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CARCINOMA DA PRÓSTATA

5. Carcinoma Da Próstata

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Page 1: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PRÓSTATA

Page 2: 5. Carcinoma Da Próstata

A IMPORTÂNCIA DO CANCRO DA PRÓSTATA

DIAGNÓSTICO: PSA , diagnóstico precoce, biópsia, Gleason

TRATAMENTO CURATIVO E PALIATIVO: opções

TRATAMENTO E QUALIDADE DE VIDA: opções

HISTÓRIA CLÍNICA: sintomas (quais?; quando?)factores de risco (familiares)Toque Rectalactividade sexual

ESTADIAMENTO: Rx Toráx, TAC, Cintigrama Esqueleto

Page 3: 5. Carcinoma Da Próstata

A IMPORTÂNCIA DO CANCRO DA PRÓSTATA

Page 4: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

Nos últimos 30 anos dois prémios Nobel:

Huggins C, Hodges C (1941) - Studies on prostate cancer.I. The effects of castration, of estrogen and of androgen injection on serum phosphatasesin metastatic carcinoma ofthe prostate. Cancer Res 1: 293-297

Schally AV, Comani-Schally AM, Redding TW (1984) -Antitumor effects of analogues of hypothalamic hormonesin endocrine dependent cancers. Proc Soc Exp Biol Med 175:259-281.

Page 5: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

INCIDÊNCIA

- 21 / 100.000 / ano (brancos < 65 anos)

- 819 /100.000 / ano (> 65 anos)

- De 1989 a 1991 a taxa de incidência aumentou 23,5 por 100.000 (Demers et al, 1994)

- Segunda causa de morte por cancro no homemdepois do c. do pulmão.

Page 6: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATAIncidence of prostate cancer by age

Page 7: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATAProstate cancer deaths in the USA

Page 8: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

PREVALÊNCIA

6ª década - 15%

7ª « - 30%

8ª « - 40%

9ª « - 50%

Page 9: 5. Carcinoma Da Próstata

A IMPORTÂNCIA DO CANCRO DA PRÓSTATA

DIAGNÓSTICO: PSA , diagnóstico precoce, biópsia, Gleason

TRATAMENTO CURATIVO E PALIATIVO: opções

TRATAMENTO E QUALIDADE DE VIDA: opções

HISTÓRIA CLÍNICA: sintomas (quais?; quando?)factores de risco (familiares)Toque Rectalactividade sexual

ESTADIAMENTO: Rx Toráx, TAC, Cintigrama Esqueleto

Page 10: 5. Carcinoma Da Próstata

HISTÓRIA CLÍNICAFactores de risco

SintomasToque rectal

Page 11: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

FACTORES DE RISCO

- Idade (> 50 : 1/100.000 < 39 anos; 1/103 >40 e < 59; 1/8 entre 60-79)

- Factores genéticos (h. familiar - pai ou irmão com c. aos 50 RR 7.0comparado com pai ou irmão com c. aos 70)

- Factores Raciais (Negra > Caucasiana > Oriental)

- Dieta (ingestão de gorduras. Dieta japonesa menos gordura = menos c.)

- Factores Ambientais (orientais que se mudam para os E.U.)

- Hormonas

- Outros (HBP, vasectomia, cadmium/tabaco, vitaminas A e D)

Page 12: 5. Carcinoma Da Próstata

Obstrutivos

- disuria inicial e total- diminuição do calibre e forçado jacto

- micção intermitente ou prolongada

- gotejo pós-miccional- sensação de micçãoincompleta

- retenção urinária- incontinência por regurgitação

Irritativos

- dor supra-púbica- polaquiuria- nicturia - micção imperiosa- urgência / incontinência

PROSTATISMO/LUTS

CARCINOMA DA PROSTATA

Page 13: 5. Carcinoma Da Próstata

FASES MAIS AVANÇADAS

- astenia- anorexia- emagrecimento - dores ósseas (fracturas)- oligoanuria- IRC

CARCINOMA DA PROSTATA

Page 14: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATATOQUE RECTAL

DOENÇA LOCALIZADA (T1-T2)

• normal ou semelhante a HBP

• pequeno nódulo duro num dos lobos

• dois ou mais nódulos duros no mesmo

lobo com o outro lobo normal

• nódulos (1 em cada ou mais ) duros em

ambos os lobos, sem atingirem a cápsula

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CARCINOMA DA PROSTATA

TOQUE RECTAL

DOENÇA EXTRA-CAPSULAR

(T3-T4)

• aumentada de volume

• dureza pétrea em toda a sua área

• fixa

• limites indefinidos (ultrapassou a

cápsula)

• indolor

Page 16: 5. Carcinoma Da Próstata

DIAGNÓSTICODiagnóstico precoce

PSABiópsia

Grau de GleasonPatogénese

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CARCINOMA DA PROSTATA

Com PSA o diag. da doença local/regional aumentou

Stamey et al (1998) - T1c sofrendo prostat radical aumentou10% - 1988 vs. 73% - 1996 (p= 0.0001)

C Prost confinado ao orgão aumentou de 40% - 75%Margens + diminuiram de 30% - 14%Inv. Vesiculas seminais diminuiu d e 18% - 5%

A Idade média dos doentes operados diminuiu de 65 -62 anos

DIAGNÓSTICO PRECOCE

Page 18: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

Hankey et al (1999) a diminuição da incidência do CP eo aumento do diagn precoce é atribuído ao “screening”

Walsh (1999) - a diminuição da mortalidade pode tambémser resultado de terapêuticas mais agressivas (PR) iniciadas nos anos 80.

Resumindo a despitagem e o tratamento agressivos são responsáveis pela diminuição da mortalidade do CP(a mortalidade não diminuiu em países sem PSA de rotina)

DESPITE

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CARCINOMA DA PROSTATA

DIAGNÓSTICO

- Clínica

- Toque rectal

- PSA

- Biópsia

- PSA

- Toque rectal

- Ecografia TR

- Biópsia

Page 20: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

P S A

- proteína específica do epitélio prostático (34000 D) nãodo cancro prostático

- usada em 5.8% de 14.687 c.p. em 1984 vs 68,4% de 23.183 em 1990

- valor predictivo (VP) do PSA aumenta com o TR (+ 81%do que só o TR e mais 21% do que só o PSA)

- PSA < 4 ng/ml + TR não sugestivo = VP negativo depelo menos 97,1% (probabilidade do cancro não existir com ambos normais)

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CARCINOMA DA PROSTATA

CAUSAS DE ALTERAÇÃO DO PSA

- Prostatite- Deambulação- Retenção aguda- Ejaculação- Massagem prostática- Ecografia trans-rectal- Biópsia prostática- RTU- Fianasteride e Dutasteride

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CARCINOMA DA PROSTATA

VPP (valor predictivo positivo) e PSA elevado

PSA (ng/ml) VPP

4,1 - 9,9 26,1> 10 52,9

Catalona et al. J. Urol. 151: 1283-1290, 1994

P S A

Page 23: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

Influência do PSA no VPP de um toque rectal (TR) anormal

VPP (%)PSA (ng/ml) TR sugestivo de cancro

Qualquer valor 21,4 < 4,0 10,0

4,1 - 9,9 40,8> 10 69,1

Catalona et al. J. Urol. 151: 1283-1290, 1994

P S A

Page 24: 5. Carcinoma Da Próstata

Relação PSA livre/total diminui na d. maligna

PSA livre/total < 0,19 Biópsia

P S A

Page 25: 5. Carcinoma Da Próstata

PSA < 4 PSA 4-10 PSA > 10

Toque rectal negativo 9% 17% 20%

Toque rectalpositivo 45% 61% 77%

% de Risco de Cancro

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CARCINOMA DA PROSTATA

A densidade do PSA obtém-se dividindo o PSA pelovolume prostático:

DPSA = PSA sérico / volume prostático(Biópsia - DPSA > 0,15)

Os valores obtidos pela ecografia transrectal (ETR)permitem calcular o volume da próstata:

Volume = 0,52 x (comprimento x profundidade x altura)

P S A

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CARCINOMA DA PROSTATA

Estádio Grau

HISTÓRIA NATURAL

Idade do doenteOutras doenças médicasOutras doenças malignas

A sobrevivência de grupos sem metástases com diferentesgraus de diferenciação, bem, moderado e mal, foi de 81%, 58% e 26%, respectivamente

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CARCINOMA DA PROSTATA

O estádio clinico e o grau do tumor, juntamente com outrosfactores de prognóstico, definem o comportamento dadoença, independentemente do tratamento.

Ultrapassados os limites da glândula a doença torna-seincurável podendo ser temporariamente “adormecida”pela hormonoterapia.

HISTÓRIA NATURAL

Page 29: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

São adenocarcinomas que se originam nos ácinosProstáticos.

PATOGÉNESE

Atrofia da próstata entre as 5ª e 7ª décadas da vida

Alterações displásicas: displasia intraductal ou neoplasiaprostática intraductal (lesão prémaligna - 1/3 dos doentescom CP. Em doentes com HBP a incidência é só 4%)

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CARCINOMA DA PROSTATA

Origem: 70% na zona periférica15-20% na zona central10-15% na zona de transição(Muitos CP são multicêntricos)

PATOLOGIA

Grau de diferenciação: diferenciação glandularatipias celularesanomalias do núcleo

Graus de Gleason: 2 graus para cada área de CP: o primário é o do padrão dominante (+ observado) e o 2º é oque se segue com maior frequência. Assim:Gleason 2-4 bem diferenciadoGleason 5-7 moderad. diferenciadoGleason 8-10 pobremente diferenciado

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CARCINOMA DA PROSTATA

CP bem diferenciado - grupos de glândulas pequenas com pouco estroma e perda da camada celular mioepitelial normal que rodeia ascélulas glandulares. A anaplasia nuclear é minima.

PATOLOGIA

CP moderadamente diferenciado - os elementos glandulares estão mais desorganizados e há uma anaplasia nuclear mais evidente. Camadas de glândulas anormais com interposição de linhas de células podem criar um padrão cribiforme.

CP pobremente diferenciado - há uma perda completada formação da glândula e camadas ou massas sólidas de células individuais infiltrantes. A anaplasia nuclear é pronunciada.

O grau tumoral é um dos mais úteis indicadores clínicos docrescimento e da progressão do CP

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CARCINOMA DA PROSTATA

O cancro da próstata é único entre os tumores sólidos porque existe sob duas formas:

- a histológica ou latente (30% homens > 50 anos, e 60% a 70% > 80 anos)

- a clinicamente evidente (1 em cada 6 doentes)

A lesão precursora do c. próstata é constituída pelatransformação das células epiteliais prostáticas emcélulas neoplásicas intraepiteliais de alto grau - PIN

Wingo et al, 1995

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CARCINOMA DA PROSTATA

FACTORES RELACIONADOS COM O TUMOR

- Potencial de crescimento

- Potencial de originar metástases

- Potencial de responder a tratamentos(estad. clinico, grau de diferenciação, volume, etc.)

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Page 36: 5. Carcinoma Da Próstata

A IMPORTÂNCIA DO CANCRO DA PRÓSTATA

DIAGNÓSTICO: PSA , diagnóstico precoce, biópsia, Gleason

TRATAMENTO CURATIVO E PALIATIVO: opções

TRATAMENTO E QUALIDADE DE VIDA: opções

HISTÓRIA CLÍNICA: sintomas (quais?; quando?)factores de risco (familiares)Toque Rectalactividade sexual

ESTADIAMENTO: Rx Toráx, TAC, Cintigrama Esqueleto

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ESTADIAMENTOClínico

Rx ToráxTAC abdomino-pélvica

Cintigrama do EsqueletoPatológico

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CARCINOMA DA PROSTATA

ESTADIAMENTO CLÍNICO

- Toque rectal

- PSA

- Ecografia trans-rectal

- Biópsia

- Gleason

- Cintigrafia óssea

- Raios X ósseo e pulmonar

- TAC abdomino-pélvica

- RMN (?)

Page 43: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

ESTADIAMENTO PATOLÓGICO(PROGNÓSTICO)

EXAME ANÁTOMO PATOLÓGICO DA PEÇA OPERATÓRIA

Grau de Gleason

Cápsula

Vértice

Margens cirúrgicas

Vesículas Seminais

Gânglios linfáticos

Page 44: 5. Carcinoma Da Próstata

TRATAMENTOCurativoPaliativo

Page 45: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATALOCALIZADO (T1-T2)

OPÇÕES TERAPÊUTICAS

• “Watchful waiting”

• Prostatectomia radical

• Radioterapia:

- Externa (convencional)

- Braquiterapia

Page 46: 5. Carcinoma Da Próstata

WATCHFUL WAITING

VANTAGENS

• Ausência de morbilidade

• Ausência de mortalidade

• Melhor qualidade de vida

DESVANTAGENS

• Não cura doença

• Vigilância apertada

• Provocar ansiedade

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PROSTATECTOMIA RADICAL

• Evidência histológica de CP

• Clinicamente localizado T1-T2

• Expectativa de vida > 10 A

• Ausência de contra-indicação à cirurgia

• Adequado consentimento informado

Page 48: 5. Carcinoma Da Próstata

PROSTATECTOMIA RADICAL

VANTAGENS

• Cura se doença localizada

• Tratamento de HBP

sintomática

• Diminui ansiedade do

doente

• Fácil de monitorizar

DESVANTAGENS

• Operação “major”

• Mortalidade

• Morbilidade (impotência,

incontinência, lesão do

recto, aperto da uretra,

hemorragia)

Page 49: 5. Carcinoma Da Próstata

RADIOTERAPIA

• Evidência histológica de CP

• Clinicamente localizado T1-T2

• Expectativa de vida suficiente para a cura

• Ausência de d. aparelho urinário inferior

• Ausência de d. colo-rectal

• Ausência de RTUP recente

• Adequado consentimento informado

A Braquiterapia* só em próstatas < 50 cc

*Implantação de sementes radioactivas na próstata como objectivo de destruir o tumor.

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RADIOTERAPIA

VANTAGENS

• Cura se doença localizada

• Método não invasivo

• Menos DE e incontinência

do que na PR

• Menos mortalidade

DESVANTAGENS

• Ausência de material

para estudo histológico

• Morbilidade (impotência,

incontinência, lesão do

recto, aperto da uretra,

hemorragia)

Page 51: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

METÁSTASES

METÁSTASES ÓSSEAS

• na bacia de tipo condensante

• na coluna até à base do craneo

(difusão por via sanguinea através do sistema

venoso vertebral de Batson cujas anastomoses

com o sistema da cava foram demonstradas)

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CARCINOMA DA PROSTATAMETÁSTASES

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CARCINOMA DA PROSTATAMETÁSTASES

Page 56: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATAMETÁSTASES

Page 57: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

Contrôle da progressão local do tumor

Diminuição da morbilidade do tumor

Melhoria da qualidade de vida

TRATAMENTO DO CANCRO EXTRACAPSULAR E METASTÁTICO (T3-T4)

TERAPÊUTICA HORMONAL - Supressão Androgénica

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CARCINOMA DA PROSTATA

ORQUIDECTOMIA BILATERAL

CASTRAÇÃO NÃO-CIRÚRGICA

TERAPÊUTICA COMBINADA

TRATAMENTO DO CANCRO EXTRACAPSULAR E METASTÁTICO (T3-T4)

TERAPÊUTICA HORMONAL - Supressão Androgénica

Page 59: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

Orquidectomia bilateral

Vantagens:- definitivo- baixo custo- eficaz

Desvantagens:- repercussão psicológica- morbilidade cirúrgica- irreversível

Efeitos colaterais:- disfunção sexual- calores- hipersensibilidademamilar

TRATAMENTO HORMONALSupressão Androgénica

Page 60: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

Castração não-cirúrgica

Supressão/interrupção do eixohipotálamo-hipófise-testiculo:- estrogéneos- análogos do LH-RH- antiandogéneos

Inibição da DHT:- antiandrogéneos esteróides

- antiandrogéneos não-esteróides

Supressão dos And. Supra-renal:- ketoconazol- aminoglutetimida

TRATAMENTO HORMONALSupressão Androgénica

Page 61: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

ANÁLOGO DO LH-RH + ANTIANDROGÉNEO DE SÍNTESE

Terapêutica combinadaBAT*

ORQUIDECTOMIA + ANTIANDROGÉNEO DE SÍNTESE

TRATAMENTO HORMONALSupressão Androgénica

* Bloqueio Androgénico Total

Page 62: 5. Carcinoma Da Próstata

Em relação ao PIN o que não é verdade:

1 - O PIN de baixo grau não precisa de ser referido no relatório de diagnóstico.

2 - Os PIN2 e 3 são considerados PIN de alto grau

3 - O PIN de alto grau predomina na zona de transição

4 - A incidência de PIN de alto grau nas biópsias é de cerca de 3% a 5%.

5 - O PIN de alto grau é um percursor do CP

3

Page 63: 5. Carcinoma Da Próstata

O CP origina-se preferencialmente:

1 – Zona de transição

2 – Zona central

3 – Zona periférica

4 – Estroma periuretral

5 – Esfíncter pré-prostático

Page 64: 5. Carcinoma Da Próstata

O que é o grau de Gleason:

1 - Os 2 mais altos graus de indiferenciação do padrão arquitectural

2 - Os padrões, mais prevalente e o segundo mais prevalente

3 - Os padrões de mais alto e mais baixo grau

4 - O padrão de mais alto grau e o grau citológico mais alto

5 - Os mais prevalentes padrão arquitectural e grau citológico

2 – No sistema de Gleason, ambos os padrões arquitecturais, o primário (predominante) e o secundário (2º mais prevalente) são identificadose classificados de 1 a 5, sendo 1 o mais diferenciado e 5 o mais indiferenciado.

Page 65: 5. Carcinoma Da Próstata

O tratamento hormonal no CP pretende:

1 - Aumentar o nível de androgéneos

2 - Aumentar o nível de estrogéneos

3 - Ambos 1 e 2

4 - É uma alternativa à prostatectomia radical

5 - Tratar as metástases

Page 66: 5. Carcinoma Da Próstata

Homem de 60 A que toma finasteride há 2 anos com um PSA de 4 ng/ml, que PSA teria se não tomasse finasteride?

1 – 2 ng/ml

2 – 6 ng/ml

3 – 8 ng/ml

4 – 12 ng/ml

5 – 4 ng/ml

3 – O finasteride 5 mg mostrou diminuir o PSA em 50% ao fim de 1 ano.Os doentes que tomam finasteride devem ter um valor basal antes de iniciar o tratamento e devem fazer o PSA periodicamente. Se o PSA não diminuiu 50% ou se há um aumento do PSA com o doente a tomarfinasteride este doente pode ter um CP oculto.

Page 67: 5. Carcinoma Da Próstata

Qual das seguintes afirmações sobre o PSA está certa?

1 – É uma glicoproteina que causa coagulação do ejaculado

2 – O nível de PSA é proporcional ao volume de CP

3 – O PSA não é especifico de orgão

4 – O nível pré-operatório de PSA é muito útil como predictivo do estádio patológico

5 – O nível de PSA aumenta à média de 0,35 ng/ml/g de cancrointracapsular

2 – É um marcador de orgão, aumenta a uma média de 3,5 ng/ml/g de C. intracapsular

Page 68: 5. Carcinoma Da Próstata

Qual dos seguintes exames tem maior valor predictivo positivono CP:

1 - PSA

2 - Toque rectal

3 - Ecografia trans-rectal

4 - Combinação de 2 e 3

5 - Fosfatase ácida prostática

Page 69: 5. Carcinoma Da Próstata

Na avaliação prognóstica do CP localizadoé mais importante:

1 - PSA

2 - Toque rectal

3 - Ecografia trans-rectal

4 - Grau de Gleason

5 - Estadiamento TNM

Page 70: 5. Carcinoma Da Próstata

Doente com 55 anos com PSA 7,5 e 7,8 em duasanálises consecutivas, toque rectal próstata com +30 gramas com pequeno nódulo duro no lobo direito.Casado, sexualmente activo.O que pensa.

1 - Realizar TAC

2 - Realizar ecografia trans-rectal

3 - Diagnostica Cancro da próstata

4 - Faz biópsia

5 - Faz tratamento e repete PSA

1

Page 71: 5. Carcinoma Da Próstata

De 10 fragmentos de biópsia recolhidos 2 do lobo direito apresentavam CP com Gleason 7 (3+4).O que fazer:

1 - Radioterapia

2 - Terapêutica hormonal

3 - Não tratar e vigiar com PSA

4 - Prostatectomia radical

5 - PR + T. Hormonal

2

Page 72: 5. Carcinoma Da Próstata

Qual dos seguintes exames dá maior percentagem deinfraestadiamento:

1 - Cintigrama ósseo

2 - Ecografia prostática trans-rectal

3 - PSA

4 - Fosfatase ácida prostática

5 - Toque rectal

5

Page 73: 5. Carcinoma Da Próstata

O estadiamento patológico é superior ao estadiamento clínicoporque todos os seguintes factores são conhecidos excepto um?

1 - PSA

2 – Margens cirúrgicas

3 – Envolvimento das vesiculas seminais

4 – Volume do tumor

5 – Penetração capsular

Page 74: 5. Carcinoma Da Próstata

Qual a complicação mais frequente a seguir a uma PR de salvação?

1 – Incontinência Urinária

2 – Lesão rectal

3 – Secção do uretér

4 – Trombose venosa profunda

5 – Infecção da ferida cirúrgica

1

Page 75: 5. Carcinoma Da Próstata

Qual a percentagem de cancro multifocal:

1 - 15%

2 - 25%

3 - 40%

4 - 60%.

5 - 85%

Que percentagem de cancro T1cestá localizada predominantementena zona de transição:

1 - 5%

2 - 15%

3 - 30%

4 - 50%.

5 - 70%5

2

Page 76: 5. Carcinoma Da Próstata

Qual é a % de gânglios linfáticos + nos doentes submetidos a PR?1 – Menos de 10%2 – 10% a 15%3 – 20% a 25%4 – 30% a 35%5 – 40% a 45%

Qual é a incidência de IU nos centros com grande experiência de PR?1 – 0% a 10%2 – 20% a 30%3 – 40% a 50%4 – 60% a 70%5 – 80% a 90%

Page 77: 5. Carcinoma Da Próstata

Qual é a probabilidade de ter um PSA livre de recidiva aos 5 anos após PR num CP clinicamente localizado?1 – 0% a 10%2 – 20% a 30%3 – 40% a 50%4 – 60% a 70%5 – 70% a 80%

A terapêutica hormonal neoadjuvante antes da PR resulta em?1 – Diminuição do PSA pré operatório2 – Redução da % de falência bioquimica do PSA pós PR3 – Diminuição da % de margens +4 – Todas as de cima5 – Só 1 e 3.

5

5

Page 78: 5. Carcinoma Da Próstata

Qual é a causa mais comum de IU pós PR?1 – Deficiência intrinseca do esfincter2 – Instabilidade do detrussor3 – Falência na reconstrução do colo vesical4 – Lesão dos feixes vasculonervosos5 – Volume prostático

Porque razão a castração é considerada o “gold standard” da terapêutica hormonal?1 – O seu efeito na testosterona plasmática é imediato2 – É barata e fácil de fazer3 – Tem um minimo impacto mental4 – Nenhum outro tratamento mostrou produzir maior tempo de sobrevivência.5 – Tem menos efeitos secundários

1

4

Page 79: 5. Carcinoma Da Próstata

Os antiandrogéneos podem ser usados em monoterapia porque?1 – Produzem níveis de castração dos androgéneos testiculares e

adrenais2 – Mostraram ser tão eficazes como a castração3 – Menos efeitos secundários quando usados durante muito tempo 4 – Preservam a potência sexual5 – São mais baratos

Qual a razão porque os agonistas do LHRH se tornaram um tratamento“standard”?1 – Evitam a mutilação da castração2 – É barato e fácil de administrar3 – Mostraram ser superiores à castração em relação aos principais

“endpoints”4 – Têm um perfil de efeitos secundários mais favorável que a castração

1

3

Page 80: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PRÓSTATA

Page 81: 5. Carcinoma Da Próstata

H 82 anos, urina bem, sem sintomas. Vem à consulta porque PSA – 8,5 há 6 mesese agora 8,9 ng/ml.Toque – somente discreto aumento de volume (25 gr)Sem qualquer sintomatologia dolorosa.

1 – Ecografia prostática transrectal 2 – Biópsia prostática3 – Cintigrama do esqueleto4 – Tratamento5 - Nada

Que fazer?

Biópsia Prostática – CP num dos lobos,Gleason 6 (3+3)

Que fazer?

1 – Prostatectomia radical 2 – Radioterapia3 – Trat. Hormonal4 – Braquiterapia5 - Nada

Page 82: 5. Carcinoma Da Próstata

H 90 anos, ligeira hematuria inicial. Adenomectomia há 20 anos.Toque – normalEmagrecimento e astenia desde há2 meses.Dores ósseas a nível do fémur dto.

PSA > 3.000 ng/mlCintigrama ósseo – várias imagens de fixação.

BAT - início com AA de síntese e uma semana depois LHRH.

1 semana após o tratamento melhorou a sintomatologia só mantendo ligeirador a nível do fémur dto, que desapareceu ao fim do 1º mês.

Após 1 mês de tratamento:PSA < 4 ng/ml.

Que fazer?

Page 83: 5. Carcinoma Da Próstata

Nome: LAFIdade: 55Estado: casado

NOTAS CLÍNICASPolaquiuria e disuriaPSA: 4,7 ng/ml, 3 M depois 20 ng/mlToque rectal: nódulo duro dto.Eco: 67 cc nódulo hipo dto 8x8 mmBiópsia: C Próstata GIITAC: sem ADNS ou metástasesCint. Ósseo: sem lesões

Estadiamento Clínico: T2a, N0, M0(Julho 1992)

Prostatectomia radical diferida meses depois (Setembro 1992)

TRATAMENTO- Hormonoterapia neoadjuvantecom Zoladex + Androcur.

Ao mês, redução de volume ecográfico de 10% (67 – 60 cc),e desaparecimento do nóduloao toque.

pT2a, N0, Mx // Gleason 6 (3+3)Margens (-), vesículas (-), invasão neural, 9 gânglios (-)

Page 84: 5. Carcinoma Da Próstata

26/10/92 – continente, impotente7/4/94 – PSA – 1,08 ng/ml

TAC e cintigrama - N17/10/94 – Cint. zonas suspeitasna órbita dta e coluna cervical8/5/95 – PSA 0,39 ng/ml25/3/03 – PSA indoseável, cont.12/2004 – PSA 9 ng/mlToque – sugestivo de recidiva local

Que fazer?

Antiandrogénio de síntese 100 mg 2 i.d.

Biópsia da anast. uretro-vesical:CaP Gleason 6 (3+3)

2/2/05 – PSA 0,04 ng/mlCint. ósseo – sem metástases ósseas.

Que fazer?

Antiandrogénio de síntese 200 mg 2 i.d.

Page 85: 5. Carcinoma Da Próstata

Resultado da anatomia patológica:”Carcinoma latente”

1 –Prost. Radical.2 – Radioterapia3 – Hormonoterapia4 – WW

No caso de WW, vigiar como:

1 – PSA2 – Biópsias3 – Toque rectal4 – Ecografia TR5 – TAC/Cintigrama do esqueleto

Page 86: 5. Carcinoma Da Próstata

Homem de 78 anos.Polaquiuria permanente, hematuria inicial. Bom estado geral.Operado há 8 anos à próstata – prostatectomia total (incisão supra-púbica). PSA – 7,8 há 3 M; actualmente 8,5 ng/ml.

1 – Que fazer?

b) Tratamento médico com alfa-bloqueante ou com inibidor da 5 alfa-reductase

a) Nada

c) Ecografia

d) Toque rectal

Page 87: 5. Carcinoma Da Próstata

Homem de 78 anos.Polaquiuria permanente, hematuria inicial. Bom estado geral.Operado há 8 anos à próstata – prostatectomia total (incisão supra-púbica). PSA – 7,8 há 3 M; actualmente 8,5 ng/ml. Toque Rectal – nódulo duro há direita

b) Tratamento médico com alfa-bloqueante ou com inibidor da 5 alfa-reductase

a) Vigiar

c) Biópsia prostática ecoguiada

d) RTU-P biópsia

Page 88: 5. Carcinoma Da Próstata

Homem de 78 anos.Polaquiuria permanente, hematuria inicial. Bom estado geral.Operado há 8 anos à próstata – prostatectomia total (incisão supra-púbica). PSA – 7,8 há 3 M; actualmente 8,5 ng/ml. Toque Rectal – nódulo duro há direitaDiagnóstico – carcinoma da próstata, Gleason 7 (4+3)

Estadiamento

1 – Que fazer

Como?

Rx ToráxTAC abdomino pélvicaCintigrama do Esqueleto

Page 89: 5. Carcinoma Da Próstata

Homem de 78 anos.Polaquiuria permanente, hematuria inicial. Bom estado geral.Operado há 8 anos à próstata – prostatectomia total (incisão supra-púbica). PSA – 7,8 há 3 M; actualmente 8,5 ng/ml. Toque Rectal – nódulo duro há direitaDiagnóstico – carcinoma da próstata, Gleason 7 (4+3)Estadiamento – sem metástases

b) Radioterapia

a) Vigiar

c) Hormonoterapia

d) Prostatectomia Radical

Opções:

Page 90: 5. Carcinoma Da Próstata

CARCINOMA DA PROSTATA

Influência dos resultados do TR no VPP de um PSA elevado

VPP (%))PSA (ng/ml) sugestivo TR normal TR +

4,1 - 9,9 20,7 40,8> 10 42,2 69,1

Catalona et al. J. Urol. 151: 1283-1290, 1994

P S A

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Homem de 70 anos. Protésico dentário. Filha médica.Retenção urinária aguda com algaliação vesical. Bom estado geral.Actividade sexual normal.Toque rectal – Próstata com 120 grs. com características benignas

1 – Que fazer?

b) Tratamento médico. Qual?

a) Retirar sonda vesical. Quando?

c) Que exames complementares?

Page 93: 5. Carcinoma Da Próstata

Homem de 70 anos. Protésico dentário. Filha médica.Retenção urinária aguda com algaliação vesical. Bom estado geral.Actividade sexual normal.Toque rectal – Próstata com 120 grs. com características benignas.Retirada sonda ao 3º dia. Medicado com alfa-bloqueante + inibidor da 5 alfa-reductase. PSA – 6,3; 3 M depois 6,5 ng/ml. 15 dias depois a urinar razoavelmente.

1 – Que fazer?

b) Urofluxometria

a) Ecografia

c) Biópsia prostática

d) Cirurgia: prostatectomia supra-púbica

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Homem de 70 anos. Protésico dentário. Filha médica.Retenção urinária aguda com algaliação vesical. Bom estado geral.Actividade sexual normal.Toque rectal – Próstata com 120 grs. com características benignas.Retirada sonda ao 3º dia. Medicado com alfa-bloqueante + inibidor da 5 alfa-reductase. PSA – 6,3; 3 M depois 6,5 ng/ml. 15 dias depois a urinar razoavelmente.Biópsia prostática – obtiveram-se 10 fragmentos (5 de cada lobo), 2 nolobo dto. positivos; Gleason 6 (3+3).

1 – Que fazer?

b) Braquiterapia a) Radioterapia externa

c) Vigilância + terapêutica médica actual

d) Prostatectomia radical

e) Hormonoterapia