2. Comit de Credores: rgo facultativo. Tem como principal funo a fiscalizao das atividades exercidas pelo administrador judicial. LF, Art. 24, aps o pagamento de todas as contas dentro do ms as contas, estas bem como a contabilidade da massa falida devem ser encaminhadas pelo administrador judicial ao comit de credores para analise e parecer (favorvel ou desfavoral) ( Art. 24. O juiz fixar o valor e a forma de pagamento da remunerao do administrador judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes. 1o Em qualquer hiptese, o total pago ao administrador judicial no exceder 5% (cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos recuperao judicial ou do valor de venda dos bens na falncia. 2o Ser reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido ao administrador judicial para pagamento aps atendimento do previsto nos arts. 154 e 155 desta Lei. 3o O administrador judicial substitudo ser remunerado proporcionalmente ao trabalho realizado, salvo se renunciar sem relevante razo ou for destitudo de suas funes por desdia, culpa, dolo ou descumprimento das obrigaes fixadas nesta Lei, hipteses em que no ter direito remunerao. 4o Tambm no ter direito a remunerao o administrador que tiver suas contas desaprovadas.) 1.3. Administrador Judicial: Pode ser PF ou PJ. aquele que tem a seu cargo a administrao e a representao dos interesses dos credores. Atua como rgo ou agente auxiliar da justia. LF, Art. 21. obrigatrio a prestao de termo de compromisso. (Art. 21. O administrador judicial ser profissional idneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurdica especializada. Pargrafo nico. Se o administrador judicial nomeado for pessoa jurdica, declarar-se-, no termo de que trata o art. 33 desta Lei, o nome de profissional responsvel pela conduo do processo de falncia ou de recuperao judicial, que no poder ser substitudo sem autorizao do juiz.) Nomeado administrador, dever este: Atribuies: * Cuidar da arrecadao de bens do falido, onde quer que se encontrem, sejam em mo deste ou de terceiros. LF, Art. 22, III, f (Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalizao do juiz e do Comit, alm de outros deveres que esta Lei lhe impe: III na falncia: f) arrecadar os bens e documentos do devedor e elaborar o auto de arrecadao, nos termos dos Arts. 108 e 110 desta Lei;); * Cuidar da arrecadao dos livros e documentos do falido, caso este no o faa; * Proceder com o inventrio dos bens arrecadados; * Efetuar a venda antecipada de bens deteriorveis, desde que requerido pelo Juiz. 2. Arrecadao de bens: a) da sociedade; regra geral a arrecadao de bens feito da sociedade e no dos scios, entretanto, hoje existe entendimento jurisprudencial e doutrinrio de se efetuar a arrecadao de bens particulares dos scios da sociedade limitada b) dos bens particulares dos scios da responsabilidade limitada... (Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurdica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confuso patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministrio Pblico quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relaes de obrigaes sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou scios da pessoa jurdica.) Entendimento doutrinrio e jurisprudencial: Inmeras decises vem estendendo os efeitos da falncia a scios de responsabilidade LTDA, quando demonstrada gesto fraudulenta, com a respectiva responsabilidade dos scios e consequente arrecadao dos bens particulares destes. 3. Habilitao de Crditos: Com a declarao da quebra/falncia, instaura-se o concurso creditrio, obrigando os credores, a habilitarem seus crditos. LF, Art. 7, 1 (Art. 7o A verificao dos crditos ser realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contbeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxlio de profissionais ou empresas especializadas. 1o Publicado o edital previsto no art. 52, 1o, ou no pargrafo nico do art. 99 desta Lei, os credores tero o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitaes ou suas divergncias quanto aos crditos relacionados.). Assim, publicado o edital os credores tero prazo de 15 dias para apresentarem suas habilitaes ao administrador judicial. O pedido pode ser feito pelo credor, no precisando de advogado e nem est sujeito ao rigor do CPC, Art. 282, mas deve conter: I) administrador quem dirigido; II) nome e qualificao do credor; III) valor dos crditos comprobatrios; IV) classificao do crdito; V) origem da dvida. 30/10/2013 FALNCIA AO REVOCATRIA A ao revocatria configura-se em procedimento que tem por objetivo a revogao de atos praticados pelo devedor com o intuito de prejudicar os credores, provando-se o conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratou e o efetivo prejuzo sofrido pela massa falida. Os atos que o devedor pratica com o intuito de desviar o seu patrimnio podero ser revogados, retornando o patrimnio para o controle da massa falida, visando tal medida resguardar o interesse dos credores. A ao revocatria pode ser promovida pelo administrador judicial, por qualquer credor, ou pelo MP no prazo de 3 anos contados da decretao da falncia (LF, Art. 123 A ao revocatria, de que trata o art. 130 desta Lei, dever ser proposta pelo administrador judicial, por qualquer credor ou pelo Ministrio Pblico no prazo de 3 (trs) anos contado da decretao da falncia.). O juzo competente o prprio juzo falimentar. Ao tomar conhecimento do desvio de bens o Administrador Judicial deve entrar com a ao revocatria, mas somente quando tiver provas do ocorrido, quando no tiver provas, mas somente suspeitas ele deve avisar o Juiz para que tome as medidas cabveis, sendo o caso enviar oficio ao MP para que oferea a denuncia. Esta ao deve ser promovida conta todos os que figurem no ato ou que por efeito dele foram pagos, garantidos ou beneficiados, contra os terceiros adquirentes, se estes tiverem conhecimento da inteno do devedor de prejudicar os seus credores, bem como contra os herdeiros destes (Art. 134. A ao revocatria correr perante o juzo da falncia e obedecer ao procedimento ordinrio previsto na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Cdigo de Processo Civil.) A sentena que julgar os pedidos procedentes na ao revocatria determinar o retorno dos bens da massa falida em espcie, com todos os acessrios, ou em seu valor de mercado, acrescidos, inclusive, se for o caso, das perdas e danos. O terceiro de boa-f ter direito de restituio de bens ou valores. Da sentena da ao revocatria caber recurso de apelao (Art. 135. A sentena que julgar procedente a ao revocatria determinar o retorno dos bens massa falida em espcie, com todos os acessrios, ou o valor de mercado, acrescidos das perdas e danos. Pargrafo nico. Da sentena cabe apelao.) Petio inicial da ao revocatria. 1. Previso legal: Arts. 130 138 da LF e 282 do CPC; 2. Cabimento: Em processos de falncia onde existam atos fraudulentos praticados em desfavor da massa falida; 3. Competncia: ser competente a vara onde estiver sendo processada a falncia, devendo o processo ser distribudo por dependncia. 4. Partes no processo: a) autor: administrador judicial; qualquer dos credores da massa falida; ou o MP; b) ru: falido e todos os que figuraram no ato, ou foram pagos, garantidos os beneficiados; ou terceiros adquirentes se eram sabedores da irregularidade; ou herdeiros destes. 5. Fatos: Demonstrar na pea inicial a relao ou situao jurdica que trouxe, em virtude d ato fraudulento, o prejuzo para a massa falida. 6. Direito: Apresentar a qualificao jurdica dos fatos narrados, observando-se a existncia do elemento fraude e tambm do prejuzo ou potencial prejuzo da massa falida. 7. Pedidos: a) procedncia total do pedido de declarao de existncia de fraude, revogando-se o ato praticado pelo ru; b) retorno dos bens para o patrimnio da massa falida, com todos os acessrios ou o seu valor de mercado, acrescido das perdas e danos; c) citao do ru para o oferecimento de contestao no prazo legal; d) condenao do ru ao pagamento de custas e honorrios advocatcios; e) que as citaes e intimaes sejam enviadas ao patrono que assina a pea inicial, cumprindo-se o disposto no Art. 39, I do CPC; 8. Valor da causaEXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FALNCIAS E CONCORDATAS DO DISTRITO FEDERAL.Distribuio por dependncia aos autos n

Pedro, brasileiro, estado civil, Administrador judicial da massa falida A&C ENGENHARIA LTDA, residente e domiciliado Rua...., n..., na cidade de...., Estado....,CEP......, vem atravs de seu procurador judicial, Nome do Advogado, com escritrio profissional, rua...., n..., na cidade de ...., Estado...., CEP...., onde recebe notificaes e intimaes, vem respeitosamente, a presena de Vossa Excelncia propor AO REVOCATRIA em face da R 1, A&C ENGENHARIA LTDA, Pessoa Jurdica de direito privado, inscrita no CNPJ sob n..., com sede na Avenida...., n..., na cidade de...., Estado...., CEP....e tambm a R 2 Fabiana, brasileira, estado civil, profisso, residente e domiciliado rua..., n..., bairro..., na cidade de..., Estado..., CEP..., pelos motivos de fato e de direito que a seguir expe:I DOS FATOS

A R em data de 26/11/2008 teve decretada a sua falncia por fora de sentena prolatada por este Douto Juzo, em data de 20/11/2007 o juzo competente fixou o termo legal de falncia e em data de 05/12/2007 a R 1 atravs de seu scio doou R 2 um carro da marca..., ano..., modelo..., de cor..., placa...., chassi n....

Todavia, esta operao totalmente ineficaz perante a massa falida, pois foi praticada durante o ato de falncia e a transferncia do veculo ofende o princpio da pars conditio creditorum, portanto, a operao realizada totalmente ineficaz perante a massa falida, pois se consumou durante o termo legal. Dado fato, portanto, a transferncia do veiculo realizada dentro do termo legal ato revogvel que no pode gerar qualquer efeito em relao massa falida, independente da boa ou da m-f do adquirente.

Assim sendo, no resta outra alternativa que no a de invocar a Tutela Jurisdicional, para que se anule a transferncia do veiculo acima descrito, bem como obstar que essa gere quaisquer repercusses no mbito jurdico e social.

DO DIREITO

Com pode se observar a transferncia do veculo, fora realizada durante o termo legal da falncia (Art. 129 da Lei 11.101/05) quando a R j se encontrava em total estado de insolvncia.

Na realidade a R j se encontrava inabilitada para a prtica do comrcio, motivo pelo qual, seus atos so ineficazes perante a massa falida, devendo seu patrimnio retornar ao status quo ante, sob pena de ofensa a coletividade de credores em geral.

Deve portanto, o veculo reintegrar-se ao patrimnio da massa falida, reza o Art. 135 da Lei 11.101/05, in verbis: "Art. 135. A sentena que julgar procedente a ao revocatria determinar o retorno dos bens massa falida em espcie, com todos os acessrios, ou o valor de mercado, acrescidos das perdas e danos". E o Art. 137, diz que o Juiz a requerimento do Autor pode ordenar como medida preventiva o seqestro de bens retirados do patrimnio do devedor.O Art. 273 do Cdigo de Processo Civil, diz que o Juiz pedido da parte pode antecipar os efeitos da tutela pretendida na inicial, desde que existindo prova inequvoca e se convena da verossimilhana da alegao.

DO PEDIDO

Digne se Vossa excelncia em conceder tutela antecipada, no sentido de determinar liminarmente, inaudita altera pars, a imediata restituio do veculo mencionado, mantendo a massa na posse do bem at deslinde final da presente ao:

a) Que seja expedido oficio ao DETRAN, bloqueando eventuais transferncias do veculo.

Aps a efetivao da medida, determinar a citao dos Rus, no endereo descrito na qualificao, par que no prazo legal, querendo responder a ao proposta, com as advertncias de estilo, devendo ao final ser julgada procedente a ao para:

a) Declarar a ineficcia da transferncia do veiculo de da marca..., ano..., modelo..., de cor..., placa...., chassi n...., de modo a tornar sem efeito a transferncia da propriedade do bem;

b) Como efeito da declarao de ineficcia do ato de transferncia da propriedade seja restitudo massa falida a titularidade e o domnio pleno sobre o veiculo acima descrito.

c) Condenar os Rus ao pagamento das custas processuais e honorrios advocatcios, esses na base usual de 20% sobre o valor da ao.

Protesta pela produo de todos os meios de provas em direito admitidas, notadamente o depoimento pessoal da R 2, sob pena de confesso, ouvida de testemunhas, juntada de documentos e pericial.

Requer ainda, a expedio de ofcio receita Federal, para que apresente esse Meritssimo Juzo as declaraes de renda do Ru 1 e do Ru 2, do ano base de 2008 e 2009.

D se a causa que o bem acima descrito seja revertido para o patrimnio da massa falidaNestes termos

Pede e Espera deferimentoBraslia 01 de Novembro de 2013

Advogado OAB/PR 1040112

06/11/2013 5. Quadro geral de credores: LF, Art. 83. a) crditos trabalhistas: at o limite de 150 salrios mnimos por empregado. O restante crdito quirografrio. OBS: Em funo da Lei 8.212/91, as prestaes por acidente de trabalho so pagas pela Previdncia Social. Na falncia h a comunho de interesses dos credores. No quadro geral de credores h 8 posies: 1 crdito trabalhista, que fica vinculado at o valor de 150 SM e o que exceder 150 SM ir cair para a 6 posio do crdito quirografrio (que so os crditos que no tem garantia nenhum); 2 Crdito com garantia real (que so os bancos EX: hipoteca, penhor e anticrese); 3 Crdito tributrio (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios); 4 crditos com privilgio especial; 5 crdito com privilgio geral; 6 crdito quirografrio (so os credores que disputam as sobras como ex: os credores trabalhistas que excedam 150SM, credores com notas promissrias, cheques etc.);7 crdito por multa; 8 crdito subquirografrio. b) Crditos com garantia real: observado o limite do bem gravado. O direito real por excelncia, conforme ao seu titular a posse, uso, gozo e a disposio da coisa. Nas dvidas com garantia real (penhor, anticrese, hipoteca), o bem dado em garantia fica sujeito, por vnculo real, ao cumprimento da obrigao. CC 1.419 (Art. 1.419. Nas dvidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por vnculo real, ao cumprimento da obrigao.). O crdito com garantia real est em plano superior ao crdito tributrio, para privilegiar os crditos bancrios, posto que, normalmente, o crdito bancrio vem acompanhado de garantia real. c) crditos tributrios: seja qual for a sua natureza ou tempo de constituio. Este crdito no est sujeito a habilitao (pois o prprio juiz de oficio o far). CTN, Art. 187. Ademais, deve observar a ordem de preferncia entre as pessoas jurdicas de direito pblico. Lei 6.830/80. Art. 29: Unio e suas autarquias; Estados, Distrito Federal e suas autarquias; Municpios e suas autarquias. D) crdito com privilgio especial: so aqueles que por disposio legal, recaem sobre determinados bens. Cdigo Comercial, Arts. 470 a 474. (Crditos oriundos de construo de navios ou aeronaves) crditos com privilgio geral: crditos que alcana todo o patrimnio, deduzidos os crditos com direito real de garantia e com privilgio especial. CC, Art. 965. Crditos provenientes do luto (Art. 965. Goza de privilgio geral, na ordem seguinte, sobre os bens do devedor: I o crdito por despesa de seu funeral, feito segundo a condio do morto e o costume do lugar; II o crdito por custas judiciais, ou por despesas com a arrecadao e liquidao da massa; III o crdito por despesas com o luto do cnjuge sobrevivente e dos filhos do devedor falecido, se foram moderadas; IV o crdito por despesas com a doena de que faleceu o devedor, no semestre anterior sua morte; V o crdito pelos gastos necessrios mantena do devedor falecido e sua famlia, no trimestre anterior ao falecimento; VI o crdito pelos impostos devidos Fazenda Pblica, no ano corrente e no anterior; VII o crdito pelos salrios dos empregados do servio domstico do devedor, nos seus derradeiros seis meses de vida; VIII os demais crditos de privilgio geral.) f) crditos quirografrios: sem qualquer privilgio. Que disputam as sobras se houver satisfeitos os demais credores. EX: credores com ttulos de crditos e/ou credores trabalhistas que excedam 150 salrios mnimos. g) crditos por multas: As multas podem ser de cunho contratual, tributria, de infraes penais ou administrativas. Tem natureza indenizatria, sendo pagas somente se os bens da massa falida forem suficientes. h) crditos subquirografrio: Que no gozam de qualquer garantia. Esto previstos na Lei das Sociedades Annimas em seu artigo 58, 4. 6. Liquidao dos bens do falido: Liquidao: ajuste ou apuramento de contas. No mbito do direito falimentar tem sentido especial de apurao do ativo para soluo do passivo. Logo a liquidao a converso em dinheiro, dos bens arrecadados e o pagamento dos credores com o seu produto. Planejamento e blindagem patrimonial Gladston Mamede. 6.1. Formas de liquidao: a) Leilo: quando os bens do falido so vendidos pelo maior lance ou preo, por intermdio de um leiloeiro. CPC, Arts. 686 a 707. (venda judicial ou hasta pblica). O MP deve ser intimado sob pena de nulidade. b) proposta fechada: a alienao por proposta fechada implica a sua apresentao ao cartrio da Vara onde se processa a falncia, em envelope fechado e lacrado, a ser aberto pelo juiz, no dia, hora e local designado pelo juiz. O MP deve ser intimado sob pena de nulidade. 25/11/2013 FALNCIA c) Prego: LF, Art. 142, 5: uma forma hibrida do leilo e da melhor proposta, envolvendo o recebimento de propostas fechadas e o oferecimento de lance. Recebidas e abertas as propostas, em dia, hora e local, previamente designadas, notificar-se- aos ofertantes, para comparecerem ao leilo e darem seus lances orais. O MP deve ser intimado sob pena de nulidade. 6.2. Impugnao alienao: O falido, qualquer dos credores ou o MP, podero impugnar alienao, no prazo de 48 horas da arrematao. Os autos em seguida devero ir conclusos ao Juiz, que em 5 dias dar sua deciso. 6.3. Alienao de bens: a) vendidos de forma englobada: corresponde a alienao da sociedade empresria, com seus bens materiais e imateriais; b) vendidos separadamente: bens individualmente considerados. 7. Pagamentos aos credores: Consolidado o quadro geral de credores, ultimada a liquidao, as importncias recebidas sero credores, atendendo a classificao dos crditos. Os crditos a serem pagos em primeiro lugar so os denominados crditos extraconcursais, que envolvem os credores da massa falida e no do falido. Credores da massa: crditos contrados posteriormente quebra, e que vm enumerados no Art. 84 da LF. Ex: remunerao do administrador judicial e seus auxiliares. Credores LF Arts. 83 e 84 --- 1 extraconcursais e credores da massa, 2 Concursais: 1 ao 8 lugar na classificao dos credores do falido LF, Art. 83. Na seqncia, o pagamento dos credores obedecer a ordem estabelecida no Art. 83 da LF. 8. Encerramento do processo de falncia. Encerrada a liquidao e o pagamento dos credores, deve o administrador: 1 prestar contas da sua administrao no prazo de 30 dias LF, Art. 154. Tais contas permanecero no cartrio e podero ser impugnadas pelos interessados em 10 dias, findo o que realizadas as diligncias necessrias, sero julgadas. Desta deciso cabe apelao. BLINDAGEM PATRIMONIAL ---- ilcito civil, ilcito penal e ilcito tributrio --- desvio de patrimnio de forma dolosa para evitar o pagamento de credores--- para terceiros, parasos fiscaisatos de falncia LF, Art. 94, III (Art. 94. Ser decretada a falncia do devedor que: III pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperao judicial: a) procede liquidao precipitada de seus ativos ou lana mo de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; b) realiza ou, por atos inequvocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negcio simulado ou alienao de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou no; c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou no, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; d) simula a transferncia de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislao ou a fiscalizao ou para prejudicar credor; e) d ou refora garantia a credor por dvida contrada anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraados suficientes para saldar seu passivo; f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domiclio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigao assumida no plano de recuperao judicial.) . PLANEJAMENTO PATRIMONIAL --- societrio e fiscal --- holding--- familiar e patrimonial--- monta-se administradora de bens prprios e os bens, patrimnio da famlia fica integralizado no capital social da empresa. Consequentemente o patrimnio da empresa s vai ser responsvel pelas dvidas da empresa s vai ser responsvel pelas dvidas da empresa, salvo em caso de desconsiderao da personalidade jurdica da empresa nos casos de confuso patrimonial, abuso de direito e desvio de finalidade (CC, Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurdica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confuso patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministrio Pblico quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relaes de obrigaes sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou scios da pessoa jurdica.),