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19/03/2014 1 TRATAMENTOS TÉRMICOS Manuel Houmard [email protected] Sala 3304 – Bloco 1 – Escola de Engenharia 1 ENGENHARIA MECÂNICA TÊMPERA, TEMPERABILIDADE E REVENIMENTO 2

5-Tempera, Temperabilidade e Revenimento

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Tempera e Revenimento

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    TRATAMENTOS TRMICOS

    Manuel Houmard

    [email protected]

    Sala 3304 Bloco 1 Escola de Engenharia

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    ENGENHARIA MECNICA

    TMPERA, TEMPERABILIDADE EREVENIMENTO

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    INTRODUO

    Tempera e revenimento, ou revenido, so operaes detratamento trmico principalmente aplicadas nas ligasferrosas por fim de adquirir as propriedades de dureza eresistncia mecnica adequadas a utilizao do material

    Temperabilidade, ou endurecibilidade, a capacidadeda pea a se transformar em martensitahomogeneamente por tratamento trmico para obteruma dureza uniforme atravs de toda a seo da pea

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    Objetivo principal:

    Produzir peas com alta resistncia mecnica paraaplicaes mais criticas, como se encontram naindustria mecnica, ou nas reas de transporte e deconstruo civil

    Objetivos estruturais e de desempenho :

    Obter estrutura martensita homognea

    Aumentar a dureza

    Melhorar a resistncia mecnica4

    OBJETIVOS DA TMPERA

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    Aquecimento ate austenitizao total, como o tratamentode normalizao, seguido por resfriamento muito rpido

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    Tempo

    Tem

    pe

    ratu

    ra

    Resfriamento rpido(gua, leo, salmoura...)

    Aquecimento

    Temperatura de austenitizao

    Tempo necessrio s transformaes

    TMPERA

    Resfriamento muito rpido que no deixa ocorrer astransformaes perlitica por fim de obter umaestrutura martensitica

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    5m

    Martensita

    PRODUO DE MARTENSITA

    Taxa < TRCDepende da composio

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    PROPRIEDADES DA MARTENSITA

    Elevada quantidade de discordncias introduzidas na estrutura durante a transformao

    Presena de tomos de carbono em soluo solida intersticial, causando acentuada deformao na rede cristalina e estabelecendo forte ligao com as discordncias, dificultando seu movimento

    Morfologia em ripas ou placas

    Estrutura no homognea

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    Pea A

    dAdB

    Pea B

    INFLUNCIA DO TAMANHO DA PEA

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    TEMPERABILIDADE

    Definies:

    Endurecimento = Obter a estrutura martensita, ou seja,evitar a transformao da austenita nos constituentenormais

    Temperabilidade = Endurecibilidade = Capacidade deendurecimento

    Temperabilidade = Capacidade em obter um endurecimentouniforme atravs de toda seco da pea por resfriamentorpido

    Profundidade de endurecimento = Profundidade adequadaa que, numa dada pea, se consegue obter estruturamartenstica por tmpera

    Estrutura martensita uniforme no material se a taxa deresfriamento no centro da pea superior TRC

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    Ao 4340

    TEMPERABILIDADE

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    Avaliao da profundidade deendurecimento:

    Posio na barra temperada queapresenta uma microestrutura formadade 50% martensita.

    Corresponde a tomar comoprofundidade da tmpera a posio emque a dureza sofre uma variaobrusca

    Ensaios os mais comuns:

    Mtodo de Grossmann

    Mtodo de Jominy11

    ENSAIOS DE TEMPERABILIDADE

    Exemplo: Ao 1090 temperado em gua

    12Dimetro Crtico Real DC:

    Dimetro que a barra deve ter para, ao ser temperada, apresentar na sua regio central dureza correspondente 50% de martensita

    MTODO DE GROSSMAN

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    Ao carbono 1040:

    gua

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    MTODO DE GROSSMAN

    Ao liga 1410:

    gua

    Dimetro critico real depende da qumica:

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    Dimetro Crtico DC depende do meio de resfriamento:

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    Exemplo: Ao 1040

    EFEITO DO MEIO DE RESFRIAMENTO

    Grossmann

    Meio Ideal de Resfriamentoou de Tmpera Ideal

    Meio no qual a superfcie atinge a temperatura do meio instantaneamente

    Dimetro Crtico Ideal DIDimetro correspondente ao meiode resfriamento ideal

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    Mtodo Grossmannpermite de avaliar oDC para diferentemeio de resfriamento

    DC X DI Severidade de Tmpera H

    SEVERIDADE DO MEIO DE RESFRIAMENTO

    H

    Valores tpicos de H

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    MTODO DE JOMINY

    Padronizado pelas ASTM e ABNT

    Distncia Crtica JD

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    Exemplo:

    Ao Eutetide

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    MTODO DE JOMINY

    Correlao curva de endurecibilidade e curvas de resfriamento contnuo

    Dimetro Crtico Real DC vs. Distncia Crtica JD parameios de resfriamento fixos

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    MTODO GROSSMANN VS. MTODO JOMINY

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    Forma da pea

    Meio de resfriamento

    Fatores que afetam a cintica de transformao da austenita:

    Composio qumica

    Tamanho de gro da austenita

    Homogeneidade da austenita

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    FATORES ALTERANDO A TEMPERABILIDADE

    Efeito do Teor de carbono e do tamanho de gro da austenita:

    a baixo)

    Efeitos dos Elementos de liga e do meio de resfriamento:

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    FATORES ALTERANDO A TEMPERABILIDADE

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    DI = Db x FMn x FCr x Fsi x Fmo x FNi

    Dimetro base Fatores Multiplicativos de Grossmann

    DIMETRO IDEAL E ELEMENTOS DE LIGA

    em mm

    Aos H:

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    FAIXAS DE TEMPERABILIDADE

    Mtodo Jominy

    Dure

    za R

    ockw

    ell

    C

    Distncia da Extremidade Resfriada em 1/16 de polegada

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    NOVOS DIAGRAMAS

    Tmpera Fragilidade e tendncia a trincas

    Revenimento:

    Objetivo principal:

    Aliviar as tenses da tmpera e melhorar a tenacidade

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    REVENIMENTO

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    Martensitarevenida,Troostita

    Precipitao de carbonetos finos Fe3C etransformao da austenita retida embainita, composta de ferrita e carboneto

    2 etapa: 200C - 360C

    Martensitarevenida

    1 etapa: 100C - 200C

    Precipitao de carboneto (Fe2,4C) ediminuio do teor de carbono damartensita previamente formada

    ETAPAS DO REVENIMENTO

    Sorbita

    Dissoluo dos carbonetos , diminuio doteor de carbono da martensita, que setransforma em ferrita e formao departculas de cementita

    3 etapa: > 360C

    Crescimento ou coalescimento daspartculas de cementita da sorbita,resultando em uma estrutura formada poresferides de cementita em matriz ferrtica

    4 etapa: ~ Teutetide

    Esferoidita

    Temperatura alta e tempo longo de revenimentoaumentam a ductilidade

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    Dureza vs. Temperatura

    Dureza vs. Tempo

    REVENIMENTO: PROPRIEDADES MECNICAS

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    Tenacidade vs. Temperatura

    Fragilidade da martensita revenida

    REVENIMENTO: TENACIDADE

    Material temperado erevenido tem uma granderesistncia deformao etambm uma granderesistncia aos choques

    Material usado paraaplicao critica requerendograndes propriedadesmecnicas

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    COMPARAO ENTRE OS TRATAMENTOS TRMICOS

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    REVENIMENTO: EXEMPLO

    18m 18m 18m18m

    Exemplo:Ao com 0,5%CModificaes estruturais

    Metal temperadoem gua

    Revenido a 200C Revenido a 400C Revenido a 600C Recozido a 750C

    Martensita revenida:martensita e carboneto

    martensita eaustenita retida

    Sorbita: ferrita epartculas de cementita

    Sorbita: ferrita epartculas de cementita

    Ferrita, perlita ecementita coalescida

    18m

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    REVENIMENTO: EXEMPLO

    Exemplo:Ao com 0,5%CTemperado em gua e revenido a diferentes temperaturasModificaes naspropriedades mecnicas

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    Partculas de cementita so bem mais finas na sorbita o que limita a movimentao das discordncias mais duro

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    Esferoidita

    10m 0,9m

    cementita

    ferrita

    cementita

    ferrita

    Sorbita

    ESFEROIDITA VS. SORBITA

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    Exemplo: Ao 0,55%C, 0,7%Cr, 0,35%Mo, 1,5%Ni

    EFEITO DOS ELEMENTOS DE LIGA

    Manuteno dadureza a altas temperaturas

    Atraso nastransformaes de fase

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    Endurecimento secundrio 5 estgio:

    Exemplos: Mo e Cr

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    Precipitao de carbonetos (~500C)

    EFEITO DOS ELEMENTOS DE LIGA

    Ainda no h explicaes convincentes para explicar os fenmenos

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    Fragilidade da martensitarevenida:

    Fragilidade de revenido:

    Resfriamento lento aps o revenimento na faixa de temperatura 375C - 575C

    Revenimento na faixa de temperatura 250C - 350C

    FRAGILIZAO ASSOCIADA AO REVENIMENTO

    Segregao de tomos impuros ?

    Presena dos elementos de liga ?

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    CONCLUSO

    Tratamentos de tmpera e revenimento so muitoimportante porque eles permitem a produo depeas para aplicaes mais criticas

    A temperabilidade das peas depende da forma, daqumica e do meio de resfriamento

    Mtodos de Grossmann e Jominy avaliam acapacidade de endurecimento dos metais

    O revenimento aumenta principalmente a tenacidadedo material (troostita, sorbita)

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