21
SEMIÓTICA PROFA. ELIECILIA F. M. SERAFIM PROFA. ELIECILIA F. M. SERAFIM

5 origens da semiótica

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 5 origens da semiótica

SEMIÓTICA

PROFA. ELIECILIA F. M. SERAFIMPROFA. ELIECILIA F. M. SERAFIM

Page 2: 5 origens da semiótica

PlatãoPlatão Trata-se de estabelecer as relações entre signo, significado e o fato específico

SignoSignificadoObjeto

Somente no Séc. XIX, Peirce retoma o estudo desta relação entre esses 3 conceitos

História da Semiótica

Page 3: 5 origens da semiótica

SemióticaSemiótica

SemioseSemiose– processo sígnico: processo pelo qual alguma coisa (signo) representa outra processo sígnico: processo pelo qual alguma coisa (signo) representa outra

(objeto), sob algum aspecto ou modo (interpretante), para um sujeito (objeto), sob algum aspecto ou modo (interpretante), para um sujeito (intérprete)(intérprete)

O que é ?O que é ?Ciências que estuda os Ciências que estuda os fenômenos da significação e fenômenos da significação e representaçãorepresentaçãoBase para o entendimento Base para o entendimento dos fenômenos da cognição dos fenômenos da cognição e comunicaçãoe comunicação

““Todos os tipos de signos são objetos de estudo da Todos os tipos de signos são objetos de estudo da semiótica: linguagem verbal, figuras, literatura, semiótica: linguagem verbal, figuras, literatura, animação, teatro, linguagem corporal, etc”animação, teatro, linguagem corporal, etc”

Page 4: 5 origens da semiótica

A A SemiologiaSemiologia surgiu das surgiu das ciências lingüísticasciências lingüísticas

surgiu do Pragmatismo surgiu do Pragmatismo americanoamericano

ciência geral dos signos, que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas de signos, i. e., sistemas de significação

A Semiótica deveria indicar a teoria de Pierce

Formas atuais da teoria dos signos

Tese fundamentala verdade de uma doutrina consiste no fato de que ela seja útil e propicie alguma espécie de êxito ou satisfação

Page 5: 5 origens da semiótica

Categorias Ceno-PitagóricasCategorias Ceno-Pitagóricas Lista de CategoriasLista de Categorias

– arranjos filosóficos - tabela de concepções derivadas da arranjos filosóficos - tabela de concepções derivadas da análise lógica do pensamento e presumidamente aplicável a análise lógica do pensamento e presumidamente aplicável a todos os fenômenos do mundotodos os fenômenos do mundo

Primeiridade (Firstness)Primeiridade (Firstness)– tudo aquilo que é assim como é, ou seja, um primeiro, tudo aquilo que é assim como é, ou seja, um primeiro,

independente de um segundo ou terceiroindependente de um segundo ou terceiro Secundidade (Secondness)Secundidade (Secondness)

– tudo aquilo que é o que é, somente em relação a um tudo aquilo que é o que é, somente em relação a um segundo, mas de maneira independente de um terceiro segundo, mas de maneira independente de um terceiro (outridade)(outridade)

Terceiridade (Thirdness)Terceiridade (Thirdness)– tudo aquilo que é o que é, em função de um segundo e de tudo aquilo que é o que é, em função de um segundo e de

um terceiro, mas independente de um quarto (composição)um terceiro, mas independente de um quarto (composição)

Page 6: 5 origens da semiótica

Categorias Ceno-PitagóricasCategorias Ceno-Pitagóricas Idéia de PrimeiroIdéia de Primeiro

– predominante nas idéias de novidade, criação, liberdade, predominante nas idéias de novidade, criação, liberdade, originalidade, potencialidadeoriginalidade, potencialidade

– exemplo de primeiro: sensação, sentimentoexemplo de primeiro: sensação, sentimento Idéia de SegundoIdéia de Segundo

– predominante nas idéias de causação e reação (forças predominante nas idéias de causação e reação (forças estáticas ocorrem sempre aos pares), comparação, oposição, estáticas ocorrem sempre aos pares), comparação, oposição, polaridade, diferenciação, existência (oposição ao resto do polaridade, diferenciação, existência (oposição ao resto do mundo)mundo)

– nasce da comparação entre percepção (sensação) e ação nasce da comparação entre percepção (sensação) e ação (vontade)(vontade)

Idéia de TerceiroIdéia de Terceiro– predominante nas idéias de mediação, meio, intermediário, predominante nas idéias de mediação, meio, intermediário,

continuidade, representação, generalidade, infinitude, continuidade, representação, generalidade, infinitude, difusão, crescimento, inteligência (intencionalidade)difusão, crescimento, inteligência (intencionalidade)

Page 7: 5 origens da semiótica

O SignoO Signo ObjetoObjeto

– não é necessariamente um objeto material ou abstratonão é necessariamente um objeto material ou abstrato– pode ser qualquer coisa, sensação, evento que possa pode ser qualquer coisa, sensação, evento que possa

gerar uma idéia na mente do intérpretegerar uma idéia na mente do intérprete– pode ser inclusive uma outra idéia - não precisa ter pode ser inclusive uma outra idéia - não precisa ter

existência real no mundoexistência real no mundo InterpretanteInterpretante

– é sempre uma idéia na mente de um intérpreteé sempre uma idéia na mente de um intérprete– pode (e vai) atuar como signo em um futuro processo de pode (e vai) atuar como signo em um futuro processo de

interpretaçãointerpretação– age por sua vez como “mediador” na relação entre o age por sua vez como “mediador” na relação entre o

signo e seu objeto - é portanto também um fenômeno signo e seu objeto - é portanto também um fenômeno de terceiridadede terceiridade

Page 8: 5 origens da semiótica

O SignoO Signo SignoSigno

– alguma coisa que está no lugar de outra, em alguma coisa que está no lugar de outra, em relação a idéia que esta produz na mente de relação a idéia que esta produz na mente de um intérpreteum intérprete

– alguma coisa que produz na mente do alguma coisa que produz na mente do intérprete a mesma idéia (interpretante) que intérprete a mesma idéia (interpretante) que seria produzida por outra coisa (objeto), caso seria produzida por outra coisa (objeto), caso esta fosse apresentada ao intérpreteesta fosse apresentada ao intérprete

- O Signo como idéia de terceiridadeO Signo como idéia de terceiridade

o objeto por si só, poderia causar o aparecimento de o objeto por si só, poderia causar o aparecimento de uma idéia na mente do intérprete.uma idéia na mente do intérprete.

-na ausência do objeto, o signo é capaz de produzir a na ausência do objeto, o signo é capaz de produzir a mesma idéiamesma idéia

- o signo é o “meio” pelo qual um objeto ausente acaba - o signo é o “meio” pelo qual um objeto ausente acaba por produzir uma idéia na mente do intérprete, sendo por produzir uma idéia na mente do intérprete, sendo assim, um exemplo de terceiridadeassim, um exemplo de terceiridade

Page 9: 5 origens da semiótica

O SignoO Signo SignificadoSignificado

– aquilo que é transmitido (transportado) ao intérprete pelo aquilo que é transmitido (transportado) ao intérprete pelo signo, quando ocasiona a geração do interpretante na mente do signo, quando ocasiona a geração do interpretante na mente do intérpreteintérprete

O Signo - Definição de TerceiridadeO Signo - Definição de Terceiridade– Todo fenômeno de terceiridade é um signoTodo fenômeno de terceiridade é um signo

Separação entre ConceitosSeparação entre Conceitos– Dissociação - dois conceitos são dissociados, quando um pode Dissociação - dois conceitos são dissociados, quando um pode

existir completamente, independentemente do outroexistir completamente, independentemente do outro– Prescindência - dois conceito são ditos prescindidos um do Prescindência - dois conceito são ditos prescindidos um do

outro, quando apesar de não poderem ser dissociados, outro, quando apesar de não poderem ser dissociados, podemos supor um sem o outro podemos supor um sem o outro

– Distinção - mesmo quando um conceito não puder ser suposto Distinção - mesmo quando um conceito não puder ser suposto sem o outro eles podem ser distinguidos um do outrosem o outro eles podem ser distinguidos um do outro

Page 10: 5 origens da semiótica

O SignoO Signo Interdependência entre as categoriasInterdependência entre as categorias

– categorias não podem ser dissociadas uma da outra, nem categorias não podem ser dissociadas uma da outra, nem de outras idéiasde outras idéias

– primeiridade pode ser prescindida da secundidade e primeiridade pode ser prescindida da secundidade e terceiridadeterceiridade

– secundidade pode ser prescindida da terceiridade, mas não secundidade pode ser prescindida da terceiridade, mas não da primeiridadeda primeiridade

– terceiridade não pode ser prescindida nem da secundidade terceiridade não pode ser prescindida nem da secundidade nem da primeiridadenem da primeiridade

– Todas as categorias podem ser prescindidas de qualquer Todas as categorias podem ser prescindidas de qualquer outro conceitooutro conceito

– todas as categorias podem ser distinguidas entre sitodas as categorias podem ser distinguidas entre si– Entretanto, é extremamente distingui-las de outros Entretanto, é extremamente distingui-las de outros

conceitos de modo a preservar toda sua pureza e significadoconceitos de modo a preservar toda sua pureza e significado

Page 11: 5 origens da semiótica

Esquema Semiótico (Peirce)Esquema Semiótico (Peirce)

A tríade de PeirceA tríade de PeirceSinalSinal

ObjetoObjeto InterpretandoInterpretando

Page 12: 5 origens da semiótica

SIGNO

Produtor de signos

Objeto a serdenotado

Intérprete

A relação Triádica de Peirce

Page 13: 5 origens da semiótica

““Doutrina formal dos Doutrina formal dos signossignos” (Peirce, 1839-” (Peirce, 1839-1914)1914)

Representamen Objeto

Interpretante

Imprimir meu documento...

<a impressora real>

Signo

Relação Triádica

SemióticaSemiótica

Page 14: 5 origens da semiótica

SignoSigno

é um segundo signo, é um segundo signo, equivalente a si mesmo ou, equivalente a si mesmo ou, eventualmente, um signo eventualmente, um signo mais desenvolvido, criado mais desenvolvido, criado na mente do receptor.na mente do receptor.

Relações SemióticasPierce

é aquilo, que, sob certo aspecto, representa alguma coisa para alguém

Interpretante

Objeto

e a coisa representada

Relação triádica de signo (Ogden & Richards)

Page 15: 5 origens da semiótica

é um signo que tem é um signo que tem alguma semelhança com alguma semelhança com o objeto representado. o objeto representado. Exemplos de signo Exemplos de signo icônico: a escultura de icônico: a escultura de uma mulher, uma uma mulher, uma fotografia de um carro, e fotografia de um carro, e mais genericamente, um mais genericamente, um diagrama, um esquema diagrama, um esquema

Pierce

Ícone

Page 16: 5 origens da semiótica

é um signo que se refere é um signo que se refere ao objeto denotado em ao objeto denotado em virtude de ser diretamente virtude de ser diretamente afetado por esse objeto. afetado por esse objeto. Exemplo: fumaça é signo Exemplo: fumaça é signo indicial de fogo, um campo indicial de fogo, um campo molhado é índice de que molhado é índice de que choveu, uma seta choveu, uma seta colocada num cruzamento colocada num cruzamento é índice do caminho a é índice do caminho a seguirseguir

Pierce

Índice

Page 17: 5 origens da semiótica

é um signo que se refere é um signo que se refere ao objeto denotado em ao objeto denotado em virtude de uma virtude de uma associação de idéias associação de idéias produzidas por uma produzidas por uma convenção. convenção.

Exemplo: qualquer das Exemplo: qualquer das palavras de uma língua, palavras de uma língua, a cor verde como símbolo a cor verde como símbolo de esperança etcde esperança etc

Pierce

Símbolo

Page 18: 5 origens da semiótica

Modelo Extendido de SemioseModelo Extendido de Semiose

SemioseSemiose– processo de representaçãoprocesso de representação

Signo e RepresentâmemSigno e Representâmem– Signo causa um efeito na mente humana (idéia)Signo causa um efeito na mente humana (idéia)– Representâmem pode causar um efeito em qualquer lugarRepresentâmem pode causar um efeito em qualquer lugar

RepresentâmenRepresentâmen– Sujeito de uma relação triádica com um segundo, chamado Sujeito de uma relação triádica com um segundo, chamado

seu objeto para um terceiro, chamado seu interpretante, seu objeto para um terceiro, chamado seu interpretante, sendo esta relação triádica de tal forma que o sendo esta relação triádica de tal forma que o representâmem determina que seu interpretante assuma da representâmem determina que seu interpretante assuma da mesma forma uma relação triádica com o mesmo objeto mesma forma uma relação triádica com o mesmo objeto para algum outro interpretantepara algum outro interpretante

Semiose IlimitadaSemiose Ilimitada– Sequência infinita de interpretaçõesSequência infinita de interpretações

Page 19: 5 origens da semiótica

Ciclo Semiótico do ConhecimentoCiclo Semiótico do Conhecimento

Semiose IlimitadaSemiose Ilimitada– processo pelo qual signos geram novos signos e assim processo pelo qual signos geram novos signos e assim

sucessivamentesucessivamente– experiência colateralexperiência colateral

S

OI II ID IFOD

D1 F1 F2D2I

Page 20: 5 origens da semiótica

Comunicação Processo entre pessoasComunicação Processo entre pessoas

Semioseilimitada

“Eu gosto de você com o cabelo

escuro”

meio

código decódigo

interpretante

interpretante

interpretante

mensagem (signo)

Page 21: 5 origens da semiótica

Referências BibliográficasReferências Bibliográficas

LIU K. (2000). LIU K. (2000). Semiotics in Information Semiotics in Information SystemsSystems EngineeringEngineering. Cambridge University . Cambridge University Press. 218 p.Press. 218 p.

SIMONI, C. A. C.; Baranauskas, M. C. C (2002). SIMONI, C. A. C.; Baranauskas, M. C. C (2002). Um Um Estudo Comparativo de Metodologias deEstudo Comparativo de Metodologias de Desenvolvimento de Software na Prática de Desenvolvimento de Software na Prática de Trabalho e a Abordagem da Semiótica Trabalho e a Abordagem da Semiótica OrganizacionalOrganizacional. Projeto de Mestrado. IC-. Projeto de Mestrado. IC-UNICAMP.UNICAMP.