5 Aula v- Empregador

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DIREITO DO TRABALHO I - AULA V - EMPREGADOR

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    UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

    DIREITO DO TRABALHO I Profa. Benizete Ramos AULA V (resumo) EMPREGADOR (Esse resumo no exclui o estudo do tema nos livros indicados)

    O Direito se aprende estudando, mas se exerce pensando (Benedito Calheiros Bomfim)

    CLT art. 2o ; CC arts. 966 e 1142; CF 17 2 ;173 1.

    TST - S. 129; 239; 331 OJ\SDI. 261; 164; 195(dono de obra)

    I- CONCEITO: Art. 2o. da CLT Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva que assumindo os riscos da atividade econmica, admite, assalaria e

    dirige a prestao pessoal de servios. O 1o. equipara-se ao empregador para os efeitos da relao de emprego, os profissionais liberais, as instituies recreativas ou

    outras instituies sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados; art. 966 cc; 173 1o. CF

    A CLT no taxativa ao indicar os tipos de empregador, pois se equipara os

    profissionais liberais, instituies de beneficncia e sem fins lucrativos como

    tambm h figuras que so acrescentadas pela doutrina e jurisprudncia condomnio, massa falida, espolio, Unio, estados- membros, municpios,

    autarquias, fundaes, etc...

    Para o Direito do Trabalho no requisito ter personalidade jurdica (sociedades

    de fato, hoje em comum)

    Alice M. Barros 1 Para ns, empregador a pessoa fsica, jurdica ou ente que

    contrata, assalaria e dirige a prestao pessoal de servios do empregado,

    assumindo os riscos do empreendimento econmico

    II- CARACTERSTICAS : Risco da atividade econmica que no pode ser

    transferida para o empregado, diferentemente do autnomo, que assume o risco .

    Empregador para o D.T o que tem empregado, pois a sua condio s vezes fica

    mascarada (Ex.laranjas, testa de ferro, outras pequenas empresas)

    II.1-A despersonalizao jurdica da empresa (disregard of legal entity) se

    aplica sempre que houver 1- abuso da personalidade jurdica, desvio de finalidade,

    fraude, 2- confuso patrimonial face a caracterstica de assumir os riscos do negcio

    II.1.a)- evoluo histrica- Leis 568,596 CPC; art. 234,VII CTN; Dec. Lei

    3.708/19; art. 10, 5o.; Lei 8.078/90, art. 28 CDC; Lei. 884/90, art. 18,

    CCivil/2002 art. 50.).

    O D. Trabalho, j aplicava tal instituto muito antes do advento do CDC.

    No h pessoalidade do empregador. Por isso h sucesso sem terminar o contrato

    de trabalho.

    III- EMPRESA E ESTABELECIMENTO: A empresa tem caractersticas

    econmicas, com conceito na economia. Hoje as atividades so voltadas para o

    1 BARROS Alice Monteiro. Curso de Direito do Trabalho. 7. Ed. 2011-Ltr. P. 294

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    interesse da produo, antigamente as atividades eram mais artesanais ou

    familiares; tambm um centro de decises, em que so adotadas estratgias

    econmicas.

    O seu conceito no direito do trabalho no pacfico. Para uns, sujeito de direito,

    para outros, objeto de direito (conjunto de bens). Para o direito do trabalho

    empresa empregador. o que importa. Seria assim uma instituio de direito

    privado, que tem por objetivo desenvolver uma funo econmico-social,

    predominando sobre o interesse particular ou individual das partes. O que interessa

    a funo social..

    Diferena entre empresa e estabelecimento estabelecimento o lugar onde o empresrio exerce sua suas atividades, parte da empresa, conjunto de bens

    materiais. uma universalidade de fato, o fundo de comrcio. Compreende as

    coisas corpreas existentes em determinado lugar da empresa, como

    instalaes, mquinas equipamentos. (art. 966 e 1142 CC)

    Alice Barros citando Alfredo Rocco aponta que 2 empresa conceituada como a

    organizao de trabalho alheio e o estabelecimento como os meios que

    proporcional o desenvolvimento dessa organizao. Ela vista como unidade

    econmica de produo e o estabelecimento como unidade tcnica de produo

    H empresas mveis, teatro, circo. A Empresa o conjunto de bens materiais,

    imateriais e pessoais p/obteno de certo fim. uma universalidade (Carrion). Uma

    empresa pode ter vrios estabelecimentos

    No se confunda tambm a empresa com o empresrio art. 966 CC esse se

    beneficia dos lucros e se expe aos prejuzos.

    O que figura no plo passivo da ao trabalhista a empresa e no o nome

    fantasia do estabelecimento. H, contudo,3 tolerncia quanto a adoo deste, face a

    informalidade que norteia o D.Trabalho.

    IV- TIPOS DE EMPREGADOR ou hipteses de inexistncia de vinculo

    Algumas hipteses:

    Empregador por equiparao- art. 2. 1. CLT

    Partido poltico art. 17 2. CF Tem personalidade jurdica

    L. 9.504\97, art. 100- exceo - No forma Vnculo nem de candidato, nem de

    partido poltico os cabos eleitorais, face ao entendimento que se trata de cunho

    ideolgico e ausente a relao obrigacional.

    Agentes polticos. Agentes pblicos- No h vnculo com os titulares do cargo que

    compem a estrutura da organizao poltica; no h tambm de oficial ad hoc

    Edifcio de apartamento a relao com o condomnio e, para alguns autores, com cada condmino

    Cartrio no oficializado celetista; o cartrio empregador, mudando a titularidade, esse, responde.

    Dono da obra OJ 191 SDI- A doutrina e jurisprudncia vm entendendo que

    no empregador. Mas, o empreiteiro principal subsidirio do subempreiteiro (art.

    455 CLT) e no, responsvel solidrio4

    2 BARROS, op cit. 295. 3 Op. Cit. p.295

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    Sergio P. Martins5 e a maioria, entende que no, pois no assume os riscos da

    atividade econmica, nem h intuito de lucro na construo.

    V GRUPO ECONMICO Lei 6404/76 art 265 ( Lei S/A) e 2. do art. 2.o e Sm. 129, 239 do TST (bancrio)-

    Conceito: Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora cada uma delas, personalidade jurdica prpria, estiverem sob a direo, controle ou administrao

    de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade

    econmica, sero, para os efeitos da relao de emprego, solidariamente

    responsveis empresa principal e cada uma das subordinadas. Duas situaes: (1) Organizao piramidal, com a holding no vrtice e (2) sem

    existncia de uma lder, todas dispostas horizontalmente, exercendo recprocamente

    o controle. (A s. 205 TST, foi cancelada em 2003 e exigia o ingresso das empresas

    do grupo, no plo passivo para que respondessem na futura execuo

    Manter uma relao entre si: identidade de scios ou controle comum (figura da

    empresa me holding), consrcio, coligao pool. Para o D.T no importa a forma,

    mas sim a concentrao econmica.

    Teorias do empregador nico da solidariedade passiva (no) e solidariedade ativa (sim) No Brasil NO Sm 129 TST.

    VI- SUCESSO DE EMPREGADORES - art. 10 e 448 da CLT A lei protege o trabalhador em seu emprego enquanto esse existir

    a substituio de uma pessoa por outra na mesma relao jurdica.

    Alice Barros 6 a sucesso, no D. T. traduz uma substituio de empregadores,

    com uma imposio de crditos e dbitos.

    A sucesso a transmisso da organizao produtiva. Vem a ser a modificao

    do sujeito em dada relao jurdica - transmisso de fundo de comrcio,

    estabelecimento, acervo e empregados. O acordo de vontade entre particulares para

    que os empregados no tenham direito no se sobrepe face norma imperativa.

    No rompe o contrato, salvo se ajustado intuitu personae e em relao s condies

    do contratante.

    Para Pinto Martins e Alice Barros 7Dois so os requisitos da sucesso a) que um estabelecimento passe de um p/ outro titular; b) continuidade do ramo de negcio c)-

    que a prestao de servios no sofra soluo de continuidade

    OJ 261- SDI I - TST (sucesso banco); A doutrina e jurisprudncia vem

    admitindo que, mesmo que o empregado no tenha trababalhado para empresa

    sucedida possvel a responsabilizao da sucessora

    Para Gustavo Felipe B. Garcia Eventual clusula contratual entre sucessor e sucedido, dispondo de forma distinta, no produz efeitos quanto aos empregados, at porque as normas dos arts. 10 e 448 da CLT

    so de ordem pblica. Por isso, como corretamente destaca Estvo Mallet: a legitimao passiva do sucessor no fica afastada por disposio contratual atribuindo ao sucedido a responsabilidade pelo dbito

    cobrado. A ineficcia do ajuste, no mbito das relaes de trabalho (art. 9., da CLT), faz com que no

    4BARROS op cit. p 302 5 MARTINS. Sergio Pinto. Curso de Direito do Trabalho, Ed. Atlas 6 Op. Cit. p. 308 7 MARTINS. Op cit. .. e Barros op cit. p. 308

  • 4 possa a disposio ser oposta ao empregado credor O que pode existir eventual direito de regresso do

    sucessor em face do sucedido27-28. Segundo doutrina e jurisprudncia amplamente majoritrias, apenas

    no caso de fraude que o sucedido tambm responder solidariamente pelo dbitoA sucesso fraudulenta

    no produz efeitos prejudiciais ao empregado (art. 9. da CLT), o que acarreta a responsabilidade solidria

    do sucedido, juntamente com o sucessor, por ter participado da fraude8

    Outras figuras de: Transformao (art. 220 Lei 6.404/76)Incorporao (art. 227);

    fuso (228);ciso (art. 229). Aplica-se analogicamente os arts. 10 e 448

    CLT.citados.

    O empregado no pode negar-se prestar servios ao sucessor.

    VII- PODERES DE DIREO DO EMPREGADOR: Art. 2o. CLT dirige a prestao...

    a forma como o empregador define como sero desenvolvidas, as atividades do

    empregado decorrentes do contrato de trabalho. Podendo organizar as atividades,

    controlar e disciplinar o trabalho. Decorre de que O patro o proprietrio de seu negcio(D.M) .

    Na relao de emprego - De um lado a subordinao jurdica e do outro o poder de

    direo. Sua natureza jurdica apresenta-se como um direito, direito potestativo.

    VII-1- Poder de organizao O empregador tem todo o direito de organizar seu empreendimento estabelecendo como a atividade ser desenvolvida: agrcola,

    comercial, industrial, de servios, etc.; a estrutura jurdica que melhor lhe atender

    (Ltda, S/A ); nmero de empregados, cargos, local de trabalho.

    VII-1-1- Regulamento da empresa A CLT no trata do tema - o conjunto sistemtico de regras, escritas ou no, estabelecidas pelo empregador, com ou sem

    participao dos trabalhadores, para tratar de questes de ordem tcnica ou

    disciplinar no mbito da empresa, organizando o trabalho e a produo

    , CLT no trata, especficamente do tema- Extrai-se , contudo, algumas exigncias

    de dispositivos diversos. Ex. par. n, art. 391 Igualdade entre homens e mulheres;

    144 (frias). TST Smulas 51,72,77,84,87,92,186,288,313,326,327. quadro de carreira.

    Difere do contrato de trabalho - Normalmente o regulamento imposto e pode no

    existir. O contrato obrigatrio quadro de carreiras que serve p/ verificar as promoes por antiguidade e merecimento. No regulamento pode estar includo o

    plano de cargos e salrios das convenes e acordos face vontade das partes.

    Natureza jurdica teoria mista contratual e institucional (lei interna); pode

    conter clusulas contratuais e disciplinares (punies). Se assinado quando da

    admisso, passa a fazer parte do contrato de trabalho.

    Alteraes unilaterais do RI- quanto a direitos e prejudiciais tem obstculo:

    Sm; 51 e art. 468. Pode alterar as referentes a questes tcnicas. , pois,

    obrigatrio o cumprimento pelo empregador tambm.

    Pode sofrer controle externo do Sindicato (norma da categoria), DRT e Judicirio

    8 GARCIA, Gustavo Filipe B.. Curso de Direito do Trabalho. Ed. Forense. 2014

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    VII.2- Poder de comando O empregador tem o poder de fiscalizar e controlar as atividade de seus empregados. Discriminao Lei penal 9.029/95; CF 7o. XXXI

    proibido.

    Ex. Revistas (limites: art. 1o. III,art. 5o. X, XII CF); marcao de ponto ( 2o. art. 74

    CLT); cmeras, microfones, fiscalizao de equipamentos de computador (e-mails

    ?)

    VII.3- Poder disciplinar Art. 474 CLT; Lei 6354/76 (atleta)- o direito do empregador de impor sanses disciplinares aos seus empregados. Teorias negativista

    (o direito de punir pertence ao Estado), civilista (decorre do contrato), penalista (as

    penas tem o mesmo objetivo , assegurar a ordem) e administrativista (decorre do

    poder de administrar a empresa). Amauri cita apenas duas (contrato e negativista).

    O poder de punio deve ser exercido de boa-f. O objetivo da punio deve ser

    pedaggico. O Estado no poder graduar, pois do empregador, mas pode anular.

    No necessrio a gradao, salvo se estiver no regulamento (pode dispensar por

    justa causa art. 482 CLT, sem penalidades anteriores)

    No Brasil s a suspenso disciplinar ( art. 474- at 30 dias perde os dias de

    trabalho) e advertncia e ao atleta profissional a multa (L. 6.354/76).

    Jus variandi e jus resistenciae (s mencionar)

    VIII- TERCEIRIZAO

    Essa organizao no mercado obreiro verifica-se na dcada de 1960

    VIII-a) conceito

    Consiste na possibilidade de contratao de terceiro para a realizao de atividades

    que no constituem o objeto principal da empresa e essa contratao pode envolver

    tanto a produo de bens como servios, como ocorre na necessidade de contratao

    de servios de limpeza, de vigilncia ou at de servios temporrios.

    Segundo Alice Barros 9consiste em transferir para outrem atividades

    consideradas secundrias, ou seja, de suporte, atendo-se a empresa sua

    atividade principal. Assim, a empresa se concentra na atividade-fim, transferindo

    as atividades-meio

    Chamado, por alguns de especializao flexvel

    Diferena entre terceirizao de servios , segundo o qual permite que uma

    empresa repasse a outra, mais especializada, uma etapa de seu processo produtivo,

    ou de comercializao, ou prestao de servio

    e terceirizao de mo de obra, que vedada no Brasil, salvo as hipteses legais e

    da sumula

    VIII_b- objetivos

    Tal objetivo, a diminuio nos custos, alm da melhora no tocante a qualidade do

    produto ou do servio. Tambm poder ocorrer em servios especficos, pela

    classificao tcnica ou tecnologia especfica

    VIII.c- Terceirizao lcita

    9 Barros. Op cit. p. 357

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    A CLT art. 455 e art.652,a, III, subcontratao de Mo de obra: a empreitada e subempreitada

    Lei do Trabalho Temporrio -Lei n 6.019/74 (nica hiptese de atividade fim) Lei n 7.102/83 - em carter permanente(era limitado ao segmento bancrio) SETOR PUBLICO Dec. Lei. 200/67 e L. 5645/70 SUM-331 TST . I - A contratao de trabalhadores por empresa interposta ilegal, formando-se o vnculo

    diretamente com o tomador dos servios, salvo no caso de trabalho temporrio (Lei n 6.019,

    de 03.01.1974).

    III - No forma vnculo de emprego com o tomador a contratao de servios de vigilncia

    (Lei n 7.102, de 20.06.1983) e de conservao e limpeza, bem como a de servios

    especializados ligados atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a

    subordinao direta.

    VIII.c.1 -Atividade fim e atividade meio

    Na terceirizao, atividade-meio consiste no apoio de setores dentro da empresa tomadora que se interligam ao processo produtivo, atividades perifricas e no

    nucleares

    atividade principal ou fim, aquela cujas funes e tarefas empresariais e laborais se ajustam ao ncleo da dinmica empresarial da tomadora de servios.

    Para Alice Barros 10 entenda-se aquela cujo objetivo a registra na classificao

    socioeconmica, destinando ao atendimento das necessidades socialmente

    sentidas.

    Fundamental para a licitude, nesses hipteses, , a INEXISTENCIA DE PESSOALIDADE E SUBORDINAO, salvo na hiptese da L. 6.019/74

    ANEXO I ACORDO DO MINISTRO ALUISIO SANTOS TST (anexo) ANEXO III- SMULAS e OJ TST.

    SUM-129 CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONMICO (mantida) -

    Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A prestao de servios a mais de uma empresa do mesmo grupo econmico, du-

    rante a mesma jornada de trabalho, no caracteriza a coexistncia de mais de um

    contrato de trabalho, salvo ajuste em contrrio.

    M-239 BANCRIO. EMPREGADO DE EMPRESA DE PROCESSAMENTO

    DE DADOS (incorporadas as Orientaes Jurisprudenciais ns 64 e 126 da

    SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 bancrio o empregado de empresa de processamento de dados que presta ser-vio a banco integrante do mesmo grupo econmico, exceto quando a empresa de processamento de

    dados presta servios a banco e a empresas no bancrias do mesmo grupo econmico ou a

    10 Barros. Op. Cit. p. 357

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    terceiros. (primeira parte - ex-Smula n 239 - Res. 15/1985, DJ 09.12.1985; segunda parte - ex-

    OJs ns 64 e 126 da SBDI-1 - inseridas, respectivamente, em 13.09.1994 e 20.04.1998)

    SMULA 331 - CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS - LEGALIDADE (nova

    redao do item IV e inseridos os itens V e VI)

    I - A contratao de trabalhadores por empresa interposta ilegal, formando-se o vnculo

    diretamente com o tomador dos servios, salvo no caso de trabalho temporrio (Lei n 6.019, de

    03.01.1974).

    II - A contratao irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, no gera vnculo de

    emprego com os rgos da Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da

    CF/1988).

    III - No forma vnculo de emprego com o tomador a contratao de servios de vigilncia (Lei n

    7.102, de 20.06.1983) e de conservao e limpeza, bem como a de servios especializados ligados

    atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinao direta.

    IV - O inadimplemento das obrigaes trabalhistas, por parte do empregador, implica a

    responsabilidade subsidiria do tomador dos servios quanto quelas obrigaes, desde que haja

    participado da relao processual e conste tambm do ttulo executivo judicial.

    V - Os entes integrantes da Administrao Pblica direta e indireta respondem subsidiariamente,

    nas mesmas condies do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das

    obrigaes da Lei n. 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalizao do cumprimento das

    obrigaes contratuais e legais da prestadora de servio como empregadora. A aludida

    responsabilidade no decorre de mero inadimplemento das obrigaes trabalhistas assumidas pela

    empresa regularmente contratada.

    VI - A responsabilidade subsidiria do tomador de servios abrange todas as verbas decorrentes da

    condenao referentes ao perodo da prestao laboral.

    (Comentrios: Neste caso, as principais alteraes se referem responsabilidade subsidiria do

    tomador de servios quanto s obrigaes trabalhistas decorrentes da relao, que somente

    ocorrer se a parte (tomador de servios) houver participado da relao processual e desde que

    conste tambm do ttulo executivo judicial (nova redao do inciso IV). Foi ainda acrescentado o

    inciso VI, segundo o qual a responsabilidade subsidiria do tomador de servios abrange todas as

    verbas decorrentes da condenao referentes ao perodo da prestao laboral.)

    OJ-SDI1-164 OFICIAL DE JUSTIA "AD HOC". INEXISTNCIA DE

    VNCULO EMPREGATCIO (inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005 No se caracteriza o vnculo empregatcio na nomeao para o exerccio das funes

    de oficial de justia "ad hoc", ainda que feita de forma reiterada, pois exaure-se a

    cada cumprimento de mandado.

    OJ-SDI1-261 BANCOS. SUCESSO TRABALHISTA (inserida em 27.09.2002) As obrigaes trabalhistas, inclusive as contradas poca em que os emprega-dos

    trabalhavam para o banco sucedido, so de responsabilidade do sucessor, uma vez

    que a este foram transferidos os ativos, as agncias, os direitos e deve-res

    contratuais, caracterizando tpica sucesso trabalhista.