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Licença que Manuí está chegando! Em 2002 nasceu a Cia. Duberrô com o propó- sito de levar às crianças de todas as idades a arte ancestral de contar histórias. Quais histórias? Aquelas que nos encantassem, nos tocassem, aque- las que nos narrassem. Em 2005 entrou na nossa história o escritor e amigo Kaká Werá com suas “Fabulosas Fábulas de Iauaretê” e de lá para cá não paramos mais de con- tar e cantar a saga da onça que virou guerreiro, da índia que virou cervo, de um menino que virou peixe e de outro que virou pajé. Em 2012 nosso grupo completa dez anos e para a comemoração deste ciclo estamos gravando nosso primeiro CD, o Nhemonguatá, que signi- fica “tirar as histórias que vêm de dentro” ou sim- plesmente “contar histórias”. Em algumas tradições indígenas quando acon- tece algo muito especial na vida de alguém esta pessoa ganha um novo nome que tem a ver com este acontecimento, o mesmo aconteceu conosco, a Cia. Duberrô está sendo rebatizada a partir do Nhemonguatá, a partir dos ensinamentos de Iaua- retê e seu porta voz Kaká Werá, a partir do tra- balho no Ponto de Cultura Arapoty Cultural, a partir do encontro com o diretor deste trabalho o querido Toninho Carrasqueira, estamos renas- cendo em: Manuí! Manuí é o beija-flor que na tradição faz a ponte entre os mundos visível e invisível, o que, aliás, nos parece muito apropriado para a arte de contar histórias. Qualquer história? Não, aquelas que nos encantam, que nos tocam, que nos narram! 5

5 Licença que Manuí está chegando!spcultura.prefeitura.sp.gov.br/files/agent/11302/propostas_manu... · A Menina e o Pássaro Encantado – Rubem Alves Essa é a história de uma

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Licença que Manuí está chegando!

Em 2002 nasceu a Cia. Duberrô com o propó-sito de levar às crianças de todas as idades a arteancestral de contar histórias. Quais histórias?Aquelas que nos encantassem, nos tocassem, aque-las que nos narrassem.

Em 2005 entrou na nossa história o escritor eamigo Kaká Werá com suas “Fabulosas Fábulas deIauaretê” e de lá para cá não paramos mais de con-tar e cantar a saga da onça que virou guerreiro, daíndia que virou cervo, de um menino que viroupeixe e de outro que virou pajé.

Em 2012 nosso grupo completa dez anos e paraa comemoração deste ciclo estamos gravandonosso primeiro CD, o Nhemonguatá, que signi-fica “tirar as histórias que vêm de dentro” ou sim-plesmente “contar histórias”.

Em algumas tradições indígenas quando acon-tece algo muito especial na vida de alguém estapessoa ganha um novo nome que tem a ver comeste acontecimento, o mesmo aconteceu conosco,a Cia. Duberrô está sendo rebatizada a partir doNhemonguatá, a partir dos ensinamentos de Iaua-retê e seu porta voz Kaká Werá, a partir do tra-balho no Ponto de Cultura Arapoty Cultural, apartir do encontro com o diretor deste trabalho oquerido Toninho Carrasqueira, estamos renas-cendo em: Manuí!

Manuí é o beija-flor que na tradição faz a ponteentre os mundos visível e invisível, o que, aliás,nos parece muito apropriado para a arte de contarhistórias. Qualquer história? Não, aquelas que nosencantam, que nos tocam, que nos narram!

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Proposta 1: Nhemonguatá

Resgatando e ressignificando a arte ancestral de contar histórias e inspirado nos mitos e contos tradicionais

indígenas, o Grupo Manuí narra histórias escritas por Kaká Werá que integram o CD “Nhemonguatá” (direção de Toninho

Carrasqueira, áudio no site manui.art.br). Esse trabalho revela também arranjos de cantigas da cultura popular brasileira,

canções autorais e músicas instrumentais compostas e produzidas pelo Grupo Manuí, especialmente para a narração de

histórias. A concepção da apresentação foi realizada pelo grupo com orientação de Kaká Werá e conta com adereços

índigenas e instrumentos musicais. Após os lançamento do CD em 2012, a proposta já circulou os SESCs Pompéia e Sorocaba,

Festival de Artes de Itu em 2015, além de inúmeras bibliotecas, universidades e festivais por todo o Brasil.

Integrantes: Tatiana Zalla – Narração de Histórias, Leandro Pfeifer – Voz, Viola Caipira e Acordeom.

Valor: R$ 1.500,00 Duração: 45 minutos

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Proposta 2: Sarauzinho com Manuí

Resgatando e ressignificando a arte ancestral de cantar e contar histórias e inspirado nos mitos e contos tradicionais

e de grandes autores, nas cantorias, cordas, foles, batuques e brincadeiras da cultura popular brasileira e de criativos

compositores, o Grupo Manuí propõe o “Sarauzinho”.

Nessa proposta pretendemos contemplar a formação de um público disposto a ouvir, ver, sentir e também,

especialmente, participar, protagonizar, brincar, contar e cantar. Para tanto, o Manuí conduzirá com histórias, canções,

sonoridades e brincadeiras que irão costurar a temática de cada “Sarauzinho”. As histórias escolhidas revelam brechas onde

os participantes (crianças e adultos) podem acrescentar músicas, brincadeiras e (quem sabe?) até mudar o rumo da prosa!

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Temática A: Sarauzinho dos folias e batuques com a participação especial de Rosângela Macedo

Grupo Manuí convida Rosângela Macedo, fundadora do Grupo Sambaqui, para batucar e narrar histórias sobre o Jongo, a

Folia de Reis, o Batuque de Umbigada e convidar pais e crianças para passear pelas festas comemoradas a cada mês no Brasil,

onde cada um poderá mostrar músicas, danças e poesias sobre a temática, além de conhecer novos repertórios e brincadeiras

da cultura popular brasileira.

Integrantes: Tatiana Zalla (Narração de Histórias), Leandro Pfeifer (Voz, Viola Caipira e Acordeom) e Rôsangela Macedo

(Voz e Percussão).

Valor: R$ 2.200,00 Duração: 60 minutos

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Temática B: Sarauzinho dos Bichos com a participação especial de Ana Maria Carvalho

Grupo Manuí convida Ana Maria Carvalho, herdeira das tradições populares do Maranhão para contar músicas e cantar

histórias que revelam a relação mágica das culturas populares com a fauna brasileira. Essas músicas e histórias irão costurar

essa brincadeira onde crianças e pais poderão revelar sua relação com os animais que mais gostam ou que tem medo, assim

como poderemos nos transformar em uma onça pintada ou dançar com o boi ou como o jacaré, o caranguejo e o jabuti.

Integrantes: Tatiana Zalla (Narração de Histórias), Leandro Pfeifer (Voz, Viola Caipira e Acordeom) e Ana Maria

Carvalho (Voz e Percussão).

Valor: R$ 2.200,00 Duração: 60 minutos

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Temática C: Sarauzinho das Cores com a participação especial de Urga Maíra

Grupo Manuí convida a contadora de histórias e artista plástica Urga Maíra (http://www.urgamaira.com) para

desvendar as histórias e as músicas que as cores guardam e como é possível, assim como ao misturarmos vermelho e amarelo

descobrirmos o laranja, aos misturarmos histórias e músicas no sarauzinho estaremos criando coletivamente novas histórias

que nunca foram contadas do jeito que sairão naquele momento. Nessa aventura criativa pinturas musicais serão reveladas e

daremos novos coloridos para histórias que estão na ponta da língua dos pais e crianças.

Integrantes: Tatiana Zalla (Narração de Histórias), Leandro Pfeifer (Voz, Viola Caipira e Acordeom) e Urga Maíra

(Narração de Histórias).

Valor: R$ 2.200,00 Duração: 60 minutos

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Temática D: Sarauzinho dos quatro elementos com a participação especial de Vinicius Medrado

Grupo Manuí convida Vinicius Medrado para mergulhar nas histórias que cantam as águas, voar nas músicas que contam

sobre os ventos, desvendar os sons e silêncios das fogueiras e os mitos sobre a mãe Terra. Nessa brincadeira interativa

podemos experimentar os quatro elementos com todos os nossos sentidos e ouvir como diferentes formas de descobri-los em

nosso corpo e em nossa voz.

Integrantes: Tatiana Zalla (Narração de Histórias), Leandro Pfeifer (Voz, Viola Caipira e Acordeom) e Vinicius Medrado

(Harpa, Efeitos e Percussões).

Valor: R$ 2.200,00 Duração: 60 minutos

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Proposta 3. A Menina e o Pássaro Encantado – Rubem Alves

Essa é a história de uma menina que tinha como seu melhor amigo um pássaro encantado. O Pássaro era encantado

porque vivia livre e cada vez que voltava, suas penas tinham cores diferentes, as cores dos lugares por onde havia passado.

O Grupo Manuí conta e canta as viagens do pássaro por várias paisagens do Brasil, a história se desenrola sempre

acompanhada das cantigas, acalantos, canções e músicas instrumentais, uma história que nos lembra do prazer que existente

na liberdade de ir e vir e de como as vezes sem querer ou perceber, aprisionamos o que temos de mais encantado.

Duração: 45 minutos - Integrantes: Tatiana Zalla – Narração de Histórias, Leandro Pfeifer – Voz, Viola Caipira, Violão

e Acordeom.

Orçamento: R$ 1.500,00

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Proposta 4: Povo Dourado

Em 2014, o Grupo Manuí à convite do Instituto Arapoty e do escritor Kaká Werá participou do projeto “O Povo

Dourado Somos Todos Nós” (teaser do projeto: www.youtube.com/watch?v=HHz12JYti8w) que viabilizou um filme com

mesmo nome e o encontro de jovens músicos alemães de escolas waldorf e brasileiros da ONG Monte Azul, escolas Waldorf e

Instituto Arapoty. Esse encontro ocorreu por conta de uma composição inspirada em um mito tupy – guarani sobre a criação

do mundo. Nessa proposta, o Manuí revela esse mito poderoso que tem mobilizado grandes encontros como esse através da

narração da trajetória de Nhanderuvuçu (o primeiro ser – humano) em seu aprendizado para viver na Terra, trajetória essa

que revela os ensinamentos essenciais que os elementos da natureza tem a nos oferecer. Para aprender seu propósito, esse

herói civilizador que tem a forma de vento luminoso com asas se transforma em pedra, Pindovÿ (a palmeira ancestral),

Iauaretê (a onça pintada), até assumir um corpo moldado pelo espírito da Mãe Terra, que se apresenta para ele na forma de

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uma serpente, e receber os poderes dos elementos sagradas (agua, terra, fogo e ar) para cumprir sua missão de ajudar Tupã

na criação do mundo.

Através da narração de histórias e da música, o grupo Manuí revela a trajetória de Nhanderuvuçu, adaptando e

interpretando a obra “A criação do mundo” de Kaká Werá, canções guarani, músicas próprias, sonoridades de culturas

indígenas e sonoplastia através de instrumentos musicais e de efeito. Duração: 45 minutos.

Integrantes: Tatiana Zalla (Narração de Histórias), Leandro Pfeifer (Voz, Viola Caipira e Acordeom).

Valor: R$ 1.500,00* Essa atividade pode acompanhar palestra do autor Kaká Werá no valor de R$ 2.500,00.

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Proposta 5

Ecos da Paulistânia na educação musical infantil: relações entre mito e música

Workshop musical para educadores, arte-educadores, artistas e interessados na temática

A presente proposta alia a pesquisa e atuação musical do integrante Leandro Pfeifer junto ao Grupo Manuí à pesquisa acadêmica relativa a dissertação Ecos da Paulistânia na Educação Musical (em andamento na ECA/USP) que revela as sonoridades de manifestações culturais presentes na área cultural denominada Paulistânia como a música Guarani, a Congada, o Jongo e a Folia de Reis e suas relações com mitos.

“ Antonio Candido definiu como Paulistânia todo o eixo de expansão e difusão da cultura bandeirante. Região esta onde se fixou o que entendemos por cultura caipira. Os estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, metade Norte do Paraná, parte de Tocantins, parte do Mato Grosso e regiões como Sul de Minas e Triângulo Mineiro, são os locais onde ambientaram esses valores (ver texto de Ivan Vilela sobre esse trabalho no site do projeto http://ecosdapaulistania.com.br/quem-somos).”

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No “dia a dia” das comunidades onde as manifestações culturais citadas estão presentes, assim como em inúmeros contextos, é possível observar que o imaginário de suas crianças para a execução musical está todo preenchido pelos mitos que revelam e formam a visão de mundo de seus integrantes. Transportando essa constatação para os formatos artísticos e de educação musical direcionadas ao público infantil percebemos que quando as apresentações e vivências musicais revelam repertórios de culturas que nos formam, mas que são pouco difundidas nos espaços e meios de transmissão que comumente chegam as crianças, aliar essa proposta musical aos mitos se mostra como uma forma de aproximar as crianças da aldeia, da opÿ (casa de reza guarani), das festas populares, rodas de brincadeira e desse imaginário.

A presente proposta pretende, através da vivência musical, revelar aos educadores e interessados algumas formas de transmissão desses conteúdos musicais nos contextos educacionais para o público infantil e através da exibição de fragmentos audiovisuais estimular a reflexão sobre como ocorre a interação musical das crianças nos contextos tradicionais.

Orçamento: R$ 1.500,00 Duração: 2 horas

Necessidades: sala ampla para as dinâmicas coletivas, roda de cadeiras e data show com som